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EDB Lista 02
EDB Lista 02
∂ 2 u(x, t) 2
2 ∂ u(x, t)
EDP − α = 0, 0 < x < L, 0 < t;
∂t2 ∂x2
CF u(0, t) = 0, 0 6 t;
CF u(L, t) = 0, 0 6 t;
3π
CI u(x, 0) = f (x) = sen x , 0 6 x 6 L;
L
3πα 3π
CI ut (x, 0) = g(x) = − sen x , 0 6 x 6 L.
L L
Exercício 2
Resolver o problema de valor inicial
∂ 2 u(x, t) 2
2 ∂ u(x, t)
EDP − a = 0, − ∞ < x < +∞, 0 < t;
∂t2 ∂x2
CI u(x, 0) = f (x) = arctan(x), − ∞ < x < +∞;
a
CI ut (x, 0) = g(x) = , − ∞ < x < +∞.
1 + x2
Mostrar que a solução consiste de apenas uma onda viajante. Para que lado viaja essa onda?
Sugestões:
Equação de Laplace
Exercício 3
Resolver o problema de valor de fronteira para a equação de Laplace em um quadrado,
∂ 2 u(x, y) ∂ 2 u(x, y)
EDP + = 0, 0 < x < +π, 0 < y < +π;
∂x2 ∂y 2
CF u(0, y) = 0, 0 6 y 6 +π,
CF u(π, y) = 0, 0 6 y 6 +π;
1 1
CF u(x, 0) = sen2 (x) = − cos(2x), 0 6 x 6 +π;
2 2
CF u(x, π) = 0, 0 6 x 6 +π.
1
2
Exercício 4
Resolver o problema de valor de fronteira para a equação de Laplace em um disco de raio unitário,
Respostas e soluções
+∞
X nπ nπα nπα
u(x, t) = sen x +an cos t + bn sen t .
n=1
L L L
a
Como f (x) = arctan(x) e g(x) = ,
1 + x2
Z x+at
1 1
u(x, t) = [f (x + at) + f (x − at)] + g(τ ) dτ
2 2a x−at
Z x+at
1 1 a
= [arctan (x) + arctan (x)] + dτ
2
2 2a x−at 1 + τ
Z
1
dτ = arctan(τ ) + c
1 + τ2
x+at
1 1
= [arctan (x) + arctan (x)] + arctan(τ )
2 2
x−at
1 1
= [arctan (x + at) + arctan (x − at)] + [arctan (x + at) − arctan (x − at)]
2 2
= arctan (x + at)
que consiste de uma única onda viajante que viaja para a esquerda.
Solução 3 A solução formal desse problema é
+∞
X nπ nπ
u(x, y) = an sen x senh (y − π)
n=1
π π
+∞
X
= an sen(nx) senh(n(y − π)).
n=1
Essa função é solução da equação do potencial e também das três condições homogêneas de fronteira. A
única condição de fronteira não homogênea é
f (x) = u(x, 0)
+∞
X
= an sen(nx) senh(n(0 − π))
n=1
+∞
X
= −an sen(nx) senh(nπ).
n=1
Isso significa que, para n ∈ N, os coeficientes an ∈ R multiplicados por − senh(nπ) são exatamente os
coeficientes da série de Fourier de senos da função f : [0, +π] → R. Sendo assim, estendemos a função
f : [−π, +π] → R como função ímpar e, em seguida, estendemos essa nova função à reta real como função
periódica de período 2a. Portanto, a série de Fourier da função f assim estendida possui apenas os termos
em senos pois é uma função ímpar e periódica e os coeficientes dos senos são dados pelas fórmulas
2 +π
Z
−an senh(nπ) = f (x) sen(nx) dx (n ∈ N).
π 0
Os coeficientes da série de senos de Fourier da função f (x) = sen2 (x) = (1/2) − (1/2) cos(2x) estendida
conforme a descrição acima são
2 +π 1 1
Z
−an senh(nπ) = − cos(2x) sen(nx) dx
π 0 2 2
8
=− .
πn(n2 − 4)
Finalmente, a solução do problema é
+∞
X 8 sen(nx) senh(n(π − y))
u(x, y) = −
n=1
πn(n2 − 4) senh(nπ)
4
+∞
a0 X
u(r, θ) = + [an rn cos(nθ) + bn rn sen(nθ)] .
2 n=1
Dessa forma, a substituição dessas expressões formais na equação diferencial parcial do potencial em coor-
denadas polares resulta em
+∞
1 1 X
n(n − 1)an rn−2 cos(nθ) + n(n − 1)bn rn−2 sen(nθ)
urr (r, θ) + ur (r, θ) + 2 uθθ (r, θ) = +
r r n=1
+∞
1 X
nan rn−1 cos(nθ) + nbn rn−1 sen(nθ)
+
r n=1
+∞
1 X 2
−n an rn cos(nθ) + n2 bn rn sen(nθ)
+ 2
r n=1
+∞
X
n(n − 1)an rn−2 cos(nθ) + n(n − 1)bn rn−2 sen(nθ)
=+
n=1
+∞
X
nan rn−2 cos(nθ) + nbn rn−2 sen(nθ)
n=1
+∞
X 2
−n an rn−2 cos(nθ) + n2 bn rn−2 sen(nθ)
+
n=1
+∞
X 2
(n − n + n − n2 )an rn−2 cos(nθ) + (n2 − n + n − n2 )bn rn−2 sen(nθ)
=+
n=1
= 0.
g(θ) = u(1, θ)
+∞
a0 X
= + [an · 1n cos(nθ) + bn · 1n sen(nθ)]
2 n=1
+∞
a0 X
= + [an cos(nθ) + bn sen(nθ)] .
2 n=1
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Isso significa que devemos obter a série completa de Fourier da função g(θ). Para isso, basta estender a
função g : (−π, +π] → R à reta real g : R → R como função 2π-periódica. Nesse caso os coeficientes da série
de Fourier da função g(θ) assim estendida são dados pelas fórmulas genéricas.
Z +π
1
a0 = g(θ) dθ
π −π
Z 0
1 +π
Z
1
= −10 dθ + +10 dθ
π −π π 0
0 +π
10θ 10θ
= − + +
π π
−π 0
10 · 0 10(−π) 10π 10 · 0
= − − − + + − +
π π π π
= −10 + 10
= 0.
Esse resultado poderia ter sido antecipado pela observação de que o valor médio de g(θ) na circunferência
do disco vale zero.
Z +π
1
an = g(θ) cos(nθ) dθ
π −π
Z 0
1 +π
Z
1
= −10 cos(nθ) dθ + +10 cos(nθ) dθ
π−π π 0
0 +π
10 10
= − sen(nθ) + + sen(nθ)
πn πn
−π 0
10 10 10 10
= − sen(n · 0) − − sen(n(−π)) + + sen(nπ) − + sen(n · 0)
πn πn πn πn
= 0.
Esse resultado também poderia ter sido antecipado pela observação de que a função g(θ) é ímpar.
6
Finalmente, a solução do problema de valor de fronteira para a equação de Laplace no disco de raio
unitário é
+∞
40 X r2k−1
u(r, θ) = sen((2k − 1)θ)
π 2k − 1
k=1
A figura da esquerda mostra a vista de topo do gráfico da aproximação de u(r, θ) com somatório de 20
termos,
k=20
40 X r2k−1
u(r, θ) = sen((2k − 1)θ).
π 2k − 1
k=1
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Se interpretamos o problema de valor inicial para a equação de Laplace como a solução de estado estacioná-
rio da equação do calor em um disco de raio unitário, então as curvas de nível da solução são denominadas
isotermas. É possível mostrar que as isotermas são arcos de circunferências com centros no eixo vertical e
que passam pelas duas extremidades do diâmetro horizontal. Nas proximidades da fronteira do disco há
uma deformação dessas curvas, decorrente da aproximação utilizada. A figura da direita mostra a versão
tridimensional da mesma aproximação da solução. É possível observar que na circunferência do disco a
série converge lentamente mas no interior do disco a convergência é mais rápida; além disso, no interior do
disco a superfície é suave, isto é, possui plano tangente em todos os pontos.