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Anatomia Humana

UNIDADE 4
ANATOMIA HUMANA

UNIDADE 4

SISTEMAS: URINÁRIO, GENITAL, ENDÓCRINO E TEGUMENTAR

Para início de conversa

Olá caro(a) aluno(a)! Como vai?


Bem-vindo(a) novamente à disciplina de Anatomia Humana. Nesta unidade 4, vamos compreender de forma
integral o corpo humano, pois conheceremos os últimos sistemas da disciplina com suas particularidades
e integração com os demais estudados anteriormente.
Você irá estudar o aparelho urogenital, que é constituído dos sistemas urinário e genitais, que garantem
a purificação do sangue eliminando substâncias tóxicas e em excesso pela urina, e garantindo a
perpetuação da espécie pela reprodução. Também o sistema endócrino que é regulador do metabolismo
do corpo através de hormônios produzidos pelas glândulas e lançado na corrente sanguínea, e o sistema
tegumentar, composto pela pele e seus anexos (unhas, pelos, cabelos, glândulas mamárias, sudoríparas
e sebáceas), configurando uma importante barreira contra instalação de microrganismos prejudiciais à
saúde, evitando a perca excessiva de água do corpo para o meio e nutrindo o bebê após o nascimento.

Orientações da Disciplina

Encerrando a disciplina, temos quatro sistemas que também são importantes tão quanto os outros já
vistos nas unidades passadas. São eles:
ü Sistema Urinário;
ü Sistema Genital;
ü Sistema Endócrino;
ü Sistema Tegumentar.

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SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário participa da manutenção da homeostase através da eliminação de restos do
metabolismo, de água e outras substâncias pela urina.

Desempenha função reguladora do equilíbrio hídrico do corpo, da proporção ácido-base e da composição


eletrolítica do sangue.

Rins

Com morfologia em forma de grão de feijão e medindo 14cm de altura aproximadamente.


Eles se localizam na parede posterior do abdome, atrás do peritônio parietal (são retroperitoneais). Estão
dispostos na região lombar de cada lado das vértebras T11 a L3, e à frente das costelas flutuantes. O rim
direito é um pouco inferior ao esquerdo, em virtude da posição do fígado acima dele.

Figura 1: Localização e órgãos constituintes do sistema urinário.


Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-kcIlCmhGDkk/U8mdfDlzG9I/AAAAAAAAAPE/Q8lXCee99q8/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.png

Caro(a) aluno(a), em um adulto cada rim mede aproximadamente 12cm de comprimento, cerca de 3
centímetros de espessura e 6cm de largura, pesando em média de 150 gramas.
Este órgão possui duas margens (lateral e medial), duas faces (anterior e posterior) e dois polos (superior
e inferior). A margem medial é côncava na porção média, onde encontramos o hilo renal que permite a
passagem de nervos, artéria, veia e ureter. Estas estruturas formam o pedículo renal. Acima do rim situa-
se à glândula suprarrenal (ou adrenal), que pertence ao sistema endócrino.
As especialidades médicos que estão responsáveis para estudos, tratamentos e diagnósticos são a
urologia e nefrologia.
Para sua proteção e sustentação existem estruturas como: Cápsula renal, Gordura perirrenal, Fáscia renal,
Gordura pararrenal.
Fazendo um corte coronal dividimos o rim em duas metades (anterior e posterior) vendo assim três regiões:
§ Região do Córtex renal – Mais periférica e contínua, nesta região localiza-se os glomérulos
renais;
§ Região Medula – Camada central, formado por 8 a 12 pirâmides renais. Cada pirâmide junto com
o córtex renal que a circunda forma um lobo renal. O ápice da pirâmide forma uma saliência arredondada
voltada para o seio renal chamada papila renal, final dos túbulos coletores;
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§ Seio renal – Um espaço dentro do rim, na região central voltada para parte mais côncava
da margem medial, onde os cálices menores se convergem em cálices maiores, que se unem
formando a pelve renal.

Figura 2: Morfologia interna do rim.


Fonte: http://www.lucasnicolau.com/img/postagem/4/rim8.jpg

Os glomérulos e os túbulos constituem a estrutura microscópica do rim e estão presentes nestas duas
primeiras regiões citadas. A unidade funcional do rim é chamada néfron, que é formado por:
• Glomérulo;
• Cápsula glomerular (cápsula de Bowman);
• Túbulo contorcido proximal;
• Alça do néfron – ramo descendente delgado e ramo ascendente espesso;
• Túbulo contorcido distal.

???
Você sabia?
Vários néfrons desembocam em um túbulo coletor, que este não faz parte da estrutura
do néfron, mas conduz a urina ao ápice da pirâmide para ser recolhida pelo cálice renal
menor.

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Figura 3: O Néfron.
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-1L1Z-p6QGjM/UneguGjAHsI/AAAAAAAAAck/XcF6mZz63pU/s1600/n%C3%A9fron.jpg

Ureteres
São tubos delgados com cerca de 25cm de comprimento. Seguem inferiormente na posição retroperitoneal
do abdome e entram na pelve. Tem a função de levar a urina produzida no rim por movimentos peristálticos
até a bexiga urinária, desembocando nesse órgão pelo óstio ureteral.
O ureter tem uma luz estreita, e há três locais que normalmente apresentam constrição:
• Junção pieloureteral (JUP) (estreitamento no fim da pelve renal, em seu início);
• Cruzamento com os vasos ilíacos;
• Intramural (passagem pela parede da bexiga).

Bexiga Urinária

É uma bolsa muscular que possui a funcionalidade de reservatório da urina.


Localizada na região anterior da pelve, posteriormente à sínfise púbica. Na mulher, fica anterior ao útero
e à vagina; no homem, fica diretamente anterior ao reto.
Pode ser dividida em quatro partes:
§ Ápice da bexiga (extremidade aguda anterior, fixada à cicatriz umbilical pelo ligamento úraco);
§ Fundo da bexiga (Forma a face posterior da bexiga, por onde chegam os ureteres);
§ Corpo da bexiga (Extensão entre o ápice e o fundo da bexiga, possui a face superior e as duas
faces ínfero-laterais da bexiga);

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§ Colo da bexiga (Assoalho da bexiga, aonde inicia-se a uretra).
Caro(a) aluno(a), saiba que no colo da bexiga existe uma área chamada de trígono vesical. Trata-se de um
triângulo definido pelas aberturas dos ureteres e da uretra. Os dois ângulos posterolaterais são os óstios
de entrada dos ureteres. O ângulo inferior é o esfíncter interno da uretra, que veremos adiante.
A parede é formada por três camadas:
1. Mucosa, repleta de pregas ou rugas vesicais (exceto no trígono vesical) que se aplainam
com o enchimento da bexiga. Tem um epitélio de transição que varia do denso ao frouxo. O epitélio
frouxo, mais profundo, liga o denso na túnica muscular e permite o deslizamento das duas, formando
as pregas vesicais com a retração da bexiga. Está praticamente ausente no trígono vesical, onde o
epitélio denso fica firmemente aderido à túnica muscular e não forma pregas.
2. Músculo detrusor, camada espessa de músculo liso que tem grande capacidade de
distensão com a entrada de urina, ficando mais fino. Quando cheia, a bexiga adquire uma forma
esférica e se expande superiormente na cavidade abdominal.
3. Adventícia (nas faces ínfero-laterais) ou peritônio parietal (na face superior).

 
Figura 4 - Adaptada: Anatomia da bexiga.
Fonte: http://image.slidesharecdn.com/antomofisiologiadabexiga-111110154451-phpapp01/95/anatomia-e-fisiologia-da-
bexiga-3-728.jpg?cb=1320941101

Uretra
Constitui o último segmento das vias urinárias e funciona como uma comunicação entre a bexiga urinária
(a partir do óstio interno da uretra) e o meio exterior (óstio externo da uretra).
A uretra é um tubo formado por músculo liso e revestido internamente por uma camada mucosa.

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???
Você sabia?
Apesar de tóxica, a urina não danifica os órgãos por onde passa porque a túnica mucosa
das vias urinárias constituída de um epitélio de transição que forma uma barreira
osmótica entre a urina e os fluidos teciduais, impermeável à acidez e toxicidade da
urina, desde os cálices renais menores até o final da uretra.
A uretra tem tamanho e funções diferentes em cada sexo. Nas mulheres, possui de 3 a 4 cm de
comprimento e seu óstio externo se abre no vestíbulo da vagina (espaço entre os lábios menores),
à frente da entrada da vagina e posterior ao clitóris. Nos homens, apresenta cerca de 20cm de
comprimento e é dividida em quatro regiões:
1. Uretra intramural – no colo da bexiga, envolvida pelo esfíncter uretral interno (involuntário);

2. Uretra prostática – passa pela próstata. Nela encontra-se o colículo seminal, uma elevação
posterior que contém os óstios dos ductos ejaculatórios, e de cada lado do colículo seminal
os seios prostáticos, aonde abrem-se os ductos prostáticos;

3. Uretra membranosa – faz conexão entre a uretra prostática e a esponjosa, passa pelo
diafragma urogenital onde está o esfíncter uretral externo (voluntário);

4. Uretra esponjosa – passa pelo corpo esponjoso do pênis e se abre no óstio externo da uretra,
localizado na glande do pênis. Nessa porção sofre uma dilatação, a fossa navicular, que
retêm resquícios de urina para proteção das vias urinárias contra microrganismos.

Enquanto na mulher funciona apenas para drenar urina, no homem a uretra transporta, em momentos
distintos a urina e o sêmen da ejaculação. Nas mulheres há uma maior chance de desenvolver infecção
urinária, porque, além de terem uma uretra mais curta, a posição de urinar aproxima a fonte de
contaminação do óstio externo da uretra, por onde penetram os microrganismos infeciosos.

SISTEMA REPRODUTOR
A capacidade de um ser vivo gerar outro ser vivo da mesma espécie. Isto é, com as mesmas características.
A espécie humana possui dois tipos de sistemas reprodutores diferenciando assim os sexos masculino e
feminino, onde sua função é a perpetuação da espécie pela reprodução. Em ambos os casos, ele começa a
se desenvolver no período embrionário e, após o nascimento, fica “adormecido”, até a fase da puberdade.

Órgãos Genitais Masculinos


O sistema genital masculino é formado por:
Ø Testículos
Tem a função de produzir os espermatozoides através da espermatogênese e produzir a testosterona,
hormônio que ativa a espermatogênese e desenvolve os caracteres sexuais secundários na puberdade
(crescimento de pelos, músculos, torna a voz mais grave...).
Em número de um par de testículos abriga-se no escroto, localizado exteriormente à cavidade pélvica
e inferiormente à sínfise púbica. O escroto mantém a temperatura dos testículos um grau a baixo da
temperatura corpórea, dando condições para uma melhor produção dos espermatozoides.
O direito é cerca de 2 cm mais baixo que o esquerdo, evitando a colisão durante o caminhar. Tem um
formato oval e na sua anatomia externa apresenta duas faces (medial e lateral), duas margens (anterior e
posterior) e duas extremidades (superior e inferior).
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Suas paredes são formadas pela túnica albugínea que confere pressão interna adequada à
espermatogênese. O mediastino do testículo é um espessamento da albugínea na margem posterior do
testículo, do qual se projetam os septos do testículo anteriormente, em posição horizontal, dividindo a
cavidade testicular em espaços menores chamados lobos do testículo.
Internamente os lobos abrigam os túbulos seminíferos contorcidos longos e muito espiralados, onde em
sua parede ocorre a espermatogênese, e o tecido intersticial que contém as células de Leydig (produtoras
do testosterona). Estes túbulos convergem para o mediastino, formando a rede testicular, e de lá os
espermatozoides são levados até a cabeça do epidídimo por dúctulos eferentes.
Ø Escroto
O escroto é um saco músculo-cutâneo que aloja os testículos epidídimo e primeira porção dos ductos
deferentes.
Internamente há uma parede mediana denominada septo do escroto, que individualiza os testículos em
dois compartimentos independentes (escroto direito e esquerdo). Na pele, externamente, é possível
perceber esta divisão por uma linha mais pigmentada, a rafe do escroto, que se continua anteriormente
com a rafe do pênis. O testículo esquerdo é cerca de 2 cm mais baixo que o direito, reduzindo eventos de
colisão durante o caminhar.
No períneo, encontram-se três túnicas: a pele (cútis), a túnica dartus (músculo cutâneo de fibras lisas) e a
tela subcutânea (tecido conjuntivo frouxo).
Profundamente a estas, o testículo é envolto por outras quatro túnicas do funículo espermático (um saco
mio-conjuntivo derivado de camadas da parede abdominal trazido para o escroto durante a migração dos
testículos no feto):
1- Fáscia espermática externa: mais externa, é constituída de tecido conjuntivo originário da fáscia do
músculo oblíquo externo do abdome.
2- Fáscia cremastérica: lâmina conjuntiva contendo feixes de fibras musculares estriados de direção
vertical derivados do músculo oblíquo interno do abdome.
3- Fáscia espermática interna: composta por tecido conjuntivo da fáscia do músculo transverso do
abdome.
4- Túnica vaginal: é derivada do peritônio, uma serosa da cavidade abdominal que se adere ao testículo
durante sua migração fetal. Contém uma lâmina externa, outra interna (envolve testículo e epidídimo) e
uma cavidade com líquido vaginal entre elas.
Nos testículos, a produção de espermatozoides acontece a uma temperatura de cerca de 2° abaixo da
temperatura interna do corpo. Quando o ambiente está frio, os músculos dartus e cremaster contraem,
aproximando os testículos da cavidade pélvica para aquecê-los, dando à pele do escroto aspecto enrugado.
No calor, estes músculos relaxam, afastando os testículos do calor do corpo, para resfriar.

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Figura 5 - Adaptada: O escroto: a) Funículo espermático; b)Túnicas do escroto.
Fonte: a) http://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/escroto.jpg
Fonte: b) http://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/epididimo.jpg

 
Figura 6 - Adaptada: Morfologia interna do testículo.
Fonte: http://image.slidesharecdn.com/reproductormasculinomail-150413213409-conversion-gate01/95/aparato-reproductor-
masculino-11-638.jpg?cb=1428960901

Ø Epidídimo
É uma estrutura em forma de “c”, situada contra a margem posterior do testículo, os espermatozoides
neste órgão ficam armazenados até o momento da ejaculação exercendo a função de armazenamento
e amadurecimento dos espermatozoides, os quais adquirem aí mobilidade e desenvolvem o capuz
acromático. Pode ser dividido didaticamente em:
• Cabeça (ligada à extremidade superior dos testículos pelos ductulos eferentes que se tornam
convolutos e formam os lobos do epidídimo);
• Corpo (na margem posterior do testículo, fusiona os lobos para formar um túbulo único);
• Cauda (próximo à extremidade inferior do testículo, único túbulo convoluto).

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Ø Ducto deferente e ducto ejaculatório
Os ductos deferentes são uma continuação dos epidídimos e conduzem o espermatozoide até os ductos
ejaculatórios. Tornam-se retilíneo e com sua poderosa túnica muscular aspiram e impulsionam os
espermatozoides.

???
Você sabia?
Considerando que os epidídimos estão localizados externamente à parede da pelve e
que o ducto ejaculatório se encontra dentro da cavidade pélvica, a região que delimita
a passagem dos ductos deferentes para a pelve é chamada de canal inguinal.

Com cerca de 45 cm de comprimento, tem início na cauda do epidídimo, segue superiormente pelo funículo
espermático, atravessa o canal inguinal, entra na cavidade pélvica, arqueia sobre os ureteres e desce
posteriormente à bexiga urinária em direção à próstata.
Possui quatro porções: testicular, funicular, inguinal e pélvica, a qual termina em uma dilatação: a ampola
do ducto deferente. De cada lado da ampola encontramos as glândulas seminais que se ligam a elas para
despejar seu conteúdo no sémen.
Os ductos ejaculatórios (direito e esquerdo) são curtos e seguem dentro da próstata, abrindo-se na uretra
prostática. Eles transportam os espermatozoides juntamente com o fluido seminal.

Ø Uretra
Nos homens, ela participa também do sistema reprodutor, levando os espermatozoides dos dutos
ejaculatórios para fora do corpo. A mucosa da parte esponjosa da uretra (passa pelo corpo esponjoso do
pênis) apresenta glândulas uretrais. Elas secretam um muco que auxilia na lubrificação da uretra antes
da ejaculação.
Lembre-se que a porção intramural participa na ejaculação fechando o esfíncter interno da uretra, evitando
junção de urina ao sêmen e desvio deste para a bexiga.
Ø Glândulas seminais
Estão localizadas na face posterior da bexiga. Externamente reconhecemos a base superiormente e o
ápice inferiormente, no qual está seu ducto excretor.
São responsáveis pela produção de uma secreção viscosa que corresponde a cerca de
60% do volume do sêmen. O líquido seminal contém frutose, nutriente que melhora a motilidade do
espermatozoide.
Ø Próstata
É semelhante a uma castanha, com base superior (no colo da bexiga) e ápice inferior (no diafragma
pélvico), e está localizada inferiormente à bexiga, circundando a segunda porção da uretra. É formada
por glândulas tubuloalveolares, envolvidas por tecido fibromuscular (com músculo liso) e uma cápsula de
tecido conjuntivo.
Durante a ejaculação, o músculo liso se contrai, impulsionando a secreção prostática para o interior da
uretra.
A secreção prostática constitui cerca de 30% do volume do sêmen e também inclui substâncias e enzimas
que atuam sobre a coagulação e liquefação do sêmen e a motilidade dos espermatozoides.

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A próstata apresenta lobos cujo posterior merece maior atenção, pela maior incidência de tumores e
por localizar-se imediatamente anterior ao reto. Esta relação anatômica permite no toque retal detectar
facilmente quaisquer alterações morfológicas sugestivas de tumores na próstata.
Ø Glândulas bulbouretrais

São semelhantes a ervilhas, bem pequenas, e estão dispostas dentro do diafragma urogenital, abaixo
da próstata. Produzem um muco que entra na porção esponjosa da uretra antes da ejaculação, para
neutralizar o pH ácido deixado na uretra por traços de urina e lubrificá-la para a passagem do sêmen.
Ø Pênis

O pênis faz parte órgão genital externo do homem. Possui a função de levar os espermatozoides para o
interior do canal vaginal, por meio dos processos de ereção e ejaculação. É constituído por três elementos
cilíndricos de tecido erétil, bem distinguível num corte transversal do pênis: dois corpos cavernosos e um
corpo esponjoso que é atravessado internamente pela uretra.
Pode ser dividido em três partes:
1. Raiz (fixa o pênis na pelve óssea, apresenta os corpos separados: cavernosos são os ramos do
pênis; esponjoso é o bulbo do pênis – dilatação proximal);
2. Corpo (parte livre, móvel e externa do pênis, onde os corpos estão unidos pela túnica albugínea.
Na pele a rafe do pênis continua-se com a rafe do escroto);
3. Glande (dilatação distal do corpo esponjoso, cobrindo os corpos cavernosos como um capuz. É
recoberta por uma prega de pele chamada prepúcio. Nela está o óstio externo da uretra).

 
Figura 7: Órgãos do sistema genital masculino.
Fonte: https://sites.google.com/site/planejamentoensinoeservico/_/rsrc/1470331288277/fisiologia-do-aparelho-reprodutor/
Anatomia%20do%20Sistema%20Reprodutor%20Masculino2~1.jpg

Prezado(a) estudante, chegou o momento de você conhecer os órgãos genitais femininos.

Vamos começar!

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Órgãos Genitais Feminino

É o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher. Compõe-se também de órgãos gametógenos,


gametóforos e de um órgão que vai abrigar o novo ser vivo em desenvolvimento.
O sistema genital feminino é composto por:
1. Dois Ovários.
2. Duas Tubas uterinas.
3. Um Útero.
4. Uma Vagina.
5. A vulva ou pudendo feminine (conjunto de órgãos genitais externos)
6. Duas Glândulas mamárias.

Ø Ovários
Medindo cerca de 3cm cada um, tem função de gametogênese e produção de Hormônios (estrogênio
e progesterona), localizada na cavidade pélvica, onde sua extremidade superior está voltada para o
infundíbulo da tuba uterina e a extremidade inferior em direção do útero.
Morfologicamente o ovário possui:
§ Extremidade superior ou tubária do ovário.
§ Margem livre ou posterior.
§ Extremidade inferior ou uterina do ovário.
§ Margem mesovárica ou anterior.
§ Face medial.
§ Face lateral.
Ø Tubas uterinas

Consiste em 2 tubos musculares de grande mobilidade, mede em média 13cm de comprimento e sua
função é transportam os ovócitos que romperam a superfície do ovário com destino a cavidade do útero.
São divididas em:
§ Infundíbulo: Porção mais distal da tuba uterina onde se abre para a cavidade peritoneal. Na sua
extremidade é formada por projeções franjadas conhecidas por fímbrias, que ficam sobre o ovário. A
Fímbria ovárica é a maior delas e liga-se diretamente ao ovário;
§ Ampola: A porção da tuba medial ao infundíbulo é chamada de ampola, onde costuma ocorrer a
fecundação;
§ Istmo: A porção mais estreita e proximal ao útero, penetrando neste.
Ø Útero

É o segundo seguimento do canal genital feminino é ímpar, mediano e recebe as duas tubas uterinas e
continua inferiormente com a vagina e posteriormente com a bexiga urinária. Tendo a função de alojar o
embrião, no qual este se desenvolve até o nascimento.

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Seu formato lembra uma pera invertida. Em geral, é antevertido na parte superior da vagina. Mas pode
sofrer pequenas mudanças de posição em mulheres mais velhas.
Pode ser dividido em:
• Fundo – região superior e anterior, próximo às tubas uterinas;
• Corpo – porção principal;
• Istmo – região estreitada, com cerca de 1cm, entre o corpo e o colo do útero;
• Colo do útero (Cérvice) – região inferior, com uma porção que se projeta na vagina; é bastante
rígido, graças ao colágeno, impedindo que o feto passe por ele durante a gravidez.
A parede uterina é formada por três camadas:
1. Perimétrio – membrana serosa externa formada pelo peritônio;
2. Miométrio – feixes entrelaçados de músculo liso, que podem se distender muito durante a
gravidez e se contraem durante o parto e processo menstrual;
3. Endométrio – revestimento interno mucoso, dividido em:
a) Camada basal – mais rofunda adjacente ao miométrio, constituída por tecido conjuntivo e pela
porção inicial das glândulas uterinas;
b) Camada funcional – formada por tecido conjuntivo da lâmina própria pela porção final e
desembocadura das glândulas e também pelo epitélio superficial.
Os ovários, as tubas uterinas e o útero são fixados por meio de ligamentos e mesos derivados do peritônio,
principalmente o ligamento largo. O mesovário é uma parte do ligamento largo. O ligamento que liga o
ovário à parede pélvica é chamado de ligamento suspensor do ovário e o ligamento que o conecta ao útero
é chamado de ligamento próprio do ovário.

Figura 8: Sistema genital feminino: órgãos internos, corte coronal.


Fonte: http://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/utero3.jpg

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Figura 9:Sistema genital feminino, corte sagital mediano.
Fonte: http://www.geocities.ws/genitalanato2002/visceras.jpg

Ø Vagina

É o último segmento do canal genital situado em parte na pelve e em parte no períneo anterior, e é o órgão
de cópula feminino. Se comunica superiormente com a cavidade uterina através do óstio externo do útero
e inferiormente abre-se no vestíbulo da vagina através do óstio da vagina.
Saiba que ela apresenta duas paredes (anterior e posterior) que normalmente encontram-se colabadas
e formam duas margens (direita e esquerda). A vagina não tem glândulas anexas (O muco presente no
lúmen da vagina se origina das glândulas do colo do útero) e contém em três camadas:
§ Mucosa: Pavimentoso estratificado (contém pregas transversais que favorecem a distensão do
órgão e aumentam a excitação masculina na cópula);
§ Muscular: Tecido muscular Liso (elasticidade para a cópula e o parto);
§ Adventícia: Tecido Conjuntivo (revestimento externo).
Na região pélvica, a vagina envolve o colo do útero formando um recesso que circunda a porção intravaginal
do colo do útero, conhecido como fórnice da vagina. O fórnice posterior é muito mais profundo que o
lateral ou anterior e dele é coletado o muco cervical para o exame Papanicolau (prevenção contra câncer
de colo do útero).

Ø Genitália externa

A genitália externa é abundante provida de terminações nervosas sensoriais táteis, além de corpúsculos
de Meissner e de Pacini, que contribui para a fisiologia do estímulo sexual.
As estruturas reprodutoras femininas fora da vagina incluem o monte do púbis, os lábios, o clitóris e as
estruturas associadas ao vestíbulo (espaço entre os lábios menores):
§ O monte do púbis: É uma estrutura adiposa, localizada sobre a sínfise púbica. Com a puberdade,
pelos púbicos cobrem essa área;

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§ Os lábios maiores: São dobras de pele que contém uma grande quantidade de tecido adiposo e
uma delgada camada de músculo liso;
§ Os lábios menores: São dobras da mucosa vaginal que possui tecido conjuntivo penetrado por
fibras elásticas. O epitélio pavimentoso estratificado que os cobre tem uma delgada camada de células
queratinizadas na superfície;
§ Clitóris: É um órgão alongado e erétil, localizado na parte superior da vulva. Similar ao pênis, que
é homólogo ao clitóris, este, porém não possui a divisão distal que este apresenta para a uretra e tem
função exclusivamente no prazer sexual;
§ O bulbo do vestíbulo: São duas pequenas massas pares e alongadas de tecido erétil, que se
localizam ao lado do óstio da vagina (interno aos lábios menores);
§ As glândulas vestibulares maiores: localizadas atrás do bulbo do vestíbulo, essas glândulas
possuem estruturas arredondadas ou ovoides. Elas são comprimidas e secretam muco durante a relação
sexual, consequentemente servem como lubrificante para a vagina.

 
Figura 10 - Adaptada: Vulva e órgãos eréteis femininos.
Fonte: http://proext.ledes.net/app/webroot/manager/titan.php?target=openFile&fileId=129

Ø Glândulas mamárias

São anexos da pele, pois seu parênquima é formado de glândulas cutâneas modificadas que se especializam
na produção de leite após a gestação.
Cada glândula mamária consiste em 15 a 25 lóbulos de glândulas túbulo-alveolar composta. Os lobos da
mama são formados por unidades menores (lóbulos), constituídas por pequenos ácinos agrupados. O leite
é secretado pelos ácinos e passa por dutos cada vez maiores até chegar aos dutos lactíferos, dentro do
mamilo. Estes dilatam-se nos seios lactíferos, que excretam o leite na papila mamária em vários orifícios.
A mama se desenvolve nas mulheres na puberdade e seu tamanho é aumentado na fase de lactação.

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Figura 11 - Adaptada: Morfologia interna da glândula mamária.
Fonte: http://163.178.103.176/Temas/Temag7Endo/DeptoDeFisio/ATPs/PBATPEndo/PBReproduccion/PHMairebRepro/a4/
marieb1053.jpg

SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar consiste no revestimento do corpo. Você sabe o que compõe esse sistema?
A pele e os apêndices, isto é, pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas. Ou seja, tudo que é aparente
no corpo humano.
Ø Pele

Apesar de ser bem menos complexa que outros, ela é o maior dos órgãos humanos e representa
aproximadamente 7% do peso corporal, mesmo com uma espessura relativamente fina (de 1,5 mm a 4
mm).
Divide-se em duas camadas – a epiderme (superficial) e a derme. Logo abaixo da derme, encontra-se a
hipoderme, uma camada gordurosa, que não faz parte da pele, mas que será citada pelas funções que
desempenha junto a ela.
Certamente, você vai reconhecer as funções da pele:
1. Proteção – contrabatidas, machucados e cortes; contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta;
contra perda de água e entrada de substâncias químicas ou microrganismos invasores;
2. Controle da temperatura corporal, via capilares sanguíneos e glândulas sudoríparas;
3. Excreção – com a eliminação de ureia, sais e água pelo suor;
4. Produção da vitamina D;
5. Recepção sensorial (identificam o toque, a pressão, a temperatura e a dor na superfície do corpo).

Vamos nos aprofundar em cada uma dessas camadas, caro(a) estudante!

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Ø Epiderme
A epiderme contém quatro tipos de célula: queratinócitos, melanócitos, células epiteliais táteis e células
dendríticas.
Enquanto nas mãos e nos pés ela é naturalmente mais grossa, mais espessa (com cinco camadas), no
resto do corpo ela é mais fina, mais delgada (com quatro camadas).
Essas camadas são:
1. Estrato basal – é a camada mais profunda da epiderme (ligada à derme), contendo,
sobretudo os queratinócitos mais novos, que se dividem constantemente por mitose. Entre
eles, encontram-se algumas células epiteliais táteis que agem como um receptor tátil e as
células de melanina (que produzem o pigmento preto), variando entre 10 e 25%. A melanina
fica na superfície dos queratinócitos e protege os núcleos celulares dos raios UV (contra
danos no DNA e câncer);
2. Estrato espinhoso – é mais espesso e composto por várias camadas, formadas pela grande
quantidade de extensões espinhosas dos seus queratinócitos. Os feixes de filamentos são
constituídos por pré-queratina, uma proteína resistente à tensão. Nesse estrato, encontram-
se algumas células dendríticas, parte do sistema imune;
3. Estrato granuloso – é fino e composto por queratinócitos planos dispostos de uma a
cinco camadas. Os filamentos intermediários de pré-queratina contêm grânulos lamelares e
grânulos de querato-hialina. Quanto mais externos, mais duros se tornam os queratinócitos,
a fim de garantir a resistência da pele. Esse é o último estrato alcançado pelos nutrientes e,
a partir dele, todas as células localizadas na superfície da pele estão mortas. Nele ocorre a
apoptose (morte celular programada) e a mais alta produção de queratina;
4. Estrato lúcido – encontrado apenas na pele espessa, é formado por fileiras de queratinócitos
planos e mortos;
5. Estrato córneo – localizado na parte mais externa da epiderme, é muito mais grosso na pele
espessa do que na pele delgada. É formado por sacos de queratinócitos mortos compostos
por queratina. Essa camada mantém a pele impermeável e protege-a contra arranhões e
entrada de microrganismos.

Guarde essa ideia!


Queratinização: processo de síntese, migração morte e desprendimento dos
queratinócitos por descamação, desde o estrato basal até o estrato córneo.
Normalmente dura de 6 a 8 semanas, mas está acelerado em pessoas com psoríase,
chegando a concluir o ciclo em até 8 dias.

Ø Derme

A derme está localizada abaixo da epiderme, é formado por um tecido conjuntivo que contém fibras, vasos
sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas.
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
É dividida em:

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1. Derme papilar – está presente em 20% da derme e contém fibras de colágeno e fibras elásticas
muito finas. Relaciona-se com o resto da derme por meio de projeções papilares, para troca de gases,
nutrientes e produtos residuais entre essas camadas. Essa camada ajuda a garantir a união da derme com
a epiderme;

2. Derme reticular – é a camada mais profunda (e representa 80% da derme), formada por tecido
conjuntivo denso irregular. Os feixes de fibras colágenas e elásticas estão entrelaçados e seguem planos
variados, embora a maioria se encontre paralelamente à superfície da pele. Esses feixes dispõem-se
longitudinalmente na pele dos membros e da cabeça e seguem padrões circulares em volta do pescoço
e do tronco. A cicatrização ocorre de maneira mais rápida e melhor quando os cortes obedecem a
essas direções. As fibras de colágeno garantem resistência e resiliência à pele, bem como permitem o
estiramento e o recuo da pele.
ü Hipoderme
Está localizada abaixo da derme, porém, não faz parte da pele. É formada por tecido conjuntivo areolar
e tecido adiposo. Prende a pele nas outras estruturas, especialmente nos músculos, embora mantenha
flexibilidade para que a pele ainda deslize sobre essas estruturas.
ü Unha
As unhas são células mortas e queratinizadas. Tem como função a proteção da extremidade das falanges
distais e facilitar a apreensão de objetos pequenos e delicados, além de inspecionar e “coçar” o corpo.
A unha é composta de borda livre distal, placa ungueal (a parte visível) e raiz (a parte proximal embutida
na pele). Fica sobre o leito ungueal. Sua coloração rósea deve-se à rica rede de capilares na derme logo
abaixo. Na raiz e na extremidade proximal do corpo da unha, o leito é mais espesso para formar a matriz
ungueal (responsável pelo crescimento ativo da unha), de coloração esbranquiçada (lúnula), graças ao
espessamento do tecido. A cutícula (ou eponíquio) é uma prega de pele que se projeta sobre a unha.
ü Pelo
O ser humano tem em torno de 5 milhões de folículos por todo o corpo, 120.000 deles no couro cabeludo.
Funções: Redução do atrito (axilas e virilhas), aparar o suor (supercílios), proteger o couro cabeludo da
radiação solar (cabelos), evitar a penetração de corpos estranhos nos orifícios (cílios, vibrissas, pelos das
orelhas), órgão sensorial, termorregulador, indicativo de estado emocional e de maturidade reprodutiva.
Classificação: lanugem (pelos temporários que recobrem o feto e caem após o nascimento), Velos (recobrem
o corpo da infância à puberdade), e pelos terminais (crescem em regiões específicas na puberdade).
Divisão anatômica: Bulbo (parte dilatada e profunda), Raiz (parte alongada e interna, está associada ao
músculo eretor do pelo), e haste (parte externa à pele).
O folículo piloso é composto basicamente por um fio de pelo ou cabelo, com seu bulbo, glândula sebácea
e sudorípara, e músculo eretor do pelo. Ele pode estar isolado ou em conjunto de dois a cinco folículos.
Os folículos fabricam o cabelo. Eles têm funções diversas. Na cabeça, o cabelo protege o couro cabeludo
da radiação solar. Os supercílios e cílios protegem os olhos da entrada de suor ou poeira. Nas axilas e
virilhas reduzem o atrito da pele. Barba, bigode e pelos pubianos sinalizam maturidade reprodutiva ao
sexo oposto. Os pelos do corpo todo manifestam sensações das emoções e frio.

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Os folículos pilosos vão da superfície epidérmica até a derme, onde se forma um bulbo piloso, envolvido
por terminações nervosas sensoriais, estimuladas pela inclinação da haste do pelo. Parte da derme
forma a papila dérmica que se projeta para dentro de cada bulbo. O crescimento dos pelos depende de
substâncias presentes dentro de capilares encontrados nos bulbos. Traumas nas papilas dérmicas podem
impedir o nascimento de novos pelos.
Os componentes do folículo piloso são:

• Cutícula (camada externa de queratinócitos mortos);

• Cortex (células migratórias, protege da medula);

• Medula (mais interna, contém capilares que nutrem o pelo).

ü Glândulas Sebáceas

Encontram-se no corpo inteiro, com exceção das palmas das mãos e solas dos pés. São glândulas
alveolares simples, e os vários alvéolos, compostos de gordura animal, abre-se para um único duto.
Quando os alvéolos ficam cheios, eles explodem e secretam toda a gordura. Essas glândulas estão juntas
aos folículos pilosos, na sua maioria, e o sebo se dirige para a superfície da pele, maciando e lubrificando
o pelo, exterminando bactérias e prevenindo perda hídrica. Esses processos se acentuam na adolescência.
ü Glândulas Sudoríparas

Responsáveis pelo resfriamento do corpo. Graças a elas, em condições normais o corpo gera cerca de 500
ml de suor por dia.
Dividem-se em dois tipos:
• Écrinas
ü Mais numerosas e bem abundantes nas palmas, solas e fronte, têm o formato de uma glândula
tubular simples e espiralada. A base fica na derme profunda e na hipoderme, e o canal segue
para a superfície, abrindo-se como um poro em forma de túnel;
ü O suor é composto por 99% de água e sais, além de resíduos metabólicos, resultado do sangue
filtrado pelas células secretórias das glândulas sudoríparas e liberado por exocitose. Participam ativamente
na termorregulação corporal.
• Apócrinas
ü Maiores que as écrinas, são encontradas nas áreas axilar, anal e genital. O suor é composto pela
mesma substância gerada pelas glândulas écrinas, por substâncias gordurosas e por proteínas. Inodoro a
princípio, com a decomposição pelas bactérias na pele, adquire odor;
ü Essas glândulas vão funcionar a partir da puberdade, devido aos androgênios, podendo ser
estimuladas pelas preliminares sexuais. As fases do ciclo menstrual também influenciam sua atividade.
Algumas glândulas sudoríparas encontram-se, de forma modificada, em determinadas partes do corpo,
como as glândulas ceruminosas (presentes no revestimento do canal auditivo externo) e as glândulas
mamárias.

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SISTEMA ENDÓCRINO

É constituído por várias glândulas e tecidos que secretam substâncias químicas responsáveis pelo controle
do organismo interligado ao sistema nervoso.

Classificação topográfica das glândulas endócrinas


As glândulas endócrinas podem ser classificadas de acordo com sua posição no corpo humano.
§ Cefálicas – glândula pineal e hipófise (glândula pituitária);
§ Cervicais – glândula tireoide e glândulas paratireoides;
§ Torácica: timo;
§ Abdominais – glândulas suprarrenais (glândulas adrenais) e pâncreas;
§ Pélvicas – ovários;
§ Escrotais – testículos;
Ø Glândula pineal
Pertence ao epitálamo, localizado na região superior e posterior do diencéfalo. É uma glândula única
situada entre os colículos superiores. Também é conhecida como corpo pineal ou epífise.
Exerce um papel importante: secreção do hormônio melatonina que reduz o metabolismo induzindo ao
sono. Recebe impulsos nervosos que vêm dos neurônios da retina que inibem sua ação secretora. Quando
a luz do ambiente está diminuída (noite), sua secreção é aumentada, trazendo o sono. Sofre calcificação
durante a puberdade e o envelhecimento, porém, isso não prejudica sua função metabólica. Sua atividade
metabólica, contudo, pode diminuir com a idade.
Ø Hipófise

É uma glândula única situada na chamada sela turca, dentro do osso esfenoide (interior do crânio). Liga-se
ao hipotálamo por uma haste chamada infundíbulo. Apresenta cerca de 1cm de diâmetro. De acordo com
sua origem embrionária, pode ser dividida em duas partes:
§ Adeno-hipófise – porção anterior da glândula. Origina-se do epitélio da faringe (é uma evaginação
do palato duro, que se destaca e migra superiormente). Sintetiza, armazena e secreta hormônios;
§ Neuro-hipófise – porção posterior. Tem origem neural (é uma evaginação do assoalho do
diencéfalo, que segue inferiormente). Não sintetiza hormônios; apenas os excreta.

Figura 12: Glândula hipófise.


Fonte: https://meuvet.files.wordpress.com/2016/08/52ab5-eixo-hipotalamo-hipofise-adrenal.jpg
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Ø Glândula Tireoide
Essa é a maior glândula exclusivamente endócrina do nosso corpo. Ela sintetiza o hormônio tireoidiano,
que regula a velocidade do metabolismo, e a calcitonina, que atua sobre o metabolismo do cálcio.
Está localizada na porção anterior do pescoço, ao nível das vértebras C5 a T1. É constituída por dois lobos
(direito e esquerdo), disposta em posição anterolateral à laringe e à traqueia. Os dois lobos conectam-se
pelo istmo, que passa ao nível do segundo e terceiro anéis traqueais. A glândula é revestida por uma
cápsula fibrosa fina, que se fixa à cartilagem cricoidea e aos anéis traqueais.

Figura 13: Glândula tireóide


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tireoide/imagens/tireoi22.jpg

Ø Glândulas paratireoides

São pequenas glândulas situadas posteriormente aos lobos da glândula tireoide. Elas podem variar em
número, mas a maioria das pessoas apresenta quatro.
Elas produzem o paratormônio (PTH), que regula o metabolismo sanguíneo do fósforo e do cálcio. Assim,
elas atuam no esqueleto, nos rins e no intestino.

Figura 14: Glândulas paratireoides.


Fonte: https://4.bp.blogspot.com/-us1cOK3cMmM/Vum_JX5Je0I/AAAAAAAAAvQ/ksnmiFTqvActkDx2P-yh1Yd5dSaV40HQA/
s400/14.jpg

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Ø Glândulas suprarrenais

As duas glândulas suprarrenais (adrenais) estão localizadas superiormente a cada um dos rins, sendo
à direita mais inferior devido ao volume do fígado no quadrante abdominal direito. (Anatomicamente
diferem quanto à forma: a direita é semilunar, e a esquerda é piramidal de base inferior e ápice superior).
São revestidas pela fáscia renal, por meio da qual se fixam aos pilares do diafragma.
Elas apresentam duas partes: córtex e medula, sendo que a medula pertence ao sistema nervoso simpático.
• Córtex suprarrenal – secreta glicocorticoide, mineralocorticoide e andrógena. Atua na resposta
ao estresse e influencia a pressão arterial, o coração e os pulmões;
• Medula suprarrenal – secreta catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), que são hormônios
importantes para a resposta ao estresse traumático (quando o corpo está “ameaçado”). Atua
aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial.
As artérias suprarrenais têm três origens: artérias frênicas inferiores, aorta abdominal e artérias renais.
As veias suprarrenais drenam para a veia cava inferior e para a veia renal esquerda.
A inervação provém do plexo celíaco e dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos.
Além disso, fibras simpáticas inervam a medula suprarrenal.

 
Figura 15 - Adaptada: Glândula suprarrenal.
Fonte: http://droualb.faculty.mjc.edu/Course%20Materials/Physiology%20101/Chapter%20Notes/Fall%202007/
figure_06_09_labeled.jpg

Ø Pâncreas
É uma glândula mista onde a parte exócrina já foi vista no sistema digestório, já a parte endócrina é
responsável por produzir insulina e glucagon em células que se organizam em grupos chamados ilhotas
pancreática, também conhecida como ilhotas de Langerhans.
Elas estão dispersas por todo o órgão. Os hormônios insulina e glucagon atuam na regulação da glicemia.

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Palavras Finais do Professor

Querido(a) aluno(a), nesta etapa você já pode afirmar que conhece o corpo humano um pouco mais.
Durante os estudos aprendemos a utilizar a linguagem anatômica, conhecemos os principais sistemas,
seus órgãos constituintes, as características e funcionamento natural de cada um.
Em cada sistema, pudemos associar os conhecimentos adquiridos a algumas curiosidades do nosso dia a
dia bem como aprender a explicação anatômica para algumas situações clínicas.
Bons estudos!

Acesse o Ambiente Virtual

Agora nós concluímos o estudo dos guias, mas é preciso exercitar!


Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, e reforce os pontos mais importantes da unidade.
Participe do fórum e resolva a atividade contextualizada. Qualquer dúvida procure os tutores. Eles estão
prontos para lhe atender.
Não perca tempo! Aproveite que as informações ainda estão fresquinhas na memória e visite a página.
Mãos à obra!

Referências Bibliográficas

MARIEB, E. N. & HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008. p.351.

TORTORA, G. J. & NIELSEN, M. T. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013.

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