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BATERIA

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Funções da linguagem
Estudo das múltiplas linguagens -
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

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DE EXERCÍCIOS

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N E G LI
N LI
G G N E G N
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A A L S A U
G L A
Interpretação de Texto TUO. Eu sofria já o começo da velhice - esta vida era só o
Estudo das múltiplas linguagens - demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de bai-
Funções da linguagem xo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê?
Devia de padecer demais.
◢ 1. (ENEM) A biosfera, que reúne todos os ambientes De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar o vigor,
onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pul-
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma flores- so, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em
ta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimen-
mecanismos que regulam o número de organismos dentro to e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha
dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. aberto, no meu foro. Soubesse - se as coisas fossem outras.

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E fui tomando ideia.
Predomina no texto a função da linguagem (ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976.)
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em
relação à ecologia. Observa-se que, na expressão em destaque no fragmento
b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de textual, a manifestação da função poética da linguagem
comunicação. evidencia o dinamismo do tempo. Esse dinamismo é repre-
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recur- sentado por
sos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comporta- a) ritmo cadente e neologismo.
mentos do leitor. b) assonância e reiteração de vocábulo.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informa- c) onomatopeia e uso de metáfora.
ções conceituais. d) efeitos de eco e uso de metonímia.

◢ 2. (ENEM-PPL) Um asteroide de cerca de um mil me- ◢ 4. (ENEM-3 APLICACAO)


tros de diâmetro, viajando a 288 mil quilômetros por hora,
passou a uma distância insignificante ─ em termos cósmi- Pedra sobre pedra
cos ─ da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos Algumas fazendas gaúchas ainda preservam as taipas, mu-
separa da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroi- ros de pedra para cercar o gado. Um tipo de cerca primitiva.
de cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque Não há nada que prenda uma pedra na outra, cuidadosa-
ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse mente empilhadas com altura de até um metro. Engenharia
sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta simples que já dura 300 anos. A mesma técnica usada no
e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas mangueirão, uma espécie de curral onde os animais fica-
de TNT ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas de vam confinados à noite. As taipas são atribuídas aos jesu-
hidrogênio, conforme calcularam os computadores opera- ítas. O objetivo era domar o gado xucro solto nos campos
dos pelos astrônomos do programa de Exploração do Sis- pelos colonizadores espanhóis.
tema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria uma FERRI, M. Revista Terra da Gente, n. 96, abr. 2012.
cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria tudo 2
o que houvesse num raio de milhares de outros; se desa- Um texto pode combinar diferentes funções de linguagem.
basse no oceano, provocaria maremotos que devastariam Exemplo disso é Pedra sobre pedra, que se vale da função
imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse. referencial e da metalinguística. A metalinguagem é esta-
Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento). belecida

Com base na leitura do fragmento, percebe-se que o texto a) por tempos verbais articulados no presente e no pretérito.
foi construído com o objetivo de b) pelas frases simples e referência ao ditado “não ficará
pedra sobre pedra”.
a) destacar o seu processo de construção, dando enfoque, c) pela linguagem impessoal e objetiva, marcada pela ter-
principalmente, a recursos expressivos. ceira pessoa.
b) manter um canal de comunicação entre leitor e autor d) pela definição de termos como “taipa” e “mangueirão”.
por meio de mensagens subjetivas. e) por adjetivos como “primitivas” e “simples”, indicando
c) transmitir informações, fazendo referência a aconteci- o ponto de vista do autor.
mentos observados no mundo exterior
d) persuadir o leitor, levando-o a tomar medidas para evi- ◢ 5. (ENEM)
tar os problemas ambientais.
e) transmitir os receios e reflexões do autor no que se re- Pequeno concerto que virou canção
fere ao fim do mundo. Não, não há por que mentir ou esconder
A dor que foi maior do que é capaz meu coração
◢ 3. (UFRN) Sou homem de tristes palavras. De que era Não, nem há por que seguir cantando só para explicar
que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fa- Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar
zendo ausência: e O RIO-RIO-RIO - O RIO - PONDO PERPÉ- Ah, eu vou voltar pra mim
Seguir sozinho assim ◢ 7. (ENEM)
Até me consumir ou consumir toda essa dor
Até sentir de novo o coração capaz de amor Poema tirado de uma notícia de jornal
VANDRÉ, G. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br João Gostoso era carregador de feira livre e morava no
Acesso em: 29 jun. 2011. morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da Bebeu
função poética da linguagem, que é percebida na elabora- Cantou
ção artística e criativa da mensagem, por meio de combina- Dançou
ções sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
percebe-se, também, a presença marcante da função emo- afogado.

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tiva ou expressiva, por meio da qual o emissor BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.
a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal,
seus sentimentos. No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de
b) transmite informações objetivas sobre o tema de que elementos da função referencial da linguagem pela
trata a canção.
c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo a) atribuição de título ao texto com base em uma notícia
comportamento. veiculada em jornal.
d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para b) utilização de frases curtas, características de textos do
construir a canção. gênero jornalístico.
e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensa- c) indicação de nomes de lugares como garantia da veraci-
gem veiculada. dade da cena narrada.
d) enumeração de ações, com foco nos eventos aconteci-
◢ 6. (ENEM) dos à personagem do texto.
e) apresentação de elementos próprios da notícia, tais
Canção do vento e da minha vida como quem, onde, quando e o quê.
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos, ◢ 8. (ENEM)
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava O apanhador de desperdícios
Cada vez mais cheia Uso a palavra para compor meus silêncios.
De frutos, de flores, de folhas. Não gosto das palavras
[...] fatigadas de informar.
O vento varria os sonhos Dou mais respeito
E varria as amizades... às que vivem de barriga no chão
O vento varria as mulheres... tipo água pedra sapo.
E a minha vida ficava Entendo bem o sotaque das águas 3
Cada vez mais cheia Dou respeito às coisas desimportantes
De afetos e de mulheres. e aos seres desimportantes.
O vento varria os meses Prezo insetos mais que aviões.
E varria os teus sorrisos... Prezo a velocidade
O vento varria tudo! das tartarugas mais que a dos mísseis.
E a minha vida ficava Tenho em mim um atraso de nascença.
Cada vez mais cheia Eu fui aparelhado
De tudo. para gostar de passarinhos.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo. S
Na estruturação do texto, destaca-se ou um apanhador de desperdícios:
a) a construção de oposições semânticas. Amo os restos
b) a apresentação de ideias de forma objetiva. como as boas moscas.
c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
eufemismo. Porque eu não sou da informática:
d) a repetição de sons e de construções sintáticas seme- eu sou da invencionática.
lhantes. Só uso a palavra para compor meus silêncios.
e) a inversão da ordem sintática das palavras. BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO,
Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia brasileira do século 21.
São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.
É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres d) Nem todos os alunos são capazes de valorizar devida-
e coisas considerados, em geral, de menor importância no mente a escola onde estudam = Função Referencial.
mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa va- e) Os moradores da periferia dirigiam-se ao prefeito soli-
lorização é expressa por meio da linguagem citando verbas para a canalização do rio = Função Emo-
tiva.
a) denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos
da natureza e da modernidade. ◢ 11. (CEFET/MG) A questão a seguir refere-se à cole-
b) rebuscada de neologismos que depreciam elementos tânea Destino: poesia, organizada por Italo Moriconi.
próprios do mundo moderno. Associe as características predominantes de temática e de
c) hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignifi- linguagem aos respectivos fragmentos de poemas.
cantes.

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d) simples, porém expressiva no uso de metáforas para CARACTERÍSTICAS
definir o fazer poético do eu lírico poeta. 1. Presença de metalinguagem.
e) referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o 2. Registro de sentimentos do cotidiano.
pragmatismo da era da informação digital. 3. Uso de linguagem coloquial e tom conversacional.
4. Definição de uma determinada conduta.
◢ 9. (ENEM) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
FRAGMENTOS
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas, ( ) “O que eu menos quero pro meu dia
O vento varria os frutos, polidez, boas maneiras.
O vento varria as flores... Por certo,
E a minha vida ficava um Professor de Etiquetas
Cada vez mais cheia não presenciou o ato em que fui concebido.”
De frutos, de flores, de folhas. (Waly Salomão, p. 123)
[...]
O vento varria os sonhos ( ) “E a última, eu já te contei?
E varria as amizades... É assim.
O vento varria as mulheres... Estamos parados.
E a minha vida ficava Você lê sem parar, eu ouço uma canção.”
Cada vez mais cheia (Ana C., p. 26)
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses ( ) “Os gêneros de poesia: lírico, satírico, didático
E varria os teus sorrisos... épico, ligeiro.
O vento varria tudo! O gênero lírico compreende o lirismo.”
E a minha vida ficava (Ana C., p. 35)
Cada vez mais cheia
De tudo. ( ) “eu sou como eu sou 4
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. vidente
e vivo tranquilamente
Predomina no texto a função da linguagem todas as horas do fim”
a) fática, porque o autor procura testar o canal de comu- (Torquato Neto, p. 97)
nicação.
b) metalinguística, porque há explicação do significado ( ) “Não quero meu poema apenas
das expressões. pedra nem seu avesso explicado
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar nas mesas de operação.”
de uma ação. (Cacaso, p. 64)
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre
acontecimentos e fatos reais. A sequência encontrada é
e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração es- a) 4, 3, 1, 2, 1. d) 2, 3, 1, 2, 4.
pecial e artística da estrutura do texto. b) 4, 1, 4, 3, 1. e) 2, 3, 1, 4, 2.
c) 3, 1, 4, 2, 3.
◢ 10. (UFAL) Está INCORRETA a classificação da função
da linguagem na frase: ◢ 12. (MACKENZIE) Os bebês nascem com instintos
que os ajudam a sintonizar rapidamente os ritmos da fala e
a) Comunicação é a transferência de informação por meio a gramática. São muito sensíveis à direção do olhar de ou-
de mensagem = Função Metalinguística. tra pessoa, que os ajuda a decifrar frases incompreensíveis,
b) Psiu! Atenção! Olhe aqui! aonde vai? = Função Fática. como “olha aquele cachorro engraçado”. Os bebês murmu-
c) Não percas tempo em mentir. Não te aborreças = Fun- ram e balbuciam, ações que tornam as cordas vocais mais
ção Apelativa. afinadas. Eles também viram a cabeça instintivamente por
causa de um barulho e se extasiam com a voz da mãe ou do se conhecer... namoraram onze anos... né... pararam algum
pai. O elo afetivo é muito importante para o seu desenvol- tempo... brigaram... é lógico... porque todo relacionamento
vimento intuitivo e emocional. Embora a linguagem ainda tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito interessan-
não esteja conectada no seu cérebro, o bebê tem várias ar- te porque foi uma coincidência incrível... né... como vieram
timanhas genéticas que lhe permitem aprender desde o dia a se conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos...
de seu nascimento. dezessete anos de casados…
John McCrone CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e
escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998.
É predominante no texto a função:
a) metalinguística, uma vez que, ao falar do desenvolvi- Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência
mento da linguagem nos bebês, o autor trata com des- pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”.

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taque do código linguístico e seus recursos. Essa repetição é um(a)
b) emotiva, já que o autor do texto e sua subjetividade em
relação ao que narra são destacados por meio de ele- a) índice de baixa escolaridade do falante.
mentos linguísticos b) estratégia típica de manutenção da interação oral.
c) referencial, pois a intenção principal do texto é infor- c) marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
mar o leitor de um assunto que é tratado de modo obje- d) manifestação característica da fala regional nordestina.
tivo pelo seu autor. e) recurso enfatizador da informação mais relevante da
d) fática, porque estão presentes no texto, ao longo de narrativa.
seu desenvolvimento, marcas de interação com o leitor,
como perguntas retóricas. ◢ 15. (ITA) Assinale a opção que apresenta a função da
e) poética, pois mais do que informar sobre algo o autor linguagem predominante nos fragmentos a seguir:
procurou persuadir o leitor pelo modo com que elabo-
rou a mensagem, caracterizada pela linguagem figurada. (I)
Maria Rosa quase que aceitava, de uma vez, para resolver
◢ 13. (ENEM) Ler não é decifrar, como num jogo de adi- a situação, tal o embaraço em que se achavam. Estiveram
vinhações, o sentido de um texto. E, a partir do texto, ser um momento calados.
capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a - Gosta de versos?
todos os outros textos significativos para cada um, reco- - Gosto...
nhecer nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, - Ah...
dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou re- Pousou os olhos numa oleografia.
belar-se contra ela, propondo uma outra não prevista. - É brinde de farmácia?
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. - É.
São Paulo: Ática, 1993. - Bonita...
- Acha?
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo - Acho... Boa reprodução...
de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa (Orígenes Lessa. O FEIJÃO E O SONHO)
função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto 5
( II )
a) ressaltar a importância da intertextualidade. Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E
b) propor leituras diferentes das previsíveis. ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para
c) apresentar o ponto de vista da autora. a grande glória de Deus.
d) discorrer sobre o ato de leitura. Ele: - Pois é.
e) focar a participação do leitor. Ela: - Pois é o quê?
Ele: - Eu só disse “pois é”!
◢ 14. (ENEM) eu acho um fato interessante... né... foi Ela: - Mas “pois é” o quê?
como meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me
minha mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... entende.
meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu Ela: - Entender o quê?
um acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cin- Ele: - Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já.
co anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho... (Clarice Lispector. A HORA DA ESTRELA)
tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar
no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava... com um a) Fática. d) Emotiva.
número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro b) Poética. e) Conativa.
local e pediu transferência prum local mais perto de Parna- c) Referencial.
íba que era a cidade onde eles moravam e por engano o...
o... escrivão entendeu Paraíba... né... e meu... e minha famí- ◢ 16. (ENEM) Deficientes visuais já podem ir a algumas
lia veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais salas de cinema e teatros para curtir, em maior intensida-
perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil de, as atrações em cartaz. Quem ajuda na tarefa é o aplica-
e:: ela foi parar na rua do meu pai... né... e começaram a tivo Whatscine, recém-chegado ao Brasil e disponível para
os sistemas operacionais iOS (Apple) ou Android (Google). c) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se vol-
Ao ser conectado à rede wi-fí de cinemas e teatros, o app ta para assuntos rotineiros.
sincroniza um áudio que descreve o que ocorre na tela ou d) tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de
no palco com o espetáculo em andamento: o usuário, en- construção da própria obra.
tão, pode ouvir a narração em seu celular. O programa foi e) valorização do efeito de estranhamento causado no pú-
desenvolvido por pesquisadores da Universidade Carlos blico, o que faz a obra ser reconhecida.
III, em Madri. “Na Espanha, 200 salas de cinema já ofere-
cem o recurso e flimes de grandes estúdios já são exibidos ◢ 18. (ENEM)
com o recurso do Whatscine!”, diz o brasileiro Luis Mauch,
que trouxe a tecnologia para o país. “No Brasil, já fechamos É água que não acaba mais
parceria com a São Paulo Companhia de Dança para adap- Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Uni-

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tar os espetáculos deles! Isso já é um avanço. Concorda?” versidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquífero
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 25jun. 2014 (adaptado). Alter do Chão como o maior depósito de água potável do
planeta. Com volume estimado em 86 000 km3 de água
Por ser múltipla e apresentar peculiaridades de acordo doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados
com a intenção do emissor, a linguagem apresenta funções do Amazonas, Pará e Amapá.
diferentes. Nesse fragmento, predomina a função referen- “Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer
cial da linguagem, porque há a presença de elementos que a população mundial durante 500 anos”, diz Milton Matta,
geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão
a) buscam convencer o leitor, incitando o uso do aplicativo. tem quase o dobro do volume de água do Aquífero Guarani
b) definem o aplicativo, revelando o ponto de vista da au- (com 45 000 km3 ). Até então, Guarani era a maior reserva
tora. subterrânea do mundo, distribuída por Brasil, Argentina,
c) evidenciam a subjetividade, explorando a entonação Paraguai e Uruguai.
emotiva. Época. N.º 623, 26 abr. 2010.
d) expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem de-
notativa. Essa notícia, publicada em uma revista de grande circula-
e) objetivam manter um diálogo com o leitor, recorrendo ção, apresenta resultados de uma pesquisa científica rea-
a uma indagação. lizada por uma universidade brasileira. Nessa situação es-
pecífica de comunicação, a função referencial da linguagem
◢ 17. (ENEM) predomina, porque o autor do texto prioriza

Lusofonia a) as suas opiniões, baseadas em fatos.


rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz. b) os aspectos objetivos e precisos.
c) os elementos de persuasão do leitor.
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no café, d) os elementos estéticos na construção do texto.
em frente da chávena de café, enquanto alisa os cabelos com e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.
a mão. Mas não posso escrever este poema sobre essa rapari-
ga porque, no brasil, a palavra rapariga não quer dizer o que ◢ 19. (UEMS) 6
ela diz em portugal. Então, terei de escrever a mulher nova
do café, a jovem do café, a menina do café, para que a reputa- Queremos rir
ção da pobre rapariga que alisa os cabelos com a mão, num Um mágico trabalhava em um navio. Como o público era
café de lisboa, não fique estragada para sempre quando este diferente a cada semana, ele sempre repetia os mesmos
poema atravessar o atlântico para desembarcar no rio de ja- números. O papagaio do capitão, que assistia a todos os
neiro. E isto tudo sem pensar em áfrica, porque aí lá terei de shows, começou a descobrir os truques do mágico. Duran-
escrever sobre a moça do café, para evitar o tom demasiado te as apresentações, o papagaio dizia:
continental da rapariga, que é uma palavra que já me está a – Ele está escondendo as flores debaixo da mesa!
pôr com dores de cabeça até porque, no fundo, a única coi- – Ei, por que todas as cartas são ases de espadas?
sa que eu queria era escrever um poema sobre a rapariga do – Atenção, não olhem para a mesma cartola!
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a escrever O mágico ficava fulo da vida, mas não podia fazer nada –
um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se pode afinal, o papagaio era do capitão.
sentar à mesa porque só servem café ao balcão. Um dia o navio afundou. O mágico se salvou, agarrando-se
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008. a um pedaço de madeira. Por um capricho do destino, viu-
-se junto do papagaio. Os dois passaram dois dias boiando
O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. no mar, olhando-se com desprezo e sem dizer uma palavra.
Seu caráter metalinguístico justifica-se pela Finalmente, no terceiro dia o papagaio não se conteve e
disse para o mágico:
a) discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no – O.k., seu safado! Eu desisto! Onde você enfiou a porcaria
mundo contemporâneo. do navio?
b) defesa do movimento artístico da pós-modernidade, tí- As funções da linguagem que predominam nas frases em
pico do século XX. destaque no texto são, respectivamente:
a) Referencial e conativa. toneladas de gás desperdiçado por minuto de aquecimen-
b) Conativa e referencial. to da água, considerando que cada família brasileira faça
c) Fática e metalinguística. um cafezinho por dia. Ou 4 200 botijões desperdiçados.
d) Emotiva e poética. Superinteressante.
e) Poética e fática. São Paulo: Abril, n° 247, dez. 2007.

◢ 20. (ENEM-PPL) O contato com textos exercita a capacidade de reconhecer


os fins para os quais este ou aquele texto é produzido. Esse
Tampe a panela texto tem por finalidade
Parece conselho de mãe para a comida não esfriar, mas a
ciência explica como é possível ser um cidadão ecossus- a) apresentar um conteúdo de natureza científica.

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tentável adotando o simples ato de tampar a panela en- b) divulgar informações da vida pessoal do pesquisador.
quanto esquenta a água para o macarrão ou para o cafe- c) anunciar um determinado tipo de botijão de gás.
zinho. Segundo o físico Cláudio Furukawa, da USP, a cada d) solicitar soluções para os problemas apresentados.
minuto que a água ferve em uma panela sem tampa, cer- e) instruir o leitor sobre como utilizar corretamente o bo-
ca de 20 gramas do líquido evaporam. Com o vapor, vão tijão.
embora 11 mil calorias. Como o poder de conferir calor
do GLP, aquele gás utilizado no botijão de cozinha, é de 11
mil calorias por grama, será preciso 1 grama a mais de gás GABARITO
por minuto para aquecer a mesma quantidade de água.
Isso pode não parecer nada para você ou para um botijão 1. [E] 5. [A] 9. [E] 13. [D] 17. [D]
de 13 quilos, mas imagine o potencial de devastação que 2. [C] 6. [D] 10. [E] 14. [B] 18. [B]
um cafezinho despretensioso e sem os devidos cuidados 3. [B] 7. [E] 11. [A] 15. [A] 19. [A]
pode provocar em uma população como a do Brasil: 54,6 4. [D] 8. [D] 12. [C] 16. [D] 20. [A]

ANOTAÇÕES

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