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Procedimento Codificação Página 01/04

Operacional Padrão NSP nº 01


(POP)
Protocolo Implantado: Agosto/2016
Administração segura Revisado: Março/2019
de hemocomponentes
Edição: 2ª Válido por: 2 anos
Elaborado por:

Phamela Vieira Phamela Vieira Cerqueira


Cerqueira Coordenadora do NSP

Administração segura de hemocomponentes


1. Definição
É o emprego terapêutico do sangue, que pode ser transfundido com seus
componentes (hemocomponentes) e derivados (hemoderivados). Sendo os
hemocomponentes:
• Concentrado de hemácias;
• Plasma fresco congelado;
• Concentrado de plaquetas;
• Crioprecipitado.

2. Objetivo
• Restaurar a normovolemia;
• Melhorar a capacidade de transporte de oxigênio;
• Corrigir a coagulopatia;
• Restaurar da hemostasia.

3. Material necessário
• Prescrição médica;
• Bandeja;
• Termômetro clínico
• Esfigmomanômetro;
• Estetoscópio;
• Algodão
• Álcool à 70%;
• Bolsa de hemocomponente (concentrado de glóbulos ou hemácias,
• plasma, plaquetas ou crioprecipitado);
• Equipo específico para infusão de hemocomponente;
• Luva de procedimento;
• Maleta/caixa apropriada para transporte;
• 1 seringa;
• Agulha 25x8;
• Tubo para coleta com tampa roxa (com EDTA).

4. Procedimento
• Antes da administração de hemocomponente:
1. Higienização das mãos
2. Verificar o preenchimento correto da solicitação do hemocomponente;
3. Realizar antissepsia com algodão e álcool do local escolhido para coleta de
sangue
4. Aspirar 5ml de sangue e transferir para tubo com EDTA (tubo roxo);
5. Identificar o tubo da coleta corretamente;
6. Encaminhar para agência transfusional junto com solicitação assinada pelo
médico e pelo profissional que realizou a coleta;
7. Conferir a prescrição médica, quantidade a ser administrada, a velocidade, e
o tempo de infusão, que não deve ultrapassar 04 horas;
8. Lavar as mãos antes de iniciar o procedimento;
9. Verificar SSVV e anotá-los no prontuário para estabelecer o parâmetro
inicial;
10. Observar a presença de febre (38,7 ºC ou mais) comunicar ao médico;
11. Providenciar acesso venoso calibroso ou verificar a permeabilidade de um
acesso já existente;
12. Certificar-se de que o calibre é adequado;
13. Receber a bolsa de hemoconcentrado em maleta térmica;
14. Conferir os dados do paciente;
15. Conectar equipo à bolsa;
16. Retirar o ar do equipo;
17. Orientar o paciente/acompanhante sobre a possibilidade de reações
adversas.

• Durante a administração de hemocomponente:


18. Realizar a administração do hemocomponente em temperatura ambiente;
19. O gotejamento inicial deve ser de 28 gotas por minuto devendo permanecer
por aproximadamente 10 minutos, após este período aumentar para 48
gotas por minuto (adulto sem alterações);
20. Anotar no prontuário o início da infusão e conferir a prescrição médica;
21. Colar a etiqueta com o número da bolsa do hemocomponente na folha de
administração;
22. Observar rigorosamente o cliente nos 10 minutos iniciais.
• Após a administração de hemocomponente:
23. Desconectar a bolsa do acesso venoso e desprezar em lixeira adequada
(lixo infectante);
24. Verificar SSVV e anotar no prontuário;
25. Higienizar as mãos;
26. Observar atentamente o cliente nos 15 minutos após o término da
transfusão;
27. Realizar visita pós-transfusional e observar reações adversas.

5. Recomendações

• O tempo para infusão de qualquer hemocomponente (hemácia, plaqueta, plasma,


crioprecipitado) não deve exceder o prazo de quatro horas.
• O tempo médio adequado para a administração da transfusão em pacientes
hemodinamicamente estáveis é:
1-Hemácias (pacientes estáveis): 90 – 120 minutos/unidade
2-Plaquetas: 30 – 60 minutos/unidade
3-Plasma e Crioprecipitado: 30 – 60 minutos/unidade.
• Sinais e Sintomas das reações transfusionais: Aumento na temperatura corporal,
calafrios, tremores, rush cutâneo, alterações respiratórias (dispnéia, taquipnéia,
hipóxia, sibilos), taquicardia, mudança na pressão arterial (hipotensão ou
hipertensão), lesões de pele, prurido, dor torácica e abdominal, náuseas com ou
sem vômito.

• CONDUTAS NA PRESENÇA DE REAÇÃO TRANSFUSIONAL:

1. Interrompa imediatamente a administração.


2. Comunique o médico.
3. Preencha o formulário de Notificação de Reação Transfusional, notifique no
sistema TASY, no item “Notificações de eventos”.
4. Coletar nova amostra de sangue do paciente em tubo com EDTA (tubo roxo).
5. Devolva a bolsa (se não foi descartada) acompanhado do material coletado e o
formulário de notificação de reação transfusional preenchido à Agência
Transfusional.

6. Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia para o uso de


hemocomponentes. Brasília: Ministério da Saúde. 2010.

Rede de Serviços Tecnológicos para Sangue e Hemoderivados. Manual para controle da


qualidade do sangue total e hemocomponentes / coordenado por Alice Sakuma; Maria
Ângela Pignata Ottoboni e Patrícia Cressoni Sierra. São Paulo: RedSang-SIBRATEC,
2011.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e


prática. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2013.

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