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Dispepsia
Dispepsia
Fatores de risco
Classificação
2. Dispepsia funcional
• É a condição em que há sintomas do aparelho digestivo alto, não
relacionados a atividade física e não secundário à doenças orgânicas
localizadas ou sistêmicas.
• Nenhuma explicação identificável para o sintomas pode ser identificada pelo
procedimentos diagnósticos tradicionais.
• O termo dispepsia funcional compreende pacientes das seguintes categorias
diagnósticas:
- Síndrome do desconforto pós-prandial (PDS): Caracterizada por sintomas
dispépticos induzidos por refeição;
- Síndrome da dor epigástrica (EPS): Se refere dor epigástrica ou pirose que
não ocorre exclusivamente pós-prandial, pode ocorrer durante o jejum e
pode apresentar melhora com a ingestão de refeições.
Causas de Dispepsia
Fisiopatologia
Avaliação Clinica
• O diagnóstico de dispepsia funcional é feito a partir da identificação de história clínica compatível e a exclusão
de outras causas de dispepsia por meio da realização de endoscopia digestiva alta (EDA) e outros testes
complementares, se indicados, com base nos sintomas.
• O primeiro passo é feito com uma boa anamnese e exame físico detalhado, seguido de avaliação de presença ou
ausência de sinais de alarme, indícios de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), prevalência local de H.pylori.
• Investigar se há pirose (queimação em região retroesternal) e/ou regurgitação.
- Pois esses dois sintomas são muito característicos de DRGE .
→ Exame Físico
• O exame físico, de maneira geral, está normal então ele acaba não ajudando tanto no raciocínio diagnóstico.
• Contudo, ele é importante para diagnósticos diferenciais.
Investigação Laboratorial
• Podem ser solicitados exames laboratoriais com o objetivo de investigar a presença de sinais de alarme como
ferropenia, distúrbios metabólicos, diabetes, hipercalcemia e pesquisar doença celíaca associada:
- Hemograma - Perfil Hepático
- Bioquímica - Amilase e Lipase.
- Função Renal
→ Ultrassonografia de Abdome
• A USG de abdome pode ser solicitada para investigação em pacientes que apresentem icterícia - possibilita
investigação de possíveis acometimentos em vias biliares – ou em quadros com dor abdominal atípica.
Tratamento
Antissecretores
• A grande função dos fármacos desse grupo é reduzir a acidez gástrica.
→ Bloqueadores de H2
• Representados pelos fármacos terminados em -tidina (Cimetidina, Nizatidina, Ranitidina, Famotidina), essa
classe se caracteriza por bloquear competitivamente e seletivamente os receptores H2, de modo que eles não
recebem o estímulo da histamina, que atua na promoção da secreção de ácido clorídrico.
• São efeitos adversos do uso de Bloqueadores de H2:
- Cefaleia e Tonturas;
- Diarreia;
- Dores musculares;
- Confusão e Alucinação
→ Antiácidos
• Os antiácidos são bases fracas que reagem com o ácido clorídrico do estômago e o neutralizam, de modo a
promover um alívio rápido dos sintomas, mas que também se mantém por pouco tempo.
• Se ele for administrado em jejum, seu efeito dura entre 10 a 20 minutos, agora se for utilizado mais ou menos 1
hora após a refeição, pode se manter atuante por 2 a 3 horas.
• Os principais exemplos de antiácidos são: Hidróxido de Alumínio, Hidróxido de Magnésio e Bicarbonato de Sódio.
• Os principais efeitos adversos do seu uso são:
- Constipação = principalmente o Hidróxido de Alumínio.
- Diarreia = Principalmente o Hidróxido de Magnésio;
- Comprometimento renal;
OBS: Não se obtendo sucesso com essas medicações, pode-se partir para uso de antidepressivos.
- Esses medicamentos apresentam ação analgésica central e periférica, ação motora pela interferência na liberação
de serotonina e outros neurotransmissores, ação sedativa e ansiolítica, e até, especialmente nos tricíclicos,
imunomodularora e anti-alérgica.
- As evidências favorecem o uso de tricíclicos como amitriptilina e nortriptilina.
• Entrar com antibiótico para matar os microrganismos, mas também algum fármaco para reduzir a secreção
gástrica, aliviando os sintomas.
• Tratamento de primeira linha: