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Qualidade do Ar Interior (IAQ) Apresentacao A Sindrome de Edificios Doentes e a Qualidade do Ar Interior viraram recentemente (meados de 1998) tema de alta exposigao na midia em fungao de fatos passados com figuras da mais alta representatividade social e politica. O que se viu entao foram andlises e reportagens que nem sempre primaram pela isengao, e ensejaram 0 aparecimento de entidades que tomando a parte pelo todo se apresentaram como os detentores de solugdes globais de um problema que os transcendia O trabalho que aqui se apresenta pretende desmistificar algumas idéias veiculadas e colocar 0 ar condicionado na posicao correta de suas responsabilidades, que as podera ter, e nos méritos que também podera reivindicar e fornecer aos militantes do setor uma ferramenta de trabalho. Se, aos que tiveram a paciéncia de o ler, alguma informagao Util acrescentar, sera recompensa suficiente ao trabalho desenvolvido. Celso Simdes Alexandre Setembro de 1998 $s anos 70 foram um marco importante O rnos problemas futuros de Qualidade do Ar Interior. Com o segundo choque do Petréleo, a preocupagao com os custos de energia levou a revisao de diversas ormas utilizadas no mundo e as quantidades de ar exterior minimas exigidas para efeito de diluic&o de cheiros, odores @ renovagao de ar foram drasticamente diminuidas. Como exemplo significative, a ASHRAE STANDARD que exigia antes 17 m’/h (10 cfm} por pessoa em escritérios, permitiu pela norma de 62-1881 que esses valores fossem baixados a 8,5 mth (5 cim) por pessoa. ‘Ao mesmo tempo, a automagao cada vez maior 0s escritorios aumentou a geracao interna de amoniaco e oz6nio. Utlizam-se cada vez mais materiais plésticos feitos de derivados de petréleo, madeiras compensadas, carpetes, tendo como conseqiléncia liveragao lenta porémn continua de formaldenido e outros compostos volateis organics. Dai a constatacao de que pessoas que frequentam certos edificios apresentam sintornas de: Reclamagées % de Edificios Initagao dos Olhos ... - 81% Garganta Seca . - 71% Dores de Cabega. 2 67% Fadiga. 26 oe BO Congestao Sinusite . 51% Falta de Ar... + eee por mais de duas semanas e que esses sintomas: desaparecam ao deixar de freqtientar 0 adiicio, foi um passo. Criou-se entao a definicao de “Sindrome de Edificio Doente”, sempre que pelo menos 20% das pessoas aptesentavam esses sintomas. Sera que apenas 0 problema de diluigao dos componentes danosos e a eliminacao de fontes, internas (se possivel) sao os responsdveis por problemas de 1AQ? Desafortunadamente nao. Trabalhos de Elia Sterling e Chris Collet mostraram que em estudos realizados no Canada em 1363 editicios se encontraram as seguintes causas de Sindrome de Edificio Doente, logo, qualidade inferior de ar interior. Causas de Sindrome de Edificio Doente Ventilagdo Inadequada . 52% Contaminagao interior (fumo de cigarros, formaldehido, ete)... . 12% Contaminago exterior 9% Contaminagéio gerada na fabricagao...... 2% Contaminagao bioldgica . . 0.4% Causas desconhecidas............... 24% Qs fatores que causam problemas da Sindrome do Edificio Doente podem ser agrupados em sete grandes grupos: 1 - Insuficiéncia de ar exterior 2 ...... Ma distribuigao do ar 3...... Controle deficiente de temperatura 4 = Projeto inadequado 5 - Modificagdes inadequadas apés construgéo 6 ...... Falta de manutengao dos sistemas 7 - Falta de compreensao do tuncionamento do sistema 1 - Insuficiéneia de ar exterior - a Norma 62-1989 recomenda, pelo menos 15 cim (25 m'/h) de ar exterior por pessoa para garantit 0 ponto 1 acima. HA casos em que, quando se passou de 5 cim (8,5 m’mh) por pessoa, o que era permitido pela norma anterior 1983 para 25/32 cfm (42 a 55 m’sh) num edificio na California, resultou em queda nas reciamagdes de 60 a 73% para 20 a 30% (Hicks-1984), 2 - Ma distribuigao de ar - noste caso a distribuigao deficiente origina que nao chegue aos pontos onde € necessaria a renovacao do ar exterior. Um caso tipico € o.curto circuito entre insuflamento ¢ exaustdo ou mé distribuigao devido a divisérias que se foram oriando, O uso de ampolas de fumaga inerte ou medidores de CO; nas bocas de saida e nas zonas de trabalho sao bons indicadores da distribuicao do ar. O uso de difusores de alta indugo pode ser uma solucao. 3 - Controle deficiente de temperatura - a colocacao do termostato de controle em lugar errado, pode ser uma causa de reclamacées dos utllizadores. 4- Projeto inadequado - tomade de ar exterior junto rua, onde ha concentragoes excessivas de CO, é um bom exemplo de projeto inadequado 5 - Modificagdes inadequadas apés construgao - so mais frequentes do que se pode imaginar. De novo, a introducao de divisérias em espacos projetados para ser salas ampias é um caso tipico. 6- Afalta de manutencao apropriada - pode conduzir a que fungos e bactérias aparecam em partes criticas das instalagdes e sequem depois, transportadas ao sistema. A manutengao inadequada dos fitros é outra fonte de problemas. 7 - Falta de compreensao do funcionamento do sistema - a ndo compreensao de come funciona sistema pode levar a comandos incorretos no mesmo, fazendo com que se coloque em parigo toda sua performance. Hé também 0 desenvolvimento de tatores psicoligicos. Ambientes estressantes, com ruido alto, luzes ofuscantes, trabalhos estressantes, etc. intensiticam os problemas. Trabalhos apresentados or Rohles Frederic - Kansas State University @ Woods James + Morey Philip do Kansas State University e Woods James + Morey Philip, da Honeywell, mostram os seguintes fatores Acuisticos 22% 1a. ' 24% Les ics a 24% Conforto...... 30% Temperatura . - 15,8% Nivel de iluminagao. 11% Tabaco. ag 9,8% BUD cx orcoay semen = B,7% Perturbacdes de ruido . ++ B5% Britho de luz......... 17.9% Odores 7.5% Movimento. . 7.2% Umidade . 271% Poeira . + 6,7% Sombra + 51% ‘Com temperaturas entre 23°C ¢ 26°C, um aumento de 1°C tem @ mesma influéncia de 2,4 DECIPOL € aumento de nivel de ruido de 3,9 ab. Pode-se entao dizer que a Qualidade do Ar Interior pode ser afetada por 4 grandes grupos de elementos responsaveis que descrevemos abaixo: GRUPO | - Contaminagao interior Concentragao de formaldehido liberado por méveis, divisérias, carpetes; Compostos volateis organicos; Agentes de limpeza; Tabagismo; Plantas, terra onde estéo plantadas, agua nos vasos; ‘Qzénio resultante de motores elétricos, copiadoras, etc; Contaminagao transportada para dentro do ambiente Por pessoas, em suas roupas, objetos, ete. GRUPO II - Contaminagao exterior E a contaminagao trazida ao ambiente em estudo pela necessidade de ventilagao/renovacao do ar interior pelo ar exterior. O ar exterior, dependendo da sua captagao e condigso, pode apresentar-se com teores significativos de: CO - Mondxido de Carbono CO, - Didxido de Carbono Ozono NO, - Didxido de Nitrogénio Pb - Chumbo Fumacas em geral Particulados (menores que 10 micra) Referénoia especial se faz zo RADON que aparece no intetior dos edificios, através de infitragao por fissuras de paredes e cho, especialmente importante em ‘alguns paises ou locais GRUPO III - Contaminagao no sistema de ar condicionado propriamente dito © sistema de ar condicionado, sendo por si proprio e originaimente “inerte”, pode tornar-se com o correr dos tempos, uma fonte importante de contaminacéo. Alguns ponies “tracos” do sistema que devem merecer atencao especial sac: * Unidades de tratamento de ar - Serpentinas de restriamento @ condensag&o, onde se podem localizar algas, fungos, poeiras. Bandejas de condensados, onde se podem localizar todos 0s poluentes anteriores. Nas bandejas, as quatro condigdes basicas para que os BIAEROSOIS proliferem se encontram reunidas. = Reservatorio adequado (a prépria bandeja) - Fonte de nutrientes (as poeiras e lodos que possam existir) - Amplificagdio @ crescimento dos microorganismos (possiveis por haver agua estagnada, nutrientes, temperatura adequada) = Disseminacao e Aerosolizacao da agua contendo 0 microorganismos (efetuada pela passagem do ar pela agua da bandeja) - Uso de materiaisfibrosos em contato direto com o ar, ‘como elemento de isolamento térmico do condicionader. * Dutos - Jé desde a fabricacao e montagem, tradicionalmente no Brasil feita em obra, os dutos apresentam um grau de sujeira elevado desde o “Start-up" da instalagao. Mesmo que tenham sido originalmente limpos e uma vez que os sistemas de filtragem nao tém eficiéneia de 100%, algumas particulas aparecem ao fim de algum tempo, podendo ser encontrados fungos @ outros microorganismos, * Distribuigao de ar - A introdugao de quantidade adequada de ar em um ambiente, com taxas de ar exterior apropriadas, no é garantia de que a efetividade de ventilacao seja conseguida. - Curto-circuitos de ar entre insuflamento e retomno; - Divis6rias que impegam circulagao apropriada de ar; - Difusores de ar nao apropriados, ocasionanco velocidade de ar acima dos valores recomendados (0,15 mis na zona de ocupagao), podem ser a causa de um sistema com qualidade de ar inadequado. * Renovacao de ar e influéncia de um sistema VAV - 0 estudo de renovagao de ar é, desde logo, um onto fraco em alguns sistemas. O que normaimente se faz 6 caloular a vazao de ar por sala e considerar como ar exterior a admitir na Tomada de Ar Exterior a soma, das necessidades individuais por sala, acontecendo ‘que, por exemplo, numa sala interior, a carga sensivel seja baixa, logo, 0 ar insuflado tenha um valor baixo e, no entanto, seja um audit6rio com muitas pessoas. O problema se agrava ainda mais em sistemas de Volume de Ar Variavel com regime de cargas parciais, se nao forem tomadas as precaucdes adequadas. GRUPO IV - Defi global incorreto ncias de um sistema Neste Grupo IV se incluem basicamente os fatores que causam a S.£.D. ja comentados anteriormente. Solugdes Recomendadas GRUPO | - Eliminagao tanto quanto possivel das fontes internas; Reservar area exclusiva para fumantes com exaustao independent; Controlar caso de agente de limpeza: Controlar “em casos especiais” a roupa que as pessoas usam, utilizar tapetes. GRUPO Il - Exigo-se primeiro que tudo saber se o ar exterior a ser utilizado € apropriado Como referéncia pode-se usar a tabela 1 da ASHRAE STANDARD 62-1989, neste caso tabela 1 também neste trabalho. Se o ar exterior nao for proprio, precisa ser adequadamente tratado. O sistema de filtragem do ar exterior entao muito importante. Pode também acontecer qua apenas em alguns periodos (ex.: horas de “Rush’) o ar exterior seja impréprio. Nesse caso, uma redugao da taxa de ar exterior Gurante esse tempo pode ser aconselhavel. Curto Prazo Gurto Prazo Contaminantes | Concentragao Média ee |" wm* | ppm [meses { wm? [ ppm SO, 80.0 [0.03] 12__| 365a | 0.14a] 24 Particulas | 50,0b]- 12 50a T= 24 menores 10. 75,0|_ - = = = = CO, = = = 40008 [35.00a} 1 co = 5 j000a|9.00a] 7 Oxidanies ~ | - | - | 2sse fostze] - (Ozon9) N02 406,0] 0,055] 12 5 "1 * Pb (Chumbo) 1 [ - aw a * ~ Tabela 1 Um problema que sempre aparece, € como garantir que a quantidade de ar exterior seja aquela adequada em cada sala de um dado sistema. Usualmente, soma-se a quantidade de ar requerida por sala e esse 6 0 valor total de ar extorior introduzido, Como ele é uma porcentagem do ar total e come 0 ar insuflado em cada ambiente deve ser, efetivamente, proporcional a0 calor sensivel interno efetivo (ERSH), salas com alta carga latente, tais como bibliotecas, salas de reunides, etc, lerdo fatalmente deficiancia de taxa de ar exterior. © ASHRAE STANDARD 62-1989 recomenda dois métodos: A~ Método da Taxa de Ventilacao que, partindo da somatéria das necessidades de taxa exterior por sal, calcula uma fragao corrigida da taxa do ar exterior Y= X/(14X-Z] Onde: Fragao corrigida da taxa de ar exterior Ve do sistema de insutlamento Fracao nao corrigida da taxa de ar exterior 2 Vor = Fragdo de taxa de ar exterior, Voc 0 espago critic Va. ~ Taxa de ar exterior total corrigida Va = Ar total insuflado do sistema. Voge ~ Soma do ar total exterior requerido por sala, Voc = Taxa de ar exterior da sala critica ( aquela que porcentualmente pede mais ar exterior). Vee = Arinsuflado na saia critica, Qualquer exercicio de simulagdo mostrard que este metodo atenua, mas nao resolve 100% o problema das areas criticas. B - Método de Qualidade do Ar Interior (IAQ). No apéndice para varios casos de localizagao de filtros, Eficiéncia de Filtragem e de Ventilagao apresenta formulas que permitem calcular: Taxa de Ar Exterior Requerida Concentragao de Contaminantes no Espago Indicado Taxa de reciroulagao de Ar Requerida. Uma avaliagao pertinente e criteriosa deste método foi apresentada por ReaTing Liu, Robert Raber e Henry S. Yu de Fan Co, na Heating/Piping/ Air Conditioning de Maio-91 que se apresenta a seguir. Filtragem 1AQ Um novo processo foi desenvolvido em dois passos que permite aos engenheiros de sistemas de ventilacao projetar uma boa qualidade de ar. Isto se aplica a novas construcées e também em reformas de sistemas de ventilacao jé existentes. Este novo método em dois passos pretende dar Suporte e enriquecer 0s procedimentos contidos na ASHRAE STANDARD 62-89 “Ventilagdo para ‘Qualidade de Ar Aceitavel em Ambientes Fechados Inclui uma selegao de filtros baseada no conceito de filtragem para proporcionar uma qualidade de ar ‘equivalente a 100% de ar exterior, inroduzido na Norma. (Os dois passos so - Determinar a quantidade de ar exterior necessario or pessoa para controlar os niveis de contaminantes apenas por diluicéo (sto € definido como 100% de ar exterior). - Definir qual a porgéo dos 100% de ar exterior necessario pode ser satisfeita, usando sistema de fitragem, Necessidade do ar exterior Se 0 ar exterior poluido @ trazido para dentro do edificio para fins de ventilacdo, isto deve efetivamente aumentar 05 niveis de contaminantes dentro da construcéo, entao, uma primeira e importante consideragao é a qualidade desejada de ar exterior. © National Ambient Air Quality Standard (NAAQS), publicado pela EPA, determinou os dois termos de li curto e longo, para seis poluentes: didxido sulfirico, particula total, mondxido de carbono, ozono, didxido de hitrogénio e chumbo. Estas normas sa0 igualmente aplicdveis para o ar exterior € S40 encontradas no ASHRAE STANDARD 62-89. Os niveis de ambiente destes poluentes individuals sao bem monitorados e documentados pela EPA e agéncias ambientais ¢ locais. ‘Quando os niveis de ambientes locais nao atendem & Norma 62-89, 6 exigido 0 tratamento do ar exterior. Para determinar a quantidade dos 100% de ar exterior desejada para diluigao, dois métodos podem ser usados: ASHRAE 62-1989 - Método da Taxa de Renovacao. E 0 método usual de considerar a taxa de ar exterior por sala, seu somatério € calcular a taxa corrigida, levando em conta uma corregao pela relagao ar extemo/ar insutlado para a sala critica. 0 método meihora, porém nao resolve totalmente. A tabela 1 da Norma (tabela 1 deste trabalho) define os vaiores a considerar. ASHRAE 62-1989 - Método de Qualidade de Ar Exterior. Baseia-se no principio que a liberagao de contaminantes é similar em todos 0s ediicios e que a qualidade do ar intemamente pode ser alcancada pelo “mixing” do ar exterior e fitragem adequada, de parte do ar recireulado, Se houver filtragem no ar recirculado, a quantidade de ar necessatia a diluicao € dada por: N wo. _N CxCo Vou Se fltrar 0 ar de retomo e 0 exterior, a concentracao interna pode ser determinada como segue: O fator K para uma relagao Ye 6 dado na Figura 1 10mm TW t NY iN vone=01 x 2 & 0 02 04 06 o8 10 Eficiéncia de ventilagao Efetividade de ventiiagao (Ev) Figura 7 Vi22\) | Beto \ serede fey Eficiéncia de fitragem requorida om % [a aden 02 00s aw mT “Taxa de ventilagao por pessoa cfm Fig. 2 - Eliciénoia de ventilagao E, e fluxo de ar (valores s80 tipicas e dependem da taxa de ventilacao @ temperatura do ar rt B gas Eficiéncia de fitragem requerida em % ‘pm cous 19) om wa. tom Taxa de ventilapao por pessoa cim Fig. 3 - Eficiéncia de filtragem requerida com ar externa ce 5 cfmipessca E, = 0,65 (baseaco em particulas de 0,3 micron 0 e tolueno) 109 Bees Eficiencia de fitragem requerida em % rs a ‘ig ao souoso 100 B508N0 0D. 1c00 Taxa de ventiiacao por pessoa cfm Fig. 4 - Eficiéncia de fitragem requerida com ar externa, de 15 cfm/pessoa E, = 0,65 (baseado em particulas de 0,3 micron 9 @ tolueno) Fig. 5 - Eficiéncia de fitragem requerida com ar extemo de 20 cfmmipessoa E, = 0,85 (baseado em particulas de 0.3 micron 9 € tolueno) (O conceito de eficiéncia de ventlacao é dado na Figura 2. As figuras 3.4 @ 5, permitem obter graticamente, para trés casos de taxa de ventilacdo de ar exterior por pessoa, a eficiéncia de filtragem recomendada em fungao da taxa de ventilagao por pessoa. Se 2 taxa de ar exterior for alta, embora nao a recomendada, uma baixa eficiéncia de fitragem permite obter 0 mesmo resultado equivalente a taxa 100% ar exterior. ‘Simbotos utilizados: c Concentragéo de contaminantes na tomada de ar externo ©, ~ Estado de concentragao do contaminante ‘em um espago ooupado E - Eficiéncia do filtro de retomno ou ar misturado E,_~ Eficiéncia do filtro de ar exterior E, - Efetividado de venttagdo definida como parte do fomecimento de ar entrando em urn expago ocupado N= Taxa do geragdo interna de contaminantes dentro de um espaco ocupado V, ~ Taxa de ventilagdio de ar externo Votoow + Quantidade de ar extemo necessario para diigo de contaminantes gerados internamente para niveis aceitaveis (somente por diluicdo) Vereauass ~ Ar extero recuzido em conjunto com utilzaca0 de recirculagéo de ar firado (para aloangar qualidade de ar equivalente a Vo, 100%) V, = Taxa de fornecimento de ar de ventilagao (soma de ar recirculado e externo) Aeticiéncia do filtro € detinida em fungao da particula 0,3 micron. Deserigto 3 do filtro Final | Média % | % Media Eficiéneia 25 45 Média Eficiéncia 55 | 34 Alta Eficiéneia 70 | 50 Alta Eficiéncia 86 | 86 Alta Eficiéneia go | 87 195% Eficiéncia . - HEPA 95 | 995] 99.1 99,97% Eficiéncia . L HEPA 99,97 | 99,97) 99,97 Tabela 2 Para controle de gases, se define também 0 grau de eficiencia com base na absorgao de Tolueno. - CVO - Eficiéncia ahs cfm Absorci dia Inicial | Final | Megtica Fiitro LevePainel Simples | 17 [8 12 Filtra Medio - 4 Painéis 71_|_ 30 50, Fillio Pesado- 12 Painéis | 95 | 75 Ed Tabela 3 Sistema de filtragem Os sistemas de fitragem a utilizar no ar exterior @ no ar de recirculagao passam a ter uma importancia acentuada e deverao garantir: estanqueidade perteita entre estrutura de filtros & carcaga do condicionador, evitando fuges; = que as molduras padrao dos filtros a utilizar sejam apropriadas e que nao haja também fugas de ar entre o elemento filtrante @ a moldura do proprio filtro, assim como entre esta e a moidura padrao; - que @ moldura prépria do filtro seja, em casos especiais onde possa haver contaminagao microbiana, em material pléstico totalmente incineravel: = que a bolsa seja rigida, - preferencialmente usar fltros bactericidas GRUPO Ill - Contaminagao no sistema de ar condicionado Unidades de tratamento de ar Estando em discussao 0 potencial cancerigeno das fibras minerais feitas pela mao do homem “Mar-Made- Mineral Fibers” (MMIMIF) ¢ da dificuldade de limoeza do isolamento interior das unidades de tratamento de at, seja do tipo “Fan-Coil’, seja unidades “Selt- Contained’ que ficarao seguramente contaminadas quando da limpeza das serpentinas, as primeiras, recomendacdes sao: = recobrimento do isolamento com chapas galvanizadas, de aluminio ou aco inox, dependendo da aplicagao de biocidas; = pintura interna na cor branca epoxi, sendo as unidades providas de visores que permitam inspegao visual; = unidades providas de iluminagao intema, tipo Tartaruga, com grau de protecao adequado contra jatos de agua; - bandejas de recolhimento de condensados. obrigatoriamente em aco inox com fundo inelinado ¢ ligacdo de esgoto em seu ponto mais baixo, garantindo escoamento total da agua = siféo com pelo menos 4” de coluna de agua, atendendo as pressdes altas em que muitos ventitadores trabainam; - dreno cego adicional permitinde esgotar Agua que eventualmente se acumule por limpeza da unidade - serpentinas com no maximo 6 rows € 10 aletas por polegada. Maior nlimero de rows e de aletas por polegada dificulta a limpeza adequada. Se um numero maior de rows for necessario, recomenda-se usar uma. segunda serpentina separada da primeira, pelo menos 40 cm a 60 cm: - embora normalmente o arraste de agua 86 86 dé com velocidades de face superiores a 3 mis, recomenda-se iimitar a 2,75 mm/s; = ventiladores com carcaca desmontavel, permitindo a limpeza interna do mesmo. Acionamento dos ventiladores por motor tipo rotor exterior, evitando polias e correias com seu desgaste e problemas inerentes; - umidificagao, se necessdiria, feita por meio de vapor limpo e seco com tubo dispersor antes do estagio final de filtragem, Colocar bandeja de condensades idéntica da serpentina; - filtragem - recomenda-se dois estagios de filtragem, sendo 0 filtro de retomno de ar, um filtro plano classe EU-4 que receba classificagao no teste colorimétrico com eficiéncias: Gravimétrica 80 < Em <95 Colorimeétrica 30%, correspondiente a classe 82 DIN 24185 parte 100 verso Fevereiro 1978; = filtro final - preferivelmente Filtro EU7 - Eficiéneia Gravimétrica >98%, eficiéncia Colorimétrica 80 4,00 m 1" Estes difusores sao disponiveis para pés direitos teto e levada @ maquina, sem afetar autras pessoas altos > 3,8 m, nas versdes VD e VDL. ou fontes, Este sistema se opée ao tradicional, onde o ar é todo misturado, 0 fluxo turbulento e a poluigéo se espalha Uuniformemente. Fig. 12 - Difusor de Rotagao Tipo VD Fig. 14 - Movimento de ar na sala com fluxo turbulento —- ais mn Tt =) Fig. 15 - Movimento de ar na sala com fluxo de & Fig. 13 - Difusor de Rotacéo Tipo VOL destocamento Sistemas de fluxo de deslocamento s perfis de temperatura, poluigao @ velocidade dos dois sistemas se mostram na figura 16, Ha cerca de 10 anos se desenvolveu nos paises nérdicos da Europa este novo sistema que consiste Com o novo sistema de fluxo de deslocamento basicamente em insuflar ar a temperatura interior & desaparece a necessidade de se ter em restaurantes, sala “set point’ com um baixo nivel de turbuléncia}e por exemplo, zonas de fumantes ¢ nao fumantes. velocidade. No Brasil jd existem também, ha mais de 5 anos, Este ‘mar’ de ar trio se desloca pela sala e 6 sistemas destes tipos instalados, dos quais se deu retornado a maquina pelo teto, junto a parede oposta, aqui apenas alguma idéia, Fontes quentes que ar encontre no caminho © ar pode ser insuflado por unidades préprias junto &s provocam correntes de convexao no sentido janelas ou por difusores de piso, se houver piso falso, ascendente, que chegam ao teto e sfio levadas ao hoje muito comum em locais onde & necessério passar fetorno. Com isso, cada pessoa ou equipamento que —_muita cablagem elétrica para computadores, fax, “liberem’ alguma polui¢ao tem esta retirada para o telefones, etc, como pode ser visto na figura 17. 12 Por Perfil de Porfl de. concentracao: temperatura velocidade —_—_de poluentes HAY 7 ! [ 7 J i | . i- | i HH 2 22 OC 01 OF 08mm oF 05 10 Fava turbulerta —-—+— Falta de datocamenio Fig. 16 - Temperatura vertical, Perfis de velocidade ce concentracéo e poluentes na sala para fiixo de deslocamento e fluxo turbulento ‘A anilise e determinagao dos problemas deve seguir uma metodologia sistematica que compreend: A - Verificagéio das condigdes climdticas locais, incluindo médias mensais de temperatura, umidade e precipitacao. B - Obteneao dos projetos de arquitetura © engenharia para se entender 0 funcionamento dos sistemas de ventilagao ar condicionado, C = Inspegao local com os responaveis pelo edificio, inspecionando os sistemas de fitragem, umidificacéo, distribuigao de ar e casas de maquinas. Visitas aos interiores dos edificios, visando identificar fontes de poluentes. Identificar causas potenciais (doengas pré-existentes, amostras, questionérios) - Verificar se 0 uso das sales é 0 projetado: - Verificar localizacao dos AHU (Air Handling Units), difusores de insuflamento ¢ retorno na area em estudo; - Filtragem - 1° estagio 80% DS @ um segundo filtro 85% DS séo recomendados: - Selagem AHU, entre a serpentina e ventilador; - Verificar moldura, fillros @ plano de troca; - Verificar ventilador e correias (ferrugem, sujeira); - Verificar dampers de ar exterior e abertura minima: Veriticar fungos. ‘Alguns pontos onde aparecem problemas, ¢ estudos efetuados, foram: - Fungos nas Tomadas de Ar Exterior - TAE, Difusores de parede Difusores de piso 5 Fig. 17 - Opeées de difusores para fiuxo de deslocamento 13 especialmente onde ha umidi - Fungos nos dutos; - "By-Pass’ de ar nos filtros; ~ Curto-circuito entre exaustdo de ar e TAE por objeto deticiente; + Analise dos climatizadores e bandejas de condensadores, veriticando a evidéncia do aparacimento de lodo; - Verificagao do funcionamento de dampers, motorizados e controles. 1940 tipo spray; D - Medigao de particulas respiraveis, usando balanga que meca particulas de 0,01 a 3,5 microns que indica eficiéncia de filtragem. + Medigao de niveis de CO, com analizador de gases portatil com sensibilidade de 50 ppm que da medida da eficiéncia dos sistemas de ventilagao. Alguns autores @ a norma 62-1989 recomendam usar 0 CO, como parametro da qualidade do ar. Na verdade, ele $0 € representativo para a poluigao gerada pelo corpo humano. Os CVO, formaldehido e PAHs, por exemplo, nade tm fa ver com isso. Os PAHs (Polycidic Aeromatic Hydrocarbons) 840 cancerigenos. Medigdio de CO com detetor controlador de eletrolise potencial que da uma medida da inftragao de produtos da combustao do exterior (gases de automoveis, por exemplo). Medigao de temperatura com termopar calibrado € da umidade relativa com eletrodo capacitive ‘oromado para se ter uma idéia do nivel de conforto,, + Nicotina suspensa no ar com bomba pessoal universal para amostras de fluxo, dando idgia da presenga de tabaco. - Compostos organicos, procurando detetar Benzeno, Tetrocloreto fr carbono, Tulueno, Xileno, Tricloretano. + Contagem de microbios em suspensao no ar, fungos e bactérias por meio de coletor centrifuge, revestido de Agar Agar com incubacao durante 48h, entre 30 e 35°C ou impactador Anderson, dando idéia da contaminagao microbiolégica. = Medigao de formaldehide com formador de borbulhas @ base de bisulfito de sédio, seguindo andlise espectrofotométrica. Sao feitas duas medigdes de cada tipo. Surgiram meios de controlar e eliminar fontes e causas, melhor ventilagao, manuten¢ao preventiva, controle de fumo de tabaco, determinar atividades preventivas apés trabalho, treinar 0 pessoal, fazer um “Follow up’ Dentro da manutengao preventiva: = Checar periodicamente o balanceamento do sistema, funcionamento dos controles, correlas © ventiladores, posicéo dos dampers, integridade dos dutos: ~ Subsiituir os filtros, quando necessario; ~ Limpar os componentes do sistema regularmente (drenos, bandejas, partes umicas); ~ Eliminar fluxos de ar de zonas contaminadas para as de menor contaminagao, Recomendagoes minimas para evitar problemas. ~ Garantir um minimo de 15 cfm (25 m’/n) por pessoa, de ar exterior, mesmo em regime de volume de ar variavel Com isto, odores de CO, serdo diluidos, Exigir manutengao adequada dos sistemas HVAC: + Limpeza regular de bandejas e serpentinas; + Substituigao (limpeza) de filttos e verificacao de que no ha fugas entre filtros e estruturas; * Utlizagao de fitros com eficiéncias minimas garantidas em funeao da taxa de ar exterior, efetividade de ventilagdo e taxa de recirculagao de ar por pessoa; * Verificagao corretiva e preventiva dos sistemas de controles e sensores; + Limpeza adequada dos dutos: * Manter sempre que possivel uma temperatura da ordem de 23°C. * Garantir exaustdo localizada de poluentes gerados internamente: + Fumaga de cigarros em ditrios de fumantes; + Exaustao de maquinas de cépias tipo ozalide; + Exaustao de capelas de fluxo laminar ou gabinetes de seguranca biolégica. Pressurizar docas de carga e descarga, evitando que 0 CO liberado por veiculos entre no sistema HVAC, usando, por exemplo, cortinas de ar. Verificar se é adequada a localizacao de tomadas, de ar no sitema HVAC Evitar a utilizagéo em plenos de retomo de ar condicionado de materiais que liberem fibras do tipo de fibras de vidro ou amianto, ~ Limpeza de carpetes deve ser preocupagao constante; - Evitar pratos com umidade embaixo de vasos com plantas ou xaxins; ~ Evilar agua estagnada em quaisquer cirounstancias: ~ Manter a UR abaixo de 55%, sempre que nao houver outras indicagdes especiticas de projeto. Aavaliagao final ideal atende os valores dados por nonmas especificas, conforme tabela 5 14 C0, Dioxido BE 800 opm Hi O-Monéxicd de carbono Sm He Psr-Pantouas Suspensas 75 ugim? Hi respirévels Micrébios Tec HL Nicotina 50 ume HB zon 1,50 ppm ASHRAE CHO Formaldahido atu oi Temperatura EEE ASHRAE Tinidade Relive | 10.0 70% ASHRAE Tabela 5 = (Cu - Unidades Formadas ce Colonia. 0s tungos responsdvats par mais do 86% das onfermidaaes respiratiias,aérgicas, Geto do grupo de microbios, perteneem 4s familas ‘Cindasporum’, “Pinu”, "Asporgilus” @ “Alteran” ~ Ente as baciéras se encontrar os "Estaflococes' “Pseudomonas” & “Flavobactenas Pode parecer que esido em campos opastos a qualidade do ar Interior € a conservagao de energia, Todtavia ‘Meharia co sistema ae fitragem: Pocuperacto de fio ou de calor, = Methona dos sistemas de dstrtaigB0 (uso de VAY); so medidas e conservacao de energis, Trabalhos da empresa HBI, apresontados no CIAR em Cartagena de Indias - Colmbia, mostram os seguintes quacros de causas maiores da Sindrome da Doenga dos Edificios e suas consequéncias em diferentes partes do mundo. Aanélise de resultados mostra que ha diferengas. dependendo das condigées locais. Na Espanha e Venezuela 0 clima ¢ mais ameno, as taxas do renovagao de ar s20 maiores @ logo a diluigao de compostos volateis como ozono e fumaga de cigarros 6 maior. Aiimportancia dos fitros para a gama de particulas respiraveis ¢ enorme, e, na maior parte dos casos analisados no estudo, € deficiente. A ma instalagao dos fitros tém um razoavel fator de contibuigao. A manutengao do sistema de fltragam é, entao, critica. O comissionamento, significando 0 processo correto permanente de verificaao da performance do edifico, bem como a operagdo do mesmo, s4o extremamente importantes para manter a qualidade do ar exterior € evitar problemas. O ASHRAE Standard Guideline 1 - 1989 (Guideline for Comissioning and HVAC Systems) um excelente modelo de comissionamento. Porcentagem gases 50 10 x et tee wt oe Ventilagao Higiene Filtragem Fig. 14 - Causas de S.D.E. achadas em 412 ealficios norte americanos e australianos 1980 - 1989 Porcentagem 100 90 80 70 60 50 40 30 20 40 Ventliagao, Filtragem Higione Fig. 18 - Causas de S.D.E. achadas em 9 edificios espanhdis e venezuelanos 1989 -1990 A veriticagao das condigées iniciais deve dar-se uma vez por ano. Algumas solugdes praticas que ajudam a diminuir 08 problemas sao: - Colocar ciclo economizador que permita (condi¢ao boa do ar exterior) nas primeiras horas da manha, 6:00 hs por exemplo, 100% de ar exterior. As 8:00 hs volta o sistema normal. - Pedir 2 um ocupante de cada andar que registre regularmente, 2 ou 3 vezes ao dia, sua opinido sobre a temperatura, umidade, grau de satistagao geral Conclusao: 0 trabalho até aqui apresentado pode levar & conclusdo simplista que 0 ar condicionado ajuda a trazer problemas para os exificios. Isto so 6 verdade se 0 ar condicionado e ventiiacao nao tiverem sido adequadamente projetados ou retrofitados e apés isso, corretamente mantidos. ‘Sabemos que sem 0 ar condicionado nao ha solugao. Como diluir ou eliminar os contaminantes sem o ar condicionado? Ventilagao deficiente 36 é pior que nenhuma ventilagao. Nao controlar temperatura @ umidade é impossivel nos modernos editicios, onde uma boa parte da area é interna. (© que se quer é recomendar um tratamento correto do problema, bem como projetos com flexibilidade, de modo que as modificagoes © exigencias futuras possam ser atendidas. Apesar de tudo, o HVAC pode chegar a ser responsavel em até 75% das causas que ocasionam a Sindrome da Doenca dos Edificio Prof. P.O. Fanger, da Universidade da Dinamarca, ciente de que as normas existentes nao resolvem 0 problema de qualidade do ar, sugeriu uma nova metodologia, partindo do principio do conhecimento de todas as fontes externas e internas e detinindo a ventilagao a partir da carga total e do nivel de pureza desejado. Assim, néo 50 as pessoas (como ha norma 62-1989), mas tambem carpetes, moveis, maquinas, etc., S20 considerados no caleulo, tal como é felto na carga térmica, 0 Prof. Fanger desenvolveu uma nova unidade, 0 DECIPOL que ca uma idéia da qualidade de ar percebida € permite comparar diferentes tipos de fontes de poluicdo. Conjuntamente, definiu Fanger, a unidade OLF que permite medir a quantidade de poluigao das tontes. A unidade OLF é a poluigao causada por uma pessoa normal. O DECIPOL ¢ a qualidade de ar percebida em uma sala com poluigao de 1 OLF, ventilada com 10 Us, ou seja’ 1 IPOL = = 1 DECIPOL = 55 1 OLF/(V/s) Definem-se, entéo, trés niveis de qualidade percebida do ar (tabela 6) - hie aoe bida de ar venti Ar interior de’ Alta Qualidade ey) Be ieee Ar Interior Standard] 20 14 7 Vs OLF Ar inerior com Qualidade 30 25 4s OLF Minima Tabela 6 ‘A equacao de contorto de Fanger se apresenta, entao, como segue: co} Co Bb e C, = 112[1n (PD) - 5,98) -4 sendo: Q = Qualidade do ar de ventilacao em Vs Poluigéo total em OLF C, = Grau de percepeao da qualidade do ar interior em DECIPOL Qualidade do ar exterior em DECIPOL, % de pessoas insatisteiias Eficiéncia de ventilacao Se PD = 20% C,= 1.4121 =14 Conhecidos Q, G, C, € E,, pode-se, da equacao determinar C, © ASHRAE Standard 62 - 1989 recomenda, para 0 ar ser considerado aceitavel, que nao mais de 20% das pessoas se sintam insatisfeitas, ou seja, que a qualidade do ar corresponda a 1,4 DECIPOL. 2.0. Fanger, em seu trabalho indica ainda os dados das tabelas 7 € 8 que seguem. P “Decipol Durante épocas de “SMOG” 1 (Fumaga + Neblina) a Em cidades de poluigao moderada 0,05 - 03 Em montanhas, ao nivel do mat 0.01 Tabela 7 16 Valores estimadas de cargas OLF orm de area Uma comparagao entre normas diferentes mostra: Tabela 8 Por exemplo, num edificio existente com 40% de fumantes, teriamos por m* Biofluentes 02. ......0.65.041 Edificio ........2.5 204 Adicional 40% fumantes..... . 0,2 ‘Total seer eclees + +0,7 OLF/m* © uso da adequacéo de conforto permite, entao, calcular 0 graui de ventilagéo para um nivel interior de 1,4 DECIPOL para um edificio como 0 anterior 0,7 OLF considerado CO = O. Q=10ls 07 14 Q = 5s por m Numa sala de 50 m’ com 5 pessoas, teriamos pela ‘equagao de conforto, 250 l/s, au seja, 900 m’sh com um total por pessoa de 180 m’/h, muito mais que 05 valores da ASHRAE Standard 62 - 1989 da tabela 10. A pergunta que se coloca é, se aumentar a taxa de ventilacdo é economicamente factive!? Mesmo sendo, a opgao viavel é a redugao de desnecessarias emissdes de contaminantes. ‘om eseritéri ens mae Fontes de poluigao OLE? | FESS eS FE ST Pela equagao Fanger . Geraas por osesa 9.7 OL nantes (1 pessoa/10 m’) Biofluentes O41 Fonte, SMT ROMA. 14 Adcional por % de fumantes: 20% on Ase Woes = 28 oo ne NKB-81 com fumantes 1 % . comnaofumantes | 0.4 DIN’ 7946-1883 — com fumantes 19 Geradas por materais internos e pelo Senne areton, | ts sistema de ventilagao Méias em Edifcios existentes 04 Tabela 9 Ealficias com OLF balxos 04 = Os trabalhos de Fanger vem sendo recentemente Geradas por exercicios tisicos questionados, Wilfred Rosenbaum e Elia Steting ~ HPAC Baixo nivel - 3 oa Margo 1998, Fanger propde que determinados diferentes Nivel médio- 6 1.0 poluentes e definidas para cada um deles a quantidade ivel alto (atleta) - 10 20 de ar exterior, 0 total de ar exterior ¢ a somatoria dos valores individuals. Ha contestagdo de autores, dizendo que a quantidade de ar que dilui um poluente pode dil outros € nao € correto somar as quantidades de ar. Ventilagao exterior por pessoa Ocupagao Locais CFM Us ‘estimada em pessoal/ 100 m* Disoatesas | 25 [78 7 Salas de ae ws | 8 50 Escntovias | 20 | 10 z Areas de Rare ea = Fumantes Restaurantes_| 20 [10 76 Bares 30_[ 15 700 Tabela 10 Quais as estratégias a se adotar para ter um edificio saudavel? A Estabelecer critérios de performance. Comunicagao ¢ trabalho canjunto entre envolvidos Gi Gerenciamento apropriado e planejamento dos projetos de construcao. A Qualidade assegurada em todos os aspectos do eaificio, bem como operacéo Aspectos importantes do projeto: Arquitetura ~ Planejamento correto de espacos e flexibilidade; ~ Soparar areas de geragao de contaminantes, das areas de produgao: 7 ~ Deixar espaco adequado para operagio e manutengao; - Envelope - Janela para ventilagao e iluminagao natural; integridade de teto, paredes ¢ janelas para evitar entrada de ar € umidade; performance térmica; + Especificagao de materiais nao poluentes, duraveis e com “low fleece”. Engenharia - Civil = Drenos adequados nos terrenos; + Estruturas - Integridade, auséncia de pontes termicas; + Mecanicos - HVAC, qualidade, facilidade de manutencéo, sistemas de protegao contra fogo e fumaga; ~ Eletricidade - Nivel de iluminamento apropriado, auséncia de brilho e ofuscamento Documentacao ~ Critérios estabelecidos, parametros e calculos. Ocupagao ~ Selecione materiais adequados de méveis revestimentos; = Sobreventile no inicio e se nao houver queixas, graduaimente diminua; ~ Deixe zonas para atividades especificas. Cuidados para com o sistema de HVAC: ~ Niveis de contorto térmico, ruido e vibracao, niveis de ventilagao, niveis de contaminantes, de acordo com as normas; ~ Anélise cuidadosa da capacidade da serpentina ({ric) e desumificagao em toda a faixa de trabalho; ~ Filtragem adequada. Se eficiéncia > 80% “Dust Spot” OK; + Remova contaminantes gasosos; + Fan-Coils devem poder ser limpos internamente com Agua; + Controle as bandejas e sitoes; ~ Dutos isolados externamente e selados; ~ Ditusores corretamente selecionados para evitar correntes de ar e de alta inducao; ~ Controles sao fundamentais para operacéo correta, Monitorar além de T @ U pressurizagao, qualidade do ar; ~ Comissionamento de acordo com instrucoes ASHRAE; ~ Operagao © manutengdio sao absolutamente essenciais. Se o ar exterior disponivel tem niveis de contaminacéo superiores aos indicados na tabela 1, deve ser tratado limpo de particulados, va fitros tradicionais e de gases ¢ ‘odores via lavadores ou fitros de carvao ativado. Se assim mesmo nao for possivel atender as tabelas, entio, a quantidade de ar exterior deve ser reduzida durante os periodos de pico de geracao de contaminantes, por ‘exemplo, horas de ponta em zonas com muito tréfego. ‘A Norma ASHRAE 61-1989 indica que o nivel satistatério do ar interior 6 mantido, ou por se introduzir a quantidade minima da Tabola 10 (Tabela 2 da Norma), se o ar satisfizer 0 grau de pureza minimo, ou pode-se baixar essa quantidade, se houver sistemas de filtragem eficientes. CONCLUSAO Nao se pretende obviamente com este trabalho esgotar 0 tema do IAQ, mas apenas contribuir com dados tteis aos que militam neste setor. © tema, por importante, n€o cabe nas poucas paginas deste trabalho que quer ser mais um alerta e despertar de interesse que um “tratado" sobre 0 IAQ. A evolugao dos conceitos é rapido e quem se interessar tera que estar atento ao que venha a ser publicado. A Trox do Brasil, empresa conhecida no mercado pela sua postura de preocupacao tecnologica, estara atenta para levar a todos 0 que de mais atual poss existir sobre 0 assunto. Nota (Os valores de oicidncta dos itros para cversos tamanhos de particulas {1m sido motivo de estudo © controvesia, Rlecentemente esiudos efetuacos ra Europa indicam que a eficéncia qu ofitro apresenta, quando a caregado com posira e um Ap {de 300 Pa para paticulas de 0,4 micron, corespondente & efiéncia ‘olormsétrca. E isso também o que, de certo modo, atabela 2 mostra na ccna fal para pariutas de 0,3 micron. Esta. em dscusso nos ELA um projeto de roma que tentaclassfear 8 firs finos, por tamanho de particula, Norma 52,2P, usando exo pokients 0 cloreto de potéssio para o tamanho de partoula 8 “eartegando'o fro ‘com poeta sintetca nomalzada. Esta norma nao so Gostna a substi 1352.1 eostente, mas apenas a delrir outo crtto de cassfcago. Bibliogratia ‘Indoor Air Qualty - Preston E, MeNal -Ashrae Journal - Junho-1986 Evaluating Indoor Air Quality = Milton Meckler - Heating Piping and Air Condicioning - Setembro-1990 The impact of Ventilation Indoor Air Quality and, Human Health and Confort - Elia Steting and Chis Collet Indoor Air Quatiy - Experiences in Spanish and Latin Amenca Buildings - Simon Tuer and Juan Carlos Bermudez - 1° CIAR - Cartagena, Golombia - Maio-1991 Indoor Air Quality - Challenges for the Soths - Wayne Robertson and ‘Marlyn Black - Heating Piping and Air Conditioning - Fevereiro-1991 Indoor Air Quality in two South Amence Buildings - Chris Collet ‘and Ella Sterling - 1° CIAR - Cartagena - Colombia - Maio-1891 New Comfort Equation for JAQ- P.O. Fanger - Ashrae Journal - JJunho-1988, AA Ventilation Standard Debate - Should pollutant source strength be added Calculating ventilation rates? - Wiltred Rosenbaum and Elia Sterling ~ Heating Piping and Air Conditioning ~ March 28 18

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