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Apostila - Modulo 02 Ventilacao Geral 1
Apostila - Modulo 02 Ventilacao Geral 1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 44
4. Bibliografia............................................................................................................................ 84
Anexo 01 ..................................................................................................................................... 86
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CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
INTRODUÇÃO
1. Ventilação Natural
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Quando não for possível adotar o sistema de ventilação natural, seja pelas
características das atividades, presença de poluentes, exigência de que o ambiente
seja fechado, seja por imposição arquitetônica, que não aceite lanternins, brise-soleil e
outras aberturas, tem-se que adotar a ventilação mecânica.
Observações:
Qualquer que seja o sistema de ventilação que se aplique, deverá prever a
remoção do ar contaminado do recinto, mas de modo a não causar prejuízo à
vizinhança.
A diferença de elevação entre a altura média das tomadas e das saídas de ar
(janelas) em relação ao piso do prédio deve ser a máxima possível, para que o
resultado obtido seja bom.
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(1)
Onde :
P: pressão, kgf/m2
K: coeficiente de pressão no ponto considerado
γ: peso específico do ar, kgf/m3
v: velocidade do vento, m/s (adotar 50% da velocidade média sazonal)
g: aceleração da gravidade, m/s2
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Onde:
P: pressão absoluta ao nível do mar => P = 1,01325 x 105 N/m2
R => constante do ar = 287 J/kg.K
T => temperatura absoluta, K
ρ => massa específica, kg/m3
V => volume específico, m3/kg
(2)
(kgf/m3)
O fluxo mássico de ar que passa pelas aberturas é obtido pela equação (3):
19,6 ∆ (3)
Onde:
m - fluxo mássico de ar, kg/s
μ = coeficiente de descarga = 0,6
ρ = massa específica do ar, kg/m3
∆P = diferença de pressão na abertura, kgf/m2
A = área da abertura, m2
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entra pela abertura 1 é igual ao m que sai pela abertura 2. Utilizando-se a equação (3),
temos:
19,6 ∆ 19,6 ∆
Assim:
19,6 19,6
(4)
Se fecharmos a abertura 2, A2 = 0 e px = p1
Se fecharmos a abertura 1, A1 = 0 e px = p2
Se A1 = A2 =>
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onde:
Q = vazão de ar em m3/s
m = fluxo mássico em kg/s
ρ = massa específica em kg/m3
Consideremos agora uma edificação em cujo interior existe uma fonte de calor e que
está submetida a um vento perpendicular a uma de suas laterais:
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=> ∆P3 = p3 - px
∆p2 = px - p2f, f
onde p2 = p2 - H.( γ1 – γ2) (5)
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O valor de px tem que ser menor que p 1 e p3 para possibilitar a entrada de ar, e maior
f
que p2 para que o ar saia.
1 19,6 ∆
2 19,6 ∆
3 19,6 ∆
m 1 + m3 = m2
Com as considerações feitas até aqui, podemos resolver dois tipos de problemas de
ventilação natural.
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Qs = m . c . ( t s - t e ) (6)
Onde:
m = fluxo mássico de ar ( kg/s)
c = calor específico do ar = 1004,8 J/kg °C
te = temperatura do ar na entrada ( °C )
ts = temperatura da ar na saída ( °C)
Qs = carga térmica sensível (W)
m 1 = m3 = ½ m 2
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O valor de px tem que ser menor que p 1 e p3, para possibilitar a entrada do ar, e tem
que ser maior que p2 para que o ar saia. Quando px se aproxima de um desses
valores a correspondente diferença de pressão, ∆P diminue, o que resulta num
aumento da área da abertura.
5) Calcular as áreas das aberturas, a partir das equações dos fluxos mássicos:
19,6
19,6
19,6
Nesse caso as áreas das aberturas são conhecidas e se deseja obter os fluxos
mássicos.
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das aberturas são: Ai = 38 m2, A2= 128 m2 e A3 = 260 m2. Calcular os fluxos mássicos
pelas aberturas.
1,197 / 1,177 /
0,6 1,197 4
0,6 /
2 2 9,8
0,45 1,197 4
0,45 /
2 2 9,8
0,3 1,197 4
0,3 /
2 2 9,8
Como temos carga térmica, então temos que calcular a pressão de vento fictícia ( eq.
5):
p2f = p2 - H.( γ1 – γ2) => p2f = -0,45 – 10* (1,197 – 1,177) =>
p2f = -0,65 kgf/m2
m1 + m3 = m2
19,6 19,6
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19,6
Sabemos que px tem que ser menor que p1 e p3 para o ar entrar e maior que p2 para
211,9 /
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1.3. Exemplo
Qs = m*c*(ts - te)
Onde:
m = fluxo mássico de ar (kg/s)
c = calor específico do ar = 1004,8 J/kg °C
te = temperatura do ar na entrada (°C )
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1. Insolação
2. Pessoas
3. Motores
4. Iluminação
a) Insolação
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Vamos agora usar um modelo matemático para estimar a temperatura de saída. Dos
dados, temos que te = 22 oC e desejamos obter uma ti = 27 oC
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Assim:
114794,8
8,79 /
1004,8 35 22
sob pressão, por ser a face que recebe vento, e m2 está sob sucção. Então, m1 é mais
favorável.
m1 + m3 = m2
Assumindo m1 = 2/3 m2 , logo m3 = 1/3 m2
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Assim :
m1 = 5,86 kg/s , m2 = 8,79 kg/s e m3 = 2,93 kg/s.
1,197 / 1,177 /
0,6 1,197 4
0,6 /
2 2 9,8
0,45 1,197 4
0,45 /
2 2 9,8
0,3 1,197 4
0,3 /
2 2 9,8
Como temos carga térmica, então temos que calcular a pressão de vento fictícia ( eq.
5):
Obviamente, para a inequação ser verdadeira, o valor 0,60 não nos presta, sendo
então descartado. Assim, -0,57 < px < -0,30
A decisão de escolher px cabe ao projetista. Deve ter em mente, porém, que a maior
eficiência ocorre quanto a área de entrada é igual à área de saída.
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5,86
1,99
19,6 0,6 19,6 1,197 0,6 0,43
8,79
8,15
19,6 0,6 19,6 1,177 0,43 0,57
2,93
2,79
19,6 0,6 19,6 1,197 0,3 0,43
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Isto evita que o ar contaminado do ambiente em questão passe para recintos vizinhos
mas permite que, eventualmente, ocorra o contrário.
Embora em geral seja de menor custo que a insuflação mecânica, esse sistema não
permite um controle adequado da qualidade do ar que penetra no recinto, salvo se
forem utilizados filtros nas entradas de ar.
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Pode ser necessária mais de uma abertura de admissão do ar, o que depende da
maneira como as mesas de trabalho ou os equipamentos se distribuem no recinto.
No caso de o ventilador exaustor ser do tipo axial, deverá ser localizado na parede
oposta à de admissão de ar e em nível o mais alto possível em relação ao piso.
Quando não for possível a utilização da parede oposta à da admissão do ar, deve-se
considerar a utilização de redes de dutos.
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Plenum: espaço fechado (em edifícios) usada para aquecimento, ventilação ou fluxo de ar-
condicionado.
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Assim, se:
Qent > Qsaída pr > pext Sendo pext a pressão reinante no exterior
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O conforto térmico num determinado ambiente pode ser definido como a sensação de
bem estar experimentada por uma pessoa, como resultado de uma combinação
satisfatória, nesse ambiente, da temperatura radiante média (trm) , umidade relativa
(UR) , temperatura do ambiente (ta) e velocidade relativa do ar (vr) com a atividade e a
vestimenta usada pelas pessoas.
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Deve-se notar que a unidade Met representa a energia produzida por hora por unidade
de área superficial do corpo, sendo assim ela é variável com as características físicas
das pessoas.
A área superficial do corpo pode ser estimada pela seguinte equação que foi proposta
por Du Bois:
, ,
0,202 (7)
onde:
As - Area superficial do corpo, m2
mc - Massa do corpo, kg
ac - Altura da pessoa, m
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homem padrão => 1 Met = 58,2 . As => 1 Met = 58,2 . 1,8 ≈ 105 W
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Onde:
Cmet - Parcela da energia metabólica transformada em calor (W/m2).
Cconv - Calor trocado por convecção (W/m2).
Crad - Calor trocado por radiação (W/m2).
Cev - Calor perdido por evaporação do suor (W/m2).
Q - Calor total trocado pelo corpo (W/m2).
Quando o valor de Q na equação (8) for igual a zero, o corpo estará em equilíbrio
térmico, e a primeira condição para a obtenção do conforto térmico terá sido satisfeita.
Essa condição é necessária, mas não suficiente, uma vez que o desconforto ocorre
mesmo quando o equilíbrio térmico do organismo é mantido pelo sistema
termorregulador.
Na equação (8), é necessário ressaltar também que o fator Cmet pode, de acordo com
o princípio adotado na norma ISO 8996, ser igualado à energia do metabolismo. Isso
se deve ao fato de que a maior parte da energia do metabolismo transforma-se em
energia térmica e a parcela correspondente ao trabalho mecânico pode ser geralmente
negligenciada.
Como foi visto quando se tratou do balanço térmico do corpo, o excedente de energia
produzida no metabolismo é transformado em calor que tem de ser imediatamente
liberado para o meio, a fim de que a temperatura interna do corpo mantenha-se
constante.
3.2.1. Convecção
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É o processo pelo qual a energia radiante é transmitida de uma superfície quente para
uma fria através de ondas eletromagnéticas que ao atingirem a superfície fria,
transformam-se em calor.
A energia radiante é emitida continuamente por todos os corpos que estão a uma
temperatura superior ao zero absoluto. Isso eqüivale a dizer que uma pessoa num
ambiente está continuamente emitindo e recebendo energia radiante, e o diferencial
entre a energia recebida e a emitida é que define se o corpo é aquecido ou resfriado
por radiação. Dessa forma, se a temperatura das paredes de um ambiente for inferior
à da pele de um homem, este perderá calor por radiação. Se as paredes estiverem
mais quentes que a pele, a temperatura do corpo aumentará por efeito da radiação.
3.2.3. Evaporação
Quando as condições ambientais fazem com que as perdas de calor do corpo humano
por convecção e radiação não sejam suficientes para regular a sua temperatura
interna, o organismo intensifica a atividade das glândulas sudoríparas, de modo a
perder calor pela evaporação da Quando as condições ambientais fazem com que as
perdas de calor do corpo humano por convecção e radiação não sejam suficientes
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d'água que 1 m3 de ar pode conter também diminui. Isso eqüivale a dizer que quando
se deseja uma umidade relativa menor num ambiente, deve-se reduzir a quantidade
de vapor d'água no ar ou aumentar a temperatura do ar ambiente. Por outro lado,
quando se deseja uma umidade relativa maior, deve-se aumentar a quantidade de
vapor d'água no ar ou reduzir a temperatura do ar desse ambiente.
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Para quantificar a resistência térmica das roupas, utiliza-se a unidade clo2 (1 clo =
0,155m2.°C/W). A tabela 8 no anexo 01 apresenta vários itens de vestuário com as
respectivas resistências térmicas. A equação 9 permite calcular a resistência térmica
total da roupa usando-se os dados da tabela 8.
∑ (9)
onde:
Rv - Resistência térmica da vestimenta, clo;
2
O nome da unidade é oriundo da palavra inglesa "clothing", relativo à vestimenta. Em termos
técnicos a unidade é º C W/m2 sendo que1 Clo equivale a 0,15º C W/m2. A escala de Clo é
projetada de modo que uma pessoa despida tenha um valor de 0,0 Clo e outra vestindo um
terno típico tenha um valor de 1,0 Clo.
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temperatura do ar (ta);
temperatura radiante média (trm);
velocidade relativa do ar (vr);
umidade relativa do ar ambiente (UR). As de natureza pessoal são:
tipo de vestimenta (representada pela sua resistência térmica);
tipo de atividade física executada (representada pelo metabolismo).
Essas variáveis foram separadas em dois grupos somente para efeito de classificação,
tendo em vista que o efeito combinado de todas essas variáveis é o que determina a
sensação de conforto ou desconforto térmico.
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Já foi visto (equação 8) que a primeira condição para se obter conforto térmico é que o
corpo esteja em equilíbrio térmico, ou seja, a quantidade de calor ganho (metabolismo
+ calor recebido do ambiente) deve ser igual à quantidade de calor cedido para o
ambiente. Essa condição é necessária, mas não suficiente para que haja conforto
térmico. Isso pode ser explicado pela eficiência do sistema termorregulador, que
consegue manter o equilíbrio térmico do organismo numa ampla faixa de combinações
das variáveis pessoais e ambientais, embora o conforto térmico só ocorra numa
restrita faixa dessas combinações.
calor eliminado por evaporação do suor (Cev) ; assim é possível afirmar que a
sensação de conforto térmico está relacionada com a magnitude delas .
onde:
tp - temperatura média da pele, °C
Cev - calor perdido por evaporação do suor, W/m2
M - metabolismo, W/m2
Das equações 9 e 10 observa-se que, com o aumento da atividade física, menor deve
ser a temperatura média da pele para se obter uma condição de conforto térmico,
assim como a taxa de evaporação do suor deve ser maior. Dessa forma , para se
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Como se pode ver a tg está relacionada com o calor trocado por convecção que por
sua vez depende da velocidade do ar que incide sobre o globo. Essa dependência é
contabilizada pelo coeficiente de troca de calor por convecção (hc) que corresponde a:
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,
Convecção Natural => 1,4 (11)
,
Convecção forçada => 6,3 ,
(12)
onde:
hc - coeficiente de troca de calor por convecção, (W/m2 °C)
tg - temperatura de globo, (°C)
ta - temperatura do ar, (°C)
d - diâmetro do globo, (m)
v - velocidade do ar na altura do globo, (m/s)
Dessa forma, quando v > 0 , o cálculo da trm só pode iniciar após conhecer-se a real
participação da velocidade do ar na troca por convecção . Isso é feito determinando-se
hc para a convecção natural e para a forçada. O maior valor de hc definirá se a trm
deve ser calculada para a convecção natural ou para a forçada.
, ,
273 0,25. . . 273 (13)
onde:
trm - temperatura radiante média (°C)
tg - temperatura do termômetro de globo (°C)
ta - temperatura de bulbo seco do ambiente (°C)
v - velocidade do ar na altura do globo (m/s)
ε - emissividade do globo
d - diâmetro do globo (m)
Quando um globo com d = 0,15 m e ε = 0,95 (padrão) for usado, a equação 13 fica
assim:
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, ,
273 0,4 10 273
(14)
, ,
.
273 1,1. , . 273 (15)
.
Quando um globo com d = 0,15 m e ε = 0,95 (padrão) for usado, a equação 15 fica
assim:
,
,
273 2,5 10 273
(16)
O seguinte exemplo ilustra a aplicação das equações de cálculo da trm. Calcular a trm
de um ambiente de trabalho com as seguintes características:
tg = 50°C
ta = 30°C
v = 0,1 m/s
ε = 0,95
d = 0,15m
,
1,4
,
Convecção Natural => 50 30
1,4
0,15
4,76 /
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Módulo 02 – Ventilação Geral 1
,
6,3 ,
Convecção forçada =>
0,1 ,
6,3 3,38 /
0,15 ,
Como hc para a convecção natural é o maior valor, a trm deve ser calculada para
convecção natural.
, ,
273 0,4 10 273
|50 , ,
50 273 0,4 10 30| 50 30 273
61,9
4. Bibliografia
Costa, Ennio Cruz da. Ventilação. São Paulo, Edgard Blücher, 2005.
CRC Press LLC. Environmental Engineer’s Handbook. 2a Edição
Macintyre, A. J. Ventilação industrial e controle da poluição. Ed.
Guanabara, Rio de Janeiro
Mesquita, A. L. S.; Guimarães, F. A.; Nefussi, N. Engenharia de Ventilação
Industrial. São Paulo, CETESB, 1988.
Oliveira, Jaime Medeiros de. Noções de Ventilação Industrial.
Ruas, Álvaro César. Apostila da disciplina “Higiene do Trabalho IV”, no
curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, da
Faculdade de Engenharia Mecânica, da Universidade Estadual de
Campinas - UNICAMP. Campinas, 2007.
Sobrinho, Fernando Vieira. Ventilação Local Exaustora em Galvanoplastia.
São Paulo, FUNDACENTRO, 1996.
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Anexo 01
Tabelas com valores de referência para cálculos de ventilação geral
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Metabolismo Temperatura do Ar
Atividade
(W/m2)
28 27 25 24 21
Sentado 63 51 57 61 67 76
Sentado, trabalho manual 73 53 57 63 70 80
Trabalho de escritório 77 53 58 63 72 83
Em pé, andando vagarosamente 89 53 58 63 72 83
Trabalho em bancada 130 56 64 72 86 107
Trabalho moderado 146 64 72 80 95 117
Trabalho pesado 163 79 88 97 111 135
Tabela 02 - Ganho de calor solar pelo telhado (W/m2) - latitude 20° norte ou sul.
Forma Material de construção W/m2
Asfalto sobre 15 cm de concreto 91,5
Asfalto sobre 15 cm de concreto, com revestimento de cortiça (0,025 m) 31,5
Asfalto sobre 15 cm de concreto, com revestimento de cortiça (0,050 m) 18,9
Plana
Asfalto sobre 15 cm de telha vazada 75,7
Asfalto sobre 15 cm de telha vazada, com revestimento de cortiça (0,025 m) 31,5
Asfalto sobre 15 cm de telha vazada, com revestimento de cortiça (0,050 m) 18,9
Asbesto corrugado 233,5
Asbesto corrugado com forro de madeira (0,012 m) 82
Chapa de aço corrugada 249,2
Chapa de aço corrugada, com forro de madeira (0,025 m) e feltro 56,8
Telhas sobre forro e feltro 56,8
Inclinada Telhas sobre sarrafo 249,2
Telhas sobre sarrafo e feltro 113,6
Telhas sobre forro 164
Forro rebocado com espaço acima até o telhado, telhas sobre sarrafos 91,5
Forro rebocado com espaço acima até o telhado, telhas sobre pranchas e 47,3
feltro
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Tabela 03 - Ganho de calor pelas paredes3 (W/m2) - latitude 20° norte ou sul, céu limpo e
temperatura interna igual à temperatura externa à sombra.
Espessura Leste e Sudeste e
Construção Sul
(m) Oeste Sudoeste4
0,12 72,6 37,9 6,9
Tijolo sólido sem reboco 0,225 50,5 31,6 5,1
0,337 41 22,1 4,1
0,12 59,9 31,6 6
0,225 47,3 25,2 4,7
Tijolo sólido com reboco 0,337 37,9 18,9 3,8
0,45 31,6 15,8 3,2
0.562 12,6 2,5
0,275 31,6 15,8 3,5
Tijolo furado com reboco 0,387 25,2 15,8 2,8
0,5 22,1 9,5 2,5
0,15 69,4 41 6,9
0,2 59,9 31,6 5,7
Concreto
0,25 50,5 28,4 5
0,4 44,2 25,2 4,7
Madeira (macho e fêmea) 0,025 53,6 28,4 5,4
0,375 44,2 22,1 4,4
Folha de asbesto (plana) 0,0063 97,8 50,5 9,1
Folha de asbesto corrugada — 129,4 63 11,4
Chapa de aço corrugada 0,0031 135,7 66,3 8,5
Chapa de aço corrugada e revestida — 44,2 25,2 4,4
Janelas de vidro — 584 347 123
Janelas de vidro com toldo de lona — 164 97,8 9,5
3
Válido para superfícies escuras. Para tonalidades médias, multiplicar os valores por 0,75.
4
Para latitude sul, use para paredes nordeste, noroeste e norte
5
Para latitudes sul, use esses valores para paredes nordeste, noroeste e norte
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Fluorescente 1,2/W
Incandescente 1,0/W
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CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
90
CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
91
CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
92
CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
93
CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
Shorts e bermudas
short algodão 0,08
short 100% algodão 164 0,06
bermuda até o joelho algodão 416 0,11
bermuda até o joelho algodão 195 0,11
bermuda até o joelho 100% algodão 195 0,08
bermuda até o joelho 50% poliéster, 50% lã 251 0,17
Jardineiras e macacões
jardineira 65% poliéster, 35% algodão 755 0,24
jardineira algodão 910 0,28
jardineira 64% algodão , 36% poliéster 854 0,3
macacão manga longa 100% algodão 0,52
macacão manga longa algodão 1260 0,52
macacão manga longa 65% poliéster, 35% algodão 1140 0,49
macacão manga longa 100% algodão 995 0,49
macacão manga longa 890 0,51
macacão feminino com cinto , manga longa algodão 579 0,49
macacão feminino com cinto , manga longa algodão 891 0,46
macacão feminino com cinto , manga longa algodão 1331 0,49
Suéteres
manga longa, gola em V 100% acrílico 215 0,25
manga longa, gola canoa 85% lã, 15% nylon 424 0,36
manga longa, gola olímpica 815 0,54
manga longa, gola olímpica (leve ) 50% algodão , 50% poliéster 231 0,26
manga longa, gola olímpica (pesado ) 85% lã , 15% nylon 459 0,37
manga curta, gola em V 100% acrílico 188 0,2
manga curta, gola canoa 85% lã, 15% nylon 355 0,28
sem manga, gola em V 100% acrílico 130 0,13
sem manga, gola canoa 85% lã, 15% nylon 301 0,22
tipo cardigã, manga longa, gola em V 100% acrílico 215 0,23
tipo cardigã , manga longa , gola canoa 460 0,29
tipo cardigã, manga longa , gola canoa 85% lã, 15% nylon 424 0,31
tipo cardigã, manga curta, gola em V 100% acrílico 188 0,17
tipo cardigã , manga curta, gola canoa 85% lã, 15% nylon 355 0,22
94
CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
95
CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
96
CURSO À DISTÂNCIA – VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo 02 – Ventilação Geral 1
6
Considera-se uma substância altamente tóxica quando TLV < 100 ppm, moderadamente
tóxica quando 100 < TLV < 500 ppm e levemente tóxica quando TLV > 500 ppm.
7
Não se recomenda a ventilação geral diluidora para substâncias altamente tóxicas.
97