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EXECUÇÃO DE

ARMAÇÃO DE
FERRO
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira
Presidente

Diretoria-Geral do Sistema FIRJAN


Augusto Franco Alencar
Diretor

Diretoria Regional do SENAI-RJ


Roterdam Pinto Salomão
Diretor

Diretoria de Educação
Andréa Marinho
Diretora
EXECUÇÃO DE ARMAÇÃO DE FERRO
© PETROBRAS Petróleo Brasileiro S.A.
Todos os direitos reservados e protegidos

Execução de Armação de Ferro


2007

SENAI- Rio de Janeiro


Diretoria de Educação

FICHA TÉCNICA

Equipe de Elaboração

Ângela Elizabeth Deneck Analista de Desenvolvimento da GEP


Roberto da Cunha Coordenador de Construção Civil
Simone Dória Medeiros Técnica em Educação
Marcelo Martins Consultor Técnico

Material para fins didáticos


Propriedade do SENAI-RJ
Reprodução, total e parcial, sob expressa autorização.
Edição Publicada pela Gerência de Projetos em Educação, em 2007.

Revisão Editorial e Gramatical

Rita de Correa Godoy Guimarães


Raquel Soares Correa

PETROBRAS Petróleo Brasileiro S.A.


Av. Almirante Barroso, 81 17º andar Centro
CEP: 20030-033 Rio de Janeiro RJ Brasil
ÍNDICE
UNIDADE I - CONHECENDO OS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 23
1.1. As Lajes 23
1.2. Os pilares 24
1.3. As fundações 25
1.4. Outros elementos estruturais 27

UNIDADE II - PLANTAS DE FORMAS E ARMAÇÕES 29


2.1. Plantas de forma 29
2.2. Plantas de armações 31

UNIDADE III - MATERIAIS PARA ESTRUTURAS DE CONCORETO 33


3.1. Nomenclatura 34
3.2. Aço em barras 34
3.3. Recebimento 39
3.4. Controle tecnológico do material 41
3.5. Aceitação 42
3.6. Armazenamento 42

UNIDADE IV - FERRAMENTAS 45

UNIDADE V - PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM 47


5.1. Para tomar medidas 47
5.2. Para cortar ferros com tesoura 47
5.3. Para cortar forros com máquina manual 48
5.4. Para atuar com batedor 48
5.5. Para estirar na bancada 49
5.6. Para dobrar 49
5.7. Para produzir estribos 51
5.8. Para amarrar 53
5.9. Para estocar 55
5.10. Para transportar 56

UNIDADE VI - ARMAÇÃO DE VIGAS 57

UNIDADE VII - ARMAÇÃO DE PILARES 59


5.1. Pilares de seção retangular 61
5.2. Pilares de seção circular 61

5
UNIDADE VIII - ARMAÇÃO DE LAJES 63
8.1. Ljes maciças 63
8.2. Lajes pré-moldadas 66
8.3. Lajes nervuradas 67

UNIDADE IX - ARMAÇÃO DE SAPATAS 69

UNIDADE X - ARMAÇÃO DE BLOCOS SOBRE ESTACAS 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 75

6
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Ângulos notáveis 18


Figura 2 - Vista tridimensional de uma estrutura 23
Figura 3 - Viga com balanço 25
Figura 4 - Viga de transição 25
Figura 5 - Planta de Forma 29
Figura 6 - Identificação da barra 38
Figura 7 - Quantificação da barra 38
Figura 8 - Qualificação da barra 38
Figura 9 - Metro articulado 45
Figura 10 - Trena 45
Figura 11 - Chave para dobrar 46
Figura 12 - Torquês 46
Figura 13 - Corte de barra com tesoura 47
Figura 14 - Corte de barra com corte manual 48
Figura 15 - Estiramento na bancada 49
Figura 16 - Diâmetro de dobramento 49
Figura 17 - Ganchos padronizados 49
Figura 18 - Pinos de apoio e dobramento 51
Figura 19 - Estribo retangular 51
Figura 20 - Marcações na bancada 52
Figura 21 - Primeira dobra do estribo 52
Figura 22 - Ajuste manual do arame 53
Figura 23 - Trance do arame 53
Figura 24 - Primeira dobra do arame 54
Figura 25 - Lançando o ferro com o arame 54
Figura 26 - Finalização do processo de armação do arame 55
Figura 27 - Plaqueta de identificação 55
Figura 28 - Esquema de aramação de vigas 57
Figura 29 - Esquema de armação de pilares 57
Figura 30 - Esquema de Lajes 64
Figura 31 - Vista de um “caranguejo” 65
Figura 32 - Vista superior de uma lage maciça com as armaduras 66
Figura 33 - Esquema de armação de sapatas 70
Figura 34 - Esquema de armação de blocos sobre estação 73

7
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Conversão de polegadas para milímetros 35


Tabela 2 - Conversão de polegadas para milímetros 36
Tabela 3 - Quadro de ferros 39
Tabela 4- Exemplo de um quadro-resumo 39
Tabela 5 - Propriedades mecânicas a serem atendidas por barras e fios de aço (NBR-7480) 41
Tabela 6 - Diâmetros dos pinos de dobramento 50
Tabela 7 - Relação e resumo do aço 57
Tabela 8 - Relação e resumo do aço 60
Tabela 9 - Relação e resumo do aço 64
Tabela 10 - Relação e resumo do aço 70
Tabela 11 - Relação e resumo do aço 73

9
CARTA

Prezado aluno,

Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse
momento em diante, estaria participando do maior sistema de educação profissional do país: o

SENAI. Há mais de sessenta anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o
desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional de jovens e adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar com
uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio do
conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia,
proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas de
mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis flexíveis
e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o comprometimento
com os resultados.

Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá


de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessidade
de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos essenciais à
auto-aprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação
se organizem de forma flexível e ágil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura
educacional, com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma
formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade

à sua educação, criando o próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária ao seu
desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação dessa
escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.
Seja bem-vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco


Diretora de Educação

11
INTRODUÇÃO
As Estruturas de Concreto Armado são responsáveis pela absorção de todas as cargas que

atuam numa edificação, reservatórios ou arrimos e sua conseqüente distribuição e transferência para o
seu apoio no solo.
Sua execução depende de muitos profissionais que devem trabalhar de maneira integrada.
Assim, o Arquiteto idealiza seu projeto para em seguida o Engenheiro estrutural executar o cálculo de
todos os elementos envolvidos na obra, concebendo desta maneira o projeto estrutural. Neste projeto
constarão as especificações e detalhamentos que seguirão para o canteiro, destinados a toda equipe
de obra onde se encontram os engenheiros, técnicos, mestres, carpinteiros, armadores e demais
profissionais envolvidos na construção de uma estrutura.
Afim de que a execução de uma estrutura de concreto armado seja realizada com qualidade,

todas as prescrições contidas no projeto devem ser criteriosamente seguidas, e em caso de dúvida o
profissional envolvido deve comunicar-se imediatamente com seu superior a fim de esclarecer e resolver
os eventuais problemas.
A perfeita execução de uma estrutura repercutirá na qualidade da obra, e principalmente na
segurança de seus usuários. Todos os profissionais que participam de sua construção devem ter em
mente a importância da realização correta de seus serviços, tendo em vista a responsabilidade em zelar
pelas vidas e pelos bens.
O texto desta apostila contém as informações básicas necessárias a formação do armador. O
mesmo deverá acompanhar atentamente as aulas, aproveitando a oportunidade para esclarecer todas

as dúvidas. Nesta apostila você também encontrará valiosas dicas de como evitar erros freqüentes,
melhorar sua produtividade e evitar acidentes de trabalho.

13
SEGURANÇA E PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

O trabalhador deverá ter espírito de segurança, procurando primeiramente eliminar os pontos


de riscos; em segundo lugar, deve proteger-se dos riscos e em último caso sinalizá-lo sempre que
possível.

À empresa compete:
• fornecer equipamentos de proteção individual e/ou coletiva;
• promover treinamento aos trabalhadores.

Ao profissional cabe usar o equipamento para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se


pela sua guarda e conservação, devendo discernir atos e condições inseguras.
Segundo a NR-6 da ABNT, o carpinteiro de formas em suas atividades deve usar os seguintes
equipamentos individuais de segurança:

• calçados impermeáveis de proteção contra riscos mecânicos e contra a umidade;


• capacete de segurança contra impactos e queda de objetos;
• cinto de segurança para trabalhos em alturas superior a 2m (dois metros) em que haja risco de
queda;
• luvas de proteção contra materiais escoriantes ou cortantes;
• óculos de segurança contra impacto de partículas e poeiras;
• protetores auriculares para locais em que o nível de ruído seja superior ao estabelecido na
NR-15 da ABNT, nos Anexos 1 e 2;

• protetores de tronco, tais como aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de
proteção para trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem mecânica,
térmica, meteorológica e de umidade;
• trava-queda de segurança acoplada ao cinto de segurança ligado a um cabo de segurança
independente, para trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos de qualquer
tipo.

Observação: O acidente não acontece por acaso: “Prevenir é melhor que remediar”.

15
Os trabalhadores e os empregadores devem seguir a NR-18 da ABNT no que tange às Condições
e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil.

Além das determinações sobre as atividades dos ladrilheiros, a NR-18 preconiza a utilização de
Equipamentos de Proteção Coletivos (EPCs), principalmente as medidas de segurança contra quedas
de altura, a saber:

• fechamento das aberturas de piso com material resistente;

• fechamento, com material resistente, das aberturas dos vãos de acesso às caixas dos
elevadores com no mínimo até 1,20m de altura, enquanto não ocorre a colocação definitiva das portas;
• instalação de guarda corpos em andaimes, passarelas, plataformas, escadas e ao redor de
aberturas de pisos ou paredes e na periferia da edificação;
• instalação de plataformas de proteção na 1º laje (plataforma principal) acima do nível do
terreno, e seqüencialmente de 3 em 3 lajes (plataformas secundárias);
• instalação de tela no perímetro da construção a partir da plataforma principal;
• instalação de barreiras (telas ou andaimes chapeados) para proteger os trabalhadores nas
áreas de concretagem e acima desta;

• instalação de montantes verticais e parapeitos para vedação dos vãos livres das escadas;

Quanto aos critérios de produtividade, é preciso antes de agir estabelecer um plano, conhecer
as metas a alcançar, apresentar domínio quanto a métodos e técnicas a serem utilizados e organizar
bem o local de trabalho, separando as ferramentas e os materiais necessários, dispondo-os de forma
adequada para facilitar a execução do trabalho.

O trabalhador deverá procurar agir certo da primeira vez e produzir a maior quantidade possível,
observando a qualidade especificada e dentro do prazo esperado.

A partir dos resultados obtidos na execução, é fundamental comparar a meta realizada com a
planejada e a partir daí corrigir algum desvio, de forma que o problema não volte a ocorrer, aprendendo,
assim, com os erros cometidos.

16
TOPICOS DE MATEMATICA

Revisão

A matemática está presente em quase todas as atividades do carpinteiro. Os níveis, os cortes,


as cotas exigem que o carpinteiro não só realize as quatro operações matemáticas (adição, subtração,
multiplicação e divisão), mas também tenha conhecimento de unidades e escalas.
Os números que não possuem parte fracionária são chamados inteiros (Ex.: 1 - 500 - 20.000 -
50.000) enquanto os números que possuem parte fracionária são chamados reais (Ex.: 1,25 - 3,75 -
10.000,45).

Vamos apenas relembrar as quatro operações, envolvendo números reais:

a) 2,55 + 3,78 =
b) 4,70 – 1,23 =
c) 0,45 x 6 =
d) 6,48 / 4 =

Os cálculos anteriores são correntes no dia-a-dia da obra; por exemplo, a operação da alínea
“b”), pode representar o cálculo do comprimento restante de uma tábua de 4,70 metros, cortada em

uma das extremidades com 1,23 metro, destinada à face de uma viga. Será necessário saber o
comprimento da ponta restante, que terá 3,47 metros, de modo a utilizá-la em outra viga. Desta forma,
vê-se a importância do domínio das quatro operações na realização das tarefas na obra.
Outro tópico importante para relembrar refere-se à medida dos ângulos. Muitas vezes, algumas
tábuas precisam ser cortadas de maneira esconsa, e o engenheiro calculista irá fornecer na planta de
formas o comprimento do corte e o respectivo ângulo.

Neste caso o carpinteiro precisa conhecer alguns ângulos notáveis, lembrando que um giro
completo no círculo corresponde a 360o . A figura que se segue apresenta ângulos usuais. A medida dos

ângulos é feita com o uso do transferidor sendo obtida por leitura direta quando fazemos coincidir o
centro do transferidor com a origem do ângulo e a linha correspondente a 0o com um dos seguimentos.

17
Figura 1 - Ângulos notáveis

Unidades

As unidades desempenham papel importante nas obras de concreto armado. Quando mostramos
anteriormente o exemplo da operação de subtração, fizemos menção a uma tábua cortada com 4,70m.
Entretanto, esta medida poderia ser expressa em centímetros, apresentando um valor igual a 470cm.
Repare que é muito importante que se tenha conhecimento da unidade em que se esta trabalhando a
fim de não serem cometidos erros por este motivo.

O sistema de unidades utilizado no Brasil é o Sistema Métrico; assim, a unidade básica de


comprimento é o metro, representado pela letra “m” imediatamente após o número. A partir da unidade
básica, têm-se frações ou múltiplos decimais.

1 milímetro (mm) = milésima parte do metro = 1 metro = 1.000mm


frações
1 centímetro (cm) = centésima parte do metro = 1 metro = 100cm
1 decímetro (dm) = décima parte do metro = 1 metro = 10dm

1 metro = unidade básica do Sistema Métrico

1 decâmetro (da) = dez vezes o metro = 1 metro x 10


multiplos
1 hectômetro (hm) = cem vezes o metro = 1 metro x 100
1 quilômetro (km) = mil vezes o metro = 1 metro x 1.000

18
Com base no resumo anterior, fica mais fácil entender as possíveis variações que ocorrem com
a unidade básica do sistema. Vamos nos limitar a colocar apenas aquelas que podem envolver um
profissional na obra.

Lembramos que uma das conversões mais comuns dentro do canteiro refere-se à passagem de
metro para centímetro, que se faz multiplicando o valor por 100 (ande com a vírgula duas casas para a
direita ou acrescente dois zeros após o número, caso ele seja inteiro). Para a conversão de centímetros
para metros, o carpinteiro deve dividir o valor por 100 (ande com a vírgula duas casas para a esquerda).

Observe os exemplos:
4,75m = 475cm
11m = 1.100cm
1,50m = 150cm
0,45m = 45cm

Algumas peças de madeira, por muitos anos, tiveram suas medidas relacionadas com
outro sistema de unidades, que era a polegada. Era muito comum que se chamassem as conhecidas

peças de seção 7,5 x 7,5 cm, por peças de 3” x 3” (leia-se três por três polegadas). Cada polegada
corresponde a 25,4 mm (2,54 cm) . Este sistema não deve ser mais utilizado, já que o Sistema Métrico
é oficial dentro da literatura técnica. Por uma questão de hábito, alguns profissionais ainda denominam
as peças de madeira em polegadas próximas do valor equivalente em milímetros, o que deve ser
evitado.

Escalas

No decorrer do nosso curso, iremos conhecer melhor as plantas, que se constituem nos diversos
desenhos integrantes do projeto.

Estes desenhos são uma representação reduzida daquilo que terá um tamanho real na obra. Tal
redução que os desenhos apresentam deve conter um fator de proporcionalidade entre cada unidade
representada no desenho e o seu equivalente no tamanho verdadeiro. A este fator dá-se o nome de

escala.

19
Todos os desenhos apresentados numa planta de estruturas devem ter indicada a escala que o
projetista utilizou para representar graficamente aquele elemento.

Imagine que um projetista tem que representar uma viga com 10 metros de comprimento.

É obvio que seria impossível desenhá-la em tamanho real, e ele então lança mão de um fator de
proporcionalidade que foi escolhido, informando que cada metro real da barra corresponderá a 1
centímetro no desenho, isto é, a viga no desenho estaria reduzida em 100 vezes do seu tamanho natural.

Esta viga se apresentaria no desenho com um comprimento gráfico de 10cm, representando


algo que no tamanho real tem 1.000cm (10 metros). Então uma linha com 10cm representaria uma barra
com 1000cm. Se dividirmos estes dois números por 10, encontraremos uma relação de 1 para 100.

Representa-se este fator de escala como sendo 1:100 (leia-se um para cem), onde o primeiro
número expressa a unidade de desenho, e o segundo, o valor correspondente em tamanho real.

O instrumento utilizado para medições de desenhos com fator de proporcionalidade é o

escalímetro, que geralmente com seção triangular apresenta seis escalas das mais usuais (1:125, 1:100,
1:75, 1:50, 1:25 e 1:20).

Vamos exercitar:

Imagine que você está numa obra, sem escalímetro, somente com um “metro escalonado”, e
tem que determinar o tamanho de uma barra expressa no desenho em escala 1:50.

• Ao medir a linha correspondente à barra você encontra 4,5cm.

• Verifique então que cada unidade de medida no papel corresponde a 50 unidades em verdadeira
grandeza.
• Portanto, cada centímetro no papel corresponde a 50 centímetros de barra real.
• Como encontrou 4.5cm de papel, você deve multiplicar por 50 para chegar à medida em cm.
• Pronto! A barra possui 225cm, ou 2,25m.

20
Fizemos menção ao fator de proporcionalidade como um fator de redução, devido ao fato de,
na maioria esmagadora dos desenhos de estruturas, as verdadeiras grandezas serem representadas
graficamente em dimensões menores do que a real. No entanto, nada impede que tenhamos um fator
de ampliação para representar um detalhe, como por exemplo de um furo destinado à colagem de
armaduras para recuperação ou reforço estrutural. Neste caso, as escalas se apresentam com o número
relativo a verdadeira grandeza, menor do que a unidade de desenho (Ex.: 1:0,5 – 1:0,1).

Cálculo de Áreas

Área do quadrado: L x L . L = lado.

Área do triângulo: B x H / 2, B = base e H = altura.

Área do trapézio: (B + b) x H / 2, onde B = base maior, b = base menor, H =

altura.

Área do retângulo: A x B, A e B lados do retângulo.

21
Área do círculo: pi x R x R, pi = 3,1415, r = raio da circunferência.

Exercício:
1. Uma cozinha tem 4,20m de comprimento e 2,10m de largura. Quantos m2

de cerâmica devem ser comprados para revestir o piso?

2. Numa copa serão colocados azulejos até a altura de 1,8m. o comprimento


da copa é de 3,50m e a largura é de 4,0m. Quantos m2 de azulejos serão
necessários, sabendo-se que existem duas portas de 2,10 x 0,80m e uma
janela de 1,60 x 2,0m?

22
UNIDADE I - CONHECENDO OS
ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Ao se executar uma estrutura de concreto ou parte dela, é importante que se conheça não só o
tipo de elemento estrutural, mas também a sua função dentro do conjunto.

A figura que se segue representa uma vista tridimensional típica de uma estrutura de edificação.
Nela encontraremos os quatro elementos principais que a compõem: lajes, vigas, pilares e fundações.

Figura 2 - Vista tridimensional de uma estrutura

1.1. As lajes

São os elementos de placa e se caracterizam por possuír largura e comprimento bem maiores

do que a espessura. As lajes suportam as cargas de utilização numa edificação.


É sobre elas que atuarão as cargas provenientes das pessoas, dos móveis, do revestimento do
piso, de veículos num pavimento de garagem, além do seu próprio peso, que tem um valor considerável.
Só para se ter uma idéia, uma laje com 10cm de espessura pesa o equivalente a 250kg a cada metro
quadrado (um quadrado de 1m x 1m).

As lajes quanto ao seu tipo, podem ser:


• Maciças – Toda a espessura é constituída por concreto.

23
• Pré-moldadas – Existem vigotas pré-fabricadas que recebem entremeios de tijolo ou isopor e
somente uma fina capa de concreto.
• Nervuradas - Um conjunto de nervuras é moldado in loco. Normalmente são lajes empregadas
em grandes vãos.
• Protendidas - Lajes em que se utilizam cabos em seu interior, que serão tencionados com o
uso de equipamento apropriado.
• Mistas – Combinam soluções anteriores.

A execução de lajes requer dos profissionais bastante critério, principalmente no que tange ao
seu escoramento. Nas lajes pré-moldadas deverá ser estabelecida pelo fabricante a adoção de
contraflecha, visando determinar seu nivelamento quando da ocorrência do carregamento.

Observações - Segurança:
Uma grande parte dos acidentes de trabalho ocorre nas lajes pré-moldadas quando o
operário pisa diretamente sobre o tijolo cerâmico de enchimento. Utilize tábuas dispostas
convenientemente e devidamente tabicadas.
Você é necessário na obra, não no Hospital.

1.2. As vigas

São os elementos que irão suportar as lajes, travar os pilares e eventualmente desviá-los de
sua prumada. Sua característica principal é possuir um comprimento bem maior que sua seção (largura
x altura).

As vigas desempenham um papel importante na estabilidade da estrutura quando realizam a


interligação entre pilares. Podem ocorrer situações em que uma viga não receba nenhuma laje, estando
a mesma naquela posição para travar pilares numa direção e evitar que os mesmos venham a flambar.

Análogas às lajes, também existem vigas protendidas, comumente utilizadas em pontes e

viadutos; entretanto, seu detalhamento foge ao escopo da presente apostila, ficando apenas a citação
para enriquecer os conhecimentos gerais sobre o assunto.

24
A execução de uma viga requer dos profissionais envolvidos bastante critério com relação ao
seu alinhamento e nivelamento. Devem-se também observar eventuais variações de seção, como ocorre
nas vigas misuladas.

A parte da viga que se prolonga a partir de um apoio sem qualquer nenhum tipo de apoio na
outra extremidade é chamada de balanço.

Figura 3 - Viga com balanço

Vigas que interligam fundações isoladas são chamadas viga baldrame, enquanto aquelas que
recebem um pilar nascendo em um de seus vãs são denominados vigas de transição.

Figura 4 - Viga de transição

Quando uma viga fica totalmente acima da laje, isto é, sua face inferior é coincidente com a face
inferior da laje, dizemos que ela é invertida.

Quando uma viga fica totalmente embutida dentro da laje, ou sua largura é maior do que sua
altura, trata-se de viga chata.

1.3. Os pilares

São os elementos verticais que receberão as cargas oriundas das vigas e basicamente trabalham
comprimidos.

Nos pilares, o prumo deve ser verificado com rigor, pois dele depende o seu real comportamento
ante as solicitações de carga.

25
Em edificações correntes devem ser observadas nos pilares as variações de seção entre
pavimentos, bem como a correta posição das esperas no pavimento superior.

Vamos aproveitar a oportunidade para citar um item comum a todos os elementos estruturais,
mas preponderantemente nos pilares, e que deve ser motivo de alerta entre todos os profissionais
envolvidos na execução de uma estrutura. Trata-se do cobrimento, que é a camada de concreto existente
entre as barras de aço e a face exposta do elemento estrutural.
Esta camada de concreto não se encontra ali por acaso ou como complemento estético da face

do elemento. Ela destina-se à proteção das barras de aço contra o fenômeno da corrosão (oxidação) e
deve seguir rigorosamente a espessura prevista pelo projetista.

Lembramos que a mesma é importante nos pilares, principalmente naqueles situados nos
pavimentos de garagem dos edifícios, já que são constantemente molhados na lavagem de pisos e
veículos, conduzindo para o interior do concreto elementos agressivos que permitirão no futuro o
estabelecimento da corrosão. Tal fato torna-se mais crítico em obras situadas em ambientes agressivos
e próximos ao mar.

Portanto, esteja sempre atento à verificação e manutenção destas espessuras, com a utilização
adequada de espaçadores plásticos apropriados, pois as mesmas têm grande influência na vida útil de
uma estrutura.

Não arrisque!
Às vezes um terreno pode parecer bastante estável e no entanto romper-se durante a abertura
de uma sapata, soterrando o operário. Previna-se!

Escore as cavas convenientemente.


As fundações chamadas profundas necessitam de uma grande penetração no solo até atingirem
capacidades de resistência satisfatórias. São caracterizadas pelas estacas e pelos tubulões.
As estacas mais comuns são do tipo : moldada in loco (Frank), metálicas , pré-moldadas, Strauss
e raiz.

26
1.4. As fundações

As fundações são os elementos estruturais de transferência de todas as cargas suportadas


pela estrutura e sua distribuição no solo. Basicamente subdividem- se em fundações rasas e fundações
profundas.
As fundações rasas são geralmente constituídas por sapatas, que podem ser isoladas ou
contínuas. As isoladas recebem apenas o esforço proveniente de um único pilar, enquanto as contínuas
podem receber as cargas de dois ou mais pilares ou até mesmo de uma parede contínua (muito comum
em alvenaria estrutural).

As cotas de assentamento das fundações devem seguir rigorosamente os valores estabelecidos


no projeto, já que são fruto das análises de capacidade de suporte do solo e suas condições geotécnicas.

As cavas das sapatas deverão ser convenientemente contidas por pranchões de madeira ou
metálicos, de modo a garantir o trabalho, sem risco de desmoronamento.

Sobre os topos das estacas situam-se os blocos de coroamento, que são elementos armados
destinados a distribuir em partes iguais as cargas dos pilares nas várias estacas contidas num mesmo
bloco.

Os tubulões a céu aberto são fundações profundas com seções, normalmente circulares, bem
maiores do que as estacas. A execução deste tipo de fundação requer uma criteriosa avaliação do
engenheiro de solos, bem como dos procedimentos de contenção das paredes ao longo das escavações.

1.5. Outros elementos estruturais

Merecem destaque dois outros elementos importantes e comumente utilizados, a saber: Estruturas
de Contenção e Reservatórios.

O primeiro engloba todas as estruturas de arrimo, como muros em “L” , muros com contraforte,

muros atirantados etc.

27
concretagem por se constituírem pontos vulneráveis para infiltrações.

Mais adiante voltaremos a falar sobre cada um desses elementos detalhadamente.

28
UNIDADE II - PLANTAS DE FORMAS E
ARMAÇÕES

Para a correta execução de uma estrutura de concreto, é necessário ter uma boa interpretação

dos desenhos contidos nas plantas. Basicamente existem dois tipos de planta num Projeto Estrutural.

2.1. Plantas de forma

O primeiro tipo é a planta de formas, que aparentemente seria de interesse do carpinteiro, mas
que deve ser analisada por todos os profissionais envolvidos na obra. Citemos por exemplo as
interferências existentes entre instalações e estruturas, os encaminhamentos dos eletrodutos numa laje,
a correta disposição das armaduras em seus apoios; estas e muitas outras informações poderão ser
analisadas caso se esteja de posse da planta de formas.

As formas compreendem uma planta baixa dos elementos estruturais, apresentando a


identificação de cada um deles, bem como as suas dimensões, variações de seção, desníveis, cotas,
e demais informações importantes à sua execução. Devem ainda conter pelo menos um corte em seção
a ser definido pelo projetista, preferencialmente mostrando um pé-direito.

Nota:

Pé direito - desnível existente entre pavimentos.

De modo geral todos os calculistas adotam a seguinte abreviatura para designar um elemento
estrutural, tanto na planta de forma quanto na planta de armaduras:

Pilar = P
Viga = V
Laje = L
Sapata = S
Bloco = B
Estaca = E

29
Os elementos estruturais serão sempre identificados com uma das letras acima, seguidas por
um número que os identificará ao longo das demais plantas em que o mesmo se encontre.

Ex. : P1 = Pilar 1
V17 = Viga 17

A forma de numerar os elementos estruturais ficará a critério do projetista, ainda que normalmente
seja adotada uma numeração, no desenho, crescente, de cima para baixo e da esquerda para a direita.

Os pilares são sempre numerados ao longo de sua prumada. Assim, caso exista continuidade
de um pilar por mais de um pavimento, todos receberão a mesma numeração. As sapatas e os blocos
geralmente acompanham a numeração do pilar associado.

Quanto às vigas e lajes, a critério do calculista, elas poderão ser numeradas de maneira
seqüencial ao longo da obra, independente do pavimento em que se encontram. Num prédio muito
grande, este método conduz a números bastante altos no elemento estrutural ( ex.: V735, L432).

Outro modo de identificá-las consiste em de maneira análoga ao que fazemos com os


apartamentos, isto é, todas as vigas iniciadas por 1 (ex.: V101, V102, V103) estarão no primeiro pavimento
estrutural e assim sucessivamente.

Dicas: Ao abrir uma planta verifique inicialmente na região do título se a mesma corresponde
a obra em questão. Observe também se refere ao pavimento correto. Algumas plantas de
formas em prédios repetitivos às vezes são muito parecidas uma com as outras, mas podem
conter pequenos detalhes imperceptíveis numa olhada rápida, que podem conduzir a erros se

a mesma for trocada.

Uma planta de forma típica tem o aspecto da figura que se segue:

Figura 5

30
2.2. Plantas de Armações

É importante que os carpinteiros tenham uma noção sobre as plantas de armação, uma vez que

as duas atividades (formas e armações) são dependentes entre si. Os detalhamentos das ferragens
encontram-se nas plantas de armações. Cada elemento estrutural possui um detalhe particular que o
mesmo identificado com a mesma nomenclatura adotada na planta de formas.

Nestas plantas, as barras são representadas por linhas, devidamente reduzidas de tamanho
por conta da escala que anteriormente foi estudada.

É comum no detalhamento de um elemento estrutural ter-se uma vista numa determinada escala,
e um corte em outra.

As plantas enviadas para a obra, são cópias de uma original, desenhada em papel vegetal ou
sulfite, e que ficam guardadas no escritório da empresa ou com o proprietário da obra. Estas cópias
podem ser apresentadas em dois tipos. O primeiro é a copia fotostática (Xerox) em papel sulfite branco,
com a parte escrita em preto. O outro tipo é a chamada cópia heliográfica, que se apresenta num papel
azulado, com a parte escrita num tom de azul mais escuro.

Estamos citando estas diferenças porque as cópias heliográficas são extremamente sensíveis
à luz solar. Quando expostas ao sol, vão clareando até perder a legibilidade. Portanto, se estiver operando

com estes tipos de cópia, evite deixá-la aberta sobre as bancadas por muito tempo, procurando abri-la
na sombra.

Nota:
Alguns profissionais têm adotado recentemente, ao invés de uma planta de armações,
produzir um caderno onde cada elemento é detalhado numa folha.

31
UNIDADE III - MATERIAIS PARA
ESTRUTURAS DE CONCRETO

Numa estrutura de concreto armado, o aço tem como função básica resistir aos esforços de
tração, ou seja, as barras trabalham em conjunto com o concreto. Isso ocorre, porque o concreto não
possui resistência suficiente à tração para absorver os esforços solicitados numa edificação.
A rigor, o concreto (sem ferragens) é um material que tem um excelente comportamento quando
comprimido depois de curado, enquanto as barras apresentam ótimas propriedades quando tracionadas
(esticadas). Portanto, um complementa a dificuldade do outro, formando um conjunto capaz de, quando
convenientemente dimensionado, suportar as cargas em uma edificação e garantir sua estabilidade.

Nessa lógica, durante a realização do cálculo estrutural, as regiões sujeitas aos esforços de
tração devem ser armadas.
Por exemplo, no caso de lajes simplesmente apoiadas, sob a ação de cargas verticais dirigidas
de cima para baixo, a armadura deve ser colocada na face inferior da laje.
O trabalho solidário do concreto com o aço é possível graças às compatibilidades física e
química que ocorrem entre os dois materiais:
• compatibilidade física - o aço e o concreto possuem deformações próximas durante as
variações térmicas;
• compatibilidade química - o aço não se corrói com o ambiente alcalino do concreto.

Além disso, para que o concreto e o aço trabalhem solidariamente, resistindo aos esforços a
que são submetidos, deve haver uma aderência entre os dois materiais.
Essa aderência é garantida por meio de ligação mecânica, propiciada pela rugosidade das
barras de aço e também pela introdução de mossas e saliências na superfície das barras.
Durante a execução, deve-se tomar cuidado para que as armaduras sejam totalmente cobertas
pelo concreto, a fim de evitar a corrosão do aço.

33
3.1. Nomenclatura

Para que haja um entendimento sobre os termos aqui citados, vamos utilizar as seguintes

definições:
• Aço beneficiado - barras de aço cortadas e dobradas.
• Montagem - processo de posicionamento da armadura no local definitivo, na estrutura.
• Peça - parcela separável da armadura, com as características geométricas definidas no projeto
estrutural. A associação de diversas peças gera a armadura.
• Pré-montagem - é a etapa de processamento das peças em armadura.
• Vergalhão - barras ou fios de aço.

Notas:
• Armação ou Armadura?
Armação: conjunto de atividades relativas à preparação e ao posicionamento do aço na
estrutura.
Armadura: associação das diversas peças de aço, formando um conjunto para um

determinado componente estrutural.


• O uso de aço beneficiado ou em telas soldadas aumenta a produtividade do serviço.
Considere esse fator para dimensionar sua equipe e também para negociar o preço da
mão- de-obra.
• Mesmo optando por adquirir o aço já cortado e dobrado (aço beneficiado), é importante
manter na obra um estoque mínimo de aço, com as bitolas usuais no projeto, para suprir
alguma eventualidade.
Verifique com o projetista de estruturas os critérios considerados para a previsão de
perdas.

3.2. Aço em barras

As barras de aço que entram num elemento estrutural são o resultado de um processo de

34
cálculo realizado pelo engenheiro, que obtém as seções de aço e as transforma em número de barras e
seus respectivos diâmetros (bitolas).
São as bitolas (O) que caracterizam as barras de utilização corrente na estrutura. As barras
comerciais são padronizadas pela NBR-7480, com as seguintes bitolas em milímetros: 3,2 – 4,0 – 5,0 –
6,3 – 8,0 – 10,0 – 12,5 – 16,0 – 20,0 – 25,0 – 32,0 – 40,0.
Voltamos a lembrar que durante muitos anos as bitolas eram expressas em polegadas e por
isso muitos mestres de obra ainda se utilizam da antiga nomenclatura. A fim de auxiliar uma eventual
necessidade de conversão, a tabela a seguir fornece os valores aproximados em polegadas, das bitolas

em milímetros. Reforçamos que, ao recorrer a esta tabela, apenas o faça para converter a nomenclatura.
Procure informar a seus colegas que ainda se utilizam da nomenclatura antiga que a correta unidade da
bitola é o milímetro, auxiliando-os na tarefa de se atualizar.

Tabela 1 - Conversão de polegadas para Milímetros

Bitola Correta Bitola Antiga Equivalente


(mm) (polegada)
6,3 1/4”
8,0 5/16”
10,0 3/8”
12,5 1/2”
16,0 5/8”
20,0 3/4”
25,0 1”
32 1¼”

Outra grandeza relevante referente às barras de aço é o seu peso por metro linear. Tal informação
é importante, porque pois, alguns fornecedores vendem as barras em peso e não em varas. Neste caso
é necessário conhecer o peso correspondente a um metro linear de uma determinada bitola. Isto se
obtém multiplicando sua seção transversal pela densidade do material, que é de 7,85kgf/dm3. Com

intuito de simplificar este processo a tabela a seguir fornece os valores do peso por metro linear para as
bitolas mais usuais.

35
Tabela 2 - Conversão de polegadas para milímetros

Bitola (O) Peso por Metro


(mm) (kgf/m)
5 0,160
6,3 0,250
8,0 0,40
10,0 0,63
12,5 1,00
16,0 1,60
20,0 2,50
25,0 4,00
32,0 6,30

Vamos aplicar:
Deseja-se saber qual o peso correspondente a 25 varas, de 12m cada uma, com diâmetro de
10,0mm.

Solução:
a) Cálculo do comprimento total
12 varas x 12m cada uma = 144m.

b) Cálculo do peso
Verifica-se na tabela que o peso por metro da bitola de 10,0mm é 0,63kgf/m; portanto, o peso
de 144m será obtido multiplicando-se o comprimento total do peso de um metro da barra.
P = 144m x 0,63kgf/m = 90,72kgf

Citamos no exemplo anterior que as varas são geralmente fornecidas com 12 metros de
comprimento. Elas apresentam-se dobradas ao meio, a fim de caber na carroceria padrão dos caminhões.
Entretanto, a critério do comprador, também são fornecidas as barras sem dobra, que recebem o nome

de estiradas. Neste caso, o transporte deve ser feito por carretas especiais.

36
Dicas:

Em hipótese alguma substitua algum tipo de diâmetro ou quantidade de barras por valores
diferentes daqueles estabelecidos no projeto estrutural, inclusive as que você possa julgar
a favor da segurança. No cálculo de uma viga, a simples substituição de uma barra por
uma de diâmetro superior poderá levá-la a um estado de fissuração nociva.

As barras de aço, além de sua bitola, também possuem outra característica que as identifica.
Trata-se do tipo de aço, que está associado à sua resistência. Assim, o projetista sempre especificará
nos desenhos o aço empregado no cálculo, que pode ser de quatro tipos quanto à sua resistência no
ensaio de tração e de dois tipos quanto à forma de fabricação.
Quanto à resistência, as quatro classes são: CA-25, CA-40, CA-50 e CA-60, sendo os dois
últimos os mais usuais.
As barras de aço CA-60 não são fornecidas estriadas. Quanto maior a designação de um aço,
mais resistente ele será; entretanto, se observará menos ductilidade no dobramento.
Quanto ao processo de fabricação, as barras são designadas pelas classes A e B. Os de

classe A são produzidas por laminação a quente, e as de classe B são fabricadas por processos a frio.
Lembramos que isto é importante, pois o aço de classe A tem comportamento mecânico diferente do
aço de classe B.
Vale ressalvar que a mistura de aços só é permitida nas vigas e pilares quando uma classe e
tipo são utilizados nas armaduras longitudinais e outra classe e tipo nas armaduras transversais.
Conforme já mencionamos, a representação gráfica de uma barra é expressa no desenho por
linhas que mostram sua geometria. Estas linhas são reduzidas pelo efeito da escala; entretanto, precisamos
identificá-las com um nome, a fim de não confundi-las com as demais.
Neste caso as barras que aparecerão nos desenhos, além das linhas da geometria reduzida,

terão também um nome, a critério do calculista.


Logicamente que, além da sua identificação, precisamos informar quantas barras daquela serão
utilizadas no elemento estrutural. Portanto, seguindo a identificação, daremos um espaço ou traço e
colocaremos a quantidade de barras.

37
N1

Figura 6 - Identificação da barra

N1-2

1 - 2

Figura 7 - Quantificação da barra

Já denominamos a sua posição e informamos a quantidade, agora falta informar a bitola e seu
comprimento total. Imaginemos que a nossa barra da figura tenha diâmetro 10,0mm e com 400cm de
comprimento (4 metros). Veja como ficou a figura:

N1-2 O 10,0 - 400

1 - 2 O 10,0 - 400

Figura 8 - Qualificação da barra

Pronto! Conseguimos identificar uma barra na planta de armações.


Mas você pode se perguntar: esta barra é reta, e se houvesse dobras?
Neste caso, as dobras aparecem cotadas, e o comprimento total será acrescido das mesmas,
considerando-se os respectivos arcos descritos no dobramento, conforme veremos mais adiante.
Uma planta de armações contém um grande número de barras conforme a que descrevemos
anteriormente. Precisamos organizá-las em de uma única tabela com todas as informações, para poder
produzir o corte, sem necessidade de verificar barra a barra na planta. Isto aumenta sobremodo a

produção no canteiro, pois uma equipe poderá executar o corte enquanto e outra realiza os dobramentos
de maneira independente. A nossa tabela será denominada Quadro de Ferros e terá o seguinte aspecto:

38
Tabela 3 - Quadro de Ferros

Comprimento Unitário Comprimento Total


Aço N Q ∅ (cm) (cm)

CA-50B 1 4 6,3 455 1.820


CA-50B 2 6 6,3 480 2.880
CA-50B 3 1 8,0 220 220
CA-50B 4 4 10,0 675 2.700
CA-50B 5 2 12,5 690 1.380
CA-60 6 18 5,0 110 1.980

A coluna Aço informa o tipo do aço empregado no cálculo; a coluna N apresenta a seqüência de
numeração da identificação das barras. A coluna Q refere-se à quantidade de barras, enquanto a coluna
? mostra a bitola a ser utilizada naquela armadura.
Em seguida, a coluna do Comprimento Unitário nos fornece o comprimento em que a armadura
será cortada (incluindo-se as dobras), enquanto o Comprimento Total corresponde ao produto da
quantidade pelo Comprimento Unitário.

O comprimento total é importante, porque será utilizado num segundo quadro, complementar ao
primeiro, no qual é apresentado um resumo por diâmetro, com seus respectivos comprimentos e pesos.
Isto facilita bastante na hora da compra. O aspecto do Quadro-Resumo é mostrado na figura
que se segue:

Tabela 4 - Quadro-Resumos

∅ Comprimento Peso (kgf)


Total (cm)

6,3 4.700 1,75


8,0 220 0,88
10,0 2.700 17,01
12,5 1.380 13,80
5,0 1.980 3,17

Peso Total (kgf) 36,61

39
Lembramos que no Quadro-Resumo considera-se o resultado obtido pela soma dos
comprimentos totais de uma mesma bitola no Quadro de Ferros. Este resultado, no entanto, não leva em
conta as perdas devido ao fato de estaremos cortando pedaços de uma vara com 12 metros e nem
sempre uma ponta ou sobra corresponde exatamente a um valor que precisamos utilizar. Por isto alguns
calculistas já incorporam neste quadro um adicional de perdas em torno de 10%.

3.3. Recebimento

3.3.1. Aço em barras


Para o recebimento do aço em barras, verifique:
• se confere a quantidade;
• o comprimento das barras;
• a bitola do aço;
• se os ensaios abrangem todos os lotes entregues;
• se o nome do fabricante está estampado nas barras de diâmetro superior a 10mm;
• o aspecto geral do aço, observando se há defeitos ou impurezas (fissuras, esfoliações, corrosão).
Caso a quantidade de material seja considerável, é recomendável verificar a massa, por meio
da pesagem do caminhão em balança neutra, antes e depois da descarga.

3.3.2. Aço beneficiado


Para o recebimento, verifique inicialmente se a quantidade entregue confere com a nota fiscal e
o pedido de compra.
Em seguida, veja se as informações contidas na etiqueta: (bitola, formato, dimensões e
quantidade), conferem com as peças recebidas.

Observe também o aspecto geral das peças: fissuras, esfoliações e corrosão.

Nota:
- O aço está oxidado. Posso aceitar o material?
Se conseguir remover a oxidação com uma escova ou um pano grosso e, após essa
atividade, não houver evidências de pontos localizados de corrosão, tudo bem.

40
3.3.3. Aço em telas soldadas
No recebimento das telas, é preciso estar atento e verificar se as informações contidas na
etiqueta conferem com o material entregue.
Na etiqueta, você encontrará as seguintes informações:
• nome do fabricante;
• tipo de aç;

• designação da tela;
• largura e comprimento da tela;
Recomendam-se também as seguintes verificações:
• meça as dimensões principais: comprimento, largura, espaçamentos, por meio de uma trena
metálica com precisão de 1mm;
• veja se a quantidade entregue corresponde ao pedido de compra;
• observe o aspecto geral do material (corrosão, fissuras nas barras, pontos de solda solto).

3.4. Controle tecnológico do material

Os fabricantes de aço realizam ensaios de controle tecnológico durante a fabricação das barras.
Uma das práticas que as construtoras vêm empregando para se assegurar da garantia da
qualidade do material é solicitar uma cópia do laudo de ensaio referente ao lote adquirido.

3.4.1. Aço em barras, aço pré-cortado e aço pré-dobrado


Ao receber o laudo, verifique se os resultados apresentados atendem aos critérios a seguir:

Tabela 5 - Propriedades mecânicas a serem atendidas por barras e fios de aço (NBR-7480)

Categoria Valor mínimo Valor mínimo Alongamento mínimo Dobramento a 180°


fyk (Mpa) fst (Mpa) em 10 diâmetros

CA-50 500 1,10 fy 8% NBR- 6153


CA-60 600 1,05 fy 5% NBR- 6153

41
3.4.2. Telas soldadas
Os ensaios quanto às características dos fios das telas devem atender ao quadro acima, sendo
ainda necessário o ensaio de resistência ao cisalhamento dos nós soldados, NBR 5916.

3.5. Aceitação

3.5.1. Aço em barras


Na conferência do comprimento das barras, aceite o lote se não forem constatadas irregularidades
na inspeção visual e se o comprimento das barras for de 11m e a tolerância de comprimento de 9%.
Pode-se aceitar um máximo de 2% de barras curtas, as quais não devem nunca ser inferiores a 6m.
Se houver diferenças de quantidade em relação ao pedido, informe ao fornecedor para que haja
reposição nos materiais faltantes.
Ao analisar o laudo, se houver reprovação de lotes, o laboratório deve providenciar a realização
de contraprova do lote ensaiado ou proceder à inspeção de um novo lote.

3.5.2. Telas
As tolerâncias para aceitação dos produtos nas verificações visuais podem ser vistas na tabela:

3.6. Armazenamento

O fluxo de armazenamento dos materiais e a área a disponibilizar no canteiro podem, em alguns


casos, determinar o tipo de fornecimento do aço (em telas soldadas, em barras, aço beneficiado).

3.6.1. Aço em barras


Quando se utiliza aço em barras, percebe-se que é preciso um espaço no canteiro para estocar

as barras de aço em três estágios distintos: aço em barras, aço cortado, aço cortado e dobrado.
Há de se considerar ainda que, na estocagem do aço em barras, é necessário disponibilizar
uma área cujo comprimento seja superior a 12m.

Nota:
O caminhão que transporta as barras de aço possui um comprimento superior a 12 m. Por
isso, é preciso considerar também o acesso do caminhão ao canteiro!

42
3.6.2. Barras pré-cortadas
Ao adquirir o aço dessa forma, o espaço para a armazenagem no canteiro não requer comprimentos
tão extensos quanto o aço em barras.
Na estocagem, pode-se organizar as barras por elemento estrutural (barras de pilar, de vigas) ou
por pavimento.
Dessa forma, em função da quantidade estocada e da forma de organização, teremos variações

no tamanho das áreas, sendo importante a realização de um estudo prévio para encontrar um ponto
ótimo entre quantidade de estocagem, área de armazenamento e fluxo de transporte do aço.

3.6.3. Barras pré-dobradas


A vantagem na aquisição do aço pré-dobrado, em relação ao pré-cortado, é que, além de
eliminar uma etapa no processamento do aço, necessita somente de uma área para estocagem, ao
contrário da barra em aço, por exemplo.

Quanto à área de estocagem, considerar os mesmos itens apresentados no item “Barras pré-
cortadas”.

Nota:
Com o aço pré-dobrado, temos uma redução na área de estocagem, mas em
contrapartida, temos um aumento no volume.

3.6.4. Telas soldadas


As telas podem ser fornecidas em rolo ou em painéis.
Em painéis, é comum a aquisição de telas de diferentes tipos, podendo-se nessa situação,
estocá-las em pé, minimizando a necessidade de áreas maiores para esse fim.
Se o transporte das telas for realizado com grua, seu estoque pode ser descentralizado.

43
UNIDADE IV - FERRAMENTAS

Além de utilizar todos os equipamentos de segurança que citamos anteriormente, o armador


necessita de ferramentas específicas para sua atividade.
Dois instrumentos são comumente utilizados pelos armadores na tomada de medidas lineares
destinadas ao corte das barras. O primeiro é o metro articulado, confeccionado em madeira ou fibra, e
que possui uma escala métrica e outra em polegadas.
Outro instrumento é a trena, que se constitui numa fita métrica enrolada num estojo metálico ou
plástico. As fitas que compõem as trenas são fabricadas em plástico e em aço. Para medições que

envolvam mais precisão, recomenda-se a utilização da trena em aço, já que sua deformação será bem
menor quando ela for esticada para a efetivação da leitura.

Figura 9 - Metro articulado Figura 10 - Trena

No caso da escala métrica, as trenas e os metros apresentam a menor subdivisão correspondente

a 1mm (milésima parte do metro). Como os comprimentos das barras de aço, na maioria esmagadora
das vezes, são expressos em centímetros inteiros, estes instrumentos podem ser utilizados com bastante
precisão.
Para medição dos diâmetros, quando necessários, recomenda-se o emprego de paquímetros
por possuírem a precisão exata para isso.
Para o corte das barras de aço destinadas à estrutura de concreto, utilizam-se equipamentos
com diversos níveis de produtividade. Nas pequenas construções, em que existam poucos elementos
estruturais, pode-se adotar o corte com serra do tipo aço rápido, devidamente fixada no arco.

45
Dicas:
Ao promover o corte com arco de serra, verifique se não existe nenhum objeto atrás do
braço. É comum a ocorrência de lesões no cotovelo provenientes de impacto durante o

corte de barras devido ao curso do braço.

Quando se envolve maior quantidade de barras, e maior produtividade, é necessária a utilização


da tesoura de cortar ferros. Existem hoje no mercado tesouras com capacidade de corte até o diâmetro

de 12,5mm. A lâmina da tesoura poderá ser substituída quando necessário, trocando-se por uma com
as mesmas especificações do fabricante.
As barras serão devidamente dobradas com o emprego da chave de dobrar ferros, que deve
ser adquirida em função da bitola a ser usada. Seu cabo é constituído por um tubo de ferro, visando
aumentar o braço de alavanca e reduzir o esforço físico do operário.

Figura 11 - Chave para dobrar

O instrumento utilizado para amarrar as barras de ferro umas às outras é a torquês, ferramenta
de corte fabricada em aço-carbono com as arestas de corte em aço temperado.
É bom lembrar que a torquês de armador é diferente da torquês de carpinteiro, possui cabo
curto, sendo mais utilizada para cortar ou arrancar pregos.
A torquês do armador tem um cabo mais longo, a fim de produzir maior pressão quando do
corte dos arames, sendo usual a torquês de 30cm (antiga 12”).

Figura 12 - Torquês

46
UNIDADE V - PROCEDIMENTOS DE
MONTAGEM

5.1. Para tomar medidas

Para tomar uma medida numa barra de aço, o operário deve seguir os seguintes passos:

• verifique se o diâmetro corresponde ao especificado;


• meça o comprimento estabelecido, tomando a precaução de que o zero da trena ou metro,
coincida com a extremidade da barra;
• execute uma marca com giz, no local medida.

5.2. Para cortar ferros com tesoura

Durante o corte com a tesoura, o operário deverá seguir os seguintes passos:


• identifique a marca de giz obtida durante a medição;
• coloque o ferro entre as lâminas da tesoura e pise sobre uma das alças dela;
• pressione a outra alça para baixo até que o ferro se rompa.

Figura 13 - Corte de barra com tesoura

47
5.3. Para cortar ferros com máquina manual

• identifique a marca de giz, obtida durante a medição;

• coloque o ferro entre as lâminas da máquina, observando que o corte ocorrerá no ponto de
encontro das facas;
• pressione a alavanca para baixo até que o ferro se rompa.

Figura 14 - Corte de barra com máquina manual

5.4. Para estirar com batedor

As barras geralmente chegam à obra dobradas ao meio, e estirar significa desdobrà-la. Siga os
seguintes passos:

• identifique a barra a ser estirada pelo seu tipo de aço e diâmetro;


• pise sobre uma das partes;
• segure a outra metade a uma distancia de 2 metros da dobra;
• eleve a outra metade;

• com auxílio de uma chave de ferro, complemente o desdobramento;


• utilize um batedor para eliminar a curvatura residual.

Observação:
Durante o estiramento na bancada, tenha a precaução de manter o ferro entre os pinos da
bancada, forçando-o para baixo. Caso ele não esteja bem encaixado, poderá soltar, fazendo
um efeito de mola, ealcançar o operário.

48
5.5. Para estirar na bancada

• identifique a barra a ser estirada pelo seu tipo de aço e diâmetro;


• coloque o ferro entre os pinos fixados na bancada;
• com a chave, gire o ferro no sentido contrário a dobra.

Figura 15 - Estiramento na bancada

Observações:
Ao estirar uma barra suspendendo-a, verifique preliminarmente se não há nenhuma rede
elétrica ou fio passando na área aonde a barra irá passar.

5.6. Para dobrar

Antes de executarmos este procedimento, vamos fazer uma consideração importante. Ao dobrar
uma barra de aço, devemos considerar que o raio de dobramento é em função da bitola.

Isto se deve pelo fato de ao dobrar uma barra estarmos sujeitando-a a esforços de tração na
parte de fora da dobra e compressão na parte interna. Quando não executamos a dobra com o raio
apropriado, estes esforços podem levar a barra a uma situação de fissuração.
Outro aspecto importante quando se fala em dobramento refere-se ao fato de as barras, quando
concretadas exercerem uma pressão na região da curva sobre o concreto, podendo gerar o fendilhamento
do mesmo.
Para a execução do dobramento, portanto, deve-se observar o diâmetro interno da curvatura Db
em função do diâmetro da barra que se irá dobrar.

49
Figura 16 - Diâmetro de dobramento

O quadro que se segue fornece o valor do diâmetro de dobramento em função da bitola da

barra.

Tabela 6 - Diâmetros dos pinos de dobramento

Tipo Bitola CA-25 CA-40 CA-50 CA-60

Estribos ? ? 6.3 3? 3? 3? 3?
Ganchos ? < 20 3? 4? 5? 6?
Estribos e dobras ? ? 20 5? 6? 8? -

Na confecção de ganchos nas extremidades, devem ser considerados os comprimentos mínimos

dos prolongamentos, conforme a figura que se segue:

Figura 17 - Ganchos padronizados

Para a operação de dobramento faz-se necessária a construção de uma bancada de madeira,


geralmente confeccionada com pranchões ou tábuas com 30cm de largura, apoiadas em peças de 7,5

x 7,5, devidamente cravadas no chão.


Recomenda-se a utilização de madeira de boa qualidade na execução das bancadas, pois,
além dos esforços resultantes do dobramento de bitolas mais grossas, a movimentação das barras
sobre a mesma gera um desgaste mecânico considerável ao longo da obra.
A altura da bancada deverá ser tal, que contemple os movimentos do armador, evitando posturas
incorretas.

50
Sobre as bancadas serão colocados os pinos de apoio pelos quais as barras serão fixadas no
momento do dobramento, conforme a figura que se segue.

Figura 18 - Pinos de Apoio e Dobramento

5.7. Para produzir estribos

Os estribos são ferros previamente dobrados, utilizados nas vigas e pilares. Sua função principal
nas vigas é absorver esforços de corte.
Nos pilares os estribos evitam que as barras verticais (armadura longitudinal), quando
comprimidas, venham a fletir.

Figura 19 - Estribo retangular

Por constituírem um grupo de ferros que já entram prontos durante a montagem, os mesmos

podem ser pré-produzidos por equipe distinta daquela que irá cortar as barras longitudinais, ou até
adquiridos no mercado, visto que atualmente algumas empresas fornecem estribos prontos para as
medidas mais comuns de vigas e pilares.

51
Depois de produzidos, os estribos devem ser amarrados em grupos, identificados pelo seu
número e conter a quantidade necessária para sua utilização.

A confecção de estribos segue os seguintes passos:

• identifique a peças previamente cortadas quanto à sua bitola e tipo de aço;


• meça e marque na bancada as medidas do gancho, largura e comprimento;

Figura 20 - Marcações na bancada

• coloque a barra entre os pinos de apoio;


• dobre o gancho;
• posicione o gancho na marca do comprimento e dobre;

Figura 21 - Primeira dobra do estribo

• puxe o ferro até que a dobra anterior fique na marca da largura;


• realize a segunda dobra;
•rRepita as duas dobras anteriores;
• faça o gancho final.

Dicas:
Ao confeccionar estribos, faça um primeiro modelo e verifique se não está apresentando
diferença nas medidas. Caso afirmativo, reajuste as marcas na bancada.

52
A precisão na medida dos estribos é importante, pois se estiverem grande demais, quando as
armaduras entrarem na forma, não se terá o cobrimento adequado. Se estiverem pequenos demais,
poderão desrespeitar as considerações feitas pelo calculista quanto às posições geométricas das barras
em relação às faces do concreto.

5.8. Para amarrar

A solidarização das diversas barras na montagem do elemento estrutural se dá por amarração


com arame recozido, utilizando-se a torquês. Uma armadura bem amarrada garante não só o seu transporte
adequado dentro do canteiro, como também a certeza de que as posições relativas se manterão inalteradas
durante a concretagem.

O arame empregado na amarração deverá estar previamente trançado, conforme seqüência


que se segue:

• corte um pedaço de arame com aproximadamente 2 metros;


• dobre ao meio e iguale as pontas;

Figura 22 - Ajuste inicial do arame

• Iguale as pontas do arame


• prenda a ponta que contém a dobra;
• trance as duas pontas, até enrolar toda a extensão.

Figura 24 - Iguale as pontas do arame

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• reserve este pedaço e faça novos.

Na seqüência, o armador deverá seguir os seguintes procedimentos para amarrar uma barra na
outra:
• dobre a ponta do arame;

Figura 24 - Primeira dobra do arame

• passe o arame laçando os ferros, da direita para a esquerda;

Figura 25 - Laçando o ferro com o arame

• una os arames;
• coloque a torquês fixando os arames com leve pressão;

• gire a torquês, pelo menos duas voltas;


• puxe a torquês para tirar a folga do laço;
• gire novamente até sentir a fixação do laço;
• faça uma pressão maior na extremidade do arame até cortá-lo.

54
Figura 26 - Finalização do processo de amarração do arame

• após torcer o arame até o fim, aperte o torquês para cortá-lo.

5.9 – Para estocar

As armaduras de sapatas, vigas e pilares tão logo sejam montadas deverão receber uma
plaqueta de identificação, contendo o nome do elemento e o pavimento a que se destinam, como na
figura a seguir.

Figura 27 - Plaqueta de identificação

Em locais com pouco espaço para estoque, é importante estabelecer uma seqüência lógica
para a montagem, de modo que o próximo elemento a ser concretado fique sempre mais fácil de ser
apanhado no estoque.
Caso contrário, grandes operações têm de ser feitas para apanhar uma viga, como por exemplo,
que estava sob uma pilha de outras.
As armaduras das lajes que serão montadas diretamente sobre as formas devem ficar em
amarrados identificados.

Em função da grande quantidade de pontas de arame nas amarrações, o local para estoque de
armaduras prontas deve ser mais isolado dos locais de muito trânsito de pessoas.

55
5.10. Para transportar

As armaduras prontas devem ser transportadas até seus locais de destino nas formas, por um
número suficiente de operários ou por equipamento do tipo grua, quando se tratar de prédio elevado e/
ou grandes volumes.
Sempre que houver transporte vertical com equipamento, a área sob o local deverá ser identificada
com placa indicando o risco.

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UNIDADE VI - ARMAÇÃO DE VIGAS

Figura 28 - Esquema de armação de vigas

Tabela 7 - Relação e resumo do aço

AÇO N DIAM Q UNIT. C. TOTAL AÇO DIAM UNIT. PESO + 10%


(cm) (cm) (cm) (kg)

CA-50 1 5,0 28 118 3.304 CA-50 8,0 12,4 5,4


CA-60 2 8,0 2 618 1.236 10,0 23,7 16,0
3 10,0 4 591 2.364 CA-60 5,0 33,2 5,6

Volume de concreto total = 0.39m3 PESO TOTAL


2
Área de forma total = 5.99m CA-50 21,4
2
fck = 180.00 kgf/cm CA-60 5,6

57
As barras que se encontram na parte superior da viga são chamadas de armaduras negativas,
enquanto as situadas na parte inferior são as positivas. Para montar uma viga simples, siga os seguintes
passos:

• coloque as barras positivas laterais (com as extremidades dobradas, se assim estiverem


detalhadas) sobre os cavaletes da bancada.
• marque com giz os espaçamentos entre estribos.
• lembre-se que numa mesma viga os espaçamentos podem ser distintos.

• coloque a quantidade de estribos necessários.


• inicie a amarração das barras negativas.
• coloque as armaduras de pele e amarre-as.

Algumas vigas têm muita quantidade de armadura, e sua montagem por completo, muitas vezes,
produz um elemento tão pesado que se torna impossível ser transportado. Nestes casos, arma-se a
viga com os quatro ferros de extremidade, e os demais ferros só serão amarrados quando a mesma já
estiver sobre os berços.
Vigas que receberão desvio de pilar (vigas de transição) deverão ter as esperas do pilar que

nasce devidamente posicionadas e colocadas antes da concretagem.


Em algumas vigas densamente armadas, dispõem-se armaduras em camadas, isto porque é
necessário que a distância entre barras seja tal que permita a passagem do concreto durante o
adensamento. Normalmente o calculista indica o número de barras nas camadas superiores.
Ex.: 2?2C = duas barras estarão posicionadas na segunda camada
As armaduras das vigas que são colocadas nas faces laterais junto aos estribos são denominadas
armadura de pele.

58
UNIDADE VII - ARMAÇÃO DE PILARES

Os pilares são montados fora das formas. O armador após a montagem deverá identificá-los
com uma plaqueta.
Nos pilares existem dois tipos de armadura. A longitudinal, que consiste nos ferros verticais, e
a transversal, composta por estribos e grampos de travamento.
Na maioria dos casos, os pilares não apresentam estribos no trecho em que os mesmos se
interceptam com as vigas. Observe atentamente as alturas das vigas na planta de formas, a fim de
evitar que sejam amarrados estribos desnecessariamente.

Os comprimentos de ferro dos pilares que se apresentam livres no nível superior após a
concretagem das lajes chamam-se esperas. Conforme o próprio nome informa, eles estão ali aguardando
as armaduras do próximo lance.
Eventualmente, em função do comprimento de espera necessário e das alturas da viga que o
pilar atravessará, uma ponta muito grande de ferro irá se apresentar na extremidade do pilar. Neste caso
recomenda-se a colocação de um estribo na ponta, livre somente para que, no transporte do pilar até a
forma, as barras livres não causem acidentes.

59
Os pilares apresentam um detalhamento típico conforme se segue:

Figura 29 - Esquema de armação de pilares

Tabela 8 - Relação e resumo do aço

AÇO N DIAM Q UNIT. C. TOTAL AÇO DIAM UNIT. PESO + 10%


(cm) (cm) (cm) (kg)

CA-50 1 5,0 46 72 3.312 CA-50 10,0 44,5 30,2


CA-60 2 10,0 16 278 4.448 5,0 33,3 5,6
CA-60

Volume de concreto total = 0.22 m3 PESO TOTAL


Área de forma total = 4.48 m2 CA-50 30,2
2
fck = 180,00 kgf/cm CA-60 5,6

60
7.1. Pilares de seção retangular

Proceda da seguinte forma:

• selecione as barras longitudinais;


• coloque duas barras que compõem uma face lateral do pilar sobre o cavalete;
• marque o espaçamento dos estribos com giz;
• coloque os estribos envolvendo as barras, alternando a posição dos ganchos;
• inicie a amarração dos estribos com ponto volta seca;
• coloque as demais barras longitudinais;
• conclua a amarração;
• coloque os grampos de travamento quando necessários.

Dicas:
Num pilar quadrado, em função do cálculo, duas laterais podem conter mais barras do que as
demais. Procure verificar para não rotacioná-lo na ocasião da sua colocação nas formas. Existe uma
direção mais solicitada que precisa ter mais ferros do que a outra.

7.2. Pilares de seção circular

• selecione as barras longitudinais;


• coloque uma barra que compõe a lateral do pilar sobre o cavalete;
• marque o espaçamento dos estribos com giz;
• coloque os estribos envolvendo a barra;
• amarre a primeira barra longitudinal nos estribos, forçando-os a ficar perpendicular à mesma;

• marque nos estribos as posições das demais barras longitudinais;


• coloque as demais barras longitudinais;
• inicie a amarração dos estribos mantendo sempre a mesma distância entre as barras
longitudinais vizinhas;
• conclua a amarração.

Os grampos de travamento são ferros em forma de “S” destinados a ligar barras de faces
opostas ou adjacentes.

61
UNIDADE VIII - ARMAÇÃO DE LAJES

8.1. Lajes maciças

Diferentemente dos pilares e vigas, as lajes são montadas diretamente sobre as formas. As
barras são previamente cortadas e identificadas para em seguida subirem para a laje em amarrados.
Nesta ocasião o armador deve estar atento e verificar qual é o sentido do menor vão, no painel de laje
que ele irá armar. Isto porque as barras do sentido do menor vão serão colocadas antes das barras no
outro sentido.
Nestas armaduras o cobrimento deve merecer especial atenção, pois o fato de as armaduras
serem montadas no local não exime que sejam dispostos espaçadores em número suficiente para
garantir o cobrimento.
Observe na página que se segue o detalhe típico de uma laje maciça, contendo armaduras

positivas e negativas, conforme descritas adiante.

63
Figura 30 - Esquema de lajes

Tabela 9 - Relação e resumo do aço

AÇO N DIAM Q UNIT. C. TOTAL AÇO DIAM UNIT. PESO + 10%


(cm) (cm) (cm) (kg)

CA-60 1 5,0 34 376 12.784 CA-50 6,3 211,8 57,1


2 5,0 35 101 3.535 8,0 32,7 14,2
3 5,0 7 515 3.612 CA-60 5,0 199,3 33,8
CA-50 4 6,3 46 274 12.604 3
PESO TOTAL Volume de concreto total = 174 m
5 6,3 34 252 8.568 2
CA-50 30,2 Área de forma total = 23.92 m
6 8,0 24 136 3.264 2
CA-60 5,6 fck = 180.00 kgf / cm

64
8.1.1. Armaduras positivas
São assim chamadas por se posicionarem na parte inferior da peça estrutural.
Siga os seguintes passos:
• identifique o sentido do menor vão;
• marque, na forma, o espaçamento destas barras utilizando giz;
• disponha as mesmas nos pontos marcados;

• coloque uma barra do outro sentido numa das extremidades das barras soltas;
• amarre esta fiada inicialmente;
• marque o espaçamento no outro sentido;
• disponha as demais barras;
• conclua a amarração;
A rigor todos os encontros de barras (nós) devem ser amarrados, entretanto sob consulta ao
calculista e dependendo dos vão pode-se adotar amarração alternada.

8.1.2. Armaduras negativas


São assim chamadas por se posicionarem na parte superior da peça estrutural.
Por isso colocamos as barras, que trabalham bem quando tracionadas.
Pelo exposto, é muito importante que estas barras permaneçam na parte superior da laje durante
o processo de concretagem. Para que isso seja garantido, iremos fixar as mesmas a um pequeno
elemento de ferro fabricado no próprio canteiro e conhecido por “caranguejo”.

Figura 31 - Vista de um “caranguejo”

A altura do “caranguejo” deverá ser tal, que permita a existência do cobrimento na face superior
da laje. Estes artefatos são normalmente produzidos com sobras de ferro existentes no canteiro, não

sendo necessário adquirir barras específicas para isto. Em geral, não se utilizam bitolas inferiores a
8,0mm.

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Ainda que muitas vezes não apareça explicitamente no detalhamento, é comum além dos
“caranguejos”, amarrar as barras negativas em barras complementares e perpendiculares às mesmas
conhecidas como armadura construtiva.
Mesmo que todas as precauções sejam tomadas, o armador deverá estar atento durante a
concretagem para de içar os negativos àssuas posições corretas, quando eventualmente houver
deslocamento. Numa concretagem em que se utilize bomba de arraste, deve-se evitar que o mangote se
apóie sobre os negativos.
Para a montagem destas barras acompanha os seguintes passos:

• disponha “caranguejos” em número suficiente na região;


• amarre seus “pés” à armadura positiva.
• marque o espaçamento dos negativos, utilizando a armadura da viga entre os painéis das
lajes.
• disponha as barras negativas, sobre a linha da viga, perpendicularmente a ela;
• verifique se não há escalonamento;
• amarre as barras negativas às armaduras superiores das vigas;
• amarre as barras negativas sobre os caranguejos;
• disponha uma armadura construtiva no sentido perpendicular aos negativos;

• amarre a armadura construtiva aos negativos, solidarizando-as.

Figura 32 - Vista superior de uma laje maciça com as armaduras

8.2. Lajes pré-moldadas

A princípio as lajes pré-moldadas já vêm armadas pelo fabricante, no caso das armaduras
positivas; entretanto, nos encontros de lajes com o mesmo sentido de vigotas, ocorre uma situação

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negativa em que eventualmente necessita-se de uma armadura para solucioná-la.
Iremos então dispor uma armadura negativa de acordo com as especificações do fabricante.
Neste caso não se faz necessário o uso do “caranguejo”, pois as vigotas e os tijolos desta laje impediriam
sua fixação. As barras negativas em lajes pré-moldadas são geralmente inseridas na capa durante a
concretagem.
Em função das sobrecargas utilizadas, alguns autores recomendam a adoção de uma armadura
de distribuição sobre os tijolos, evitando que tensões localizadas não alcancem as vigotas e possam
rompê-las.

8.3. Lajes Nervuradas

lajes nervuradas, as nervuras são moldadas in loco. Geralmente são utilizadas para grandes
vãos uma armadura positiva podendo, apresentar-se estribada ou não.
A região complementar entre nervuras é preenchida com material leve, como isopor, por exemplo.
Atualmente existem no mercado empresas que fornecem as formas para as nervuras, produzindo
lajes com grande efeito estético quando vistas por baixo.

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UNIDADE IX - ARMAÇÃO DE SAPATAS

As sapatas geralmente são armadas fora das cavas, e sua armadura em malha é também
conhecida como radier. O armador deverá estar atento pois alguns calculistas adotam diâmetros e
espaçamentos bastante distintos para cada direção.
Lembramos ao armador que, ao lançar o radier nas cavas, as mesmas já devem ter recebido um
forro de brita e uma camada de concreto magro. Nunca apóie as barras diretamente sobre o solo.
Sobre a malha das sapatas será fixada a armadura do pilarete (pescoço ou toco), que vai da
fundação até o primeiro vigamento, geralmente conhecido por cintamento.

Como as malhas de sapata são armadas em duas direções, para dimensões muito grandes
utiliza-se a colocação de duas barras construtivas na diagonal do retângulo ou quadrado. Isto aumenta
o travamento, permitindo o transporte da malha com facilidade.
A figura que se segue mostra o detalhe fornecido pelo calculista para a confecção de uma
sapata.

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Figura 33 - Esquema de armação de sapatas

Tabela 10 - Relação e resumo do aço


4 x P1 4 x S1 RESUMODO AÇO

AÇO N DIAM Q UNIT. C. TOTAL AÇO DIAM UNIT. PESO + 10%


(cm) (cm) (cm) (kg)

CA-60 1 5,0 40 72 2.880 CA-50 8,0 66,3 28,8


CA-50 2 8,0 56 118 6.608 10,0 74,5 50,5
3 10,0 32 VAR VAR CA-60 5,0 29,0 4,9
3
PESO TOTAL Volume de concreto total = 112m
2
CA-50 79,3 Área de forma total = 8.00m
2
CA-60 4,9 fck = 180,00 kgf/cm

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Na confecção das sapatas o armador deve seguir os seguintes passos:

• identificar as barras que compõeM a malha, já previamente cortadas e dobradas.


• selecionar duas de cada sentido, formando um quadrado ou retângulo, de acordo com a
dimensão da sapata;
• amarrar os quatro nós iniciais.
• marcar com giz os espaçamentos nos dois sentidos.
• dispor as demais barras.

• amarrar todos os encontros de barras.

71
UNIDADE X - ARMAÇÃO DE BLOCOS
SOBRE ESTACAS

As armaduras dos blocos dependem do número de estacas que neles se encontram. Assim,
poderemos ter blocos de coroamento com os mais diversos formatos (quadrados, retangulares,
triangulares).
Os blocos de uma estaca geralmente são armados como uma gaiola. Consistem em estribos
que se cruzam nas duas direções. Já os que têm duas estacas podem ser armados como uma gaiola
tanto fechada, quanto aberta na face superior.
Os de três estacas, cravadas em triângulo, possuem dois estilos, que dependem do profissional

calculista. Alguns armam o bloco segundo as mediatrizes do triângulo, enquanto outros armam na direção
das cabeças das estacas.
Observe na figura que se segue os detalhes de armaduras de blocos.
Tabela 11 - Relação e resumo do aço
4 x P1 4 x S1

AÇO N DIAM Q UNIT. C. TOTAL


(cm) (cm)

CA-50 1 6,3 5 12,8 640


2 6,3 2 14,6 292
3 6,3 5 240 1.200
4 6,3 3 80 240
5 8,0 9 194 1.746
6 10,0 5 193 965

AÇO DIAM UNIT. PESO + 10%


(cm) (kg)

CA-50 6,3 23,7 6,4


8,0 17,4 7,6
10,0 9,7 6,6

PESO TOTAL Volume de concreto total = 0,33m3


Figura 34 - Esquema de armação de CA-50 205 Área de forma total = 286m2

blocos sobre estação fck = 180,00 kgf/cm2

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UNIDADE XI - Referências Bibliográficas

CARDÃO, Celso. Técnicas da construção. ed.6. Belo Horizonte: Edições Engenharia e Arquitetura,
1983. 2v. il.
EQUIPE ATLAS. Manuais de legislação; segurança e medicina do trabalho. 38. ed. São Paulo,
1997. 16v.
FUNDACENTRO. Acessos temporários de madeira. São Paulo, 1991. 1 v. (Série Engenharia Civil,
2).
FUNDACENTRO. Medidas de proteção coletiva contra quedas de altura. São Paulo, 1991. (Série

Engenharia Civil, 3).


FUSCO, Péricles B. Técnicas de armar as estruturas de concreto. São Paulo, Editora Pini, s.d. 1
v.
SENAI-GB. Armador de ferro. Rio de Janeiro, 1980. 1v. il. (Série Metódica Ocupacional, Projeto
Construção Civil).
SENAI-RJ CFP de Construção Civil. Tecnologia de construção I. Rio de Janeiro, 1993, 29 p. il.
SINDUSCON-SP. Gestão de resíduos da construção civil. São Paulo, 2005. 48p (A Experiência do
SINDUSCON-SP).

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