Professional Documents
Culture Documents
Instalações Elétricas: Série Construção Civil
Instalações Elétricas: Série Construção Civil
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
VOLUME 4
SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
VOLUME 4
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
VOLUME 4
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da
Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos
os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491i
CDU 621.037
SENAI - DN Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Eletroduto (tubo) protegendo os condutores (cabos e fios elétricos).......................................27
Figura 2 - Fornecimento de energia elétrica ..........................................................................................................29
Figura 3 - Quadro de distribuição...............................................................................................................................30
Figura 4 - Esquema unifilar............................................................................................................................................31
Figura 5 - Projeto elétrico...............................................................................................................................................37
Figura 6 - Planta baixa de uma instalação elétrica................................................................................................39
Figura 7 - Projeção ortogonal.......................................................................................................................................45
Figura 8 - Circuito de distribuição...............................................................................................................................58
Figura 9 - Instalação embutida e externa.................................................................................................................59
Figura 10 - Instalação aérea...........................................................................................................................................59
Figura 11 - Instalação subterrânea.............................................................................................................................60
Figura 12 - Fusível.............................................................................................................................................................61
Figura 13 - Disjuntores monopolar, bipolar e tripolar.........................................................................................62
Figura 14 - Disjuntor (DTM)...........................................................................................................................................63
Figura 15 - Diferencial residual.....................................................................................................................................64
Figura 16 - Interruptor simples....................................................................................................................................65
Figura 17 - Three-way.......................................................................................................................................................65
Figura 18 - Four-way.........................................................................................................................................................66
Figura 19 - Dimmer...........................................................................................................................................................66
Figura 20 - Minuteria e interruptor temporizado..................................................................................................67
Figura 21 - Pulsador.........................................................................................................................................................67
Figura 22 - Interruptor remoto.....................................................................................................................................68
Figura 23 - Relé fotoelétrico..........................................................................................................................................68
Figura 24 - Cabo ...............................................................................................................................................................72
Figura 25 - Fio.....................................................................................................................................................................72
Figura 26 - Quadro de iluminação..............................................................................................................................76
Figura 27 - Circuito de iluminação com vista de cima dos eletrodutos........................................................76
Figura 28 - Esquema elétrico - luz com visão de cima e detalhada dos condutores.................................77
Figura 29 - Tomadas.........................................................................................................................................................77
Figura 30 - Quadro de energia.....................................................................................................................................84
Figura 31 - Legenda..........................................................................................................................................................85
Figura 32 - Padrão de entrada - parede, pontalete, muro e poste..................................................................86
Figura 33 - Circuito de TV...............................................................................................................................................87
Figura 34 - Ligação de interfone..................................................................................................................................88
Figura 35 - Espaçador de redes (dentro do círculo) com cabo mensageiro e cabos elétricos...............92
Figura 36 - Identificação de poste...............................................................................................................................93
Figura 37 - Medidor de energia...................................................................................................................................94
Figura 38 - Disjuntor........................................................................................................................................................94
Figura 39 - Conjunto de aterramento........................................................................................................................95
Quadro 1 - Dutos e distribuição 1................................................................................................................................40
Quadro 2 - Dutos e distribuição 2................................................................................................................................41
Quadro 3 - Quadro de distribuição..............................................................................................................................41
Quadro 4 - Interruptores: simbologia utilizada em plantas e diagramas......................................................42
Quadro 5 - Simbologia das luminárias, refletores e lâmpadas..........................................................................43
Quadro 6 - Simbologia - tomadas................................................................................................................................44
Quadro 7 - Limites de queda de tensão em instalações......................................................................................72
Quadro 8 - Tipos de isolamento x temperaturas do condutor..........................................................................73
Quadro 9 - Quadro geral de cargas..............................................................................................................................79
2 Qualidade..........................................................................................................................................................................19
2.1 Definição.........................................................................................................................................................20
2.2 Normas.............................................................................................................................................................20
2.3 Procedimentos..............................................................................................................................................20
2.4 Normalização.................................................................................................................................................20
3 Planejamento...................................................................................................................................................................25
3.1 Definição.........................................................................................................................................................26
3.2 Etapas...............................................................................................................................................................26
3.2.1 Análise inicial...............................................................................................................................27
3.2.2 Fornecimento de energia .......................................................................................................28
3.2.3 Levantamento das instalações..............................................................................................30
3.2.4 Esquema básico da instalação..............................................................................................31
3.2.5 Dimensionamento de componentes..................................................................................32
3.2.6 Especificações e contagem dos componentes...............................................................32
3.3 Organização...................................................................................................................................................33
3.4 Controle...........................................................................................................................................................33
3.5 Cronograma...................................................................................................................................................34
5 Orçamento........................................................................................................................................................................49
5.1 Definição.........................................................................................................................................................50
5.2. Tipos do Orçamento...................................................................................................................................50
5.2.1 Orçamento de mão de obra direta......................................................................................51
5.2.2 Orçamento de despesas administrativas..........................................................................51
5.3 Custo.................................................................................................................................................................51
5.4 Cotação............................................................................................................................................................51
5.4.1 Modalidade de fixação de preços........................................................................................51
5.5 Elementos do orçamento..........................................................................................................................52
5.6 Margem............................................................................................................................................................53
5.7 Levantamento de materiais......................................................................................................................53
6 Circuito alimentador e de distribuição...................................................................................................................57
6.1 Definição.........................................................................................................................................................58
6.2 Tipos de distribuição...................................................................................................................................58
6.3 Manobra e proteção dos circuitos..........................................................................................................60
6.3.1 Fusível............................................................................................................................................61
6.3.2 Disjuntores e chaves.................................................................................................................61
6.3.3 Dispositivo de controle............................................................................................................64
6.4 Categorias de emprego das proteções................................................................................................68
6.5 Fator de demanda (FD)..............................................................................................................................69
6.6 Quedas de tensão admissíveis normalizadas.....................................................................................71
6.7 Potência máxima por circuitos................................................................................................................73
6.7.1 Previsão para Iluminação........................................................................................................73
6.8 Quadros de Luz e Força..............................................................................................................................75
6.8.1. Quadro de luz (QL)...................................................................................................................76
6.8.2. Quadro de força (QF)..............................................................................................................77
6.8.3. Quadro de distribuição (QG)................................................................................................78
7 Instalação de quadro.....................................................................................................................................................83
7.1 Distribuição com quatro circuitos comandados por disjuntores...............................................84
7.2 Entrada.............................................................................................................................................................85
7.3 Equipamentos audiovisuais para chamadas......................................................................................87
Referências
Minicurrículo do autor
Índice
Introdução
CAPACIDADES TÉCNICAS:
a) identificar a energia e suas formas;
b) identificar os sistemas de fornecimentos e distribuição de energia elétrica;
c) identificar grandezas elétricas;
d) identificar as leis e diretrizes de eletricidade;
e) identificar os princípios de organização do trabalho, qualidade e meio ambiente;
f) identificar as normas técnicas e regulamentadoras;
g) interpretar projetos elétricos de baixa tensão residenciais;
h) dimensionar condutores e dispositivos de segurança de redes elétricas;
i) medir grandezas: tensão, resistência, corrente, potências, frequência, luminância e capa-
citância elétrica, utilizando instrumentos específicos;
j) elaborar cronograma das etapas de serviço;
k) elaborar orçamento;
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
16
Anotações:
Qualidade
Neste capítulo, trataremos do tema Qualidade, conhecendo sua definição, as normas que o
compõem e seus procedimentos, aplicando-os à realidade do eletricista instalador residencial.
É muito importante para o profissional ter posse desses conhecimentos.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
20
2.2 NORMAS
2.3 PROCEDIMENTOS
2.4 NORMALIZAÇÃO
CASOS E RELATOS
O uso da Norma
O eletricista Carlos foi contratado para trabalhar na montagem de uma
instalação elétrica por uma construtora que estava concluindo um condo-
mínio com 20 casas. Carlos pensou que iria fazer a instalação elétrica e o
serviço seria rápido. Acostumado a fazer o trabalho de qualquer jeito e pen-
sando em terminar a atividade o mais rápido possível, pela primeira vez se
viu numa situação em que precisava padronizar a instalação elétrica. Carlos
desconhecia a padronização, contudo, a empresa fez um treinamento onde
foram apresentados os critérios de qualidade, todos os procedimentos de
execução e as regras de segurança contra acidentes.
A empresa disponibilizou todos os diagramas elétricos projetados de acor-
do com a NBR 5410:2004-Instalações elétricas de baixa tensão e o instruiu
quanto ao cumprimento, mas que não executasse nada caso tivesse dúvi-
das. Isto proporcionaria a ele autoconfiança nas atividades
Ao concluir a instalação, Carlos notou a grande diferença ao trabalhar obe-
decendo a padrões.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
22
RECAPITULANDO
Anotações:
Planejamento
3.2 ETAPAS
CASOS E RELATOS
A importância do planejamento
Dona Célia estava realizando uma reforma em sua residência e foi orien-
tada pelo pedreiro que fosse feita uma avaliação nas instalações elétricas,
então ela contratou Joaquim, um eletricista experiente no qual confiava.
Depois de alguns minutos observando, Joaquim achou melhor refazer toda
a instalação, pois as intervenções civis tinham sido grandes e fazer comple-
mentos na rede poderia sobrecarregá-la.
Dona Célia acatou a sugestão e pediu a Joaquim que estabelecesse uma
data de inicio, pois não queria comprometer a entrega final da obra. Con-
tudo, Joaquim precisava avaliar a necessidade de ampliação do número
de pontos na rede, definir os caminhos para a passagem de condutores
elétricos, bem como verificar a possibilidade de instalações de outros equi-
pamentos na residência, e isso requereria muito tempo, pois reformar uma
instalação elétrica seria mais difícil que construir uma nova, já que temos
uma estrutura que funciona e que não pode ser descartada. A difícil tarefa
consiste justamente em aproveitá-la de maneira eficiente. Joaquim afirmou
para dona Célia que só seria possível executar o trabalho após o planeja-
mento, pois seria mensurado o custo dos materiais, o tempo e os recursos.
11 12 10
2
4
5 F1 F2 N PE
1
3A
3B
13
6 7
2
1 - Dispositivo DR tetrapolar de 30 mA;
2 - Circuitos de saídas protegidos por disjuntores;
3A- Dispositivo de proteção contra surtos - DPS, instalados entre
fase (F) e terra (PE);
3B - Dispositivo de proteção contra surtos - DPS, instalados entre
neutro (N) e terra (PE). Nos casos onde a separação do condutor
neutro (N) e terra (PE) ocorre dentro do Quadro de Distribuição, não
é necessária aplicação desse módulo;
4 - Barramento para condutores de proteção - terra (PE);
5 - Barramento para condutores neutro (N);
6 - Barramento bifásico isolado para alimentação dos circuitos;
7 - Terminal para derivação;
8 - Trilho de fixação rápida;
9 - Isolador terminal (reserva);
10 - Circuitos de saída dos cabos terra;
11 - Circuitos de saída dos cabos neutros;
12 - Cabos de entrada;
13 - Cabos de interligações internas do quadro.
3X5/6/5mm2
CD01
GERAL
10A
10A
1- Iluminação
40A
NEUTRO
40A 2 - Tomada 2
40A
3 - Tomada 3
TERRA 25A
4 - Chuveiro
20A
5 - Ar condicionado
3.3 ORGANIZAÇÃO
3.4 CONTROLE
3.5 CRONOGRAMA
Toda obra ou serviço deve ter analisados seus prazos de entrega, e em algu-
mas situações é válido estabelecer etapas intermediárias para facilitar o controle
e visualizar as atividades paralelas. Os prazos de entrega devem ser respeitados,
pois eles transmitem uma confiança ao cliente, que consegue acompanhar cada
uma das etapas concluídas.
RECAPITULANDO
Anotações:
Projeto de instalações elétricas
O principal objetivo do projeto é garantir que a instalação esteja segura de acidentes e sinis-
tros ou simplesmente incômodos como quedas de disjuntores e curtos-circuitos, que podem
provocar incêndios na sua residência. Quando cliente e o eletricista estão com projeto elétrico,
conseguem listar materiais, o que mostra com maior certeza a quantidade de cabos e eletrodu-
tos da instalação, além de prever quantas tomadas, de que tipo, quantos interruptores, tudo o
que será necessário. Considerando que o eletricista é o profissional qualificado para ler, enten-
der e executar o projeto, quando precisar definir a quantidade de material necessário deverá
buscar no projeto estas informações, evitando assim sucessivas compras.
Quadro de distribuição
-3- 2500W
-4-
Sala de estar
-1- - 5 -- 6 -
1500W -4-
-2-
-2-
Banheiro
10VA
-1- -3-
-2-
-1-
-3-
1
200VA
-1- -5-
-6-
-1- -3- 140VA
-1- -6- -3-
-1- -6-
-6-
1
-6-
100VA -1- -6-
-1- -6-
-1-
Cozinha
Quarto
1
160VA -5-
220VA
-5-
-1-
-5- 600VA
4.4 SIMBOLOGIA
Dutos e distribuição
Símbolo Significado Observação
Eletroduto embutido no teto ou parede
Eletroduto embutido no piso Para todas as dimensões em
ø 25 milímetros, indicar a seção, se esta
Telefone no teto não for de 15 mm.
Telefone no piso
Tubulação para campainha, som, Indicar na legenda o sistema
anunciador ou outro sistema. passante.
Condutor de fase no interior do
eletroduto
Dutos de distribuição
Símbolo Significado Observação
Eletroduto embutido no teto ou parede
Quadro de distribuição
Símbolo Significado Observação
Caixa de telefone
M Botão de minuteria
Chave reversora
Lâmpadas de sinalização
Lâmpada obstáculo
Exaustor
Tomadas
Símbolo Significado Observação
300 VA
Tomada de luz na parede, baixo (300 mm
-3- do piso acabado)
e) vista inferior;
f) vista posterior.
b
c
a
f
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Orçamento
Veremos, neste capítulo, conhecimentos sobre orçamento que o eletricista deve dominar.
Ele tem como principal objetivo prever toda a despesa existente numa instalação elétrica.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
50
5.1 DEFINIÇÃO
Para executar uma instalação elétrica, o eletricista pode optar em fazer este
tipo de orçamento, que nada mais é do que projetar em quantas horas vai fazer o
trabalho e multiplicar essas horas pelo valor da hora do eletricista em sua região.
5.3 CUSTO
5.4 COTAÇÃO
5.6 MARGEM
CASOS E RELATOS
Planejando gastos
Dona Maria, depois de uma reforma em sua casa, teve que refazer parte
de sua instalação elétrica, pois, com a ampliação da construção, precisou
ajustar toda a parte elétrica e assim evitar danos ou sinistros. O eletricista
contratado por Dona Maria teve que avaliar toda a instalação elétrica, defi-
nindo tudo que precisaria desde um interruptor até a lâmpada. Dona Maria
não tolerava surpresas, declarava que todo serviço deveria ser planejado.
Exigiu que o eletricista fizesse uma listagem de todo material, contendo
preço, quantidade, especificação, além determinar os prazos de execução
da atividade.
Dona Maria, depois de receber do eletricista o orçamento, definiu como
seriam divididas as etapas, pois ela não tinha todo o dinheiro em mãos e
dependeria do salário a cada mês. Por isso, o planejamento seria muito im-
portante para garantir que o serviço não parasse por qualquer motivo.
RECAPITULANDO
Anotações:
Circuito alimentador
e de distribuição
Limite da propriedade
3 PONTALETE: Neste caso, é mais comum quando a distância entre o pontalete3 ou o ponto
de entrega da concessionária e a construção é grande, logo é avaliado o custo
Poste pertencente à
residência em que a entre o embutido ou aéreo;
concessionária de energia
amarra os condutores que a c) subterrâneo: a distribuição é realizada pelo solo, podendo ser instalada em
alimentam.
canaletas ou eletrodutos.
4 PONTO DE FUSÃO:
No caso do fusível, é o
momento em que o elo
metálico abre, desligando o
circuito.
1,75m
5 EFEITO JOULE:
Esse tipo de distribuição, atualmente usado como uma opção viável por causa
do nível de segurança oferecida pela instalação, mesmo com investimento maior
por causa dos materiais usados, se ganha em manutenção e estética.
6.3.1 FUSÍVEL
Figura 12 - Fusível
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2010b.
Exemplo:
Um disjuntor de 15 A pode ser utilizado em circuitos de no máximo 12 A. Já os
disjuntores de 20 A devem ser usados em circuitos de no máximo 16 A.
Os disjuntores existentes no mercado são:
a) termomagnéticos (DTM);
b) DR (Diferencial Residual);
c) caixa moldada para correntes nominais de 5 a 100 A;
d) disjuntor unipolar (QUICKLAG);
e) disjuntor tripolar (NOFUSE);
f) disjuntor de potência.
Falaremos abaixo dos dois primeiros disjuntores citados, por serem os mais
utilizados no mercado. Os disjuntores caixa moldada, o unipolar, o tripolar e o de
potência normalmente são usados em instalações de maior porte, ou seja, comer-
ciais ou industriais.
- Disjuntor termomagnético (DTM)
O disjuntor termomagnético é o dispositivo de proteção mais usado em resi-
dências por causa do seu baixo custo, confiabilidade e facilidade de instalação.
Suas principais vantagens são:
- oferecer proteção aos condutores do circuito, interrompendo automati-
camente quando há uma sobrecorrente provocada por um curto circuito
ou sobrecarga;
- permite operação manual;
6 CIRCUITO ALIMENTADOR E DE DISTRIBUIÇÃO
63
- Disjuntor DR
O Disjuntor DR é um dispositivo de proteção com dupla função, um disjuntor
termomagnético acoplado a um diferencial residual. Suas funções principais são:
- proteger os condutores dos circuitos contra sobrecarga e curto-circuito;
- proteger pessoas de choques elétricos provocados por contatos direto ou
indireto.
São ligados aos condutores fase e neutro dos circuitos, sendo que o neutro
não pode ser aterrado após o DR.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
64
6 THREE-WAY:
a) Interruptores
Os interruptores são dispositivos de controle usados com objetivo de contro-
lar circuitos de iluminação. Estes são dimensionados para suportar corrente elétri-
ca suficiente, sem haver exposição de pessoas e instalações a danos. Os locais em
que serão instalados na construção estão definidos na NBR 5410: 2004 no item
6.3.7 - Dispositivo de seccionamento e comando, adaptados à necessidade de
funcionalidade dos ambientes. Existem diversos tipos de interruptores de forma
a atender às várias necessidades, aqui são apresentados os mais comuns.
6 CIRCUITO ALIMENTADOR E DE DISTRIBUIÇÃO
65
- Interruptores Comuns
São os mais simples, pois sua função é ligar e desligar;
Retorno
Fio Neutro
Retorno
Fio Fase
Retorno
Figura 17 - Three-way
Fonte: SENAI, 2013.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
66
Figura 18 - Four-way
Fonte: SENAI, 2013.
Figura 19 - Dimmer
Fonte: SENAI, 2013.
- Interruptores temporizados
Os interruptores temporizados acendem a um leve toque e apagam depois de
certo tempo; em alguns dispositivos, são reguláveis, resultando em economia de
energia. Substituem, com vantagem, as minuterias porque podem ser instalados
nos halls (lê-se rol) dos andares dos edifícios, próximos a elevadores. Permite ins-
talação em caixas comuns de 4 x 2” e possuem um indicador luminoso para serem
facilmente localizados na escuridão;
- Pulsadores
Os pulsadores são interruptores usados quando se deseja somente um “pulso”
de energia.
Exemplo: campanhia, cigarras, sirenes de alarme etc.
Figura 21 - Pulsador
Fonte: SENAI, 2013.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
68
ON / OFF
8 INVÓLUCROS:
b) Relé fotoelétrico
Em circuitos de iluminação de exteriores como ruas, pátios, quadras áreas ex-
ternas, etc. é comum o comando de ligação e desligamento ser automático por
elementos fotossensíveis, que acionam o circuito quando o ambiente escurece e
desliga com a claridade. Estes dispositivos são úteis, pois eliminam o interruptor
de comando da lâmpada, excluindo o operador de apagar e acender.
O grau de proteção é definido pelas letras IP seguidas por dois algarismos que
o representam. Ele é apresentado na norma NBR IEC7 60529:2005 - Graus de pro-
teção para invólucros8 de equipamentos elétricos (códigos IP).
Onde:
a) CI é a carga instalada em kW ou kVA;
b) TUG é tomada de uso geral;
c) TUE é tomada de uso específico.
9 ANEEL:
1 Chuveiro 3290
2 Geladeira 200
4 Liquidificador 240
Total 4860
DEMANDA 4,86
Tabela 2 - Demanda de energia diurna de um apartamento residencial típico
Fonte: SENAI, 2013.
DEMANDA 0,69
Tabela 3 - Fator de demanda diurno para um apartamento residencial típico
Fonte: SENAI, 2013.
Iluminação Outros
Tipo da instalação
e tomadas usos
Instalações alimentadas diretamente por um ramal de baixa tensão, a
5% 5%
partir de uma rede de distribuição pública de baixa tensão.
Instalações alimentadas diretamente por subestação transformadora,
7% 7%
a partir de uma instalação de alta tensão.
Figura 24 - Cabo
Fonte: SENAI, 2013.
Figura 25 - Fio
Fonte: SENAI, 2013.
6 CIRCUITO ALIMENTADOR E DE DISTRIBUIÇÃO
73
ED EF
EE
EC
EA
EB
100
1 b
-2-
EF
-2- ED
-2-
a b
EE -2-
EC
220 100
1 a 1 c
-2-
EB EA
Figura 28 - Esquema elétrico luz com visão de cima e detalhada dos condutores
Fonte: SENAI, 2013.
Toda simbologia utilizada na figura acima pode ser consultada na seção sim-
bologia.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Instalação de quadro
QUADRO MONOFASCIO
Disjuntor geral
(monopolar)
Fase
Neutro
Proteção
Jumps de ligação
Liga a fase a todos Barramento de neutro
os disjuntores dos Faz ligação dos fios neutros
circuitos dos circuitos terminais com o
neutro do circuito de distribuição,
devendo ser isolado eletricamente
da caixa do QD.
Barramento de proteção Disjuntores dos Circuitos terminais
Deve ser ligado eletricamente Recebe a fase do disjuntor geral e
à caixa QD. distribui para os circuitos terminais
Alvenaria
Retorno
Fase
Neutro
Terra
Figura 31 - Legenda
Fonte: SENAI, 2013.
7.2 ENTRADA
O Padrão de Entrada deve ser instalado no limite da via pública com o imóvel,
podendo ser na parede, muro, pontalete ou poste. É recomendado que, ao mon-
tar um padrão de entrada, o eletricista deve se informar com relação aos parâ-
metros da concessionária de cada região. O dimensionamento adequado do dis-
juntor e dos condutores para ligação do medidor e do aterramento é primordial
para a manutenção caso haja no futuro, bem como da qualidade e segurança do
fornecimento de energia.
A escolha do tipo de ligação é baseada na carga instalada feita pelo projetis-
ta ou levantada pelo eletricista, que pode ser monofásica, bifásica ou trifásica. O
quadro de carga feito com fidelidade às necessidades de atendimento do cliente
é importante, pois influenciará em toda a instalação.
a) Ligação monofásica
A rede monofásica possui dois fios, uma fase e um neutro, somente é instalada
quando a carga residencial somada chega a 8000 watts (8kW). Nesta situação,
esta residência poderá ter um nível de tensão 127V ou 220V para o segundo caso
apenas em algumas localidades no Brasil;
b) Ligação Bifásica
Ligações bifásicas, mais comuns em áreas rurais, possuem três fios de duas
fases e um neutro. Neste caso, esta residência poderá ter duas tensões: 127/220V
ou 220/380V, contudo deverá ter uma potência instalada de 12kW a 25kW;
7 INSTALAÇÃO DE QUADRO
87
c) Ligação Trifásica
Ligações trifásicas são mais comuns em instalações comerciais e industriais,
mas também ocorre em quantidades muito menores em residências. Neste caso,
as instalações apresentam cargas de 25kW até 75kW, e a concessionaria fornecerá
apenas os condutores.
Figura 33 - Circuito de TV
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2008c.
1 CFTV: O Circuito Fechado de TV é uma das maneias mais eficientes para prevenção e
controle da segurança pessoal e do patrimônio. Mas este sistema não é usado so-
Circuito fechado de TV.
mente com o propósito de segurança e vigilância, também é utilizado em outras
áreas como lojas, escolas e praças.
Com o surgimento da tecnologia e com a facilidade de acesso à internet, é
possível, através de equipamentos e softwares específicos, visualizar o local que
possui CFTV1 de um computador remoto, ou seja, alguém que tenha acesso à
internet pode conectar-se ao CFTV de sua casa e verificar o que está acontecendo
em tempo real. O circuito interno encontra-se em evolução, quer em termos de
tecnologia, quer em aplicações. Em termos tecnológicos, atualmente é possível
ter o sistema em formato digital. Em se tratando de aplicação, o CFTV já não ser-
ve apenas como um sistema de monitorização de segurança, ele vem evoluindo
para áreas como a identificação do rosto.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
A Rede Aérea Convencional de Distribuição de Energia Elétrica está exposta a várias con-
dições ambientais, como chuvas, descargas atmosféricas, ventos fortes, sujeira, alta umidade
relativa do ar, a ação do sal em locais próximos a praias, árvores plantadas em calçadas etc. e,
estas situações apresentadas são responsáveis por 90% das interrupções e defeitos nas redes.
Para apresentar uma melhoria da qualidade e da confiabilidade no fornecimento de energia,
diminuição dos impactos ambientais e, consequentemente, redução dos custos operacionais,
soluções de redes de distribuição mais modernas estão sendo implantadas. Vamos conhecer
as técnicas de inspeção de sistemas de redes elétricas.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 4
92
Cabo mensageiro
Espaçador
Cabos elétricos
Figura 35 - Espaçador de redes (dentro do círculo) com cabo mensageiro e cabos elétricos
Fonte: SENAI, 2013.
8.1.1 DE SINALIZAÇÃO
b) disjuntor geral que deve ser dimensionado e instalado pelo cliente, seguin-
do as orientações da concessionária de energia de cada estado;
Fase
Caixa do Disjuntor
disjuntor
Saída de
energia
Condutor de cobre
para aterramento Neutro
Figura 38 - Disjuntor
Fonte: SENAI, 2013.
8 TÉCNICAS DE INSPEÇÃO DE SISTEMAS DE REDES ELÉTRICAS
95
CAIXA DE
DISTRIBUIÇÃO
GERAL
TAT
Solo
b) Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, que tem como principal pa-
pel fiscalizar as ações da concessionária garantindo uma prestação de servi-
ço satisfatória por parte da distribuidora de energia.
Determinados problemas relacionados com a vida útil podem ser bastante mi-
nimizados na construção com a manutenção preventiva. Um projeto bem feito,
uma orientação adequada, o correto cumprimento das normas e dos manuais de
instruções, a qualidade dos materiais e produtos empregados são condutas im-
portantes que vão determinar essa vida útil das instalações. Consequentemente,
durante a fase seguinte, a de uso, uma quantidade de problemas começa a apa-
recer por conta do desgaste com o manuseio inadequado de peças empregadas.
Logo, em pouco tempo, intervenções serão necessárias para, em determinados
casos, repor as condições originais, e, em outros, fazer algum tipo de instalação
dentro de padrões de qualidade que permita o uso correto da construção. Isto
produz gastos e imprevistos. Todavia, independentemente das condições, atu-
ações regulares e programação de manutenção são vitais para a conservação e
8 TÉCNICAS DE INSPEÇÃO DE SISTEMAS DE REDES ELÉTRICAS
97
CASOS E RELATOS
A importância da sinalização
Luiz, eletricista de rede de distribuição, contratado pela concessionária de
seu estado, muito experiente, foi chamado para fazer uma instalação elé-
trica de um novo consumidor. Ao chegar à residência e estando apressado,
esqueceu-se de colocar os cones sinalizadores (utilizados para informar aos
passantes a existência de uma ação local) para subir no poste e instalar o
ramal.
Um motociclista, ao desviar de um carro que o fechou, deslocou-se ao en-
contro de Luiz na escada, mas como ele não havia subido ainda, deu tempo
de sair, evitando assim um acidente. Logo, Luiz observou que se esquecera
do cone de sinalização, corrigindo-se imediatamente.
Agora ele podia realizar sua atividade com toda a segurança recomendada.
O motociclista se desculpou, contudo, não havia visto que estava havendo
uma intervenção no local. Com esse caso, percebemos a importância da
sinalização na execução de uma instalação, que deve ser pensada antes do
seu início, evitando assim possíveis acidentes.
8 TÉCNICAS DE INSPEÇÃO DE SISTEMAS DE REDES ELÉTRICAS
99
RECAPITULANDO
B
Bandejamentos 59
C
Canaletas 59, 60
CFTV 86
D
Dimensionar 26
E
Efeito Joule 61
I
IEC 69
Implícitas 20
Invólucros 69
M
Malha de aterramento 26
P
Planta baixa 38, 39
Pontalete 60
Ponto de fusão 61
R
Resistências 72
S
Subestação 72
T
Three-way 65
Transeuntes 90
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Marcelle Minho
Coordenação Educacional
André Costa
Coordenação de Produção
Rita Fonseca
Normalização
FabriCO
Ilustrações
i-Comunicação
Projeto Gráfico