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CISTOTOMIA,

CISTECTOMIA E
CISTOSTOMIA
Anatomia da Vesícula Urinária
■ Situa-se comumente no interior do canal pélvico quando vazia e desloca-se cranial
e ventralmente ao ficar distendida
Anatomia da Vesícula Urinária

Camadas:
■ Serosa
■ Muscular
■ Submucosa
■ Mucosa
Irrigação

■ Artéria vesical cranial – ramo da artéria umbilical


■ Artéria vesical caudal – ramo da artéria pudenda interna
■ Drenagem venosa: veias pudendas internas
Inervação
■ Simpática - nervo
hipogástrico (T10-L2)
■ Parassimpática - nervo
pélvico (S2-S4)
■ Numerosas sinapses entre
os nervos simpáticos e
parassimpáticos
■ Esfíncter uretral externo –
ramo do nervo pudendo
Fisiologia

Micção: 3 fases
■ Armazenamento
■ Preenchimento
■ Micção
Fisiologia
Fase de armazenamento
■ Vesícula urinária: reservatório
flácido com baixa pressão
■ Uretra: válvula de alta
pressão, impede passagem
■ Inervação simpática
Fisiologia

Fase de preenchimento:
■ Distensão da parede vesical
Fisiologia

Fase de micção:
■ Vesícula urinária: contração da
musculatura lisa
■ Uretra: relaxamento da uretra
■ Inervação parassimpática
Cistotomia

■ Abertura da parede a vesícula urinária


Indicações
■ Remoção de cálculos vesicais
■ Biópsias
■ Remoção de neoplasias vesicais
■ Correção de anomalias congênitas - ureter ectópico
■ Cateterização dos ureteres
Cálculos urinários

■ Comuns na veterinária
■ Maior frequência em cães - 3 a 7 anos
■ Maioria radiopaco
■ Pré-disposição racial
■ Poodle
■ Dálmata
Urolitíases

■ Fêmeas:
■ Normalmente se alojam na bexiga
■ Na uretra - cálculos muito grande
■ Uretra da fêmea é mais distensível, permitindo a passagem do
cálculo
■ Machos:
■ Obstrução na uretra geralmente é vista em óstio caudal do pênis
■ Ocasionalmente pode ocorrer na uretra perineal
Sinais clínicos

■ Hematúria
■ Disúria
■ Incontinência
■ Polaciúria
■ Obstrução uretral total
■ Azotemia e uremia
■ Animal prostrado
■ Bexiga distendida
Pré-operatório

■ Corrigir desidratação
■ Desequilíbrio ácido- básico
■ Combater acidose metabólica e uremia pós-renal
■ Antibióticos
■ Antiinflamatórios
■ Analgésicos
■ Jejum
■ Tricotomia
Técnica cirúrgica

■ Celiotomia mediana
■ Retro-umbilical
■ Fêmea:
■ Incisão abdominal caudal na linha média
■ Macho:
■ Incisão abdominal caudal na linha média
com desvio lateral do lado do prepúcio
Técnica cirúrgica

■ Vasos epigástrico superficiais caudais ligados e cortados


■ Ligamento do prepúcio e fáscia abdominal superficial são incisados
■ Pênis e prepúcio rebatidos lateralmente
Técnica cirúrgica

■ Localizar a vesícula urinária


■ Expor e isolar com compressas úmidas
■ Aplicar pontos de reparo
■ Na extremidade cranial e extremidade caudal do plano a ser incisionado
■ Cistocentese quando não já tiver sido esvaziada por cateterização - animais
obstruídos
Técnica cirúrgica

■ Incisar parede da vesícula urinária


■ Superfície dorsal ou ventral da bexiga
– incisão ventral não apresenta um risco maior de vazamento ou aderências
– facilita o manuseio cirúrgico
– melhor acesso ao trígono
– às aberturas ureterais e à uretra
■ Em uma área pouco vascularizada – entre os maiores vasos
■ Longe dos ureteres e da uretra
■ Serosa com bisturi
■ Muscular submucosa e mucosa com Metzembaum
Técnica cirúrgica

■ Remover cálculos com a pinça


■ Lavar a mucosa e examinar
■ Passar um cateter através da uretra
Técnica cirúrgica

■ Fio absorvível sintético


■ Monofilamentar
■ Absorvível
■ Não contaminante - formação de cálculos
■ Dois planos
Técnica cirúrgica

1º plano:
■ Serosa e muscular
■ Lembert contínuo
■2º plano:
■ Serosa e muscular
■ Cushing
Técnica cirúrgica

■ Preencher a bexiga com soro para detectar vazamentos (técnica do borracheiro);


■ Omentalização
Pós-operatório

■ Proteção da ferida
■ Antibiótico
■ Antiinflamatório
■ Analgesia
■ Cateterização uretral – evitar repleção vesical e distenção da sutura – 3 a 4 dias
■ Terapia dietética - evitar recidiva de cálculos
Cistectomia

■Remoção de uma parte da bexiga


Indicações:
■ Excisão de úraco persistente
■ Neoplasia
■ Pólipo
■ Necrose
Considerações

■ Se um ou mais ureteres forem removidos


– Reimplantação no abdome - Ureterostomia
■ O suprimento neurovascular entra dorsalmente, na região do trígono
■ Evitar essa região
■ Risco de incontinência
Considerações

■ Aprox. 40 a 70% da bexiga pode ser removida


■ Capacidade de expansão reduz
■ Mas melhora ao longo dos meses: regeneração da mucosa, hipertrofia e
proliferação da musculatura lisa - distensão da parede restante
■ Região do trígono importante de ser mantida
■ As células regenerativas partem do epitélio da porção terminal dos ureteres e uretra
Técnica cirúrgica

■ Realizar incisão com bisturia na serosa e muscular


■ Ampliação com tesoura
■ Remover porção afetada
■ Cistorrafia como na cistotomia
■ 2 planos:
■ 1º: simples contínuo
■ 2º: invaginante não contaminante
Pós-operatório

■ Se uma grande porção da bexiga tiver sido removida


– Realizar cistostomia tesporária
– Catéter uretral permanente
– Manter bexiga vazia
Cistostomia

■Comunicação entre bexiga e apele


■Indicações:
■ Desvio do caminho da urina – cirurgias uretrais
■ Evitar distensão da bexiga
■ Obstruções uretrais
■ Trauma uretral
■ Atonia vesical
Técnica
■ Celiotomia mediana retro-umbilical
■ Catéter de Foley, tubos de gastrostomia
■ Tubo inserido em uma posição paramediana através da pele , através da
musculatura
■ Uma sutura em bolsa de fumo é colocada na perede da bexiga - não contaminante
■ Feita uma insicão em estocada na parede até o lúmen
■ A porção final do tubo é passada nessa incisão
■ O balão é inflado com solução salina
■ Aprox. 4 suturas são colocadas entre a parede da bexiga e a parede abdominal
■ O tubo é fixada através da colocação de sutura de bailarina
Técnica cirúrgica

■ O tubo pode ser conectado a um sistema fechado de coleta ou pode ser feita
a drenagem de forma intermitente
■ Manter a região sempre limpa
■ Deve ficar pelo menos 7 dias para permitir adesão entre a bexiga e a parede
muscular
Complicações
■ Remoção inadvertida do tubo
■ Porção final se soltar da bexiga
■ Formação de fístula após a remoção
■ Extravazamento de urina através do tubo
■ Inflamação ao redor do tubo
■ Infecção do trato urinário - E.coli
– Urina residual na bexiga
– Formação de biofilme sobre o catéter

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