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Transformando

alunos em escritores
SUMÁRIO

3 Introdução

O que são competências


4 socioemocionais

8 BNCC: o que a Base diz sobre


essas competências

12 Capacitando professores para


as competências emocionais

De que maneira educar a família dos alunos


15 em relação a habilidades emocionais

Ferramentas para desenvolver competências


17 socioemocionais na escola

22 Conclusão

23 Sobre a Estante Mágica


introdução

Este e-book visa apresentar um guia sobre competências socioemocio-


nais e como as escolas e os educadores podem se adaptar a elas.

Por ser uma habilidade relativamente nova no cenário educacional, é co-


mum que muitas dúvidas ainda pairem sob a cabeça dos professores. E
com o advento da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a educa-
ção socioemocional brasileira finalmente ganhou holofotes, se tornando
necessária no currículo escolar.

Por isso, preparamos para você, coordenador(a) pedagógico(a), um copi-


lado de informações sobre as competências socioemocionais, desde sua
definição a como podemos colocá-las em prática e avaliá-la.

Tenha em mente, desde o princípio, que as competências socioemocionais


são importantes de serem estudadas por todos da equipe pedagógica.
Esse material vai te fornecer um panorama sobre o tema, com sugestões
para levá-lo não apenas para a sala de aula, mas também para a casa, com
a ajuda dos familiares.

Boa leitura :)

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O que são competências socioemocionais?

As competências socioemocionais fazem parte da


aprendizagem socioemocional, que é o processo
pelo qual crianças e adultos adquirem atitudes e
habilidades necessárias para entender e gerenciar
emoções, estabelecendo relacionamentos positivos
e construindo decisões responsáveis.

Muitas vezes desenvolvida em sala de aula, a apren-


dizagem socioemocional dá à força de trabalho de
amanhã as ferramentas para o sucesso, enquanto
contribui para um clima escolar positivo, com um
melhor desempenho acadêmico.

Além dos resultados imediatos em sala de aula, as


competências socioemocionais preparam os indiví-
duos para resolver problemas, gerenciar emoções
e se comunicar. A aprendizagem socioemocional é
geralmente dividida em cinco categorias:

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3) Consciência social
A consciência social olha para fora e tem a ver
com a empatia com os outros e com a disposição
de entender e respeitar as experiências, normas
1) Autoconsciência e comportamentos únicos dos outros.
A autoconsciência significa ser capaz de reco-
nhecer e compreender as emoções e como elas
se traduzem em nossos comportamentos. Isso 4) Habilidades de relacionamento
inclui reconhecer o estresse ou emoções ne-
gativas, estar ciente das próprias habilidades e Essas habilidades tratam da criação e manuten-
fraquezas, com um senso de autoeficácia bem ção de relacionamentos saudáveis por
​​ meio da
fundamentado. cooperação, escuta ativa, resolução de conflitos
e comunicação.

2) Autogerenciamento
5) Tomada de decisão responsável
O autogerenciamento leva a autoconsciência um
passo adiante ao determinar mecanismos para Refere-se à habilidade de fazer escolhas seguras
regular sentimentos e comportamentos. Isso e saudáveis , que respeitem o espaço do outro
pode incluir controlar a raiva, lidar com o estres- e normas de conduta, beneficiando o próprio
se, e criar automotivação frente às dificuldades. bem-estar e o bem-estar coletivo.

Por que a aprendizagem socioemocional


pertence às escola?

Os alunos passam a maior parte do tempo na escola.


Isso significa que esse espaço é uma espécie de se-
gunda casa, onde eles constroem relações sociais e
vivenciam experiências que estimulam suas emo-
ções. Ignorar esse contexto como uma oportunidade
de desenvolver a educação socioemocional socioe-
mocional seria um desperdício de tempo precioso.

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Certamente, escolas e professores têm proporcionado mais do que
aprendizado acadêmico há décadas. E pesquisas mostram que, ao
fornecer programas sobre aprendizagens socioemocionais consis-
tentes, propositais e robustos, os alunos podem se beneficiar de vá-
rias maneiras.

De acordo com a pesquisa da Fundação Estatal da Pensilvânia e Fun-


dação Robert Wood Johnson, a aprendizagem socioemocional no
ensino fundamental “pode promover realizações acadêmicas e
comportamento social positivo e reduzir problemas de conduta,
abuso de substâncias e problemas emocionais”.

Os benefícios dessa aprendizagem nos anos elementares foram


documentados em revisões por equipes de pesquisa independentes
e por meio de meta-análises que demonstram os resultados posi-
tivos imediatos e de longo prazo de uma programação bem proje-
tada e bem implementada.

Em linhas gerais, a ambição da Base Nacional Curricular Comum


(BNCC) em suas competências passa por essa mesma premissa:
mobilizar atitudes, valores, conhecimentos e habilidades que
possam estimular os alunos em soluções criativas e criar uma so-
ciedade mais justa e humana.

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Para isso, ela prevê não só competências de ordem cognitiva,
mas também socioemocionais, que devem guiar o trabalho
dos professores ao longo de toda a educação básica para o
desenvolvimento integral dos estudantes.

A aprendizagem social e emocional é um ele-


mento-chave para o avanço do desempenho
dos alunos na escola e além dela.

Essa prática de aprendizado emergente está sendo integrada em salas de


aula e escolas, bem como em casa, para ajudar os alunos a aprender como
gerenciar emoções, estabelecer metas positivas, sentir empatia em rela-
ção aos outros e se envolver em relacionamentos positivos.

O ensino das competências socioemocionais pode ajudar a aumentar a au-


toconsciência e o controle de impulsos dos alunos, aumentar as taxas
de frequência e ajudá-los a tomar decisões construtivas e responsáveis
dentro e fora da sala de aula.

Quando combinadas com uma instrução acadêmica eficaz, as competên-


cias socioemocionais podem ajudar todos os alunos a terem uma experiên-
cia educacional mais positiva e completa.

Sabemos que na educação brasileira atual as habilidades acadêmicas são


frequentemente vistas como prioritárias. Mas algumas escolas já apostam
nas habilidades socioemocionais com o mesmo nível de importância para
inovar a instituição de ensino e aperfeiçoar o processo de aprendizagem
dos alunos.

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BNCC: o que a Base diz sobre essas competências

De acordo com a BNCC, as competências socioemocionais


englobam o ensinamento de habilidades importantes como:

A autoconsciência, que é a A consciência social,


capacidade de reconhecer A autogestão, que é a que é a capacidade de
suas emoções e entender os capacidade de regular assumir as perspectivas
elos entre emoções, pensa- emoções, pensamentos e dos outros e demonstrar
mentos e comportamentos; comportamentos; empatia;

As habilidades de rela- E a tomada de decisão


cionamento, que são a responsável, que é a
capacidade de construir e capacidade de fazer boas
manter relacionamentos escolhas sobre seu com-
saudáveis; portamento e interações
com os outros.

Por que essas habilidades socioemocionais


são tão importantes?

As primeiras habilidades emocionais sociais estão re-


lacionadas com o quão socialmente, emocionalmente,
academicamente e profissionalmente qualificados
somos futuramente na vida. As competências socioe-
mocionais ajudam as crianças a persistirem em tarefas
desafiadoras e a buscarem ajuda quando precisam.

Dentre as competências relevantes, destacam-se a au-


toconsciência e a tomada de decisão responsável.

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Estas competências vão potenciar um melhor
ajustamento e rendimento acadêmico, refleti-
do em comportamentos sociais mais positivos,
menores problemas comportamentais, menor
estresse emocional e melhores resultados em
avaliações e testes.

Ou seja, a aprendizagem das habilidades socioemocionais forma


alunos mais seguros e bem-sucedidos, trazendo benefícios a
curto e a longo prazo. Os estudantes podem desde se conhecerem
melhor, saber seus limites e entender o seu potencial a se tornarem
pessoas mais comprometidas, confiantes e empáticas.

Outros exemplos a longo prazo são o aumento da probabili-


dade de conclusão do ensino médio, a procura e realização
de um ensino superior, sucesso profissional, melhor saúde
mental, redução do comportamento violentos e engaja-
mento da cidadania.

Comprovadamente eficazes, as habilidades socioemocio-


nais aplicadas no desenvolvimento das crianças cria um
aprendizado que atende às necessidades individuais de
cada aluno.

Para facilitar o sucesso do estudante, adultos devem en-


tender o ambiente mais eficaz e o contexto social em
que os alunos aprendem.

Eles devem, também, criar e avaliar condições de apren-


dizagem que dá aos alunos a oportunidade de ativar, de-
monstrar, e crescer o social, emocional e competências
acadêmicas que eles trazem para a sala de aula.

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A diversidade de contextos culturais e identidades significa que nos-
sas abordagens para o social, desenvolvimento emocional e acadêmico
deve também afirmar sua cultura e experiências.

Sendo assim, a organização curricular da educação infantil na BNCC está


estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais são
definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.

De acordo com o documento da BNCC, a definição e a denominação dos


campos de experiências também se baseiam no que dispõem as DCNEI
(Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil).

A ideia é relacioná-las aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser


propiciados às crianças e associados às suas experiências. Considerando
esses saberes e conhecimentos, os campos de experiências em que se
organiza a BNCC para a educação infantil são:

O eu, o outro e o nós


O convívio com outras crianças e com adultos leva os pe-
quenos a constituírem um modo próprio de agir, sentir e
pensar, descobrindo que existem outros modos de vida,
pessoas diferentes, com outros pontos de vista.

Ao mesmo tempo, eles constroem sua autonomia e sen-


so de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência
com o meio. Sendo assim, na educação infantil, o ideal é
criar oportunidades para que as crianças entrem em con-
tato com outros grupos sociais e culturais, costumes, cele-
brações e narrativas.

Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de per-


ceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, res-
peitar os outros e reconhecer as diferenças que nos consti-
tuem como seres humanos.

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Corpo, gestos e movimentos
Desde cedo, com o corpo, por meio dos sentidos, gestos e
movimentos, as crianças exploram o mundo, o espaço e os
objetos do seu entorno.

Estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem


conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo so-
cial e cultural. E por meio das diferentes linguagens, como
a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta,
elas se comunicam e se expressam com o corpo, emoção e
linguagem.

Na educação infantil, o corpo das crianças ganha centrali-


dade. Assim, é necessário que a instituição escolar promova
oportunidades ricas para que os pequenos possam explo-
rar e vivenciar um amplo repertório.

Traços, sons, cores e formas


O contato com diferentes manifestações artísticas, cul-
turais e científicas no cotidiano da escola possibilita às
crianças, por meio de experiências diversificadas, viven-
ciar várias formas de expressão e linguagens.

Com base nessas experiências, elas se expressam por


várias linguagens, criando suas próprias produções ar-
tísticas ou culturais. Essas experiências contribuem para
que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam
senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas,
dos outros e da realidade que as cerca.

Portanto, a educação infantil precisa promover a par-


ticipação das crianças em produções como as artes vi-
suais, música, teatro, dança e audiovisual. Tudo a fim de
favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criati-
vidade e da expressão pessoal das crianças.

Escuta, fala, pensamento e imaginação - Na educação


infantil, é importante promover experiências nas quais
as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua
participação na cultura oral.

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Pois é na escuta de histórias, na participação em conversas,
nas narrativas e em múltiplas linguagens que a criança se
constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a
um grupo social.

Nesse mesmo sentido, a imersão na cultura escrita deve


partir do que as crianças conhecem e das curiosidades. As
experiências com a literatura infantil, propostas e media-
das pelo educador, contribuem para o desenvolvimento do
gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação
do conhecimento de mundo.

Capacitando professores para as competências emocionais

Promover o desenvolvimento social e emocional de todos os


alunos nas salas de aula envolve ensinar e modelar habili-
dades sociais e emocionais, oferecendo oportunidades para
os alunos praticarem e aperfeiçoarem essas habilidades, ao
mesmo tempo em que são oferecidas oportunidades de apli-
car esses conhecimentos em várias situações.

Uma das etapas mais importantes nesse processo é o treina-


mento de professores. Para isso, na implantação desse novo
tema, a participação e engajamento dos docentes é fun-
damental. E como você, coordenador(a) pedagógico(a), pode
fazer isso?

Para viabilizar essas mudanças, deve-se investir em capa-


citações e atividades de formação. É importante que a es-
cola mostre aos professores que eles terão suporte para se
adaptar e que merecem ter diferentes frentes de apoio para
ajudá-los a lidar com as necessidades dos alunos.

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Como suporte, as instituições escolares podem recorrer a organizações,
como o Instituto Ayrton Senna e Fundação Lemann, especializados em
levar essas competências para as escolas.

Capacitar os professores é o primeiro – e


fundamental – passo para uma boa educa-
ção socioemocional na escola.

Há também plataformas e aplicativos online que podem oferecer um


suporte para a escola e os professores nesta capacitação.

O Schoolastic é uma ferramenta simples e inovadora, que ajuda os


professores a se capacitarem acerca das habilidades socioemocio-
nais, ao mesmo tempo que se preparam para as exigências da BNCC.

O mesmo para o Dreamshaper, uma plataforma que serve


como base tecnológica para analisar o impacto que projetos
têm sobre as habilidades socioemocionais dos estudantes.
A finalidade é empoderar os docentes com ferramentas
para motivar e auxiliar os trabalhos práticos.

Além disso, os educadores podem se apoiar em portais e plataformas


educacionais que atualizam sobre as tendências para a educação, como
Escola da Inteligência, Nova Escola, Blog da Estante Mágica e PorVir. To-
dos oferecem materiais sobre as novidades da área e dicas de como e
onde podem aprender mais e aplicá-las.

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E então, após estudos e pesquisas, os professores devem encontrar
oportunidades para os alunos reforçarem seu uso ao longo do dia.

Outra forma de abordagem curricular é incorporar tais competên-


cias em áreas de conteúdo como artes, língua portuguesa e estran-
geira, estudos sociais ou matemática.

Os professores também podem, naturalmente, fomentar as habilida-


des dos alunos por meio de interações instrutivas interpessoais e
centradas no estudante ao longo do dia escolar.
As interações entre adultos e alunos são produtivas quando resultam
em relacionamentos positivos entre alunos e professores, permitem
que os professores modelem as competências socioemocionais dos
alunos e promovam o envolvimento deles.

As práticas de professores que proporcionam apoio emocional aos


alunos e criam oportunidades para as experiências de voz, autono-
mia e domínio dos próprios estudantes promovem o envolvimento
do mesmo no processo educacional.

Sendo assim, a escuta ativa é fundamental


para estreitar a relação aluno-professor,
de modo que haja abertura para o diálogo.

Como eu me
Uma das maneiras que podem ser adotada para assegurar que sinto hoje?
todos entendam a importância dessa mudança é inserir no
boletim escolar os conceitos de avaliação dessas competên-
cias antes das notas das disciplinas tradicionais.

Eles podem ser definidos como a forma que os alunos têm ado-
tado para se expressar, como trabalham em equipe e como têm
se desafiado durante as aulas. Manter um quadro pessoal para
cada aluno no estilo “Como eu me sinto hoje?”, em que cada
um deles escreve seu sentimento do dia, pode ser uma simples
e eficaz forma de realização essa mensuração.

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Os alunos também podem passar por processos de autoavalia-
ção que os permitem analisar seu processo evolutivo e identificar
as ações da escola que garantiram esse desenvolvimento.

Dessa forma, o professor também terá a consciência se a sua


formação no assunto está atendendo às necessidades que a
educação socioemocional exige.

De que maneira educar a família dos alunos


em relação a habilidades emocionais

Além da preocupação de saber como se adaptar às novas mu-


danças na educação brasileira com a implementação da Base
Nacional Comum Curricular, as escolas também devem saber
como explicar para os pais o que é a educação das compe-
tências socioemocionais. É aqui que entram os coordenadores
pedagógicos, auxiliando os professores na construção desse di-
álogo. Veja alguns passos para atingir esse objetivo:

Apresentação das novas propostas do currículo escolar


E como a escola pretende abraçar as novas mudanças? Junto com os
gestores e após várias reuniões pedagógicas, os professores podem
repassar para os pais como a escola está se adaptando às novas mu-
danças.

Como a escola irá abordar as competências socioemocionais na sala de


aula? E nas lições de casa? Como os pais se encaixam nessa nova e es-
sencial habilidade? Tudo isso a escola deve estar pronta para apresentar.

Cartilhas de propostas pedagógicas podem ser uma ótima opção para


deixar os pais conscientes das novas transformações. Assim como
exemplificar, por meio de plataformas educacionais que a escola irá
apostar no novo ano letivo, como esse trabalho será feito.
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Aqui, vale apontar o papel de cada um em todo o proces-
so, seja pela especialização dos professores, dos gestores
escolares e dos próprios pais no engajamento dos mesmos
e dos alunos com a aprendizagem.

Oriente os familiares em relação a formas


de participar da vida escolar do aluno
Uma forma de ajudar a família a cumprir seu “novo” papel na for-
mação integral do aluno é orientá-la através das lições de casa.
É importante que a escola ofereça um papel instrutivo de mos-
trar caminhos e possibilidades.

As lições de casa e outras atividades que exijam o trabalho em


conjunto dos alunos com seus pais são ótimos meios para isso. In-
dique tarefas a serem realizadas em família nos fins de semana,
leituras na cama antes de dormir, jogos, desafios, filmes, ativida-
des. Chame a família e converse.

A ideia é educar também os pais. Sem julgamentos, intole-


rância ou preconceito. Tenha empatia pela família que também
enfrenta muitos desafios modernos e precisa entender como
participar das mudanças com a BNCC.

Ou seja: junto com a escola, os pais também devem ser respon-


sáveis por trabalhar as habilidades emocionais dos seus filhos,
proporcionar atividades práticas e estimular o pensamento crítico,
responsabilidade e a cidadania.

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Workshop criativo
Para que os pais entendam também como tudo irá funcionar, nada
melhor que planejar um workshop sobre a BNCC e suas competên-
cias socioemocionais. A escola pode preparar atividades que mos-
trem como ela pretende aplicar as exigências da Base com os alunos.

Nessas atividades, pais e crianças podem trabalhar juntos para reali-


zar tais propostas e entenderem como as coisas irão ser daí por dian-
te. A escola pode pensar, também, em exercícios que trabalhem as 10
competências da BNCC.

O legal de mostrar a prática é dar a oportunidade de todos verem se


as propostas realmente se encaixam e funcionam com as deman-
das da Base Nacional Comum Curricular e, principalmente, sobre o
desenvolvimento das habilidades socioemocionais.

Ferramentas para desenvolver


competências socioemocionais na escola

Atividades de cidadania
Aceitação e afinidade são especialmente importantes na sala
de aula, onde o desenvolvimento social e emocional de cada aluno
afeta diretamente seu desempenho acadêmico. Os sentimentos de
comunidade e colaboração tornam o aprendizado significativo para
todos, e esse senso de significado compartilhado está no centro de um
conceito chamado “mentalidade de benefício”.

Ajudar os alunos a explorarem a cidadania e conectá-la às suas vidas é


a chave para a verdadeira compreensão. Quando as crianças são expostas
a histórias, dramas e outras atividades nas quais elas estão ativamente
envolvidas, sua retenção é aumentada.

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Envolva-os na criação de regras de sala de aula. Discuta por que as re-
gras são importantes e defina as consequências se elas forem quebradas.
É importante que os alunos enxerguem o papel das regras de convivência
e como elas são estruturais para uma harmonia coletiva e que todos te-
nham seus direitos e deveres cumpridos.

Para estimular a cidadania, também é essencial que os professores ensi-


nem aos seus alunos que ninguém está livre de cometer erros. Saber
reconhecê-los é a chave para evoluir.

Uma boa sugestão de atividade é implementar regularmente um exercício


de “palavra do dia”. Esse exercício pede aos alunos que identifiquem uma
palavra que seja significativa para eles naquele momento específico, que
escrevam essa palavra no centro de uma página. É uma forma de compre-
ender e conhecer novos valores.

Uso de filmes para ensinar valores


Há diversas formas de ensinar valores e algumas delas são
bastante divertidas. Uma forma de aplicá-las na sala de aula é
apostar em filmes educativos para assistir com os pequenos.

Há uma variedade de títulos infantis que podem ser apresen-


tados ou revistos pelas crianças com foco em valores impor-
tantes na criação delas.

Por isso, prepare a pipoca para muitas reflexões e conversas


para ter com elas depois de uma sessão valiosa!

Usar animações e outro produtos audiovisuais infantis são


uma excelente forma de se aproximar do universo das crian-
ças. Desta forma, o ensinamento lúdico de valores beneficia
a aprendizagem dos alunos quanto às habilidades socioemo-
cionais que podem desenvolver.

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Trabalho em equipe
A sala de aula da educação infantil é um ótimo lugar para
ensinar importantes habilidades sociais e emocionais, como
brincar com outras crianças - o que acaba se tornando uma
colaboração com outras pessoas no trabalho. E os profes-
sores podem estimular habilidades de trabalho coletivo na
educação infantil com jogos e atividades.

Para os educadores que têm alunos da pré-escola, introduzir


o conceito de trabalho coletivo pode ser desafiador e diver-
tido. Por isso, aposte em atividades de trabalho em equipe
pré-escolar que possa ajudar os alunos a aprenderem a tra-
balhar juntos. Arte colaborativa, atividades de liderança e
revezamentos são alguns simples exemplos que podem ser
aplicados na sala de aula.

É importante lembrar que atividades como essas são sobre


o processo - a coisa mais importante é como as crianças as
realizam.

O jogo cooperativo ensina aos estudantes de pré-escola o tra-


balho em equipe, a lidar com suas emoções e expectativas e a
solução de problemas.

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Dê a oportunidade de cada criança escrever seu próprio livro
Uma maneira de incorporar e discutir essas habilidades enquanto ainda traba-
lha em outras habilidades acadêmicas é através da escrita. Dela, podem surgir
diversas atividades na sala de aula, desde a criação de histórias em conjunto a
registro no diário individual.

A escrita tem um tremendo potencial para que os alunos desenvolvam suas


próprias habilidades e confiança como escritores e construam relaciona-
mentos com seus colegas, trabalhando juntos e compartilhando partes de si
mesmos em seus textos.

Na escrita, as crianças podem criar histórias a partir dos seus sentimentos e


conhecimentos, podem se expressar de forma artística e ter a oportunidade
de abordar temas que se sentem inibidas de dizer.

Ou seja: a escrita pode ser um dos melhores aliados para a educação so-
cioemocional dos estudantes. Com ela, os alunos terão a oportunidade de
desenvolverem autoconfiança, empatia, respeito e pensamento crítico
com suas criações literárias.

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A Estante Mágica, por exemplo, é uma boa estratégia para colocar isso em
prática. Como maior projeto de incentivo à leitura do Brasil, já deu a oportu-
nidade de mais de 400 mil crianças se tornarem autoras do próprio livro.

Além de explorarem a imaginação e a criatividade durante a atividade, os


alunos também desenvolvem competências socioemocionais ao adquiri-
rem protagonismo em sala de aula.

Na pele de verdadeiros escritores, com direito até a evento de autógrafos,


os estudantes têm a vida escolar marcada e ganham uma motivação socio-
emocional para seguirem aprendendo em sala de aula.

O autoconhecimento, autogerenciamento e a habilidade de se conviver


socialmente são competências cada vez mais valorizadas no currículo das
escolas. E, através da escrita, os alunos são inspirados a desenvolverem
todas essas habilidades.

Com temáticas propostas e dialogadas com os professores, os alunos po-


dem vir a escrever sobre temas que exijam resolução de problemas, criati-
vidade e até mesmo debates em salas de aula.

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CONCLUSÃO

Como vimos nesse e-book, é notável que há novos caminhos e novas


demandas a se seguir na educação. E o primeiro passo para conseguir
se adaptar às competências socioemocionais é conhecê-las.

Além disso, vale reforçar que é preciso que toda a equipe pedagógica
preste atenção em como se informar e se capacitar sobre o assunto.
Ser um profissional da educação atual é entender que há transforma-
ções constantes e que cada vez mais o aluno irá desempenhar novos
papéis na sala de aula.

Novas metodologias e novas formações estão em voga devido às pes-


quisas e estudos que informam as necessidades da educação socioe-
mocional no século XXI. E levá-las até as suas escolas e salas de aula é
uma forma de oferecer uma educação inovadora.

Por isso, transforme todas essas sugestões e reflexões sobre as com-


petências socioemocionais em materiais funcionais para a sua escola =)

22
Falando em competências socioemocionais,
sua escola já participa da Estante Mágica?

A Estante Mágica é o maior projeto de incentivo à leitura do


Brasil e, em parceria gratuita com escolas, transforma crianças
em autoras do próprio livro.

Além do incentivo à leitura, o projeto desenvolve várias compe-


tências socioemocionais, como autoconhecimento e autoesti-
ma, estimulando o protagonismo em sala de aula.

Presente em mais de 3 mil escolas em todo o Brasil, a Estante


Mágica já transformou mais de 400 mil alunos em escritores.

A nossa grande missão é desenvolver a capacidade plena de


leitura e escrita das crianças para que elas sejam autoras não
só do próprio livro, como da própria história de vida!

QUERO PARTICIPAR DO PROJETO

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