You are on page 1of 8
inta-feira, 29 de Dezembro de 2022 U SERIE — Numero 251 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE 2.° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE, E. P. AVISO 2 alia a publica no alin da Rapa dove at eeia om fla vidas eutenicads, uma por cada assunt, donde const, alin das Indeopbes necesoéris para osse oi, o wvrbamenio eet, ash ‘utntcado: Para publicagia no eBoletim da Reptbicay SUMARIO Assemblela da Reptibiica’ Leine 2072022: Lei que estabolece 0 Regime Surdico do Cidado Estrangero, Fixando as Respectivas Normas de Enda, Petmanéncia © Safda do Pafs, bem como os seus direitos, deveres aurantis ¢revoga a Len? 5193, de 28 de Dezembro, etn zar2022 Lei de Revisio da Len 11/2009, de 11 de Margo, Lei Cambial fe revogna Lei n” 1172009, de Lt de Mago. ASSEMBLEIA DA REPUBLICA. Lei ns 23/2022 de 29.de Dezembro Hiavendo necessidade de adequar o rogime jurico do cidadéo estrangeiro na Repiblica de Mogambique face aos desafios ‘mpostos pela dinimica do controlo do movimento migratsrio ‘e combate & imigragfo ilegal, a0 abrigo do disposto no mi- ‘meto 1, do artigo 178da Consttuigio da Repiblica,a Assembleia dda Replica determnina: CAPITULO 1 Disposic6es Gerais Agnico 1 (Object) A presente Lei estabelece 0 Regime Juridioa do Cidadéo Estrangeiro na Repiiblica de Mogambique, fixando as normas de cetrada, permanéncia e safda do Pafs, bem como 0s respectivos direitos, deveres e garantias Anno 2 mito} A presente Lei aplica-se ao cidadio estrangeiro na Repablica de Mocambique, sem prejutzo do estabelecido ern leis especiais, acordos bilaterais ou multiatersis ou convengdes internacionais ‘de que 0 Estado mogambicano € parte, Agnico3 (Detinigées) Os tennis cexpressdes usados canstam do Glossérioem anexo, que € parte imtegrante da presente Lei, Arnigo 4 (Drretos, deveres © garantias do eldadia estrangetro} 1, Ocidadio estrangeiro que resida ou se encontre legalmente em territério nacional goza dos mesmos direitos ¢ garantias fixados na lei ¢ estd sujeito aos mesmos deveres que 0 cidadio mogambicano, com excepgio dos direitos civis, politicos e demais direitos ¢ deveres expressamente reservados por lei a0 cidadio nacional 2. Siio deveres especiais do cidadto estrangeiso em teritério mogambicano 0s seguintes: 4) respeitar a Constituigéo da Replica; ) respeitar e cumprr a lei e ordem pailicas 6) declarar a sua residénei; 4) comumicar a mudanga de domictlio; 2) comunicar, de imediato, a perda ou extravio de documentos; J) fomnecer elementos do seu estatuto pessoal, quando sofram alteragdes ou sempre que seja solicitado pelas autoridades competentes, Anco 5 (@ocumentos emitdos para cidadio estrangelro) © Servigo Nacional de Migragtio emite, a favor do cidadio estrangeizo, os seguintes documentos; 42) autorizagio de residéncix; +) autorizagio de permanéncia no exterior; ©) cartio de cireulago para marinheiros; ) certficado de emergéncias 2) comunicado de despacho;, J declaragao de saida; 'g) documento de viagem para refugiado: 1) depdsito de documento; 2 visto de entrada 2730— (20) Awrioo 6 (Bocumento de viagem para refugiade e validade) 1, O refugiado a que se refere o disposto no pardgrafo 11, do anexo da Convengio de Genebra de 1951 ¢ seus protocotos, assim como os abrangidos pela Convengqo da OUA, podem obter ‘documento de viagem. 2. O documento de viagem para refugiado é individual ¢ tem a validade de dois anos. CAPITULO IL Entrada e Recusa de Entrada no Territério Nacional sBcgao1 Envada ro terre nacional Axrico 7 (Local de entrada) 1, Acatrada do cidadtio estrangeiro no territ6rio nacional éfeita pelos postos frontciricos,oficialmente estabclecidos para ocfeito. 2, No momento da entrada, 0 cidadio estrangeiro esta sujeito ‘05 procedimentos migrat6rios das autoridades competentes, de entre outros previstos na lei, AKTIGO 8 (Requisitos gerats para entrade) 1. Bexigido para entrada do cidadao estrangeito, no teritério nacional, qualquer dos seguintes document «1 Passaporteou documento equiparado, com vaidade nfo inferior a ses meses; 6) Centifcado de pilotagem ou de tripolante, quando em Servig, nos termos a Convenco sabre Aviagao Civil Internacional do Direito Maritimo om vigor: ) Cart de tesidente Fontcrgo ou Passe de travessia pra ciretlagao nos limites periodos estabelecidos pelos acordos sobre circulagdo de pessoas, de que 4 Replica de Mogambique é pate: @ Outros docuraentos extabelecidos em convengies ‘on acordos internacionais de que # Repiiliea de Mogatnbique€ pane 2, Ao titular de documentos referdos n alin @), do ntimero 1 do presente artigo, para & sua entrada no teritério nacional 6 exigida « apresentagio de visto de enteada emitido pelas entidades mogambicanas competent, slvonoscasosde acordos de isengao de vst. 3.E, giclmentc, xiv ao cided estangeiro a apresentagio se meios de subsstneia, nos termos previstos no antigo 9 da presente Lei Agniao9 (WMeloe de subsistincia) 1, No act de entrada, o cidadto estrangeiro deve aprescitar ios de subsisténcia para suportar as despesas de alimentagio, alojamentoe outras que se teputem necessérias durante 0 perfodo dasa permangncia no terttGrio nacional, bem como para suportar fa viagem de regresso ao pais de proveniéncia, nos termos do Regulamento. 2. Pode ser dispensada a aprosentagio dos meios de subsisténcia ao cidadio estrangeito que prove ter alimentagio e alojamento garantidos, mediante apresentagiio de termo de. responsabilidade, emitido por cidadio nacional ou estrangeiro residente no territ6rio nacional SERIE — NOMERO 251 3. A accitagio do termo de responsabilidade pelas autoridades ccompetentes depende da prova da eapacidade financeira do ‘cidadiio que emite o documento e inclui a obrigagdo de assegurar ‘alimentacio, alojamento ¢ epatsiamento do cidadaoestrangeiro, ‘caso seja necesstro. seoghou ‘eeausa de entrada no terriie nacional Agriao 10 (Recusa de entrada) 1. 8 recusada a entrada em territério nacional ao cidadio cestrangeiro que: @) apresentar passaporte ou documento de viagem equiparado, que nfo seja vilido para a Repdiblica de Mogambique; 4) apresentar passaporte ou documento de viagem ‘equiparado com o prazo de validade expitado ou inferior a seis meses; ©) apresentar passaporte ou documento de viagem ‘equiparado rasurado ou com indicios de falsificagio; 4) soja portador de visto de entrada concedido, sem a “observiineia das condigSes estabelecidas na presente Lei ou inadequado aos objectivos da sua estadia em tervitério nacional; 6) apresentar passaporte ou documento de viegem ‘equiparado alheio; ‘P conste da lista de interditos de entrar na Repablica de Mocambique; ‘8) constitua perigo ou grave ameaca para a ordem pablica, seguranga nacional, sade pablica ou para as relagdes internacionais, nos termos da Politica Externa da Repiblica de Mogambique; 2) enka sido multado em ocasides anteriores por violagio das leis migratsrias e no tenha pago a respectiva cvultas {) nao posstia meios de subsisténcia comprovados: {yao apresente bilhete de passagem de retorno ao pats de proveniéncia; {8 seja menor de idade e no esteja acompanhiade por quem ‘exerce o poder parental ou sem a autorizagdo expressa deste, nos termos da lis 1) desconltega 0 local de hospedagem. 2. A recusa de entrada com fundamento em razies de satide piibliea, s6 pode basear-se nos instrumentos aplicéveis da Organizagao Mundial da Sade ou em outras doengas objecto cde medidas de proteceio em terrt6rio nacional, deeretadas pelas autoridades de saide. 3. 0 cidadio estrangeiro a quem for recusada a entrada em territério nacional, fica colocado sob custédia dos servigos de jaglo, em centro de retengio temporéria, enquanto nao for reembarcado para o pafs de proveniéncia 44, Quando a recusa de entrada so fundar na apresentago de passaporte ou documento de viagem equiparado falso, falsticado ‘ualieio este 6apreendido e remetido is autoridades competentes do Estado supostamente emissor, pela via diplomética. Arrigo 11 We 1. A recusa de entrada é imediatamente comunicada ao interessado e, posteriormente, a representagio diplomatica ou consular do seu pats de origem, ago da recusa de entrada) 29 DE DEZEMBRO DE 2022 2. Arecusa 6, ainda, comunicada, de imediato, transportadora para efeitos do disposto nos artiges subsequentes. secchom RResponsatildade dae tansporadraa Arrigo 12 (Obrigagées das transportadoras) 1. As transportadoras que transporter cidadio estrangeiro ‘que nif retina condigdes que o habilitem a entrar no territério nacional sao obrigadas a garintir 0 seu retorno, no mais eurto espago de tempo possivel, para 0 ponto onde este comegou ‘utilizar 0 meio de transporte. 2. Enguanto nfo ovorrer 0 reembarque, as transportadoras si0 sujeitas ao pagamento de despess de alimentagao e assisténcia que se reputem nevessétias. 3, So ainda da responsabilidade das transportadoras, as despesas rlativas ao repatriamento do cidadto estrangeiro, 4, Sempre que se justifique, 0 repatriamento do cidadio cestrangeito pode ser efectuado sob escolta de membros do Servigo Nacional de Migragio, sendo as despesas integralmente suportadas pelas transportadoras, 5. As despesasreferidas nos nimeros anteriores sio igualmente imputdveis A pessoa singular que transporte cidado estrangeito que nfo reine condigées para entrada no territério nacional. Axniao 13 (Transmissio de dados) 1. As transportadoras cujo destino seja a Repiblica de ‘Mogammbique, so obrigadasatransmiti 20s servigos de migrasto, até a final do registo de embarque, as informagGes relativas 205 passageiros de nacionalidade estrangeira que transportem, 2, As informagies referidas no nimero 1 do presente artigo ddever conter ‘a)0 nome completo do passageiso; ) a nacionalidade; 6) data e local de nascimento; «tipo entimero do documento de viagem utilizado, bem como a data de emissio e validade; £¢)0 niimero total de passageiros; ‘Aya hora de paride ¢ de chegada do transporte; ‘90 ponta inical de embarque. 3. A transmissio dos dados acima referidos nao isenta ‘a transpostadora das obrigagSes previstas no attigo 12da presente Lei CAPITULO Vistos secgaor Diepoaigoos gerais Arnioo 14 (isto do entrada) 1. © visto de entrada ¢ individual ¢ pode ser simples ow éltiplo, 2. 0 visto pode revestir qualquer das seguintes modalidades: 4a) diplométicn: ) cortesias ©) oficial, ) autorizagio de residéncia permanente. 2730— (24) 1 SERIE — NOMERO 251 Area 36 ‘Autorizagéo de residénciatempordra) 1. A autorizagio de residéncia temporiria tem a vatidade de um ano renovavel por igual perfodo, enquanto perdurarem as razdes da sua concessio, 2. Aautorizagio de residéncia temporéria deve ser acualizada sempre quese veifique aalteragio dos elementosde identificagio rela constantes. 3. A autorizaglo de residéncia temporiia cuja vigéncia se prolongue por mais de 10 anos consecutivos, confere a0 seu titular © direito 3 residéncia permanente, desde que se mantenham as, sade que ditaram a primeira concessto, Agrigo 37 (Autorizagho de residéncia permanente) 1. A autorizagio de residéneia permanente & concedida mediante solicitagio do cidadio estrangeiro e valida por cinco anos renovéveis, por iguais perfodos. 2, A autorizagao de residéncia permanente deve ser actualizada, sempre que se verfique alteraglo dos elementos de identiticagio nela constantes, ‘Axrico 38 (Coasapto do direto de resd2ncia) 1. O diteito de residéncia no territério nacional cessa nos seguintes casos: 4) expulsto ou declaragio de persona non grata; +b) no renovagao no prazo de 30 dias a contar da data do termo do periodo da sua validade; «¢) extingo das razties da sua concessio; 4) emissio de autorizacdo de residéncia sem observancia dos requisitos estahelecidos na leis 4) falta de meios de subsisténcia; A) sempre que se verificarem factos que teriam impedido 1 sua concessfo, caso fossem conhecidos pelas autoridades competentes; 18) emissio de termo de responsabilidade, a favor de determinado cidadio estrangeico sem gue esteja em eondigbes de suportar as despesas com estadia e repatriamento deste, caso necesséio. 2. O direito de residéncia cessa, ainda, nos seguintes casos: 4) aus€ncia do terrtGrio nacional por perfodo superior 490 dias, tratando-se de titular de residéncia ternporétia, sem prévia comunieagio, por escrito, as autoridades competentes; ) auséncia do teritério nacional por perfodo superior a um ‘ano, tratando-se de titular de residéncia permanente, sem prévia comunicagio, por escrito, as autoridades competentes. 3, A comunicagio refetida no nimero 2 do presente atigo deve set feita pelo titular da autorizago de residéncia aos servigos de ‘migragéo, explicitando os motivos eo tempo de auséncia, que no deve excedero perfodo da validade da autorizagio de residéncia, CAPITULO ¥ Controlo de Identidade @ Alojamento Axn1G0 39 (Atteraglo de identidade) Qualquer alteragio dos elementos de identificagio ov do ‘statute pessoal do cidadio estrangeiro, deve ser comunicada 10s servigos de migrago no prizo de 30 dias, contados a partir dda data da sua verificaszo, Armco 40 (Goletim individual de Alojamento) 1. Os hotéis, estalagens, motéis, parques de campismo, pousadas, casas de héspedes e similares so obrigados ‘a comunicar a hospedagem de cidadio estrangeiro aos Servigos de Migragdo, mediante Boletim Individual de Alojamento. 2, No Boletim Individual de Alojamento deve conster ‘nome completo de cidadio estrangeiro, estado civil, profissio, naturalidade, nacionalidade, data de nascimento, némero de passaporte, procedéncia e destino, data de entrada e de previstio de sada 3. 0 cidaclio estrangeiro nio residente que se instale em habitacio propria fica responsivel pela comunicagio a que se rofete 0 presente artigo, em relagéo a sua pessoa, &s pessoas cestrangeiras que com cle coabitam, bem como as pessoas singulares que acolhem cidadso estrangeiro, CAPITULO VE Fiecalizagao 1. Compete a0 Servigo Nacional de Migragio, fazer fiscalizagio, no Ambiio das suas fungdes em comboios, ‘embarcagbes ou seronaves comerciais ou de recreio nos portos © aeroportos nacionais, quando se destinem ou provenliam do cestrangeiro, 2. Compete a0 Servigo Nacional de Migrao, fazer fiscalizagio em outros meios de transporte publico ou particular, bem como ‘em qualquer ponto ou local que se julgar pertinent. 3. Para efeitos do nimero 1 do presente artigo, as autoridades ia respeotiva jurisdigto devem fornecer transporte eequipamento pata permitir ume fiscalizagdo eficaz. Arenao 42 (Factihagio das igdnclas e buscas) Os capities © mestres de embarcagSes com destino ou provenientes do estrangeiro, as empresas e agéncias das ccompanhias de navegagio e demais autoridades intervenientes obrigam-sea facilitar as diligéncias ¢ buscas que tenham de ser realizadas, com vista captura de individuos incriminados pelas autoridades competentes ¢ de migrantes clandestinos, Arrigo 43 (Livre acesso) 1. 0 membro do Servigo Nacional de Migragio, no exercicio dda sua fungio fiscalizadora, tem 0 direito a livre entrada nas ‘casas ¢ recintos de espectéculos ou diversio, em lugares onde se realizem reunides piblicas, em locais de embarque, nas salas de _associagties e, em geral, em todos locais de acesso pblico, onde ‘seja permitido o acesso mediante o pagamento de uma taxa ou ‘outro meio ou apresentagio de cartto de identiicagdo. 2. © membro do Serviga Nacional de Migragio tem, ainda, direto a livre entrada nas estagies fluviais, aeraportos, aersdromos, caminhos-de-fetro, nos eomboios, aeronaves, navios sancorados ¢ em locais onde a sua presenca seja necesséria, sem prejuizo das conyengies internacionais, CAPITULO VIL Saida de Cidadao Estrangeito do Tortitério Nacional secaor Salda do Tentrio Nacional Anmo0 44 (Gsida do terrtério nacional) 1A safda do cldado estrangeiro do terrtério nacional faz-se por qualquer uin dos postos fronterigos habilitados, mediante prévia exibicio de um dos documentos previstos no ntimero 1, do artigo 8 da presente Lei e aps o cumprimento das formalidades legais. 2. A safda do territétio nacional pode ser voluntéria ou 3. safda coereiva ocorre por expulsio do cidadiio estrat do tervitsrio nacional, secgaon Expulado Arniao 45, (©xpulsdo adiministativa) 1, Sem prejuszo das disposigdes constantes de tratados ou cconveng6es iniemacionais, b Governo pade expulsar do territ6rio nacional 0 cidadao estrangeiro por qualquer dos seguintes fundamentos: 4) entrada e permanéncia irregular no Pais; ») atentar contra a seguranga nacional, a ondem piblica cu os bons costumes ©) presentciar actividades migratriasilicitas endo denuneiar as sutoridades competentes; 1) praticar actividades migrat6rias ilietas que ameacem (6 interesses e a dignidade do Bstado mogambicano ‘ou dos seus eidadios; ¢)intervir na vida politica do Pats, sem que para tal esteja orizado pelo Governo; ‘fr desrespeitar a Constituigdo da Reptblica e as demais leis nacionais aplicaveis a0 cidaddo estrangeiro; 8) praticar actos que teriam impedido a sua entrada ‘no Pais, easo tivessem sido conhecidos previamente pelas autoridades mogambicanas; fy) ser titular de visto de trabalho e se vincular a outra centidade empregadora diferente da que 0 contratou; 8) fer sido sancionado com multa e nic tenha efectuado © pagamento dentro do prazo estabelecido; D no cumprir a notificagdo de abandono voluntério do tervt6rio nacional, dentro do praao estipulado; 46 ter sido condenado na pena acesséria de expulsio e reentrado inregularmnente no Pa. 2, Cabe sos servigos de migraglo instruir o competente proceso, no prazo de cite dias, sempre que tiver conhecimento do facto que constitua fundamento pars a expulsto. 3, Se durante a instrugo do processo, verificer-se quea matéria fem causa & de natureza criminal, o mesmo deve ser remetido a0 tsibunal competente Arrigo 46 (Wraénela sxpuleo) © processa de expulsio é de natureza urgente 2730— 5) ‘Arrigo 47 (Obrigagaes do cidadao estrangeiro com processo de expulsdo) 1, Enquanto decorre 0 processo de expulsdo, 0 cidadao estrangeiro é obrigado a: 4) dectarar a sua esidéncia e nfo se ausentar da mesma sem rutorizagio dos servigos de migragko: +) apresentar-se regular ¢ periodicamente aos servigos ‘de migragi. 2. Verificando-se o incumprimento de qualquer das obrigagSes previstas no nfimero I do presente artigo, o cidadio estrangeiro Eretido, executando-se de imediato a decisio de expulsdo. Arrigo 48 (Despacho de expulsio) Do despacho de expulsio, deve constar: 4) 0s fundamentos da expulsio; +) a mengio de interdiglo de entrada em teritério nacional, or um prazo nao inferior a 10 anos, Arico 49 (Cimitagtio & medida de expulséo) ‘A oxpulsio nfo tem lugar para 0 pals onde 0 cidadao estrangciro possa ser petseguide por razées politicas,religiosas, raciais ou étnicas, Arrico $0 (Rocurso do deepacho de expulsdo administrative) Da medida de expulso administrativa, o interessado pode interpor recurso a0 Tribunal Administrativo, sem efeitos suspensivos, nos termos da lei, Aamo $1 (Expuleto judicial) ‘Sem prejutzo das disposigdes da legislago penal € aplicada acessoriamente a pena de expulsko nos seguintes casos; 4@) a0 cidado estrangeiro nao residente no Pais que tenha sido condenado, por tribunal mogembicano, por crime doloso na pena superior a seis meses de prisio; +) ao cidadto estrangeira que resida no Pais ha menos de cinco anos ¢ tenha sido condenado, a pena superior a tum ano de pris ©) a0 eidado esirangeiro que resida no Pats, hé mais de cinco e menos de 15 anos condenado na pena superior a dois nos de prisio; 4) a0 cidade estrangeiro que resida no Pais, hd mais de 15 nos, condenado a pena superior a oito anos de prist. Aarico 52 (Competéncia para execuedo da medida de expulsao judicial) 1. Compete aos servigos de migragao a exccugdo da decisio judicial de expulsdo do cidadio estrangeiro do teritério nacional. 2..0 tribunal envia aos servigos de migragto as certides das sentengas condenatérias proferidas em processo-crime contra cidadio estrangeiro 43. A pena acesséria de expulsio & sempre executada mesmo ‘que.o cidaddo estrangeito se encontre em liberdade condicional, 273026) SERIE — NUMERO 251 ‘Arico 53, (Comunicagso da expulsio) ‘Aondemde expulso & comunicada is autoridades competentes do pafs do destino. Arrigo $4 (Despesas com a expuiséo) 1. Sempre que o cidadio estrangeiro aio possa suportar as Udespesus decorrentes da expulsio, as mesmas sto custeadas pelo Estado, 2. Para cobertura dos encargos resultantes da expulsio, sio {nscritas no orgamento do Ministério que superintende a érea da migragio, dowgbes para o efeto, sem prejutzo da utlizagko das, verbas provenientes de outrasinstituigoes. 3. O cidadio estrangeiro cujas despesas de expulsio tenham cocorrido a expensas do Esta e que seja autorizado a reentrar ‘no territério nacional, fica obrigado a reembolsar so Estado pelo dobro do montante despendido. 44. Aentidade empregadora que tenha cidadso esirangeiro em seu servigo, sujlto a medida de expulsio fica obrigads a satisfazer a despesas relativas 8 sua expulsdo. Arnica 55 (ntersigao do sade) 2 imterdita a sada do teritrio nacional 20 quando: 4) haje decisto judicial de interdigho de safda; ) 08 servigos de migragio tenham conhecimento oficial ide que contra © viajante existe pedido de interdigao de saida ou capura emitido por entidade competent lado estrangeiro ‘CAPITULO VIL Entrada e Saida de Menores do Territério Nacional Axniao 56 (Entrada de menores) 1. 0 cidado estrangeiro, menor de 18 anos de idade, quando nilo acompanhado dos pais, s6 deve entrar no terrt6rio nacional mediante autorizagao escrita, com reconhecimento notarial, dos pais ou de quem exerce 0 poder parental reconhecido elas, autoridades competentes, 2.Noscasos cm que 0 menor de 18 anos de idede pretenda entrar ro tervt6rio nacional acompanhado por um dos progenitores, & exigida a apresentagtio da autorizagio, com reconhecimento notarial, expressando o consentimento do outro progenitor em relagio viagem do menor. 3.A autorizagio referida no presente artigo deve estar traduzida na Hingua portuguesa Agno $7 (sida de menores) 1. Ao cidadio estrangeiro, menor de 18 anos de idade, quando no acompanhado dos pais, € permitida a saida do territét nacional, mediante autorizagio escrita, com reconhecimento ‘notarial, dos pais ou de quem exerce o poder parental reconhecido ppelas autoridades competentes. 2. Nos casos em due 0 menor pretenda sair do territério nacional acompanhado por um des progenitores, & exigida a apresentagio da autorizagto, com reconhecimento notarial, expressando 0 consentimento do outro progenitor em relagio & viagem do menor: 3. Aantorizagio referida no presente artigo deve estar traduzida na lingua portuguesa Averiao 58 (Recuse) [Nos casos em que for recussala a entrada no Cerrito nacional da pessoa a quem o menor de idade esteja confiado, essa medida estende-se, igualmente, ao menor e vice-versa ‘CAPITULO IX Infracgdes Migratorias e Sang6es Axrio9 59 AUnteacges migrate 3) Constituem infiacgses migratérias as seguintes: «) entrada e permanéncia iregutar no Pats; ‘uso de documentos falsos ou falsificados; £6) uso de vistos falsos ov falsificados:

You might also like