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Os textos poe- ticos—e neles incluo muitos dos textos fundacionais das mitogonias ¢ das religides, como € 0 caso da Biblia ~ sa os textos mais perduré- veis, mais vivos ¢ mais fecundantes, de todas es culturas ‘Nao se pode ensinar a lingua s¢ a a ar a poesia sem o estiide da lingua. A gramitica, 4 ica, trés artes fundamentais da cultura e da escola do Ocidente, 1 indissocisbilidade da filologia romantica e pés-romant gua histérica, e a poesia em quadros tebricos ¢ metodolégicos di ta, pelo Formalismo russo e pelo Estrutu grande parte da Linguistica contemporsinea, em gerativa ¢ a Linguistica derivada da uma cisRo terrivelmente empobrecedora ent reduzindo a lingua a uma esfarrapada manta de te! © rasamente seméntico-pragmiticos e perdendo de todo 0 mento da lingua como energeia discursiva, como produtividade text como modélagdo do mundo ¢ do homem e como epifania das potén- / is, dos woos e das funduras da fantasia e da imaginagao, TESE TL Em todos os segmentos do sistema educativo, desde 9 1. ciclo do ensino basico até ao ensino secundario, o texto literario nao deve ser considerado como uma 4re& Apehdicular on como wma area periferi- _, camente aristocratica da distipline de Portugués, como uma espécie @ de quinta senhorial ida nos arredores da grande cidade da leo da disciplina de Portugues, como a praga SW Manistee por excelencta da, mentZs, onamento da eriatividade da lingua portuguesa TESES SOBRE 0 ENSINO DO TEXTO LITERARIO NA AULA DE PORTUGUES 25 Quando digo «mticleo» ¢ «praga maior», estou a afirmar obvia- mente a necessidade de estudar, nos diversos segmentos do sistema educativo, outros tipos ou outras classes de textos, numa polifonia, fe © contrastiva, de vozes, de estratégias e de arquitecturas discursivas. Retomando ¢ afeigoando ao meu propésito e argumento direi que, na cidade da lingua, os avenidas e os largos as pracetas de elegante e discreto remanso, affuem & praca maior», talvez 0 tnico lugar possivel de encontro, de cruza- mento e de mescla, das variedades diatopicas e diastriticas do tecido linguistico da urbe. TESE 11 Os textos literdrio lidos e estudados na disciplina de Portugués do ensino basico e do ensino secundirio devem ser eso em consideragao os estadios de desenvolvimento ling fico, cognitive, cultural eestético dos alunos, mas davem ser sempre textos de grande qualidade txpressdo, texos candnicos: textos modelares pela utlizagao 4 portuguesa, pela beleza das formas, pela densidade semi inalidade, pela riquera e pela lade diacronicas e sincrénicas dos gostos, hé que escolher sa ler ea estudar. ideia de que, ao longo dos trés anos do iam scr estudados o que denomino nicleos de ‘sejam inequivaca- mente reconhecidas no campo da literatura portuguesa, e que sejam adequadamente representativos dos diversos perfodos ou estilos epo- cais © dos diversos modos, yéneros ¢ subgénero: Reconhego que o conceito de cénone literdrio, presente na expresso ¢ na ideia de «mnicleos de textualidade canGnica», pode gerar ‘siusuepeigyy nba tas uronsp awayuoues apepyemyxar ap soojanu 60 ‘Opus OuIsue Op esonmAog BANAT] ap seitieaFoxd SON ‘equsuniod asiqgue op ‘SeortIngh se ‘seotFofopoiou seiBax se ‘sopezyteroadsa sazaqes so ususdstp ‘opt seu ‘ofasop 0 2 oySoue & ‘apepifiqystias ‘oRSmim ¥ “wDUe8t{ ‘OMIT B anjont2-05 OLpADy| ORGY Op EOANQUOULIOY y TEAK! wroseLa 8 ‘eoqoosap ep ogiowa © 2 oLpIStUE o -yrANSap {IDS SPUL ‘RSuEaNAoe wioa razeyred ureyjuttad anb ovsusaadwos 9 as][pav ap soquoumaastAt 9 sarages ‘[ennxe1 ojdiid op off1ej oF 9 soru ‘oprmbpe opus seu ‘oreay ov aides ressariar 9 092) op anuivg “OP} eped 9p ophuas op opsnay -suoo v wipquivy wsouofix steur 2 aqueUIosey syeur ‘w>qa steuE teMIO} Tred joude 2 jaxysuadsipur ouros eperspisuos onzxaysunn oBseULIOsU sun 9 vpynpoid 0s viongp ‘soxxay souudord sop seanpuidead ‘SeOLpIaL ‘steqIan seIMNNSs sex OPSETUDISHS ‘9p coppNu> eped ap anied y ‘omsow 15 jalyka ouisurHs20K3) WIN B AS-TeUYNOD WDA ]OudA Bunjos vUM oquELod 1od 9p seuvaBod SQ [oongIs9 01s08 0 eonps “as onb 9 sozorr9] wreunioy 9 woznpas as anb ~ er -peaflop 2 voneienbse ‘vangjanbso euin ap ousus 0 W09 9 ov! -aigos ‘9— wuIRIONT eLOISIY Lp OUISKID o MOD 9 CEN -aABATY | sunssod urasap oypunoas aU!sti9 re ap eissod & no wmaxie4 O19 ap soURMIOS OF > 2s>x0PEAOn eIsaod P opsap "esannyiod empeiory wp eLOISTY wp aytaRURIge OUstI9 © 2oduxy ap wextap ‘seaiy sesteMp Seu ‘OLEpUNdas ouysa ap sgnsm “sod ap seurexBoad so onb ‘oytozm syoumornaderos 9 ‘o3ta83n “syepos-oorzp) sty SOmvan -uo9 So W092 sopeay sopoyrad so wos “wmyeIeu ep > enuy ep vUUgISTY E WiOD saoSelnoTTe 9 saoSejauios stanzsuedsIpUY no STaAPULAS oor sv orsenioajo 98 anb seanqnunso sessop opdeziiofea ep 2 opdeiosd -sx03u ep ‘25119UL Up “oBStzDeep vp sTuRd w pAas 9 tasez4 ap osseo0xd op olstny 0 49s anap “ -sy[nsa ‘seoragror ‘syeazioy sean} IASUOD ‘reNoAEd WIS ‘SOLIBIAN SOqxD) SO 9 ‘[2198 lwo ‘sorxa} so ‘sUINBoSUOD sod ‘9 IMIBIoNT eEN'> ENSUE eH ASSHL ira Sanon.iod 2a VInY WN ont OLX@L 09 ONISNa O 8460S S3S@ ‘opeiodsasap “neaq ouistoaqe9 un wurBord un > ojsuRpusgs oymur sqepos 2 sean ‘seo129f woo ‘osospurjaut 2 ox2qdaio> SqusuareRoned oR uM 9} ‘DIUTe EP sagsinauoD 2 Ssoxted Sep OL oupja uin war ‘sopyASHY eUySUD oMIOD ‘euEANY ® SorxoxI0y sop ‘soiuauityos sop wood ogdewUaseida1 y “sod -wat SO sopoy ap eiT]eIOHI] ¥P SosioAIOd 9 Sind ‘sootiign ‘sonquTOS sosraayun so ‘e3stustido aquaumeananbayes ejBodepad wun 9 ‘sequaasajope 9 suanof sov se1]n20 9p OpSEIUa} BUD aKop 38 ODN TelD0s assep> eumyuou v ‘s15) oENbUA ‘wauenied OBL s00)S5D]9 Sox -oine 80 ‘steloos sodii3 sop 2 sassp[o sup sustnay[> se apuaasiren amb yed29 thn ¥ Oss30¥ O "TeuNSEs NO TOUTFLUNY Se Woe 9 WOH LI0 sens sep aped v ‘sopoi & opueuopuodosd rajLUOP aysou uIgqUIE) seYUOdUIDsap axap jeanne sajap. Suna Seip sossour sou ‘ojduiox9 0d ‘sour sorxer woo soups yssod sep o4uot “aoxde openbope ‘saquaos9[ope sop 2 stisnof sop ‘siSUELi sep ozSeanpo eu joded un xequadurasap a2p ‘epeaunjap syn ealnoedsiod wu ‘re iF wo OHIBISiEf OIA © opuay 2p wurjdiasip v ‘onrppunoes outst op ‘oujsu2 op o8u0] oy ALaSaL, ‘opejndyuvu ayuauTea(sojoapt 9 es “opeysoy ‘[paouir oysouos um ows opmnnsuod 10} o%t -SIpur ouisaur 9 opuna9y 9 suowps ap oysouc> 0 eImeIMIy| wp OUISUD ‘ou anb *eixepor ‘osuag “Wepi0 LUBA ap sosUASSIp se 9 SAPEPINIY!P voupiona ve 28 buaceiricn representativos dos diversos estédios da historia di tura, Quando digo «equilibradamente excluir evidentemente hiatos, rasgées ou vazios, quer em uni cronolégicas relativamente bem deli rios, quer em entidades com front as épocas ¢ os periodos literérios, visto que tais vai hiatos tomariam opaca ou mesmo impossivel a compreenséo da dis mica dos processos histérico-literdrios. Todavia, quando digo «equili- bradamente representativoss, também néo estou a advogar qualquer critério aritmético de igualitaria reparticao diacrénica dos «nticleos de textualidade canénica». A representagio equilibrada deve assegurar a compreensio da mencionada dindmica, mas deve também, e princi- palmente, manter uma rela¢do de proporcionalidade com o valor reconhecido € atribuido 20s autores © aos textos (a referéncia a carione implica a referéneia a valor) quer razio impeditiva de que tais contempordinea ~ desde o Romantismo até 20s nossas dias -, em espe- cial no que diz respeito aos programas destinados aos ‘reas de Ciencias Exactas e Natu programas, sem descurarem a art qualquer programa teratura Portuguesa -, devem conceder sobretudo relevancia as dimensoes antropolégicas, éticas © sociais « da literatura, de modo a enraizar e a fazer Hlorescer nos alunos uma “ formagdo humanistica que dialogue, como sabedoris, com a sua for- magio cientifica e teenolégica. © modelo de programa de Literatura Portuguesa que proponho para o ensino secundario tem fundamentalmente os seguintes objecti- vos: reduzir a extensio dos programas; diminuir a massa de infor magi histérico-iteraria a transmitir e a decorar; formar leitores que leiam com gosto, com emogdo e com discernimento, na escola, fora da escola e para além da escola. Se se quiser, um modelo de programa com o abjectivo de formar leitores para a vida, no sentido plural desta expressio: leitores para toda a vida e leitores que buscam nos textos Iiterarios um Conhecimento, uma sabedoria, um prazer e uma conso- « l\e" lacao indispensaveis a vida. TESES SOBRE 0 ENSINO DO TEXTO LITERARIO NA AULA DE PORTUGUES 29 TESE VI £ importante que, desde 0 3.° ciclo do ensino bisico e ao longo do ensino secundério, se preste a devida atengao as estruturas formais rio relevam dos modes, dos géneros € ue as determinagoes e os condiciona. sio Factores relevantes para a didéctica do texto) 4 , por exemplo, nao pode ser estudido & luz de! { interpreta. tivo deve ser sélida, rigorosa e coerentemente apoiado na forma do texto, na forma da expressio e na forma do contetido, e na informacao ica, literéria e cultural do leitor, mas nao é cientiReamente determinavel. Ler e interpretar um texto literério é um acto critica, ou seja, € um acto que envolve e comporta hipsteses e jutzos que ndo si0 cientificamente controlaveis. Por isso mesmo, nfo ha. uma interpre tagio ne vgrifur de um evdrio, o que nio significa que toda e a. ¢ admissivel e que nao existam qualquer interps eritérios para di as interpretages fundamentadas das inter~ pretagies forgadas, saher tragar TESE VT A leitura e a interpretacao dos textos literérios devem ser para os alunos uma viagem guiada pelo professor com seguranga, mas com delicadeza ¢ com discrecao, de modo que o aluno seja efectivamente um leltor com identidade propria, isto é, um leitor que 18 com a.sua Meméria, a sua imaginagfo, a sua a suas expecta tivas ¢ 08 seus conhecimentos linguistices-literavios. E necessério que as eiog88 ~ a alegra, a tristeza, a angista, a piedade, a indignacto, Aa warersk - ‘euiod wie sapasitea Zon ia exmna} wjad 38 HOUT ojed opossioouy ‘sopar8os snas 50 20 ptsaqtoa ss apod 98 0 9p eueraqos euLioy UN 9 eUrSOd WIN I92}q , | serepode as o1swesos0UNe >[9p 0) P a wopsnu opsuny eum weyuoduiasap seMBentis sop 3 SEAT EA Sep ‘sequys sep ‘ssitieostioa sup ‘Si8iFon sep OST} orsox o “est 3 "odio anb tro jason apepreiddion eum end oe uoaude 9 opeuorodaaiad onva[qo win 2 26 ‘o4Li0s0 oxrp : aahdI089 op o7808 0 3 ofasap o sounye sou seanuaout 9 azenpur anap serandhioquy 3 29] 3 dui v "9 09st ‘filour -v5RFOd opewayio 28 so1zps04g| sovxa> Sop OphIs9 © aKap ‘OUISOU OSSt tog “vies enBiuy ep sagSeisoytuvur sesoiosia stour se 9 sexajaio> 12q SIE se OBS soLpIOIT] SONI sOpuE!B so ‘suONISITNSI 9 svowigiar semynuisaox9]U Sens Seu 9 seap|sodiios-oOTt99) SeIMIAN “So0x2tUH sens SEN “SOILED oquoworreuUopard ‘sojns9s ou 2 aTUIA |p eoI99 YY apsap ‘ORS aUaPI“g OU SO_PADIT| SOIKM SO XaSaL y apepyTEN ens e soRKD} $0 wos d ep 9 votive ep “earisiBuy vp ‘eonbuiGss wp sreyuurepuny 203 ‘wipod Aiypunsos oursue ou opnra3qos 2 O0189q OUISHD Op OIDID .'¢ ON “SOWK>) SO ION soLNIE sop oBSelar vu Lopeaseaap onjaja um yiar serBofoUtunID) ste ap ovSegur e anbiod “epupunowod woo oyerqng ‘seupeN 9 seonsmnuy) suesensurpeour sep wiBojourtmia w sozEr oD 9 wzaivia woo ‘erUOUID: 198 anap ‘SoLIBroMT sox Sop OBSEIaUdE xT asaL Ie sqnongiog sa vinv my onepsair ouxat 00 ONISn 0 RABOS Sasa ‘opunur o8"9 Wosng y sot uohu weisneja sou M mys =ID1Uf OFo[pIp 0 59 UIE }IN) OBUE BOSSI, opueuioy no eg no ap 2 sosod sono. ap seanyno se Woo oo[eIp ou ‘JpxpururieyuT osszo01d wnU ‘opt -sejd rea 28 ovseu (s)0 wos ofo(mp ‘oxstid wun 110 Bape ‘seamgyna sexjno 9p woo aaitep19 OBopIP op 42M] ou so ap sopteg ap no wirauag igo & ai ‘uipu0d "wosaiopeao. ep viougaoxs Toil Sansa 0 lain 9p ‘vam vin op EIMUEAe ¥ 2 OUNSEP oF [PHLOWAUI OBSeRy uns upd 2 esendnuiod enBu © “eisia ap soquod so sopor gos “wey > wreyeaujor ‘uZyIN OUD opoU! ojad ‘soupION| SOKM SO) IMA ASA ‘1ua9s9[Ope op 2 uraao! op ‘eduer19 ep oSeonpa w umd sopepiueumy sep sagSinguniues sesoljea stew) sep pum mmypsHo ‘semp@roonsmauy] seatioy sed opeypour ‘sagsous sep 2 ovzas ep ontiomiayiy ossanoad sq “e15U 9 PATH wp Jone OL RGU orxa1 ofad sopejadiazur ovs 2on!9| op Saiofea so.9 siSuain se

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