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Dessensibilização Sistemática na Terapia Cognitivo-Comportamental para


Transtorno de Pânico

Conference Paper · April 2019

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Antônio Gabriel Araújo de Medeiros José Antônio Spencer Hartmann Junior


Faculdade Frassinetti do Recife Universidade de Pernambuco
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Dessensibilização Sistemática na Terapia Cognitivo-Comportamental para Transtorno de
Pânico

Autores Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros 1, José Antônio Spencer Hartmann Junior 1
Instituição 1 UPE - Universidade de Pernambuco (Avenida Agamenon Magalhães, S/N Bairro de
Santo Amaro, Recife, Pernambuco, 50100-010)

Resumo

Introdução

O presente trabalho discute um caso clínico de um paciente em quadro inicial de Transtorno de Pânico (TP). O mesmo foi
submetido a Terapia Cognitivo-Comportamental, sendo utilizada como principal técnica durante as sessões a
Dessensibilização Sistemática (DS). OGS é um Jovem de 22 anos do sexo masculino, universitário de um curso na área de
engenharia. Não faz uso de álcool ou outras drogas. Reside em casa própria na região metropolitana do Recife com os
pais e uma irmã mais nova. Concordou previamente com a apresentação deste trabalho assinando um TCLE. Não fora
recebido incentivo por agência de fomento.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi identificar a aplicabilidade e eficácia da DS como ferramenta clínica no tratamento do TP.

Método

Trata-se de um recorte de 10 sessões, sendo a DS tilizada da terceira a nona, combinando estímulos que geram
ansiedade com um contracondicionamento, que vão de relaxamento e imagens mentais ao enfrentamento da situação
simulada. Essa experiência serve de preparação para o enfrentamento real. Tal técnica gera níveis de ansiedade próximos
aos do evento real, proporcionando gradual perda da sensibilidade ao estímulo aversivo. A partir da entrevista inicial,
observação e do uso da Escala de Ansiedade de Beck (BAI), somaram-se a Psicoeducação e o Registro de Pensamentos
Distorcidos

Resultados

Os principais sintomas apresentados e percebidos foram: pânico noturno, taquicardia, medo da morte, medo de perder o
controle e indigestão. Uma lista de hierarquização de situações foi construída e a DS trabalhada em cima destas, da mais
forte a mais fraca. As situações foram: pânico noturno, conversar sobre o tema “morte”, resolver questões burocráticas
relativas a morte de sua tia, viajar com a família, e ir à aula. Foram criadas estratégias com imagens mentais, relaxamento
e suas combinações com o enfrentamento simulado. Utilizando a BAI como parâmetro, a pontuação antes do início da
primeira DS foi 31, atingindo zero na sétima e nas três posteriores sem o seu uso. Após o fim das dez sessões, o processo
psicoterapêutico seguiu.

Discussão

Através da apresentação das sessões onde ocorreram as DS’s, é possível observar seu potencial de remissão de
sintomatologia ansiosa. O cliente é, a partir da técnica, fortalecido e preparado para enfrentar situações ameaçadoras
presentes e futuras, promovendo também insights que possam prepará-lo para situações após o termino da terapia. Até o
fim de sua permanência na terapia, OGS havia conseguido enfrentar a maior parte dos medos que elencou. A DS pode ser
um dos caminhos para o tratamento do TP, visto que auxiliou na redução dos sintomas no espaço de dois meses. É
necessário do terapeuta sensibilidade para lançar mão dessa ferramenta no momento certo e um alto grau de empatia para
compreender o sofrimento vivenciado no momento para melhor conduzi-lo.

Palavras-chaves: Terapia Cognitivo-Comportamental, Transtorno de Pânico, Dessensibilização Sistemática, Caso Clínico

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