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Apresentação Trabalho Digno
Apresentação Trabalho Digno
(i) pelo menos 78% da população entre os 20 e os 64 anos deverão estar empregadas até 2030
(ii) Pelo menos 60% de todos os adultos devem participar anualmente em ações de formação
(iii) O número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social deverá ser reduzido, em pelo
menos, 15 milhões
Agenda do Trabalho Digno
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1. Agenda do Trabalho Digno
Em Portugal, o Governo e os Parceiros Sociais celebraram o “Acordo de Médio Prazo de
Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade”, que tem como prioridades:
(i) A definição de uma trajetória plurianual de atualização real do salário mínimo nacional, de forma
faseada, previsível e sustentada, evoluindo em cada ano em função da dinâmica do emprego e do
crescimento económico, com o objetivo de atingir pelo menos 900 euros em 2026;
(ii) A criação de um quadro fiscal adequado para que as empresas assegurem, a par da criação de
emprego líquido, políticas salariais consistentes em termos de valorização dos rendimentos e de
redução das disparidades salariais, centrado na valorização dos salários médios;
(iii) A valorização da negociação coletiva, através da sua promoção na fixação dos salários, na
atualização das principais convenções coletivas de trabalho, com o objetivo de implementar
sistemas de progressões e promoções, promovendo a melhoria da qualidade do emprego e dos
salários;
(iv) A valorização do rendimento dos mais jovens, num esforço partilhado entre empresas e
Estado;
Agenda do Trabalho Digno
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1. Agenda do Trabalho Digno
Áreas temáticas de intervenção:
A. Valorização dos salários: (adicional salarial e aumento da RMMG);
B. Jovens: atração e fixação de talento: (ex: aumento do benefício anual do IRS Jovem;
criação de programa anual de apoio à contratação sem termo de jovens qualificados com
salários iguais ou superiores a € 1.320,00);
C. Trabalhadores: rendimentos não salariais (ex: atualização em 2023 dos escalões do IRS;
evolução para um sistema de retenção na fonte que garanta que as valorizações salariais
se traduzem em ganhos líquidos; criação de um Incentivo de Regresso ao Mercado,
direcionado a desempregados de longa duração, permitindo acumular retribuição com
subsídio de desemprego parcial (aguarda regulamentação); aumento da remuneração
por trabalho suplementar a partir das 100 horas anuais; atualização do valor de isenção
do subsídio de alimentação; aprofundar a progressividade do IRS; aumento da
compensação por cessação de contrato de trabalho, nas situações de despedimento
coletivo ou extinção do posto de trabalho;;
- Estágios profissionais passam a ser remunerados no mínimo por 80% do salário mínimo
nacional (€ 608,00), garantindo proteção social e seguro de acidentes de trabalho;
- Contratação Pública para fornecimento de Serviços para o Estado, por período superior a 1
ano, obriga a contrato permanente para os trabalhadores;
- Passa a ser proibida a sucessão de contratos para o mesmo posto de trabalho ou atividade
profissional de trabalhador temporário ou contratado a termo, ou ainda de contrato de
prestação de serviços para o mesmo objeto ou atividade, celebrado com o mesmo
empregador ou sociedade que com este se encontre em relação de domínio ou de grupo, ou
mantenha estruturas organizativas comuns, antes de decorrer um período de tempo igual a
um terço da duração do referido contrato, incluindo renovações;
(iii) de 12 para 14 dias por ano, nos contratos por tempo indeterminado.
- Criação de licença parental, em part-time, a partir dos 120 dias, desde que gozada por
ambos os progenitores, aumentando a duração total. Assim permite a possibilidade dos
progenitores, após o gozo de 120 dias consecutivos de licença parental inicial, poderem
cumular, em cada dia, os restantes dias da licença com trabalho parcial, sendo os períodos
diários de licença computados como meios-dias e adicionados para determinação da
duração máxima da licença.
- Aumento do subsídio quando as licenças parentais são partilhadas de forma igual entre
progenitores;
- Alargamento das dispensas das licenças aos trabalhadores que querem adotar ou ser
família de acolhimento;
- Faltas justificadas até 20 dias consecutivos por falecimento de cônjuge não separado de
pessoas e bens, filho ou enteado;
- Faltas com perda de retribuição podem ser compensadas com dias de férias, já não
sendo obrigatório o acordo do empregador;
- Direito a 15 dias de faltas justificadas por ano, para prestar assistência inadiável e
imprescindível, em caso de doença ou acidente da pessoa cuidada;
- Aumento do valor das horas extraordinárias, após a 100.ª hora: 50% na 1.ª hora ou fração,
75% nas horas ou frações seguintes, em dias úteis; 100% nas horas ou fração prestadas em
dia de descanso semanal obrigatório ou complementar, e feriados.
- Novo mecanismo de arbitragem para evitar que existam vazios na contratação coletiva,
promovendo uma negociação dinâmica entre empregadores e trabalhadores;
a) Identificação da entidade empregadora Até ao 7.º dia subsequente ao início da execução do contrato;
c) Categoria do trabalhador ou funções Até ao 7.º dia subsequente ao início da execução do contrato;
d) Contrato: data de celebração e início de vigência Até ao 7.º dia subsequente ao início da execução do contrato;
e) Contratos a termo: data da caducidade (certo) ou duração previsível Até ao 7.º dia subsequente ao início da execução do contrato;
(incerto)
f) Férias: duração ou critério para sua determinação No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução do contrato;
o) Período experimental: duração e condições Até ao 7.º dia subsequente ao início da execução do
contrato;
Informação pode ser substituída pelas disposições da
lei, IRCT ou regulamento interno de empresa.
Destacamento
• O pedido é feito no site da Segurança Social Direta (SSD), e já não através do Mod.
RV.1018/2018 DGSS, pela Entidade Empregadora que destaque o trabalhador por
conta de outrem para países da UE, no menu Emprego > Destacamento de
trabalhadores >TIPO DE PEDIDO: Destacamento Inicial de Trabalhadores por conta de
outrem > Pedir Novo Destacamento.
8- O caráter abusivo da denúncia só pode ser declarado pelos tribunais judiciais, aplicando-
se à denúncia abusiva os efeitos nos n.os 1 e 3 do artigo 389.º e nos artigos 390.º, 391.º e
392.º, com as necessárias adaptações.
(compensação e indemnização com reintegração)
9- Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.os 5 e 6.
Não. O período experimental encontra-se ultrapassado uma vez que este contrato apenas
poderia ter um período experimental de 90 dias. Na data indicada, este período já tinha
recorrido.
Com a entrada em vigor da Lei, ficam suspensas, durante a vigência do “Acordo de médio
prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade”, as obrigações
relativas ao Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (previsto na Lei n.º 70/2013,
de 30 de agosto).
O artigo 38.º n.º 2 do Código Contributivo determina que a obrigação contributiva se vence
no último dia de cada mês do calendário. Assim, ainda que a retribuição não seja paga,
tornam-se devidas as respetivas quotizações e contribuições com referência ao mês a que
digam respeito. Diferentemente do que sucede para efeitos de IRS, em que o facto tributário
só se considera verificado com referência ao pagamento efetivo.
2- Para efeitos do presente Código e sem prejuízo do disposto na Lei n.º 101/2009, de 8 de
setembro, que estabelece o regime jurídico do trabalho no domicílio, considera-se haver
dependência económica sempre que o prestador de trabalho seja uma pessoa singular que
preste, diretamente e sem intervenção de terceiros, uma atividade para o mesmo
beneficiário, e dele obtenha o produto da sua atividade de acordo com o disposto no artigo
140.º do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial da Segurança Social
3- Sem prejuízo do número anterior, o prestador de trabalho pode assegurar
temporariamente a atividade através de terceiros em caso de nascimento, adoção ou
assistência a filho ou a neto, amamentação e aleitação, interrupção voluntária ou risco
clínico durante a gravidez, pelo período de tempo das correspondentes licenças ou
dispensas previstas no presente Código.
• Não obstante a extensão de certos direitos, estes trabalhadores continuarão a ser tratados
para efeitos fiscais e contributivos como trabalhadores independentes.
O aditamento destes artigos ao Código do Trabalho, vem reforçar a defesa dos interesses
socioprofissionais destes trabalhadores independentes em situação de dependência
económica, designadamente através da sua representação coletiva.
a) Os períodos de licença são computados como meios-dias e são adicionados para determinação da duração máxima da
licença;
b) O período da licença pode ser gozado por ambos os progenitores, em simultâneo ou de forma sequencial;
c) O trabalho a tempo parcial corresponde a um período normal de trabalho diário igual a metade do praticado a tempo
completo em situação comparável.
• Para efeitos declarativos à segurança social, deve ter-se em conta que, em cada mês, não podem ocorrer sobreposições
entre a licença parental e a remuneração a que possa haver direito. O diploma da proteção social na eventualidade da
parentalidade será alterado em conformidade com as novas regras legais.
• A incapacidade temporária ou indisponibilidade para o trabalho que dê direito à atribuição dos subsídios previstos no
regime jurídico de proteção na parentalidade dá lugar ao registo de remunerações por equivalência, nos termos do artigo
72.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011.
Agenda do Trabalho Digno
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2.3 Novos direitos na Parentalidade
• O subsídio parental inicial é um apoio em dinheiro concedido por um período de até 120 ou
150 dias consecutivos, conforme opção dos pais.
i) ao dia em que ocorre o parto, se nesse dia havia o dever de prestar trabalho e tal não aconteceu,
ou
ii) caso tenha havido prestação de trabalho no dia do parto, ao 1.º dia em que devia prestar
trabalho a seguir.
Por exemplo, no caso de trabalhadora que exerce funções de segunda a sexta-feira, se o parto
ocorre na sexta-feira depois de prestar trabalho, o 1.º dia de licença é a segunda-feira seguinte,
sendo o subsídio pago a partir dessa data. A entidade empregadora processará o salário até
domingo, inclusive.
- Sim, o pai pode gozar toda a licença, exceto o período exclusivo da mãe e desde que esta
seja trabalhadora. Mas, neste caso, não há partilha da licença parental inicial, não havendo
lugar a acréscimo de 30 dias.
• O período de 30 dias de acréscimo é sempre o último da licença, quer seja gozado apenas
por um dos pais ou partilhado por ambos.
• Mãe (42 dias) Pai (78 dias) Mãe (30 dias) = 150 dias
• Mãe (42 dias) Mãe (48 dias) Pai (30 dias) Pai (10 dias) Mãe (20 dias) = 150 dias
• Mãe (42 dias) Pai (63 dias) Mãe (15 dias) Mãe (15 dias) Pai (15 dias) = 150 dias
• Mãe (42 dias) Mãe (33 dias) Pai (15 dias) Mãe (45 dias) Pai (15 dias) Mãe (30 dias) = 180 dias
• Mãe (42 dias) Mãe (53 dias) Pai (15 dias) Mãe (40 dias) Pai (15 dias) Mãe (15 dias) = 180 dias
• Mãe (42 dias) Mãe (108 dias) Pai (30 dias) = 180 dias
• Mãe (42 dias) Pai (108 dias) Mãe (30 dias) = 180 dias
É obrigatório o gozo pelo pai de uma licença parental de 28 dias, seguidos ou em períodos
interpolados de no mínimo sete dias, nos 42 dias seguintes ao nascimento da criança, 7 dos quais
gozados de modo consecutivo imediatamente a seguir a este.
Após o gozo da licença prevista no número anterior, o pai tem ainda direito a sete dias de licença,
seguidos ou interpolados, desde que gozados em simultâneo com o gozo da licença parental inicial
por parte da mãe.
Em caso de internamento hospitalar da criança durante o período após o parto, a licença referida
no n.º 1 suspende-se, a pedido do pai, pelo tempo de duração do internamento.
Os trabalhadores para assistência a filho ou adotado com idade não superior a seis anos, passam a ter direito a trabalhar a
tempo parcial durante 3 meses, com um período normal de trabalho igual a metade do tempo completo, desde que haja
partilha entre os progenitores- alínea c) do n.º 1.
Se ambos os progenitores pretenderem gozar simultaneamente a licença e estiverem ao serviço do mesmo empregador,
este pode adiar a licença de um deles até ao término da licença do outro progenitor com fundamento em exigências
imperiosas ligadas ao funcionamento da empresa ou serviço, desde que seja fornecida por escrito a respetiva
fundamentação.
Para efeitos declarativos à segurança social, deve ter-se em conta que, em cada mês, não podem ocorrer sobreposições
entre a licença parental e a remuneração a que possa haver direito, mas o diploma legal da proteção social da parentalidade
ainda vai ser objeto de revisão e concretização.
A incapacidade temporária ou indisponibilidade para o trabalho que dê direito à atribuição dos subsídios previstos no
regime jurídico de proteção na parentalidade dá lugar ao registo de remunerações por equivalência, nos termos do artigo
72.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011.
De acordo com a regras em vigor até à data, têm direito a exercer a atividade em teletrabalho, desde que
compatível com a atividade desempenhada e o empregador disponha de disponha de recursos e meios para o
efeito, o trabalhador com filho com idade até 3 anos.
Esse direito estende-se ao trabalhador com filhos até aos 8 anos de idade nas seguintes situações, exceto se for
trabalhador de microempresa:
a) Nos casos em que ambos os progenitores reúnem condições para o exercício da atividade em regime de
teletrabalho, desde que este seja exercido por ambos em períodos sucessivos de igual duração num prazo de
referência máxima de 12 meses;
Com as alterações introduzidas pela Lei n.º 13/2023, de 3 de abril, o direito anteriormente previsto para
trabalhador com filho até 3 anos é alargado a trabalhador com filho, independentemente da idade, com
deficiência, doença crónica ou doença oncológica, que com ele viva em comunhão de mesa e habitação.
• Estas regras são agora alteradas, aproximando-se este regime ao estipulado pelo CIRS para algumas
despesas parcialmente isentas como é caso do subsídio de refeição. Assim, o contrato individual de
trabalho e o contrato coletivo de trabalho devem fixar na celebração do acordo para prestação de
teletrabalho o valor da compensação devida ao trabalhador pelas despesas adicionais.
• Na ausência de acordo entre as partes sobre um valor fixo, consideram-se despesas adicionais as
correspondentes à aquisição de bens e ou serviços de que o trabalhador não dispunha antes da
celebração do acordo a que se refere o artigo 166.º, assim como as determinadas por comparação com
as despesas homólogas do trabalhador no último mês de trabalho em regime presencial.
• Esta compensação é considerada, para efeitos fiscais, custo para o empregador e não constitui
rendimento do trabalhador até ao limite do valor definido por portaria dos membros do governo
responsáveis pelas áreas dos assuntos fiscais e segurança social. Esta portaria não foi ainda publicada
pelo governo.
• Com a nova redação, a falta por 20 dias aplica-se também a cônjuge não
separado de pessoas e bens ou a unido de facto (artigo 3.º da Lei n.º 7/2001, de
11 de maio). Deixa, contudo, de se aplicar ao genro e à nora relativamente aos
quais se aplicará o disposto na al. b): até cinco dias por falecimento de parente
ou afim no 1.º grau da linha reta, com exceção dos incluídos na alínea anterior.
PAI / MÃE
1.º Grau SOGRO/SOGRA 5 dias
PADRASTO/MADRASTA
CÔNJUGE NÃO IRMÃO/IRMÃ
20 dias 2 dias 2.º Grau
SEPARADO DE CUNHADO/CUNHAD
PESSOAS E A
BENS
TRABALHADOR TIO/TIA Linha
Pessoas em SOBRINHOS nada 3.º Grau Colateral
20dias
união de facto ou
economia comum PRIMOS nada 4.º Grau
FILHO/FILHA
1.º Grau ENTEADO/ENTEADO 20 dias
Linha Recta
(descendente)
BISNETO/BISNETA
3.º Grau 2 dias
(do próprio ou do cônjuge)
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2.5 Tempos de trabalho e de não trabalho
Artigo 252.º “Falta para assistência a membro do agregado familiar”
O direito a faltar 15 dias por ano para prestar assistência inadiável e imprescindível passa a aplicar-
se também ao trabalhador cuidador a quem seja reconhecido o estatuto de cuidador informal não
principal, em caso de doença ou acidente da pessoa cuidada.
Artigo 252.º-A “Falta para acompanhamento de grávida que se desloque a unidade hospitalar
localizada fora da ilha de residência para realização de parto”
Passa a qualificar-se como contraordenação grave a violação pela entidade empregadora do direito
do trabalhador cônjuge, que viva em união de facto ou economia comum, parente ou afim na linha
reta ou no 2.º grau da linha colateral, a faltar para acompanhamento de grávida que se desloque a
unidade hospitalar localizada fora da ilha de residência para realização de parto, quando o
acompanhamento se mostre imprescindível e pelo período de tempo adequado àquele fim.
Com a presente alteração, a prova da situação de doença poderá ser feita mediante autodeclararão de
doença, sob compromisso de honra, que apenas pode ser emitida quando a situação de doença do
trabalhador não exceder os três dias consecutivos, até ao limite de duas vezes por ano.
Cumpre referir que a alínea a) do n.º 2 do Artigo 255.º dispõe expressamente que a falta justificada por
motivo de doença, determina a perda de retribuição, desde que o trabalhador beneficie de um regime
de segurança social de proteção na doença.
E, para beneficiar do sistema de proteção social, o legislador obriga a entidade empregadora a proceder
à inscrição do trabalhador na Segurança Social, no período dos quinze dias que antecedem a sua
admissão ao trabalho, como é legalmente expresso no Artº 29º do Código dos Regimes Contributivos.
- As motivadas por falecimento de cônjuge, parente ou afim, nos termos do artigo 251.º;
(ii) as que por lei sejam consideradas justificadas – ex: dadores de sangue,
bombeiros, voluntários, cumprimento de obrigação legal como prestar
depoimento em Tribunal, membros das mesas eleitorais;
- As dadas por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança
social de proteção na doença- caso o trabalhador esteja enquadrado no regime de segurança social
de proteção na doença, e para tanto basta que a entidade empregadora tenha comunicado a sua
admissão à Segurança Social (são remuneradas pela Segurança Social);
- As dadas por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer
subsídio ou seguro – caso a entidade empregadora tenha incluído o trabalhador na apólice de
acidentes de trabalho que é obrigada por lei a subscrever (são remuneradas pela Seguradora);
- As dadas nos termos do artigo 252.º CT- 15 dias por ano para prestar assistência inadiável e
imprescindível, em caso de doença ou acidente, a cônjuge ou pessoa que viva em união de facto ou
economia comum com o trabalhador, parente ou afim na linha reta ascendente ou no 2.º grau da
linha colateral, direito também reconhecido ao trabalhador cuidador informal, podendo acrescer
15 dias por ano, para prestação de assistência inadiável e imprescindível a pessoa com deficiência
ou doença crónica, que seja cônjuge ou viva em união de facto com o trabalhador;
- As faltas que excedam 30 dias por ano no caso da justificação ser (i)
acompanhamento de grávida que se desloque a unidade hospitalar localizada
fora da ilha de residência para realização do parto, (ii) as que por lei sejam
consideradas justificadas – ex: dadores de sangue, bombeiros, voluntários,
cumprimento de obrigação legal como prestar depoimento em Tribunal, membros
das mesas eleitorais.
Lembramos que, nos termos do artigo 238.º, n.º 5, esta compensação só pode ser
aplicada aos dias de férias que excedam os 20 dias úteis, ou a correspondente
proporção no caso de férias no ano de admissão.
• i) 50 % pela primeira hora ou fração desta e 75 % por hora ou fração subsequente, em dia útil;
• ii) 100 % por cada hora ou fração, em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar,
ou em feriado.
(Rm x 12):(52 x n)
O trabalho suplementar é objeto de retenção na fonte autónoma de IRS, tendo em vista desgravar o
efeito da sua adição às restantes componentes remuneratórios. Neste âmbito, o artigo 99.º-C do Código
do IRS contempla as seguintes especificidades relativamente a retenção na fonte de trabalho
suplementar:
i) a remuneração relativa a trabalho suplementar é sempre objeto de retenção autónoma, não podendo,
para cálculo do imposto a reter, ser adicionados às remunerações dos meses em que são pagos ou
colocados à disposição;
ii) quando for paga remuneração relativa a trabalho suplementar, a taxa de retenção a aplicar é a que
corresponder à remuneração mensal do trabalho dependente referente ao mês em que aquela é paga ou
colocada à disposição;
iii) a taxa de retenção autónoma a aplicar à remuneração referente a trabalho suplementar é reduzida em
50 % a partir da 101.ª hora, inclusive.
• Um período que não pode ser inferior a cinco meses a tempo completo, por ano, dos
quais pelo menos três meses devem ser consecutivos;
• A antecedência a que se refere o ponto 1 não pode ser inferior a 30 dias na situação
do trabalhador exercer outra atividade e a 20 dias nos restantes casos.
Um trabalhador contratado em 1 de maio de 2015, com uma retribuição base de € 1.500,00, cuja decisão de despedimento
coletivo vai operar a 30 de abril de 2024, terá direito a receber como compensação pela cessação do vínculo contratual €
5.500,00 ao invés de € 5.400,00 segundo as regras anteriores.
Ao invés de,
Vejamos,
De 1 de junho de 2010 a 31 de outubro de 2012 = 1 mês de retribuição base por cada ano de
antiguidade
Desse período em diante até perfazer o tempo de vigência do contrato de trabalho ou o valor
equivalente a 12 vezes o valor da retribuição base mensal = 12 dias de retribuição até 1 de maio de
2023 e 14 dias de retribuição daí em diante, nos termos da atualização do n.º 1 do artigo 366.º CT.
Além destes direitos, o trabalhador tem ainda direito a receber os direitos vencidos:
- 22 dias de férias vencidas no dia 1 de janeiro do ano da cessação e respetivo subsídio, caso ainda não lhe
tenha sigo pago;
• Para efeitos contributivos, a compensação por cessação do contrato de trabalho no caso de despedimento
coletivo, por extinção do posto de trabalho, por inadaptação, por não concessão de aviso prévio, por
caducidade e por resolução por parte do trabalhador não constitui base de incidência contributiva nos termos
da alínea h) do artigo 48.º do Código Contributivo.
• Em sede de IRS, o n.º 4 do art.º 2.º do Código do IRS determina que estão sujeitas a tributação no âmbito da
categoria A, as importâncias recebidas e emergentes da cessação, por qualquer forma, dos contratos
subjacentes às situações previstas nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do art.º 2.º, ou da cessação das funções de
gestor público, administrador ou gerente de pessoa coletiva, bem como de representante de estabelecimento
estável de entidade não residente, sem prejuízo do disposto na alínea d) do mesmo número, quanto às
prestações que continuem a ser devidas mesmo que o contrato de trabalho não subsista.
• No caso de compensações por cessação de contrato de trabalho, só estarão sujeitas as importâncias na parte
em que excedam o valor correspondente ao valor médio das remunerações regulares com caráter de
retribuição sujeitas a imposto, auferidas nos últimos 12 meses, multiplicado pelo número de anos ou fração de
antiguidade ou de exercício de funções na entidade pagadora da compensação.
Deste modo, estará sujeita a tributação a parte recebida que exceda o seguinte cálculo (al. b, n.º 4):
R = rendimento tributável
I = valor da indemnização
nº anos = número de anos ou fracção de antiguidade ou serviço, na entidade pagadora da indemnização
Trrsi = Total das remunerações regulares com carácter de retribuição sujeitas a imposto dos últimos 12 meses (incluirá a retribuição
relativa ao 13.º e 14.º mês)
15000-12250 = 2750
• Por exemplo, um trabalhador com uma retribuição base de € 800,00, com um contrato a termo
certo que vê verificar o seu termo ao fim de dois anos, ao invés de receber 18 dias de
compensação, calculada da seguinte forma: €800,00: 30 = 26,6666667 X 18 = € 480,00 X 2=
€ 960,00
1- O contrato de trabalho celebrado com estudante, vigente em período de férias escolares ou interrupção letiva,
não está sujeito a forma escrita.
2- O disposto no número anterior não depende da condição de trabalhador-estudante prevista nos termos do
artigo 94.º
3- Sem prejuízo do disposto no n.º 1, o empregador deve comunicar a celebração do contrato ao serviço
competente da segurança social, mediante formulário eletrónico que deve satisfazer todas as exigências de
comunicação previstas noutras disposições legais, assegurando aquele serviço a interconexão de dados com
outros serviços que se mostre necessária.
4- A celebração de contrato de trabalho a termo resolutivo e de contrato de trabalho temporário está sujeita
aos requisitos de admissibilidade previstos, respetivamente, nos artigos 140.º e 180.º, devendo o termo
estipulado e o respetivo motivo justificativo ser comunicados nos termos do número anterior, com menção
concreta dos factos que integram.
5- O disposto no presente artigo não afasta a aplicação de disposições especiais em matéria de participação de
menor em espetáculo ou outra atividade de natureza cultural, artística ou publicitária.
• Sendo este um regime contratual para assegurar proteção social aos estudantes, não depende da
condição de trabalhador-estudante, já que o elemento subjetivo relevante é a condição de
estudante em período de férias ou interrupção letiva, ou seja, trata-se de uma situação laboral
que apenas tem vigência em período de férias ou de interrupção letiva, ao passo que o contrato
com trabalhador-estudante não tem vigência limitada a estes períodos.
Assim, os estágios remunerados sem apoio do IEFP, I.P., por não serem objeto de comparticipação
pública, estão abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 66/2011, pelo que conferem acesso a regime de
proteção social equiparado ao trabalho por conta de outrem.
O artigo 12.º-A, aditado ao Código do Trabalho, determina uma presunção da existência de contrato de
trabalho quando na relação entre plataformas e prestador de atividade se verifiquem determinadas
características.
Entende-se por plataforma digital a pessoa coletiva que presta ou disponibiliza serviços à distância, através de
meios eletrónicos, a pedido de utilizadores e que envolvam, como componente necessária e essencial, a
organização de trabalho prestado por indivíduos a troco de pagamento, independentemente de esse trabalho ser
prestado em linha ou numa localização determinada, sob termos e condições de um modelo de negócio e uma
marca próprios.
A lei consagra expressamente que a presunção se aplica às atividades de transporte individual e remunerado de
passageiros em veículos descaracterizados (TVDE) a partir de plataforma eletrónica.
Esta presunção da existência de contrato de trabalho ocorre quando se verifiquem algumas das seguintes
características:
a) A plataforma digital fixa a retribuição para o trabalho efetuado na plataforma ou estabelece limites máximos e
mínimos para aquela;
Por fim, o quadro jurídico prevê uma contraordenação muito grave imputável ao
empregador, seja ele a plataforma digital ou pessoa singular ou coletiva que atue
como intermediário da plataforma digital para disponibilizar os serviços através
dos respetivos trabalhadores que nela opere, a contratação da prestação de
atividade, de forma aparentemente autónoma, em condições características de
contrato de trabalho, que possa causar prejuízo ao trabalhador ou ao Estado.
O cuidador Informal é sempre o cônjuge ou unido de facto, parente ou afim até ao 4.º grau da linha
reta ou da linha colateral da pessoa cuidada (Ex: filhos, netos, bisnetos, trinetos, irmãos, pais, tios,
avós, bisavós, trisavós, tios-avós ou primos).
Uma vez que este “trabalhador cuidador” não é o cuidador principal, acompanhando e cuidando da
pessoa cuidada de forma regular, mas não permanente, podendo auferir ou não remuneração de
atividade profissional ou pelos cuidados que presta à pessoa cuidada, impõe-se uma especial
proteção para que possa articular a sua vida profissional com o estatuto de cuidador.
Os artigos 13.º, 14.º, 17.º, 24.º, 28.º, 30.º, 32.º e 36.º do Decreto-Lei n.º 235/92, de 24 de outubro,
passaram a ter nova redação, salientando-se as seguintes alterações (republicado como Anexo II da lei n.º
13/2023):
• O período normal de trabalho semanal não pode ser superior a 40 horas (anteriormente era de
44 horas);
• Pode haver prestação de trabalho nos feriados, com o acordo do trabalhador, sendo a sua
duração igual ao período normal de trabalho diário, conferindo o direito a um descanso compensatório
remunerado (e não apenas a “tempo livre”), a gozar na mesma semana ou na seguinte. O trabalhador será
também remunerado pelo descanso compensatório se o mesmo não for viável;
• Os trabalhadores de serviço doméstico não podem sofrer redução na retribuição por motivo do
gozo de feriados, independentemente da forma como a sua retribuição é fixada.
Importa referir que a estas causas de cessação do contrato por caducidade acrescem as previstas
no Código do Trabalho.
Nas demais situações não previstas neste regime, aplica-se subsidiariamente o Código
do Trabalho, conforme clarificado no aditamento feito pelo artigo 37.º-A.
A taxa contributiva relativa aos trabalhadores do serviço doméstico, quando o âmbito material da
proteção não integre a eventualidade de desemprego, é de 28,3%, sendo, respetivamente, de
18,9% e de 9,4% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores. Quando o âmbito
material de proteção integrar a eventualidade de desemprego, a taxa contributiva é de 33,3%,
sendo, respetivamente, de 22,3% e de 11% para as entidades empregadoras e para os
trabalhadores.
Esta norma já teve uma concretização legislativa no domínio fiscal, através da entrada em vigor, a partir
de 1 de janeiro de 2023, do artigo 19.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais, que criou o incentivo fiscal à
valorização salarial e que visa, precisamente, atribuir benefícios fiscais aos empregadores que promovam
a valorização salarial determinada por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho dinâmica
outorgado ou renovado há menos de três anos.
Veja-se ainda a redação do Artigo 28.º “Garantia de cumprimento da legislação laboral”, da Lei n.º
13/2023 de 3 de abril:
1 — As entidades privadas, incluindo as empresas sob qualquer forma jurídica e as instituições privadas
sem fins lucrativos, beneficiárias de fundos europeus de valor superior a 25 000 €, por candidatura, estão
sujeitas à verificação específica da observância da legislação laboral.
1 — No âmbito dos regimes especiais contratuais de atribuição de apoios financeiros com financiamentos
europeus ou nacionais, devem ser obtidas, nos respetivos processos negociais com as empresas beneficiárias,
sempre que pertinentes, contrapartidas em matéria de compromissos e metas para além dos limites fixados na
legislação laboral.
2 — As contrapartidas e metas referidas no número anterior devem constar do contrato a celebrar com as
empresas beneficiárias.
Diga-se ainda, que em caso de reincidência na prática das contraordenações muito graves previstas nos artigos
29.º e 40.º do Código Contributivo (ver artigo 243.º CRCSPSS) e nos artigos 12.º e 12.º-A do Código do Trabalho
(presunção de contrato de trabalho), são aplicadas ao empregador as seguintes sanções acessórias:
a) Privação do direito a apoio, subsídio ou benefício outorgado por entidade ou serviço público, designadamente
de natureza fiscal ou contributiva ou proveniente de fundos europeus, por período até dois anos;
b) Privação do direito de participar em arrematações ou concursos públicos, por um período até dois, assim como
no caso de reincidência de violação dos artigos 12.º e 12.º-A do Código do Trabalho- presunção de contrato de
trabalho.
2 - Os trabalhadores afetos a concessões cujo prazo seja igual ou inferior a um ano podem prestar a sua
atividade em regime de contrato de trabalho a termo, desde que por período de tempo não inferior ao
prazo da concessão.
3 - O disposto no n.º 1 não se aplica aos trabalhadores com contrato a termo de substituição celebrado
nas situações previstas nas alíneas a) a d) do n.º 2 do artigo 140.º do Código do Trabalho.
4 - O disposto nos n.os 1 e 2 não se aplica a trabalhadores que executem tarefas ocasionais ou serviços
específicos e não duradouros no âmbito da execução da concessão.
Foram alterados os artigos 500.º a 502.º foram alterados e aditado o artigo 500.º-A.
Desse modo, a alteração agora introduzida ao artigo 501.º-A permite também que as partes
requeiram a “arbitragem necessária” para evitar o vazio na contratação resultante da falta de
acordo. Assim, caso a negociação não seja remetida para mediação ou nas situações em que haja
mediação, mas esta se conclua sem acordo quanto à revisão total ou parcial da convenção coletiva,
qualquer das partes pode requerer imediatamente a arbitragem necessária, a qual tem por efeito
suspender o período de sobrevigência até à decisão arbitral proferida em sede de arbitragem
necessária.
A arbitragem necessária pode ter lugar durante o período de sobrevigência da convenção e não
apenas após a caducidade de uma convenção coletiva.
Em síntese, vemos que a Agenda do Trabalho Digno introduz um novo mecanismo de arbitragem
que visa prevenir vazios de cobertura de negociação coletiva, mas em situações distintas:
As causas de caducidade são densificadas pelo legislador, clarificando outras situações em que a
caducidade da convenção já ocorre, nomeadamente por:
- Possibilidade de pedir parecer a autoridades ou entidades competentes no âmbito da instrução de pedido de alargamento de
amplitude de horário ou de laboração contínua, nos termos do n.º 6 do artigo 16.º da Lei n.º 105/2009, de 14 de setembro;
- Perante a existência de indícios de ilicitude do despedimento, por incumprimento de requisitos formais ou da verificação de atos
discriminatórios, tem novos deveres, nos termos da nova alteração ao Decreto-Lei n.º 102/2000, de 2 de junho – Estatuto da
Inspeção-Geral do Trabalho:
Consequentemente, e como forma de se efetivar a instauração de procedimento cautelar de suspensão de despedimento, foi aditado
ao Código de Processo do Trabalho:
1- Após a receção da participação prevista no n.º 4 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 102/2000, de 2 de junho, na sua redação atual, o
Ministério Público dispõe de 20 dias para instaurar o procedimento cautelar de suspensão de despedimento.
2- No requerimento inicial, o Ministério Público expõe sucintamente a pretensão e os respetivos fundamentos, devendo juntar todos os
elementos de prova recolhidos até ao momento.
Artigo 5.º “Forma dos atos processuais” Fazemos notar que o novo n.º 2 do artigo 5.º da Lei n.º
107/2009, de 14 de setembro exige que na Decisão final de aplicação de coima, sanção acessória
ou admoestação, proferida através de meios eletrónicos, deve ser aposta assinatura eletrónica ou
outro meio idóneo de autenticação do titular do órgão competente, afastando-se a possibilidade de
assinatura eletrónica simples, mesmo porque neste sentido revoga o n.º 3. Parece defender-se a
prevalência da notificação por carta registada, mas, são introduzidas novas forma de notificação,
nomeadamente através de (i) morada única digital, (ii) sistema de notificações eletrónicas da
segurança social e (iii) caixa postal eletrónica.
De referir ainda que foi aprovada a interconexão de dados entre a ACT, o Instituto da Segurança
Social, a Autoridade Tributária e Aduaneira, o Instituto dos Registos e do Notariado, o Fundo de
Garantia de Compensação do Trabalho e o Fundo de Compensação do Trabalho, a qual terá por
finalidade a prossecução das competências da ACT, designadamente, no âmbito das matérias de (i)
precariedade, (ii) igualdade e não discriminação, (iii) organização, duração e retribuição de tempos
de trabalho, (iv) regularidade das relações laborais e (v) segurança e saúde no trabalho.
As alterações legislativas trouxeram também um alargamento das normas cujo incumprimento se traduz
na prática de contraordenação, assim como o agravamento de outras já previstas, das quais salientamos:
(ii) recurso a outsourcing após despedimento coletivo ou despedimento por extinção de posto de
trabalho;
(iv) recrutamento e colocação de trabalhadores por intermédio de agência que não cumpra os requisitos
legais previstos nos nos n.ºs 1, 2 ou 4 do artigo 16.º do Decreto-Lei 260/2009.- Nova
(ii) Licença, direito a trabalhar a tempo parcial, direito ao trabalho em horário flexível, e dispensa de
prestação de trabalho suplementar por parte do trabalhador cuidador informal;
(vi) Atos proibidos em caso de encerramento temporário da empresa fora das situações de crise
empresarial;
(vii) Aplicação das regras de IRCT da empresa beneficiária de serviços prestados por entidade terceira para
o desempenho de atividades correspondentes ao objeto social da empresa;
(ix) Pagamento da compensação e créditos laborais até ao termo do aviso prévio, em caso de
despedimento por extinção do posto de trabalho;
Responsabilidade penal
Responsabilidade contraordenacional
Para determinação da coima aplicável e tendo em conta a relevância dos interesses violados, as contraordenações
laborais classificam-se em leves, graves e muito graves.
1 - A cada escalão de gravidade das contraordenações laborais corresponde uma coima variável em função do
volume de negócios da empresa e do grau da culpa do infrator, salvo o disposto no artigo seguinte.
2 - Os limites mínimo e máximo das coimas correspondentes a contraordenação leve são os seguintes:
a) Se praticada por empresa com volume de negócios inferior a (euro) 10 000 000, de 2 UC a 5 UC em caso de
negligência e de 6 UC a 9 UC em caso de dolo;
b) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 10 000 000, de 6 UC a 9 UC em
caso de negligência e de 10 UC a 15 UC em caso de dolo.
a) Se praticada por empresa com volume de negócios inferior a (euro) 500 000, de 6 UC a 12 UC em caso
de negligência e de 13 UC a 26 UC em caso de dolo;
b) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 500 000 e inferior a
(euro) 2 500 000, de 7 UC a 14 UC em caso de negligência e de 15 UC a 40 UC em caso de dolo;
c) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 2 500 000 e inferior a
(euro) 5 000 000, de 10 UC a 20 UC em caso de negligência e de 21 UC a 45 UC em caso de dolo;
d) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 5 000 000 e inferior a
(euro) 10 000 000, de 12 UC a 25 UC em caso de negligência e de 26 UC a 50 UC em caso de dolo;
e) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 10 000 000, de 15 UC a
40 UC em caso de negligência e de 55 UC a 95 UC em caso de dolo.
a) Se praticada por empresa com volume de negócios inferior a (euro) 500 000, de 20 UC a 40 UC em caso
de negligência e de 45 UC a 95 UC em caso de dolo;
b) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 500 000 e inferior a
(euro) 2 500 000, de 32 UC a 80 UC em caso de negligência e de 85 UC a 190 UC em caso de dolo;
c) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 2 500 000 e inferior a
(euro) 5 000 000, de 42 UC a 120 UC em caso de negligência e de 120 UC a 280 UC em caso de dolo;
d) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 5 000 000 e inferior a
(euro) 10 000 000, de 55 UC a 140 UC em caso de negligência e de 145 UC a 400 UC em caso de dolo;
e) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 10 000 000, de 90 UC a
300 UC em caso de negligência e de 300 UC a 600 UC em caso de dolo.
1 - Os valores máximos das coimas aplicáveis a contraordenações muito graves previstas no n.º 4 do artigo 554.º
são elevados para o dobro em situação de violação de normas sobre trabalho de menores, segurança e saúde no
trabalho, direitos de estruturas de representação coletiva dos trabalhadores e direito à greve.
Principal
- Mapa de horário de trabalho (disponível e atualizado em cada estabelecimento) – Artigos 215.º e 216.º do
Código do Trabalho, doravante CT); afixação durante a vigência.
- Mapa de férias – Artigo 241.º n.º 9 CT; afixação permanente, entre 15 de abril e 31 de outubro.
- Indicação do Instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho (se aplicável) – Artigo 480.º n.º 1 CT; afixação
permanente.
- Informação relativa aos direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não discriminação – Artigo
24.º n.º 4 CT; afixação permanente.
- Informação referente ao direito de parentalidade – Artigo 127.º n.º 4 CT; afixação permanente.
- Disposições legais relativas a direitos e obrigações do sinistrado e dos responsáveis – Artigo 177.º n.º 1 da Lei n.º
98/2009, de 4 de setembro; afixação permanente.
Secundário
- Alteração do horário de trabalho, caso tal alteração seja de duração superior a uma semana – Artigo 217.º n.º 2 CT; afixação com a
antecedência de 7 dias, ou 3 dias, no caso de microempresas.
- Código de Boa Conduta para a prevenção e combate ao assédio no trabalho em empresa com 7 ou mais trabalhadores - Artigo 127.º
n.º 1 alínea k); afixação durante a vigência.
- Regulamento interno (caso exista) – Artigo 99.º n.º 3 CT; afixação permanente.
- Informação relativa à existência de postos de trabalho permanentes que estejam disponíveis na empresa ou estabelecimento quando
existam – Artigo 144.º n.º 4 CT; afixação enquanto houver postos de trabalho permanentes disponíveis na empresa ou no
estabelecimento.
- Despacho e decisão do Tribunal Arbitral que definem os serviços mínimos, a assegurar em período de greve – Artigo 538.º n.º 6 CT;
afixação após a sua comunicação aos representantes dos trabalhadores e aos empregadores.
- Utilização de meios eletrónicos de vigilância à distância (caso existam tendo por finalidade a proteção e segurança de pessoas e bens
ou quando particulares exigências inerentes à natureza da atividade o justifiquem) – Artigo 20.º n.º 3 CT; afixação permanente.
Principal:
- Acidente de trabalho mortal ou grave – Artigo 111.º n.º 1 da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro; o
empregador deve comunicar à ACT os acidentes mortais, bem como aqueles que evidenciem lesão física
grave, nas 24 horas a seguir à ocorrência; no caso de construção civil – artigo 24.º n.º 1 do Decreto-lei n.º
273/2003, de 29 de outubro; no caso de trabalho a bordo dos navios de pesca – Artigo 8.º nº 1 do
Decreto-Lei n.º 116/97, de 12 de maio; no caso de indústrias extrativas por perfuração a céu aberto ou
subterrâneas – artigo 9.º, n.º 1 do Decreto-lei n.º 324/95, de 29 de novembro.
- Autorização para alargamento do período de laboração – Artigo 16.º n.º 2 da Lei n.º 105/2009, de 14 de
setembro; solicitada quando o Empregador pretenda optar por esta modalidade de laboração.
- Decisão de despedimento por extinção de posto de trabalho – Artigo 371.º n.º 3 CT; comunicação com
antecedência mínima, relativamente à data de cessação do contrato de: a) 15 dias, no caso de trabalhador com
antiguidade inferior a um ano; b) 30 dias, no caso de trabalhador com antiguidade igual ou superior a um ano e
inferior a cinco anos; c) 60 dias, no caso de trabalhador com antiguidade igual ou superior a cinco anos e
inferior a 10 anos; d) 75 dias, no caso de trabalhador com antiguidade igual ou superior a 10 anos.
- - Autorização para redução ou exclusão de intervalo de descanso - Artigo 213.º n.º 3 CT; deve ser solicitada
antes da alteração.
- - Comunicação da admissão e/ou cessação de contrato com trabalhadores estrangeiros (nacionais de estados
terceiros à EU, EEE ou a países com regime idêntico) ou apátridas – Artigo 5.º n.º 5 CT; a comunicação da
admissão é anterior ao início do contrato e a cessação nos 15 dias seguintes- obrigação revogada pela Lei n.º
13/2023, de 3 de abril, mas deve ser mantida a evidência de comunicações de data anterior a 1 de maio de
2023.
Agenda do Trabalho Digno
192
6.2 Checklist de conformidade legal das Entidades
Empregadoras
- Comunicação de trabalho de menores – Artigo 68.º n.º 3 e 69.º n.º 4 CT; a comunicação é feita nos 8 dias
subsequentes à data de admissão do menor.
- Comunicação de trabalho domiciliário – Artigo 12.º n.º 3 da Lei n.º 101/2009, de 8 de setembro;
comunicação anual entre 1 de outubro e 30 de novembro.
- Comunicação de trabalho temporário – Artigo 10.º n.º 3 Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro (A
empresa de trabalho temporário deve comunicar, a identidade dos trabalhadores a ceder para o
estrangeiro, o utilizador, o local de trabalho, o início e o termo previsíveis da deslocação, bem como a
constituição da caução e a garantia das prestações médicas, medicamentosas e hospitalares); a
comunicação deve ser feita com 5 dias de antecedência.
- Comunicação de trabalhos com agentes biológicos do grupo 2,3 e 4 – Artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 84/97,
de 16 de abril; a comunicação deve ser feita 30 dias antes do início da atividade.
- Dispensa de serviços internos de segurança e saúde no trabalho – Artigo 80.º Lei n.º 102/2009, de 10 de
setembro; a autorização é anterior ao início da atividade.
- Notificação de atividades com exposição ao amianto- Artigo 3.º n.º 1, 2 e 3; a comunicação é feita com
pelo menos 30 dias antes do início das atividades.
- Comunicação da dispensa de utilização de EPI para trabalhadores que realizem operações especiais com
exposição ao ruído e isenção total, parcial ou temporária da utilização de sinalização de segurança
luminosa ou acústica – a comunicação é feita ocasionalmente, antes do início das atividades.
- Comunicação prévia de abertura de estaleiro (realizada pelo dono de obra) – Artigo 15.º n.º 1 e 2
Decreto-lei n.º 273/2003, de 29 de outubro; a comunicação é feita antes do início dos trabalhos.
1- A entidade empregadora deve comunicar, no prazo de cinco dias úteis a contar da data da denúncia, a denúncia
do contrato de trabalho durante o período experimental sempre que estiver em causa uma trabalhadora grávida,
puérpera ou lactante, um trabalhador no gozo de licença parental ou trabalhador cuidador- Artigo 114.º CT.
2- A entidade empregadora deve comunicar, com a antecedência mínima de cinco dias úteis à data do aviso
prévio, o motivo da não renovação de contrato de trabalho a termo sempre que estiver em causa uma
trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, um trabalhador no gozo de licença parental ou trabalhador cuidador –
Artigo 144.º CT.
Na instrução dos processos de despedimento coletivo, o empregador deve dar conhecimento à DGERT – enquanto
serviço com competência para acompanhamento e fomento da contratação coletiva – da comunicação da
intenção de despedimento, no início (artigo 360.º, n.º 5 CT), e dos termos da sua conclusão, incluindo a lista
nominativa dos trabalhadores a despedir, no final do respetivo processo [artigo 363.º, n.º 3, al. a) CT].
- Recibos de retribuição – Artigos 276.º n.º 3 e 177.º n.º 2 da Lei 98/2009 (devem ser
entregues ao trabalhador).
3- Previsto no Decreto-Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro de 2009 (Código dos Regimes Contributivos
do Sistema Previdencial de Segurança Social)
- Relatório de verificação periódica e/ou livrete de manutenção de equipamento de trabalho – Artigos 6.º
e 19.º.
- Comunicação prévia de abertura de estaleiro e respetivas alterações da identificação dos subempreiteiros – Artigo 15.º
- Plano de segurança e saúde em projeto e/ou em obra – Artigos 5.º, 6.º e 11.º
9- Decreto-Lei n.º 290/2001, de 16 de novembro (transpõe para o ordenamento jurídico interno a Diretiva n.º 98/24/CE, do Conselho, de 7 de
abril, relativa à proteção da segurança e saúde dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes químicos no trabalho, bem como
as Diretivas n.os 91/322/CEE, da Comissão, de 29 de maio, e 2000/39/CE, da Comissão, de 8 de junho, sobre valores limite de exposição
profissional a agentes químicos)
Teresa Almeida