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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

GABRIEL BORTOLUZZI DOS SANTOS

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA REDE COLETORA DE ESGOTO SANITÁRIO DO


MUNICÍPIO DE RIO BONITO DO IGUAÇU

PATO BRANCO
2022
GABRIEL BORTOLUZZI DOS SANTOS

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA REDE COLETORA DE ESGOTO SANITÁRIO DO


MUNICÍPIO DE RIO BONITO DO IGUAÇU

Design of a sanitary sewage system for an urban basin in the municipality of


Rio Bonito do Iguaçu.

Trabalho de conclusão de curso de graduação


apresentada como requisito para obtenção do
título de Bacharel em Engenharia Civil da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR).
Orientador: Prof. Dr. Cesar Augusto Medeiros
Destro

PATO BRANCO
2022

Esta licença permite remixe, adaptação e criação a partir do trabalho, para


fins não comerciais, desde que sejam atribuídos créditos ao(s) autor(es) e
que licenciem as novas criações sob termos idênticos. Conteúdos
4.0 Internacional elaborados por terceiros, citados e referenciados nesta obra não são
cobertos pela licença.
GABRIEL BORTOLUZZI DOS SANTOS

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA REDE COLETORA DE ESGOTO SANITÁRIO DO


MUNICÍPIO DE RIO BONITO DO IGUAÇU

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação/


Especialização apresentado como requisito para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR).

Data de aprovação: 29/novembro/2022

_________________________________________________________________________
Cesar Augusto Medeiros Destro
Doutorado em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco

_________________________________________________________________________
Volmir Sabbi
Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá Universidade Tecnológica Federal
do Paraná - Campus Pato Branco

_________________________________________________________________________
Murilo Cesar Lucas
Doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco

PATO BRANCO
2022
RESUMO

Juntamente com o crescimento populacional e o desenvolvimento das cidades, se faz


necessário a melhoria ou implantação das infraestruturas urbanas a fim suprir as
demandas da população. A falta de redes de esgotamento sanitário é um problema
decorrente, pois os dejetos quando não destinados ou tratados corretamente
acarretam em consequências para a saúde humana. Partindo deste princípio, o
município de Rio Bonito de Iguaçu-PR, enfrenta problemas por não possuir um
sistema de esgotamento sanitário e não descartar corretamente o esgoto gerado. O
objetivo desse trabalho foi pré-dimensionar uma rede de esgotamento sanitário para
uma sub-bacia do município de Rio Bonito do Iguaçu-PR. Sabendo que os órgãos
públicos não possuem um levantamento topográfico da área foi necessário realizar
um estudo prévio através de modelos digitais de elevação, por meio de imagens de
satélite, as quais foram processadas através do software QGIS. A partir disso, foi
possível delimitar as bacias de esgotamento da área urbana, mediante as curvas de
nível obtidas. Foi dimensionado o sistema de esgotamento com tubulações de PVC,
material escolhido e utilizado pela SANEPAR, atendendo as normas vigentes para
projetos de redes coletoras de esgoto através de planilhas elaboradas no software
Excel. Com o auxílio do programa AutoCAD, os dados obtidos no QGIS e Excel, foram
processados e apresentados em forma de projeto sobre o arruamento fornecido pelo
órgão municipal. Os resultados obtidos para a maioria dos trechos foram de
tubulações com o diâmetro de 150mm, diâmetro mínimo, a declividade adotada,
exceto em dois casos, foi a declividade do terreno. Todos os trechos dimensionados
obedeceram aos critérios de verificações de lâmina de água, tensão trativa e
velocidade máxima. Os resultados do trabalho demonstram a importância da rede
coletora para o bem-estar humano e as vantagens do PVC para o dimensionamento
hidráulico, atentando-se para utilização da declividade do terreno para maior
economia e eficiência na implantação da rede.

Palavras-chave: Sistema de esgotamento sanitário. Dimensionamento. Rede


coletora. Curvas de nível.
ABSTRACT

Along with population growth and the development of cities, it is necessary to improve
or implement urban infrastructure in order to meet the demands of the population. The
lack of sewage systems is an ongoing problem, as waste, when not properly disposed
of or treated, has consequences for human health. Based on this principle, the
municipality of Rio Bonito de Iguaçu-PR faces problems because it does not have a
wastewater system and does not properly dispose of the generated sewage. The
objective of this work was to pre-dimension a sanitary sewage system for a sub-basin
in the municipality of Rio Bonito do Iguaçu-PR. Knowing that public agencies do not
have a topographical survey of the area, it was necessary to carry out a previous study
using digital elevation models, using satellite images, which were processed using the
QGIS software. From this, it was possible to delimit the drainage basins of the urban
area, through the level curves obtained. The sewage system was dimensioned with
PVC pipes, material chosen and used by SANEPAR, meeting the current norms for
projects of sewage systems through spreadsheets prepared in Excel software. With
the help of the AutoCAD program, the data obtained in QGIS and Excel were
processed and presented in the form of a project about the street layout provided by
the municipal organ. The results obtained for most of the stretches were pipes with a
diameter of 150mm, minimum diameter, the slope adopted, except in two cases, was
the slope of the land. All dimensioned stretches obeyed the criteria for checking water
depth, tensile stress and maximum speed. The results of the work demonstrate the
importance of the collection network for human well-being and the advantages of PVC
for hydraulic dimensioning, paying attention to the use of the slope of the land for
greater economy and efficiency in the implementation of the system.

Keywords: Sanitary sewage system. Sizing. Collection system. Contour lines.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Fluxograma de um sistema de reator anaeróbio de manta de lodo .. 24


Figura 2 - Fluxograma de um sisitema de lagoa facultativa ................................ 25
Figura 3 - Fluxograma de um sistema de lagoa anaeróbia - facultativa ............. 26
Figura 4 - Fluxograma de um sistema de lagoa aerada facultativa .................... 26
Figura 5 - Fluxograma de um sistema de lagoa aerada de mistura completa –
lagoa de decantação ............................................................................................... 27
Figura 6 - Fluxograma de um sistema de lodos ativados convencional ............ 28
Figura 7 - Fluxograma de um sistema de lodos ativados – aeração prolongada
.................................................................................................................................. 29
Figura 8 - Fluxograma de um sistema de lodos ativados – fluxo intermitente .. 30
Figura 9 - Tubo de concreto ................................................................................... 34
Figura 10 - Tubo de PVC ......................................................................................... 35
Figura 11 - Tubo cerâmico ...................................................................................... 36
Figura 12 - Tubo de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) ................................. 37
Figura 13 - Tubo de ferro fundido .......................................................................... 38
Figura 14 - Localização município de Rio Bonito do Iguaçu ............................... 44
Figura 15 – Arruamento do IBGE com curvas de nível extraídas do QGIS ........ 50
Figura 16 - Sub-bacias do município de Rio Bonito do Iguaçu ........................... 51
Figura 17 – Detalhe trecho 40-41 ........................................................................... 54
Figura 18 - Detalhe trecho 40-38 ............................................................................ 55
Figura 19 - Estação Elevatória de Esgoto ............................................................. 59
LISTA DE TABELAS

Tabela 3 - Detalhe trecho 41-40 .............................................................................. 53


Tabela 4 - Detalhe trecho 40-38 .............................................................................. 55
Tabela 5 – Tabela de verificações .......................................................................... 56
Tabela 6 - Tabela verificações (continuação) ....................................................... 57
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Consumo per capita de água por porte da comunidade ................... 40


Quadro 2 - Coeficientes de variação de vazão ..................................................... 42
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................13
1.1 Objetivos ...............................................................................................14
1.1.1 Objetivo geral .........................................................................................14
1.1.2 Objetivos específicos..............................................................................14
1.2 Justificativa ...........................................................................................14
2 REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................16
2.1 Esgoto Sanitário ...................................................................................16
2.2 Situação do esgoto sanitário...............................................................16
2.3 Tipos de sistema de esgoto ................................................................18
2.3.1 Sistema de esgotamento unitário ou combinado ....................................18
2.3.2 Sistema separador absoluto ...................................................................18
2.3.3 Sistema separador parcial ou misto .......................................................19
2.4 Componentes do sistema de esgotamento sanitário........................19
2.4.1 Rede coletora .........................................................................................19
2.4.2 Órgãos acessórios..................................................................................20
2.4.3 Rede Dupla ............................................................................................21
2.4.4 Rede Simples .........................................................................................21
2.4.5 Estação elevatória ..................................................................................21
2.5 Sistemas de Tratamento ......................................................................22
2.5.1 Nível de Tratamento ...............................................................................22
2.5.2 Sistemas anaeróbios ..............................................................................23
2.5.2.1 Reator anaeróbio de manta de lodo .......................................................23
2.5.2.2 Filtro anaeróbio.......................................................................................24
2.5.3 Lagoas de estabilização .........................................................................24
2.5.3.1 Lagoas facultativas .................................................................................24
2.5.3.2 Lagoa anaeróbia seguida de lagoa facultativa .......................................25
2.5.3.3 Lagoa aerada facultativa ........................................................................26
2.5.3.4 Lagoa aerada de mistura completa – lagoa de decantação ...................26
2.5.4 Lodos Ativados .......................................................................................27
2.5.4.1 Lodos ativados convencionais ................................................................27
2.5.4.2 Lodos ativados por aeração prolongada ................................................29
2.5.4.3 Lodos ativados – fluxo intermitente ........................................................29
2.6 Estudo de concepção ..........................................................................30
2.6.1 Critérios de projeto .................................................................................31
2.6.1.1 Profundidade da Rede de Esgotamento .................................................31
2.6.1.2 Tensão Trativa........................................................................................32
2.6.1.3 Declividades ...........................................................................................32
2.6.1.4 Materiais das Tubulações .......................................................................34
2.6.1.5 Alcance de plano ....................................................................................38
2.6.1.6 Estimativa populacional ..........................................................................38
2.6.1.7 Consumo de água per capita (q) ............................................................40
2.6.1.8 Coeficiente de retorno (C) ......................................................................41
2.6.1.9 Coeficientes de Variação de Vazão........................................................41
2.6.1.10 Taxa de infiltração ..................................................................................42
3 METODOLOGIA ....................................................................................43
3.1 Delineamento da pesquisa ..................................................................43
3.2 Caracterização da área de estudo.......................................................43
3.3 Topografia .............................................................................................44
3.4 Rede coletora ........................................................................................45
3.4.1 Traçado da rede coletora .......................................................................45
3.4.2 Material das tubulações ..........................................................................46
3.4.3 Dimensionamento hidráulico ..................................................................46
3.4.3.1 Estimativa populacional ..........................................................................46
3.4.3.2 Estimativas de vazões ............................................................................46
3.4.3.3 Taxa de contribuição ..............................................................................47
3.4.3.4 Declividade mínima ................................................................................48
3.4.3.5 Determinação das vazões mínimas por trechos da rede ........................48
3.4.3.6 Diâmetro mínimo ....................................................................................48
3.5 Verificações ..........................................................................................48
3.5.1 Lâmina de água ......................................................................................48
3.5.2 Velocidade crítica ...................................................................................49
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...........................................................50
4.1 Topografia do terreno ..........................................................................50
4.2 Configuração das sub-bacias de esgotamento .................................51
4.3 Dados censitários.................................................................................51
4.4 Rede coletora de esgoto ......................................................................52
4.5 Análise dos trechos .............................................................................53
4.6 Análise da lâmina de água ...................................................................56
4.7 Determinação da Estação Elevatória de Esgoto................................59
5 CONCLUSÃO ........................................................................................60
REFERÊNCIAS ......................................................................................62
APÊNDICES...........................................................................................65
13

1 INTRODUÇÃO

Os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto


sanitário, drenagem urbana, coleta e disposição de resíduos sólidos, controle da
poluição e de vetores compõem a infraestrutura de saneamento básico de uma cidade
e a existência desses sistemas é essencial ao seu desenvolvimento sustentável.
Conterato (2018) entende que a partir do momento que o ser humano passou
a residir de forma fixa em uma área, houve uma preocupação quanto ao afastamento
dos resíduos gerados para conservar o ambiente saudável e limpo. Entretanto, essa
remoção deve ser feita de maneira correta, e um destino ambientalmente adequado
deve ser dado ao material.
O sistema de esgotamento sanitário tem como definição um conjunto de
instalações e obras destinadas de modo que proporcionem a coleta, deslocamento,
condicionamento (tratamento, quando necessário) e disposição final do esgoto
sanitário de uma sociedade, de forma ininterrupta e segura higienicamente (Azevedo
Netto; Fernandez; Araújo; Ito, 1998).
Segundo a Nações Unidas, mais da metade da população mundial não tem
acesso a esgoto tratado e em torno de 40% das pessoas que residem no globo vivem
sem água e sabão para lavar as mãos. Mais de 800 crianças morrem, todos os dias,
provenientes de doenças como diarreias e outras infecções decorrentes da falta de
saneamento e da água contaminada.
O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), em 2020, estimou que
o Brasil precisaria de investimentos de cerca de R$ 26 bilhões ao ano nos próximos
13 anos para elevar a 99% o acesso ao fornecimento de água e a 92% ao alcance de
rede de esgotos até o ano de 2033. Entretanto, o país investiu apenas R$ 12 bilhões
por ano nas últimas duas décadas, menos da metade do necessário. Além de que o
investimento é desigual de acordo com as regiões do território nacional.
Desta forma, tendo em vista os vários problemas oriundos da falta de
saneamento, mais especificamente das redes de esgotamento sanitário, o trabalho se
propõe a realizar um estudo para elaboração de uma rede coletora de esgoto para o
município de Rio Bonito do Iguaçu – PR, o qual sofre pela inexistência de um sistema
coletivo.
14

Logo este trabalho, foi dividido em quatro capítulos, além dessa introdução.
No capítulo dois expõe-se a fundamentação teórica realizada para o desenvolvimento
do trabalho e apresenta as principais características dos sistemas além dos
procedimentos para o dimensionamento conforme as normas vigentes. O terceiro
aborda a metodologia, com os parâmetros e critérios para o dimensionamento do
sistema com base em critérios normativos. O capítulo quatro discute-se os resultados
obtidos. Finalizando com o capítulo cinco destinado as conclusões e considerações
finais deste trabalho.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

Elaborar um estudo para concepção do sistema de esgotamento sanitário da


área urbana do Município de Rio Bonito do Iguaçu – Paraná.

1.1.2 Objetivos específicos

Delimitar as bacias de esgotamento da área urbana do município.


Analisar as alternativas de traçado de rede de esgotamento sanitário para o
local de estudo.
Realizar o pré-dimensionamento hidráulico de uma bacia da rede e seus
órgãos acessórios.

1.2 Justificativa

No Brasil, segundo SNIS (2020), 55% da população é atendida pela coleta de


esgoto, enquanto que apenas 50,8% desse é tratado. Levando em consideração
esses índices nota-se a importância de estudos que avaliem as condições atuais dos
municípios e que proponham soluções para o problema. Tendo em vista que o
saneamento está muito abaixo do ideal, conforme Dantas et al. (2012), em especial
em relação a coleta e o sistema de tratamento de esgotamento sanitário.
15

O município de Rio Bonito de Iguaçu-PR conta com uma população estimada


de 13.240 habitantes de acordo com IBGE (2021), e 30 anos de emancipação. Tendo
em vista o mais importante princípio do Plano Nacional de Saneamento Básico
(PLANSAB) que é a universalização do acesso dos serviços de saneamento a toda
população brasileira, sem qualquer preconceito ou discriminação. Isso posto
fundamenta o estudo pois o município não possui rede de esgotamento sanitário e
enfrenta alguns problemas causados pela inexistência de um sistema coletivo de
coleta de esgoto. Sendo este sistema de coleta restritos a tratamento individuais
muitas vezes precários e sem nenhum tipo de fiscalização ou acompanhamento pelos
gestores públicos.
Considerando o exposto, este trabalho tem sua importância assegurada visto
que, pretende realizar uma análise onde identificará o traçado para um sistema de
esgotamento sanitário para a cidade em estudo, que por seu pouco tempo de
emancipação ainda não possui nenhum estudo relacionado ao assunto.
16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Esgoto Sanitário

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a NBR


9648/86 – Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário, o esgoto sanitário é
definido como “[...] despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água
de infiltração e a contribuição pluvial parasitária” (NBR 9648; ABNT,1986, p.1)
A NBR 9648 (ABNT,1986) fornece que o esgoto sanitário é constituído em
quatros partes:
• Esgoto doméstico: Despejos líquidos gerados pela água consumida através
de usos básicos da população, seja por hábitos de higiene pessoal como
também necessidades fisiológicas.
• Esgoto industrial: São despejos líquidos oriundos de indústrias, como estes
resíduos são diversos de acordo com o exercício industrial cada uma
seleciona o tratamento adequado e somente pode ser lançado na rede se o
mesmo possuir as mesmas características as do esgoto doméstico.
• Água de infiltração: São as águas infiltradas no solo que se escoa até
encontrar alguma falha na tubulação para penetrar.
• Contribuição pluvial parasitária: Fração de escoamento que é introduzido na
rede coletora através de ligações de canalização prediais à rede de esgoto,
interligações de galeria de águas pluviais à rede de esgoto, tampões de poços
de visitas e outras aberturas e ligações abandonadas. (NUVOLARI, 2011)

2.2 Situação do esgoto sanitário

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fornece dados mundiais a respeito


do saneamento. Segundo relatório publicado no ano de 2017, cerca de 270 mil
crianças perdem a vida no seu primeiro mês de vida em razão de condição de
prematuridade, que poderia ser evitada por através do acesso da água potável,
instalações de saúde e saneamento.
17

A água possui inúmeros usos, os principais são abastecimento humano e


animais, industrial, irrigações, geração de energia, mineração, navegação,
aquicultura, lazer e turismo.
Segundo a OMS, em relatório publicado em 2014, aproximadamente 13% da
população mundial, ou seja mais de 1 bilhão de pessoas no mundo não possuem
acesso a um banheiro, resultando em que uma em cada quatro pessoas faz suas
necessidades básicas ao ar livre, esse motivo acarreta um problema, pois representa
uma fonte contínua de doenças e contaminação da água no território brasileiro.
Totalizando uma média de 4 milhões de pessoas sem acesso a um local apropriado
para realizar suas necessidades fisiológicas.
O esgoto sanitário é um recorrente problema no Brasil, pois muitas vezes o
descarte desse material não é realizado da forma correta. O esgotômetro, ferramenta
do Trata Brasil, estima que 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto são despejadas na
natureza por dia. O mesmo instituto informa que no país, pouco menos de 100 milhões
de pessoas não tem disponibilidade a coleta de esgoto.
A respeito do tratamento de esgoto no país, 50,8% dos esgotos coletados são
tratados, nos maiores municípios apenas 18 entre 100 tratam 80% ou mais dos
esgotos, segundo o instituto Trata Brasil (2022). Conforme o PLANSAB (2019), em
torno de 17,9% dos munícipios brasileiros não possuem soluções adequadas de
esgotamento sanitário.
Em um ranking elaborado pelo SNIS, a respeito da população atendida pela
rede de esgoto, das cinco regiões do Brasil, a região Sul apresenta uma taxa de
47,4%, que corresponde a 14,3 milhões de pessoas que usufruem da rede de esgoto,
ficando atrás apenas da região Sudeste e Centro-Oeste com 80,7% e 59,47%,
respectivamente. Deste total coletado na região Sul, menos da metade do esgoto é
tratado aproximadamente 46,7%.
No estado do Paraná a população atendida pela rede de esgoto, comparado
com os demais estados fica atrás apenas do estado de São Paulo e Distrito Federal,
com 84,5%, e relativo quantidade de esgoto tratado é de 74,6%, na segunda
colocação nacional (SNIS, 2020).
18

2.3 Tipos de sistema de esgoto

Existem dois tipos básicos de coleta de esgotamento sanitário. Segundo Von


Sperling (2014) são eles: o sistema coletivo ou dinâmico, no qual os esgotos são
afastados das residências através de redes coletoras e tratados em estações; e o
sistema individual ou estático, qual é empregado uma solução individual no local ou
para poucas habitações, geralmente utilizado em zonas rurais e regiões com pouca
densidade de ocupação.
De acordo com Tsutiya e Alem Sobrinho (2011) sistemas coletivos são
divididos em três tipos: sistema separador absoluto, sistema unitário ou combinado e
sistema separador parcial ou misto.

2.3.1 Sistema de esgotamento unitário ou combinado

O sistema de esgotamento unitário ou combinado é aquele no qual o esgoto


e as águas provenientes das chuvas são transportados por uma mesma tubulação.
Nesse sistema a mistura dos esgotos com as águas pluviais podem dificultar o
tratamento, caso medidas de prevenção de sobrecargas hidráulicas não sejam
tomadas. Não obstante, uma maior atenção deve ser dada às cargas de matéria
orgânica que chegam na estação de tratamento de esgotos (ETE). Além de
investimentos elevados devido à construção de grandes galerias, esse sistema é de
difícil implantação em consequência as suas grandes dimensões.
Na Asia, Europa e América do Norte é comum o uso do sistema combinado.
No período de vazões pequenas, quando não está chovendo, trata-se o esgoto
sanitário e pluvial; quando as vazões estão altas, que consequentemente são os
períodos de chuva, e os esgotos estão diluídos, o esgoto é diretamente lançado no
corpo receptor, através do sistema by-pass (PINTO; CAVASSOLA, 2011).

2.3.2 Sistema separador absoluto

O sistema separador absoluto, conforme a NBR 9648(ABNT,1986, p.1) é um


“Conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados a coletar, transportar,
condicionar e encaminhar somente esgoto sanitário a uma disposição final
conveniente, de modo contínuo e higienicamente seguro”. Nesse sistema, o esgoto é
19

transportado por um sistema independente, que recebe a denominação de sistema de


esgotamento sanitário. Do mesmo modo, as águas pluviais veiculam por um sistema
de drenagem pluvial, ambos totalmente independentes.
No Brasil, no início do século XX, foi adotado esse sistema como o sistema
mais eficiente nos pontos de vista técnicos e econômicos, a partir disso, no país, é
obrigatório o emprego do sistema separador absoluto. Tsutiya e Alem Sobrinho (2011)
afirmam que, para a eficiência desse sistema é necessário evitar que águas pluviais
sejam encaminhadas juntamente com os esgotos. Entretanto, nota-se que em grande
parte dos municípios brasileiros tal controle inexiste.
As vantagens do separador absoluto é custo de implantação, flexibilidade para
executar em etapas e redução nos diâmetros das tubulações devido à diminuição da
vazão de escoamento.

2.3.3 Sistema separador parcial ou misto

O sistema separador parcial ou misto é o que parte das águas pluviais,


advinda de telhados e pátios domésticos são conduzidas com o esgoto e as águas de
infiltração para um único sistema de coleta de esgoto (TSUTIYA; ALEM SOBRINHO,
2011). Nesse sistema percebe-se a presença de duas redes coletoras, idem ao
separador absoluto.
Para Festi (2006), o sistema separador parcial é admitido em algumas cidades
brasileiras, como por exemplo Porto Alegre e Joinville, mas com o compromisso da
separação futura do escoamento de esgoto em condutos diferentes daqueles para as
águas pluviais. A escolha por esse sistema resulta em problemas para as futuras
gerações, como contaminações de córregos e rios que possuem difíceis soluções.

2.4 Componentes do sistema de esgotamento sanitário

2.4.1 Rede coletora

A rede coletora de esgoto é definida como conjunto de canalizações com a


finalidade de receber e transportar os esgotos dos edifícios. As partes da rede coletora
de esgotamento sanitário são divididas por Tsutiya e Alem Sobrinho (2011) como:
20

• Ligação Predial: Parte do coletor predial entre o limite do terreno a rede


propriamente dita.
• Coletor de Esgoto ou Coletor Secundário: Tubulação da rede coletora que
recebe a contribuição de esgoto das ligações prediais ao longo de toda sua
extensão.
• Coletor Principal: Coletor de maior expansão dentro de uma mesma bacia de
esgotamento, que recebe a contribuição dos coletores secundários e
conduzem os dejetos para um interceptor ou emissário.
• Coletor Tronco: Tubulação da rede que recebe apenas a parcela de esgoto
de outros coletores.
• Interceptor: Canalização que recebe contribuição de coletores ao longo de seu
comprimento não recebendo coletor prediais diretos. Caracterizado pela
defasagem das contribuições, que diminuem as vazões. Visto isso sua
instalação ocorre nas partes mais baixas da bacia, geralmente ao longo das
margens d’agua a fim de reunir e conduzir a um ponto final.
• Emissário: é o conduto final do sistema que possui a finalidade que levar o
efluente para o destino conveniente, podendo ser tratamento e/ou
lançamento, este não recebe contribuições no percurso, apenas na sua
extremidade montante.
• Sifão invertido: Destinado a transposição de obstáculos pela tubulação de
esgoto, funcionando sob pressão.

2.4.2 Órgãos acessórios

Os órgãos acessórios são empregados no sistema de coleta e transporte de


esgoto com a finalidade de permitir interligações, transpor obstáculos ou facilitar a
inspeção e limpeza da rede em geral, a NBR 9649/86 – Projetos de rede coletora de
Esgoto Sanitário, que fixa as condições exigíveis para concepção de sistemas de
esgotamento sanitário, especifica os seguintes órgãos acessórios (ABNT,1986):
• Poço de Visita (PV): Dispositivo fixo, composto por uma câmara visitável, que
na sua parte superior, apresenta uma abertura destinada a execução de
trabalhos de manutenção.
21

• Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL): Dispositivo não visitável fixo, que permite
a inspeção e introdução de equipamentos para limpeza dos coletores.
• Terminal de Limpeza (TL): Permite apenas a introdução de equipamentos
para limpeza. É o mais simples entre os acessórios de interligação, o mesmo
é instalado no início de coletores, pois são locais que possivelmente
necessitem menos inspeção.
• Caixa de Passagem (CP): Câmara sem acesso, localizada em pontos
singularidades, devido a necessidades construtivas que permite a passagem
de equipamento para limpeza do trecho a jusante.

2.4.3 Rede Dupla

Segundo Tsutiya e Alem Sobrinho (2000), a rede dupla é utilizada na


ocorrência de ao menos um dos seguintes casos abaixo:
• Vias com trafego intenso;
• Vias com largura entre os alinhamentos dos lotes igual ou superior a 14 metros
para ruas com pavimentação e 18 metros para sem pavimentações;
• Vias com intervenções que impossibilite o assentamento do coletor
• Quando a rede a partir de um ponto se tornam muito extensas devem ser
construídas em tubos de concreto (diâmetro maior que 400 milímetros).

2.4.4 Rede Simples

Esse sistema é utilizado quando não ocorrer nenhum dos casos expostos
anteriormente. Quando acontecer de vias públicas ou ruas pavimentadas muito
movimentadas, ou também na ocorrência de coletores profundos que resultem no
impedimento de instalação das conexões prediais, utilizando coletores auxiliares a fim
de diminuir os custos integrais (TSUTIYA; ALEM SOBRINHO, 2011).

2.4.5 Estação elevatória

A NBR 12208 (ABNT,1992) – Projeto de estações elevatórias de esgoto


sanitário, define estação elevatória como instalação que tem como finalidade o
22

transporte do esgoto do nível do poço de sucção das bombas até o nível de descarga,
na saída do recalque, este que acompanha próximo as variações da vazão afluente.
Segundo Tsutiya e Alem Sobrinho (2011), todas as vezes em que não for
possível o escoamento dos dejetos pela ação da gravidade, é necessário o uso de
estações elevatórias que transfiram ao líquido energia suficiente para garantir o
escoamento dos mesmos. A localização das estações elevatórias está situada nos
pontos mais baixos da bacia, ou próximos a córregos, represas ou rios. Para
construção da mesma deve ser levado em consideração alguns aspectos
fundamentais como baixo custo, topografia e facilidade de desapropriação.

2.5 Sistemas de Tratamento

Os esgotos domésticos são compostos por aproximadamente de 99,9% de


água. O restante, que seria cerca de 0,1%, são os sólidos orgânicos e inorgânicos,
suspensos e dissolvidos, como também microrganismos. É devido a essa pequena
fração de impurezas que o esgoto necessita ser tratado (VON SPERLING,2014).
Para determinação do processo de tratamento de esgoto, é necessário
conhecer o grau de impurezas por meio da matéria orgânica, que este é indicado pelo
parâmetro DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), quanto maior o grau de poluição
maior o parâmetro; na medida que estabiliza a matéria orgânica, a DBO reduz.
O nível de eficiência, qualidade do efluente final, também é critério utilizado
para escolha do método de tratamento. Dessa forma é levado em conta a área
disponível para locação, complexidade de operação e implantação de cada método,
custo, produção e disposição de lodos, restrições ambientais devidas à localização da
unidade e a necessidade do uso de produtos específicos (SNS,2021).

2.5.1 Nível de Tratamento

De acordo com Von Sperling (2014) o tratamento de esgotos pode ser dividido
em níveis, são eles: preliminar, primário, secundário e, em alguns casos terciário. O
tratamento em nível preliminar são os que tem como finalidade apenas remover os
sólidos grosseiros, ou seja, sólidos de dimensões maiores. O primário visa remover
sólidos sedimentáveis em suspensão e parte da matéria orgânica. Os dois citados
23

acima prevalecem os mecanismos físicos na remoção de poluentes. A respeito do


tratamento secundário, predominam os mecanismos biológicos, qual tem como
objetivo especialmente a remoção de matéria orgânica, DBO em suspensão e também
DBO solúvel como também a remoção de nutrientes, como nitrogênio e fósforo. Já o
tratamento terciário não é comum em países em desenvolvimento, este objetiva a
retirada de metais pesados, poluentes tóxicos ou compostos não biodegradáveis,
organismos patogênicos e também a retirada de poluentes não removidos no
tratamento anterior.
O fundamento do tratamento a nível secundário é a adição de uma etapa
biológica, qual a remoção da matéria é realizada por reações bioquímicas, efetuadas
por microrganismos, como por exemplo, bactérias, protozoários, fungos.
Alguns dos principais sistemas de tratamento de esgoto sanitário estão
dispostos a seguir.

2.5.2 Sistemas anaeróbios

2.5.2.1 Reator anaeróbio de manta de lodo

O reator anaeróbio de manta de lodo, também conhecido como reator UASB,


proveniente do inglês Upflow Anaerobic Sludge Blanket. A respeito do funcionamento
do reator, Von Sperling (1996, p.175) descreve que:

A DBO é estabilizada anaerobiamente por bactérias dispersas no


reator. O fluxo do liquido é ascendente. A parte superior do reator é
dividida nas lagoas de sedimentação e de coleta de gás, a zona de
sedimentação permite a saída do efluente clarificado e o retorno dos
sólidos (biomassa) ao sistema, aumentando a sua concentração no
reator. Entre os gases formados inclui-se o metano. O sistema
dispensa decantação primária. A produção de lodo é baixa, e o mesmo
já sai estabilizado.

Também conhecido como Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado (RALF), nome


recebido pela SANEPAR, companhia de saneamento do Paraná, é bastante utilizado
no tratamento de esgotos para áreas de 200 a 600.000 habitantes, ganhando
destaque no estado do Paraná e a nível nacional (AISSE,2001).
A figura abaixo representa um esquema de funcionamento desse modelo de
tratamento.
24

Figura 1 - Fluxograma de um sistema de reator anaeróbio de manta de lodo

Fonte: SNS (2021)

2.5.2.2 Filtro anaeróbio

A respeito do sistema de tratamento por meio de filtro anaeróbio, podemos


afirmar que:
A DBO é estabilizada anaerobiamente por bactérias aderidas a um
meio de suporte (usualmente pedras) no reator. O tanque trabalha
submerso, e o fluxo é ascendente. O sistema requer decantação
primária (frequentemente fossas sépticas). A produção de lodo é
baixa, e o mesmo já sai estabilizado (VON SPERLING,1996, p.175).

Na maioria dos casos as pedras utilizadas no Brasil, são de n.º 4, mas


podendo também ser utilizados materiais como esferas perfuradas, anéis, blocos
modulares e alguns outros. Esse modelo de tratamento encontra-se propagado pelo
país, avistando várias instalações em exercício desse sistema que recebem esgotos
industriais. (GOMES DIAS, 1989)

2.5.3 Lagoas de estabilização

2.5.3.1 Lagoas facultativas

De acordo com Von Sperling (1996), as lagoas facultativas são caracterizadas


por ser de fácil construção, necessitando apenas na escavação e elaboração dos
taludes. O processo é simples, o despejo entra em uma ponta da lagoa e sai na ponta
25

contraría. Após alguns dias para realizar o percurso, ocorrem alguns acontecimentos
citados abaixo que levam a purificação do esgoto:

A DBO solúvel e finamente particulada é estabilizada aerobiamente


por bactérias dispersas no meio liquido, ao passo que a DBO
suspensa tende a sedimentar, sendo estabilizada anaerobiamente por
bactérias no fundo da lagoa. O oxigênio requerido pelas bactérias
aeróbias é fornecido pelas algas, através da fotossíntese (VON
SPERLING,1996, p.175).

Figura 2 - Fluxograma de um sisitema de lagoa facultativa

Fonte: Von Sperling (1996)

2.5.3.2 Lagoa anaeróbia seguida de lagoa facultativa

O sistema de tratamento de lagoa anaeróbia seguida de lagoa facultativa,


também conhecido como sistema australiano, quando se tem uma disponibilidade
grande de áreas se torna uma das alternativas técnicas mais econômicas.
Primeiramente, na lagoa anaeróbia o material sedimentável é retido e passa pelo
processo de digestão anaeróbia, e na segunda lagoa, ocorre a geração e introdução
de oxigênio, processo realizado pelas algas e pelas bactérias, respectivamente, na
mesma acontece a degradação dos contaminantes solúveis (SNS, 2021).

A DBO é em torno de 50% estabilizada na lagoa anaeróbia (mais


profunda e com menor volume), enquanto a DBO remanescente é
removida na lagoa facultativa. O sistema ocupa uma área inferior ao
de uma lagoa facultativa única (VON SPERLING,1996, p.175).

O esquema abaixo representa o sistema de tratamento de lagoa anaeróbia


seguida de lagoa facultativa.
26

Figura 3 - Fluxograma de um sistema de lagoa anaeróbia - facultativa

Fonte: Von Sperling (1996)

2.5.3.3 Lagoa aerada facultativa

A lagoa aerada facultativa é indicada quando se opta por um sistema aeróbio


com dimensões menores. O que a difere da lagoa facultativa convencional é de onde
provem o oxigênio, de modo que pela convencional este é obtido pela fotossíntese, e
na aerada o oxigênio é alcançado através de aeradores. Os mesmos rodam sob o
eixo vertical, com alta velocidade, agitando a água propiciando a introdução do
oxigênio na massa líquida, local em que ele se dissolve (VON SPERLING,1996).
Figura 4 - Fluxograma de um sistema de lagoa aerada facultativa

Fonte: Von Sperling (1996)

As lagoas aeradas facultativas, no Brasil, são uma das alternativas utilizadas


para tratamento de águas residuárias que necessitam de um pós-tratamento. O
efluente que geralmente provem de um reator UASB para que atenda os padrões de
emissão é pós tratado nesta lagoa de estabilização (POZZI,2016).

2.5.3.4 Lagoa aerada de mistura completa – lagoa de decantação


27

O processo de tratamento por lagoa aerada seguidas de lagoa de decantação


é usualmente utilizado quando não há área bastante para locação de lagoas de
estabilização naturais, mas ainda tem disponibilidade de uma área razoável
(SNS,2021).
Von Sperling (1996, p.175) resume que:

A energia introduzida por unidade de volume da lagoa é elevada, o


que faz com que os sólidos (principalmente a biomassa) permaneçam
dispersos no meio liquido, ou em mistura completa. A decorrente maior
concentração de bactérias no meio liquido aumenta a eficiência do
sistema na remoção da DBO, o que permite que a lagoa tenha um
volume inferior ao de uma lagoa aerada facultativa. No entanto, o
efluente contém elevados teores de sólidos (bactérias), que
necessitam ser removidos antes do lançamento no corpo receptor. A
lagoa de decantação a jusante proporciona condições para esta
remoção. O lodo da lagoa de decantação deve ser removido em
períodos de poucos anos.

A figura abaixo representa esse processo de tratamento:


Figura 5 - Fluxograma de um sistema de lagoa aerada de mistura completa – lagoa de
decantação

Fonte: Von Sperling (1996)

2.5.4 Lodos Ativados

2.5.4.1 Lodos ativados convencionais

O tratamento por lodos ativados é biológico e sua maior eficiência diz a


respeito à remoção da matéria orgânica e dos sólidos suspensos. O processo permite
também a retirada de nutrientes, como fósforo e nitrogênio. O impasse desse
28

processo é seu alto grau de mecanização e o elevado consumo de energia para


degradação da matéria orgânica aerobiamente (SNS,2021).
De acordo com Von Sperling (1996, p.175):

A concentração de biomassa no reator é bastante elevada, devido à


recirculação dos sólidos (bactérias) sedimentadas no tundo do
decantador secundário. A biomassa permanece mais tempo no
sistema do que o líquido, o que garante uma elevada eficiência na
remoção da DBO. Há a necessidade da remoção de uma quantidade
de lodo (bactérias) equivalente à que é produzida. Este lodo removido
necessita uma estabilização na etapa de tratamento do lodo. O
fornecimento de oxigênio é feito por aeradores mecânicos ou por ar
difuso. A montante do reator há uma unidade de decantação primária,
de forma a remover os sólidos sedimentáveis do esgoto bruto.

Em 1914, começou a ser aplicado o processo de tratamento de lodos ativados


em uma estação de tratamento na Inglaterra, qual obteve sucesso e desde então
passou a expandir as unidades de tratamento para os demais países.
O processo de lodos ativados convencional está representado através da
figura a seguir. A nível mundial a maior estação de tratamento que utiliza esse
processo se encontra na cidade de Chicago nos Estados Unidos, com uma vazão de
45 m³/s. No estado de São Paulo, Brasil, mais precisamente no município de Barueri
está situada a maior estação de tratamento de lodos ativados nacional projetada com
a capacidade de atender uma vazão de final de plano de 28 m³/s (JORDÃO; PESSOA,
2005).
Figura 6 - Fluxograma de um sistema de lodos ativados convencional

Fonte: Von Sperling (1996)


29

2.5.4.2 Lodos ativados por aeração prolongada

De acordo com Von Sperling (1996), o processo de tratamento de lodos


ativados com aeração prolongada tem seu funcionamento similarmente ao anterior
(convencional). A diferença entre cada um dos processos é o tempo em que a
biomassa permanece no sistema, intervalo de 20 a 30 dias, por esse motivo recebe o
nome de aeração prolongada. O reator precisa ser maior para que a biomassa
permaneça por mais tempo no sistema, o intervalo de detenção do líquido fica em
torno de 16 a 24 horas. Com isso a disponibilidade de DBO disponível, fazendo com
que as bactérias utilizem da matéria orgânica do seu próprio material celular para
realizar a sua manutenção. Em consequência disso o lodo em excesso retirado já sai
estabilizado.
Figura 7 - Fluxograma de um sistema de lodos ativados – aeração prolongada

Fonte: Von Sperling (1996)

2.5.4.3 Lodos ativados – fluxo intermitente

O tratamento consiste em um reator que realiza a mistura completa no local


em que ocorrem as demais etapas do tratamento. O sucesso se dá depois de
estabelecer ciclos com tempo de operações definidos. Os ciclos de tratamento são
enchimento (entrada da massa no reator), reação (aeração), sedimentação
(separação dos sólidos suspensos), esvaziamento (retirada do esgoto tratado) e
repouso (remoção do resto de lodo e ajustamento dos ciclos). O método não necessita
de decantadores separados pois a massa biológica se mantém no reator durante
todos os ciclos citados (VON SPERLING,1996).
30

Figura 8 - Fluxograma de um sistema de lodos ativados – fluxo intermitente

Fonte: Von Sperling (1996)

2.6 Estudo de concepção

A primeira etapa para a implantação de um sistema de esgotamento sanitário


é a fase de planejamento. Tal etapa esta prescrita seguindo as orientações da norma
brasileira NBR 9648 (ABNT,1986) – Estudo de Concepção de Sistemas de Esgoto
Sanitário. A definição de estudo de concepção está definida na norma como “Estudo
de arranjos das diferentes partes de um sistema, organizadas de modo a formarem
um todo integrado e que devem ser qualitativa e quantitativamente comparáveis entre
si para a escolha da concepção básica”. Assim, a concepção básica é descrita como
sendo o “Melhor opção de arranjo, sob os pontos de vista técnico, econômico,
financeiro e social”. (NBR 9648; ABNT,1986, p.1)
Tsutiya e Alem Sobrinho (2011, p.5) definem a concepção de sistema de
esgotamento sanitário como o “Conjunto de estudos e conclusões referentes ao
estabelecimento de todas as diretrizes, parâmetros e definições necessárias e
suficientes para a caracterização completa do sistema a projetar”.
O outro item presente na norma o de ‘Condições Gerais’, constitui condições
em uma série de informações disponíveis, que são necessárias sobre a área que
planejamento a ser implantada o sistema, como: demográficas, econômicas,
geográficas, hidrológicas e algumas outras.
No item ‘Atividades’, a norma engloba a aquisição das informações listadas
acima que não estão disponíveis, mas são essenciais para as concepções
31

comparáveis e também para escolha da concepção básica, com sua descrição e


representação em planta (NUVOLARI,2011).
Por fim a norma recomenda que desconsidere as divisões políticas
administrativas quanto delimitar a área de planejamento, levando em conta somente
as condições naturais do terreno e a topografia.
A concepção tem como objetivos (TSUTIYA; ALEM SOBRINHO,2011):
• Identificação e quantificação de todos os fatores intervenientes com o sistema
de esgotos;
• Diagnóstico do sistema existente, considerando a situação atual e futura;
• Estabelecimento de todos os parâmetros básicos de projeto;
• Pré-dimensionamento das unidades dos sistemas, para as alternativas
selecionadas;
• Escolha da alternativa mais adequada mediante a comparação técnica,
econômica e ambiental;
• Estabelecimento das diretrizes gerais de projeto e estimativa das quantidades
de serviços que devem ser executados na fase de projeto.

2.6.1 Critérios de projeto

2.6.1.1 Profundidade da Rede de Esgotamento

Conforme a Fundação Nacional da Saúde – (FUNASA, 2006, p.192) a


profundidade mínima da tubulação é definida como a “[...] que permita receber os
efluentes por gravidade e proteger a tubulação contra tráfego de veículos e outros
impactos”. A FUNASA (2006) também orienta adotar sempre que for possível a
declividade da tubulação igual à do terreno, a fim de obter o menor volume de
escavação. Do mesmo modo, a profundidade do coletor será adotado igual a mínima
mesmo quando a declividade do terreno for superior a mínima.
Tsutiya e Alem Sobrinho (2000) para profundidades maiores, o recomendado
é projetar coletores auxiliares com menor cota para receber as ligações prediais. A
profundidade mínima é determinada para atender o recobrimento mínimo que,
segundo a NBR 9649(ABNT,1986) não deve ser inferior a 0,65 m para coletor
assentado no passeio e 0,90 m para coletor assentado no leito da via.
32

A NBR 9814(ABNT,1987) recomenda que, como forma de segurança e


estabilidade, os taludes das escavações que possuírem uma profundidade maior que
1,50 m recebam escoramento, podendo ser elas, peças de madeira ou também perfis
metálicos.

2.6.1.2 Tensão Trativa

A tensão trativa tem como definição “uma tensão tangencial exercida sobre a
parede do conduto pelo líquido em escoamento, ou seja, é a componente tangencial
do peso do líquido sobre a unidade de área da parede do coletor e que atua sobre o
material sedimentado, promovendo seu arraste” (TSUTIYA e ALEM SOBRINHO,
2000, p.87).
Devido à gravidade, as partículas que possuírem uma densidade maior que a
da água tenderão a se depositarem nas tubulações de esgoto. De modo que essa
sedimentação seja evitada é recomendado dimensionar as tubulações adotando uma
tensão trativa crítica, que significa uma tensão trativa mínima de forma que a mesma
garanta a autolimpeza da tubulação e iniba a formação de sulfetos. (TSUTIYA e ALEM
SOBRINHO, 2000).
A norma NBR 9649 (ABNT, 1986), orienta a adoção de uma tensão trativa
mínima de 1,0 Pa para condutos de cerâmica ou concreto, ao mesmo tempo que a
norma NBR 14486 (ABNT, 2000), orienta para condutos de PVC o valor de 0,6 Pa.
Considerando que quão maior a tensão trativa, melhor a eficiência da autolimpeza dos
tubos de esgoto.

2.6.1.3 Declividades

De modo a garantir a autolimpeza dos coletores, os mesmos são projetados


a uma tensão trativa de 1,0 Pa. Então os trechos deverão ser projetados com um valor
de tensão trativa média igual o superior a 1,0 Pa, calculados a partir da vazão inicial
(Qi). A declividade mínima de acordo com a NBR 9649 (ABNT,1986), para um
coeficiente de Manning n=0,013, é dada pela seguinte equação:
𝐼0,𝑚í𝑛 = 0,0055 . 𝑄𝑖−0,47
Sendo 𝐼0,𝑚í𝑛 a declividade mínima (m/m) e 𝑄i a vazão de jusante do trecho no
início do plano (L/s).
33

Em contraponto a norma brasileira NBR 14486 (ABNT,2000) recomenda


como critério de projeto que a tensão trativa mínima seja de 0,6 Pa, para coeficiente
de Manning de n=0,010. Dito isso, para atender esse critério a equação da declividade
mínima é dada por:

𝐼0,𝑚í𝑛 = 0,0035 . 𝑄𝑖−0,47


Sendo 𝐼0,𝑚í𝑛 a declividade mínima (m/m) e 𝑄i a vazão de jusante do trecho
no início do plano (L/s).

De acordo com a NBR 9649 (ABNT,1986), a declividade máxima admissível


é aquela para a qual se tenha uma velocidade final igual a 5 m/s. Segundo Tsutiya e
Alem Sobrinho (2000), para coeficiente de Manning igual a n=0,013, a expressão a
seguir aproxima o valor de declividade máxima:
𝐼𝑚𝑎𝑥 = 4,65 . 𝑄𝑓−0,67
Sendo 𝐼max a declividade máxima (m/m) e 𝑄f a vazão de jusante do trecho no
final do plano (L/s).

Conforme BRASIL (2008, p.48):

Dependendo da turbulência do escoamento poderá haver a entrada


de bolhas de ar na superfície do líquido. A mistura água-ar ocasiona
um aumento na altura da lâmina d’água, sendo importante verificar se
a tubulação projetada ainda continua funcionando como conduto livre,
pois caso contrário, a tubulação poderá ser destruída por pressões
geradas pelas permutações aleatórias entre escoamento livre e
forçado. No caso do escoamento de esgoto, o conhecimento da
mistura água-ar é de grande importância, principalmente, quando a
tubulação é projetada com grande declividade, pois nessa condição, o
grau de entrada de bolhas de ar no escoamento poderá ser bastante
elevado.

Devido a isso, a NBR 9649 (ABNT, 1986) determina que quando a velocidade
final for superior a velocidade critica, deverá reduzir, para 50% do coletor a lâmina de
água para que aconteça a ventilação do trecho. A velocidade crítica é determinada
por:

𝑣𝑐 = 6(𝑔 𝑅𝐻 )1/2
34

Onde 𝑔 representa a aceleração da gravidade (m/s²) 𝑒 𝑅𝐻 o raio hidráulico


(m).

2.6.1.4 Materiais das Tubulações

Tubos de concreto, cerâmicos, PVC, aço, ferro fundido e polietileno são os


materiais mais utilizados para sistemas de coleta e transporte de esgoto. Para
determinar o tipo de material deverão ser realizados estudos econômicos e técnicos
a fim de relacionar as características do solo e do esgoto, métodos utilizados na
construção, esforços quais as tubulações estarão sujeitas, custos em geral, diâmetros
disponíveis no mercado. (BRASIL, 2008).

• Tubos de concreto
Segundo Tsutiya e Alem Sobrinho (2000) para diâmetros maiores de 500 mm
as tubulações de concreto são os geralmente utilizados, mas não são aconselhados
ao uso devido ao fato de o cimento ser suscetível ao ataque do ácido sulfídrico.
De acordo com a norma brasileira NBR 8890 (ABNT,2020), os diâmetros
destinados a esgoto sanitário variam 100 mm, de 200 até 1300, além desses
diâmetros de 1500,1750 e 2000.
Figura 9 - Tubo de concreto

Fonte: Catálogo GUARANI TUBOS (2022)


35

• Tubos em Policloreto de Vinila (PVC)


A norma NBR 7362 (ABNT,2015, p.1) é dividida em três partes. A parte 1
regulamenta “[...] as condições exigíveis para tubos de poli (cloreto de vinila) (PVC)
com junta elástica, destinados a rede coletora e ramais prediais enterrados para a
condução de esgoto sanitário e despejos industriais, cuja temperatura do fluido não
exceda 40º C”. As demais partes especificam os requisitos para os diversos tipos
desse material.
Os diâmetros nominais disponíveis são de 100, 150, 200, 250, 300, 350 e
400mm com comprimentos de 6,0 m.
A principal característica dos tubos desse material é a alta resistência a
corrosão. Uma alternativa do uso desse material é em locais em que o lençol freático
está situado acima dos coletores de esgoto (BRASIL,2008).

Figura 10 - Tubo de PVC

Fonte: Catálogo ASPERBRAS (2022)

• Tubos Cerâmicos
Os tubos cerâmicos tem como vantagens a alta resistência à ação de agentes
agressivos presentes em esgotos industriais e residenciais, também ao efeito dos
gases formados na rede coletora, bem como ao ataque proveniente do solo. Porém é
um material mais frágil e passível a quebras quando comparado aos demais materiais
(BRASIL,2008).
A norma NBR 5645 (ABNT,1990, p.1) “[...] fixa as condições exigíveis para
aceitação e/ou recebimento de tubos cerâmicos empregados na canalização de águas
36

pluviais, de esgotos sanitários e de despejos industriais, que operam sob ação da


gravidade e, normalmente, sob pressão atmosférica”.
Os tipos de tubo são ponta e bolsa ou ponta e ponta. Onde a bolsa é definida
como “[...] extremidade cilíndrica do tubo, de diâmetro maior, em cujo interior a ponta
do elemento vizinho penetra”, e ponta é a “[...] extremidade cilíndrica do tubo que
penetra com facilidade” (NBR 5645; ABNT,1990, p.1)
Segundo Tsutiya e Alem Sobrinho (2000) no mercado estão disponíveis as
principais juntas para tubos cerâmicos sendo elas: juntas de argamassa de cimento e
areia, junta composta de betume e junta elástica.
Os diâmetros usualmente utilizados são do tipo ponta e bolsa de
75,100,150,200,250,300,375,400,450,500 e 600 mm e comprimentos nominais de
600, 800, 1000, 1250, 1500 e 2000 mm.
Figura 11 - Tubo cerâmico

Fonte: Catálogo CERÂMICA MARTINS (2020)

• Tubos de polietileno
Bevilacqua (2006, p.19) define a composição do polietileno como “[...] um
termoplástico obtido pela polimerização do etileno na presença de catalizadores.
Quando a polimerização ocorre à baixa pressão, obtém-se o Polietileno de Alta
Densidade-PEAD.”
No mercado os tubos de PEAD disponíveis são de diâmetros: 250, 300, 400,
500, 600, 800, 1000, 1200 com comprimentos de 6 m (KANAFLEX,2019).
As características do sistema considerados por Bevilacqua (2006, p.56) são:

Leveza e flexibilidade; baixo coeficiente de rugosidade (coeficiente de


Manning, n=0,010), permitindo maior vazão com menor declividade;
elevada resistência ao impacto; resistência química e à abrasão;
elevada imunidade à corrosões; ótima soldabilidade; grande
37

impermeabilidade à gases e vapores; facilidade de transporte,


manuseio e instalação sem perigo de fissuras ou quebras; baixíssimo
efeito de incrustações; elevada vida útil.

A norma regulamentadora desse material é a NBR ISO 21138 (ABNT,2021) -


Sistemas de tubulação plástica subterrânea não pressurizada para drenagem e
esgoto.
Figura 12 - Tubo de Polietileno de Alta Densidade (PEAD)

Fonte: Catálogo KANAFLEX (2019)

• Tubos de ferro fundido


As tubulações de ferro fundido geralmente são utilizadas em emissários e
linhas de recalque. No caso de escoamentos livres, a utilização se dá em travessias
aéreas, situações onde a tubulação está sujeita a grandes cargas, alto tráfego e baixa
profundidade, e também sobre a passagem de rios (BEVILACQUA,2006).
Bevilacqua (2006, p.53) afirma a respeito da disponibilidade dos tubos de ferro
fundido, que “[...] o comprimento dos tubos fabricados é de 6,0m, com junta elástica e
diâmetro nominal de: 80, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 600, 700, 800,
900, 1000, 1200, 1400, 1600, 1800 e 2000mm.
As principais caraterísticas desse material são: resistência mecânica, paredes
internas completamente lisas, resistência à pressão, impermeabilidade e
estanqueidade (BEVILACQUA,2006).
A norma brasileira que estabelece os requisitos e definições sobre esse
material é a NBR 15420(ABNT,2022).
38

Figura 13 - Tubo de ferro fundido

Fonte: SAINT-GOBAIN (2022)

2.6.1.5 Alcance de plano

De acordo com a NBR 9648 (ABNT, 1986, p.1) o alcance do plano ou


horizonte de projeto é o “[...] ano previsto para o sistema planejado passar a operar
com utilização plena de sua capacidade”. Sendo assim, o alcance de plano é o último
ano em que o projeto opera com os fatores e condições projetadas, a partir disso
deverá ser realizado novamente estudo para um novo alcance de plano.
Segundo Tsutiya (2011) para determinar o horizonte de projeto é preciso ser
considerado alguns fatores como: custo da obra e da energia elétrica, flexibilidade na
expansão do sistema, vida útil da obra e crescimento da demanda do recurso.
Conforme a Norma Técnica da SABESP – NTS025 (2020) o horizonte de
projeto para redes coletoras de esgoto deve ser no mínimo 20 anos.

2.6.1.6 Estimativa populacional

Nuvolari (2011) considera que adotado o alcance de plano, precisa-se estimar


a população atendida no final de plano. Assim pode-se estimar a vazão atual e futura
até que ocorra a saturação do projeto.
Para o estudo populacional se destacam alguns métodos de projeções
matemáticos, os quais estão listados a seguir.
• Método Aritmético
Segundo Tsutiya (2000), esse método toma como pressuposto que a taxa de
crescimento da população ocorre segundo uma progressão aritmética, sendo assim a
população está se desenvolvendo linearmente com o tempo. Em que 𝑃1 corresponde
39

a população do penúltimo censo no ano 𝑡1 e 𝑃2 corresponde a população do último


censo no ano 𝑡2 , e 𝑘𝑎 é significa uma constante.
𝑃2 − 𝑃1
𝑘𝑎 =
𝑡2 − 𝑡1
Com a constante obtém-se a expressão geral, em que 𝑃 representa a
previsão da população e 𝑡 o ano projetado.
𝑃 = 𝑃2 + 𝑘𝑎 (𝑡 − 𝑡0 )
• Método Geométrico
O método geométrico como o próprio nome diz, é baseado em uma projeção
geométrica, considerando semelhante ao método anterior, na qual se considera
igualmente a porcentagem de aumento da população para todos os anos. As variáveis
relacionadas a população e ano são as mesmas, apenas 𝑘𝑔 representa a taxa de
crescimento geométrico. (TSUTIYA, 2000)
ln 𝑃2 − ln 𝑃1
𝑘𝑔 =
𝑡2 − 𝑡1

𝑃 = 𝑃2 𝑒 𝑘𝑔(𝑡−𝑡0 )
• Método da curva logística
Tsutiya (2000, p.60) determina que nesse método “[...] admite-se que o
crescimento da população obedece a uma relação matemática do tipo curva logística,
nos quais a população cresce assintoticamente em função do tempo para um valor
limite de saturação 𝑘 ”. Então a equação logística é dada por:

𝑘
𝑃=
1 + 𝑒 𝑎−𝑏𝑇)
A variáveis da equação descritas como:

𝑎 e 𝑏 são parâmetros e 𝑒 a base dos logaritmos neperianos. O


parâmetro a é um valor tal que, para T = a/b, há uma inflexão
(mudança no sentido da curvatura) na curva; o parâmetro b é a razão
de crescimento da população e T representa o intervalo de tempo
entre o ano da projeção e 𝑡0 . Esses parâmetros são determinados a
partir de três pontos conhecidos da curva 𝑃0 (𝑡0 ) , 𝑃1 (𝑡1 ) e 𝑃2 (𝑡2 )
igualmente espaçados no tempo, isto é, 𝑡1 − 𝑡0 = 𝑡2 − 𝑡1 . Os pontos 𝑃0 ,
𝑃1 e 𝑃2 devem ser tais que 𝑃0 < 𝑃1 < 𝑃2 e 𝑃0 𝑃2 < 𝑃1 ² (TSUTIYA,2000,
p.60).
40

Por fim os parâmetros da equação são representados pelas equações abaixo:


𝑃0 𝑃1 𝑃2 − (𝑃1 )²(𝑃0 + 𝑃2
𝐾=
𝑃0 𝑃2 − (𝑃1 )²
1 K − 𝑃0
𝑎= 𝑙𝑜𝑔
0,4343 𝑃0 )

1 𝑃0 (K − 𝑃1 )
𝑏=− 𝑙𝑜𝑔
0,4343𝑑 𝑃1 (K − 𝑃0 )
Onde, d significa o constante intervalo entre os anos 𝑡0 , 𝑡1 e 𝑡2 .

2.6.1.7 Consumo de água per capita (q)

O consumo de água per capita entende-se como a quantidade consumida de


água por uma pessoa em suas atividades diárias. Esse fator varia dependendo dos
hábitos culturais e higiênicos da sociedade, tipo de ocupação da área (industrial,
residencial ou comercial), equipamentos e instalações hidrossanitárias do edifício,
controles relacionados ao consumo, temperatura, valores tarifários e outros.
(TSUTIYA, 2011).
O quadro 1 relaciona o consumo per capita de água de acordo com o porte
da comunidade.

Quadros 1 - Consumo per capita de água por porte da comunidade


Porte da comunidade População (hab) Consumo per capita (l/hab.dia)
Povoado Rural Menos de 5.000 90 a 140
Vila 5.000 a 10.000 100 a 160
Pequena Localidade 10.000 a 50.000 110 a 180
Cidade Média 50.000 a 250.00 120 a 220
Cidade Grande Mais de 250.000 150 a 300
Fonte: Adaptado de TSUTIYA (2011)

Segundo SNIS (2020), no Brasil, o consumo médio per capita de água é de


152,1 l/hab.dia. O Sudeste é a região onde apresenta o maior consumo, 171,7
l/hab.dia, e o Nordeste de menor consumo com 120,3 l/hab.dia.
No Sul a média realizada pelo Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento é de 148,5 l/hab.dia. O estado do Paraná em 2020 apresentou um
consumo médio per capita de água de 139,3 l/hab.dia.
41

2.6.1.8 Coeficiente de retorno (C)

A NBR 9649 (ABNT,1986, p.2) define coeficiente de retorno como “[...] relação
média entre os volumes de esgoto produzido e de água efetivamente consumida”. A
mesma recomenda o valor desse parâmetro como de igual a 0,8, ou seja 80% do
volume de água consumida pela comunidade retorna como efluentes para as redes
coletoras.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA, 2020) calcula
também que 80,0% do volume de água para abastecimento das cidades se transforma
em esgoto, que devem ser tratados antes de retornarem aos corpos hídricos.
Assim como a Norma Técnica da SABESP – NTS025 também recomenda
como o coeficiente de retorno igual a 0,8.

2.6.1.9 Coeficientes de Variação de Vazão

Nuvolari (2011) afirma que a vazão correspondente ao esgoto doméstico não


se comporta de maneira regular, pois o consumo doméstico varia conforme o uso da
população. A mesma varia de acordo com as demandas sazonais, mensais, diárias e
horárias.
As variações mais significativas são as diárias e horárias, ambas são
representadas por coeficientes representados abaixo.
• Coeficiente de máxima vazão diária (K1): Corresponde ao dia de maior
consumo de água, representa a relação entre maior vazão diária em um ano
e a média da vazão do respectivo ano.
• Coeficiente de máxima vazão horária (K2): Corresponde a hora de maior
consumo de água, representa a relação entre maior vazão horária em um dia
e a média da vazão do respectivo ano.
• Coeficiente de vazão mínima (K3): Representa a relação entre a vazão
mínima e a média da vazão em um ano.
A NBR 9649 (ABNT,1986) especifica como coeficientes os seguintes valores,
apresentados no quadro abaixo:
42

Quadro 2 - Coeficientes de variação de vazão

Coeficientes de variação de vazão Valor correspondente


K1 1,2
K2 1,5
K3 0,5
Fonte: Adaptado de NBR 9649 (ABNT,1986)

2.6.1.10 Taxa de infiltração

De acordo com Tsutiya e Alem Sobrinho (2011), há várias maneiras em que


a água oriunda do subsolo podem infiltrar no sistema como por exemplo, através das
juntas das tubulações, das paredes e também através dos órgãos acessórios (poços
de visita, terminal de limpeza, caixas de passagem entre outros).
Segundo Metcalf e Eddy (2016), a qualidade com que é feita a instalação do
sistema é um fator relevante na taxa infiltração. Esta quando não for supervisionada
ou executada com más práticas construtivas, apresenta uma taxa elevada de
infiltração.
A NBR 9649 (ABNT,1986) recomenda como valor estimado de taxa de
infiltração entre 0,05 a 1,0 l/s.km, valor que varia de acordo com as condições locais
como nível do lençol freático, execução da rede, material utilizado, solo e junta
empregada.
43

3 METODOLOGIA

3.1 Delineamento da pesquisa

O presente trabalho pretende elaborar um estudo de concepção de rede


coletora de esgoto para o município de Rio Bonito do Iguaçu – PR. O trabalho aborda
um levantamento topográfico através de modelos digitais de elevação, uma análise
do traçado que melhor se adeque as características do terreno, bem como
dimensionar a rede coletora em questão.
Com a finalidade de definir o delineamento desta pesquisa é possível realizar
algumas classificações. A natureza de pesquisa é de ordem aplicada, pois segundo
Gil (2019) estas contribuem para aumento do conhecimento científico e sugerem
novas questões a serem investigadas, além de ter a finalidade de resolver problemas
afigurados na esfera da sociedade.
De acordo com o procedimento técnico para a pesquisa foram utilizados: a
Pesquisa Bibliográfica, elaborada através de materiais quais já foram publicados
(GIL,2019). Conjuntamente o procedimento é classificado como estudo de caso que
segundo Leão (2017) é caracterizada por um estudo exaustivo e aprofundado de um
ou mais objetos, de forma que possibilite o seu vasto e detalhado conhecimento.
Tomando como base os objetivos da pesquisa, pode ser considerada como
uma pesquisa exploratória. Sampieri et al. (2013) afirmam que elas determinam
tendencias, identificam ambientes, áreas, situações de estudo e contextos, relações
potenciais entre variáveis. Assim como oferecem um quadro de informações para
futuras aplicações.
O método de pesquisa se configura como uma pesquisa quantitativa, o qual
neste trabalho a pesquisa servirá para analisar os conceitos descritos na literatura
juntamente com os dados resultantes do estudo de caso.

3.2 Caracterização da área de estudo

O presente trabalho se desenvolve na área urbana da cidade de Rio Bonito


do Iguaçu – PR. Município sul brasileiro localizado na região centro-sul do estado do
44

Paraná. Conforme o IBGE (2021) município possui uma extensão territorial de


681,406 km².
Figura 14 - Localização município de Rio Bonito do Iguaçu

Fonte: Autoria própria (2021)


Segundo o Instituto Água e Saneamento, Rio Bonito do Iguaçu possui 13.269
habitantes, desse total 24,32% estão localizados na área urbana e 75,68% em área
rural, pelo motivo da maior concentração de casas e arruamentos o estudo se
desenvolveu apenas na parte urbana visando uma concepção mais viável. Dito isso a
parte pertencente a área rural deve possuir tratamentos individuais de esgotos.
O município não possui política e plano municipal de saneamento, em
consequência disso não possui rede coleta de esgoto sanitário, estando restrito a
sistemas individuais de tratamento de esgoto como as fossas sépticas.
Nessa unidade de tratamento é feita a separação e transformação da matéria
sólida presente no esgoto. Corresponde a um tanque enterrado, que se destina o
esgoto, o qual se deposita a parte sólida e inicia o processo biológico de purificação
do resíduo líquido, estes infiltram no solo para complementar o processo (SNS,2021).

3.3 Topografia

A topografia é um ponto importante para determinar o traçado exequível para


uma rede de esgoto, pois fornece as declividades do terreno. Fator determinante para
o dimensionamento dos coletores da rede.
Tendo em vista que não foi possível o acesso a levantamentos topográficos,
o método utilizado para determinação das elevações será mediante a modelos digitais
de elevações por meio de imagens de satélite.
45

O satélite utilizado será o Alos Palsar, disponível no site da Alaska Satellite


Facilit (ASF) o qual possui uma resolução espacial de 12,5 m, resolução obtida através
do MDE SRTM reamostrado para 12,5 metros. A imagem fornecida pelo site será
processada pelo software QGIS, podendo extrair assim as curvas a uma equidistância
entre níveis de elevação de até um metro. Determinando assim curvas de nível do
terreno, georreferenciadas através do Sistema de Referencia Geocêntrico para as
América (SIRGAS) – SIRGAS/2000, UTM zona 22S.
Através do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
obteve-se o arruamento dos municípios de todo o Brasil, o mesmo já
georreferenciados sob o mesmo Datum das curvas de nível mencionadas
anteriormente. Tendo em vista que o arruamento disponibilizado pelo IBGE está
menos atualizado do que o cedido pela prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu, será
utilizado o mais completo.
Por fim, com o arruamento fornecido pela prefeitura e as elevações extraídas
pelo software juntamente com o arruamento do IBGE, os últimos exportados para o
software AutoCAD, realiza-se a sobreposição dos planos de informação, pelo software
através de pontos coincidentes em ambos os arquivos, podendo assim definir o
escoamento da água da região em análise. Após esse procedimento foram realizadas
visitas em campo a fim de verificar a compatibilidade das declividades estimadas com
as observadas em loco.

3.4 Rede coletora

3.4.1 Traçado da rede coletora

Possuindo os dados topográficos juntamente com a disposição das ruas da


cidade, é possível realizar traçados para locação da rede coletora. Dessa maneira
definir os sentidos de escoamento, juntamente com os órgãos acessórios pertinentes,
aproveitando a zona de projeto com a intenção de se beneficiar de declives e da força
da gravidade. Pode-se então identificar as áreas de esgotamento de toda o território
urbano da cidade.
46

3.4.2 Material das tubulações

A empresa responsável pelo saneamento do Paraná, SANEPAR, vem


utilizando como material de tubulações de esgoto o PVC, por esse motivo será o
material optado no estudo. O PVC garante uma vida útil melhor a tubulação além do
que assegura a qualidade no serviço prestado, o material é mais resistente e garante
um índice menor de infiltrações e rompimentos.
O coeficiente de Manning utilizado para cálculos hidráulicos de sistema de
esgotamento sanitário que utilizam tubulações de PVC é de n=0,010, seguindo a NBR
14486 (ABNT,2000)

3.4.3 Dimensionamento hidráulico

Os parâmetros e critérios de dimensionamento da rede coletora de esgoto


desse trabalho foram adotados seguindo a norma ABNT NBR 9649 (ABNT,1986)
paralelamente a NBR 14486 (ABNT,2000) os quais serão expostos a seguir.

3.4.3.1 Estimativa populacional

Para o cálculo da população de projeto será utilizado o método geométrico


para representear a situação do caso em estudo, com um alcance de projeto de 30
anos, período maior que o recomendado pela bibliografia de um alcance mínimo de
20 anos.

3.4.3.2 Estimativas de vazões

Para calcular a vazão de esgoto, é preciso que seja determinado o início e


final de plano, incluindo as vazões doméstica, infiltração e industriais, ambas
contribuem para o dimensionamento da tubulação
A vazão de início de plano é calculada conforme a equação:
𝑄𝑖 = 𝑄𝑑,𝑖 + 𝐼 + 𝛴𝑄𝑐
Onde 𝑄𝑖 é a vazão de esgoto sanitário inicial (l/s) , 𝑄𝑑,𝑖 é a vazão doméstica
de início de plano (l/s) , 𝐼 é a vazão de infiltração (l/s) e 𝑄𝑐 é a vazão concentrada (l/s).
47

A vazão doméstica inicial pode ser calculada através da equação:


𝑃𝑖. 𝑞𝑒. 𝐶. 𝑘2
𝑄𝑑,𝑖 =
86400
Onde 𝑃𝑖 é a população início de plano (hab.), 𝑞𝑒 é a taxa per capita de água
efetivo (L/hab.dia) e 𝐶 é o coeficiente de retorno;
Semelhante à de início de plano, a vazão de final de plano é calculada através
da equação:
𝑄𝑓 = 𝑄𝑑,𝑓 + 𝐼 + 𝛴𝑄𝑐
Onde 𝑄𝑓 é a vazão de esgoto sanitário final (l/s) e 𝑄𝑑,𝑓 é a vazão doméstica
de final de plano (l/s).
A vazão doméstica final é calculada por:
𝑃𝑓. 𝑞𝑒. 𝐶. 𝑘1. 𝑘2
𝑄𝑑,𝑓 =
86400
Onde 𝑃𝑓 é a população final de plano (hab.) e 𝑞𝑒 é a taxa per capita de água
efetivo (L/hab.dia);
Como já expostos na bibliografia citada acima o consumo de água adotado
para cálculos será de 150 l/hab.dia.
O coeficiente de retorno será de 0,8 do volume de água consumido,
recomendado pela NBR 9649 (ABNT,1986).
Os coeficientes de variação de vazão k1 e k2, serão respectivamente iguais a
1,20 e 1,50.

3.4.3.3 Taxa de contribuição

A taxa de contribuição linear por metro de tubulação no início de plano, é dada


pela equação:
𝑄𝑖 − 𝛴𝑄𝑐
𝑇𝑥,𝑖 =
𝐿𝑖
Onde 𝑇𝑥,𝑖 é a taxa linear de início de plano (l/s.m) e 𝐿𝑖 é o comprimento da
rede de esgotos inicial (m).
E a taxa no final de plano é dada por:
𝑄𝑓 − 𝛴𝑄𝑐
𝑇𝑥,𝑓 =
𝐿𝑓
Onde 𝑇𝑥,𝑓 é a taxa linear de final de plano (l/s.m) e 𝐿𝑖 é o comprimento da rede
de esgotos final (m).
48

3.4.3.4 Declividade mínima

Para a declividade mínima da tubulação, como o material adotado foi o PVC,


a equação foi estabelecida com o critério da tensão trativa média de 0,6 Pa, e
coeficiente de Manning n=0,010, critérios recomendados pela NBR 14486
(ABNT,2000), a equação que determina esse critério é:
𝐼0,𝑚í𝑛 = 0,0035 . 𝑄𝑖−0,47
Sendo 𝐼0,𝑚í𝑛 a declividade mínima (m/m) e 𝑄i a vazão de jusante do trecho no
início do plano (l/s).

3.4.3.5 Determinação das vazões mínimas por trechos da rede

De acordo com a NBR 9649 (ABNT,1986), recomenda-se o uso de 1,5 L/s


como vazão mínima para cada trecho da rede coletora de esgoto.

3.4.3.6 Diâmetro mínimo

Embora a NBR 9649 (ABNT,1986) sugira que as redes coletoras não devam
possuir diâmetros inferiores a 100mm, a Companhia de Saneamento do Paraná,
SANEPAR, por meio do Manual de Projeto Hidrossanitário, 2019, emprega em suas
redes de PVC um diâmetro mínimo de 150 mm.

3.5 Verificações

3.5.1 Lâmina de água

A altura da lâmina líquida de água (y) deve ser calculada admitindo-se um


escoamento em regime uniforme e permanente. Portando a altura máxima é igual a
75% do diâmetro interno do coletor (d0) para a vazão final de um trecho da rede.
𝑦𝑓
≤ 0,75
𝑑0
Quanto a lâmina de água mínima não há limitação, pois através do critério da
tensão trativa, determina que ao menos uma vez por dia, seja atingindo o valor de 1,0
Pa qualquer que seja a altura da lâmina.
49

3.5.2 Velocidade crítica

O recomendado é caso a velocidade final for superior a velocidade crítica, a


lâmina de água deve ser reduzida para 50% do diâmetro do coletor. Para os casos
quais a lâmina é maior que 50%, é aconselhável aumentar o diâmetro do coletor. A
velocidade crítica é calculada pela equação:
𝑣𝑐 = 6√𝑔. 𝑅𝐻
Onde
𝑣𝑐 é a velocidade crítica (m/s), g é a aceleração da gravidade (m/s²) e 𝑅𝐻 é o
raio hidráulico (m).
50

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Topografia do terreno

Através da imagem de satélite processada pelo software QGIS e do


arruamento do IBGE obteve-se a curvas de nível do terreno com uma equidistância
de um metro. Como mostra a figura a seguir.

Figura 15 – Arruamento do IBGE com curvas de nível extraídas do QGIS

Fonte: Autoria Própria (2022)

Com o arruamento fornecido pela prefeitura da área urbana assim como os


lotes de toda a cidade, como ilustrado no apêndice A, sobrepondo o arruamento do
IBGE determinamos assim os escoamentos de acordo com cada trecho de rua do
terreno em questão.
51

4.2 Configuração das sub-bacias de esgotamento

Após a determinação da topografia da área urbana do município de Rio Bonito


do Iguaçu, assim como os escoamentos de cada trecho da rua, apêndice B, foi
possível determinar as sub-bacias da cidade, as quais foram delimitadas de acordo
com o melhor aproveitamento do escoamento por gravidade, sem que a rede se torna-
se muito profunda.
Totalizando 8 sub-bacias em toda a área urbana da cidade como ilustrado na
figura 18. Tomando a sub-bacia 01 como a sub-bacia a ser dimensionada no estudo
em questão.

Figura 16 - Sub-bacias do município de Rio Bonito do Iguaçu

Fonte: Autoria Própria (2022)

4.3 Dados censitários

Para elaboração do estudo populacional, realizou-se uma pesquisa de dados


censitários referente aos anos dos últimos dois censos, 2000 e 2010 respectivamente,
encontrando uma população de 13.791 habitantes no ano de 2000 e 13.661 no ano
de 2010. Utilizando o método geométrico de projeção populacional com um alcance
de plano de 30 anos, para o ano de 2052 foi projetado uma população de 13.129
habitantes na cidade de Rio Bonito do Iguaçu.
52

A população residente na área urbana de Rio Bonito do Iguaçu corresponde


a 24,52% do total residente no município resultando então em uma população de
3.193 habitantes em 2052.
Delimitou-se então a área abrangente pela bacia em que a rede dimensionada
irá abranger, esta que corresponde a área central da parte urbana do município.
Escolhido por ser a parte mais antiga da cidade e consequentemente um local que
possui uma grande parte da população. Podendo assim chegar no número de
habitantes que serão atendidos pela sub-bacia, proporcionalmente a área total do
município.
Resultando então em uma população inicial de 457 habitantes e uma
população final de 454 habitantes para a sub-bacia 01.

4.4 Rede coletora de esgoto

O sistema de rede de esgotamento sanitário da sub-bacia 01 foi dividido em


43 trechos, com uma extensão total da rede de 3846,42 metros. Definido inicialmente
instalação dos terminais de limpeza (TL) nas pontas secas da rede, o qual se torna
mais viável financeiramente devido à vazão ser pequena nesses pontos, e permite
apenas a inserção de equipamentos de limpeza. Nas demais singularidades foi locado
Poços de Visitas (PV), em virtude de nesses pontos acontecer uma alteração de
direção da rede e a vazão ser consideravelmente maior, podendo resultar em
obstruções futuras nos coletores. Devido a esses motivos os Poços de Visita são
recomentados visto que permitem a realização de trabalhos e manutenções na rede.
As extensões dos trechos variam de 13,25 metros, menor trecho da rede, a
99,96 metros, o maior trecho da rede coletora. Considerando que os coletores serão
assentados sob o leito da via de tráfego, adotou-se as diretrizes da NBR 9649
(ABNT,1986), a qual recomenda um recobrimento não inferior a 0,9 metros quando
assentados nesse local.
O diâmetro mínimo adotado para o sistema de esgotamento sanitário foi de
150 mm seguindo a companhia responsável pelo saneamento do estado (SANEPAR),
devido a isso todos os trechos analisados desta sub-bacia foram adotados o mínimo.
Devido a baixa vazão nos coletores. Sendo assim, adota-se para os cálculos
53

hidráulicos a vazão mínima de 1,5 l/s, que é o menor valor seguindo a NBR 9649
(ABNT,1986).
A planilha de dimensionamento completa dos trechos está disponível em
anexo D e E, assim como a planta de rede de esgoto da sub-bacia com a locação das
singularidades e da rede, disponibilizada no anexo C.

4.5 Análise dos trechos

Na maioria dos trechos da rede os valores da declividade foram valores


positivos, que significam que a declividade do terreno está no mesmo sentido do
escoamento da rede. Além de positivos, a maior parte dos valores de declividades do
terreno são maiores que a mínima, esta que por se tratar de uma tubulação de PVC,
apresenta um coeficiente de Manning de 0,010, e seguindo a NBR 14486
(ABNT,2000) o critério da tensão trativa média 0,6 Pa, obtém-se uma declividade
mínima consideravelmente pequena. Exceto em dois trechos a declividade adotada
não foi declividade do terreno.
A primeira das exceções foi no trecho 41-40 onde a cota a jusante do coletor
que é de 686,13 metros está maior que a cota a montante, 686,32 metros, originando
assim uma declividade negativa como observado na tabela abaixo.

Tabela 1 - Detalhe trecho 41-40


Vazões
Montante Jusante Diâmetro Declividade Declividade
Trecho Extensão
(L/s) (L/s) adotado mínima Terreno
SM-SJ (m)
Inicial Inicial (mm) (m/m) (m/m)
Final Final
0,041090 0,082180
41-40 54,97 150,0 0,0029 -0,0035
0,043707 0,087413
Fonte: Autoria Própria (2022)

Nesse caso para esse trecho é adotado a declividade mínima como a


declividade do coletor amentando a profundidade do coletor a jusante para 1,40 m.
Visualizado na figura 19.
54

Figura 17 – Detalhe trecho 40-41

Fonte: Autoria Própria (2022)

A escavação é um dos principais fatores que interferem economicamente na


implantação de uma rede de esgotamento sanitário, então para cada trecho da
tubulação visamos o menor volume escavado possível. Como no trecho anterior não
foi possível utilizar a declividade do terreno, para recuperar o recobrimento mínimo na
singularidade 38, trecho a jusante de 41-40, adota-se uma declividade intermediária,
de modo que a cota de assentamento do coletor respeite o recobrimento mínimo
recomendado pela NBR 9649 (ABNT,1986), o qual pode ser observado mais
detalhadamente trecho 40-38 na tabela abaixo.
55

Tabela 2 - Detalhe trecho 40-38

Vazões
Declividade
Montante Jusante Diâmetro Declividade Declividade Intermediária para
Trecho Extensão
(L/s) (L/s) adotado mínima Terreno recuperar
SM - SJ (m)
(mm) (m/m) (m/m) recobrimento.
Inicial Inicial
(m/m)
Final Final
0,041090 0,082180
41-40 54,97 150,0 0,0029 -0,0035
0,043707 0,087413
0,135604 0,201070
40-38 87,58 150,0 0,0029 0,0659 0,0618
0,144239 0,213874
Fonte: Autoria Própria (2022)

Para que a singularidade 38 esteja com 0,90 m de recobrimento mínimo foi


adotado a declividade intermediária de 0,0618 m/m para que isso ocorresse,
resultando em uma cota de assentamento do coletor de 1,05 metros novamente.
Como nota-se na figura 20 a seguir.
Figura 18 - Detalhe trecho 40-38

Fonte: Autoria Própria (2022)


56

4.6 Análise da lâmina de água

A tabela abaixo apresenta os valores de todos os valores que possuem


critérios a ser respeitados seguindo a NBR 9649 (ABNT,1986) e NBR 14486
(ABNT,2000) trechos da rede em questão.

Tabela 3 – Tabela de verificações

Velocidade
y0/D Tensão Velocidade
Trecho Extensão (m/s)
Trativa crítica
SM - SJ (m)
Inicial Inicial (Pa) (m/s)
Final Final
0,12 0,88
01-02 99,85 5,78 2,00
0,12 0,88
0,11 0,93
02-03 23,71 6,51 1,92
0,11 0,93
0,11 1,05
03-06 71,45 8,39 1,92
0,11 1,05
0,10 1,13
04-05 55,87 9,95 1,83
0,10 1,13
0,12 1,28
05-06 52,40 12,12 2,00
0,12 1,28
0,13 0,98
06-07 99,00 6,94 2,08
0,13 0,98
0,10 0,69
07-08 44,49 3,70 1,83
0,10 0,69
0,11 1,15
08-09 80,27 9,99 1,92
0,11 1,15
0,13 1,11
16-15 66,77 8,83 2,08
0,13 1,11
0,11 0,74
15-14 56,52 4,20 1,92
0,11 0,74
0,13 1,17
14-12 63,21 9,80 2,08
0,13 1,17
0,10 1,16
13-12 74,45 3,92 1,83
0,10 1,16
57

Tabela 4 - Tabela verificações (continuação)

Velocidade
y0/D Tensão Velocidade
Trecho Extensão (m/s)
Trativa crítica
SM - SJ (m)
Inicial Inicial (Pa) (m/s)
Final Final
0,10 1,16
12-10 74,78 10,44 1,83
0,10 1,16
0,11 1,07
11-10 70,86 8,67 1,92
0,11 1,07
0,11 1,00
10-09 67,06 7,64 1,92
0,11 1,00
0,14 0,74
09*17 60,92 3,89 2,15
0,14 0,74
0,12 0,86
17-18 61,53 5,50 2,00
0,12 0,86
0,12 0,95
25-24 92,40 6,62 2,00
0,12 0,95
0,13 0,79
24-23 48,14 4,52 2,08
0,13 0,79
0,20 0,85
23-21 59,74 5,19 2,08
0,20 0,85
0,15 0,64
22-21 89,78 2,83 2,22
0,15 0,64
0,10 1,19
21-19 86,46 10,99 1,83
0,10 1,19
0,13 0,82
20-19 97,29 4,81 2,08
0,13 0,82
0,20 0,84
19-18 99,87 5,25 2,00
0,20 0,84
0,12 0,92
18-26 67,36 6,21 2,00
0,12 0,92
0,15 0,68
30-29 73,27 3,23 2,22
0,15 0,68
0,10 1,13
29-27 97,09 10,07 1,83
0,10 1,13
0,13 0,85
28-27 76,5 5,22 2,08
0,13 0,85
0,15 0,64
31-27 87,32 2,83 2,22
0,15 0,64
0,12 0,82
27-26 99,96 4,97 2,00
0,12 0,82
58

Velocidade
y0/D Tensão Velocidade
Trecho Extensão (m/s)
Trativa crítica
SM - SJ (m) Inicial Inicial
(Pa) (m/s)
Final Final
0,14 0,74
26-32 50,59 3,90 2,15
0,14 0,74
0,14 0,77
43-40 71,47 4,13 2,15
0,14 0,77
0,15 0,61
42-41 54,97 2,59 2,22
0,15 0,61
0,25 0,32
41-40 54,97 0,62 2,79
0,25 0,32
0,13 1,05
40-38 87,58 7,88 2,08
0,13 1,05
0,13 0,79
39-38 97,29 4,54 2,08
0,13 0,79
0,11 1,05
38-37 13,25 8,34 1,92
0,11 1,05
0,10 1,04
37-34 58,78 8,40 1,83
0,10 1,04
0,11 1,05
36-34 97,62 8,44 1,92
0,11 1,05
0,21 0,42
35-34 81,54 1,11 2,58
0,21 0,42
0,13 0,85
34-33 56,07 5,23 2,08
0,13 0,85
0,12 0,91
44-33 98,4 6,14 2,00
0,12 0,91
0,25 0,42
33-32 50,59 1,07 2,79
0,25 0,42
Fonte: Autoria Própria (2022)

Assumindo um escoamento de regime permanente e uniforme, a NBR 9649


(ABNT,1986) propõe uma lâmina máxima de valor igual ou maior a 75% do diâmetro
do coletor. Confirma-se assim os resultados encontrados, visto que o maior valor é da
lâmina de água é de 25%.
Considerando o que o menor valor encontrado para atender esse critério foi
de 0,62 Pa e analisando o recomendado pela NBR 14486 (ABNT,2000) de que o valor
da tensão trativa seja superior a 0,6 Pa, determina-se que, o critério é atendido pelo
dimensionamento, garantindo assim a autolimpeza dos tubos, arrastando assim
possíveis sólidos que podem sedimentar no fundo dos coletores.
59

E por fim comparando a velocidade final presente nas tubulações com a


velocidade crítica em cada trecho, nota-se que o critério é atendido.

4.7 Determinação da Estação Elevatória de Esgoto

O Poço de Visita de número 32 está situado no ponto mais baixo da sub-bacia


01, o qual se encontra na cota 671,49 m e receberá uma vazão de 2,01 L/s. Caso a
estação de tratamento de esgoto se situe em uma cota mais alta ou os dejetos dessa
singularidade necessitem de transporte para se unir ao exultório das demais bacias,
será necessário a implantação de uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE).

A figura 21 representa o local para a possível implantação de uma Estação


Elevatória de Esgoto, que deverá ser dimensionada para transferir os efluentes
oriundos do PV 32.

Figura 19 - Estação Elevatória de Esgoto

Fonte: Autoria Própria (2022)


60

5 CONCLUSÃO

Nesse estudo realizou-se um pré-dimensionamento da rede coletora de


esgoto do município de Rio Bonito do Iguaçu. A escolha para realização do local de
estudo foi em consequência aos problemas que a cidade vem enfrentando pela
inexistência de um sistema de esgotamento sanitário, colocando em risco a saúde
população em questão.
Embasado em revisões bibliográficas e materiais coletados nos órgãos
públicos, foi possível diagnosticar como se encontra a situação do município em
relação a coleta de esgoto para posteriormente realizar o estudo de concepção.
Levando em consideração que o munícipio não possui dados topográficos a
respeito do relevo do terreno, tendo consciência que não é o ideal para o projetar uma
rede coletora, foi utilizado imagens de satélites por meio de modelos numéricos do
terreno para obter o levantamento das curvas de nível da área urbana do território e
então identificar os escoamentos.
Analisando a sub-bacia dimensionada, pode-se afirmar que a declividade do
terreno auxiliou no dimensionamento da rede coletoras, pois os condutos
acompanharam esse declive, evitando escavações profundas que afetariam no
orçamento da obra. A escolha do PVC, tubulação utilizada pela SANEPAR é outro
ponto positivo pois as normas que o regulamentam apresentam critérios que resultam
em condutores de menor porte, resultando em diâmetros mínimos exigido por norma.
Possivelmente em um estudo completo da área, analisando a topografia do terreno e
as sub-bacias, será necessário a implantação de algumas estações elevatórias para
que todo o esgoto da cidade se concentre em apenas uma estação de tratamento de
esgoto.
Conclui-se então que o estudo por completo da rede coletora demanda tempo
e diversas considerações como: os recursos financeiros para instalação da rede,
pesquisas mais profundas a respeito da população, necessidades da localidade,
projeções para o crescimento populacional e industrial da cidade, entre outros. Por
esse motivo, foram realizados os primeiros passos, através do pré-dimensionamento
de uma sub-bacia, com a indicação das demais, norteando futuras pesquisas
relacionadas ao assunto, contribuindo para o progresso da infraestrutura de Rio Bonito
61

do Iguaçu, juntamente com a melhoria na condição de vida da população e bem-estar


ambiental.
62

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65

APÊNDICES
1
2

LOT. SCHIMEING 4
5
6
LOT. RIO BONITO 7
09 20

19
8
9 18 1
10 17
14 2
13 16 3
9 10
8 05
AD
E 11
7 ID A 15 4
1 UTILÚBLIC 19
1 P 12
10

06
2 14
01
PR 10 5
6 9 O 2 18
0 5 LO 19
1 B2 3 8 11 13 6
N

13
G 3 17
12 20

1B
14 4 7 A 1
19 13 M
18 12
1B 1B
6 EN 6 7 1
7 16
10 5 14 TO 4 17
1 2 1B 15 D 5 11 8 2
1B 1B 6 8 4 15 A 15
B1 16

05
11 1 A 4 2
1B 1B
8
1B
1 3 16 9 VE 3
3 10
9 6 17 2 17 "A
" N
ID 3 15 14
1B A 8
1B 1B 18 A 2
10
RU 10 14 4 21
02
7 7 B4 1 7 13 4
19 9
6m
18,4 27 1B 1 6 1
,85
m
6 1B
1
09 20 11 13 5
20
04 12
5 5
02-A
Lote 94m²
1B 2 " 6 12 5
A=36
4,
5 8 1B 4 13 "B 12 1B
24
A 19

27
,15
3 3
RU
1 m
11

,50
m
1B 7
,72
12 14

m
2 22
9 2
5,20
15 5 11 8 18 6
3 02-B
Lote 0,79m²
m
4 1 1A
4 A=52 08 16 10 17 2
10 11 6 10

18
A 4

,4
26
11 3

7m

7m
5 3 3 16 7

,6
1A 13 9

,6
10

0m
10 B

31
11 1
03
6 02-C
Lote 03m² 2
9 1 8 15 9
06 4
7,
26 A=61 B

23
7 0m
11

,8
,3
36 2

5m
9 -A
8 25 14

21
14 9 5 18

,3
9 24
Lote 02-D

1
m
15
A=612,24m²
23 12 8 8
10 1m 1 10 13 6
-B
22 43,1
8
16 17 18

12
11 1 7 12

,9
7

9m
21 2 1 7
12 6
13 17 16
19
20 6 2 11
13 3
07

8
14 19 4 B 15
14 A 18 3
1
15 5
18 5
14 15
A 10
16 17 6 5 06
7 14
17 -B 0A
4 13
16 7 4 15 19 1 6
9 13 2
18 15 8 4
19 20 B 6 12
20 14 9 16 10 5 14 3
10 3 3 C
21 10 12 11
11 17 15 -B 4
22 15 11 1 10
12 2 9 9 11
23 14 2 2 -A 5
- A1 10
24 13 13 10 A2 3 10 1
0- 07

1
8 1 8 12 9 2
9 6
12 3 1 4 8-
A
1 A -A
11 7- 10 7 5 B
2 13 8- 3 8
10 6 4
3 14
9 6 A 12 10

7
7- 9 7 5
04

1A3
8 4 14
5 5 05 13 5
8
15

14 B

1A2
15
7

A
14
6
4 15 6
13 16
7 4 16 6 12

16
LOT. ZANATTA 3 11

1A1
3 17 1
5 2
9 6
18 10

2
2
LOT. TRENTO 2
8
10 5
4
3
9 3

1 1 4 4
7 11 8
8 5
6 3 7
12 7 7
9
2 6B
5 03 13 6A
6
8 10
14 5
4

14
9

,3
7
m
t
1
15 1-
A
10
3 N°0 4
11
TE
LO

17
2

,7
t

4
m

16
6

m
14
t ,1

t
m 25

,3
0

0
,0

m
13

t
B

2 0
m
t
N°0
1-

3
03
,0 TE
11 LO

1 m
t

16 ,60
5

20
,9
,0

47
t

1
25

,7
m

5
82

m
m
8,

t
t
4 mt D
3,6 1-
N°0

28

44
0 mt TE C

,1

,8
6,0 LO 1-

1
N°0

6
m

m
t
F E

t
1- 1- TE
N°0 LO

16
N°0

15

,3
42
TE

8
TE

25
mt

,93

,5
LO

m
LO ,44

4
,90

t
25

m
mt

t
mt
H mt
1- mt ,50

14
N°0 13

40
,00

,4
10
16

,06 mt
TE

3
,00

m
LO

t
mt
mt
,52
11

17
G

,00
mt 1-
34,91 N°0

mt
TE
I LO mt
1-

14
N°0 ,63
25

,13
TE

mt
LO mt
,51
33

10
,00
J

mt
1-
N°0
TE
LO
mt
,66

13
31

01

,98
tm
2

4
1
5 6
6 3
03 02
8
5
7
10
7
13 8
9
14 8 9
15
12 14
11 7
1
16 13
6
10 B 6 03
16 1 12
02 2
5
1 6A 2 11
9 3
4 8
5 LOT. GALERA 3 10
14
4 04
11 3 7 4 9
1 13
9 10 12 13 5
8
2
8 13 12 2 12 6
7 12 1
11 3 11 7
14 11 14 5
13 14 03
6 10 10 4 10 4
5 1 5C 9 15 1 13
1 4- 1
5 9 3
01 A 9
15 8 2 12 2
4 04 2 13
8 16 6 8
3 7 3 11 1 6
3 14 05
1 02 6 7
4 7 4 10 . 4
2 14 1 13
n
6 2 5 9 5
1 9 6 3
T
5 15 2 12 7
8 06 6
6
10 13 16 3 11 1
4 7
12 01 7
11 5 4 10 2 8
8 11 17
7 11
05 12 5 9 3
10 18 10
5
6 6 8 4
5 1 4 6
9
1
9 12 7 07
2 12 8 3 7
11 8
2 14
3 7 7 1 8
2
10 4 5
12 3
3 2 1
9 6 4 6
13
4 6
4 08 LOT. SANTO ANTONIO
13 7
(Em fase de aprovação)
8 3
5
06 14 14 5
5C 7 2 8
5B 1
5A 12 15 13 1
6
4 2 11
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10 6

18
4 711,75m
A

,4
701,69m

26
7m 3
11
693,83m

7m
5 3 3 16
xx m 7

,6
1A 13 9
,6
xx m
10
31

0m
10 11
B 1
xx m 714,03m

03
6 02-C
Lote
1 2 xx m
9
26 9 B 8 15 06 4

23
7 0m
11

,8
,3
2 706,55m

5m
36 683,48m 9
8 25 xx m
14 -A

21
xx m
14 9 5 18

,3
9 24 Lote 02-D

1m
681,88m 681,55m 710,78m
23 12 8 15 10
xx m 8
13
xx m
10 1m
xx m
1 6
- B
22 43,1
8
16 17

12
11 1 7 12 18

,9
7

9m
21 2 1 7 711,49m
12 6
13 17 16
19
20 6 699,50m 2 11 xx m
13 3
07

8
xx m 711,05m
14 19 4 B xx m
15
18
705,94m
14 A 3
698,93m
1
674,10m 5 684,98m
15 18 5 A xx m 10 xx m
14 15
707,72m
14
683,40m xx m xx m 7
16 xx m 17 6 5 06 xx m
17 -B A
703,31m 4 13
16 7 4 15 19 10 xx m
6
9 13 2
18 15 8
680,09m
4
20
xx m 6
19 9 B 12
20 14 16 10 5 14 3
10 672,35m 3 C
21 3 10 12 11
17 15
xx m
682,93m
11 -B 4
22
xx m
15 11 1 10
12
2 9 9 11 709,75m
23 14 1 2 2 -A 5
10
xx m
13 -A 2 10 1
24 13 10 -A 3 702,14m 708,26m

1
8 10 8 12 xx m
9 07 2 xx m 9 6
12 3 1 4 700,76m
8-
A
685,90m 1 A -A 689,27m xx m
xx m 11 7- 10 xx m 7 5 B
2 674,50m 13 8- 3 8
10 xx m 6 4 704,68m
14
678,71m
9 3 xx m 6 12 10
xx m
-A

7
7 694,73m 9 7 5
04

1A3
8 4 14 xx m
5 5 05 13 5 693,27m
8
15

14 B

1A2
15
673,95m xx m 7

A
14
6
15 684,33m 685,33m
xx m 6
7 4 xx m xx m 13 16
4 16 6 12

16
701,82m
xx m
3 11

1A1
677,22m
xx m
3 17 1
5 2
9 6 699,32m
18 10

2
xx m
2 3 3
2 10 5
4 696,57m 9
8 xx m

1 1 4
4
7 11 8
692,64m 8 5 696,62m
6 3 7 xx m xx m

678,96m
12 7 7
702,90m
xx m
9
xx m
682,04m
2 6B
5 03 13 xx m 6A
6
8 10
14 5 704,41m
4 xx m

14
,3
9

7
m
t
1 694,51m
15 1-
A
10 xx m
3 N°0 4
11
TE
LO

17
2

,7
t

4
16
m
6

m
14
t ,1
697,04m

t
m 25

,3
0

0
,0

m
13

t
B
xx m
2 679,75m ,0
0
m
t
N°0
1-

3
03
11 TE
LO

1 xx m t m
t

16 ,60
5

,9
,0

47

20
1
25

,7
m
682,04m

5
82

t
m

m
8,

t
4 mt D
3,6
N°0
1-
xx m

28

44
0 mt TE C

,1
1-

,8
6,0 LO

1
N°0 689,62m

6
m

m
t
F E

t
1- 1- TE
N°0 LO

16
N°0
xx m

,3
15

42
TE

8
TE mt

25
,93

,5

m
LO LO ,44

4
,90

t
25
677,05m

m
mt

t
mt
xx m
H mt
1- ,50
mt

14
N°0 13

40
,00
702,76m

,4
10
TE 16

,06 mt

3
,00

m
LO

t
mt
11,52
mt
xx m

17
G

,00
mt 1-
34,91 N°0

mt
TE
I LO
1- mt

14
N°0 25
,63

,13
TE
697,04m

mt
LO mt
33,51
xx m

10
,00
J
709,61m

mt
1-
N°0
TE
LO xx m
mt
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13
01
681,95m

,98
mt
xx m
677,31m 689,54m 708,57m
xx m xx m xx m

680,38m 2
xx m
708,71m
xx m
4
1
681,70m 5 6
xx m 709,72m
xx m 3
677,61m 6
xx m 03 692,72m 02
xx m
8
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7 xx m

679,85m
10
7 701,66m
xx m 13 8 xx m
9
14 8 9
15
12 14
676,80m
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1
13
xx m
16
xx m 706,35m
6
10 B 6 03 698,18m xx m
16
xx m
1 12
02 685,43m
xx m 2
5
1 6A 2 11
9 3
5
4 8 3 10
14
4 04
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9 10 12 13
707,31m
xx m
5
8
xx m
673,03m 2
xx m 8 13 12 2 12 6
7 12 1
11
695,06m
11 14
xx m 3 7
11 14 14 5
13 03
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C 13
15
xx m
5 xx m 1
5 -1 9 1 9 3
14 693,55m
9 5
01
706,00m
A xx m
15 2 685,95m
680,84m 8 xx m
12 2
4 04 2 13
xx m
xx m
8 16 6 8
671,74m
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xx m
3 14 05
1 02 7 667,58m
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2 14 13
n
700,24m 1
6 xx m 2 5 9 5
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5 15
xx m
2 12 xx m 7
8 06 6
707,12m 6
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4 7
677,50m
xx m 12 01 7
677,18m
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xx m xx m 8 691,69m
11 17
7
xx m
11 668,63m

12 3 xx m
5 9
05
691,43m
678,61m 10 18 10
xx m 5
xx m
6 702,56m
6 8 4
xx m
5 1 689,69m
4 6
xx m
9
1
9 12 7 07
680,25m
2 12 8
xx m
701,61m
3 7
11
xx m
8 14
3 2 702,78m
7
7 xx m 1 694,34m 2 8
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12
694,28m
xx m
xx m 3
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xx m 4 6
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xx m
680,55m
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xx m 8
687,96m 5
06 14 xx m
14 5
5C 684,32m
xx m 7 2 8
676,37m
xx m
5B 1
5A 688,62m 696,10m 12 15 692,84m 13 1
6 xx m xx m xx m
4 2 11 695,11m
xx m
12 682,61m

10
xx m
675,00m 13 3 16
xx m 01 2-
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10
696,94m
1
14 693,62m xx m
8
10
xx m
A 686,05m 684,24m 4 15
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11
2
xx m 12 9
9 15 4B 3
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7
8 25
11 686,32m
12 1 10 16 4A 16
1B
xx m
11 6
674.48m
02 2
685,46m 685,17m 9
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xx m
8D 8B 1A
xx m xx m 20 1
8 1 8 9 10 5 681,28m 671,92m
8C 6
1B 19 xx m xx m
2 11 14 1 2
2 689,43m
9 692,84m
8A 685,05m 685,30m 7
689,08m
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3 xx m
7 3 xx m 1
xx m
8 18 3
7 7A
674,29m 4 692,84m
17 2
xx m C 12
A 6
4
6 16 1
xx m
6 2 4
11 B 7B
12 10 3 16
691,48m
5 5 5
D 13 5
7
13
5 2 xx m
3
6
11 685,98m 6
9
11
A 11 xx m 3 15
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14
672,05m
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08
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6
xx m 7 11 xx m 12 11
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1 9 10
687,48m
12 7 5A xx m
8 6
2 08 2 686,26m
9 13 xx m
8 26
3 8 686,71m
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8 1 14 5B 1
17
5 2 682,25m xx m 9
C 7
8- 3
xx m xx m
14 4
B 7
8- 7 2 9
4 1 7 1 15
668,27m
4 11 10
A
3
A 3
8- 9 6
xx m
6 6 10
10 686,82m 5 2 16 0B 2
1 11
5 xx m 6 4 10
10 5B 11 13 5 3 684,19m 683,18m
B 12 4 xx m
8 23 xx m
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4
685,39m 12
685,30m xx m 3 8 662,82m
A 8 682,00m xx m
11
xx m
9 1A xx m
09
7 7 A xx m

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xx m
6 6
.0 8 1B 15 12
35 0 6
xx m
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665,10m
1 13 2
16 14 13
xx m 2 2 3 2 1 10 xx m
11
7 683,48m 3 676,44m 9 18 5
19

675,96m
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11 11
682,90m
.0

xx m 1 1
xx m
01 8 1
15
0

6 10 5 4
.70 687,50m 4
14

24 15 4 xx m 13 3
12 2 9 9A
691,00m
.0

5 7
38

,18
0

xx m
5 4 A 16
11 22
.

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06

-A 673,18m 3
14

665,49m
1 13 16 5B 10 xx m 675,12m 689,73m 9B 2
.

xx m
15 12 8
00

8 xx m
.60 2B 4 6 6 4 xx m
44 6.20

41

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14

3 689,00m 5
.6
3

680,59m
.5

14 11
14

7
.00

xx m 5
9

3
4

xx m 1
7 5
.0

7
.30 16 2
A 5 669,19m
1 15 10
0
39

19 ,07 10
14

xx m 688,13m
6 19 680,43m 6 6
15
670,67m
.1 7.6

5 11 2 xx m
,4
.0

.08
690,52m
6
0

xx m xx m
2 1 14
0

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678,21m
18 9 13 14
xx m
4

25
3 , 681,01m 2 6
28
xx m
14

11 1 4 5 ,8

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.6
0 1A
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.00

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682,11m 3

5
0

689,00m
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22

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xx m
11 22 0

25
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,8
.0 09
50

.50

10

,0
7 18
680,05m 7 3 xx m
,0

0
.3

14

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xx m 4 8 16
33

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,
21
0

10
52

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.0

4 27
.5

0 14 4
0

.4
.8

,8
14

5
0

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5

2
.0

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8B 13 13 10 3
30

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33

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0

678,13m 3
0 6 10 19
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A
,00

10
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xx m
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18 13 3 21 18 ,8
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3B
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678,32m
.5

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14

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17
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0

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0
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17

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0
31

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11 8

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16

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0
20
0

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15
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16

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1,
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9
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2

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25
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.

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,
0

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.

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.

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7A 7
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18

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33

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0

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38

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15
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.50

1
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.5

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,0
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.5

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0

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.
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,7

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33

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0

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.00

,0
.50
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11
14

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.0

33

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,5

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0

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.5

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.5

B 0 .
.9

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.5

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, 0
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33

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.5

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33

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.0

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.5

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.

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00

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25

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2

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. 1 3
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,0

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,2

8.

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xx m

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6

9
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,07

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687,17 1,05 TL 42
686,12

TERMINAL DE LIMPEZA (TL)


COTA DO TERRENO COTA DO TERRENO
N° DO PV N° DO PV ALINHAMENTO PREDIAL
COTA DA SING. COMPRIMENTO (m) COTA DA SING.
PROF. MONT. (m) PROF. JUS. (m)
DIÂMETRO (mm) POÇO DE VISITA (PV)
DECLIVIDADE (m/m)

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO


REDE DE ESGOTO PROJETADA
A SER INSTALADA
Obs: Localização conforme sentido do fluxo
EEE
CÁLCULO: DATA FOLHA
PLANILHA DE CÁLCULO HIDRÁULICO
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS VERIFICADO: 25/08/2021 1

Recmín 0,9
Contribuições Vazões Declividade Cota do terreno Cotas do coletor Profundidade do coletor Profundidade da singularidade
Linear Trecho Montante Jusante Diâmetro Diâmetro Declividade Declividade Intermediária y0/D Velocidade (m/s) Tensão Velocidade
Trecho SM - SJ Extensão (m) (L/s.m) (L/s) (L/s) (L/s) calculado adotado minima Terreno para recuperar Trativa crítica
Montante Jusante Montante Jusante
Inicial Inicial Inicial Inicial (mm) (mm) (m/m) (m/m) recobrimento. Montante Jusante Montante Jusante Inicial Inicial (Pa) (m/s)
Final Final Final Final (m/m) Final Final
0,000748 0,074638 0,000000 0,074638 0,12 0,88
01-02 99,85 47,8 150,0 0,0029 0,0521 709,61 704,41 708,56 703,36 1,05 1,05 1,05 1,05 5,78 2,00
0,000795 0,079391 0,000000 0,079391 0,12 0,88
0,000748 0,017723 0,074638 0,092361 0,11 0,93
02-03 23,71 46,0 150,0 0,0029 0,0637 704,41 702,9 703,36 701,85 1,05 1,05 1,05 1,05 6,51 1,92
0,000795 0,018852 0,079391 0,098243 0,11 0,93
0,000748 0,053409 0,092361 0,145770 0,11 1,05
03-06 71,45 43,9 150,0 0,0029 0,0820 702,9 697,04 701,85 695,99 1,05 1,05 1,05 1,05 8,39 1,92
0,000795 0,056810 0,098243 0,155052 0,11 1,05
0,000748 0,041763 0,000000 0,041763 0,10 1,13
04-05 55,87 41,8 150,0 0,0029 0,1065 708,71 702,76 707,66 701,71 1,05 1,05 1,05 1,05 9,95 1,83
0,000795 0,044422 0,000000 0,044422 0,10 1,13
0,000748 0,039169 0,041763 0,080932 0,12 1,28
05-06 52,40 41,6 150,0 0,0029 0,1092 702,76 697,04 701,71 695,99 1,05 1,05 1,05 1,05 12,12 2,00
0,000795 0,041663 0,044422 0,086085 0,12 1,28
0,000748 0,074003 0,080932 0,154934 0,13 0,98
06-07 99,00 46,8 150,0 0,0029 0,0580 697,04 691,3 695,99 690,25 1,05 1,05 1,05 1,05 6,94 2,08
0,000795 0,078715 0,086085 0,164800 0,13 0,98
0,000748 0,033256 0,154934 0,188191 0,10 0,69
07-08 44,49 50,3 150,0 0,0029 0,0396 691,3 689,54 690,25 688,49 1,05 1,05 1,05 1,05 3,70 1,83
0,000795 0,035374 0,164800 0,200174 0,10 0,69
0,000748 0,060002 0,188191 0,248192 0,11 1,15
08-09 80,27 42,5 150,0 0,0029 0,0977 689,54 681,7 688,49 680,65 1,05 1,05 1,05 1,05 9,99 1,92
0,000795 0,063823 0,200174 0,263997 0,11 1,15
0,000748 0,049911 0,000000 0,049911 0,13 1,11
16-15 66,77 44,8 150,0 0,0029 0,0738 707,49 702,56 706,44 701,51 1,05 1,05 1,05 1,05 8,83 2,08
0,000795 0,053089 0,000000 0,053089 0,13 1,11
0,000748 0,042249 0,049911 0,092159 0,11 0,74
15-14 56,52 50,0 150,0 0,0029 0,0410 702,56 700,24 701,51 699,19 1,05 1,05 1,05 1,05 4,20 1,92
0,000795 0,044939 0,053089 0,098028 0,11 0,74
0,000748 0,047249 0,092159 0,139409 0,13 1,17
14-12 63,21 43,9 150,0 0,0029 0,0819 700,24 695,06 699,19 694,01 1,05 1,05 1,05 1,05 9,80 2,08
0,000795 0,050258 0,098028 0,148286 0,13 1,17
0,000748 0,055651 0,000000 0,055651 0,10 1,16
13-12 74,45 49,8 150,0 0,0029 0,0419 698,18 695,06 697,13 694,01 1,05 1,05 1,05 1,05 3,92 1,83
0,000795 0,059195 0,000000 0,059195 0,10 1,16
0,000748 0,055898 0,195060 0,250958 0,10 1,16
12-10 74,78 41,4 150,0 0,0029 0,1117 695,06 686,71 694,01 685,66 1,05 1,05 1,05 1,05 10,44 1,83
0,000795 0,059458 0,207481 0,266939 0,10 1,16
0,000748 0,052968 0,000000 0,052968 0,11 1,07
11-10 70,86 43,6 150,0 0,0029 0,0848 692,72 686,71 691,67 685,66 1,05 1,05 1,05 1,05 8,67 1,92
0,000795 0,056341 0,000000 0,056341 0,11 1,07
0,000748 0,050127 0,303926 0,354053 0,11 1,00
10-09 67,06 44,7 150,0 0,0029 0,0747 686,71 681,7 685,66 680,65 1,05 1,05 1,05 1,05 7,64 1,92
0,000795 0,053319 0,323280 0,376599 0,11 1,00
0,000748 0,045538 0,354053 0,399591 0,14 0,74
09*17 60,92 52,9 150,0 0,0029 0,0304 681,7 679,85 680,65 678,80 1,05 1,05 1,05 1,05 3,89 2,15
0,000795 0,048437 0,376599 0,425037 0,14 0,74
0,000748 0,045994 0,399591 0,445585 0,12 0,86
17-18 61,53 48,2 150,0 0,0029 0,0496 679,85 676,8 678,80 675,75 1,05 1,05 1,05 1,05 5,50 2,00
0,000795 0,048923 0,425037 0,473959 0,12 0,86
0,000748 0,069069 0,000000 0,069069 0,12 0,95
25-24 92,40 46,6 150,0 0,0029 0,0596 701,61 696,1 700,56 695,05 1,05 1,05 1,05 1,05 6,62 2,00
0,000795 0,073467 0,000000 0,073467 0,12 0,95
0,000748 0,035985 0,069069 0,105054 0,13 0,79
24-23 48,14 50,7 150,0 0,0029 0,0378 696,1 694,28 695,05 693,23 1,05 1,05 1,05 1,05 4,52 2,08
0,000795 0,038276 0,073467 0,111743 0,13 0,79
0,000748 0,044656 0,105054 0,149709 0,20 0,85
23-21 59,74 49,5 150,0 0,0029 0,0434 694,28 691,69 693,23 690,64 1,05 1,05 1,05 1,05 5,19 2,08
0,000795 0,047499 0,111743 0,159243 0,20 0,85
0,000748 0,067111 0,000000 0,067111 0,15 0,64
22-21 89,78 56,8 150,0 0,0029 0,0207 693,55 691,69 692,50 690,64 1,05 1,05 1,05 1,05 2,83 2,22
0,000795 0,071384 0,000000 0,071384 0,15 0,64
0,000748 0,064629 0,216820 0,281449 0,10 1,19
21-19 86,46 41,0 150,0 0,0029 0,1176 691,69 681,52 690,64 680,47 1,05 1,05 1,05 1,05 10,99 1,83
0,000795 0,068744 0,230627 0,299371 0,10 1,19
0,000748 0,072724 0,000000 0,072724 0,13 0,82
20-19 97,29 50,2 150,0 0,0029 0,0402 685,43 681,52 684,38 680,47 1,05 1,05 1,05 1,05 4,81 2,08
0,000795 0,077355 0,000000 0,077355 0,13 0,82
0,000748 0,074653 0,354173 0,428826 0,20 0,84
19-18 99,87 48,7 150,0 0,0029 0,0473 681,52 676,8 680,47 675,75 1,05 1,05 1,05 1,05 5,25 2,00
0,000795 0,079407 0,376726 0,456133 0,20 0,84
0,000748 0,050352 0,874411 0,924762 0,12 0,92
18-26 67,36 47,1 150,0 0,0029 0,0560 676,8 673,03 675,75 671,98 1,05 1,05 1,05 1,05 6,21 2,00
0,000795 0,053558 0,930092 0,983650 0,12 0,92
0,000748 0,054769 0,000000 0,054769 0,15 0,68
30-29 73,27 55,4 150,0 0,0029 0,0236 689,69 687,96 688,64 686,91 1,05 1,05 1,05 1,05 3,23 2,22
0,000795 0,058257 0,000000 0,058257 0,15 0,68
0,000748 0,072575 0,054769 0,127344 0,10 1,13
29-27 97,09 41,7 150,0 0,0029 0,1077 687,96 677,5 686,91 676,45 1,05 1,05 1,05 1,05 10,07 1,83
0,000795 0,077196 0,058257 0,135453 0,10 1,13
0,000748 0,057184 0,000000 0,057184 0,13 0,85
28-27 76,5 49,4 150,0 0,0029 0,0437 680,84 677,5 679,79 676,45 1,05 1,05 1,05 1,05 5,22 2,08
0,000795 0,060825 0,000000 0,060825 0,13 0,85
0,000748 0,065272 0,000000 0,065272 0,15 0,64
31-27 87,32 56,8 150,0 0,0029 0,0207 679,31 677,5 678,26 676,45 1,05 1,05 1,05 1,05 2,83 2,22
0,000795 0,069428 0,000000 0,069428 0,15 0,64
0,000748 0,074720 0,249800 0,324520 0,12 0,82
27-26 99,96 49,2 150,0 0,0029 0,0447 677,5 673,03 676,45 671,98 1,05 1,05 1,05 1,05 4,97 2,00
0,000795 0,079478 0,265707 0,345185 0,12 0,82
0,000748 0,037816 1,249282 1,287098 0,14 0,74
26-32 50,59 52,8 150,0 0,0029 0,0304 673,03 671,49 671,98 670,44 1,05 1,05 1,05 1,05 3,90 2,15
0,000795 0,040224 1,328835 1,369059 0,14 0,74
CÁLCULO: DATA FOLHA
PLANILHA DE CÁLCULO HIDRÁULICO
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS VERIFICADO: 25/08/2021 1

Recmín 0,9
Contribuições Vazões Declividade Cota do terreno Cotas do coletor Profundidade do coletor Profundidade da singularidade
Linear Trecho Montante Jusante Diâmetro Diâmetro Declividade Declividade Intermediária y0/D Velocidade (m/s) Tensão Velocidade
Trecho SM - SJ Extensão (m) (L/s.m) (L/s) (L/s) (L/s) calculado adotado minima Terreno para recuperar Trativa crítica
Montante Jusante Montante Jusante
Inicial Inicial Inicial Inicial (mm) (mm) (m/m) (m/m) recobrimento. Montante Jusante Montante Jusante Inicial Inicial (Pa) (m/s)
Final Final Final Final (m/m) Final Final
0,000748 0,053424 0,000000 0,053424 0,14 0,77
43-40 71,47 52,3 150,0 0,0029 0,0322 688,62 686,32 687,57 685,27 1,05 1,05 1,05 1,05 4,13 2,15
0,000795 0,056826 0,000000 0,056826 0,14 0,77
0,000748 0,041090 0,000000 0,041090 0,15 0,61
42-41 54,97 57,8 150,0 0,0029 0,0189 687,17 686,13 686,12 685,08 1,05 1,05 1,05 1,05 2,59 2,22
0,000795 0,043707 0,000000 0,043707 0,15 0,61
0,000748 0,041090 0,041090 0,082180 0,25 0,32
41-40 54,97 82,2 150,0 0,0029 -0,0035 686,13 686,32 685,08 684,92 1,05 1,40 1,05 1,40 0,62 2,79
0,000795 0,043707 0,043707 0,087413 0,25 0,32
0,000748 0,065466 0,135604 0,201070 0,13 1,05
40-38 87,58 45,7 150,0 0,0029 0,0659 0,0618 686,32 680,55 684,92 679,50 1,40 1,05 1,40 1,05 7,88 2,08
0,000795 0,069635 0,144239 0,213874 0,13 1,05
0,000748 0,072724 0,000000 0,072724 0,13 0,79
39-38 97,29 50,7 150,0 0,0029 0,0379 684,24 680,55 683,19 679,50 1,05 1,05 1,05 1,05 4,54 2,08
0,000795 0,077355 0,000000 0,077355 0,13 0,79
0,000748 0,009904 0,273794 0,283699 0,11 1,05
38-37 13,25 43,9 150,0 0,0029 0,0815 680,55 679,47 679,50 678,42 1,05 1,05 1,05 1,05 8,34 1,92
0,000795 0,010535 0,291229 0,301764 0,11 1,05
0,000748 0,043938 0,283699 0,327637 0,10 1,04
37-34 58,78 43,1 150,0 0,0029 0,0898 679,47 674,19 678,42 673,14 1,05 1,05 1,05 1,05 8,40 1,83
0,000795 0,046736 0,301764 0,348500 0,10 1,04
0,000748 0,072971 0,000000 0,072971 0,11 1,05
36-34 97,62 43,8 150,0 0,0029 0,0826 682,25 674,19 681,20 673,14 1,05 1,05 1,05 1,05 8,44 1,92
0,000795 0,077618 0,000000 0,077618 0,11 1,05
0,000748 0,060951 0,000000 0,060951 0,21 0,42
35-34 81,54 71,6 150,0 0,0029 0,0060 674,68 674,19 673,63 673,14 1,05 1,05 1,05 1,05 1,11 2,58
0,000795 0,064832 0,000000 0,064832 0,21 0,42
0,000748 0,041912 0,461559 0,503471 0,13 0,85
34-33 56,07 49,4 150,0 0,0029 0,0437 674,19 671,74 673,14 670,69 1,05 1,05 1,05 1,05 5,23 2,08
0,000795 0,044581 0,490950 0,535532 0,13 0,85
0,000748 0,073554 0,000000 0,073554 0,12 0,91
44-33 98,4 47,3 150,0 0,0029 0,0553 677,18 671,74 676,13 670,69 1,05 1,05 1,05 1,05 6,14 2,00
0,000795 0,078238 0,000000 0,078238 0,12 0,91
0,000748 0,037816 0,577025 0,614841 0,25 0,42
33-32 50,59 74,3 150,0 0,0029 0,0049 671,74 671,49 670,69 670,44 1,05 1,05 1,05 1,05 1,07 2,79
0,000795 0,040224 0,613769 0,653994 0,25 0,42

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