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MÓDULO-1 Aperfeiçoamente Juventude
MÓDULO-1 Aperfeiçoamente Juventude
NA CONTEMPORANEIDADE:
DIFERENTES PERSPECTIVAS,
DIVERSIDADES, ASPECTOS
ÉTNICOS E CULTURAIS
Autoras
Cristiane de Freitas Cunha Grillo
Carmen Maria Raymundo
Luiza Buzgaib Martins
Organizadoras
Rita Maria Lino Tarcia
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
DE ADOLESCENTES E JOVENS
ADOLESCÊNCIAS E JUVENTUDES
NA CONTEMPORANEIDADE:
DIFERENTES PERSPECTIVAS,
DIVERSIDADES, ASPECTOS
ÉTNICOS E CULTURAIS
Autoras
Cristiane de Freitas Cunha Grillo
Carmen Maria Raymundo
Luiza Buzgaib Martins
Organizadoras
Rita Maria Lino Tarcia
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bibliografia.
ISBN 978-85-66909-40-1
23-144533 CDD-362.21
Índices para catálogo sistemático:
Apresentação do módulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
CONCEITUANDO ADOLESCÊNCIAS E JUVENTUDES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
TRABALHO E JUVENTUDES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
E QUANDO A VIOLÊNCIA VEM DE ONDE ESPERAMOS PROTEÇÃO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
JUVENTUDES E TERRITÓRIOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
SEXUALIDADES, GÊNEROS E AFETOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
JOVENS COM DEFICIÊNCIA, DIREITOS E EQUIDADE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: DISCUTINDO MATERNIDADES E PATERNIDADES JUVENIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
CONVERSANDO SOBRE FAMÍLIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
ADOLESCÊNCIAS E JUVENTUDES: SINGULARIDADES E DIVERSIDADES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Encerramento do módulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Minicurrículo das autoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Material de apoio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental
e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
apresentação do módulo
As adolescências e as juventudes brasileiras vêm con- de fundo que influencia a adoção de suas práticas cotidianas.
quistando um novo olhar nas últimas décadas. A Constituição Se pensarmos nos jovens do século XXI, podemos constatar
de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, que eles vivem em um mundo globalizado, mas com profun-
1990), o Estatuto da Juventude (BRASIL, 2013) e a definição das desigualdades sociais. Conforme vimos no caso comple-
dos instrumentos legais de proteção a essa população repre- xo, a condição juvenil pode ser vivida de forma desigual e di-
sentam grandes avanços para o reconhecimento e a garantia versa, ainda que em um mesmo território, devido a diferenças
dos direitos juvenis. Indicam a necessidade de compreensão de raça, etnia, gênero, orientação sexual, inserção no mercado
das diversidades desses grupos populacionais e a criação de de trabalho, configurações familiares etc.
condições necessárias para a plena realização de suas poten-
cialidades. Nesse contexto, existem situações diferenciadas de
vulnerabilidade juvenil. Não podemos, portanto, homogenei-
Neste módulo, abordaremos alguns dos principais te- zar a categoria juventude. Em cada tempo e lugar, fatores his-
mas que envolvem as juventudes contemporâneas e que de- tóricos, estruturais e conjunturais determinam as vulnerabilida-
verão ser considerados pelas equipes multidisciplinares nas des e as potencialidades das juventudes.
intervenções realizadas em muitos contextos por diferencia-
dos setores. Assim, é fundamental refletir sobre questões ligadas
às novas configurações familiares, às identidades de gênero e
Convidamos você a conhecer as histórias de três jo- orientações sexuais, às violências, à desigualdade de direitos
vens moradores de um mesmo território e protagonistas de di- e oportunidades, à gravidez na adolescência, ao trabalho, en-
ferentes trajetórias. Por meio dessas narrativas, reafirmamos o tre tantos outros aspectos.
entendimento das adolescências e das juventudes como pro-
cessos complexos, plurais e heterogêneos de emancipação.
A pluralidade do conceito de adolescência abrange as pecu- Você considera
liaridades existentes nas várias regiões do país, nos territórios possível pensar em
rurais e urbanos, assim como nos diferentes gêneros, raças, um único jeito de
etnias e classes sociais. ser adolescente?
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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Fonte: Freepik
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1 Sobre a morte juvenil por causas externas, o Atlas da Violência tem sido um referencial importante. Na seção sobre violências e
juventudes, apresentaremos os dados mais recentes.
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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TRABALHO E JUVENTUDES
Já reparou como na paisagem contemporânea tem sido
muito comum nos depararmos com adolescentes e jovens em
motocicletas, bicicletas e até mesmo a pé carregando mochilas
de entrega? Na verdade, ainda conhecemos pouco seus cotidia-
nos de trabalho, possíveis situações de risco à saúde e, em es-
pecial, de que forma interpretam o trabalho e a si mesmos como
trabalhadores.
Proposição ?
Você avalia que o trabalho possa ter implicações na saúde
juvenil? Você já pensou que existe uma possível relação en-
tre a experiência de trabalho na adolescência e na juventude
e o aproveitamento escolar, a necessidade de tempo livre e a
convivência familiar e comunitária?
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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De acordo com Novaes (2007), ser jovem é viver uma con- Conforme vimos nas histórias de José Ribamar e de seus
traditória convivência entre as normas e valores familiares e sociais amigos, apesar de a Lei no 12.009 (BRASIL, 2009) regulamentar
e, ao mesmo tempo, grandes expectativas de emancipação. Os serviços como mototaxista e motoboy, sabemos, pelo Ministério
jovens do século XXI vivem uma experiência geracional em co- da Saúde (GIANNINI, 2018), que os motoboys são os que mais
mum e historicamente inédita: a aceleração da globalização e o sofrem acidentes. Porém, esses acidentes, que por vezes trazem
agravamento das desigualdades. Assim, as características do tem- consequências sérias, não são considerados acidentes de tra-
po contemporâneo compreendem: as mudanças tecnológicas do balho, e sim acidentes de trânsito. Esse fato mascara quanto as
mundo do trabalho (mutante e restrito), maior violência simbólica e formas de trabalho contemporâneas podem representar riscos
física, além da evidência dos riscos ecológicos. Esses marcadores à saúde juvenil, assim como a ausência de direitos trabalhistas e
relacionam-se com a vivência contemporânea juvenil, caracteriza- previdenciários (RAYMUNDO; VEIGA, 2013). Orientações impor-
da por múltiplas entradas e saídas do mundo do trabalho e da es- tantes sobre essa temática podem ser encontradas no Módulo
cola. Temos uma juventude com escolaridade cada vez maior em de autoaprendizagem sobre Saúde e Segurança no trabalho In-
relação às gerações anteriores, mas, por outro lado, o mundo do fantil e Juvenil, organizado pela Organização Internacional do
trabalho não tem correspondido a esse novo patamar de escolari- Trabalho (2007).
dade. Isso tem gerado entre os jovens o medo “de sobrar”.
Saiba mais
Esse contexto tem significado, sobretudo, para jovens
Vamos ver um curta que aborda o cotidiano,
das camadas populares, jovens negros, jovens LGBTQIA+
as dificuldades, os medos e os sonhos de mo-
e mulheres, que habitualmente se inserem precocemente
toboys que circulam na cidade de São Pau-
no mundo do trabalho informal e sem garantia de direitos.
lo? Clique no ícone, faça seu cadastro e assis-
ta ao vídeo. Nele é possível identificar alguns clique e
acesse
problemas apresentados em nosso caso de
estudo: os acidentes, a ausência de direitos, a violência a
que estão submetidos e o preconceito. Os acidentes de
trabalho não são as únicas causas externas de morbimor-
talidade entre os jovens. Há também uma preocupação
muito elevada com a violência, assunto que merece nossa
atenção e que iremos agora saber um pouco mais!
Fonte: WikiMedia
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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Estamos falando da violência institucional, que pode A violência objetiva se divide em duas modalidades: vio-
ser observada nas práticas discriminatórias em razão de diferen- lência sistêmica e violência simbólica. A violência sistêmica, apoia-
ças de território, gênero, raça, etnia, orientação sexual e religião, da pelas relações sociais, políticas e econômicas, sustenta laços
que são terreno fértil para a ocorrência desse tipo de violência. de dominação e exploração. Essa forma de violência é invisível
e pode utilizar o poder político, econômico ou midiático para se
consolidar. Já a violência simbólica está encarnada na linguagem
A violência institucional é aquela praticada pela ação e/ e em suas formas, impondo um certo universo de sentido. As vio-
ou pela omissão das instituições prestadoras de servi- lências sistêmica e simbólica constituem um ciclo no qual uma
ços públicos, como hospitais, postos de saúde, escolas, sustenta a outra em um decurso imperceptível e dissimulado.
delegacias, Judiciário, entre outras, no exercício de suas
funções. É perpetrada por agentes que deveriam garantir No caso complexo, identificamos uma violência subjetiva,
atenção humanizada, preventiva e reparadora de danos. explícita, no relato de Renata, que foi expulsa de casa, de alguma
forma da escola e trabalhava na exploração sexual comercial.
Zizek, um intelectual da Eslovênia, em seu livro Violência A violência sistêmica pode A violência simbólica surge
(2014), propõe uma distinção entre agressão e violência. Habi- ser vista no trabalho preca- na fala da Renata quando
tuamo-nos a pensar que só há violência quando há agressivida- rizado de José e na falta de ela conta que seu nome so-
de, entretanto esse autor discute que há dois tipos de violência: acesso aos banheiros na cial não foi respeitado no
subjetiva e objetiva. A subjetiva é visível e a objetiva, invisível. escola de Lucca. centro de saúde.
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As violências incidem sobre as vidas dos jovens sob a for- Veja o que os autores do Atlas escreveram na página 27:
ma de genocídio, de extermínio violento, mas também de segre-
gação, evasão escolar, sofrimento psíquico etc.
Com efeito, no Brasil a violência é a principal causa
RACISMO
de morte dos jovens. Em 2019, de cada 100 jovens entre
Com relação especificamente às práticas discriminatórias 15 e 19 anos que morreram no país por qualquer causa, 39
que têm como base o racismo, a médica Jurema Werneck, ativis- foram vítimas da violência letal. Entre aqueles que possuíam
ta do movimento de mulheres negras e doutora em Comunica- de 20 a 24, foram 38 vítimas de homicídios a cada 100 óbi-
ção e Cultura, alerta-nos que, no nosso país, elas se manifestam tos e, entre aqueles de 25 a 29 anos, foram 31. Dos 45.503
de forma institucional, seja na forma de exclusão, prioridades ou homicídios ocorridos no Brasil em 2019, 51,3% vitimaram
metas de realização das diversas instituições sociais, nas áreas jovens entre 15 e 29 anos. São 23.327 jovens que tiveram
da educação, do mercado de trabalho, da política, da segurança suas vidas ceifadas prematuramente, em uma média de 64
pública, da esfera privada e, também, da saúde. jovens assassinados por dia no país.
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rizadas em sua potencialidade. Lembra-se de como foi bacana o Esses jovens exercem “resistência” em um território defi-
encontro entre José, Lucca e Renata? Ali existe potência! Como nido, em um espaço em que os acontecimentos e fatos ocorrem,
bem interpretam Coimbra e Nascimento, os jovens periféricos: em que a existência se manifesta e a vida flui. Por isso, é muito
importante conversarmos sobre território.
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SEXUALIDADES, GÊNEROS E AFETOS de gênero, estéticos, entre outros constitui estratégia de poder
em uma sociedade fundada em desiguais relações sociais.
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Distinguindo esses conceitos, foi possível compreender Sexo biológico – masculino ou feminino (características ge-
que as definições do que é ser homem ou mulher são, na ver- notípicas e fenotípicas)
dade, construções sociais e históricas, motivo pelo qual Scott Papel sexual – determinada cultura considera como con-
(1998 apud MARTINS, 2021) afirma que gênero é uma categoria duta masculina ou feminina (é dinâmico – perspectiva de
historicamente determinada para justamente tornar visível a dife- gênero)
rença entre homens e mulheres. De acordo com Martins (2021, Orientação do desejo ou orientação sexual – homosse-
p. 16), “[...] é nesta esteira que são construídos e delimitados pa- xual, heterossexual ou bissexual (não depende de “esco-
péis sociais atribuídos ao masculino e ao feminino, sendo vistos lhas conscientes”)
com estranhamento e mesmo sendo oprimidos quaisquer com- Identidade sexual – quem acreditamos ser
portamentos que fujam à lógica socialmente padronizada”.
Você conhece algum adolescente que se nomeia trans
ou não binário? E adolescentes que se nomeiam homossexuais,
bissexuais, assexuais?
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No nosso caso complexo, você conheceu Lucca, jovem Vamos ler o que os autores escreveram na página 58 do Atlas:
trans engajado que tem uma família que o apoia, que frequenta
uma escola que tem ouvido algumas de suas demandas e que
A violência contra pessoas LGBTQI+ no Brasil é um
conversa com a rede de saúde.
fenômeno histórico. Na dimensão simbólica, a violência
opera ora pelo recurso ao holofote lançado sobre a ideia de
Conhecemos também Renata, adolescente trans que foi
um modelo único e compulsório de família nuclear, cis, hete-
expulsa de casa, está fora da escola, vive em uma ocupação e
rossexual e biparental, que apaga as diversidades sexuais e
trabalha na exploração sexual comercial.
de gênero (MELLO, 2006), ora pelo recurso aos estereótipos
e estigmas que marcam LGBTQI+ como agentes desviantes,
Infelizmente, histórias como a de Renata são comuns.
de contaminação e degeneração, recorrendo a discursos
morais, sociais, biológicos, religiosos e médicos. Na dimen-
Além da sexualidade, a violência relacionada às diversi-
são corporal, a violência se materializa na forma de abando-
dades sexuais e de gênero também é outro assunto que precisa
no, estupros “corretivos”, assassinatos e espancamentos.
ser discutido. Afinal, vivemos em um país que lidera a estatística
Ainda que diferentes, as violências corporais e simbólicas
de mortes violentas contra pessoas trans e travestis.
se sobrepõem, visando aniquilação, apagamento e silencia-
Saiba mais mento de sexualidades e expressões de gênero dissidentes
do modelo único cis hétero historicamente imposto no Bra-
Esse assunto despertou seu interesse? Vamos
sil, que ganhou força recentemente com a ascensão de mo-
ver o informe de 2022 da Associação Nacional de
vimentos moralistas anti-LGBTQI+ operados pela narrativa
Travestis e Transexuais do Brasil (ANTRA) (BENE-
de suposta priorização da infância e da família (KALIL, 2020)
VIDES, 2022)? É só clicar aqui. Esse informe traz clique e
acesse (CERQUEIRA et al., 2021, p. 58).
informações sobre violências e assassinatos de
travestis e transexuais brasileiras em 2021.
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Dois gráficos ajudam a observar a incidência da violência FIGURA 2 – BRASIL: PERFIL DE PESSOAS TRANS VÍTIMAS DE
contra a população LGBTQIA+, de acordo com raça/cor, eviden- VIOLÊNCIAS, POR RAÇA/COR (2019)
ciando diferentes fatores que atribuem maiores graus de vulne-
rabilidade.
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Saiba mais
Que tal conversar com outras pessoas sobre as -
Vamos assistir a um vídeo bem curtinho no
vivências das suas adolescências e juventudes?
qual uma ginecologista fala um pouco sobre
esse assunto? Vamos lá. Esse vídeo discute Assim, do mesmo modo que diferentes contextos sociais
contracepção e adolescência na gravidez. acompanham diferentes vulnerabilidades e potencialidades,
clique e podem definir infinitas possibilidades e significantes para a gra-
acesse
videz na adolescência e juventude! Esteves (2003) e Catharino
(2002), por exemplo, mostram que essa gravidez, muitas vezes,
A gravidez na adolescência é uma questão complexa,
além de ser desejada pelas jovens e pelos jovens, desempenha
não é? É uma discussão que geralmente vem acompanhada por
um papel importante na vida psíquica e social deles.
muita preocupação!
Isso acontece, sobretudo, porque, em geral, a gravidez
Nesse sentido, é válido mencionar que o próprio Minis-
na adolescência é tratada como problema de saúde pública e
tério da Saúde já compreendeu que, embora a gravidez de ado-
social, além de ser vista, de forma generalizada, como algo ne-
lescentes e jovens possa ser interpretada majoritariamente como
gativo. Também existe a ideia de que adolescentes sempre são
um ‘evento-problema’ ou ainda como indesejável em muitas aná-
incapazes de lidar com ela!
lises e políticas, avaliamos ser mais adequado entendê-la como
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um ponto de inflexão que poderá resultar uma multiplicidade de Os estudos demográficos, psicossociais e epidemiológi-
experiências de vida - por isto pode assumir diferentes significa- cos são frequentemente restritos às mulheres, invisibilizando o
dos, ser também tratada de diferentes formas e apresentar dife- parceiro masculino. Com frequência, as intervenções profissio-
rentes desfechos (BRASIL, 2006 apud BRASIL, 2010). nais não têm levado em consideração o papel que os meninos
e os homens podem desempenhar. Além disso, existe a tendên-
Ampliando esse enfoque, a sexualidade e a reprodução
cia de reduzir as temáticas saúde sexual e saúde reprodutiva à
são dimensões fundamentais da saúde humana e pressupostos
prevenção de gravidez na adolescência e ao uso de anticoncep-
para a qualidade de vida e bem-estar físico, psicológico e social
cionais, o que também dificulta alcançar as diferentes formas de
e para a satisfação e prazer. Pessoas jovens devem ser reconhe-
exercício da sexualidade.
cidas como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, que são
afirmados como Direitos Humanos. A consciência desse direito
implica reconhecer a individualidade e a autonomia dessas pes-
soas, estimulando-as a assumir as responsabilidades relaciona-
das à sua própria saúde. Assim, garantir os direitos reprodutivos a
adolescentes e jovens, de ambos os sexos, significa assegurar as
condições de escolha para aqueles e aquelas que não querem
engravidar, que querem planejar uma gravidez ou que já vivem
uma gravidez.
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Proposição ?
Você sabia que um adolescente pode ser atendido sem os
Feedback orientador:
responsáveis legais? O que você pensa sobre isso?
Se você trabalha em um serviço que atende adolescentes,
que tal experimentar acolher o adolescente sem a família
mas ao mesmo tempo, promover um acolhimento da famí-
lia? Uma outra pessoa poderia acolher a família ou você mes-
mo, em outro momento.
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Adolescências e juventudes: dígenas. Em 2007, foi aprovada a Declaração das Nações Unidas
sobre os Direitos dos Povos Indígenas, depois de mais de 20
Fonte: WikiMedia
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Da mesma forma, Lucca, embora atravessado pelo ra- • Ampliar redes intersetoriais de compromisso com a ju-
cismo e pela transfobia, cotidianamente luta por mudanças que ventude;
parecem pequenas, mas que podem fissurar a intolerância es- • Buscar espaços ampliados para conversar com os jo-
trutural. vens sobre aspectos da vida;
• Instalar equipamentos múltiplos, como centros de ju-
Nesse contexto, Renata, que ainda vive tantas violências ventude;
e violações, resiste construindo seu corpo e seu nome e sonhan- • Fomentar a participação juvenil nas ações de planeja-
do com uma vida possível. mento e avaliação dos serviços;
• Propor educação entre pares, como a de jovens promo-
Acreditamos em um olhar sobre essas histórias que iden- tores de saúde;
tifique e valorize as potencialidades desses jovens. A elaboração • Potencializar o acolhimento de adolescentes e jovens
de políticas públicas, via de regra, não inclui a participação ju- nos diferentes serviços, reconhecê-los como sujeitos de
venil. Um entendimento amplo sobre essas trajetórias reforça a direitos e valorizar a autonomia juvenil.
importância das políticas públicas e das instituições e de seus
agentes olharem para os desafios sem deixar de valorizar as múl-
tiplas vozes, identificando e visibilizando as potencialidades pre-
sentes nesses espaços.
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ESTEVES, J. R. Trajetórias de vida: repercussões da gravidez LANGDON, E. J.; WIIK, F. B. Antropologia, saúde e doença: uma
adolescente na biografia de mulheres que viveram tal experiên- introdução ao conceito de cultura aplicado às ciências da saúde.
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MARTINS, L. B. Desafios e Possibilidades para o Atendimento
GIANNINI, D. Motoboys são os que mais sofrem acidentes, diz à Saúde de Adolescentes Transexuais na Atenção Primária
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TERNACIONAL, DIREITOS HUMANOS, VIOLÊNCIA E POBREZA: nóstico e mulheres em situação de violência. Rio de Janeiro: Edi-
A SITUAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA AMÉRICA LA- tora FIOCRUZ, 2015.
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Unidas_sobre_os_Direitos_dos_Povos_Indigenas.pdf. Acesso
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-no-cerebro-e-no-corpo-de-criancas-segundo-harvard/. Acesso mentos, percepções e demandas por direitos e políticas públi-
em: 17 nov. 2022. cas. Revista Sociologia Especial, v. 1, n. 2, p. 6-15, 2007.
KEHL, M. R. Em defesa da família tentacular. Fronteiras do pen- ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Módulos de
samento, 2013. Disponível em: <https://www.fronteiras.com/ auto-aprendizagem sobre saúde e segurança no trabalho in-
leia/exibir/maria-rita-kehl-em-defesa-da-familia-tentacular>Aces- fantil e juvenil. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007.
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PEREIRA, R. C. Dicionário de direito de família e sucessões.
São Paulo: Saraiva, 2015.
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental
e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
material de apoio
1 Título do material Adolescências: impasses e construções
https://www.youtube.com/playlist?list=PLl6cIaEsBeBSMw1wilmM40A-
Link
CO1mhIARDv
2 Título do material Boas práticas do setor saúde para a erradicação do trabalho infantil
OIT, 2009.
https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/---ilo-
Link
-brasilia/documents/publication/wcms_233585.pdf
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental
e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
material de apoio
3 Título do material
Gravidez na adolescência, iniciação sexual e gênero: perspectivas em
disputa
https://www.scielo.br/j/csp/a/WryX9xCMY5vwNwjM33pqbyb/?format=p-
Link
df&lang=pt
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
material de apoio
4 Título do material
Atenção integral à saúde de adolescentes em situação de trabalho: lições
aprendidas
https://www.scielo.br/j/csc/a/Y6qYVfHXG76LMpRm5wXKvQw/abstrac-
Link
t/?lang=pt
ABONG, 2020.
Sinopse, resumo, contexto, referência Esse material é fruto de ações empreendidas em uma organização da so-
ciedade civil com vistas à superação do racismo institucional no mundo
do trabalho.
https://abong.org.br/wp-content/uploads/2020/11/Cartilha-Racismo-Ins-
Link
titucional.pdf
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material de apoio
6 Título do material
Quatro experiências de protagonismo juvenil em escolas públicas e
particulares
https://www.correiodoestado.com.br/economia/profissoes/quatro-expe-
Link
riencias-de-protagonismo-juvenil-em-escolas-publicas-e/314003/
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
material de apoio
7 Título do material Cabeça de Porco
Sinopse, resumo, contexto, referência O livro relata e analisa a violência urbana originada do tráfico de drogas,
com dados apresentados baseados em pesquisas, entrevistas e filma-
gens feitas por todo o Brasil.
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGR-
Link vbWFpbnxwc2ljb3ZscHJ1ZGVudGUyMDE1fGd4OjIyMmE1MmE2MzRlN-
jUzN2Y
Módulo: Adolescências e juventudes na contemporaneidade: diferentes perspectivas, diversidades, aspectos étnicos e culturais
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
material de apoio
8 Título do material Vista minha pele
Link https://www.youtube.com/watch?v=FRq4fkkm5Iw
Link https://www.youtube.com/watch?v=Qi8Rwp4Sdr0
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10 Título do material Diz aí – parte 1
Sinopse, resumo, contexto, referência Neste programa os jovens falam o que pensam sobre diversos temas:
cidade, família, cultura e democracia, educação e mídia.
https://www.youtube.com/watch?v=PmozPqRXcfQ&list=PLNM2T4DNz-
Link
mq5fNbCGK9hBFtPYnvJMImCG&index=2
Contribuições do material para o estudo do tema Compartilhar as elaborações juvenis sobre a temática da violência.
https://canaisglobo.globo.com/assistir/canal/diz-ai-enfrentamento-ao-ex-
Link
terminio-da-juventude-negra/t/ZkczbGQpDT
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material de apoio
12 Título do material Hoje eu quero voltar sozinho
Sinopse, resumo, contexto, referência O premiado filme traz à tona questões relevantes como o despertar da
sexualidade, autonomia na adolescência, relações familiares, deficiência
física, amizade, homossexualidade e amor.
Link https://www.facebook.com/watch/?v=567799810629752
Link https://www.youtube.com/watch?v=ktCXZg-HxGA
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material de apoio
14 Título do material Todo Jovem tem o Direito à Participação.
Sinopse, resumo, contexto, referência O vídeo fala sobre o direito à participação juvenil, de acordo com o que
preconiza o Estatuto da Juventude.
https://www.youtube.com/watch?v=w2vV_D4iD68
Link
https://www.youtube.com/watch?v=vJbWUvYydEg
Contribuições do material para o estudo do tema Divulgar questões importantes da socialização da juventude periférica.
Link https://www.youtube.com/watch?v=vlZ9MGgC1NI
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material de apoio
16 Título do material Terra de Gigantes
Link https://www.youtube.com/watch?v=4jRVaN520wM
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material de apoio
17 1 - De gravata e unha vermelha (Precisa ser adquirido no YouTube)
Título do material
2 - Amarelo - é tudo para ontem (Precisa ser adquirido no Netflix)
2 - Emicida, 2021.
1 - https://www.youtube.com/watch?v=bkNIdhOhLqI
Link
2 - https://www.netflix.com/br/title/81354431
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Realização
FIOCRUZ MATO GROSSO DO SUL