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Como lidar com pessoas que você não

suporta
(mas com quem é obrigado a conviver)
Por Letícia Colombini
.
Às vezes você tem vontade de mandar acorrentar o seu chefe
brucutu num rochedo, para um abutre lhe devorar o fígado? No
trabalho, tem que aturar gente que só fica enrolando, enrolando e
nunca decide nada? Já está cansado de ouvir dos "frentes-frias" de
plantão "não vai dar certo" ou "não tenho nada a ver com isso"? A
úlcera ataca só de ouvir a voz do "sabe-tudo" do escritório, que parece
que vive testando a sua paciência? Pois é. Ninguém está imune a
conviver com gente insuportável. "Esse pessoal pode tomar sua vida
estressante e desagradável, impedindo-o de alcançar metas
importantes", dizem os médicos americanos Rick Brinkman e Rick
Kirschner, autores do livro Como Lidar com Pessoas que Você Não
Suporta (Editora José Olympio). Especializados em questões
relacionadas ao bem-estar psíquico e emocional, eles estenderam seus
domínios para além do consultório e hoje também prestam consultoria
a empresas como AT&T, Hewlett-Packard, Texaco e Quaker. Veja
alguns de seus conselhos para lidar com essa turminha difícil de
engolir:

1) Em primeiro lugar, pare de perder tempo reclamando. Ficar


sofrendo e praguejando porque o outro não muda não ajuda em nada.
Ao contrário, a frustração e as divergências tendem a piorar, o que
pode acabar comprometendo seu moral e sua produtividade.

2) Tente mudar de opinião sobre quem você não suporta. É difícil,


sem dúvida. Mas talvez a tal criatura não seja assim tãããão intragável
quanto você imagina. Respire fundo e procure ver o que ela tem de
bom. Ouço-a de verdade. Aproxime-se dela. Ao mudar seu
comportamento, a figura também aprenderá novas formas de agir com
você.

3) Enfatize as semelhanças. Para se relacionar bem (ou menos mal)


com alguém cujo santo não bate com o seu, o primeiro passo é
encontrar alguma afinidade, algum interesse comum. Você já não se
viu conversando com alguém e de repente descobriu que ambos
cresceram na mesma cidade ou estudaram no mesmo colégio? Nessa
hora, as diferenças e as distâncias tendem a diminuir.

4) Você quer ser ouvido e compreendido? Pois então trate, antes,


de ouvir e compreender. Dê ao fulano abertura para ele falar o que
quiser - sem fazer cara de tédio, é óbvio. Ao saber o que ele pensa e
sente, a probabilidade de também querer escutar o que você tem a
dizer aumenta consideravelmente.

5) Esclareça. Ao ouvir o que a pessoa quer falar, demonstre interesse.


Como? Fazendo perguntas que exijam mais que um grunhido como
resposta, bem entendido: “Do que está falando?” , “A que está se
referindo?” ,“Onde aconteceu?” , “Quando?” , “Como?”. A capacidade
de fazer perguntas certeiras é fundamental para obter as respostas que
você quer.

6) Seja franco. Muito mais eficiente do que se supõe, a melhor política


para conseguir o melhor das pessoas é estabelecer com elas um
diálogo honesto e construtivo. Mas antes procure criar um clima de
confiança e harmonia. Ou o tempo pode fechar...

7) Não perca a cabeça. Todo mundo sabe que quando um não quer,
dois não brigam. Sim, arme-se de paciência. Durante uma conversa ou
uma reunião, quanto mais você discordar, mais iminente será a briga.
Posicione-se, mas refreie os impulsos de levar a coisa para o lado
pessoal. Não se queime à toa...

8) Às vezes, a melhor opção é capitular. Nem todos os problemas


têm solução, e alguns deles simplesmente não compensa resolver. Se
a situação está insustentável, se tudo o que faz ou diz só piora as
coisas e você acredita que a situação degringolou mesmo, lembre-se
de que a prudência vale mais que a coragem. Fique na sua. Ou desista
de vez.

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