Flexão Mayara Gonçalves Costa Especialista em Projeto, Desempenho e Construção de Estruturas e Fundações; Mestre em Engenharia Civil com ênfase em Estruturas e Construção Civil. http://lattes.cnpq.br/2454366732977180 @numea.ufpa @mayara_g_costa 1. Introdução • Até então aprendemos o comportamento das forças internas de elementos submetidos à esforços axiais;
• Neste tópico será avaliado as tensões e as deformações associadas à
elementos submetidos ao momento fletor;
• Quando uma viga é solicitada por forças ou binários, verifica-se a
formação da curva de deflexão, ou seja, verifica-se o deslocamento do seu eixo inicialmente reto e o desenvolvimento de tensões normais e de cisalhamento na seção transversal. 1. Introdução
• Flexão Pura: Membros prismáticos submetidos
a conjugados de valores iguais e opostos atuando em um plano longitudinal; 1. Introdução
Os efeitos das forças na viga de espuma podem
ser simplificadas da forma abaixo:
Viga de espuma
Viga de espuma com
força concentrada 1. Introdução Tipos de Flexão M0 M0
• Flexão Pura: Apenas momentos fletores
atuam em diversas seções transversais; M0
P P a a
P • Flexão Simples: Momentos fletores e
esforços cortantes solicitam a seção -P simultaneamente
fora do centro de gravidade da seção produz Distribuída produz as seguintes forças: Força Axial + Momento Força Cortante e Momento Fletor.
• Principio da Superposição: As tensões normais devido à flexão pura
correspondem a tensão normal devido à força axial e a tensão de cisalhamento devido as forças transversais. 2. Membro sob Flexão Pura • As forças internas em qualquer seção são equivalentes ao conjugado que é o momento fletor na seção;
• Da estática, um conjugado M consiste de duas
forças iguais e opostas;
• A soma das componentes das forças em qualquer
direção é igual a zero;
• O momento do conjugado em relação a qualquer
eixo contido no seu plano, é igual a zero. 2. Membro sob Flexão Pura • Temos então que a soma das componentes e dos momentos dos esforços no elemento são iguais a produzida pelo conjugado M. 2. Membro sob Flexão Pura • Membro permanece simétrico;
• Curva-se uniformemente em forma de arco;
• Seção transversal permanece plana e seu plano passa pelo
ponto C (centro do arco);
• Comprimento da fibra extrema superior diminui e da
inferior aumenta;
• A superfície neutra existe e é paralela as superfícies
superior e inferior além disso seu comprimento não muda.
• As tensões e deformações são negativas (compressão)
acima do plano neutro e positivas (tração) abaixo dele. 3. Deformação Causada por Flexão • A borda inferior da viga fletida da figura se alonga ( 0), pois é tracionada ( 0) e a borda superior se encurta ( 0), pois é comprimida ( 0). Existe uma superfície neutra que não alonga e nem encurta ( = 0), não é tracionada e nem comprimida ( = 0). Do encontro da superfície neutra com uma determinada seção transversal resulta a linha neutra que são pontos da seção com tensão normal nula ( = 0). 3. Deformação Causada por Flexão 3. Deformação Causada por Flexão • Considerando um segmento de viga de comprimento L. Após deformação, o comprimento da superfície neutra permanece L.
• Nas outras seções:
(deformação varia linearmente na seção
transversal)
Deformação Máxima (y=c):
4. Tensão Causada por Flexão • Para material linearmente elástico: Lei de Hooke
• Para equilíbrio estático:
(tensão varia linearmente na seção transversal) • Para Equilíbrio estático:
• Momento de primeira ordem em relação ao
plano neutro é zero, logo a superfície neutra tem que passar pelo centro de gravidade da seção. 5. Propriedades da Seção da Viga • Tensão normal máxima devida a flexão:
• Quanto maior for o módulo resistente ou
módulo da seção W, menor será a tensão máxima.
• Para uma viga de seção retangular:
5. Propriedades da Seção da Viga • Entre duas vigas com a mesma seção transversal, a viga de maior altura será mais eficiente em resistir flexão;
• Vigas estruturais de aço são dimensionadas para terem um módulo resistente
grande. 6. Deformação em Seção Transversal • Deformação devida ao momento fletor é quantificada pela curvatura da superfície neutra;
• Apesar da seção transversal permanecer plana quando
submetida a flexão, as deformações no plano são diferente de zero;
• Expansão dos elementos acima da superfície neutra e
contração abaixo provocam curvatura da seção. • Exemplo 1: Uma peça de ferro fundido é submetida à ação do conjugado de
3 kN.m. Sabe-se E = 165 GPa e desprezando o efeito da curvatura das arestas,
determine: a) as máximas tensões de compressão e tração; b) o raio de curvatura da peça. • Exemplo 1: Uma peça de ferro fundido é submetida à ação do conjugado de
3 kN.m. Sabe-se E = 165 Gpa e desprezando o efeito da curvatura das arestas,
determine a) as máximas tensões de compressão e tração; b) o raio de curvatura da peça. • Exemplo 1: Uma peça de ferro fundido é submetida à ação do conjugado de
3 kN.m. Sabe-se E = 165 Gpa e desprezando o efeito da curvatura das arestas,
determine a) as máximas tensões de compressão e tração; b) o raio de curvatura da peça. • Exemplo 1: Uma peça de ferro fundido é submetida à ação do conjugado de
3 kN.m. Sabe-se E = 165 Gpa e desprezando o efeito da curvatura das arestas,
determine a) as máximas tensões de compressão e tração; b) o raio de curvatura da peça. • Resumo: - A seção transversal de uma viga reta permanece plana quando a viga se deforma devido à flexão, o que provoca esforço de tração em um lado da viga e esforço de compressão no outro. O eixo neutro é submetido a tensão nula;
- Devido à deformação, a deformação longitudinal varia linearmente de
zero no eixo neutro a um máximo nas fibras externas da viga. Desde que o material seja homogêneo e a lei de Hooke a ele se aplique, a tensão também variará de maneira linear em toda a seção;
- No caso de material linear-elástico, o eixo passa pelo centroide da área
da seção transversal. Essa conclusão baseia-se no fato de que a força normal resultante que atua sobre a seção transversal deve ser nula;
- A formula da flexão baseia-se no requisito de que o momento resultante
na seção transversal é igual ao momento produzido pela distribuição da tensão normal linear em torno do eixo neutro. 7. Carga Axial Excêntrica • Tensões devidas a cargas excêntricas calculadas por superposição da tensão uniforme devida a carga centrada e distribuição linear das tensões causadas por flexão pura;
• É necessário tensões abaixo do limite de
proporcionalidade, deformações tem efeitos desprezíveis na geometria e tensões não calculadas próximo do ponto de aplicação da carga. 8. Flexão Assimétrica • Analise de flexão pura tem sido limitada a membros submetido a conjugados atuando em planos de simetria;
• Membros permanecem simétricos e flexionam
em planos de simetria;
• O eixo neutro da seção coincide com o eixo do
conjugado; 8. Flexão Assimétrica • Vamos agora considerar situações em que o conjugado não atua em um plano de simetria;
• Não podemos assumir que o membro irá
flexionar no plano do conjugado;
• Em geral, o eixo neutro da seção não
coincidirá com o eixo do conjugado. 8. Flexão Assimétrica Superposição é aplicada para determinar as tensões na maioria dos casos de flexão não simétrica.
• O vetor conjugado é decomposto em componentes ao
longo do eixo principal do centroide;
• Superpor as componentes da distribuição das tensões;
• Ao longo do eixo neutro.
9. Caso Geral de Carga Axial Excêntrica • Considere um membro reto submetido a cargas excêntricas iguais e opostas;
• A força excêntrica é equivalente para um sistema
de força centrada e dois conjugados;
• Pelo principio da superposição, a distribuição de
tensão resultante é:
• Se a linha neutra encontra-se na seção, pode ser
encontrada por: • Resumo: - A fórmula da flexão é aplicada somente quando a flexão ocorre em torno de eixos que representam os eixos de inércia principais da seção transversal. Esses eixos têm origem no centroide e são direcionados ao longo do eixo de simetria, se houver um, e perpendicularmente a ele;
- Se aplicado em torno de algum eixo arbitrário, o momento deve ser
desdobrado em componentes ao longo de cada eixo principal. Assim, a tensão em determinado ponto será calculada pela superposição da tensão que cada componente do momento provoca.