Professional Documents
Culture Documents
3VK3PE
3VK3PE
com/p/g/3VK3PE
O conflito Israel contra seus vizinhos islâmicos é bem fácil de entender. Pode ser difícil de
resolver, mas entendê-lo é simples. Se os árabes baixarem as armas amanhã, depois de
amanhã haverá paz. Se Israel fizer o mesmo, será varrido do mapa no mesmo dia. Os
judeus nunca agiram contra seus vizinhos árabes, apenas reagiram.
Em 1947, a ONU dividiu o território da Palestina entre judeus e árabes, a maior parte
ficando com os últimos. Os judeus aceitaram o acordo, mas os árabes (nenhum país de
maioria muçulmana) não; assim, um ano depois, o recém-criado Estado judeu foi atacado
por todos os seus vizinhos. Israel ganhou a guerra e aumentou seu território.
O que aconteceu com as terras que seriam o Estado Palestino? Durante quase 20 anos, ele
ficou dividido entre Jordânia e Egito, até que foi conquistado pelos israelenses na Guerra
dos Seis Dias, em 1967. Alguns árabes tentaram reconquistá-los na Guerra do Yom Kippur,
mas novamente não tiveram sucesso*.
A Resolução de Cartum, após o conflito de 67, que reuniu os vizinhos árabes de Israel,
deixa clara a atitude dos muçulmanos frente ao Estado Hebreu. Nela, ficaram acordados os
três “nãos”: não ao reconhecimento de Israel, não à Paz e não às negociações. Em 1978, o
Egito “quebra” a Resolução e, após negociações, Israel devolve o Sinai aos egípcios em
troca da paz.
O “caso” egípcio ilustra bem a boa-vontade dos israelenses, que sempre estiveram
dispostos a trocar território por paz, algo oferecido aos árabes em pelo menos 5 ocasiões. A
penúltima foram as famosas negociações de Camp David: Israel oferecia aos Palestinos
mais de 95% da Cisjordânia (West Bank), a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como
capital. Arafat não aceitou, o que revoltou Bill Clinton: “você está aqui há 14 dias e falou
‘não’ para tudo”, disse o presidente americano ao líder palestino (que curiosamente nasceu
no Egito).
A última proposta de paz foi apresentada em 2008 (Ehud Olmert para Mahmoud Abbas). A
oferta judaica era praticamente a mesma e também foi declinada. O histórico deixa claro
que um lado quer viver em paz enquanto o outro só quer ver seu antagonista morto. Como
disse no início do texto, é um conflito simples de explicar, mas difícil de resolver.
1 of 2 21/10/2023, 12:18
Conflito entre Israel e o Hamas: simples de explicar, mas difícil de resolver https://www.printfriendly.com/p/g/3VK3PE
Brazuca no Facebook.
*Na Guerra do Yom Kippur, o Egito obteve relativo sucesso, pois conseguiu que os
israelenses devolvessem a Península do Sinai alguns anos depois, mas isso se deve mais à
benevolência de Israel do que à competência militar egípcia. Apesar do brilhante ataque do
general Saad El Shazly, que conseguiu fazer o Exército Egípcio cruzar o Canal de Suez, no
momento do cessar-fogo as tropas judaicas já estavam na África próximas ao Cairo.
Fontes:
https://www.dw.com/en/israel-retaliates-over-continued-fire-balloon-attacks-from-gaza/a-
54548059
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1648582-5602,00-
ISRAEL+RESPONSABILIZA+HAMAS+POR+ATAQUE+COM+FOGUETE+KATYUSHA.html
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/existem-armas-proibidas-em-guerra/
https://www.theguardian.com/world/2002/may/23/israel3
https://www.washingtonpost.com/archive/politics/2001/07/18/adviser-clinton-exasperated-
with-barak-during-talks/1b58f476-6f8e-4de4-bf66-89094f439493/
Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você
poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:
2 of 2 21/10/2023, 12:18