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Exercícios Selecionados de Economia da Regulação


(38 questões)

01 - (ESAF/Especialista em Regulação – ANEEL/2004) - Considere um modelo de


duopólio com duas empresas (empresa 1 e empresa 2) que produzem produtos diferenciados,
mas substitutos próximos. Suponha que a empresa 1 deva anunciar o preço de seu produto
antes de a empresa 2 o fazer. Nenhuma empresa pode remarcar o preço de seu produto após
esse ser anunciado. Nessas condições, pode-se afirmar que

a) a empresa 1 estará em condições mais vantajosas, caso ambas as empresas tenham mesmas
condições de custo e de demanda.
b) a empresa 2 terá lucro superior ao da empresa 1, independentemente das condições de
custo e de demanda das duas empresas.
c) o resultado desse modelo é equivalente ao resultado de um modelo de liderança quantidade
(Stackelberg).
d) o resultado desse modelo será idêntico ao resultado do modelo de Cournot, caso as duas
empresas tenham as mesmas condições de custo
e) o equilíbrio desse modelo gerará uma provisão eficiente do produto das duas empresas,
caso não haja diferenciação entre os produtos

02 - (ESAF/Especialista em Regulação – ANEEL/2004) - Uma agência reguladora deve


definir a forma de cobrança por serviços de telefonia de uma empresa. Duas alternativas são
consideradas: a cobrança de um preço constante por unidade de serviço prestado e a
combinação de uma tarifa fixa mais um preço por unidade de serviço prestado (tarifa em duas
partes). Sabe-se que a receita que a empresa regulada obteria, caso cobrasse por seus serviços
um preço unitário igual ao seu custo marginal, não é suficiente para cobrir seus custos. Sem
maiores informações, pode-se afirmar que, para estruturas de tarifa em duas partes e para
preços constantes por unidade de serviço que façam com que a empresa prestadora do serviço
não tenha prejuízo,

a) é possível encontrar uma tarifa fixa e um preço por unidade de serviço que, combinados,
garantam que o serviço seja fornecido com custo de eficiência inferior ao que seria gerado
caso a cobrança se baseasse apenas em um preço por unidade de serviço.
b) a cobrança de uma tarifa fixa sempre leva a um resultado socialmente superior à cobrança
baseada exclusivamente em um preço constante por unidade de serviço, independentemente
dos valores da tarifa fixa e do preço por unidade de serviço.
c) sempre é possível fazer com que o máximo de eficiência na provisão do serviço seja obtido
com a cobrança da tarifa em duas partes.
d) nunca é possível fazer com que o máximo de eficiência na provisão do serviço seja obtido
com a cobrança da tarifa em duas partes.
e) a cobrança da tarifa em duas partes sempre leva a um resultado socialmente inferior à
cobrança baseada exclusivamente em um preço constante por unidade de serviço,
independentemente dos valores da tarifa fixa e do preço por unidade de serviço.

03 - (ESAF/Especialista em Regulação – ANEEL/2004) - Diversas empresas contribuem


para um aumento na concentração atmosférica de SO2 em uma cidade. O impacto sobre a
qualidade do ar dessa cidade decorrente da emissão de 1 tonelada desse gás é o mesmo,

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independentemente de qual seja a empresa emissora. A agência ambiental da cidade quer


reduzir a concentração desse gás no ar da cidade, de acordo com uma meta definida por
critérios de proteção à saúde. Para tanto, cogita-se em políticas alternativas: a introdução de
uma taxa por tonelada de SO2 emitida e o estabelecimento de cotas máximas de emissão do
gás para cada empresa. Embora possa monitorar com precisão quanto cada empresa emitiu de
SO2, a agência ambiental não conhece os custos nos quais cada empresa deve incorrer para
reduzir sua emissão do gás. Comparando os dois instrumentos alternativos que podem ser
empregados pela agência (cotas ou taxa sobre emissão), é correto afirmar que

a) a introdução de uma taxa sobre emissão de SO2 não levará a uma redução nas
concentrações desse gás no ar da cidade, visto que as empresas pagarão a taxa de modo a ter o
direito de continuar emitindo o que já vinham emitindo.
b) o sistema de cotas é nitidamente inferior ao sistema de cobrança de taxa sobre emissão,
pois, além de gerar um resultado mais incerto sobre os níveis finais de emissão, também
implica um custo de redução de poluição superior.
c) o sistema de taxa sobre emissões garante que a redução nas emissões seja obtida a um custo
mínimo, embora não seja possível antever se a meta de redução será ou não atingida. O
sistema de cotas, por sua vez permite que a meta de redução nas emissões de poluição seja
atingida com 100% de certeza, mas não garante que isso se faça a um custo mínimo.
d) o sistema de cotas garante que a redução nas emissões seja obtida a um custo mínimo,
embora não seja possível antever se a meta de redução será ou não atingida. O sistema de taxa
sobre emissões, por sua vez, permite que a meta de redução nas emissões de poluição seja
atingida com 100% de certeza, mas não garante que isso se faça a um custo mínimo.
e) todas as empresas devem preferir o sistema de taxas sobre a emissão de poluição ao sistema
de cotas de emissão.

04 - (ESAF/Especialista em Regulação – ANEEL/2004) - Um monopólio natural é


caracterizado por

a) decorrer da posse por parte de uma empresa da única fonte de um insumo natural que é
necessário para a produção de determinado bem.
b) ter origem em fatores históricos.
c) apresentar uma curva de custo marginal decrescente até o trecho que a curva de demanda
cruza a curva de custo médio.
d) apresentar uma curva de custo médio decrescente no trecho em que essa cruza a curva de
demanda pelo produto do monopolista.
e) apresentar um pequeno custo fixo em relação ao custo variável, de tal forma que, sendo o
custo marginal crescente, há uma tendência natural à formação de um monopólio.

05 -(ESAF/Especialista em Regulação – ANEEL/2004) - O governo de um país realizou


um investimento de R$ 1 bilhão na construção de infra-estrutura específica para um projeto de
geração e distribuição de energia. Esperava-se que esse fosse o valor de todo o projeto,
porém, após uma reavaliação de custos, notou-se que seriam necessários R$ 500 milhões
adicionais (em valor presente) para que o projeto fosse concluído. A infra-estrutura construída
com os R$ 1 bilhão já gasto não tem valor de mercado. A condição necessária e suficiente
para que a continuidade do projeto seja viável em termos de custo-benefício é que

a) os benefícios econômicos decorrentes do projeto não sejam inferiores a R$ 1 bilhão ao ano.

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b) o valor presente dos benefícios econômicos do projeto não sejam inferiores a R$ 0,5 bilhão.
c) os benefícios econômicos decorrentes do projeto não sejam inferiores a R$ 0,5 bilhão ao
ano.
d) o valor presente dos benefícios econômicos do projeto não sejam inferiores a R$ 1,5 bilhão.
e) os benefícios econômicos decorrentes do projeto não sejam inferiores a R$ 1,5 bilhão ao
ano.

06 – (CESPE-UnB/Analista Legislativo – Câmara dos Deputados/2002) – Acerca do papel


do Estado na regulação e na fiscalização da atividade econômica, fundamental para o
funcionamento das economias de mercado, julgue os itens abaixo.

(1) No modelo tarifário do tipo price cap, se o crescimento exigido em termos de


produtividade for muito elevado, os ganhos de produtividade reverterão unicamente
em aumentos de lucratividade e, portanto, não serão repassados aos consumidores.
(2) Em presença de economias crescentes de escala, e quando os mercados não são
contestáveis, a existência de custos enterrados (sunk costs) aumenta o custo de
oportunidade de entrada de outras firmas em relação à firma já estabelecida na
indústria, fazendo que esse mercado deva ser objeto de regulação e fiscalização
governamental.
(3) Quando existe um único concessionário, o estabelecimento de cláusulas impositivas
visa impedir abusos de poder de mercado que assumam a forma da prática de preços
monopolistas.
(4) A regulamentação de planos de saúde explica-se pelo fato de esse mercado estar
sujeito a diferentes assimetrias de informação, tais como seleção adversa e risco moral
(moral hazard), e, também, pelo fato de existirem muitas empresas no setor, tornando-
o fortemente competitivo.

07 – (CESPE-UnB/Analista Legislativo – Câmara dos Deputados/2002) – Com respeito


aos mecanismos de defesa da concorrência, considerados importantes para estimular a
eficiência dos mercados privados, julgue os itens que se seguem.

(1) Os possíveis ganhos de eficiência decorrentes da fusão das empresas Brahma e


Antártica em uma única firma, a AmBev, não serão necessariamente repassados aos
consumidores sob a forma de menores preços devido à existência de barreiras à
entrada e ao aumento da concentração do setor.
(2) Quando o índice de Herfindahl-Hirschman é igual a zero, o mercado tende a ser
monopolizado e, portanto, para aumentar os níveis de competição, é preciso que ele
seja objeto de regulamentação governamental.
(3) A concentração vertical, em que há fusão ou incorporação de empresas em diferentes
estágios da cadeia produtiva, embora facilite a adoção de práticas anticoncorrenciais,
não constitui violação da lei da concorrência.
(4) Para preservar a competição no mercado de telefonia, as medidas reguladoras
adotadas pela Agência Brasileira de Telecomunicações (ANATEL) impedem que as
companhias prestem serviços de telecomunicações fora de sua área de concessão,
mesmo que para isso tenham adquirido o controle acionário de empresas locais.
(5) Nos setores de infra-estrutura, em segmentos onde as economias de escala e de escopo
não são relevantes, o potencial competitivo pode ser explorado mediante contrato de

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arrendamento, que assegure que a empresa arrendatária assuma a responsabilidade


pelos investimentos na área.

No que diz respeito à economia da concorrência, julgue os itens a seguir, como verdadeiro (V)
ou falso (F):

08 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - O mark-up e o poder de monopólio de uma empresa serão tanto
maiores quanto menor for a elasticidade preço da demanda dos bens produzidos por essa
empresa.

09 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - O fato de muitos postos de gasolina, em várias cidades
brasileiras, praticarem paralelismo de preços é suficiente para estabelecer que essas empresas
constituem um cartel, caso em que são passíveis de punição no âmbito da legislação
antitruste.

10 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - No Brasil, a política de concorrência, além de incluir a
liberalização comercial, que expôs a indústria brasileira à competição externa, contém,
também, esquemas regulatórios destinados a impedir condutas que impliquem abusos de
mercado, melhorando, assim, as condições de competição no mercado interno.

11 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - A propriedade ou o controle de insumos essenciais à produção
constitui uma forma de barreira à entrada e, nesse sentido, podem explicar a existência de
imperfeições de mercado, tais como os monopólios e os oligopólios.

12 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Restrições verticais correspondem a quaisquer arranjos entre elos
da cadeia do fabricante ao varejista que limitam a autonomia desses agentes para definir suas
próprias políticas comerciais e escolher os seus parceiros nas transações.

13 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Os custos de eficiência das fusões e aquisições são nulos porque
a unificação de plantas promove o melhor uso de recursos, reduz custos e permite operar em
escala compatível com congêneres estrangeiras, fortalecendo, assim, a posição competitiva da
empresa.

14 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - No caso das práticas verticais, o principal efeito anticoncorrencial
é o de reduzir ou eliminar a concorrência no mercado relevante, por exemplo, por meio da
formação de cartéis e outros acordos entre empresas ou mediante o uso de preços predatórios.

15 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Os fatores que definem o mercado relevante incluem, entre
outros, a identificação das barreiras à entrada, assim como as condições de entrada, a

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descrição da estrutura do mercado, a identificação do padrão de competição e os competidores


ou entrantes potenciais.

16 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - As inovações tecnológicas no setor de telecomunicações, ao
reduzirem os custos fixos, permitindo, assim, uma maior divisibilidade da produção,
contribuem para estimular a competição nesse setor.

17 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Ocorre posição dominante quando uma empresa ou grupo de
empresas controla uma parte significativa do mercado relevante, unicamente, como
fornecedor dos produtos comercializados nessa indústria.

18 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - A regulação parcial sobre preços por meio da fixação de limites
superior e inferior de preços pode evitar, após a entrada de concorrentes, a colusão e o
conseqüente abuso de poder de mercado com preços muito altos, ou preços predatórios para
eliminar competidores.

19 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Um processo de cartelização bem-sucedido, além de exigir que a
demanda de mercado seja preço-elástica, subordina , também, a celebração dos contratos à
aceitação de obrigações complementares que não tenham ligação com o objeto desses
contratos (as chamadas cláusulas de tie-in).

20 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - O suposto acordo entre empresas farmacêuticas, no Brasil, para
boicotar distribuidores que vendiam medicamentos genéricos ilustra um tipo de conduta
classificável como um caso de cartel.

21 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - No âmbito da s políticas regulatórias no Brasil, a posição
dominante, baseada no elevado percentual do mercado (market share) é apenada,
independentemente de haver ou não prejuízo à livre concorrência.

22 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Para promover a defesa da concorrência no setor de
telecomunicações no Brasil, além de os preços não serem regulados, as participações
acionárias cruzadas entre fornecedores de serviços fixos e móveis também são permitidas.

23 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - O setor de telecomunicações caracteriza-se pela existência de
baixos custos fixos para as redes de comunicação locais, o que facilita a entrada de novas
concessionárias nesse mercado e contribui, assim, para elevar os níveis de competição nessa
indústria.

24 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Um dos riscos inerentes à regulação é a burocratização, em que

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recursos são despendidos em longos processos litigiosos nos quais a empresa regulada retém a
informação e o regulador toma suas decisões, com grande dose de subjetividade, aumentando,
assim, o risco regulatório e a ineficiência do sistema de telecomunicações.

25 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - De acordo com as políticas regulatórias adotadas pela ANATEL,
a relativa assimetria entre incumbentes e entrantes, em benefício dessas últimas, que estariam
sujeitas a menos obrigações no que diz respeito a restrições e metas a serem cumpridas,
supostamente deveria atenuar a vantagem competitiva das empresas já estabelecidas
estimulando, assim, a concorrência no setor.

26 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - No mercado de telecomunicações, a provisão do serviço
universal, associada a uma intervenção pública reguladora do mercado imposta por motivos
sociais, representa uma forma de cooperação e de complementaridade entre o Estado e o
mercado.

27 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - No setor de telecomunicações, a regulação justifica-se,
unicamente, pela existência de monopólio natural, em razão de as inovações tecnológicas que
caracterizam esse setor ampliarem a importância das economias de escala de escopo na
determinação de tamanhos mínimos eficientes das empresas que atuam nesse setor.

28 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Em uma indústria caracterizada pela presença de economias
crescentes de escala, esquemas regulatórios que fixam os preços ao nível do custo marginal
provocarão deficits para a firma regulada.

29 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Na regulação pela taxa de retorno, a fixação de limites para os
lucros da firma regulada incentiva a empresa a baixá-los artificialmente, desestimulando,
assim, a adoção de estratégias que reduzam custos e aumentem os níveis de eficiência.

30 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Na indústria de telefonia, ao somar-se a taxa de crescimento da
produtividade na fixação da tarifa price cap (preço-teto), embute-se um mecanismo de
incentivo que exige que a firma regulada, no mínimo, acompanhe o ritmo de crescimento da
produtividade do setor, sob pena de ver seus lucros declinarem.

31 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Nos sistemas regulatórios do tipo price cap, a empresa regulada
deve fixar seus preços ao nível daqueles fixados pela agência reguladora, implicando, dessa
forma, a nulidade de seus lucros.

32 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Um dos problemas associados à regulação price cap é o fato de
que, nesse tipo de regulação, os preços fixados podem tornar-se inadequados ao longo do

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tempo em razão de variações inesperadas na demanda e (ou) nos custos, incentivando as


firmas a reduzirem seus custos em detrimento da qualidade do serviço prestado.

33 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - A regulação de incentivos, forma modificada da regulação pela
taxa de retorno, envolve esquemas regulatórios que utilizam instrumentos tais como preços,
impostos e subsídios e encoraja as firmas reguladas a controlar custos e a adotar tecnologias
mais eficientes.

34 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Esquemas de regulação pelo desempenho (yardstick competition)
— em que o desempenho das firmas reguladas é aferido pela comparação com uma referência
média (benchmark) —, além de induzirem aumentos de produtividade e redução de custos
praticados por outras firmas do setor, excluem a possibilidade de colusão entre essas firmas
para elevar seus lucros.

35 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Mecanismos de regulação da qualidade e ajustes do price cap,
que são exemplos de esquemas de compensação a consumidores, embutem um incentivo
automático porque, além de o agente regulador não precisar conhecer os custos de ofertar um
de terminado nível de qualidade, esses mecanismos, uma vez estabelecidos, não mais exigem
nenhum tipo de intervenção desse agente regulador, reduzindo, assim, os custos de transação.

36 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - Na regulação de incentivos, que prevê planos de repartição de
lucros e receitas (earnings sharing regulation), a firma regulada e seus clientes partilham os
ganhos obtidos que excederem o objetivo fixado pelo regulador. Essa forma de incentivo
difere, pois, da regulação pela taxa de retorno porque permite que os lucros da empresa
regulada divirjam, significativamente, daqueles fixados pela agência reguladora.

37 - (CESPE-UnB/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/2004) - A dissociação entre os preços autorizados e os custos
operacionais efetivos que prevalece na regulação dos incentivos implica que, sob esse tipo de
esquema regulatório, os custos são superiores àqueles associados à regulação fundamentada
na taxa de retorno.

38 - (CESPE-UnB/Agente de Polícia Federal/MJ/DPF/ANP/2004) -

Conceituar regulação não é tarefa fácil. Assim como a noção de serviço público, a de
regulação deve levar em conta o tratamento diferenciado imposto por circunstâncias de tempo
e de espaço. Isso porque os ordenamentos jurídicos de diferentes Estados, ou do mesmo
Estado em diferentes momentos, ou ainda os de unidades federativas de um mesmo Estado,
poderão ter, em relação à regulação ou às atividades reguladas, tão diversas visões que não
seja possível afirmar a priori que tal ou qual atividade se conforme ou não dentro de sua
noção. Corolário lógico dessa realidade, a noção de regulação é naturalmente dependente da
forma como o sistema jurídico a contemple, ou seja, é o respectivo sistema jurídico que dirá
que gama ou elenco de atividades se incluem no seu âmbito.

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Pedro Henrique Poli de Figueiredo. “Uma contribuição para o conceito de regulação do


serviço público no Brasil”. In: Marco regulatório, nº. 1 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir, a respeito da regulação de mercados.

(1) Regulação de mercados poderia ser definida como o conjunto de ações públicas que
busca melhorar a eficiência da alocação dos recursos no mercado, ou aumentar o bem-
estar social dessa alocação.
(2) A regulação visa criar sistemas de competição em setores que tendem a funcionar sob
o regime de monopólios naturais, que provocam a existência de custos fixos
importantes, grande proporção de investimentos irreversíveis, gerando barreiras à
entrada de novos investidores.
(3) A regulação visa corrigir a ocorrência de externalidades, como contaminação,
utilização de recursos naturais e efeitos da poluição.
(4) Um aspecto que não precisa ser contemplado pela regulação é a assimetria de
informação, que consiste em o produtor ter mais informação que o consumidor e não a
transferir, pois o Estado deve deixar que o mercado encontre seu ponto de equilíbrio.
(5) Uma política adequada de regulação deve ter objetivos claros quantificáveis, tendo
presente que regulação não é apenas fixar preço.

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GABARITO

01 – E
02 – A
03 – C
04 – D
05 – B
06 – (1) F, (2) V, (3) V, (4) F
07 - (1) V, (2) F, (3) V, (4) F, (5) F
08 – V
09 – F
10 – V
11 – V
12 – V
13 – F
14 – F
15 – V
16 – V
17 – F
18 – V
19 – F
20 – V
21 – F
22 – F
23 – F
24 – V
25 – V
26 – V
27 – F
28 – V
29 – V
30 – F
31 – F
32 – V
33 – V
34 – F
35 – F
36 – V
37 – F
38 - (1) V, (2) V, (3) V, (4) F, (5) V

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