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publicação on-line

INventaMUSEU Revista da Secção de Inventário

www.museudelamego.pt
04
16
20

Escultura AGNUS DEI


publicação on-line

INventaMUSEU Revista da Secção de Inventário

www.museudelamego.pt
04
16
20

Escultura AGNUS DEI


Ficha Técnica
INventa MUSEU | Revista da Secção de Inventário| N.º 4

DIREÇÃO EDITORIAL
Luís Sebastian

TEXTOS
Georgina Pinto Pessoa
Luís Sebastian

CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS
José Pessoa

DESIGN E COMPOSIÇÃO
Paula Pinto

COMUNICAÇÃO
Patrícia Brás

EDIÇÃO
Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte

DATA DE EDIÇÃO
março de 2016

ISSN
2183-4482

Os conteúdos dos textos, direitos de imagem e opção ortográfica são


da responsabilidade dos autores.
Índice
05 EDITORIAL
Luís Sebastian

07 SECÇÃO DE INVENTÁRIO DO MUSEU DE LAMEGO


Georgina Pinto Pessoa

20 AGNUS DEI | CATÁLOGO

141 BIBLIOGRAFIA
04 INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016
EDITORIAL
Datando de janeiro de 2015 o n.º 1 da revista on-line INventa MUSEU, é com
satisfação que volvidos pouco mais de 1 ano atingimos o n.º 4 desta publicação.

Vai-se cumprindo assim a tarefa a que nos propusemos de dar corpo e


continuidade a uma publicação periódica que “desse voz” à Secção de
Inventário do Museu de Lamego, num formato equilibrado que servisse tanto a
comunidade científica e académica quando o público generalista. Ao formato
acessível e direto, juntamos a disponibilização aberta, on-line.

Contamos agora com um conjunto de quatro números que vão da categoria


“Escultura”, com o estudo da “Cruz relicário Indo-portuguesa”, ao “Espólio
Documental”, dedicado à “Bíblia de Lamego”, passando pelo “Espólio
Fotográfico”, com o tema ”A Criança, o Brinquedo e o Jogo”, retornando agora
à categoria “Escultura”, com os medalhões de cera do retábulo relicário de São
João Evangelista, originário do Convento das Chagas de Lamego.

Paralela à continuidade da revista on-line INventa MUSEU, o tema do presente


número vem ainda dar mais uma contribuição para o trabalho iniciado em
novembro de 2013 com o restauro deste retábulo. Restaurado “ao vivo” pela
empresa Detalhe, Lda., com uma reação do público que excedeu todas as nossas
expetativas, levou logo no seu início à vontade de “fazer algo” com o seu
conjunto escultórico de 19 imagens, o que ganhou forma na exposição
temporária “A Glorificação do Divino”, patente no Museu de Lamego entre 17
de maio e 22 de junho de 2014, contando com a parceria do J. Paul Getty
Museum e o apoio mecenático das empresas Multiópticas-Lamego e Oliveiras
Ourivesaria. À exposição somou-se mais tarde a publicação do respetivo
catálogo, em abril de 2015, para agora se destacar o seu conjunto de medalhões
de cera dedicados ao Agnus Dei.

Luís Sebastian
Diretor do Museu de Lamego

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 05


SECÇÃO DE INVENTÁRIO
do Museu de Lamego
Georgina Pinto Pessoa

Longe vai a prática dos Inventários limitados aos Livros de Tombo e às


simples fichas monográficas, encarados mais como meros róis ou registos,
facilitadores de certo ordenamento dos acervos, nos amontoados museus
de ontem. Na sua maioria precários e limitados, porque os meios eram
também insuficientes, são, todavia, instrumentos imprescindíveis, esteios
dos inventários posteriores, reveladores das opções, do esforço e da visão
desses pioneiros da museologia.

Acompanharam a evolução social, política e científica do seu tempo,


traduziram o seu pensamento, características e condicionantes,
reflectindo, em cada época, o papel atribuído às instituições museológicas
e aos novos paradigmas que foram postulando.

Neste percurso salientamos a importância da criação do L'Office


International des Musées (1927), do entusiasta Henri Focillon, da revista
Mouseion e da publicação Muséographie. Ou ainda do International Council
of Museums criado por J. Chaucey Hamlim em 1946, no seguimento das
questões colocadas pelas consequências da 2º Guerra Mundial,
concernentes ao património mundial. Ou já nos anos 60 - 70 as
experiências pioneiras de Marquèze e Camargue, a concretização do eco
museu de Le Creuzot e o importante papel de Huges de Varine, Marcel
Ervrad, Henri Riviere e Germain Bazin na definição de uma Nova
Museologia.

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 07


As manifestações de Londres em 1983 ligadas à Conferência Geral do
ICOM, seguidas do Ateliê “Ecomuseus / Nova Museologia”, no Québec
catapultaram os conceitos e as práticas museográficas para um universo
aberto e lato, inclusivo e participado.

Entre nós, contamos com a profícua política museológica da 1ª Republica


ao instituir a maioria dos museus nacionais e regionais. Expressão de uma
vontade política intencional e coerente, sustentada por um corpus
legislativo (destaque para o Decreto nº1 do Governo Provisório de 26 de
Maio de 1911) que corporiza uma clara visão da arte e do património e da
sua importante função pedagógica e educacional.

Durante o Estado Novo criaram-se duas grandes instituições de


conservação e restauro, a Direcção Geral do Edifícios Monumentos
Nacionais e o Instituto José de Figueiredo, os Museus de Etnologia, de
Conímbriga, de Arte Popular e o Museu Malhoa e noutro âmbito
registamos a instalação da Biblioteca Nacional e da Torre do Tombo em
construções de raiz. Relevamos também a importância e o contributo da
Fundação Calouste Gulbenkian, do seu Museu e do departamento de
tratamento de documentos gráficos, e da criação da Associação
Portuguesa de Museus (1965 - APOM), importante meio reflexão e debate
das temáticas da museografia e museologia para os profissionais.

Após o 25 de Abril assistimos à constituição e criação de ecomuseus e à


musealização de sítios, como o ecomuseu do Seixal, o projecto de Mértola-
Vila Museu, de Foz Côa, de Santa Clara a Velha, dos moinhos de maré e
outros….

Proliferam também os pequenos museus expressando a afirmação da


identidade local, onde ecoa a etnografia da cada região, na presença dos
objectos que serviram o quotidiano das suas gentes.

08 INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016


As instituições museológicas procuram integrar-se e integrar a
comunidade, documentando a sua história, costumes, técnicas, sítios e
testemunhos, num esforço de preservar não só os seus artefactos e
património material, mas aquilo que é a sua essência, moveu e deu sentido
à vida das populações e que constitui o seu património incorpóreo.

Estrutura-se, assim, de forma mais consciente a ideia de um património


plural e abrangente, que vai além da materialidade dos objectos, com uma
textura e um significado intrínseco e particular, que consubstancia um
património imaterial, registado nas expressões da religiosidade, da
literatura oral, do folclore, do canto, etc., de cada comunidade ou povo,
como um património fundamental, também ele a registar, estudar,
preservar e divulgar, assegurando a sua permanência, acesso,
conhecimento e fruição às gerações futuras.

O conceito de património estende-se ao próprio meio, onde a natureza


ganha foros de uma entidade viva e actuante e consolida a consciência de
um património natural enquadrado nos conceitos de uma ecologia
interactiva e interdependente, partes de universo uno.

No panorama geral da museologia portuguesa percorremos o caminho


também trilhado por outros, aqui presentes nas vanguardas culturais das
políticas liberais, nas acções do Estado Novo, nos esforços de
reorganização, requalificação e democratização do património e da cultura
levadas a cabo na sequencia da revolução de Abril. Eivados em qualquer
dos casos da mentalidade e do ideário político de cada época e regime, com
o que de positivo ou negativo possam conter, mas dos quais se destacaram
e distanciaram sempre alguns que viram mais além, que marcaram a
diferença e se tornaram exemplos e referências incontornáveis, como José
de Figueiredo, João Couto ou já, recentemente, Simoneta Luz Afonso.

Os processos, meios e relevância dos conceitos de documentação e

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inventário acompanharam esta evolução, tornando-se “corpus” em
permanente construção, onde integrar, interligar e partilhar são objectivos
fundamentais para uma informação que se pretende actualizada, o que
meios informáticos vieram proporcionar e optimizar. À informatização
dos sistemas de documentação e inventário correspondeu uma crescente
necessidade de uniformização de procedimentos e de conceitos. A criação,
generalização e observação de uma linguagem e de uma terminologia
uniformes e de normas comuns tornaram-se factores imprescindíveis à
qualidade e fiabilidade da informação produzida.

Várias instituições contribuíram para a definição e divulgação destas


normas a nível internacional como o CIDOC (International Guidelines
for Museum Object Information) ICOM -1995 e o SPETRUM - Standard
de referência para os museus do Reino Unido gerido pela Museum
Documentation Association (MDA), norma de referência na área da
documentação e gestão de colecções de museus a nível internacional, o
trabalho desenvolvido pela Getty Research Institute expresso nos seus
programas e publicações, ou os programas DOMUS e JACONDE em
Espanha e França, respectivamente. Destacamos a nível nacional a
promulgação da Lei Quadro dos Museus, conferindo o enquadramento
legal aos museus, definindo as suas características, funções e missão,
fazendo clara menção ao inventário e à documentação das colecções, bem
como à sua informatização na secção IV, artgº 15 e seg., e a criação de
organismos como o IPM (Instituto Português de Museus) e a RPM (Rede
Portuguesa de Museus), cabendo a esta a certificação das instituições
museológicas e ao IPM a criação de um sistema de inventário comum aos
museus da sua tutela - o MATRIZ com disponibilização on line de parte
significativa dos seus registos e a publicação em volumes temáticos das
Normas de Inventário.

Não cabe neste contexto, uma reflexão ou abordagem desenvolvida sobre


esta temática. Mencionamos alguns factos que entendemos como marcos

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que caracterizaram ou impulsionaram a criação das instituições
museológicas, que definiram políticas, conceitos e práticas patrimoniais,
de registo, conservação e salvaguarda, funções e missão, sua relação e
interacção com a sociedades, onde o Inventário se assumiu sempre como a
primeira tarefa, cuja importância e abrangência se afirma e expande ao
ritmo da sua complexificação, dos meios disponíveis e da demanda social.

O Inventário torna-se, assim, cada vez mais um instrumento determinante


na gestão dos acervos carreando princípios e práticas de rigor,
objectividade e uniformidade, sistemáticas e contínuas, onde o registo, a
preservação e o estudo são condição imperativa para a sua salvaguarda,
divulgação e valorização, enquanto arquivos de memória, contentores e
produtores de conhecimento, objectos onde habitam a história, os gosto,
os sentimentos e as ideias, reclamando uma interacção permanente com a
comunidade.

Procura-se a abertura e o diálogo, além dos nichos interditos de


especialistas. Não que a estes lhe atribuamos qualquer desmérito. Muito
pelo contrário. Estes nichos, foram cadinhos de fermentação,
experimentação, compreensão e construção. Foram centros de vanguarda
do pensamento científico e tecnológico, onde se aliou o melhor do
conhecimento e da técnica, da convicção e determinação de uns poucos.

Mas, porque neste devir constante os tempos são já outros, como outras
são as necessidades, exigências e meios a impor uma abordagem, um
tratamento e uma resposta ajustada às novas realidades, investindo na
partilha, na transversalidade e complementaridade de saberes, na
convergência da informação potenciadora da construção de
conhecimento e de identidades, numa “conjugação” integrada entre
instituições, profissionais e os novos Sistemas de Informação, de Sistemas
de Gestão Documental e das Ciências da Informação.

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Neste contexto, após um extenso inventário fotográfico documental,
partimos da acção de conservação e restauro levada a cabo na Capela de
São João Evangelista no Museu de Lamego, parcialmente executada in loco,
permitindo a observação directa e a partilha continua do público de um
trabalho muito peculiar e especializado, que habitualmente lhe está
inacessível e do qual foi sendo feito o registo documental, informação que
foi sendo disponibilizada on line nos sítios de divulgação do Museu de
Lamego.

CAPELA RELICÁRIO DE SÃO JOÃO EVANGELISTA


Séc. XVII / XVIII
Madeira entalhada, dourada e policromada
Proveniência: Extinto Convento das Chagas, Lamego
Inv. 123

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Esta capela proveniente do claustro do extinto Convento das Chagas em
Lamego após o seu desmantelamento, integra hoje o percurso
museológico da Instituição.

Trata-se de uma capela relicário do século XVII, posteriormente renovada


(início do Séc. XVIII), cujos apontamentos maneiristas originais
imergiram na invasão dos elementos da gramática barroca, ao estilo
nacional, presentes nas colunas torsas serpenteadas de putti “meninos
anjo”, aves e folhas de videira que enquadram o retábulo, nos querubins, e
nas aletas e nos profusos acantos que rematam ou preenchem espaços
vazios.

Numa estrutura de acentuado dinamismo, linhas horizontais e verticais


alicerçam o ritmo de vãos e volumetrias, de nichos, arcos, pilastras, capitéis
e volutas, de relevos e esculturas, onde a talha e as policromias se cobrem
de ouro, reverberando a luz, criando uma atmosfera cenográfica, apelativa
e mobilizadora para os mistérios da fé, da vida e da conduta cristã.

Dedicada a São João Evangelista, discípulo íntimo de Jesus, aquele que o


acompanhou até ao calvário e a quem confiou os cuidados de Sua Mãe.
Mártir a cujo flagelo não sucumbiu transformando o azeite fervente em
“fresco orvalho”.

Martírio de São João Evangelista

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Desterrado na ilha de Patmos, local onde o apóstolo foi possuído por
visões imbuídas de revelações que regista no livro do Apocalipse. Temática
desenvolvida nos caixotões do tecto desta capela.

As esculturas que habitam os nichos corporizam uma plêiade de santos e


de mártires, soldados das hostes de Cristo, exemplos a venerar e a seguir.
Convergindo para o retábulo onde se inscreve a iconografia alusiva ao
santo e ao seu martírio, coroada pelo calvário, numa semiótica bem
Tecto da Capela
presente no quotidiano do fiéis, cuja simbologia se patenteava por de São João Evangelista
cânones bem apreendidos e que tão intensamente preenchia o seu
imaginário.

Cena do calvário Visões de São João


Evangelista na ilha de Patmos

Disseminados por toda a capela, estrategicamente enquadrados e


integrados nos elementos da estrutura entalhada, colocados no centro dos
painéis na convergência dos acantos e dos pássaros, nos frisos, nas cartelas
sustentadas por anjos, ou nos ângulos que enquadram os arcos dos nichos,
alojados em alvéolos ovalados, de pequenas e variáveis dimensões,
encontram-se medalhões de cera branca, alguns já omissos deixando o vão
visível, ou em muitos casos, cautelosamente preenchidos por estampas de
temática religiosa.

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Enquadramento dos alvéolos
emoldurados e ladeados de
acantos onde se alojavam
os Agnus Dei

Painéis e friso onde se alojavam as ceras, muitas das quais agora ausentes.

Concentram-se no corpo central juntamente com algumas relíquias, em


geométricas composições. Dois dos painéis ocupam o primeiro registo das
ilhargas que ladeiam o retábulo, contendo um deles oito relíquias e
dezassete ceras, encontrando-se o outro já destituído das que lhe
correspondiam.

Painéis relicário. À esquerda alvéolos cobertos por estampa na ausência da relíquia ou


do sacramental.À direita alvéolos preenchidos por relíquias e sacramentais de cera com
representação de Aguns Dei na face posterior e iconografia hagiográfica na face frontal.

Destacamos dois painéis pelas particulares características formais e


simbólicas que comportam. Estão cobertos por vidraça policromada e
dourada nos enquadramentos e molduras que envolvem os receptáculos
das ceras. Um dos painéis encontra-se totalmente vazio, o outro apresenta
medalhão central com iconografia relevada e policroma na reserva onde
figura a Virgem com o Menino e o Papa genuflectido à sua frente. Ao lado

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deste São Lourenço com o seu atributo (grelha), num plano recuado outro
santo mártir ostentando a mitra e o báculo. À frente sobre almofada os
símbolos papais e o respectivo brasão. Na cercadura apresenta inscrição.

Dois painéis com moldura de viro dourado e policromado, contendo um deles relíquias,
sacramentais em cera branca e um medalhão policromado, estando o outro vazio.

Encontra-se ladeado por oito receptáculos dispostos em cruz, quatro de


maiores dimensões nos ângulos e os outros quatro, de menores
dimensões, a intercalar com estes.

Às supra mencionadas relíquias que em conjunto com os Agnus Dei


integram as composições geometrizadas dos painéis, registamos a presença
de mais duas relíquias ósseas (Tíbias?), alojadas em alvéolos longitudinais
de configuração ovalada, com cercadura relevada preenchida por
decorativos elementos florais com a coroa policroma, em alternâncias de
verde e vermelho.

Receptáculos com relíquias ósseas.

O painel policromo, bem como várias ceras e relíquias, não puderam ser
retirados dos seus receptáculos, o que inviabilizou, até ao momento, um
estudo mais pormenorizado dos mesmos e o seu inventário.

16 INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016


Todavia, esta acção de conservação e restauro permitiu o levantamento,
estudo e inventário da interessante colecção que agora se apresenta.

Sacramental de cera branca. Anverso Sacramental de cera branca. Reverso

Numa das faces apresentam o Agnus Dei - Cordeiro de Deus - simbolizando


o Sacrifício de Cristo, morto na cruz para redimir a humanidade do
pecado original. A expressão surge no Novo Testamento nas palavras do
apóstolo João Baptista: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira os
pecados do mundo” (João, 1: 29).

Surge ocupando a reserva central, deitado sobre o livro de sete selos do


Livro do Apocalipse, ladeado de friso com legenda onde se inscreve:
«ECCE AGNUS DEI QUI TOLLIT PECATTA MUNDI» e seguido do
nome do Papa que o benzeu.

Na outra face apresenta iconografia figurativa relevada com imagem de


santo, mártir ou símbolo comemorativo e respectiva legenda.

Estas pequenas peças, tão ao gosto da mentalidade pia das comunidades


cristãs, constituem um dos sacramentais da Igreja e enquanto tal encerram
em si acção similar aos sacramentos.

Estes objectos adquirem uma eficácia própria, ainda que indirecta, não
prescindindo da oração, contrição, fé e caridade, contribuindo com estas,

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para a protecção e santificação do indivíduo, permitindo-lhe aceder a
benefícios espirituais e temporais.

A primeira referência que lhe é feita data do séc. IX, num “Ordo Romanus”,
livro de ritos e preces. Ao longo da Idade Média a bênção dos Agnus Dei era
efectuada no sábado que antecede o Domingo de Páscoa, na Basílica de
Latrão, na presença do Sumo Pontífice. Competia ao arquidiácono oficiar
o rito, durante o qual se misturava-se a cera liquefeita e limpa dos círios ao
óleo do Crisma, a mistura era benzida e derramada depois sobre um molde
com a imagem do cordeiro, eram guardados e por ele distribuídos no
sábado seguinte.

A partir do século XV (1470) por decisão do Papa Paulo II e no sentido de


evitar o abusivo comércio destes objectos, restringe ao Sumo Pontífice o
direito de os mandar fazer e benzer. A grande consagração dos Agnus Dei
realizava-se no primeiro ano do pontificado do Papa, ocorrendo
posteriormente de sete em sete anos e nos anos de jubileu, regra ainda
observada.

Existem, também, alguns Agnus Dei com tonalidade cinzenta resultante da


mistura da cera com pó, que se julga provir dos ossos dos mártires. Integra-
se neste conjunto uma cera que parece apresentar esta característica,
confirmação só possível através de análise laboratorial à matéria.

Actualmente, estas ceras são previamente preparadas por monges que os


apresentam ao Papa na Quinta-Feira Santa, e este os submerge num
recipiente com uma mistura de água, óleo e bálsamo dizendo orações
consagratórias específicas. A sua distribuição é feita com toda a
solenidade, igualmente no sábado seguinte, após a Missa Pascal e os coloca
na mitra invertida dos cardeais e bispos que assistem à cerimónia.

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AGNUS DEI
CATÁLOGO
INV. Nº 8516

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia e epigrafes relevadas nas duas faces
(Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por busto feminino de perfil com a cabeça nimbada, coberta por véu
representando a Virgem.
Está ladeada por inscrição: MATER SALVATORYS ORA PRO N
REVERSO: Reserva central, representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE AGN
DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: "CLEMENS XI / PON. M. A. I / 170
INV. Nº 8517

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 25


ANVERSO: Reserva central, com busto masculino, em posição frontal, barbado e nimbado, simbolizando São
Florêncio, abade e bispo de Estrasburgo. Enverga traje eclesiástico e sustenta na mão esquerda a maquete da abadia
e o báculo. A direita erguida em gesto de bênção.
Circunscreve-o epígrafe: S. FLORIDUES EPIS TIV[..]N[..] ?. na base: "CLEMENS XI / PON. M
REVERSO: Reserva central, representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE AGN
DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: “CLEMENS XI / PON. MAX/ A. I
INV. Nº 8518

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 29


ANVERSO: Reserva central, preenchida por busto masculino, representando São Francisco de Borja. Enverga o
hábito da congregação jesuíta. Apresenta o rosto de perfil, o corpo voltado a 45º e as mãos cruzadas sobre o peito.
Ergue o olhar para custódia que se encontra à sua frente suspensa sobre as nuvens.
Em baixo a coroa ducal sob um crânio sobrepujado por coroa imperial.
Circunscreve-o epígrafe: S: FRANC: BORG: S: I: / CLEM XI./P. M
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando
flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE
AGN DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI / PON. MAX
INV. Nº 8519

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 33


ANVERSO: Reserva central, preenchida por busto masculino com menino, representando São José e o Menino.
Apresenta o rosto de perfil, o corpo voltado a 45º, nos braços sustenta o Menino desnudo, para o qual volta o olhar.
Este, por sua vez parece fixar o observador.
Circunscreve-o epígrafe: SANCTUS JOSEP ORA PRO NOBIS. Em baixo: ROMA
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando
flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE
AGN DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI / PON. M. A. I/ 1701
INV. Nº 8520

Medalhão de forma oval em cera e (pó de osso?) com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 37


ANVERSO: Reserva central preenchida por duas figuras masculinas (?) a da esquerda sentada a outra em pé, com
os rostos de perfil, olhando-se frontalmente. As vestes traduzem dinamismo e movimento, agora difuso pelo
acentuado desgaste que o medalhão apresenta, a reflectir-se na apreensão da expressão, gestos e da leitura da
epígrafe que as envolve: S[..]O SEF [..] AGE[N?]
REVERSO: Sem leitura iconográfica e epigráfica.
INV. Nº 8521

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 41


ANVERSO: Reserva central, preenchida por busto feminino de perfil. Circunscreve-a epígrafe: [.] PVD[?] [?]VIRG
O desgaste do suporte impossibilita a leitura iconográfica e epigráfica.
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando
flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe:
[ECCE] AGN DEI QUI TOL P MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI / PON. M. A. I/ 1701
INV. Nº 8522

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 45


ANVERSO: Reserva central preenchida por busto masculino de perfil. Circunscreve-a epígrafe: S[?] P[?] [PP] [?]S
[.]N[ER?]IUS / ROMA.
O desgaste do suporte impossibilita a leitura epigráfica e consequente identificação do santo.
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando
flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe:
[ECCE] AGN DEI QUI TOL P MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI /[ PON. M. A. I/ 1701 ?]
INV. Nº 8523

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 49


ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de perfil, genuflectida, representando S. Bruno.
Eleva o olhar e as mãos erguidas em direcção dos lábios aludindo à virtude do silêncio. Enverga o hábito (ordem da
Cartuxa da qual foi fundador). Circunscreve-a epígrafe: [.. ..]UNO.
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando
flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE
AGN DEI QUI TOL P MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI /[ PON. MAX / A.I.]
INV. Nº 8524

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 53


ANVERSO: Reserva central preenchida por figura de duas faces olhando em direcções opostas (?). Circunscreve-a
epígrafe.
O desgaste do suporte impossibilita a leitura epigráfica, iconográfica.
[ ] (?) Anverso ilegível
REVERSO: Na reserva, cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro
Místico sobre o livro do Apocalipse. Em epigrafe ECCE AGN DEI QUI TOL. P. MUNDI / [INOCENCIO] XII/ P.
M. A. I [ 16 ] 92
INV. Nº 8525

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 57


ANVERSO: Em reserva central, busto relevado e nimbado com o rosto de perfil, corpo voltada a 45º
representando São Bernardo de Claraval. Enverga hábito da ordem de Cister e sustenta nas mãos a cruz e os cravos,
instrumentos do martírio de Cristo. Em epígrafe S. BERNA [CLARAV]
REVERSO: Na reserva, cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro
Místico sobre o livro do Apocalipse, ladeado por epigrafe [ECCE AGN] DEI QUI TOL. P. M[UNDI]. Em baixo:
CLEMENS XI / PON. M. A. X. / 1701[ 16 ] 92
INV. Nº 8526

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 61


ANVERSO: Em reserva central, busto relevado, voltado a 45º, nimbado, envergando hábito de ordem religiosa,
sustentando nos braços menino, representando São João de Deus e o Menino Jesus (?) já que este surge com a
cabeça sobre resplendor, contrariando a iconografia tradicional do santo, que o representa com um menino
doente, aludindo à sua dedicação ao cuidados dos enfermos \Este volta o olhar para o Menino, que lhe
corresponde erguendo a cabeça envolta em resplendor, cruzando o seu olhar com o do santo. Nas mãos sustenta a
cruz. Reserva circunscrita por epígrafe “[S. JOA]NNES. DE. DEO. FUND. ORD. [ HOSPT] []M. XI. P.M
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe [ECCE AGN] DEI QUI
TOL. PEC. MUNDI. Em baixo: CLEM XI / P. M. A. X. / 1701
INV. Nº 8527

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 65


ANVERSO: Reserva central preenchida por figura relevada, em pé com o corpo em posição frontal e o rosto de
perfil, representando São Júlio. Enverga sotaina com o cíngulo, símbolo de continência e pureza e capa sustentada
no peito por firmal e em baixo pela mão direita, caindo num ligeiro darpejado de ondulantes diagonais,
movimento que o gesto da mão esquerda erguida contraria, conferindo-lhe algum dinamismo à hierática postura
do santo. Sobre a cabeça eleva-se a mitra papal interrompendo o friso perlado que o envolve, onde se inscreve a
epigrafe: S. IULIUS. PA PA. CONFESSOR. Aspecto que se repete nos pés, para dar espaço à inscrição: INNOCEN.
XII / PO.MA.
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE AGN DEI QUI
TOL. P. M. Na base: INNOCENTIO XII / PON. MAX. / A. I.
INV. Nº 8528

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina em meio corpo, representando São Martinho.
Apresenta-se como ancião barbado, envergando vestes episcopais, a cabeça coberta por mitra e o báculo apoiado no
ombro. Ao seu lado num plano ligeiramente recuado figura de pedinte sustentando na mão objecto (chapéu?) onde
o santo coloca a esmola, em alusão à sua extrema caridade. Ladeado por epigrafe: S. MARTINUS. EPISCOP. T
VRONENSIS
REVERSO: Na reserva, figuração de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando
Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE AGNUS. DEI QUI TOL. PEC.
MUNDI. Na base: CLEMENS XI / PON. M. A. I. 1701
INV. Nº 8529

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 73


ANVERSO: Em reserva central, busto relevado com o rosto de perfil, corpo voltada a 45º representando São
Ludovico. Enverga hábito da ordem de e sustenta nas mãos a cruz do calvário.
Está circunscrito por epígrafe: [S. L]UDOVICUS BERTR-A-NDU[.] Na base: INNOCEN. XII / P.M.A. I
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE AGN DEI QUI
TOL. P. MUNDI. Na base: INNOCEN. XII / P. M. / A. I. / 1692.
INV. Nº 8530

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada e genuflectida, envergando vestes
monásticas (ordem franciscana) simbolizando São João de Deus.
Circunscreve-o cercadura com epígrafe: JOANNES DE DEO FUND. ORD. HOSPIT.INOCEN XII PON. MAX
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE A[G]NVS DEI QUI
TOL. PEC. MUNDI. Na base: CLEMENS. XI / PON. M. / A. I. / 1701
INV. Nº 8531

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura nimbada, em pé em posição frontal, representando São
Venâncio de Camerino.
Sustenta na mão direita o estandarte e na esquerda objecto (maquete?) simbolizando a cidade de Camerino.
Circunscreve-o epígrafe: S.VEN-NA-IUS M. DE CAM[B]
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE A[G]NVS DEI QUI
TOL. PEC. MUNDI. Na base: CLEMENS. XI / P. M.A. I. / 1701
INV. Nº 8532

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por busto de figura feminina nimbada, envergando túnica e manto que
lhe cobre a cabeça. Dirige o olhar para menino que sustenta no braço direito. Este tem a cabeça ladeada por
resplendor, ergue o olhar em sua direcção.
Iconografia representando a Virgem com o Menino.
Está circunscrita por cercadura perlada e friso com epígrafe: REGINA . MONTIS . [R]EGALIS.
Na base: CLEMENS . XI /P.M.AX.
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por cercadura perlada e friso com
epígrafe: ECCE. AGN. DEI. Q[UI]. TOL. PEC. MUNDI.
Na base: CLEMENS. XI / PON. MAX / ..A. I.
INV. Nº 8533

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por busto de figura feminina coroada, envergando manto que lhe cobre a
cabeça. Dirige o olhar para menino que sustenta nos braços Este tem a cabeça ladeada por resplendor, volta o olhar
em direcção do observador.
Iconografia representando a Virgem coroada com o Menino
Está circunscrita por cercadura perlada e friso com epígrafe: B* V* M* SCHOLAR * PIAR* S* PANTAL. Na base:
.ET.NOMINE. VIRGINIS. / *MARIA*
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este cartela com brasão papal e epígrafe: ANN
IVE / 17 - 00.
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE. AGN. DEI. Q[UI]. TOL. PEC. MUND. INNOCEN
XII - PONT. MAX.
INV. Nº 8534

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por composição com figura feminina sentada sustentado menino no
regaço. Este, estende a mão para figura feminina nimbada e genuflectida que se encontra à sua frente, num plano
inferior.
Iconografia alusiva à Virgem com o menino e Santa Rosa de Lima.
Está circunscrita por cercadura perlada e friso com epígrafe: SANCTA* * ROSA * VIRGO * LIMA. Na base:
CLEMENS * X * / PONT * MAX *
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este cartela com brasão papal ladeado das iniciais
..A. - .I.
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE* A* DEI* QU[I]*. TOL*. [P*T MUND* CLEMENS
X PONT* MAX*
INV. Nº 8535

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de avançada idade, nimbada, em pé voltada a 45º,
representando São João Gualberto, fundador da ordem beneditina de Valombrosa. Enverga hábito da ordem, na
mão esquerda sustenta livro, na direita a cruz. Pisa figura alegórica de duas cabeças humanas e corpo de serpente.
Circunscreve-o cercadura perlada e friso com epígrafe: S* JO* GUALBERTUS* ORDINIS* VALLISUMGBROSA*
INST*. Na base: CLEMENS* XI / * PONT* M*
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este cartela com brasão papal ladeado das iniciais
.A. - .I.
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE* A* DEI* QUI*. TOL*. [PEC*T MUND*
CLEMENS XI - PONT* MAX*
INV. Nº 8536

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada, em pé em posição frontal, representando
São Venâncio de Camerino.
Sustenta na mão direita o estandarte e na esquerda objecto (maquete?) simbolizando a cidade de Camerino.
Ladeiam as pernas: *A - *I*.
Circunscreve-o cercadura perlada e friso com epígrafe: S.VENANT-I-US MARTYR * DE *CAM[B]
Sob os pés do santo epígrafe:.INNO[CE]N. XII / .PO[N]T. M
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este, medalhão circular tendo na reserva brasão
papal. Ladeia-o epígrafe: ANN I / 16-92.
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE. AGN. DEI. Q[UI]. TOL. PEC. MUND * INNOCEN
XII - PONT. MAX.
INV. Nº 8537

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de avançada idade, nimbada e barbada, sentada em
posição frontal, representando São Basílio Magno.
Enverga as suas vestes episcopais, revestidas do pálio omóforo. Na mão esquerda sustenta o livro aberto
(Evangelho), a direita ergue-a em sinal de bênção. Ladeiam-lhe a cabeça caracteres gregos (?).
Circunscreve-o cercadura e friso com epígrafe: S: BASILIUS . MAGNUS . EPISCOPUS. CAESAIENSIS * CLEM . XI
.P*
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. A. - .I. / 17 -
01
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGNUS . DEI . QUI . TOL. PEC . MUNDI
CLEMENS . XI - PON . M
INV. Nº 8538

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura feminina nimbada, em pé, corpo em posição frontal e rosto de
perfil, representando Santa Justina de Pádua.
Sustenta na mão direita a palma alusiva ao martírio.
Circunscreve-a epígrafe: S. JUSTINA PATA[V]INA {VIR]GO ET MAR[TYR]
Sob os pés da santa: .INNOCE. XII / .PON. [MAX]
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. A. - .I. / 16-
92
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . A . DEI . QUI . TOL. PECCA . MUNDI .
INNOC* . XII - PONT . MAX.
INV. Nº 8539

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina, em meio corpo, voltada A 45º, nimbada e barbada
representando São Bento. Enverga hábito da ordem beneditina, na direita sustenta o báculo abacial e na esquerda o
livro da regra. Ao seu lado, em baixo, cabeça de ave (corvo) com pedaço de pão na bico, aludindo ao tempo que
passou no deserto.
Circunscreve-a epígrafe: S. PATER. BENEDICTUS . O. P. N. / ANNO I
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. A. - .I. / 16-
92
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGN. DEI . QUI . TOL. P . MUNDI . INNOC* .
XII - PONT . MAX.
INV. Nº 8540

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina genuflectida, envergando vestes monásticas (ordem
dominicana) representando São Luís Beltrão.
Nos braços sustenta um dos seus atributos - a pistola transformada em crucifixo.
Circunscreve-o cercadura perlada e friso com epígrafe: S. LUDOVICUS . BERTRANDUS * O * .PRA . INNOCEN
XII PONT. MAX / .ANN. IUS
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. AN. - IUB.
/ 17-00
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGN. DEI . QUI . TOL. PEC. MUND .
INNOCENS* . XII - PONT . MAX.
INV. Nº 8541

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 121


ANVERSO: Em reserva central, busto feminino representando Sta. Maria Madalena. Tem o rosto de perfil, o olhar
erguido e as mãos unidas, em posição de oração.
Circunscreve-a epígrafe: S. [.]ARIA MAGDALENA . O. P […..] / CLE[MEN]S XI / P.M.A[.]
Está muito fragmentada o que dificulta a leitura.
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse.
Está ladeado por friso com epígrafe: ECC[E] . AGN. DEI . QUI . TOL. P. MUN[DI] . CLEMEN[.] . XI - PONT .
M.A.X. / 1701
INV. Nº 8542

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 125


ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada e genuflectida, envergando vestes
monásticas (ordem franciscana) representando São João de Deus.
Circunscreve-o cercadura com epígrafe: JOANNES DE DEO FUND[…]. ORD. [HOSPIT]. INOCEN XII PON. MAX
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse.
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . A[GN]US. DEI . QUI . TOL. PEC. MUND .
INNOCENS* . XII - P. M. A. I. V. E / 1700
INV. Nº 8543

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de avançada idade, nimbada e barbada, sentada em
posição frontal, com o rosto voltado a 45º para a sua direita, representando São Marcus. Enverga túnica e manto.
Na mão esquerda sustenta o livro (Evangelho), na direita erguida a pena (?). Aos seus pés o seu habitual atributo, o
leão alado.
Circunscreve-o friso com epígrafe: S. MARCUS. EVANGE[..]S
Sob o santo INNOC. XII / .P.M.
REVERSO: Na reserva, imagem de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse.
Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGN. D . Q . T.. PEC. MU[..] . INNOC[.] / XII
INV. Nº 8544

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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de perfil, genuflectida, representando S. Bruno.
Eleva o olhar e as mãos erguidas em direcção dos lábios aludindo à virtude do silêncio. Enverga o hábito (ordem da
Cartuxa da qual foi fundador). Circunscreve-a epígrafe: S. BRUNO.
REVERSO: Na reserva, imagem de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse.
Está ladeado por epígrafe: ECCE . AGN. DE[.] Q. TOL. P.. MU[..]. Sob este: CLEMENS XI / PON. MAX / [..]
INV. Nº 8545

Medalhão de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).

INventa MUSEU|Revista N.º 4 - 2016 137


ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada, de perfil, genuflectida, representando S.
Filipe (de Neri ou São Filipe Benício de Florença?). Eleva o olhar e os braços em direcção à cruz que tem à sua frente.
Enverga o hábito (ordem da Cartuxa ou dos Servitas ?). Circunscreve-a epígrafe: SANCTUS PHILIPUS E[PISC]US
(?) . Sob o santo: CLEMENS [….] /POM. M. […] / 1701
O desgaste da cera e a extensa lacuna dificulta a identificação exacta do santo.
REVERSO: Na reserva, imagem de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula com cruz,
representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse.
Está ladeado por epígrafe: [.C]CE . AGN. DEI. QUI. TOL. PECC. MUND. Sob este: [CL]EMEN . XI / [P]ON. M.
A .I / /[..] 1701
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