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SAÚDE
ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS
RESPIRATÓRIAS
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2012 – Portal Educação
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p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-266-4
CDD
610.73692
SUMÁRIO
1.1 TÓRAX
A parede torácica é revestida externamente pela pele e pelos músculos que prendem o
ângulo peitoral ao tronco. Ela é revestida internamente pela pleura parietal.
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A parede torácica é formada:
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1.2.1 Nariz
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O nariz é composto de uma porção interna e outra externa. A porção externa faz
protrusão a partir da face e é apoiada pelos ossos e cartilagens nasais. As aberturas nasais
anteriores (narinas) são as aberturas externas das cavidades nasais.
FONTE: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
A porção interna do nariz é uma cavidade oca, separada nas cavidades nasais, direita
e esquerda por um estreito divisor vertical, o septo. Cada cavidade nasal é dividida em três
passagens pela projeção dos turbinados (também chamados de conchas) originados das
paredes laterais.
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O nariz serve como uma passagem para que o ar faça o trajeto para dentro e para fora
dos pulmões. Ele filtra as impurezas e umidifica e aquece o ar quando este é inspirado. É
responsável pelo olfato; e esta função diminui com a idade.
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1.3 FARINGE
A faringe, ou garganta é uma estrutura tubular que conecta as cavidades, nasal, oral e
laríngea.
FIGURA 12 - FARINGE
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FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
FIGURA 15 – FARINGE
FIGURA 16 – LARINGE
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A laringe, órgão da voz, é uma estrutura cartilaginosa revestida por epitélio, que
conecta a faringe a traqueia.
A principal função da laringe é a vocalização. Ela também protege a via aérea inferior
contra substâncias estranhas e facilita a tosse. É frequentemente referida como a caixa vocal e
consiste no seguinte:
FIGURA 17 – EPIGLOTE
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1.5.1 Árvore Brônquica
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O ar flui para os pulmões por meio das traqueias e vias aéreas. À medida que as vias
aéreas se dividem e penetram mais profundamente nos pulmões, tornam-se mais estreitas,
curtas e numerosas.
A traqueia divide-se na Carina (assim denominada devido ao seu aspecto parecido
com uma quilha de barco) em brônquios principais direito e esquerdo, e estes se dividem em
brônquios lobares, que formam os brônquios segmentares.
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FONTE: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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As vias aéreas da traqueia até os bronquíolos terminais não contêm alvéolos, e desta
forma, não participa na troca de gases. Estas vias aéreas formam o espaço morto anatômico,
que nos adultos têm o volume de 150 ml.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
1.5.2 Alvéolos Pulmonares
Esta alteração restaura a estrutura alveolar normal. Sob condições normais, as células
do tipo I e II existem numa razão de aproximadamente 1:1. Todavia, na lesão pulmonar
(especialmente na fibrose pulmonar) o epitélio alveolar é inteiramente revestido pelas células do
tipo do tipo II. E essa não é uma condição ótima para trocas gasosas.
FIGURA 27 – ALVÉOLOS
Os pulmões são revestidos por uma fina membrana chamada pleura visceral, que
passa de cada pulmão na sua raiz (i.e. onde penetram as principais passagens aéreas e vasos
sanguíneos) para as faces mais internas da parede torácica, onde ela é chamada pleura parietal.
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Dessa maneira são formados dois sacos membranáceos chamados cavidades pleurais; uma de
cada lado do tórax, entre os pulmões e as paredes torácicas.
FIGURA 28 – PULMÕES
FONTE: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
FIGURA 29 – PULMÕES
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FONTE: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O pulmão direito, localizado no hemitórax direito, possui três lobos (o lobo superior
direito, o lobo médio direito e o lobo inferior direito).
O pulmão esquerdo divide-se em lobo superior, que inclui a língula, o lobo homólogo
do lobo médio direito, e o lobo inferior esquerdo.
FIGURA 30 – ANATOMIA PULMONAR
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FONTE: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
FIGURA 31 – ANATOMIA PULMONAR
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FONTE: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Os pulmões direito e esquerdo são recobertos pela pleura visceral, enquanto a pleura
parietal recobre a parede de cada hemitórax, o diafragma e o mediastino. A interface destas
duas pleuras permite o deslizamento suave do pulmão à medida que se expande dentro do
tórax, produzindo um espaço em potencial.
O ar pode penetrar entre as pleuras, visceral e parietal, seja por trauma, cirurgia, ou
ruptura de um grupo de alvéolos criando um pneumotórax.
FIGURA 32 – PULMÕES E PLEURA
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1.6.1 Pleuras
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A pleura parietal reveste a parede torácica e o diafragma, aos quais está ligada por
uma lâmina de tecido conjuntivo, a fáscia endotorácica.
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A pleura visceral reveste o pulmão, está em continuidade com a pleura parietal nas
linhas de reflexão desta e penetra nas fissuras pulmonares. O espaço entre a pleura parietal e
pleura pulmonar é denominado cavidade pleural: trata-se de um espaço virtual contendo uma
camada líquida de espessura capilar, suficiente para umedecer as superfícies pleurais que
entram em contato e que podem deslizar uma sobre a outra sem atrito.
Os pulmões não se estendem até os limites da cavidade pleural e, nestes pontos, ela
forma os recessos pleurais, que são locais onde a pleura parietal está mais afastada da pleura
visceral.
Os ácinos são as unidades funcionais dos pulmões. Incluem todas as estruturas desde
o bronquíolo respiratório até o alvéolo (ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos). O
diâmetro médio de um ácino é 0,75 mm. Cada pessoa tem aproximadamente 20.000 ácinos e
300 milhões de alvéolos. Um lóbulo em geral contém de três a cinco bronquíolos terminais e 40
suas estruturas distais
FIGURA 35 – ÁCINOS
Inferiormente o tórax se abre no abdome por meio de uma ampla abertura conhecida
como abertura inferior do tórax. Ela é limitada pela sincondrose xifoesternal, pela margem costal
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e pelo corpo da décima segunda vértebra torácica. É fechada por um septo tendíneo e muscular,
o diafragma, que é perfurado pelas estruturas que passam entre o tórax e abdome.
1. Uma parte esternal que consiste em pequenas faixas, direita e esquerda que se
originam da face posterior do processo xifoide;
2. Uma parte costal que consiste em seis faixas que se originam nas faces
profundas das seis costelas inferiores e suas cartilagens costais;
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O diafragma é mais baixo quando uma pessoa está sentada ou de pé; ele é mais alto
na posição supina e após uma abundante refeição. Quando visto de lado, o diafragma tem
aparência de um J invertido com um membro longo estendendo-se para cima a partir da coluna
vertebral e o ombro curto estendendo-se até o processo xifoide.
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FUNÇÕES:
Músculo da inspiração;
Bomba toracoabdominal.
2 FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
O leito capilar pulmonar é o maior leito vascular do organismo. Ele cobre uma área de
70 a 80 m2, Quase tão grande quanto à área de superfície alveolar. A rede de capilares é tão
densa que poderia ser considerada como uma lamina de sangue interrompido por pequenos
postes de suportes verticais.
FIGURA 38 - SUPERFÍCIE ALVEOLAR
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Além disso, os capilares abertos podem se dilatar com o aumento das suas pressões
internas. Isso ocorre quando os pulmões estão cheios de sangue, como ocorre na insuficiência
cardíaca esquerda, que está associada à elevação da pressão arterial esquerda.
FIGURA 39 - SISTEMA CIRCULATÓRIO
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As veias pulmonares levam o sangue de volta para o átrio esquerdo por meio dos
ramos convencionais e supranumerários. Por causa do grande número e das paredes delgadas,
as veias pulmonares constituem um amplo reservatório de sangue, e podem aumentar ou
diminuir a sua capacitância, de forma a garantir um débito ventricular esquerdo constante em
face do fluxo variável na artéria pulmonar.
FIGURA 40 - SISTEMA CIRCULATÓRIO
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Aproximadamente um terço do sangue vai para o átrio direito por meio das veias
brônquicas, enquanto o remanescente drena para o átrio esquerdo via veias pulmonares. Este
sangue desoxigenado, que se mistura ao sangue rico em oxigênio nas veias pulmonares,
contribui para a diferença alvéolo-arterial de oxigênio em indivíduos normais.
FIGURA 41 - SISTEMA CIRCULATÓRIO
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Os nervos são ramos dos nervos vago e laríngeo, recorrentes e dos troncos
simpáticos; eles são distribuídos para músculo traqueal e para a túnica que reveste a traqueia.
3.2.1 Controle Neurológico da Respiração
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Os vasos linfáticos se originam nos plexos, superficial e profundo, eles não estão
presentes nas paredes dos alvéolos.
O sistema linfático é uma rede de linfonodos conectados por vasos linfáticos. Os
linfonodos contêm uma malha de tecido em que linfócitos estão intimamente unidos. Esta malha
de linfócitos filtra, ataca e destrói organismos nocivos que causam infecções. Os linfonodos
frequentemente estão aglomerados em áreas onde os vasos linfáticos se ramificam, como o
pescoço, as axilas e virilhas.
A linfa, um líquido rico em leucócitos, circula por meio dos vasos linfáticos. A linfa ajuda 55
a retornar a água, proteínas e outras substâncias dos tecidos do organismo para a corrente
sanguínea. Todas as substâncias absorvidas pela linfa passam através de pelo menos um
linfonodo e da sua malha filtrante de linfócitos.
FIGURA 44 - SISTEMA LINFÁTICO
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O plexo superficial (subpleural) se situa abaixo da pleura visceral e drena sobre a face
do pulmão para o hilo onde os vasos linfáticos penetram nos linfonodos pulmonares localizados
dentro da substância dos pulmões; a linfa entra, então, nos linfonodos broncopulmonares
situados no hilo dos pulmões.
Toda linfa dos pulmões deixa o hilo e drena para os linfonodos traqueobronquiais e
depois para os troncos linfáticos broncomediastinais.
O fluxo sanguíneo dos pulmões possui uma distribuição regional, por exemplo, a área
acima do coração recebe menos sangue que as áreas abaixo, isso por causa da gravidade.
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3. A distância por meio da qual o gás deve difundir;
5. Temperatura do gás.
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Quando há edema a membrana celular aumenta em muito a sua espessura, com isso
se tem uma maior dificuldade para ocorrer à difusão.
FIGURA 51 - COMPOSIÇÃO DO AR ALVEOLAR E SUA RELAÇÃO COM O AR
ATMOSFÉRICO, AO NÍVEL DO MAR.
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Esta renovação lenta do ar é importante para evitar:
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Por exemplo: determinada área do pulmão é ventilada, mas não perfundida e os gases
que chegaram aos alvéolos nestas regiões não podem participar das trocas gasosas e é
funcionalmente morto.
Também pode ocorrer o contrário onde ocorre a perfusão, mas não ocorre à
ventilação, o que resulta em um sangue que não pode fazer as trocas gasosas e a este sangue o
chamamos de sangue shunt por sua incapacidade de realizar as trocas gasosas.
O espaço morto fisiológico é maior que o anatômico!
Quando entra O2 no organismo a sua pressão parcial diminui devido a umidificação
que ocorre nas vias aéreas, de 160mmHg para 149mmHg.
Quando o sangue venoso passa pelo pulmão deixa cerca de 5mmHg de CO2 saindo
para a veia pulmonar com cerca de 40mmHg de CO2, então qualquer problema que impeça este
processo em longo prazo acarretará uma acidose respiratória.
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Esses valores têm importância para o transporte de O2 que é muito pouco solúvel em
H2O(plasma), sendo necessária uma proteína a hemoglobina (Hb) para seu transporte.
A hemoglobina se liga a até quatro O2 e quando o primeiro se liga os outros se ligam a
ela mais facilmente (mecanismo de autofacilitação).
Normalmente cerca de 97% de todo O2 transportado dos pulmões para os
tecidos são transportados em combinação química com a hemoglobina, sendo que os três
restantes estão dissolvidos na água do plasma.
Quando 100% da Hb estão ligadas ao O2, a concentração de O2 é transportada
em 20% ou seja, 100ml de sangue para 20mm de O2.
A uma PO2 de 104mmHg, 99% do O2 é transportado pela proteína Hb.
FIGURA 55 - GRÁFICO DA DISSOCIAÇÃO DA HEMOGLOBINA
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Nos tecidos a PO2 normal é de cerca de 40mmHg, quando o sangue chega nos
tecidos a sua pressão varia de acordo com o seu metabolismo, quando a PO2 cai a
concentração de Hb também cai;
Quando a concentração de O2 da ATM se modifica acentuadamente o efeito
tampão da Hb entra em ação, mantendo a PO2 tecidual e sanguínea quase constante, tanto na
altitude onde a PO2 dos alvéolos pode cair pela metade ou quando mergulhamos a altas
profundidades em que a PO2 nos alvéolos pode aumentar cerca de até 10 vezes;
Por exemplo: quando por qualquer que seja o motivo a pressão alveolar venha a
se elevar até 500mmHg cerca de 5 vezes o seu valor normal, mas a saturação da Hb nunca
pode passar de 100% ou seja apenas 03% de seu valor normal que é 97%, a seguir o fluxo
sanguíneo continua e ao passar pelos capilares teciduais perde cerca de 05mm de O2, o que
automaticamente reduz a PO2 do capilar para um valor que é apenas alguns mm do valor 71
normal de 40mmHg;
O CO2 se dissolve bem no sangue, com uma facilidade muito maior que o O2,
consequentemente a pressão do CO2 será também bem menor que a do O2;
Já a concentração de CO2 é muito maior que a de O2 (por isso sua
concentração é mais importante que a de O2).
As hemácias possuem a enzima anidrase carbônica que catalisa a reação H2O + CO2,
que formará acido carbônico que por sua vez se dissociará em íons bicarbonato e H+ (todo este
processo ocorre dentro da hemácia).
FIGURA 57 - TRANSPORTE DE CO2 NO SANGUE
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Antes do exame físico, podem-se obter informações importantes sobre as condições
do aparelho respiratório por meio da anamnese, colhendo informações sobre a presença de
sintomas relacionados com alterações desse aparelho.
Logo após a anamnese deve ser feito o exame físico geral, incluindo o exame da
cabeça, do tronco e dos membros, observando eventuais alterações para correlacioná-las com
uma possível patologia ou alterações do sistema respiratório. Só a partir de realizadas essas
etapas é que se deve realizar o exame físico específico para o aparelho respiratório.
No exame físico do aparelho respiratório, o tórax deve estar desnudo ou coberto com o
mínimo de roupa possível, e deve se cuidar que a posição do paciente permita a observação de
toda a região. Geralmente, o paciente permanece sentado. Se o paciente não puder sentar-se
sem ajuda, ele deve ser amparado para manter-se nessa posição. Se for impraticável, a face
posterior do tórax deve ser examinada, colocando o paciente em decúbito lateral.
Inspeção;
Palpação;
Percussão;
Ausculta.
Nesse exame cada região deve ser comparada com a região correspondente do
hemitórax oposto. Sendo este procedimento muito útil para a detecção de pequenos desvios da
normalidade.
4.1 INSPEÇÃO
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4.1.1 Inspeção Estática
Formas do tórax:
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Tórax cônico ou em sino: é aquele que tem sua parte inferior exageradamente
alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino. É encontrado em hepatoesplenomegalias e
ascites volumosas.
Tórax cifótico: tem como característica principal a curvatura da coluna dorsal,
formando uma gibosidade. Pode ser de origem congênita ou resultar de postura defeituosa.
Também a tuberculose óssea, a osteomielite ou neoplasia podem ser responsáveis por essa
deformidade.
FIGURA 61 - TÓRAX CIFÓTICO
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a)Tiragem
B)Sinal de Hoover
C) Cornagem
Cornagem é respiração ruidosa, audível a certa distância e produzida por obstáculos à
passagem do ar, no nível das vias aéreas superiores, traqueia ou laringe.
4.2 PALPAÇÃO 85
Nos homens, em geral, e nos indivíduos com parede torácica delgada, o FTV é sempre
mais nítido. A maneira correta de pesquisá-lo é colocar a mão direita espalmada sobre a 86
superfície do tórax, comparando-se em regiões homólogas a intensidade das vibrações.
A presença de obstrução nas vias aéreas pode gerar vibrações, quando da passagem
de ar, em cada movimento respiratório. Essas vibrações são percebidas, à palpação da parede
torácica, como o frêmito brônquico, podendo modificar-se com a tosse.
4.3 PERCUSSÃO
Se a relação ar: tecidos estão reduzidos, o som produzido à percussão do tórax é curto
e seco, como se a percussão estivesse sendo realizada sobre um órgão sólido, como fígado.
Isso ocorre nas seguintes situações:
Quando o ar dos pulmões é substituído por líquido e/ou células, como acontece
na consolidação (p. ex., pneumonia);
Quando o ar é reabsorvido dos espaços aéreos situados distalmente em relação
à obstrução completa de uma das vias aéreas; nessa situação, ocorre colabamento da
respectiva região pulmonar, o que constitui a atelectasia;
Quando há acúmulo de líquido entre as pleuras parietal e visceral (derrame
pleural) ou espessamento das pleuras.
Convém ressaltar que a percussão permite detectar somente alterações que ocorrem
na parede torácica, no espaço pleural e na periferia do pulmão: nenhuma alteração é notada se
a anormalidade estiver situada além de 5 cm de profundidade a partir da parede torácica.
4.4 AUSCULTA
A ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões, ela permite a
obtenção rápida e pouco dispendiosa de numerosas informações sobre diferentes patologias
broncopulmonares. É a fase do exame do tórax que fornece mais informações.
TÉCNICA:
A presença e a distribuição normal dos sons da respiração devem ser descritas, assim
como a presença de anormalidade na localização desses sons.
4.4.2 Origem dos Sons da Respiração
O local exato da origem dos sons ainda é incerto. Parece não haver dúvida de que os
componentes da boca e da laringe não participam da formação desses sons. O consenso atual é
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que o murmúrio vesicular parece ter origem periférica, embora a contribuição de uma fonte
central não possa ser excluída. Acredita-se que o murmúrio é gerado, provavelmente, em vias
aéreas mais periféricas que os brônquios fonte e mais centrais que os bronquíolos respiratórios
ou alvéolos. Nos bronquíolos respiratórios ou alvéolos, a distribuição do ar ocorre por difusão e,
portanto, não gera som. A inspiração tem origem mais periférica, e a expiração, pelo menos em
parte tem origem mais central. O murmúrio vesicular depende da ventilação pulmonar regional.
Acredita-se que o som bronquial seja proveniente de vias aéreas mais centrais que
aquelas que dão origem ao murmúrio vesicular. O nível das vias aéreas envolvidas na gênese de
cada um dos sons mencionados não está ainda estabelecido, e é possível que vias aéreas da
mesma geração participem da formação dos dois sons.
Como foi mencionado anteriormente, nos indivíduos normais o som bronquial somente
é audível sobre a área de projeção da traqueia. Quando auscultado em outros locais, representa,
provavelmente, a transmissão melhorada, até a periferia, de sons originados em vias aéreas
centrais. Isso ocorre, por exemplo, em regiões de consolidação pulmonar cuja via aérea está
permeável. Nessa condição, a transmissão à periferia dos sons que dão origem ao som
bronquial está melhorada; por outro lado, os sons de origem periférica, que constituem o
murmúrio vesicular, deixam de ter importância, porque há pouca ou nenhuma ventilação no
pulmão consolidado. Convém ressaltar que, para detectar alterações à ausculta, é preciso que a
consolidação pulmonar, se houver, seja homogênea e não muito profunda em relação à parede
torácica.
O som broncovesicular provavelmente corresponde à combinação dos mecanismos de
origem dos sons bronquial e vesicular. Em indivíduos sadios, representa a combinação de sons
transmitidos até o local de ausculta com origem em diferentes fontes. Na doença, o som
broncovesicular é decorrente de alteração parcial da filtração do som; pode resultar de
consolidação não homogênea, que produz sons com características intermediárias entre o
bronquial e o vesicular.
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A intensidade e a qualidade do som são afetadas pela espessura da parede torácica e
pela frequência e profundidade da respiração, que contribuem para sua grande variação
individual.
O termo contínuo não significa que o som seja contínuo durante todo o ciclo
respiratório, mas que o som dura 950 milisegundos ou mais dentro do ciclo. Essa distinção é
realizada somente pela análise do registro da onda sonora em relação ao tempo. Esses sons
apresentam caráter musical.
Os sons adventícios contínuos são os roncos e os sibilos. Os roncos são sons mais
graves, semelhantes ao roncar ou ressonar das pessoas. Os sibilos são sons mais agudos,
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semelhantes a um assobio ou chiado.
Esses sons podem ser intensos e obscurecer os sons normais da respiração. Podem
ocorrer na inspiração e/ou na expiração, ser localizados ou difusos e ser encontrados em
pequena ou grande quantidade; todas essas características devem ser registradas.
Os sons adventícios contínuos são mais facilmente transmitidos pelas vias aéreas do
que por meio do pulmão e da caixa torácica, sobretudo os sons mais agudos – sibilos -, e,
portanto são mais audíveis no nível da boca do que sobre o gradeado costal.
São conhecidos como crepitações, que podem ser grossas ou finas. As crepitações
finas têm menor duração e são agudas e pouco intensas; as crepitações grossas têm maior
duração e são graves e mais intensas.
Quanto mais proximal for à pequena via aérea colapsada, mais precocemente ocorrerá
a sua reabertura e o ruído correspondente. As crepitações grossas decorrem da reabertura de
vias aéreas menos distais do que as que são auscultadas durante a expiração, e sua gênese
não está bem definida. Quanto maior for o número de pequenas vias aéreas colapsadas durante
a expiração, maior será o número de crepitações produzidas durante a inspiração.
Quando ocorre consolidação pulmonar, com via aérea pérvia, há melhor transmissão
do som pelo parênquima consolidado. Isso pode dar origem ao som em que cada sílaba é 96
distinta e facilmente reconhecida e/ou a som anasalado. Esse último pode ocorrer, também, nos
níveis superiores dos derrames pleurais. Ao contrário, quando há, por exemplo, derrame pleural
ou pneumotórax, que funcionam como barreira à transmissão do som, a voz auscultada perde
intensidade. Para descrever essas alterações da ausculta da voz, deve-se relatar simplesmente
ausculta da voz aumentada, diminuída, distinta ou anasalada.
A fricção entre os dois folhetos pleurais, durante o movimento respiratório, pode causar
ruído adventício, quando os folhetos se tornam inflamados. Esse som é audível durante a
inspiração e/ou expiração e pode intensificar-se com o aumento da pressão do estetoscópio
sobre a parede torácica. Sua gênese sonora não é bem determinada.
5 EXAMES DIAGNÓSTICOS
A gasometria arterial é um exame feito com a punção artéria radial, perto do punho,
mas também poderá ser coletada pela artéria braquial ou femoral. Por intermédio das amostras
de sangue coletadas, nestes sítios artérias podem-se medir a concentração de oxigênio e gás
carbônico. É um meio de avaliar se a ventilação a que o paciente está sendo submetido está
proporcionando uma boa oxigenação. Também serve para monitorar a acidez do sangue.
98
Valores de referência:
Atenção!
99
101
5.4 CULTURAS
103
Uma radiografia do tórax pode revelar um processo patológico extenso nos pulmões e
sem sintomas.
A radiografia do tórax comum consiste de duas incidências - a projeção posteroanterior
e a projeção lateral.
As radiografias de tórax são geralmente obtidas depois da inspiração plena porque os
pulmões são mais bem visualizados quando estão bem aerados.
Da mesma forma, o diafragma está em seu nível mais baixo e a maior expansão do
pulmão é visível. Quando obtidos na expiração, as radiografias podem acentuar um pneumotórax
de outra forma despercebido ou a obstrução de uma artéria importante.
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As imagens por ressonância magnética são semelhantes aos imageamentos por TC,
exceto pelo fato de que os campos magnéticos e os sinais de radiofrequência são empregados
no lugar de um feixe estreito de raios X.
As imagens por ressonância magnética propiciam uma imagem diagnóstica muito mais 106
detalhada que os imageamentos por TC.
5.9 FLUOROSCOPIA
É usada para assistir nos procedimentos invasivos, como uma biópsia torácica por 107
agulha ou biópsia transbrôquica, realizados para identificar as lesões. Ela também pode ser
utilizada para estudar o movimento da parede torácica, mediastino, coração e diafragma, para
detectar a paralisia diafragmática e para localizar as massas pulmonares.
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Ela pode ser realizada ao se injetar o agente radiopaco dentro de uma veia, em um dos
braços ou nos dois simultaneamente, ou dentro da veia femoral, com uma agulha ou cateter.
O agente também pode ser injetado dentro de um cateter que foi inserido na artéria
pulmonar principal ou em seus ramos ou dentro de grandes veias proximais à artéria pulmonar.
5.11 CINTILOGRAFIA
5.12 BRONCOSCOPIA
É a inspeção e exames diretos da laringe, traqueia e brônquios por meio de um
broncoscópio fibróptico flexível ou de um broncoscópio rígido. A escopia fibróptica é utilizada
com maior frequência na prática atual.
Os propósitos são:
Examinar os tecidos ou coletar amostras;
Determinar a localização e a extensão do processo patológico;
Obter uma amostra tissular para o diagnóstico; 109
Determinar se um tumor pode ser ressecado por meio cirúrgico;
Determinar os sítios de sangramento (fonte de hemoptise).
5.14 TORACOCENTESE
111
É realizada por biópsia da pleura por agulha ou pleuroscopia, uma exploração visual
por meio de um broncoscópio fibróptico inserido no espaço pleural.
A biópsia pleural é realizada quando existe exsudato pleural de origem indeterminada e
quando existe uma necessidade de cultivar ou corar o tecido para identificar a tuberculose ou 112
fungos.
Os linfonodos nos escalenos estão misturados no coxim adiposo cervical profundo que
se sobrepõe ao músculo escaleno anterior.
Eles drenam os pulmões e o mediastino, podendo evidenciar as alterações histológicas
a partir da doença intratorácica. 113
Quando esses linfonodos estão palpáveis no exame físico, pode ser feita uma biópsia
que servirá para detectar a disseminação da doença pulmonar para o linfonodo e para
estabelecer um diagnóstico ou prognóstico em certas doenças como: sarcoidose, doença
fúngica, tuberculose e carcinoma.
114
A pressão intra-alveolar (PI) a qual, em razão a sua conexão com o meio externo é
igual à pressão atmosférica quando as vias aéreas estão abertas e não há fluxo de ar entrando
ou saindo do pulmão. Ela tende a distender os pulmões;
Com as vias aéreas abertas e sem fluxo de ar entrando e saindo dos pulmões, estas
forças estão em equilíbrio, de tal forma que elas se anulam. O equilíbrio é alterado a favor da
expansão do tórax mediante as contrações dos músculos da parede torácica o que aumenta os
diâmetros desta. Rompido o equilíbrio das forças, o pulmão se distende e o ar é inspirado. A
distensão dos pulmões estira suas fibras elásticas, que vão acumulando energia potencial.
FIGURA 82 - MECÂNICA RESPIRATÓRIA
116
Muito tem sido afirmado sobre o papel da tensão superficial do líquido contido na
cavidade pleural em manter unidos os folhetos pleurais, mas, na realidade, a tensão superficial
não tem papel significativo na mecânica respiratória. Aliás, esta força intrapleural tende mais a
separar que a unir as pleuras e é em razão as forças supracitadas que tendem a retrair ou
distender os pulmões e a parede torácica. Seu valor é quase sempre abaixo da pressão
atmosférica e é referida muitas vezes de forma errônea como pressão negativa.
Somente a expiração forçada envolve trabalho ativo, pois para ela ocorrer contribuem
vários músculos, em especial os abdominais.
Qualquer fator que altere o equilíbrio das forças ocasiona um distúrbio respiratório.
Assim, uma lesão que perfure a parede do tórax e, portanto a pleura parietal faz com que o ar
entre na cavidade pleural e, em consequência, a pressão atmosférica passe a atuar diretamente
sobre a pleura visceral e o pulmão, anulando a pressão intra-alveolar, fazendo predominar a
elasticidade pulmonar. Em decorrência destes fatos, o pulmão irá se retrair colabando-se. Esse
fenômeno recebe o nome de pneumotórax.
117
Um raciocínio similar permite compreender não só os pneumotórax que ocorrem por
ruptura da pleura visceral sem lesão parietal, como também os colabamentos pulmonares devido
à presença de líquidos (sangue, secreção purulenta, etc.), na cavidade pleural, como ocorrem
em várias patologias ou em traumatismos torácicos.
118
É a pressão resultante entre a pressão intrapleural e alveolar, sendo ela quem controla
a quantidade de ar que entra ou sai do pulmão.
o Quanto maior a pressão transpulmonar maior a quantidade de ar que entra no
pulmão.
FIGURA 85 - PRESSÃO TRANSPULMONAR
120
6.3.1 Surfactante
122
A cada ciclo respiratório que executamos, certo volume de ar entra e sai de nossas
vias respiratórias durante uma inspiração e uma expiração, respectivamente. Em uma situação
de repouso, em um jovem e adulto saudável, aproximadamente 500 ml de ar entram e saem a
cada ciclo. Este volume de ar, que inspiramos e expiramos normalmente a cada ciclo,
corresponde ao que chamamos de Volume Corrente.
Além do volume corrente, inspirado em uma respiração normal, numa situação de
necessidade podemos inspirar um volume muitas vezes maior, numa inspiração forçada e
profunda. Tal volume é chamado de Volume de Reserva Inspiratório e corresponde a,
aproximadamente, 3.000 ml de ar num jovem e saudável adulto.
124
125
níveis aceitáveis.
- Recrutamento: vasos que antes não recebiam um fluxo de sangue por causa do
menor DC, durante o exercício físico são tão complacentes que permitem a passagem de fluxo
sanguíneo o que mantém a pressão níveis aceitáveis.
Para as hemácias o tempo necessário para as trocas gasosas completas é de
aproximadamente 0,25s, mas durante o exercício físico este tempo aumenta para
aproximadamente 0,75s para as trocas completas, esse tempo na realidade é o tempo em que a
hemácia atravessa todo o comprimento do capilar, mas durante o exercício físico a hemácia
cruza o capilar em cerca de 0,30s e as trocas são incompletas.
126
Hipóxia: condição na qual os tecidos não podem utilizar ou não recebem O2
suficientes para suas funções normais.
Quando o alvéolo é mal ventilado por qualquer razão, tem-se como consequência
menos O2 para a respiração então a substância vaso constritora é secretada o que causa ao
vaso constrição dos vasos, aumentando a pressão o que por sua vez causará um edema
pulmonar.
127
A VM pode ser do tipo, invasiva ou não invasiva. As Indicações para Ventilação
Mecânica Invasiva são:
• Pacientes que não são capazes de manter adequada ventilação alveolar e trocas
gasosas;
• Pacientes que não são capazes de proteger as vias aéreas (déficit de deglutição,
tosse ineficaz, com dificuldade de eliminação de secreções);
Já a ventilação não invasiva que se trata de um suporte ventilatório que usa Máscaras
Nasais ou Faciais, não sendo necessária a intubação ou traqueostomia é indicada quando
temos:
Paciente colaborativo;
Paciente capaz de proteger as vias aéreas e eliminar secreções;
Capacidade de adaptação às máscaras nasal ou facial;
Pressão arterial controlada.
Este tipo de ventilação é mais vantajoso que o modo invasivo por quê:
• Fácil manuseio.
1. Ventilação Controlada
Nesse modo de ventilação não há participação do paciente, o aparelho determina
todas as fases da ventilação. A sensibilidade do aparelho está desligada porque o paciente não
vai colaborar neste caso.
2. Ventilação Assistida
Nesse modo de ventilação, o aparelho determina o início da inspiração por um critério
de pressão ou fluxo, mas o ciclo só é iniciado com o esforço do paciente. (Sensibilidade
predeterminada).
3. Ventilação assistido-controlada
Esse modo permite um mecanismo duplo de disparo fornecendo maior segurança para
o paciente, pois o ciclo controlado entra sempre que o paciente não disparar o ciclo assistido.
Utilizam-se frequências respiratórias ligeiramente abaixo da frequência espontânea do paciente
para que os ciclos controlados sejam a exceção.
6.4.3 Tipos de Ventilação
129
Rinite é uma inflamação das mucosas do nariz. Várias pessoas têm a doença, cuja
134
incidência é de quatro em cada 10 pacientes, tanto adultos quanto crianças. As causas são
várias: desde resfriados, produtos químicos, irritantes, até medicamentos e alergia. Seus
sintomas são muito parecidos entre todos os tipos, levando as pessoas a pensar que rinite é um
resfriado que não passa ou uma “sinusite” acompanhada de dor de cabeça crônica.
A rinite irritativa é comum nas grandes cidades, em locais muito poluídos e com
agentes irritantes na atmosfera. Os sintomas podem acontecer em pessoas que trabalham sem
usar máscaras em fábricas, onde são manipulados materiais industriais ou em ambientes com
muita poeira, ou que trabalham com tecidos. As crianças que estudam em locais poluídos, ou
locais que estão em reforma, podem ter rinite irritativa.
135
8.2 SINUSITE
Sinusite é uma doença com base inflamatória e/ou infecciosa que acomete as
cavidades existentes ao redor do nariz. Essas deveriam comunicar-se com as fossas nasais sem
impedimentos! São cavidades revestidas por uma mucosa que necessita de ventilação para a
manutenção da normalidade na região.
FIGURA 89 - SINUSITE
136
O diagnóstico é feito por meio da história que o paciente relata exame físico da região
e de exames radiológicos eventualmente necessários.
137
O profissional de enfermagem deve explicar ao paciente que febre, cefaleia e rigidez
na nuca são sinais potenciais de complicações e ele deve procurar cuidado adicional.
8.3 FARINGITE
8.3.1 Tratamento
Os analgésicos comuns, as pastilhas para a garganta ou o gargarejo com água morna
e sal podem aliviar o desconforto da garganta, mas a aspirina não deve ser utilizada em crianças
e adolescentes com menos de 18 anos devido ao risco da síndrome de Reye. Os antibióticos
não são úteis quando a infecção é viral, mas podem ser prescritos quando o médico suspeita
fortemente que a infecção é de origem bacteriana.
139
140
FIGURA 91 - ADENOIDE
Dor de garganta;
Febre (alta ou baixa);
Dor de Cabeça;
Diminuição do Apetite; 141
Mal-estar geral;
Náuseas e vômitos;
Dor no pescoço;
Vermelhidão na garganta com ou sem pontos de pus.
FIGURA 92 - ADENOIDE
Respiração bucal;
Respiração ruidosa;
Roncos;
Pequenos períodos de parada respiratória durante o sono (apneia); 142
Voz anasalada.
Alívio considerável pode ser obtido, pelo uso de agentes anestésicos tópicos e
irrigações da faringe ou pelo uso frequente de colutórios ou gargarejos, usando soluções salinas
ou alcalinas a uma temperatura de 40 a 43 graus.
Os líquidos que são frios ou a temperatura ambiente geralmente são bem tolerados.
8.6 LARINGITE
A laringite é uma inflamação da caixa vocal (laringe). A causa mais comum é uma
infecção viral das vias respiratórias superiores, como a constipação comum. A laringite também
pode acompanhar doenças como a bronquite, a pneumonia, a gripe, a tosse convulsa, o
sarampo, a difteria ou qualquer inflamação ou infecção das vias respiratórias superiores. O uso
excessivo da voz, as reações alérgicas e a inalação de irritantes, como o tabaco, podem
provocar laringite de curta duração (aguda) ou persistente (crônica).
145
FIGURA 94 - LARINGITE
Em geral, o sintoma mais evidente é uma alteração pouco natural na voz, como a
rouquidão, ou até a perda da voz. Sente-se um formigueiro na garganta ou então dor e uma
necessidade constante de limpar a garganta. Os sintomas variam conforme a gravidade da
inflamação. As infecções graves provocam febre, uma sensação geral de mal-estar, dificuldade
em engolir e dor de garganta. O inchaço (edema) da laringe pode dificultar a respiração.
Valendo-se de um pequeno espelho semelhante ao dos dentistas, o médico distingue uma
vermelhidão, que oscila entre leve e intensa, na membrana que reveste a laringe, que também
pode estar inflamada.
O tratamento da laringite viral depende dos sintomas. O fato de fazer descansar a voz,
evitando falar ou fazendo-o em voz baixa, juntamente com a inalação de vapores, alivia os
sintomas e contribui para a cura das zonas inflamadas. O tratamento da bronquite, se também
se manifestar, pode melhorar a laringite. Quando a infecção é provocada por bactérias, é muito
útil administrar um antibiótico por via oral.
146
8.6.1 Tratamento de Laringite
A asma brônquica é uma doença pulmonar frequente e que está aumentando em todo
o mundo.
Essa doença se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina
o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória.
Alterações climáticas, o contato com a poeira doméstica, mofo, pólen, cheiros fortes,
pelos de animais, gripes ou resfriados, fumaça, ingestão de alguns alimentos ou medicamentos; 147
Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta ainda mais e determina
o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva à tosse, chiado no peito e falta de ar.
Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem
toda pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados pela
resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
Na maioria das vezes, inicia na infância e poderá ou não durar por toda a vida.
O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e
que são referidos pelo paciente.
A radiografia do tórax;
Exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a
espirometria que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar.
O asmático também poderá ter em casa um aparelho que mede o pico de fluxo de ar,
importante para monitorar o curso da doença. Nas exacerbações da asma, o pico de fluxo se
reduz.
Para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidados com o ambiente,
principalmente na sua casa e no trabalho. Junto, deverá usar medicações e manter consultas
médicas regulares.
Anti-inflamatórios;
a) Diagnóstico:
b) Conduta:
- Restrição hídrica, após a estabilização do possível choque hipovolêmico por outra 152
causa.
- Diuréticos;
b) Conduta
O esôfago torácico pode ser traumatizado por dois mecanismos: em primeiro lugar de
154
uma maneira interna, na maioria das vezes iatrogênica pela passagem de sondas enterais ou
instrumentos para dilatação ou cauterização de varizes e, em segundo lugar, menos frequente,
mas não menos importante, nos ferimentos externos torácicos, principalmente por arma de fogo
e transfixantes laterolaterais no tórax.
Na maior parte das vezes, ao contrário de outras lesões graves, a lesão do esôfago é
“silenciosa” na sua fase inicial demonstrando muito pouco os sintomas, muitas vezes nenhum,
quando a lesão é exclusiva do esôfago.
Assim, não se devem aguardar os sintomas para o diagnóstico do ferimento do
esôfago torácico, pois quando os sintomas, já tardios aparecem, manifestam-se por mediastinite,
possivelmente acompanhada de empiema pleural.
a) Diagnóstico:
b) Conduta:
Na fase aguda deve ser abordado o esôfago por toracotomia e a lesão ser
suturada, mantendo-se o doente em jejum oral por, no mínimo sete dias (mantendo-se a
alimentação por sonda enteral);
Na fase tardia, com mediastinite, deve-se instituir a antibioticoterapia e realizar-
se uma toracotomia para desbridamento amplo da região lesada e drenagem, para em um
segundo tempo realizar-se o tratamento definitivo.
8.11 PNEUMONIA
157
Os sintomas da doença são: tosse com escarro, dores reumáticas e torácicas, febre
que pode chegar a 40°C, calafrios, dor de ouvido e de garganta, aceleração de pulso e
respiração ofegante. Quando não é tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais
grave com acúmulo de líquido nos pulmões e o surgimento de ulcerações nos brônquios.
158
8.12 ENFISEMAS
160
161
Esta doença quase sempre está associada à bronquite crônica e ambas causam
obstrução ao fluxo de ar nas vias aéreas, resultando em doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC). Geralmente a bronquite crônica é a principal causa de obstrução, porém, em alguns
casos, o enfisema pode predominar. Frequentemente a obstrução ao fluxo de ar é progressiva, e
pode vir acompanhada por hiper-responsividade brônquica e ser parcialmente reversível. O
termo DPOC é utilizado para definir o complexo evolutivo da bronquite e do enfisema pulmonar,
pois apresentam características fisiopatológicas, funcionais e clínicas comuns, em que a
principal expressão é a limitação crônica ao fluxo de ar na expiração.
FIGURA 103 - VIAS AÉREAS
162
Geralmente o paciente assume uma posição sentada com inclinação do corpo para
frente, e com os braços apoiados, favorecendo uma vantagem mecânica para os músculos
acessórios da inspiração, devido ao tórax hiperinsuflado oferecer uma baixa reserva inspiratória.
Nos casos avançados o paciente pode vir a óbito por complicações importantes, como
falência respiratória, acidose, Cor pulmonale, insuficiência ventricular, coma e colapso pulmonar
maciço por pneumotórax resultante da ruptura de bolhas subpleurais. A insuficiência respiratória
ocorre devido à redução do fluxo aéreo (causado pela diminuição da elasticidade pulmonar e
deformidade bronquiolar), dificuldade do ar inspirado chegar às paredes alveolares pela
elevação do ar residual e queda da área de superfície para as trocas gasosas por destruição da
parede dos alvéolos.
Os pacientes com enfisema pulmonar tornam-se gradativamente incapacitados, com
consequente morte por insuficiência respiratória.
O enfisema pulmonar não tem cura, portanto as medidas de tratamento têm por
finalidades o alívio dos sintomas e a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Os objetivos
do tratamento de pacientes com o enfisema pulmonar consistem em aliviar os sintomas e
prevenir sua progressão. O uso de medicações como, corticoides ou broncodilatadores (por via 164
oral ou inalatória), pode ser feito para se obter uma melhora parcial do quadro. O uso de
broncodilatadores é mais eficiente em pacientes com bronquite crônica e asma, porém a terapia
de reabilitação em pacientes enfisematosos pode ser bastante eficaz, pois ajuda os pacientes a
usar sua energia de forma mais eficiente, procurando fazer com que ocorra um menor gasto
energético melhorando assim, sua qualidade de vida. Em casos de doença mais avançada a
oxigenoterapia e as cirurgias redutoras de volume pulmonar (com retirada de áreas
comprometidas do pulmão) podem ser realizadas. Para prevenir o enfisema pulmonar pode-se
evitar o tabagismo e diminuir a exposição à poluição atmosférica.
a) Diagnóstico:
b) Conduta:
a) Diagnóstico:
167
b) Conduta:
a) Diagnóstico:
Obs. Nem sempre na radiografia simples conseguimos ver a fratura. Ela deve ser
avaliada com bastante atenção, procurando-se bem a fratura e, nos casos de dúvida, repetir a
radiografia em outras incidências. Lembramos que a porção anterior e cartilaginosa pode
apresentar lesão não visível na radiografia.
b) Conduta:
Durante muitos anos julgou-se que o movimento paradoxal, fosse à causa da 169
insuficiência respiratória desses doentes. Atualmente já foi provado que o grande problema não
é o movimento paradoxal e sim a contusão pulmonar consequente ao trauma torácico grave.
171
b) Conduta:
a) Diagnóstico:
173
Sedação da dor;
Investigação de contusão cardíaca associada (ausculta, ECG, enzimas
cardíacas, e até ecocardiograma nos casos de suspeita clínica);
Fixação cirúrgica da fratura quando houver grande deformidade transversal ou
dor intensa. Lembramos que não constitui uma emergência, podendo aguardar a investigação de 174
outras lesões mais graves, mas de preferência deve ser realizada na primeira semana após o
trauma.
Como tratamento, o paciente deve tomar enzimas para facilitar a digestão e seguir uma
dieta rica em calorias, vitaminas e sais minerais. Deve também realizar fisioterapia respiratória, e
fazer tratamentos com antibióticos para prevenir complicações pulmonares.
A terapia gênica para Fibrose Cística já está sendo testada e representa uma grande
esperança para os pacientes afetados.
a) Diagnóstico
Além do exame de suor, a doença pode ser identificada pelo exame de sangue, DNA e
também pelo exame do pezinho.
Essas alterações das vias respiratórias descritas influenciam o estado do paciente com
FC e sua aparência externa mais cedo ou mais tarde. O que mais chama a atenção é a dilatação
do tórax no início que se encontra em hiperinsuflação passageira e vai se fixando nesta posição.
O esterno se abaúla para frente, o diafragma torna-se mais achatado devido à constante tensão
e por isso, o abdome se contrai. Resultam alterações torácicas típicas (cifose, tórax em forma de
barril).
O sódio também deve ser acrescentado, durante períodos de calor, febre e exercícios
físicos.
Deve-se pesquisar atentamente a presença de anemia e repor zinco nas crianças com
má nutrição proteica.
8.17.3 Tratamento em Pacientes com Fibrose Cística
181
8.17.3.2 Mucolíticos
182
Oscilações
A sequência rápida de oscilações de pressão, que encontramos no VRPI-Desitin na
subida e descida da bola de metal, provoca rápidas oscilações do calibre bronquial no mesmo
ritmo. Além disso, a constante variação do fluxo, ora turbulento, ora linear, provocam o fenômeno
“stop and go”, auxiliando o deslocamento do muco do epitélio bronquial.
Mudança de decúbito
Pela ação da gravidade a irrigação sanguínea é mais intensa na base dos pulmões,
enquanto que as partes superiores apresentam melhor troca de ar. Por meio das mudanças de
decúbito procuramos influenciar a ventilação e também a mobilização da secreção quando essa
não é muito espessa como nos casos de FC.
Mobilização
Os exercícios de mobilização do tórax auxiliam as técnicas de eliminação do calibre
das vias respiratórias.
FIGURA 109 - FIBROSE CÍSTICA
184
185
o Fatores externos:
o Fatores individuais:
188
Bronquite crônica:
o Tosse com catarro matutina (é o sintoma mais encontrado): pode preceder a
falta de ar ou aparecer simultaneamente;
o Persistência e progressão da tosse ao longo do dia e não somente no inverno,
mas ao longo do ano, com crescente produção de muco;
o Falta de ar;
o Cianose (uma cor azulada na pele – em razão à falta de oxigênio);
o Taquipneia (respiração rápida); 189
o Insuficiência cardíaca por sobrecarga do coração tentando vencer a resistência
pulmonar causando dor torácica, inchaço (edema) nos tornozelos, pernas e, às vezes, do
abdome (ascite).
Enfisema:
Embora parar de fumar seja muito efetivo durante as fases mais precoces da DPOC,
também pode reduzir a velocidade de perda da função pulmonar nas fases mais avançadas.
Pacientes com infecção pelo vírus HIV e pacientes com hipertensão portal também
apresentam maior chance de desenvolver HAP. A incidência de HAP entre os pacientes com o
vírus HIV é estimada em torno de 0,5% e o prognóstico melhora com a redução da carga viral.
Já nos pacientes com hipertensão portal, a prevalência é de cerca de 0,6% a 2%, e entre os
candidatos a transplante hepático chega a 8,5%.
FIGURA 112 - HIPERTENSÃO PULMONAR
192
193
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas
aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria
dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são: tosse seca contínua no
início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na
maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue, cansaço excessivo, febre baixa
geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado,
rouquidão, fraqueza e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração;
eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura
(membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer
dor torácica.
198
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Crianças
soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de AIDS não devem
receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes
fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas.
FIGURA 119 - TUBERCULOSE
199
8.22 HEMOTÓRAX
Os drenos devem ser cuidadosamente manipulados para que não seja alterado o fluxo
das secreções e também para que não desloque ou retire o dreno acidentalmente causando
desconforto e dor ao paciente.
a) Diagnóstico:
203
Na dúvida, pode-se realizar a punção pleural com seringa contendo líquido, o que
confirma o diagnóstico.
b) Conduta:
Drenagem pleural sob selo d’água no 6º ou 7º espaço intercostal na linha axilar média,
com dreno tubular multiperfurado. Nos casos de pneumotórax traumático recomendamos sempre
a drenagem em espaços baixos e laterais nunca nos primeiros espaços e anteriores, pois no
trauma o pneumotórax se associa com grande frequência ao hemotórax;
Após a drenagem pleural sob selo d’água notaremos um borbulhamento pelo dreno, o
qual poderá continuar nos casos de persistência de extravasamento de ar pelo parênquima
pulmonar (fístula de parênquima). Habitualmente esse borbulhamento para espontaneamente.
Para ajudar no fechamento dessa fístula e melhorar a expansão pulmonar podemos utilizar a
aspiração contínua com pressão de 10 a 20 cm de água. Se o borbulhamento persistir por um
período prolongado (acima de 10 dias) indicamos a cirurgia para a sutura do pulmão a qual
poderá ser realizada por toracotomia ou por cirurgia videoassistida;
a) Diagnóstico
b) Conduta
Cuidados de Enfermagem:
1) Aspiração;
2) Posição de fowler com pernas e pés mais baixos que o resto do corpo;
6) Apoio psicológico;
206
207
PROCEDIMENTOS FUNDAMENTOS
PRODECIMENTOS FUNDAMENTOS
PROCEDIMENTOS FUNDAMENTOS
209
PROCEDIMENTOS FUNDAMENTOS
- Estabelecer um método de
comunicação aceitável.
- Organizar as perguntas, de
modo que o doente possa responder com um
simples «sim» ou «não», acenar de cabeça ou
por movimentos das mãos.
PROCEDIMENTOS FUNDAMENTOS
211
212
REFERÊNCIAS
213
ANATOMIA PATOLÓGICA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: ENFISEMA. Disponível em:
<http://www.infomed.hpg.ig.com.br/resp4.html>. Acesso em: 15 fev. 2009.
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THOMSON, A.; SKINNER, A.; PIERCY, J. Fisiodetapia de Tidy. 12. ed. São Paulo: Santos,
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mar. 2009.
Fisiologia do Sistema Respiratório. Disponível em: <www.uff.br>. Acesso em: 12 mar. 2009.
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217
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