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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL

MAYARA ALEXANDRE DE SOUZA (20221620014)


IZABEL COELHO DO NASCIMENTO
ALYSSON ELIAS SOUZA DO NASCIMENTO (20221620028)
CHIARA LIRA

ARTIGO
A BACIA DO RIO GRAMAME E SUA INFLUÊNCIA NA DINÂMICA DO ESTADO DA
PARAÍBA

Disciplina: Hidrologia
Docente: Maria Edelcides Gondim de Vasconcelos

JOÃO PESSOA – PB

1. RESUMO
As bacias hidrográficas são de suma importância para os municípios no Brasil pois
desempenham o papel de garantir a existência e a qualidade de vida dos seus habitantes,
assim como o funcionamento de todos os setores econômicos em uma cidade. Produziu-
se uma revisão bibliográfica que teve como objetivo compreender as atividades e os
impactos ambientais encontrados na Bacia do Rio Gramame que é composta
principalmente pelos rios Gramame, Mumbaba e Mamuaba. Está localizada no estado
da Paraíba e é responsável por abastecer cerca de 70% da população da cidade de João
Pessoa. Diante da revisão a respeito do tema conclui-se que é fundamental a importância
da educação ambiental para os moradores e as corporações industriais e para isso é
necessária a ação de órgãos que possam ser atores nessa área e cumprirem seu papel,
fazendo com que ascenda na população a sensibilização ambiental, o conhecimento e a
vontade de cuidar de um de seus bens mais preciosos: a água.

Abstract : River basins are of paramount importance for municipalities in Brazil


because they play the role of ensuring the existence and quality of life of their
inhabitants, as well as the functioning of all economic sectors in a city. There was a
literature review that aimed to understand the activities and environmental impacts
found in the Gramame River Basin which is mainly composed of the Gramame,
Mumbaba and Mamuaba rivers. It is located in the state of Paraíba and is responsible
for supplying about 70% of the population of the city of João Pessoa. Given the review it
is concluded that the importance of environmental education for residents and
industrial corporations is fundamental and for this it is necessary the action of agencies
that can be actors in this area and fulfill their role, increasing the population’s
environmental awareness, knowledge and and the will to take care of one of your most
precious assets: water.

2. INTRODUÇÃO

A água é um dos recursos naturais mais importantes para a vida de todos os seres bióticos, no
entanto, ainda é pequena a conscientização da população humana sobre a necessidade de sua
preservação no dia a dia. A relação Homem-Natureza tem provocado, ao longo dos anos,
grandes impactos em todos os ecossistemas, incluindo os aquáticos, sobretudo através do
lançamento de efluentes domésticos, industriais e agrícolas sem um tratamento prévio.
O entendimento do fenômeno da ocorrência e da degradação de nascentes de rios que
abastecem as zonas rurais e urbanas envolve conhecimentos das áreas de geologia,
geomorfologia, hidrologia, solos e vegetação, o que justifica as diversas definições e os tipos
de surgimento. Conforme Cabral da Silva , et al. (2011), alguns pesquisadores consideram-
nas como do tipo pontual, distribuídas ou difusas, outras apresentam um enfoque puramente
hidrológico. Fatores como a supressão da vegetação, as atividades agropecuárias e o uso
inadequado do solo potencializam o processo de degradação de nascentes e dos rios e riachos,
propriamente ditos, e interferem na qualidade e quantidade da água de uma bacia hidrográfica.
Também, a inaptidão do ambiente, a compactação e o preparo impróprio do solo, a
monocultura, a irrigação inadequada, o superpastejo e a cobertura de solo insuficiente
degradam áreas de nascentes (KOBIYAMA, et al., 2008).

A bacia do rio Gramame localiza-se entre as latitudes 7º11 e 7º23’ Sul e as longitudes 34º48’
e 35º10’ Oeste, no Litoral Sul do Estado da Paraíba. Limita-se a Leste com o Oceano
Atlântico, a Oeste e Norte com a bacia do rio Paraíba e ao Sul com a bacia do rio Abiaí.
(AESA, [s.d.].).
A área de drenagem da bacia é de 589,1 km². O principal curso d’água é o rio Gramame, com
extensão de 54,3 km, e seus principais afluentes são os rios Mumbaba, Mamuaba e Água Boa.
Caracteriza-se por uma série de conflitos a respeito de degradação da própria bacia, irrigação;
registro de elevado índice de assoreamento do rio principal, atividade industrial, entre outros.
Caracteriza-se por uma série de conflitos a respeito de degradação da própria bacia, irrigação;
registro de elevado índice de assoreamento do rio principal, atividade industrial, entre outros.
Além disto a bacia é responsável por cerca de 70% do sistema de abastecimento d’água da
chamada Grande João Pessoa, que compreende os municípios de João Pessoa, Cabedelo,
Bayeux e parte de Santa Rita, e das cidades de Pedras de Fogo e Conde.(AESA, [s.d.]).

3. METODOLOGIA

Inicialmente, a pesquisa foi realizada por leitura de textos, diversos artigos sobre o
tema, dados encontrados por meio de órgãos públicos responsáveis pela fiscalização dessa
bacia hidrográfica. A pesquisa foi realizada por meio de meios como: pesquisas ao Google,
informações coletadas do site da AESA(Agência executiva de gestão das águas) e artigos com
diversos eixos sobre o tema.
A metodologia utilizada foi coletar dados e informações das mais diversas sobre a
bacia de tais plataformas já citadas para adquirir ao leitor um conhecimento amplo não só das
características e dados da bacia do Rio Gramame, mas em dos mais variados contextos em
que este tema aborda.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Através dos dados coletados durante a pesquisa é possível concluir que, as comunidades que
residem perto do território da bacia, sofrem com tais efluentes domésticos e industriais
lançados, causando um grande dano ambiental e dificultando o uso da água para a população
local. Essas comunidades apresentam problemas comuns às comunidades localizadas em
periferias dos centros urbanos, como: desemprego, baixa escolaridade da população,
deficiência de transportes, vias de acesso sem pavimentação, falta de água encanada, falta de
escolas de Ensino Médio e Supletivo, crescente marginalização e êxodo dos jovens e
adolescentes para os grandes centros por falta de opções de trabalho, estudos e lazer
(GARCIA, Loreley Gomes, et al, 2009).

Com base no fundamento primordial de que a água constitui um bem valioso e essencial para
a vida e à saúde das espécies bióticas, portanto, deve-se debater, provocar a política, a justiça,
a luta, e que as esferas que possam se envolver e entrar nessa luta por melhores condições de
acesso e de manutenção da qualidade deste bem tão fundamental. A população local não só
pode esperar os meios políticos agirem, é importante o meio social fazer sua parte na
preservação, chamando a atenção dos meios educacionais e de empresas poluidoras, ações em
projetos sociais e ONG´s(Organização sem fins lucrativos), que possa mitigar poluições
futuras.( NUNES, Edilon Mendes.2017, P. 59).

5. DESENVOLVIMENTO

5.1. A IMPORTÂNCIA DA BACIA DO RIO GRAMAME

A Bacia do Rio Gramame, abrange sete municípios no leste do estado da Paraíba como João
Pessoa (capital do estado), Conde, Alhandra, Pedras de Fogo, São Miguel de Taipu, Santa
Rita e Cruz do Espírito Santo (AESA, 2000; SCIENTEC, 2000; ABRAHÃO, 2006) e possui
uma ampla rede de drenagem, composta por diversos rios e riachos. Esta bacia possui
capacidade de armazenamento hídrico de aproximadamente 56,9 milhões de m3 (AESA,
2009a), e apresenta grande importância para a área metropolitana da cidade de João Pessoa,
pois é responsável pelo abastecimento d’água de 70% da região (NUNES, 2012). Em sua área
existe uma população de aproximadamente 3,976 milhões de habitantes, (IBGE, 2010).

Além de que os recursos aquáticos apresentam um importante papel na subsistência humana,


tendo em vista que grande número de populações utiliza-se da pesca como forma de
sobrevivência, embora possam também exercer outras atividades econômicas como o
extrativismo vegetal, a agricultura e o artesanato (PACHECO, 2006). Foi visto que a melhoria
do ecossistema tem a influência da comunidade ribeirinha já que sua pesca depende
diretamente dela, o conhecimento tradicional das comunidades sobre o ambiente em que
vivem, pode servir como uma forte contribuição para a garantia da existência futura dos
recursos naturais disponíveis no local. Gómez-Pompa e Kaus (1992), os quais acreditam que
os conhecimentos e práticas culturais tradicionais devem ser resguardados, pois dão suporte
para a permanência de espécies através de técnicas de manejo do ambiente natural. De acordo
com Silva et al. (2007), atualmente a demanda por pescado vem crescendo no mundo inteiro,
visto seu alto valor nutricional e comercial, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão por
uma produção sustentável, ajustada a uma redução do impacto ambiental, garantindo deste
modo, a permanência e a viabilidade da atividade da pesca. Foram analisadas que 42% dos
ribeirinhos vivem da pesca de subsistência, alguns comercializando o excedente; estes se
reconhecem como verdadeiros pescadores, sendo a maioria pescadores da praia da Penha/PB
praticando a pesca há mais de 10 anos, Segundo Diegues (2000).

Esta bacia hidrográfica sofre com a intensa atividade industrial, recebendo contribuições de
diversos corpos aquáticos, a exemplo dos rios componentes das sub-bacias Mamuaba , sendo
um dos principais contribuintes, no passado foi uma fonte importante de recursos pesqueiros
para os moradores da região e também a Água Boa, que junto com a sub-bacia do Rio
Gramame coopera para a formação do reservatório de Gramame-Mamuaba. Sua proximidade
com centros urbanos e regiões periurbanas a torna bastante interessante do ponto de vista
hídrico. É uma bacia de fundamental importância, pois é a principal responsável pelo
abastecimento d’água do conglomerado urbano formador da grande João Pessoa e contém
uma população expressiva, com aproximadamente 3,976 milhões de habitantes (IBGE, 2010)
em todo o seu espaço geográfico. Esta bacia apresenta uma sazonalidade marcada por dois
períodos distintos: o período de chuvas, que ocorre entre os meses de março e agosto, com
máxima pluviométrica entre junho e julho (precipitação média de 221,1 mm/mês), e o período
seco, compreendendo de setembro a fevereiro, com mínima pluviométrica entre outubro e
novembro (44,9 mm/mês) (ABRAHÃO, 2006). Diante do exposto, faz-se necessário o
incentivo e continuidade dos estudos na área da Bacia do Rio Gramame, pela importância que
representa para os habitantes do seu entorno e seus múltiplos usos, além de apresentar uma
composição biológica tão diversa.

5.2. QUESTÕES SOCIOECONÔMICAS DA BACIA DO RIO GRAMAME

Os recursos hídricos da bacia do rio Gramame são importantes para o estado da Paraíba
porque dispõem de múltiplas finalidades que vão desde os setores industriais, de mineração,
agrícolas, até os setores turísticos. (SILVA, Tarciso; SILANS, Alain; FILHO, Laudelino,
2002).
A bacia do gramame detém uma particularidade interessante que a difere de outras bacias no
geral que é de ela tem muitos informes hidroclimatológicos de longos tempos. (SILVA,
Tarciso; SILANS, Alain; FILHO, Laudelino, 2002).

No que diz respeito ao solo da bacia do rio gramame, ela comporta alguns lugares vagamente
expostos além de pastos e contém áreas numerosas abrigando plantação de cana de açúcar e
abacaxi que revezam-se entre si na ocupação dos solos dessa bacia e essa prática de
revezamento é feita pelos próprios agricultores rurais do local. ( LINHARES, Franklin et al.,
2014).

Apesar da importância econômica que essa bacia representa para o estado, é importante
ressaltar também os impactos significativamente negativos causados pelas indústrias, o
comércio e os resíduos sólidos urbanos domiciliares, todos esses três setores equivalem a 11%
do território total da bacia do rio Gramame. O que levanta a preocupação nessas áreas é o
manejo inadequado das cargas degradantes lançadas in natura no solo, que ao chegar no solo
junto com outros componentes químicos como o nitrato acabam percolando, podendo atingir
os lençóis freáticos e implica do mesmo modo na qualidade das águas. ( LINHARES,
Franklin et al., 2014).
De acordo com Nunes e Garcia (2012) que analisaram a poluição da Bacia do Rio Gramame
na área do Distrito Industrial em João Pessoa, 117 companhias industriais estão listadas como
usuários da Bacia do Rio Gramame, as indústrias porém não possuem licença para realizar
lançamentos de efluentes na bacia, exceto por uma, contudo isso não impede que haja esse
lançamento pelas fábricas gerando problemas pois são resíduos perigosos que causaram
inclusive a morte de uma mulher que caiu num numa parte das águas que envolvia efluentes
com substâncias químicas provenientes dessas indústrias.

5.3. RELAÇÃO SOCIEDADE - NATUREZA

Por conta da poluição sem precedentes advinda das indústrias do Distrito Industrial e dos
esgotos domésticos, populações ribeirinhas e quilombolas da região sul, mais especificamente
das áreas do Engenho Velho, Gramame e Mituaçu que está localizada no baixo Gramame,
são as que mais sofrem com os impactos negativos das contaminações, as principais são as
doenças, morte dos animais que bebem as águas e o impedimento das atividades agrícolas, já
que boa parte dos moradores trabalham com agricultura. (GARCIA, Loreley, et al., s/d).
Além de sofrer com as consequências do manejo inadequado dos efluentes das fábricas, as
comunidades que formam o Vale do Gramame também já vivenciaram a falta de
abastecimento de água que prejudicou a distribuição de alimentos na cidade de João Pessoa.
Por essas e outras razões que é de suma importância para os moradores conhecerem os seus
direitos e aprenderem as leis de conservação e preservação para assegurar a pouca
porcentagem que restou de áreas verdes da Bacia do Rio Gramame. (COQUEIJO, Samara;
s/d).

5.4. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: OLHO DO TEMPO - EDUCAÇÃO


AMBIENTAL NA LOCALIDADE DE GRAMAME

De acordo com o site do Olho do Tempo, a Congregação Holística da Paraíba – Escola Viva
Olho do Tempo(EVOT), é uma associação sem fins lucrativos, com certificação de
Organização Social de Interesse Público (OSCIP), e credenciada pelo Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), foi constituída sob dois focos
primordiais: a preservação dos olhos d’água, (em sua sede há 08 nascentes), e atender
prioritariamente crianças, adolescentes e seus familiares do Vale do Gramame, originalmente
zona rural de João Pessoa, na Paraíba. (Você sabia que a Olho do Tempo existe há mais de 24
anos?, [s.d.] Disponível em:https://www.olhodotempo.org.br/sobre/. Acesso em: 16/12/2022 )
O Olho do Tempo atua desde 2004 no Vale do Rio Gramame, a partir de diversos projetos e
ações que buscam a religação dos moradores aos seus valores culturais, pautados em seu
tradicional modo de viver, e no contato permanente com a natureza.
Os ensinamentos da Olho do Tempo inspiram o respeito aos bens naturais e aos valores
humanos mais puros, no sentido de convivência coletiva, que podem e devem ser mantidos
em qualquer meio, seja rural ou urbano. Desta forma, os moradores do Vale do Gramame se
alinham em sintonia com a grande discussão planetária da busca pela qualidade de vida
juntamente com a valorização dos bens culturais e a conservação do meio ambiente. (Você
sabia que a Olho do Tempo existe há mais de 24 anos?, [s.d.] Disponível
em:https://www.olhodotempo.org.br/sobre/. Acesso em: 16/12/2022)

A EVOT participa do CBH-LS (Comitê de Bacia Hidrográfica do Litoral Sul) que é um órgão
colegiado de caráter normativo, deliberativo e consultivo, que compõe o Sistema Integrado de
Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos, com área de atuação em toda a
extensão da Bacia Hidrográfica do Litoral Sul. O CBH-LS abrange 09 municípios,
distribuídos na Bacia Hidrográfica do Rio Gramame e na Bacia Hidrográfica dos Rios Abiaí-
Papocas, compreendendo os municípios de Alhandra, Caaporã, Conde, Cruz do Espírito Santo, João
Pessoa, Pedras de Fogo, Pitimbu, Santa Rita e São Miguel de Taipu.(NUNES, Edilon Mendes. 2017,
P. 72 e 74).

Com relação a participação da EVOT em prol das ações do comitê, podemos afirmar que:
“Fica ainda evidente a articulação cada vez mais crescente entre o comitê e a EVOT,
antes trabalhando isoladamente. A EVOT, paralelamente e de forma pioneira, já
desenvolvia um movimento que vem ganhando força e que tem uma agenda de ações
práticas e de discussão em torno do Rio Gramame.”(MENDES,Edilon,2017,P. 80).

5.5. PLANEJAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

A gestão é o que sustenta e o que dá base para a governança, a organização de algo. A mesma
promove um conjunto de ações para resolver, economizar e administrar recursos. A má gestão
de algo pode ocasionar diversos problemas em nosso meio social.
Relacionando à organização a gestão, podemos conceituar que:

“Todas as instituições que compõem a sociedade moderna não vivem ao acaso. Elas
precisam ser administradas. Essas instituições são chamadas organizações. Todas as
organizações são constituídas de: recursos humanos e recursos não humanos,isto é,
recursos físicos e materiais, recursos financeiros, recursos tecnológicos, recursos
mercadológicos, entre outros. Toda a produção de bens e serviços é realizada dentro
de organizações.”(CRISTINA, Sônia, 2012, P. 2)

Em meio a variados campos de atuação da gestão em nossa sociedade, está a gestão de


recursos hídricos, que pode ser definida como a forma pela qual se pretende equacionar e
resolver as questões de escassez relativa dos recursos hídricos, bem como fazer o uso
adequado, visando a otimização dos recursos em benefício da sociedade.
(AUGUSTO,Arnaldo, et al., 2001, P. 44)
As condições de acessibilidade aos recursos hídricos se dão através de uma boa gestão e de
um adequado processo político. Portanto, relacionando recursos hídricos ao planejamento
temos:

Planejamento, no conceito da ciência econômica, onde é bastante empregado, é a


forma de conciliar recursos escassos e necessidades abundantes. Em recursos
hídricos, o planejamento pode ser definido como conjunto de procedimentos
organizados que visam o atendimento das demandas de água, considerada a
disponibilidade restrita desse recurso. Todavia, o planejamento de recursos hídricos
reveste-se de especial complexidade, haja vista as peculiaridades expostas
anteriormente (Barth, 1987).

Conforme o Art. 3° da Lei n° 7.779, de 07/07/2005, que diz: “São objetivos da AESA, o
gerenciamento dos recursos hídricos subterrâneos e superficiais de domínio do Estado da
Paraíba, de águas originárias de bacias hidrográficas localizadas em outros Estados que lhe
sejam transferidas através de obras implantadas pelo Governo Federal e, por delegação, na
forma da Lei, de águas de domínio da União que ocorrem em território do Estado da
Paraíba.”(Art. 3, Lei n° 7.779, de 07/07/2005).

6. CONCLUSÃO

Este artigo teve como um dos seus principais objetivos mostrar a importância que a bacia do
rio Gramame tem para com a população local, a maior parte de João Pessoa e para os demais
municípios em que ela está inserida.
Ressaltando dados, conceitos, problemas, soluções, e como tal assunto pode envolver
diversas áreas na questão ambiental e até fora dela. Pela população de Gramame ser em sua
grande parte periférica, é lógica a falta de uma educação de qualidade na área, que acaba
atrapalhando o processo de conscientização da localidade.
Para mitigar tal realidade, é necessária a ação de órgãos que possam ser atores nessa área e
cumprirem seu papel, fazendo com que ascenda na população a sensibilização ambiental, o
conhecimento e a vontade de cuidar de um de seus bens mais preciosos: a água.
As poluições industriais também podem ser resolvidas através do diálogo com a empresa
poluidora ou até aderindo-as a diminuição de lançamento de efluentes através da resolução
CONAMA nº 430/11.
Portanto, para uma boa perspectiva de futuro deste conflito, a situação deve ser passada pela
gestão de recursos hídricos do estado, ajudado por todos os atores no meio social, respeitando
as regras federais, estaduais e municipais.

REFERÊNCIAS

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