You are on page 1of 56

PÚBLICA

Manutenção e Ciclo de vida

Técnicas de instalação
Padrões de projeto Estratégia de operação
Materiais de construção Estratégia de manutenção
Técnicas de fabricação Influencia ambiental
Controle de qualidade Modo de falha
Idade

2
PÚBLICA
Tipos de Manutenção
– Corretiva
– Preventiva (off-line)
– Preditiva (on-line e off-line)

3
PÚBLICA
Manutenção Preventiva e Preditiva
• A manutenção preventiva normalmente é utilizada para evitar falhas em máquinas depois
de um tempo ou frequência de uso. Para isso, são programados planos de manutenção que
geram ordens no SAP. Se levarmos em consideração um carro por exemplo, poderíamos
dizer que a manutenção preventiva baseada no tempo consiste em trocar o óleo a cada 6
meses.
• A manutenção preditiva é a tentativa de estimar a condição de um enrolamento através de
testes ou inspeções não-destrutivos e não invasivos1 em conjunto com inspeções visuais2.
– Possibilita programar intervenções em momentos adequados e evita intervenções desnecessárias.
• O conhecimento em mecanismo de falhas e os resultados de testes ajudam a identificar a
maioria dos possíveis mecanismos de envelhecimento da degradação do sistema de
isolamento em seus estágios iniciais.
• 1) Demandam ter facilidades instaladas.

• 2) Pode demandar alguma desmontagem da máquina.

4
PÚBLICA
Manutenção Preditiva
• Sistema baseado no conhecimento

Base de
Conhecimento

Extração de Inferência Informação


Parâmetros

5
PÚBLICA
Causas de falhas em máquinas

6
PÚBLICA
7
PÚBLICA
Motivação
• Estatística de falha em motores
– Mancais 41%
– Estator 37%
– Outros 12%
– Rotor 10%

8
PÚBLICA
A importância da monitoração preditiva
• A qualidade e a vida útil da máquina começa no projeto e no controle dos processos
de fabricação e continua na instalação, operação e manutenção.
• A monitoração preditiva permite atuar antes que o defeito degenere para uma falha
que impeça a máquina operar.
– DP - o número de pulsos e a magnitude dos pulsos e´proporcional à degradação do isolamento. A
forma da nuvem de pulsos no tempo indica a parte do enrolamento afetada pela degradação..
– MCSA –a magnitude das frequências de interesse apresentam padrões característicos de falhas.
À medida que que defeitos rotóricos evoluem, a intensidade destas frequências aumenta.

9
PÚBLICA
Falhas no estator
• Falhas em estatores são geralmente um processo lento, resultado da degradação da
isolação;
• A perda da capacidade de suportar esforços elétricos ou mecânicos pode ocorrer em
operação normal ou em transientes em eventos como:
– Sobretensão devido a descarga atmosférica (alto dV/dt) ou a falta fase-terra.
– Sobrecorrente devido a falta no sistema elétrico (alto dI/dT), partida de grandes motores ou
sincronização fora de fase.
– Sobretemperatura por perda de refrigeração.
– Erros operacionais, como esquecer de fechar o campo na partida ou abrir o campo sob carga.

10
PÚBLICA
Manutenção preventiva – Serviços e testes
• Inspeção visual, Inspeção boroscópica, surge test (estator, rotor)
• Resistência ôhmica, Medidas de resistência de isolação
• Inspeções e registros de saída e retorno de reparo.

11
PÚBLICA
Manutenção preventiva – Serviços e testes
• Técnicas preventivas
– Inspeção visual ou Inspeção boroscópica,
– Surge test (estator, rotor) (*)
– Resistência ôhmica,
– Medidas de resistência de isolação e derivados (IR, IP e IA)
– Hi-pot CC e CA (*)
– Fator de dissipação - Tip-up

* Requer ferramental, preparação e pessoal especializado, pode ser destrutivo.

12
PÚBLICA
Inspeção visual
• Útil para observar partes e componentes da máquina sem a retirada do rotor. Pode
necessitar desmontagem de partes, e mesmo assim a visão pode ser muito limitada.
• Com a retirada do rotor é possível verificar as partes em detalhes.
Estator: Rotor:

13
PÚBLICA
Surge test

• IEEE 522
• Apropriado para verificar a integridade da isolação entre espiras;
• Testa bobinas isoladas ou enrolamento completo e compara-se as respostas.
• É um teste de tensão aplicada, deve-se ter cuidado.
• Aplica um surto de tensão de até 5vp-1.2 µs e se se observa as ondas refletidas:

14
PÚBLICA
Resistência dos Enrolamentos
• Valores diferentes entre fases indica aquecimento irregular e possível desequilíbrio
na tensão.
– Importante corrigir a temperatura. Comparar com as demais fases, motores duplicados ou
medições anteriores sob as mesmas condições de campo são recomendadas. Diferença entre
fases menor que 1%.

15
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Teste mais usado
– Eficiente para problemas de contaminação
– Enrolamentos antigos – deterioração térmica
– R = V/I e IP = R10 / R1
– Detecta contaminação, umidade e um aumento constante do RI e IP alto pode ser decomposição
dos materiais de ligação. Não está relacionado a rigidez dielétrica, não detecta cavidades nem
sua localização.
• Não permite traçar tendência, não é preditivo.

16
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Corrente Capacitiva (IC) .
– A corrente CC aplicada decai exponencialmente;
• Corrente Condutiva (IG)
– Ocorre devido a elétrons ou íons que migram através do isolamento entre o núcleo e os
condutores. É baixa, não decai e é constante.
• Corrente de Dispersão (IL )
– Devido a contaminantes e umidade.
• Corrente de Absorção (IA )
– Corrente devido a reorientação de certas moléculas polares.

17
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Tipos de corrente CC no isolamento

– Corrente capacitiva – 10s


– Corrente condutiva - Constante
– Corrente de fuga - Constante
– Corrente de polarização – 10 min

18
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Tipos de corrente CC no isolamento asfáltico

19
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Tipos de corrente CC no isolamento epoxi

20
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Valores de Resistência para os tipos de isolação

21
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Método de teste
– Aplica tensão CC regulada e mede corrente (nA)
– Preferencialmente nos terminais da máquina
– Preferencialmente fase por fase
– Capacitores de surto devem ser removidos
– Para máquinas diretamente refrigeradas a água há risco de formação de hidrogênio
– Risco de choque!

22
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Tensão DC aplicada

23
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Interpretação dos resultados
– Enrolamento base Asfalto
• RI > (kV+1) MΩ
– IP < 1 Ruim (Ruim, sujo)
– 2 < IP < 6 Bom
– IP ≥ 7 Deterioração Térmica
– Enrolamento base Epoxy
• RI > 100 MΩ, Bom
– Se RI < 5.000 MΩ, IP < 2 Ruim
– IP > 2 Limpo, Seco
– RI ≥ 5.000 MΩ, IP é Irrelevante

24
PÚBLICA
Resistência da isolação
• Teste RI/IP – Caixas de testes

25
PÚBLICA
Hi-pot
• Aplica alta-tensão por determinado tempo (1 min)
• Passa não passa (interpretação não confiável)
• Executar depois do RI/IP
• CC não envelhece isolamento
• CA envelhece devido DP
• Risco de Choque
• Tensões aplicadas:
– CA: (2E+1) kV
– CC: 1,7 (2E+1)kV

26
PÚBLICA
Hi-pot
• Diagrama de ligação para o teste Hi-pot CC

27
PÚBLICA
Fator de dissipação
• Fator de Dissipação (tan 𝛿 ou Fator de Potência do Isolamento)
– Mede perdas dielétricas no material isolante e atividade de descarga parciais

28
PÚBLICA
Fator de dissipação
• Ensaio off-line.
• Há 3 formas de medir.
– Ponte resistiva-capacitiva,
– Medição do desfasamento angular entre a tensão e corrente.
– Aplica-se V e mede-se I e W.
• Ensaio de Tip Up ou Δtanδ
– Tip-up = FP alta–FP baixa
– Grande crescimento do FP da baixa para alta tensão indica descargas parciais

29
PÚBLICA
Δtanδ
• Fator de dissipação com incrementos de 0,2Vn
– (Tanδ0.6 - Tanδ0.2)/ Tanδ0.2 < 20x10-3
– Tanδ0.2 < 5x10-3
– Tanδ0.6 - Tanδ0.2 < 5x10-3

30
PÚBLICA
Δtanδ
• Interpretação –Tip-Up
– Aplicável para > 6,0 Kv
– Mede a energia devido a PD
– Para enrolamento novo:
• Problemas de vazio
• Processo, bom ou ruim
– Para enrolamento em operação:
• Umidade
• Envelhecimento térmico

31
PÚBLICA
Δtanδ
• Tip-up – Caixa de testes

32
PÚBLICA
Falhas no estator
• As consequências são inevitavelmente o curto circuito na parte mais frágil da
isolação e a impossibilidade de retornar à operação.
• As falhas podem ser aceleradas devido a erros ou compromissos de projeto, má
qualidade de construção do enrolamento, aplicação subdimensionada, ambiente
agressivo ou erros de manutenção .

33
PÚBLICA
Fatores de degradação do Isolamento do estator
– Elétrico
– Mecânico
– Ambiental
– Térmico

34
PÚBLICA
Causas mais comuns de falhas

Em rotores de polos lisos e Em rotores de polos


salientes: salientes:
– Espiras do polo em curto devido a – Enrolamento solto de um ou mais
ciclos de carga ou contaminação polos que levam à falha a terra.
por combinação com – Falha de ligações inter-polos
óleo/graxa/pó devido a flexões.
– Falha de SCR, control box, diodos, Em rotores de polos lisos:
cabos, barramentos do circuito de
– Deslocamento de cabeças de
excitação.
bobinas ou calços;

35
PÚBLICA
Causas mais comuns de falhas

Estator
– Delaminação – Contaminação
– Ciclo térmico – Partículas abrasivas
– Impregnação inadequada – Ataque químico
– Movimentação da bobina ou
barra – Espaçamento inadequado das
– Falha da camada semicondutiva cabeças de bobina
– Stress de tensão nas interfaces – Vibração nas cabeças de bobina
– Descarga de alta intensidade na – Conexões elétricas pobres
ranhura
– Surto repetitivo de tensão

36
PÚBLICA
Degradação Térmica
• Vida útil – Degradação térmica

37
PÚBLICA
Degradação Térmica
• Exemplo de cálculo

38
PÚBLICA
Degradação Térmica
• Classe de temperatura

39
PÚBLICA
Degradação Térmica
• Classe de temperatura

40
PÚBLICA
Descargas parciais - introdução
• Processo de falha é lento
• Previsão possível
• Utiliza sistemas de inferência
• Momentos que geralmente ocorrem as falhas em sistemas fragilizados pela DP
– Surto de comutação
– Má sincronização
– Rejeição de carga
– Transitório elétrico

41
PÚBLICA
Descargas parciais - Modelos
• A ocorrência da DP pode ser simplificada como a ruptura do dielétrico em um
capacitor de placas paralelas.
– Uma diferença de potencial ocorre através da cavidade
– A tensão sobre a cavidade rompe o dielétrico quando a tensão é superior tensão de ruptura (3
kV/mm para o ar), a descarga se converte em ruptura do gás por arco.
– Como consequência, a tensão entre os eletrodos decresce bruscamente.

17/11/2022 42
PÚBLICA
Descargas parciais - Modelos
• Cálculo do isolamento com dois materiais diferentes
– E= V/d (kV/mm)
– V=13,8 kV
– U2 = 3 kV/mm
– d2=Cavidade de 0,5 mm
– d1=Isolação de 4mm
– Vfase= 8 kV

43
PÚBLICA
Descargas parciais - Modelos
• A tensão na cavidade fica:
𝑑2
𝜀2
• 𝑈2 = 𝑈 ∙ 𝑑1 𝑑2
+
𝜀1 𝜀2

• Tensão de ruptura
𝑈2
– 𝐸2 = (kV/mm)
𝑑2
2,9
• 𝐸2 = = 5,82𝑘𝑉 ruptura do dielétrico Constantes:
0,5
Var=3 kV/mm (1 atm)
Vepoxi=300kV/mm
ε0 = 8,85 × 10−12 𝐹 Τ𝑚
ε𝑟𝑎𝑟 =1,0;
ε𝑟𝑒𝑝𝑜𝑥𝑖 = 4,0

44
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir
• Riscos da medição - sinais espúrios
– Ruido do sistema elétrico
– Fontes de RF
– Instalação inadequada dos sensores e condutores

45
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir
• Como medir
– O divisor capacitivo separa as correntes de pulso da DP da alta tensão em 60 Hz.

46
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir
• Métodos de rejeição de ruído • Constante de tempo
– Filtragem pela atenuação das baixas frequências do acoplador
capacitivo:
τ=RC

• Frequência de corte
inferior, –3 dB com
R=50 Ω :
fc=1/2πRC

40 MHz (80 pF),


6,4 MHz (500 pF),
3 MHz (1 nF),
320 kHz (10 nF).

17/11/2022 47
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir
• Métodos de rejeição de ruído
– Filtragem natural pela alta impedância dos cabos de alimentação (>30 m)
– Filtro passa alta em 40 MHz (divisor capacitivo), rejeita os ruídos atenuados, distorcidos e com o
temo de subida aumentado (baixa frequencia)
• Rejeição por tempo de trânsito

48
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir
• Métodos de rejeição de ruído
– Mapa T-F, o ruído é separado com filtros passa faixa (40 MHz a 350 MHz), feita diferenciação de
sinais no tempo e realização do espectro de frequência por FFT. O gráfico plota os períodos
equivalente dos pulsos versus seu conteúdo de frequência equivalente

49
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir

Caixa de Ligação
V-1201-M RECAP

50
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir
• Capacitores montados abaixo do skid do gerador e caixa de terminais de conexão

51
PÚBLICA
Descargas parciais - Como medir

• Um pulso de alta frequência viaja por:


– Transmissão.
– Acoplamento capacitivo.
– Radiação.
• Largura de banda do sistema de medição.
– O sinal PD medido é afetado em maior ou menor grau, dependendo da largura de banda do sistema de
medição. Abaixo a resposta ao impulso dos sistemas.

17/11/2022
Banda larga Banda estreita 52
PÚBLICA
Descargas parciais - Como ocorre

• A ruptura na cavidade
ocorre quando o
campo elétrico
ultrapassa 3 kV/mm.
• A ruptura é a parte da
descarga detectável
pelos instrumentos.
• .

17/11/2022 53
PÚBLICA
Como a DP se desenvolve nas diversas estruturas do estator

Evolução de descarga
de corona detectado
pela DP.

(Essalihi - IRMC 2015)


17/11/2022 54
PÚBLICA
Como a DP se desenvolve nas diversas estruturas do estator

Contaminação do TG
6301C detectado em
teste de DP off-line.

(REPLAN 2013.)

17/11/2022 55
PÚBLICA
Descargas parciais

• DP on-line • DP off-line
– Vantagens – Vantagens
• Não necessita de parada da máquina • As fontes de ruído são eliminadas
• Medições nas condições de operação • Menor atenuação do pulso, maior
– Desvantagens profundidade de análise (LF-50 kHz a
3 MHz).
• Necessidade de instalação dos
• Medição do DIV/DEV ((discharge
capacitores
inception/extinction voltage) e outros
• Necessidade de eliminação do ruido testes variando frequência e tensão.
• Menor profundidade de avaliação
– Desvantagens
• Demorado, +caro e fora de serviço;
• Não há esforços devido a carga
• DP adicional próximo ao neutro 56
PÚBLICA

You might also like