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FUNDAMENTOS DA

ENFERMAGEM I E II
SUMÁRIO PÁG.

HOSPITAL: classificação, internação, implementação, transferência, alta,


óbito, anotações de enfermagem.......................................................................... 3
SINAIS VITAIS.................................................................................................... 10
TEMPERATURA CORPORAL......................................................................... 10
PRESSÃO ARTERIAL........................................................................................ 13
RESPIRAÇÃO...................................................................................................... 16
CONTROLE HÍDRICO...................................................................................... 17
TÉCNICAS DE LAVAGEM DAS MÃOS......................................................... 18
TÉCNICAS DE CALÇAMENTO DE LUVAS.................................................. 19
HIGIENE DO PACIENTE.................................................................................. 19
MUDANÇAS DE DECÚBITO............................................................................ 21
ÚLCERAS DE DECÚBITO................................................................................ 22
FERIDAS E CURATIVOS.................................................................................. 25
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS.................................................... 29
INJEÇÃO INTRAMUSCULAR......................................................................... 32
CÁLCULOS DE GOTEJAMENTO................................................................... 34
OXIGENOTERAPIA........................................................................................... 35
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL....................................................................... 37
SONDA NASOGÁSTRICA................................................................................. 39
RETIRADA DE PONTOS................................................................................... 42
SONDAGEM NASO/OROGÁSTRICA............................................................. 43
MEDICAÇÃO VIA VENOSA............................................................................. 49
LOCAIS MAIS UTILIZADOS PARA FUNÇÃO............................................. 52
SOLUÇÕES COM PROPRIEDADES OSMÓTICAS...................................... 55
TÉCNICA DE FUNÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO EM DOSE ÚNICA... 58
EXAME FÍSICO: ausculta, palpação e percussão............................................ 63
EXAME DO TÓRAX........................................................................................... 69
LAVAGEM INTESTINAL.................................................................................. 71

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HOSPITAL: Classificação, Admissão, internação, transferência, alta, óbito e
anotações de enfermagem.

CLASSIFICAÇÃO HOSPITALAR:
• Segundo o numero de leitos:
Pequeno Porte: E o hospital que possui capacidade normal ate 50 leitos.
Médio Porte: E o hospital que possui capacidade normal de 50 a 150 leitos.
Grande Porte: E o hospital que possui capacidade normal de 150 a 500 leitos.
Extra ou Especial: E o hospital que possui capacidade de acima de 500 leitos.

Funções do hospital: Preventiva, educativa, pesquisa, reabilitação, curativa.


Preventiva: Principalmente nos ambulatórios, onde os pacientes retornem apos a alta
para controle. A prevenção consiste: Vigilância materno-infantil; vigilância no
crescimento normal da criança e adolescente; controle as doenças transmissíveis e
prevenção da invalidez mental e física.

Educativa: Através da educação sanitária e pratica da saúde publica visando o paciente,


a família e a comunidade. Sob o ponto de vista de formação e aperfeiçoamento de
profissionais de saúde, como o campo de ensino a fim de formar pessoal medico e
paramédico, pois e onde se colocam em pratica os conhecimentos teóricos e inovações
relacionadas com a saúde e também com o objetivo de melhorar o padrão de
atendimento nos locais de saúde.

Pesquisa: O hospital serve de campo para a pesquisa cientifica relacionada a saúde.

Reabilitação: O hospital faz através do diagnostico precoce utilizando os cuidados


clínicos, cirúrgicos e especiais por meios dos quais o paciente adquire condições de
retornar ao seu meio e suas atividades.
Curativa: A função a qual o Brasil faz como função principal. Tratamento de qualquer
natureza.

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• Paciente: É o elemento principal de qualquer instituição de saúde. Considera-
se paciente todo o individuo submetido a tratamento, controle especiais, exames
e observações medicas.
• Matricula ou registro: É definido como a inscrição de um paciente na unidade
medica hospitalar que o habilita ao atendimento.
• Internação: É a admissão de um paciente para ocupar um leito hospitalar.
• Leito hospitalar: E a cama destinada a internação de um paciente em um
hospital. Não é, considerado leito hospitalar cama destinada a acompanhante,
camas transitórias utilizadas no serviço diagnostico de tratamento, cama de pré-
parto, recuperação pós-anestesica e pós operatórios, camas instaladas no
alojamento de médicos.
• Prontuário medico: E o conjunto de documentos padronizados, destinados ao
registro da assistência prestada ao paciente desde a sua matricula a sua alta.
• Transferência do paciente: A transferência pode ser dentro do próprio hospital
de uma enfermaria para outra ou de um hospital para outro. Ela deve ser anotada
no censo hospitalar diário.
• Alta: E o ato medico que configura a cessação da assistência prestada ao
paciente.
• Óbito hospitalar: E o óbito que se verifica no hospital apos o registro do
paciente.

INTERNAÇÃO HOSPITALAR:

Significa para o paciente a interrupção do curso


normal de vida e a convivência temporária com
pessoas estranhas em ambiente não-familiar,
desencadeando em muitos indivíduos
isolamento social, perda da privacidade e
individualidade, além da sensação de
Considerações Gerais: A internação é insegurança, medo e abandono.
a admissão do paciente para ocupar
um leito hospitalar, por um período Significa a entrada do paciente na instituição
igual ou maior que 24 horas.
para tratamento adequado. No momento da
admissão o paciente deve ser recebido de forma cordial e atenciosa, chamando-o pelo
nome e encaminhando ao quarto. Acomodá-lo no leito e apresentar a unidade,

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prestando-lhe todas as informações necessárias tais como: Exames a realizar, jejum ou
dieta, procedimentos invasivos e não-invasivos, etc.

O tempo de permanência do paciente no hospital dependerá de vários fatores:


Tipo de doença, estado geral, resposta orgânica ao tratamento realizado e
complicações existentes.
É importante o enfermeiro (a) apresentá-lo ao outro paciente, bem como
fornecer a roupa adequada ao tamanho e temperatura ambiente. Deve-se também
registrar no prontuário do paciente dados como data e horário da admissão,
sinais vitais, condições gerais procedimentos realizados etc.

A adaptação do cliente a essa nova situação se torna difícil, pois o mesmo precisa
se acostumar e submeter-se à regras e normas institucionais, procedimentos
invasivos e não invasivos e a mudança de hábitos.

IMPLEMENTAÇÃO: Revisar o formulário de internação e as ordens dadas pelo


médico. Observe o motivo para a internação, restrições quanto a atividades e dietas.
Mostrar ao paciente como devem ser utilizados os equipamentos existente no quarto:
Tv, telefones, luz.

• Verificar os sinais vitais, Verificar peso e altura do paciente, Explicar a rotina


do hospital, (horário de refeição, medicação, visitas) Obter histórico completo
do paciente (medicações de uso contínuo ,cirurgias)
• Após examinar o paciente informe a ele se foi solicitado exames, deixe o
paciente informado do que vai acontecer com ele,
• Antes de deixar o quarto veja o estado de conforto e segurança do paciente.
• Proporcionar privacidade.
✓ Estabelecer um elo de confiança com
a criança e os pais,
✓ Informe sobre a sala de brinquedos,
televisão e o refeitório,
✓ Informe que o enfermeiro (a) está
sempre a disposição: trazer água, ir ao
banheiro.

IMPLEMENTAÇÃO - CRIANÇAS

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✓ Obter informações a respeito da rotina da criança: hora de dormir, higiene
pessoal, programa favorito da tv.
✓ Encorajar os pais a trazer objetos favoritos da criança: cobertor,
brinquedos, etc;

LEMBRETES PARA CUIDADOS COM O PACIENTE: Quando colocados na parte


superior de camas ocupadas por pacientes, os lembretes para cuidados chamam a
atenção sobre necessidades especiais e ajudam a garantir um cuidado consistente,
informando essas necessidades à equipe do hospital, à família do paciente e a outros
visitantes.

Devem ser criados cartões especialmente para indicar informações importantes a


respeito do paciente, como as seguintes: ALERGIAS, RESTRIÇÕES DE DIETAS,
RESTRIÇÕES POR LIQUIDOS, PACIENTE MUDO OU COM DEFICIÊNCIAS
AUDITIVAS NO LADO DIREITO OU ESQUERDO.

Os lembretes podem ser utilizados para informar instruções especiais:


REPOUSO ABSOLUTO; NÃO MEDIR PRESSÃO NO BRAÇO DIREITO;
VIRAR O CORPO A CADA HORA.
Observação: Nunca viole a privacidade do paciente colocando informações a respeito
do diagnóstico, detalhes sobre cirurgias ou qualquer outra informação que possa ser
considerada embaraçosa.
TRANSFERÊNCIA DE PACIENTE:
È a remoção do paciente de uma unidade
de internação para outra unidade dentro
do hospital (transferência interna) ou
para outro hospital (Transferência
externa).
Transferência externa: Verificar se o
médico incluiu a ordem de transferência
na folha de acompanhamento do paciente e preencheu o formulário especial de
transferência. Se o paciente requer de uma ambulância, garantir que o equipamento
esteja pronto para uso. DOCUMENTAÇÃO: Registre data e hora da transferência, a
condição do paciente durante a transferência, o nome ou a instituição receptora, meio de
transporte utilizado.

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Transferência Interna: Enviar as folhas de acompanhamento do paciente; os
formulários de requisição de laboratório; utilize uma cadeira de rodas para paciente que
pode andar ou uma maca para transportar pacientes acamados; apresente o paciente à
equipe de enfermagem da unidade receptora; encaminhe-o ao leito e coloque-o em
posição confortável.

ALTA DO PACIENTE: É o encerramento da assistência prestada ao paciente do


hospital por decisão médica. A alta pode ser dada ao paciente curado, melhorado,
inalterado ou a pedido. Na ocasião da alta, o paciente e seus familiares podem necessitar
de orientações sobre alimentação, tratamento medicamentoso, atividades físicas e
laborais, curativos e outros cuidados específicos.

Obtenha junto ao médico uma ordem de alta por escrito,


Revise o plano de tratamento do paciente para a alta,
Liste os medicamentos receitados na folha de instruções do paciente,
Liste a instruções para dieta e atividades.
Ajude o paciente a se vestir,
Se ficou objetos sob a guarda da enfermagem devolver e se possível o paciente
assinar o termo de devolução,
Informe no formulário de alta os sinais vitais;
Após saída do paciente, retirar lençóis e notificar a equipe de higiene para
realização da limpeza completa.

ÓBITO DO PACIENTE: É a cessação da vida do paciente.

Classificação:

Definido: Quando a causa da morte é conhecida;

Mal-definido: Quando a causa da morte é desconhecida. É necessária a


realização de uma autópsia;

Criminoso: Quando existe comprometimento legal. São óbitos decorrentes de


acidentes ou agressões (Homicídios, suicídios, etc...) O Corpo é encaminhado ao
Instituto de medicina legal (I.M.L.)

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Após o falecimento do paciente, incluem a preparação deste para a família, o arranjo de
transporte para o necrotério ou casa funerária. Os cuidados após a morte incluem
também o conforto e o suporte aos membros da família e amigos, proporcionando
privacidade a essas pessoas. Posicione o corpo em decúbito dorsal, com os braços ao
lado do corpo e a cabeça sobre um travesseiro. Remova sondas vesicais, drenos e fitas
adesivas de fixação, aplicando bandagens adesivas nos locais perfurados. Substitua as
roupas sujas.

ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM: Consta do


registro completo de fatos ocorridos com o paciente
durante o período de internação, desde o
preenchimento de gráficos, checagem de
medicamentos e procedimentos, anotação do estado
geral do paciente e cuidados prestados, bem como
novas informações que venham a surgir.

A principal função dessas anotações é o de servir como documento legal para


posteriores esclarecimentos e consultas.

Tópicos a serem observados nas anotações: Registrar os dados sempre a caneta, em


letra legível e sem rasuras (A cor azul é indicada para o plantão diurno e a vermelha
para o noturno); Não deixar espaço entre um registro e outro e/ou entre o ponto final e a
assinatura;
Indicar o horário de cada anotação realizada; Ler a anotação anterior, antes de registrar
novo registro; O registro deve ser realizado em seguida à prestação dos cuidados,
observando as intercorrências, recebimento de informação ou tomada de conduta,
identificando a hora exata do evento; Jamais deve-se rasurar a anotação. Caso se cometa
um engano ao escrever, não usar corretor de texto, não apagar, pois isso pode despertar
suspeitas de que alguém tentou deliberadamente encobrir informações; Distinguir na
anotação a pessoa que transmite a informação “informa que”, “refere-se que”, “A mãe
refere”, etc.
 Atentar para a utilização da sequencia céfalo-caudal quando houver
descrições dos aspectos físicos do paciente;
• Organizar a anotação de maneira a reproduzir a ordem em que os fatos se
sucedem;

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• Utilizar terminologia técnica adequada;
• Evitar anotações e uso de termos gerais como: “Segue em observação de
enfermagem” ou “sem queixas”, que não fornecem nenhuma informação
relevante e não são indicativos de assistência prestada;
• Registrar todas as medidas de segurança adotadas para proteger o paciente, bem
como medidas relativas à prevenção de complicações, por exemplo: “Contido
por apresentar agitação psicomotora”;
• Assinar a anotação, devendo registrar o número de inscrição do Conselho
Regional de Enfermagem (Em cumprimento ao artigo 76, Capitulo VI do
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem).

SEQUENCIA CORRETA DAS INFORMAÇÕES DO PACIENTE:


Nível de consciência: Consciente, torporoso, inconsciente, sonolento;
Orientação em Tempo e Espaço: Orientado, confuso, Períodos de confusão;
Parâmetros Vitais: Termo técnico que descreve temperatura, pulso, respiração
e pressão arterial;
Condições Gerais: Estado nutricional, coloração da pele, atividade, hidratação;
Venóclise: Anotar se por cateter especial como itracath, flebotomia, local de
instalação ou membro;
Drenos e cateteres: Localização, tipo, débito (Volume ou quantidade
aproximada), características locais, cor e odor da secreção;
Curativos: Local, aspecto da incisão ou lesão, presença de secreção (odor, cor e
quantidade), condições de cicatrização;
Sinais e sintomas: Subjetivos (aqueles que o paciente relata como náuseas,
tonturas, prurido, dor, etc.) e objetivos (aqueles que podemos ver, ouvir, sentir,
cheirar ou medir por métodos especiais);
Eliminações: diurese espontânea, ou por sonda (volume, cor, odor e aspecto),
fezes (cor, odor, consistência, quantidade);
A ação de medicamentos e tratamentos específicos (alergia após a
administração de medicamentos, melhora da dispnéia após a instalação de
cateter de oxigênio); A realização da prescrições médicas e de enfermagem,
assistência de enfermagem prestada e as intercorrências observadas, ações
terapêuticas aplicadas pelos profissionais da equipe multiprofissional:
(fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista)

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SINAIS VITAIS: São reflexos ou indícios de mudanças no estado do paciente. Eles
indicam o estado físico do paciente e ajudam no seu diagnostico e tratamento.

NORMAS:
1. Os sinais vitais deverão ser verificados a cada 06
horas. Quando o caso exigir dever ser visto quantas
vezes for necessário;
2. Ao se verificar qualquer um dos sinais vitais, dever
ser explicado ao paciente o que ser realizado;
3. Quando houver alteração de alguns dos sinais vitais
dever ser comunicado ao enfermeiro da unidade e ao medico responsável pelo paciente,
se for necessário.

Material: Bandeja contendo, 01 Termômetro, Bolas de algodão seco, Bolas de


algodão embebidas no álcool a 70%, Estetoscópio, Aparelho Tensiometro, caneta
relógio, gazes.

TEMPERATURA CORPORAL: E o equilíbrio mantido entre produção e perda de


calor pelo organismo no ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotálamo
no cérebro. Certos fatores fisiológicos podem provocar variações na temperatura,
como: Sono e repouso, idade, exercício físico, fator hormonal, alimentação, banho,
agasalho, emoção e desnutrição.
Ha também fatores patológicos, que alteram a temperatura, como: Processos
infecciosos, determinadas drogas e distúrbios emocionais.

Terminologia: Hipotermia Temperatura abaixo do valor normal. Hipertermia


Temperatura acima do valor normal. Afebril Temperatura normal; Febrícula Variações
entre 37,0 a 37,5 cº
✓ Locais de verificação:
01 - Região axilar ou inguinal;
02 - Região bucal;
03 - Região retal.
✓ Variação da temperatura de acordo com a região:

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Axilar ou Inguinal - 36,0 a 36,8
Bucal - 36,5 a 37,0
Retal - 37,0 a 37,5

TECNICA: Temperatura Axilar


01 - Lavar as mãos;
02 - Preparar o material;
03 - Explicar ao paciente o que vai fazer;
04 - Desinfetar o Termômetro com bola de algodão embebido em álcool a 70% da
extremidade ao bulbo;
05 - Secar o Termômetro com bolas de algodão seco;
06 - Descer coluna de mercúrio abaixo de 35 graus;
07 - Enxugar a axila do paciente com gaze;
08 - Colocar o Termômetro com a extremidade do bulbo no ápice da axila,
posicionando-o perpendicular mente a parede medial da axila;
09 - Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontro ao tórax, com a mão na
direção do ombro oposto;
10 - Aguardar de 3 a 5 minutos;
11 - Proceder a leitura;
12 - Refazer a limpeza do Termômetro;
13 - Retornar a coluna de mercúrio ao ponto inicial;
14 - Anotar na ficha de controle;
15 - Lavar as mãos.

TÉCNICA: Temperatura Bucal :


01 - Lavar as mãos;
02 - Preparar o material,
03 - Explicar ao paciente o que vai fazer,
04 - Certificar se o paciente ingeriu alimentos quentes ou frios, ou se fumou a menos
de 30 minutos;
05 - Fazer a limpeza com bola de algodão embebido em álcool a 70% e secar o
Termômetro da extremidade ao bulbo;
06 - Colocar o Termômetro sob a língua do paciente, recomendando que conserve a

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boca fechada;
07 - Retirar o Termômetro depois de 3 minutos;
08 - Fazer a leitura do Termômetro e limpa-lo com bola de algodão embebida no álcool
a 70%;
09 - Descer coluna de mercúrio;
10 - Anotar na ficha de controle;
11 - Lavar as mãos.

Obs: - E contra indicado o uso desta técnica em crianças, velhos doentes graves,
inconscientes e psiquiátricos, portadores de doenças orofaríngeas, apos fumar e
ingestão de alimentos quentes ou frios.

TÉCNICA: Temperatura Retal


Material:
Termômetro próprio;
Luvas de procedimento;
Lubrificante (vaselina liquida ou xylocaina gel);
Biombo.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Preparar o material;
03 - Proteger o paciente com biombo;
04 - Explicar ao paciente o que ser feito;
05 - Calcar as luvas de procedimento;
06 - Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo-o coberto;
07 - Fazer limpeza do Termômetro com bolas de algodão embebidas no álcool a 70%
e secá-lo da extremidade do bulbo;
08 - Abaixar a coluna de mercúrio;
09 - Lubrificar a ponta do Termômetro com vaselina liquida que vai ser inserida no
reto;
10 - Descobrir o paciente e separar as nadégas de modo que o esfíncter anal seja
visível;
11 - Inserir o Termômetro - 01 cm;

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12 - Retirar o Termômetro apos 3 minutos;
13 - Fazer a leitura;
14 - Deixar o paciente e a unidade em ordem;
15 - Encaminhar o Termômetro para pré desinfecção em hipoclorito por 30 minutos;
16 - Lavar o Termômetro com água e sabão apos pré desinfecção;
17 - Desprezar luvas;
18 - Anotar na ficha de controle;
19 - Lavar as mãos.
Obs.: - Esta técnica e contra indicada em casos de intervenção cirúrgica do reto e
períneo, processos inflamatórios locais.

 PRESSAO ARTERIAL: E a pressão que o sangue exerce nas paredes das


artérias. A medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão
máxima (sistólica) e a pressão mínima (diastólica), sendo registrado em forma
de fração:

P.A. depende: Debito cardíaco Representa a quantidade de sangue ejetado do


ventrículo esquerdo para o leito vascular em um minuto; resistência vascular periférica
determinada pelo lumem (calibre), pela elasticidade dos vasos e viscosidade
sanguínea; Viscosidade do sangue decorre das proteínas e elementos figurados do
sangue.

P.A. Pode ser alterada em algumas situações fisiológicas, como:


a) Alimentação, medo, ansiedade, exercícios, estimulantes aumentam a P.A.
b) Repouso, jejum, depressão, diminuem a P.A.

Terminologia
Hipertensão: P.A. elevada; P.A. convergente P.A. mínima próxima da P.A. máxima;
Hipotensão: P.A. baixa; P.A. Divergente P.A. mínima distante da P.A. máxima.

Locais de Verificação:
Membros superiores (braços),
Membros inferiores (região poplítea),
Variação P.A.:

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Sistólica - 90 - 140 mmHg
Diastólica - 60 - 90 mmHg.

Normas
01- Na presença de lesões ou doenças contagiosas, proteger o Tensiometro envolvendo
o membro do paciente com sanito. Encaminhar o esfigmomanômetro para lavanderia na
alta do paciente
02 - Caso haja alterações no som e importante anotar para analise de dados clínicos;
03 - Verificar todos os sinais vitais de um paciente, lavar as mãos e passar para outro;
04 - Em casos de verificar a P.A. com o paciente sentado, o membro superior deve ser
posicionado de forma que o braço permaneça no mesmo nível que o coração, isto e, ao
longo do corpo;
05 - Não verificar a P.A. nos membros com fistulas arterio-venosas,
06 - Lembrar que a P.A. pode ser verificada nos membros inferiores, se necessário.

Técnica:
01 - Lavar as mãos;
02 - Preparar o material;
03 - Promover a desinfecção das olivas e diafragma do estetoscópio com álcool a 70%;
04 - Explicar ao paciente o que ser feito;
05 - Colocar o paciente em condição confortável, com antebraço apoiado e a palma da
mão para cima;,
06 - Expor o membro superior do paciente;
07 - Colocar o manguito (Tensiometro) 5 cm acima da prega do cotovelo, na face
interna do braço prendendo-o de modo a não comprimir nem soltar;
08 - Localizar com os dedos a artéria braquial na dobra do cotovelo;
09 - Colocar o estetoscópio no ouvido e segurar o diafragma do estetoscópio sobre a
artéria, evitando uma pressão muito forte;
10 - Fechar a válvula da pêra de borracha e insuflar ate o desaparecimento de todos os
sons (cerca de 200 mmHg);
11 - Abrir a válvula vagarosamente;
12 - Observar o manômetro, o ponto em que ouvir o primeiro batimento e a PA sistólica
máxima;
13 - Soltar o ar do manguito gradativamente ate ouvir claramente o ultimo batimento

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lendo o manômetro
(P.A. diastólica mínima);
14 - Retirar todo o ar do manguito. Repetir a operação se for necessário;
15 - Remover o manguito e deixar o paciente confortável;
16 - Promover desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio c/ álcool a 70%;
17 - Anotar na ficha de controle;
18 - Lavar as mãos.

 PULSO: É a expansão e a contração das artérias


resultantes dos batimentos cardíacos.
Emoções, exercícios físicos, alimentação e drogas podem
provocar alterações passageiras do pulso.

Terminologia:
Normocardia: Freqüência normal;
Bradicardia: Freqüência abaixo do normal;
Taquicardia: Freqüência acima da normal;
Taquisfigmia: Pulso fino e taquicárdico;
Bradisfigmia: Pulso fino e bradicárdico.

Locais de Verificação : Artéria Temporal, Artéria Carótida, Artéria Braquial, Artéria


Radial, Artéria Femoral, Artéria Poplítea, Artéria Pediosa; Apical.

Variação Pulso: RN: 120 - 140 batimentos, Crianças: 80 - 100 batimentos,


Lactantes: 100 - 120 batimentos, Adultos: 60 - 80 batimentos.

Normas: Evitar verificação do pulso em membros afetados de pacientes neurológicos e


vasculares; Não verificar pulso em membro com fistula arterio-venosas; Verificar o
pulso sem usar o dedo polegar, pois se o fizer estará contando o próprio pulso e não o
do paciente.

Técnica:
01 - Lavar as mãos;
02 - Manter o paciente em posição confortável, preferencialmente em repouso;
03 - Colocar as poupas dos dedos médio e indicador sobre a artéria radial;

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04 - Pressionar suavemente ate localizar os batimentos;
05 - Fixar o polegar suavemente sobre o dorso do punho do paciente;
06 - Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem;
07 - Contar as pulsações durante 1 minuto, avaliando freqüência, volume e ritmo;
08 - Anotar na ficha de controle;
09 - Lavar as mãos.

 RESPIRACAO: É a troca de gazes (oxigênio e gás carbônico) ocorrido nos


alvéolos pulmonares, transformando o sangue venoso rico em CO2 (Dióxido de
Carbono) em sangue arterial rico em O2 (Oxigênio). Exercícios físicos, emoções,
choro, variações climáticas, drogas, podem alterar a respiração.

Variação Respiração
Terminologia: RN: 30 - 40 mov/minuto,
Crianças: 20 - 25 mov/minuto,
Bradipneia: Freqüência respiratória abaixo do normal; Adultos: 16 - 20 mov/minuto.

Taquipneia: Freqüência respiratória acima do normal;


Dispneia: Dificuldade respiratória;
Ortopneia: Respiração facilitada em posição vertical;
Apneia: Parada respiratória;
Normas
01 - Como a respiração e um dos dados vitais dever ser verificada junto dos mesmos;
02 - Se observar anormalidades, comunicá-las;
03 - Não deixar que o paciente perceba que você esta verificando a respiração, pois ele
poder controlar a mesma, o que ir alterar o resultado.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Colocar o paciente deitado confortavelmente;
03 - Colocar os dedos no pulso do paciente como se fosse verificá-lo, apoiando-o sobre
o tórax;
04 - Observar os movimentos respiratórios (inspiração e expiração), contando-os
durante 1 minuto;
05 - Anotar na ficha de controle;
06 - Lavar as mãos.

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 CONTRÔLE HIDRICO: É o balanço resultante do volume de liquido ingerido e
liquido eliminado. O total de água no organismo adulto e de 65 a 70% do peso corporal,
distribuída em compartimentos intracelulares (água das células) e extracelulares (liquido
intersticial e água do sangue e linfa). A água esta em continuo movimento, havendo
trocas aquosas entre os espaços intra e extracelulares. Quase que a totalidade da água
orgânica provem do meio externo, através da água ingerida e dos alimentos, e uma
pequena parte provem do meio interno como produto do metabolismo dos lipídios,
glicídios e proteínas (cerca de 300 ml). Por outro lado, a eliminação da água faz-se pela
urina, fezes, água vaporizada na respiração, pele pelo suor. O equilíbrio entre ganho e
perda liquida pode sofrer alteração ocorrendo uma depleção ou retenção de líquidos. A
depleção pode ser desencadeada por vômitos, diarréia, diureses excessiva, estados
febris, hemorragias, queimaduras, levando a desidratação. A retenção com formação de
edema, pode ser conseqüência de certos estados patológicos como: Distúrbios renais,
cardíacos. O paciente deve ser orientado quanto a esta conduta terapêutica para não
provocar ansiedades e obter a sua colaboração.

Procedimentos:
• Colocar placa de controle hídrico no leito do paciente;
• Registrar em impresso próprio da seguinte forma:
• Liquido ingerido: Todo liquido que o paciente ingerir em 24 horas deve ser
medido e registrado,
assim como soluções endovenosas e aplicadas por sonda nasogástrica;
Líquidos eliminados: Todo liquido eliminado pelo paciente deve ser medido e
registrado, principalmente a diurese, alem de vômitos, diarréia, liquido de
drenagens. Se o paciente for deambulante, orientá-lo para guardar urina.
• Os fluidos que por um ou outro motivo não puderem ser medidos, poderão ser
descritos por valores e registrados com um símbolo, como:
Quantidade pequena +
Quantidade regular ++
Quantidade grande +++

Observação: Um controle hídrico mais rigoroso inclui não só o controle de líquido


ingeridos e eliminados, mas também as infusões venosas.
- Um paciente com controle hídrico pode ainda estar submetido a restrição hídrica, para

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a qual o medico estipula a quantidade de liquido que podem ser dados em 24 horas.
Neste caso, a enfermagem deve consultar a nutricionista para dividir a quantidade de
água entre a enfermagem e o serviço de nutrição e dietética.

TÉCNICAS DE LAVAGEM DAS MÃOS

Finalidades: Promover a remoção dos microorganismos da flora transitória e algumas


vezes da flora permanente; remover células descamativas, pelos, suor, sujidades e
oleosidades; prevenir infecção hospitalar.

Material: Sabão liquido, papel toalha.

Técnica:

• Abrir a torneira e deixar a água fluir;


• Molhar as mãos;
• Aplicar 3 ml de sabão liquido na palma de uma das mãos;
• Fazer movimentos de fricção com a palma das mãos e apos entrelaçar os dedos
mantendo a fricção;

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• Friccione a região da palma das mãos com as pontas dos dedos da mão oposta,
fazendo o mesmo com a ponta do polegar;
• Repetir o movimento com a outra mão;
• Friccione com a palma de uma das mãos, o dorso da mão oposta e a seguir
entrelaçar os dedos mantendo a fricção;
• Repetir o procedimento na mão oposta;
• Segurar o polegar de uma das mãos e fazer movimentos de fricção rotatória;
• Repetir o movimento anterior com o polegar da mão oposta;
• Friccionar com a palma de uma das mãos, o punho da mão oposta;
• Repetir o procedimento no punho oposto;
• Enxaguar completamente, da mão para o punho, com água corrente;
• Secar as mãos com papel toalha;
• Fechar a torneira com o próprio papel utilizado para secar as mãos.

TÉCNICAS DE CALÇAMENTO DE LUVAS:


Luvas de procedimentos e luvas estéreis.

O procedimento de calçar um par de luvas


estéril requer técnica correta, para evitar a
contaminação da luva, fato este que pode ocorrer
com facilidade, por isso requer muita atenção.
As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de
manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de
luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos
extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo.
Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual em locais
estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadas.
Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em tamanhos
numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o fabricante.

HIGIENE DO PACIENTE:

• Banho no leito

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NORMAS
✓ A higiene do paciente fica a cargo da Equipe de Enfermagem;
✓ Explicar sempre ao paciente o que vai ser feito;
✓ Preferencialmente realizar a higiene oral do paciente, antes do banho e apos as
refeicoes, com solucao de Bicarbonato de Sodio, e quando se fizer necessario;
✓ Ao lidar com o paciente, de maneira direta, e imprescindivel o uso de luvas para
procedimentos;
✓ Cuidar durante o banho, para nao expor, desnecessariamente, o paciente. A
privacidade contribui muito para o conforto mental do paciente;
✓ Secar bem toda a superficie do corpo do paciente, principalmente as dobras;
✓ As portas do banheiro nao devem ser trancadas, durante o banho;
✓ Deve-se testar a temperatura da agua, antes do banho do paciente. Geralmente
se usa agua morna.

Foto: Aula prática com os alunos do pólo de Caraúbas realizada na


Unidade de Saúde da cidade.

MUDANÇAS DE DECÚBITO:
CONCEITO: Consiste em mudar o paciente de
posição alternando-as como um ciclo.

OBJETIVOS:

✓ Evitar úlceras de decúbito;


✓ Proporcionar conforto físico;
✓ Eliminar e mobilizar secreções;

20
✓ Preparar para a realização de procedimentos e tratamentos específicos.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MECÂNICA CORPORAL:

A mecânica corporal é o esforço coordenado dos sistemas músculo esquelético e


nervoso para manter o equilíbrio adequado, postura e alinhamento corporal, durante a
inclinação, movimentação, levantamento de carga e execução das atividades diárias.

Muitas atividades de enfermagem requerem o esforço muscular por parte do


profissional. Para reduzir o risco de lesões, tanto para o profissional como para o
paciente.

Deve-se seguir algumas diretrizes que favoreçam a incorporação diária dos


princípios da mecânica corporal no trabalho de enfermagem. São elas:

✓ Manter um bom alinhamento corporal reduzindo a distensão das articulações,


tendões, ligamentos e músculos, contribuindo para o equilíbrio corporal;
✓ Cada profissional só deve levantar pesos inferiores a 35% do seu próprio peso;
✓ Usar os grandes músculos aos invés dos pequenos (não curvar-se e sim
flexionar os joelhos e abaixar com a coluna reta e os pés ligeiramente afastados);
✓ Empurrar, puxar ou deslizar um objeto sobre uma superfície requer menos força
que levantá-lo, uma vez que o levantamento envolve mover o peso do objeto
contra a força da gravidade;
✓ O uso de uma alavanca para levantar um objeto requer menos esforço do que
utilizar somente os braços;
✓ Afastar os pés para aumentar a base de equilíbrio facilita as mudanças de
decúbito;
✓ Solicitar ao paciente que colabore ao máximo com movimentos orientados pela
enfermagem a fim de que os esforços sejam divididos na medida do possível.

MUDANÇAS DE DECÚBITO:

Material necessário: Rolos de lençol; Cobertor;Travesseiro

PRINCIPAIS POSIÇÕES:

Decúbito dorsal ou supina;

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Decúbito ventral ou prona;
Decúbito lateral direito/esquerdo;
Decúbito de fowler;
Decúbito litotômica;
Decúbito de Sims ou semi-pronação;
Decúbito Genupeitoral;
Decúbito trendeleburg;
Decúbito Ginecológico.
Decúbito de fowler: Proporciona ao paciente descanso, conforto, favorece a realização
de exames, tratamentos e da permeabilidade respiratória.
Decúbito trendeleburg: Indicada para pacientes que realizaram cirurgias das região
pélvica, estado de choque, casos que deseja melhor irrigação cerebral e drenagem de
secreção pulmonar entre outras.
Decúbito dorsal ou supina: Afim de promover conforto ao paciente e conseguir um
bom alinhamento do corpo são utilizados travesseiros, almofadas e rolos, para dar apoio
ao paciente, evitar as posições viciosas dos pés e mãos e preservar a posição anatômica
do corpo.
Decúbito ventral ou prona: Geralmente utilizado para exames da coluna vertebral e
cervical.
Decúbito de Sims ou semi-pronação: Utilizado em exames retais e lavagens
intestinais.
Decúbito genupeitoral: Essa posição é a utilizada para exames cirúrgicos genitais ou
retais.
Decúbito Ginecológico. Utilizada para exames vaginais e pélvicos.
È utilizada em procedimentos cirúrgicos no períneo, reto e vagina.
Decúbito litotômica: È utilizada em procedimentos cirúrgicos no períneo, reto e
vagina.
ÚLCERAS DE DECÚBITO – Definição; Lesão de pele causada pela interrupção
sanguínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão
aumentada por um período prolongado.
Também é conhecida como úlcera de pressão, escara ou escara de decúbito. O termo
escara deve ser utilizado quando se tem uma parte necrótica ou crosta preta na lesão.

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COMPLICAÇÕES: É uma inflamação, ferida ou úlcera na pele sobre uma
proeminência óssea.
É uma complicação para pacientes debilitados e imobilizados. Uma vez que a
pele perde sua integridade, o paciente está sob risco de infecção sistêmica.
Além disso por invadir o tecido subcutâneo, líquidos com grande quantidade de
eletrólitos e proteínas extravasam podendo levar o paciente a desequilíbrio eletrolíticos.

✓ FISIOLOGIA: O metabolismo normal dos tecidos depende do suprimento de


nutrientes e oxigênio provenientes do sangue. Qualquer fator que interfira nesse
processo afeta evidentemente o metabolismo e a função celular.
✓ A pressão de alguma região do corpo principalmente sobre proeminências ósseas
causa o fechamento dos pequenos vasos que nutrem a pele causando isquemia.

ESTÁGIOS DA PROGRESSÃO DA ÚLCERA DE DECÚBITO:

• Rubor da pele que desaparece quando a pressão é aliviada;


• Lesão à circulação e tecidos superficiais (rubor e edema que não desaparecem
e enduração do tecido superficial).
• Destruição das camadas subcutâneas (células necróticas e destruição do leito
capilar subjacente).
• Destruição avançada de capilares subcutâneos e massa muscular (caso seja
muito profunda, exposição do osso subjacente).

ÚLCERA DE DECÚBITO – Predisponente

Anemia: Pela redução da hemoglobina diminuindo a quantidade de oxigênio


disponível para os tecidos alterando o metabolismo celular dificultando a
cicatrização;
Obesidade: Pelo aumento da pressão em áreas susceptíveis;
Desidratação: Pela alteração do metabolismo celular;
Diabetes;
Edema;
Desnutrição: Pela redução nos tecidos subcutâneos e massa muscular;
Umidade: Reduz a resistência da pele para outros fatores físicos;
Paralisias: Pela incapacidade da mudança de decúbito;

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Febre: Aumenta a sudorese e umidade da pele, predispondo a rupturas da pele.

IMEDIATOS:
✓ Mesma posição durante muitas horas;
✓ Rugas no lençol;
✓ Má higienização;
✓ Excrementos durante muito tempo em contato com a pele.

DESENVOLVIMENTO: São vários os fatores que podem aumentar o risco para o


desenvolvimento da úlcera de pressão como: imobilidade, pressões prolongadas,
fricção, traumatismos, idade avançada, desnutrição, incontinência urinária e fecal,
infecção, deficiência de vitamina, pressão arterial, umidade excessiva, edema.

✓ MAIOR RISCO: Pacientes acamados que são ou foram fumantes, diabéticos,


pacientes com incontinência fecal e urinária (uso de fraldas), desnutridos,
idosos, pessoas com pouca ou nenhuma mobilidade, com problemas de
circulação arterial.

PREVENÇÃO:

✓ Mudança de decúbito freqüente de 2 em 2 horas.


✓ Manter higiene adequada e pele seca;
✓ Massagem de conforto após a mudança de decúbito;
✓ Incentivar a alimentação correta;
✓ Manter aquecimento adequado da pele e lençóis esticados;
✓ Proteção das proeminências ósseas, acolchoando-as com luva d’água, algodão
ortopédico, atadura crepe e roda d’água, evitando o aumento da pressão exercida
pelo colchão;
✓ Utilização do colchão d’água ou casca de ovo. Cuidados com a pele do paciente
é fundamental.
✓ A atuação fundamental é no alívio da pressão da pele, nas áreas de maior risco,
ou onde se tem ossos mais proeminentes.
✓ Alguns cuidados são bem importantes, e podem ser realizados desde os
primeiros momentos que o paciente ficou acamado, seja em casa ou no hospital.

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FERIDAS E CURATIVOS

FERIDAS: As feridas são consequência de uma agressão por um agente ao tecido vivo.

CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS:

 Quanto ao mecanismo de lesão:


• Feridas assepticas ou cirúrgicas (não contaminadas) São aquelas produzidas
por um instrumento cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por
suturas. Ex: Feridas operatórias.
• Feridas sépticas (contaminadas por germes patogênicos): São produzidas
por objetos contusas, laceradas, perfurantes, escoriações.
 Quanto ao grau de contaminação:
• Feridas limpas são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são
atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário.
• Feridas limpas-contaminadas são aquelas nas quais os tratos respiratório,
alimentar ou urinário são atingidos, porém em condições controladas.
• As feridas contaminadas incluem feridas acidentais, recentes e abertas e
cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente.
• Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microorganismos já estavam
presentes antes da lesão.

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 De acordo com o comprometimento tecidual as feridas são classificadas
em quatro estágios.
• Estágio I - caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com
formação de eritema em pele íntegra e sem perda tecidual.
• Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e
comprometimento da epiderme, derme ou ambas.
• Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com
comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a
lesão não se estende até a fáscia muscular.
• Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer
lesão óssea ou muscular ou necrose tissular.

Outras Classificação das feridas:


a) Ferida asséptica: não contaminada. Ex: Feridas operatórias
b) Ferida séptica: contaminada. Ex: Feridas laceradas denominadas de: Ferimento
aberto
c) Solução de continuidade. Ex: Incisão cirúrgica, laceração penetrante ou
escoriação. Ferimento fechado
d) Não dá solução de continuidade. Ex: Contusão ou equimose. Ferimento acidental -
Ferimento devido a um infortúnio. Ferimento intencional - Causado por incisão
cirúrgica (fins terapêuticos).

PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: Após ocorrer a lesão a um tecido, imediatamente


iniciam-se fenômenos dinâmicos conhecidos como cicatrização, com a finalidade de
restaurar o tecido lesado.

Tipos de cicatrização de feridas:

• Primeira intenção: é o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são apostas
ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo
edema. A formação de tecido de granulação não é visível. Exemplo: ferimento suturado.

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• Segunda intenção: neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido com a
presença ou não de infecção. A aproximação primária das bordas não é possível. As
feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração e epitelização.
• Terceira intenção: designa a aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo)
após o tratamento aberto inicial. Isto ocorre principalmente quando há presença de
infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada
posteriormente.
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO NORMAL: Existem
alguns fatores que interferem diretamente com a cicatrização normal: idade, nutrição,
estado imunológico, oxigenação local, diabetes, uso de determinadas drogas,
quimioterapia, irradiação, tabagismo, hemorragia, tensão na ferida entre outros.

FASES DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Fase inflamatória, exsudação,


revascularização (granulação ou proliferação) e maturação.

TIPOS DE TECIDO: Tecido necrosado ou


Tecido de granulação

Quanto ao tempo de cicatrização:

• Aguda: São feridas de fácil


cicatrização. Ex.:Queimaduras de 2°
• Crônicas: São feridas de difícil resolução que na maioria das vezes estão
relacionadas a patologias crônicas. Ex.:Úlceras de perna e de decúbito.

TIPO DE BORDAS DA FERIDA


• Indistinta, difusa: Não há possibilidade de distinguir claramente o contorno da
ferida;
• Aderida: Plana / nivelada com o leito da ferida, sem presença de paredes;
• Não-aderida: Presença de paredes; o leito da ferida é mais profundo que as
bordas;
CURATIVOS: É um procedimento terapêutico que consiste na limpeza, no qual toda
substância e soluções necessárias são colocadas diretamente sobre um ferimento.

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FINALIDADE DO CURATIVO: Evitar a contaminação de feridas limpas; facilitar a
cicatrização; reduzir a infecção nas lesões contaminadas; absorver secreções; facilitar a
drenagem de secreções; promover a hemostasia com os curativos compressivos; manter
o contato de medicamentos junto à ferida; promover conforto ao paciente;

TIPOS DE CURATIVOS: O Tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com


a natureza, a localização e o tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma
compressão, em outros lavagem exaustiva com solução fisiológica e outros exigem
imobilização com ataduras. Nos curativos em orifícios de drenagem de fístulas entéricas
a proteção da pele são em torno da lesão é o objetivo principal.

• Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente ,e comumente


utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o
exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável.
• Curativo oclusivo ou fechados: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua
como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento
térmico, veda a ferida, a fim de impedir formação de crosta.
• Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sangüíneo, promover a
estase e ajudar na aproximação das extremidades da lesão.
• Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de
serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos,
suturas, escoriações e etc, são exemplos deste tipo de curativo.

MATERIAIS E SOLUÇÕES NECESSÁRIAS PARA REALIZAR UM


CURATIVO SIMPLES

Bandeja, pacote de curativo ( com duas pinças


e gazes), luvas de procedimento, esparadrapo,
atadura se necessário, e uma seringa de 20ml e
agulha 40 x 10 para irrigação do ferimento
soro fisiológico a 0,9% , mascaras, óculos
adequado, sacos plásticos AGE (ácidos
graxos) e PVPI 2%..

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CURATIVO EM ÚLCERAS DE PRESSÃO: Quatro princípios precisam ser
considerados no tratamento local das úlceras de pressão:

• Aliviar ou eliminar a fonte ou a causa da úlcera de pressão – é importante


explorar as razões pelas quais o paciente desenvolveu a úlcera de pressão.
• Otimizar o micro-ambiente – a ferida precisa ser avaliada de maneira
apropriada e a melhor terapia tópica selecionada para permitir a cicatrização.
• Apoio ao paciente com feridas – o paciente precisa ser avaliado e monitorado
quanto a nutrição adequada. Infecções locais e sistêmicas precisam ser
controladas ou eliminadas.
• Fornecimento de educação – a educação deve ser fornecida para os funcionários,
pacientes e familiares.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

O Efeito dos medicamentos começa pela via de administração (porta de entrada


no organismo) A escolha da via de administração é importante para o efeito do
medicamento. A via de opção determinada pelo médico diz respeito ao resultado
aguardado no tratamento ou da urgência do efeito do medicamento.

PRINCIPAIS VIAS:
Via oral => Através da boca
Via parenteral => Medicamentos injetáveis
(intramuscular, endovenosa, subcutânea, intradérmica)
Via mucosa => Nasal, retal, vaginal, bucal... etc.
Via Tópica => Através da pele e cabelo.

VIAS DE AÇÃO RÁPIDA:


Via sublingual => Administração debaixo da língua;
Via endovenosa => Direto na veia através de injeções;
Via Retal => Administrado pelo reto (ânus)
Via Vaginal => Administrado pelo canal vaginal.

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VIA FORMAS FARMACEUTICAS:
ADMINISTRAÇÃO

Via Oral Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para


reconstituição, gotas xarope, solução oral, suspensão.

Via Sublingual Comprimidos sublinguais.

Via Parenteral Soluções e suspensões injetáveis

Via Subcutânea Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos.

Via Nasal Spray e gotas nasais.

Via Oftálmica Colírios, pomadas oftálmicas

Via Auricular Gotas/pomadas auricular ou otológicas

Via Vaginal Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos,

Via Retal Supositórios, enemas

Evitando erros da medicação:

Antes de administrar qualquer medicação, sempre comparar a receita do médico


com o histórico medicamentoso do paciente. Então, confira mentalmente os cinco
primeiros “certos” da administração medicamentosa: PACIENTE CERTO,
MEDICAÇÃO CERTA, DOSE CERTA, VIA CERTA E A HORA CERTA. Se
encontrar qualquer discrepância, ou se um paciente questionar qualquer dos seus
remédios retenha a medicação e verifique a receita com o médico ou com o
farmacêutico antes da administração. Sempre verificar validade do medicamento.
Antes de dar qualquer medicamento ao paciente
você deve estar ciente de mais dois “direitos”: o direito do
paciente de saber porque está recebendo a medicação e
quais os efeitos adversos, se houver; o seu direito de
recusar a medicação.
Os medicamentos orais são algumas vezes prescritas em
doses maiores que os seus equivalentes parenterais porque,

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após a absorção através do trato gastrintestinal, elas são imediatamente quebradas no
fígado antes de atingir a circulação sistêmica. A administração oral é contra-indicada
em pacientes inconscientes; também em pacientes com nauseas e vômitos e como
naqueles incapazes de englir.

Implementação:

• Verifique a prescrição para o paciente, confortando-a coma ordem médica,


• lave as mãos e verifique o rótulo da medicação três vezes antes de administrá-la
para se certificar de que você está dando a medicação prescrita.
• Confirme a identidade do paciente perguntando-lhe o nome e confortando com o
nome, número do quarto ou enfermaria e do leito.
• Determine a condição do paciente, incluindo nível de consciência e sinais vitais,
conforme necessário.
• Fique com o paciente até que ele tenha engolido a medicação. Se ele parecer
confuso e desorientado, verifique a boca para certificar-se de que ele tenha
engolido a medicação.

APLICANDO MEDICAÇÃO ATRAVÉS DE SONDA NASOGASTRICA

Além de prover um meio alternativo de nutrição, a sonda nasogástrica (SNG)


permite a instilação direta da medicação no trato gastrintestinal de pacientes que não
podem ingeri-la oralmente. Antes da instilação, a abertura e o posicionamento da sonda
devem ser cuidadosamente avaliados porque este procedimento é contra-indicado se a
sonda estiver obstruída ou inadequadamente posicionada ou ainda se o paciente estiver
vomitando apesar da sonda ou se os ruídos hidro aéreos estiverem ausentes.

Aplicando a medicação:

Segurando a sonda nasogáStrica em um nível de certa forma


acima do nariz do paciente, entorne até 30 ml de medicação
diluída no bojo da seringa. Para impedir do ar entrar no
estomago do paciente, segure a sonda em pequena angulação e
adcione mais medicação antes da seringa esvaziar. Se
necessário, levante a sonda um pouco acima para acelerar velocidade do fluxo.

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Após haver entornado a dose inteira, posicione o paciente sobre o seu lado
direito com a cabeça levemente elevada, para minimizar o reflúxo esofágico.

Medicação parenteral - Material necessário:


✓ Sabonete líquido
✓ Almotolia com álcool 70%
✓ Papel toalha – Branco (virgem)
✓ Seringas – 3ml; 5ml, insulina, tuberculina
✓ Agulhas – 13X4,5 - 25x7 - 25x8 - 30x7 - 30x8
✓ Luva Procedimento
✓ Gaze
✓ Algodão – (questionável)
✓ Stoper ou Pad
✓ Bandeja ou cuba rim com a medicação.

INJEÇÃO INTRAMUSCULAR – IM

É a disposição de medicação dentro do tecido muscular. Depois da via


endovenosa é a de mais rápida absorção.

Áreas de aplicação:
Região deltodiana (músculo deltóide) 3 a 4
dedos abaixo do processo acromial;
Região ventro glútea – Músculo glúteo médio.
Local da delimitação: espinha ilíaca ântero
superior e crista ilíaca;
Região dorso glútea – Músculo grande glúteo
(quadrante superior externo)
Região da face ântero-lateral da coxa –
Músculo vasto lateral.
VENÓCLISE

Método utilizado para infundir grande volume de líquido dentro da veia. Para
administrar medicamentos, manter e repor reservas orgânicas de água, eletrólitos e
nutrientes, restaurar equilíbrio ácido-básico, restabelecer o volume sanguíneo.

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Local de aplicação: de fácil acesso, evitando articulações.

Material:
Soro;
Equipo;
Algodão com álcool;
Garrote;
Escalpe;
Adesivo;
Luvas de procedimento.

INJEÇÃO INTRAVENOSA OU ENDOVENOSA ( IV ou EV)

É preciso decidir quanto ao local e o tipo mais apropriado de cânula para um


determinado cliente.

O fatores que influenciam estas escolhas são:

• Tipo de solução a ser administrada;


• Tempo previsto para a terapia intravenosa;
• Estado geral do cliente;
• Disponibilidade de veias.

Método:
✓ Verificar a prescrição médica, a data, o horário, o nome e a dosagem da
medicação.
✓ Lavar as mãos.
✓ Ler cuidadosamente o rótulo da medicação antes de prepará-la e compará-la com
a prescrição médica;
✓ Calçar as luvas de procedimento;
✓ Identificar o cliente pelo nome e leito;
✓ Explicar o procedimento e informar ao cliente sobre a medicação a ser
administrada;
✓ Deixa-lo confortável, sentado ou deitado;

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✓ Expor a área de aplicação, escolhendo a veia a ser puncionada;
✓ Fixar o garrote acima do local escolhido;
✓ Solicitar ao cliente que feche a mão;
✓ Fazer assepsia do local em sentido único contrário a inserção dos pelos;
✓ Colocar o dedo indicador da mão direita sobre o canhão da agulha e com os
demais dedos, segurar a seringa, mantendo o bisel voltado para cima;
✓ Puncionar a veia aproximadamente 1 cm aquém do local onde a veia deverá ser
alcançada e um ângulo de 15º;
✓ Retirar o garrote ao observar a presença de sangue;
✓ Solicitar ao cliente que abra a mão;
✓ Injetar lentamente;
✓ Observar as reações gerais do cliente e reação no local da aplicação;
✓ Retirar a agulha com movimento único e delicado e comprimir a veia com
algodão seco, por mais ou menos três minutos elevando o braço a um ângulo de
60º;
✓ Deixar o cliente confortável; GOTEJAMENTO DE SORO:
✓ Manter o ambiente em ordem;
✓ Retirar luvas de procedimento; 1 ML = 20 GOTAS = 60 MICROGOTAS
✓ Lavar as mãos. 1 GOTA = 3 MICROGOTAS

CALCÚLOS DE GOTEJAMENTO:

FÓRMULAS:
Para equipo simples ou de macrogotas.

Gotejamento = V _ (V em ml) Quando o tempo é expresso em minutos.


3xT (T em horas) Gotejamento = V x 20 ( V em mL)
T (T em minutos)

• Exemplo 1: O Medico prescreveu 1000 ml de soro para correr em 8 horas.


Calcule o número de gotas por minuto.

Nº de gotas / minuto = 1000 ml

8 x3 = nº gotas/ minuto = 41,6 = 42 gotas / minuto.

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• Exemplo 2: O Médico prescreveu uma soro de 500 ml a 17 gotas por minuto.
Calcule o tempo para correr esse soro.

T = 500 17 X 3 T = 9,8 horas

1 hora tem 60 minutos = 0,8 x 60 = 48

Então o soro corre 9 horas e 48 minutos.

• Exemplo 3: O médico prescreve correr 500 ml de soro fisiológico em 6 horas.


Calcule a quantidade de gotas por minutos.

Nº de gotas = 500 = 500 = 27,7 (ou 28 gotas)


Minuto 6 x 3 18

OXIGENOTERAPIA

Conceito:
✓ Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à
encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de
oxigênio ou hipóxia.
✓ É a administração de oxigênio em concentração específica através de
equipamentos próprios para melhorar a troca gasosa nos alvéolos e reverter os
quadros pulmonares.

✓ Na maioria das instituições de saúde o


oxigênio é canalizado, porém existe oxigênio
armazenado também em cilindros de aço
portáteis (Torpedo) que permite seu transporte
de um lugar a outro.

✓ O oxigênio deve ser oferecido sob a


forma úmida e nunca seco, pois pode irritar as
mucosas por onde passa.

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✓ A administração deve ser feito com cautela, pois em altas doses pode inibir o estimulo
a respiração.

Avaliação Clínica do Paciente: Sinais de hipóxia.

✓ Sinais respiratórios: Taquipnéia, respiração laboriosa (retração intercostal,


batimento de asa do nariz), cianose progressiva;
✓ Sinais cardíacos: Taquicardia (precoce), bradicardia, hipotensão e parada
cardíaca;
✓ Sinais neurológicos: Inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma;
✓ Outros: Palidez.

Cateter Nasal: Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2.

É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada principalmente por crianças.

Cânula nasal – É empregado quando o paciente requer uma concentração média ou


baixa de O2.

✓ É relativamente simples e permite que o paciente converse, alimente, sem


interrupção de O2.

Vantagens:

Conforto maior que no uso do cateter; Economia, não necessita


ser removida; Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos;
Facilidade de manter em posição.

Máscara de Venturi: Constitui o método mais seguro e exato para liberar a


concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da
respiração.

OXIGENOTERAPIA - CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO

• Não administrá-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro;


• Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado;
• Colocar aviso de "Não Fumar" na porta do quarto do paciente;
• Controlar a quantidade de litros por minutos;

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• Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento;
• Dar apoio psicológico ao paciente;
• Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos
expostos à umidade;
• Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de
água do umidificador e a quantidade de litros por minuto;
• Explicar as condutas e as necessidades da oxigeno terapia ao paciente e
acompanhantes e pedir para não fumar;
• Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão;
• Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter);
• Avaliar com frequência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e
dar assistência adequada;
• Manter vias aéreas desobstruídas;
• Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de
calor;
• Controlar sinais vitais.

INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL:

✓ É o método pelo qual se introduz um tubo até a traquéia, comunicando-a com o


meio externo através da boca.
Traqueostomia: Abertura cirúrgica feita na traquéia, onde é inserida uma cânula de
demora, podendo ser temporária ou permanente.

Indicações:
✓ Contornar uma obstrução da via aérea superior (tumor, corpo estranho),
Problemas que alteram a ventilação pulmonar,
✓ Eliminação Ineficaz de secreções das vias aéreas inferiores,
✓ Pacientes que necessitam suporte ventilatório prolongado.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:

✓ Limpeza com o uso de SF estéril;

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✓ Utilizar uma proteção entre a cânula e a pele,mantendo-a sempre limpa e seca;
Não cortar as compressas de gaze, para evitar risco de penetração de fiapos na
cânula ou no estoma traqueal.Usar acolchoados de gaze dobrada ao meio de
cada lado da cânula ou fazer o modelo gravata; Manter curativo e fixador da
cânula limpos e secos; Evitar penetração de água, pelos e partículas durante
higienização; Ao trocar o cadarço de fixação, cuidar para que a cânula não se
desloque; Fixar corretamente a cânula ao pescoço utilizando cadarço de material
macio.

ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES: Visa a manutenção da permeabilidade das vias


aéreas.
É um procedimento necessário e rotineiro que consiste na introdução de uma
sonda nas vias respiratórias do paciente para a extração de secreções.
Para que a secreção seja removida, a sonda de aspiração deve ser conectada a um
aspirador com pressão de sucção ou pressão negativa.

Quando devermos realizar aspiração?

✓ Quando houver ruído no tubo traqueal;


✓ Quando houver secreção visível;
✓ Quando são detectados sons
respiratórios adventícios;
✓ Quando houver redução da saturação
percutânea.

NEBULIZAÇÃO:

A nebulização transforma uma solução líquida (soro


fisiológico mais medicamentos) em partículas de
aerossol que são inaladas até o aparelho respiratório,
administrando medicamentos diretamente nos locais
afetados e reduzindo possíveis efeitos colaterais
decorrentes da ingestão de medicamentos por via oral.

38
• A nebulização com o paciente sentado, por exemplo, faz com que o gás se
deposite em maior quantidade na base dos pulmões.
• Esta é preconizada para a maioria dos pacientes que apresentam obstrução
brônquica com o propósito de fluidificar as secreções brônquicas.

SONDA NASOGÁSTRICA

Definição: A Sonda Nasogástrica é um tubo de polivinil que quando prescrito, deve ser
tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago. Sua finalidade está associada
à maneira com ficará instalada no paciente.
Objetivo da Sonda Nasogástrica: A maneira como ela estará instalada determinará seu
objetivo. Pode ser aberta ou fechada.

Sonda Nasogástrica Aberta: Quando o objetivo é drenar líquidos intragástrico, a saber:

✓ Esverdeado: Bile
✓ Borra de café: bile + sangue
✓ Sanguinolento vivo
✓ Sanguinolento escuro
✓ Amarelado

Podemos exemplificar cirurgias onde no pós operatório se deseja o repouso do


sistema digestivo e também em casos de intoxicação exógena, onde o conteúdo ingerido
precisa ser removido rapidamente.
• Sonda Nasogástrica Fechada: Utilizada com finalidade de alimentação,
quando por alguma razão o paciente não pode utilizar a boca no processo de
digestão. Ex: câncer de língua, anorexia, repouso pós- cirúrgico.
• Material - Bandeja contendo: Sonda Nasogástrica (também chamada de
Levine) de numeração 10, 12, 14, 16, 18 (adulto),esparadrapo, xilocaína gel,
gaze, par de luvas, seringa de 20cc,estetoscópio, copo com água, toalha de rosto
de uso pessoal.

Caso a Sonda Nasogástrica seja aberta adicione: Extensão, saco coletor.

Técnica:
✓ Explicar a procedimento ao paciente;

39
✓ Colocá-lo em posição de Fowler;
✓ Colocar a toalha sob o pescoço;
✓ Calçar as luvas;
✓ Abrir a sonda;
✓ Medir o comprimento da sonda: da asa do nariz, ao lóbulo
da orelha e para baixo até a ponta do apêndice xifóide.
(FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM/ATKINSON).
✓ Marcar o local com o esparadrapo;
✓ Passar xilocaína gel aproximadamente uns 10 cm;
✓ Introduzir a sonda s por uma das narinas;
✓ Flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para realizar
movimentos de deglutição;
✓ Introduzir a sonda até o ponto do esparadrapo;

Fazer os 3 testes: pegar a ponta da sonda e colocá-la em


um copo com água, se borbulhar, retirar a sonda, pois ao
invés de estar no estômago, está no pulmão; pegar a ponta
da sonda, encaixar a seringa e aspirar se vier líquido, a
sonda está no lugar certo; pegar o estetoscópio e auscultar.

SONDA VESICAL (DEMORA E ALÍVIO)


Mulher: 14 a 16
Homem: 16 a 18

Material:

• Pacote (cateterismo vesical):


Campo estéril; cuba redonda ou cúpula; 5 bolas de algodão ou gaze; pinça Pean;
cuba rim; sonda vesical ou Nelaton; PVPI tópico; Luva estéril; Saco para lixo;
recipiente para coleta de urina); recipiente estéril para coleta de amostra de
urina; Seringa 20 ml; Biombo

SONDA VESICAL DE DEMORA

Material
Gaze estéril; seringa de 20 ml ou 10 ml; agulha de 40x20; ampola de AD 10 ml SF,

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xylocaína gel lacrada; coletor de urina estéril (sistema fechado); micropore; comadre;
sonda Foley; homem: uma seringa a mais, (xylocaína / água).

• Procedimento: Colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem:


pernas estendidas); biombo e foco de luz s/n; lavar as mãos; abrir o coletor e
fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobr o campo fixando-o com
adesivo; abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no
sentido diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea (se paciente
abitado, abrir em mesa auxiliar); colocar PVPI na cuba redonda, que contém as
bolas de algodão; abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze,
agulha, seringa); colocar xylocaína na gaze; abrir a ampola de água; calçar as
luvas; testar o Cuff da sonda (fazer o balão inflar); aspirar 10 ml de água
destilada sem tocar na ampola; lubrificar 5 cm da sonda; homem: preparar
seringa com 10 ml de xylocaína;conectar a sonda ao coletor; fazer a anti-sepsia:
Mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas bolas de
algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no meato urinário;
Homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer antissepsia em movimentos
circular ou, do meato em direção a glande, elevar o pênis perpendicularmente
ao corpo do paciente, injetar 10 ml de xylocaína no meato;

• SONDA VESICAL DE ALÍVIO: Não possui CUFF


SONDA VESICAL DE DEMORA:
- FOLEY de duas vias (01 para insulflar e outra para drenar);
- FOLEY de três vias (igual a anterior + 01 para infundir solução;
- Fazer o controle da irrigação.

• RETIRADA DE SONDA
Material:
- saco de lixo; luva de procedimento; seringa.

Procedimento:
- verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
- calçar luvas de procedimento;

41
- aspirar o soro fisiológico ou AD do CUFF (mesmo volume que foi colocado);
- retirar a sonda;
- desprezar no lixo.

• RETIRADA DE PONTOS
Finalidades: Retirar pontos após o processo de cicatrização.

ÁREA DO CORPO RETIRADA DOS PONTOS


Face e Pescoço 5 a 8 dias
Couro cabeludo, nuca. 14 dias
Dorso da Mão e do pé 14 dias
Tronco 21 dias
Região glútea 14 dias
Ombro e dorso 28 dias
Braços e coxas 14 a 18 dias
Antebraço e pernas 14 a 21 dias
Planta e palma 10 a 21 dias

Material Necessário: Bandeja, pacote de curativo, gaze esterilizada, soro fisiológico


0,9%, saco de lixo, 01 par de luvas de procedimento e lâmina de bisturí descartável.

Pré - Execução: Observar prescrição médica; Preparar o material; Lavar as mãos.

Execução:
✓ Identificar-se;
✓ Checar prescrição médica e nome do cliente;
✓ Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
✓ Colocar o material a ser usado próximo do cliente;
✓ Aproximar o lixo, em posição que não cruze material sujo sobre o limpo;
✓ Colocar o cliente em posição confortável, expondo apenas o local da incisão;
✓ Calçar as luvas;
✓ Retirar o curativo, se estiver usando técnica de curativo simples (usar luvas);
✓ Verificar as condições de cicatrização, avaliando se os pontos podem ser
retirados totalmente ou alternados;
✓ Colocar o pacote de curativo sobre o carrinho ou bandeja;

42
✓ Dispor as pinças num lado, em cima e na borda do campo esterilizado, com
auxílio da pinça servente;
✓ Abrir o pacote de gaze e colocá-las no campo esterilizado distante das pinças;
✓ Fazer antissepsia da incisão e lavar com SF 0,9%;
✓ Preparar o bisturí;
✓ Pegar a pinça dente de rato, fixar e levantar o ponto na altura do nó cirúrgico;
✓ Cortar o fio logo abaixo do nó cirúrgico, próximo a pele;
✓ Puxar o ponto retirando-o;
✓ Colocar o ponto retirado sobre a gaze próximo a incisão;
✓ Proceder da mesma maneira para os demais pontos;
✓ Desprezar a gaze;
✓ Observar se todos os pontos saíram por inteiro;
✓ Fazer o curativo de acordo com a técnica simples ou contaminado.

Pós - Execução:
- Desprezar o material utilizado em local adequado;
- Lavar as mãos;
- Checar a prescrição médica;
- Realizar as anotações necessárias;
- Preencher a nota de débito e anexar à ficha de atendimento.

Avaliação:

- Presença de secreção e deiscência.


Riscos / Tomada de Decisão:
- Sangramento: Compressão local e avisar o médico;
- Deiscência: Aproximar parede com pontos falsos e avisar o médico.

SONDAGEM NASO/OROGÁSTRICA

• FINALIDADE: Drenar conteúdo gástrico para descompressão, realizar lavagem


gástrica e administração de medicação/alimento.

43
INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

Indicação: Alimentação, hidratação, administração


de medicamentos em pacientes com dificuldade ou
impossibilidade de se alimentar, descompressão
gástrica, remoção parcial ou total do conteúdo
gástrico e proteção contra bronco-aspiração.

Contra-indicação: Mal formação e obstrução do


septo nasal, desconforto respiratório importante, mal
formação e/ou obstrução mecânica/ cirúrgica do
trato gastrointestinal, neoplasia de esôfago ou
estomago.
.

RISCO/PONTO CRÍTICO:

-se para o aparelho respiratório;

);

MATERIAL: Bandeja, SNG, Gel hidrossolúvel, seringa 20ml, gaze, estetoscópio,


toalha, luva de procedimento, esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica, máscara
descartável.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: Ação da Enfermagem Justificativa


• Higienizar as mãos;
• Conferir a prescrição médica, reunir todo material na bandeja e levar para
próximo ao paciente;
• Orientar paciente e familiar sobre o procedimento;
• Isolar a cama com um biombo , se necessário;

44
• Posicionar o paciente em posição “Fowler” alta, amenos que haja contra
indicação; caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em
decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente;
• Colocar máscara e calçar luvas de procedimento;
• Reduzir transmissão de microrganismos;
• Evitar erros, facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;
• Fazer com que o paciente e a família sejam mais cooperativos e tolerantes para
um procedimento que, no início, é bastante desagradável;
• Resguardar a privacidade do paciente;
• Facilitar a inserção da sonda;
• Proporcionar barreira física entre o profissional e os fluidos corporais do
paciente;
• Verificar o uso de próteses dentárias móveis, solicitando ao paciente para retirá-
los;
• Avaliar obstrução nasal e/ou desvio de septo;
• Higienizar a narina com solução fisiológica, se necessário;
• Colocar a toalha no tórax (ou papel-toalha);
• Medir a sonda da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e, a seguir, estender a
sonda até o apêndice xifóide. Acrescentar a medida de dois dedos, marcando
com fita adesiva;
• Lubrificar a sonda utilizando gaze gel hidrossolúvel;
• Introduzir na narina do paciente até sentir uma pequena resistência, nesse ponto,
peça ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça;
• Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça
movimentos de deglutição;
• Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do
paciente até o ponto pré- marcado;
• Testar posicionamento, injetando 20ml de ar com seringa de bico. Auscultar
com estetoscópio concomitantemente a região epigástrica e/ou aspirar o
conteúdo gástrico;
• A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina
utilizada, com fita adesiva fina;
• Manter a sonda fechada ou aberta, conforme a indicação da prescrição;

45
• Recolher todo material, deixando o ambiente em ordem e encaminhar ao
expurgo;
• Retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável;
• Higienizar as mãos;
• Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

RECOMENDAÇÕES:

sonda está sendo direcionada para o trato respiratório, neste caso, retirar a sonda
imediatamente;
igiene nasal e oral deverá ser rigorosa em paciente com SNG para evitar
complicações como parotidites;

cirurgias de esôfago e estômago a sonda não pode ser repassada nem mesmo
reintroduzida sem avaliação médica.

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MEDICAÇÃO VIA NASOGÁSTRICA/ENTERAL

FINALIDADE: Administrar medicações por sonda a pacientes com impossibilidades,


dificuldades ou contra indicações de deglutição.

INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
• Indicação: pacientes em uso de sonda e com impossibilidade de deglutir.
• Contra-indicação: jejum, sangramento.

RISCOS/PONTOS CRÍTICOS: Obstrução da sonda, má absorção por via gástrica,


má localização da sonda, refluxo gástrico e bronco aspiração.

MATERIAL: Bandeja, triturador de comprimido e medicação prescrita, seringas, luva


de procedimento, estetoscópio, copo com água filtrada, cuba rim, gaze, papel toalha e
fita adesiva/etiqueta.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação da Enfermagem Justificativa
Conferir a prescrição médica Evitar erros
Reunir o material em uma bandeja Facilitar a organização e o controle
eficiente do tempo
Higienizar as mãos Reduzir transmissão de microrganismo
Retirar o medicamento e:
a. Se for solução – aspirar a dose prescrita
com uma seringa de 10 ou 20ml
b. Se for comprimido – retirar da
embalagem, triturar até tornar pó, diluir
em 10ml de água potável e aspirar com
seringa de 10 ou 20ml.
Identificar a seringa com etiqueta; Evitar erros

Levar a bandeja até o quarto e colocá-la


na mesa de cabeceira;

47
Explicar o procedimento ao paciente ou Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;
acompanhante
Solicitar ao paciente que fique sentado ou Diminuir os riscos de aspiração de dieta e
colocá-lo em posição de “Fowler” ou refluxo gástrico
“semi-Fowler”
Higienizar as mãos e calçar luvas de Reduzir a transmissão de microrganismos
procedimento; proporcionar barreira física entre as mãos e
os fluidos corporais;

Testar a permeabilidade e o
posicionamento da sonda;
Adaptar seringa na sonda Assegurar proteção às vias aéreas e
apropriada localização da sonda;

Injetar lentamente toda a medicação


Após a última administração, lavar a Garantir a permeabilidade da sonda;
sonda/gastrostomia sob pressão com água
potável;
Deixar a sonda fechada e manter o
paciente confortável.
Reunir o material utilizado
Retirar as luvas e higienizar as mãos Reduzir a transmissão de microrganismos
Checar o procedimento Informar que a ação foi realizada
Realizar as anotações de enfermagem no Documentar o cuidado e subsidiar o
prontuário. tratamento;
Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem
(Responsabilidades e Deveres).

RECOMENDAÇÕES:
-se da
localização da mesma, antes da administração da medicação;

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diluição, a fim de garantir o controle do balanço hídrico;

comprimidos ou cápsulas de liberação controlada são


contra indicadas para administração por SNG;
Medicações oleosas aderem à parede da sonda e resistem
a mistura com soluções de irrigação e o esmagamento de
comprimidos com revestimento entérico ou de liberação
controlada, para facilitar o transporte através da sonda,
destrói as suas propriedades pretendidas.

Crianças com SNG nº 8FR – 5 ml de água filtrada


SNG nº 10FR – 7 ml de água filtrada
SNE nº 6FR – 8 ml de água filtrada
SNE nº 8FR – 10 ml de água filtrada
Adulto – SNE ou SNG – 20ml de água filtrada

Observação:
de fechamento da sonda é em torno de 60 minutos,
variando conforme o tempo de absorção da medicação.
frequentemente
interrompam a alimentação gastroentérica.
sonda com
água potável entre as medicações.

MEDICAÇÃO VIA VENOSA

49
FINALIDADE: Administração da droga diretamente na veia para se obter ação
imediata.

INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:

 Indicação: Quando há necessidade de ação imediata da medicação; Necessidade


de infusão de grande volume, Administração de soluções irritantes que poderiam
causar necrose tecidual se inoculadas por outra via.
 Contraindicação: Administração de soluções oleosas.

RISCOS/PONTOS CRÍTICOS: Risco de reações alérgicas e intoxicações, choque,


embolia gasosa, flebite, esclerose da veia, hematoma, infiltração medicamentosa,
abscesso.
MATERIAL: Bandeja, medicamento
prescrito, luvas de procedimento, garrote,
bolas de algodão com álcool 70%,
seringa, catéter, diluente, agulha (para
aspirar), etiqueta/fita adesiva, adesivo
hipoalergênico/esparadrapo.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

AÇÃO DE ENFERMAGEM JUSTIFICATIVA


Conferir a prescrição e reunir o material Evitar erros e facilitar a organização e o
na bandeja. controle eficiente do tempo;
Higienizar as mãos Reduzir transmissão de microrganismos
Identificar as etiquetas (nome, leito, Para garantir que o medicamento seja
medicamento, dosagem, via e diluição); dado à pessoa,via e dosagem certas;

ADMINISTRAÇÃO POR PUNÇÃO VENOSA: Realizar a punção; Conectar a


seringa que contém a medicação ao catéter venoso instalado; Tracionar o êmbolo da
seringa até que flua uma pequena quantidade de sangue; Soltar o garrote; Injetar todo o
medicamento, no tempo recomendado; Observar sinais de infiltração, queixas de dor;

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desconforto ou alterações no paciente; Retirar a agulha com um movimento único e ágil
comprimindo o local com algodão seco; Observar o paciente por alguns minutos,
mantendo-o em repouso; Recolher o material utilizado e descartar os perfuro cortantes
em recipiente apropriado; Retirar as luvas e higienizar as mãos; Checar o procedimento;
Fazer anotação de enfermagem colocando o local onde foi feito a aplicação ou qualquer
intercorrência.

Calibre dos dispositivos:


Adulto scalp: 19G, 21G, 23G
Catéter flexível: 14G, 16G, 18G, 20G, 22G
Criança scalp: 25G, 27G
Catéter flexível: 22G, 24G

a infusão imediatamente e retire o dispositivo.

SOLUÇÕES MAIS UTILIZADAS


• SG 5%
• SG 10%
• SF 0,9%
• SGF
• Solução de Manitol 10 ou 20%
• Ringer Lactato (solução de eletrólitos)

Algumas drogas podem ser adicionadas às soluções:


• Vitamina C
• KCL (cloreto de potássio)
• NaCl (cloreto de sódio)
• Complexo B
• Dentre outros...

51
LOCAIS MAIS UTILIZADOS PARA PUNÇÃO

REGIÃO DO MMSS - braço (cefálica e basílica), antebraço (cefálica, cefálica-


acessória, basílica, intermediária do antebraço).

REGIÃO DA MÃO

52
REGIÃO DOS MEMBROS INFERIORES (veias de última escolha):

LEMBRETES:
• Utilizar luvas sempre;
• Utilize sempre a veia de maior calibre;
• Capriche na fixação e em crianças na imobilização;
• Após a punção observar o local constantemente, a infiltração pode trazer sérias
complicações;
• Não reencape agulhas.

Cateteres agulhados: Utilizado para terapia de curto prazo.


 São disponíveis no mercado os números:

• 19G – maior calibre de cor bege ou creme;


• 21G – calibre médio de cor verde;
• 23G – pequeno calibre de cor azul;
• 25G – calibre fino, utilizado em crianças de cor laranja;
• 27G – calibre muito fino, utilizado em neonatos, cor cinza;

53
Cateter flexível: utilizado para terapia de longo prazo

 São disponíveis no mercado os números:

CALIBRES :
• 24G – Menor calibre, utilizado em
recém nascido, bebês, crianças e veias
de pequeno calibre, de cor amarela;
• 22G – Utilizado em bebês crianças,
adolescentes e adultos, de cor azul;
• 20G – Utilizado em adolescentes e
adultos especialmente em
transfusões,de cor rosa;
• 18G – Utilizado em adultos submetidos
a cirurgia, indicado para infusão de
grande volume, de cor verde;
• 16G – Mesma indicação do 18, de cor cinza;
• 14G – Deve ser utilizado quando há necessidade de infundir grandes quantidades de
líquido(traumatismos),de cor laranja;

Equipos de infusão: São estruturas destinados a introdução de


grande volumes de líquido na circulação sanguínea, com a
finalidade de entremear a ligação do dispositivos venoso
periférico ao recipiente que contém líquido a ser infundido.
 Os materiais que fazem parte do equipo de infusão
são:
1. regulador de fluxo – Serve pra controlar o gotejamento do líquido;
2. ponta perfurante – Adapta o equipo ao frasco de solução parenteral de grande
volume;
3. protetor – Acessório que se adapta a extremidade do equipo;
4. conector – Componente tipo macho;
5. copinho – Onde goteja o líquido a ser infundido;
6. injetor lateral – Acessório disponível para permitir injeções.

54
SOLUÇÕES COM PROPRIEDADES OSMÓTICAS:

Osmolaridade = concentração de uma substância/1 litro de solução;

• São definidas a partir da osmolaridade do sangue que é de 280 a 295 mOsm/l.


Podem ser:
• Soluções Isotônicas: Possuem osmolaridade muito semelhante a do sangue, ex.
SG 5%, SF 0,9% e Ringer Lactato.
• Soluções Hipertônicas: Possui osmolaridade maior que a do sangue,
promovem retirada do líquido das células para dentro das veias, ex. SG 10% ou
20%, glicose 50% e albumina 25%.
• Soluções Hipotônicas: Possui osmolaridade menor que a do sangue, deslocam
líquido para fora do compartimento intravascular, ex. água destilada, glicose a
2,5% e cloreto de sódio a 0,45%.

 SOLUÇÕES MAIS UTILIZADAS


• SG 5%
• SG 10%
• SF 0,9%
• SGF
• Solução de Manitol 10 ou 20%
• Ringer Lactato (solução de eletrólitos)

Algumas drogas podem ser adicionadas às soluções:


• Vitamina C
• KCL (cloreto de potássio)
• NaCl (cloreto de sódio)
• Complexo B
• Dentre outros..

LOCAIS MAIS UTILIZADOS PARA PUNÇÃO:


• REGIÃO CEFÁLICA – bastante utilizada em bebês.
• REGIÃO CERVICAL
• REGIÃO DO MMSS- braço (cefálica e basílica), antebraço(cefálica, cefálica-
acessória, basílica, intermediária do antebraço).

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REGIÃO DA MÃO:
CRIANÇAS E ADULTOS: Dorso da mão, antebraço e braço
BEBÊS: Região cefálica, mão e dorso do pé

COLETA DE SANGUE E ADMINISTRAÇÃO DE DOSE ÚNICA:


Articulação do cotovelo

VIA DE ÚLTIMA ESCOLHA:


Membros inferiores
* Há risco de estagnação do medicamento na circulação periférica podendo causar
trombos ou flebites.

LEMBRETES:
• Utilizar luvas sempre;
• Utilize sempre a veia de maior calibre;
• Capriche na fixação e em crianças na imobilização;
• Após a punção observar o local constantemente, a infiltração pode trazer sérias
complicações;
• Não reencape agulhas.

DISPOSITIVOS PARA PUNÇÃO:


• Garrote/ torniquete- Geralmente de látex, é um cinto flexível para procurar a
retenção do sangue venoso e o ingurgitamento da veia para facilitar a
visualização da veia no momento da punção.

CALIBRE DO DISPOSITIVO (scalps) - São disponíveis no mercado os números:


• 19G – Maior calibre de cor bege ou creme;
• 21G – calibre médio de cor verde;
• 23G – pequeno calibre de cor azul;
• 25G – calibre fino, utilizado em crianças de
cor laranja;
• 27G – calibre muito fino, utilizado em
neonatos, cor cinza;

56
Cateter flexível: Utilizado para terapia de longo prazo (jelcos)
• 24G – Menor calibre, utilizado em recém nascido, bebês, crianças e veias de
pequeno calibre, de cor amarela;
• 22G – utilizado em bebês crianças, adolescentes e adultos, de cor azul;
• 20G – utilizado em adolescentes e adultos especialmente em transfusões,de cor
rosa;
• 18G – utilizado em adultos submetidos a cirurgia, indicado para infusão de
grande volume, de cor verde;
• 16G – mesma indicação do 18, de cor cinza;
• 14G – deve ser utilizado quando há necessidade de infundir grandes
quantidades de líquido (traumatismos),de cor laranja;

MULTIVIA OU POLYFIX - utilizado para infusão simultânea de 02 soluções ou para


manter o sistema fechado.

EQUIPOS: Equipos de infusão são estruturas destinados a introdução de grande


volumes de líquido na circulação sanguínea, com a finalidade de entremear a ligação do
dispositivos venoso periférico ao recipiente que contém líquido a ser infundido.Os
materiais que fazem parte do equipo de infusão são:

• Regulador de fluxo – serve pra controlar o gotejamento do líquido;


• Ponta perfurante – Adapta o equipo ao frasco de solução parenteral de grande
volume;
• Protetor – acessório que se adapta a extremidade do equipo;
• Conector – componente tipo macho;
• Copinho – onde goteja o líquido a ser infundido;

57
• Injetor lateral – acessório disponível para permitir injeções.

 A força da gravidade atua sobre fluídos administrados por via EV. Se o


paciente, por exemplo, elevar o braço e colocá-lo sobre a cabeça, o fluxo de
gotejamento irá alterar.

TÉCNICA DE PUNÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO EM DOSE ÚNICA

• Lave bem as mãos;


• Reúna todo material necessário: bolas de algodão com álcool, seringas, agulhas,
garrote e luvas de procedimento; Scalp se necessário;
• Colocar as luvas de procedimento; Realizar a anti-sepsia; Aspirar a medicação;
• Posicionar o braço do paciente; Peça ao paciente/cliente para fechar a mão.
• Faça a punção da veia, com o bisel da agulha voltado para cima, utilizando um
ângulo de 15º; Solte o garrote para introduzir o medicamento; Em intervalos
regulares aspire para certificar que a agulha está bem posicionada; Com a mão
esquerda pressione o local de introdução da agulha com uma bola de algodão,
embebido em álcool; Desprezar agulha e seringa em local adequado Checar e
anotar no prontuário do paciente a medicação administrada.

COMPLICAÇÕES

Flebite: É uma inflamação na veia~, o cliente refere dor e o local fica sensível ao toque.
Fique atento a hiperemia no local de inserção do cateter, dor, local quente, edema
velocidade de infusão lenta e presença de cordão fibroso palpável no trajeto da veia.
Infiltração: É o derramamento da solução ou medicação fora da veia,apresenta pele fria
no local, tensa, edema e retorno ausente do fluxo de sangue.
Obstrução: Quando a infusão é interrompida formando-se um coagulo dentro do
dispositivo.
Embolia gasosa: Ocorre por infusão de ar na veia. Pode trazer desconforto respiratório,
pulso e PA diminuídos e perda de consciência.
Infecção sistêmica: causada por contaminação do material de punção.
Choque Anafilático: Reação alérgica a determinados medicamentos;

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Choque pirogênico: Ocorre quando uma partícula estranha é inoculada na corrente
sanguínea, causando uma reação febril.

SONDAGEM VESICAL DE DEMORA

FINALIDADE: Introdução de um cateter pela uretra até a bexiga com fim de


diagnóstico ou tratamento.

INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
 Indicação: Drenagem vesical por obstrução crônica, disfunção vesical (bexiga
neurogênica), drenagem vesical após cirurgias urológicas e pélvicas, medida de
diurese em pacientes graves, assegurar a higiene perineal e o conforto de
pacientes incontinentes de urina e comatosos.
 Contra-indicação: Obstrução mecânica do canal uretral, infecção do trato
urinário baixo.

RISCO/PONTOS CRITICOS: Trauma de meato urinário; Infecções urinárias e


infecções hospitalares.

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MATERIAIS: Bandeja de cateterismo vesical, sonda Foley, bolsa coletora sistema
fechado, PVPI tópico, gel hidrossolúvel, luvas de procedimento e estéril, ampolas de
água destilada, biombo, seringa 20 ml e 10 ml, fita adesiva hipoalergênica ou
esparadrapo.

Campo fenestrado

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:

AÇÃO DE ENFERMAGEM JUSTIFICATIVA


Conferir a prescrição médica Evitar erros;
Reunir o material e levar até o paciente Organizar o material
Explicar o procedimento ao paciente Reduzir ansiedade e propiciar cooperação
Promover a privacidade do paciente Mostrar respeito pela dignidade do paciente
Higienizar as mãos Reduzir transmissão de microrganismos
Posicionar o paciente:
Feminino: Posição dorsal (supino com
joelhos flexionados). Permitir facilidade de acesso e visualização
Masculino: Posição supina com as
coxas levemente contraídas.
Calçar luvas de procedimento e realizar
a higiene íntima rigorosa com água e Prevenir a contaminação por agentes
sabão (se paciente dependente). microbianos.
Orientar a higienização prévia a
pacientes independentes;
Manipular material esterilizado sem contaminação

60
Calçar luvas estéreis (2 pares);
Adaptar a sonda de Foley ao coletor de urina sistema fechado
Com auxílio de um colega, colocar gel hidrossolúvel na seringa de 20ml (se paciente
masculino) e colocar água destilada em seringa de 10ml.
Testar o cuff (balonete) com a seringa de 10ml com água destilada
Realizar antissepsia do meato uretral
Feminino: Masculino:
Com a mão não dominante, retrair os Recolher o prepúcio com a mão não
grandes lábios e manter a posição ao dominante, segurar o pênis abaixo da glande.
longo do procedimento. Manter a mão não dominante na
posição ao longo do procedimento.
Usando pinça na mão dominante Com a mão dominante, pegar uma gaze com
esterilizada, pegar gazes estéreis com a pinça e limpar o pênis. Fazer movimento
solução antisséptica e limpar a circular do meato uretral para baixo até a
área do períneo, limpando da frente base da glande. Repetir a limpeza três vezes,
para trás do clitóris na direção do ânus. usando uma gaze limpa a cada vez.
Com uma nova gaze para cada área, Retirar o primeiro par de luva estéril usado
limpar ao longo da dobra dos grandes na antissepsia.
lábios, perto da dobra dos grandes
lábios e diretamente sobre o centro do
meato uretral.
Posicionar o campo fenestrado sobre a genitália.
Lubrificar a sonda com xilocaína. No homem, poderá ser injetado o lubrificante
diretamente na uretra através de seringa de 20 ml.
Introduzir a sonda delicadamente no meato uretral até observar a drenagem de urina.
Quando masculino, levantar o pênis na posição perpendicular ao corpo do paciente.
Insuflar o balonete com água destilada, observando o volume marcado na sonda.
Tracionar vagarosamente a sonda e fixar na parte interna da coxa (mulher) e área
suprapúbica (homem).
Prender o coletor na parte inferior da cama após colocar a data, hora e nome do
funcionário.
Retirar luvas e higienizar as mãos; checar o procedimento; realizar as anotações de
enfermagem no prontuário.

61
RECOMENDAÇÕES:
• Em pacientes acamados, com sonda vesical, deve-se fazer higiene íntima após
cada evacuação.
• Sondas utilizadas para cateterismo vesical: em adolescentes (nº 10 ou 12), em
adultos (nº 14 ou 16), em gestantes (nº 14) e sonda de alivio (nº 10 ou 12).
• Em alguns casos de retenção urinária pode ser colocada bolsa de água morna ou
compressas na região suprapúbica.
• Observar e anotar o volume urinário, cor e o aspecto.
• Desinsuflar o balão na retirada da sonda vesical, observar e anotar a primeira
micção espontânea.
• O sistema de drenagem deve ser obrigatoriamente “fechado” e trocado toda a
vez que for manipulado inadequadamente. Não há um intervalo ideal
preconizado para a troca da sonda, mas recomenda-se a sua retirada
precocemente.
• Não abrir o sistema de drenagem, para realizar coleta de exames.
• Indicações para troca do cateter e sistema coletor: obstrução, presença de grande
quantidade de resíduos no sistema, presença de incrustações visíveis e urina com
aspecto purulento, febre de origem não determinada sem outra causa
reconhecida, desconexão acidental ou ruptura, violação e contaminação do
sistema por técnica inapropriada na instalação e manuseio.
• Retirada da sonda vesical de demora, diminui a incidência de infecção urinaria.
• Não realizar lavagem da sonda vesical sem recomendação médica.
• Os coletores de urina devem ser esvaziados a cada 6 horas e nunca devem ser
posicionados em um nível acima do púbis;
• Realizar higiene perineal com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos 2X
ao dia.

62
EXAME FISICO:
AUSCULTA, PALPAÇÃO E PERCUSSÃO:

O exame físico é o conjunto de técnicas e manobras de alguns profissionais de


saúde com o intuito de diagnosticar uma doença ou problemas de funcionalidade, entre
outros. Os profissionais de saúde que se utilizam desse instrumento visam a detecção de
anormalidades para possíveis intervenções e para prevenção do agravamento do estado
do paciente.
Não deve ser confundido com o exame clínico, que é a soma de exame físico e
anamnese - isto é, a adição de todas as informações clínicas do paciente, seja pela
entrevista técnica ou pela avaliação direta por meio de técnicas específicas.
Quase sempre realizado depois de uma anamnese, o exame físico pode utilizar
aparelhos, tais como: estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro, entre outros, com o
objetivo de melhor avaliar um órgão ou sistema na busca de mudanças anatômicas ou
funcionais que são resultantes da doença. Além disso, serve para a constatação do bom
funcionamento dos sistemas.
O exame físico pode ser geral ou focal e se divide em quatro etapas:
inspeção, ausculta, palpação e percussão. Essas técnicas podem ser aperfeiçoadas com
paciência, prática e perseverança. Vale ressaltar que o sentido do exame deve ser céfalo-
podálico ("indo da cabeça para os pés").

• Inspeção: Exige a utilização do sentido da visão. Tem como objetivos detectar


dismorfias, distúrbios do desenvolvimento, lesões cutâneas, presença de
catéteres e tubos ou outros dispositivos.

• Palpação: Obtenção do dado através do tato e da pressão (para regiões mais


profundas do corpo). Identifica modificações na estrutura, espessura,
consistência, volume e dureza.

• Percussão: Através de pequenos golpes, é possível escutar sons. Cada estrutura


tem um som característico. Os sons obtidos podem ser: maciço (onde o local
tocado é "duro", pode indicar hemorragia interna ou presença de secreções),
timpânico (indica presença de ar), som claro pulmonar (indica presença de ar
nos alvéolos)

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• Ausculta: Procedimento que detecta sons do organismo, só que diferente da
percussão, esse procedimento usa aparelhos para auxílio, por exemplo, o
estetoscópio.

Exame físico: AUSCULTA

AUSCULTA: A análise dos diferentes ruídos


provenientes do aparelho respiratório tem sido
objeto de estudo da física acústica e da recente
psicoacústica, permitindo através das recentes
inovações tecnológicas (microfones de alta
definição, hardware e software de digitalização e
análise dos ruídos respiratórios) estabelecer
parâmetros para uma classificação objetiva dos sons
pulmonares.

Classificação dos ruídos respiratórios: À ausculta, os sons pulmonares normais são


denominados como Múrmurio vesicular e podem estar: presente e bem distribuído por
todo o pulmão, diminuído em alguma área ou simplesmente abolido. Os sons
pulmonares anormais, também conhecidos como Sons Patológicos ou Adventícios,
podem ser: Roncos, Sibilos, Estertores/Creptações e Estridor.

• Roncos: São sons grosseiros, podendo ocorrer tanto na inspiração como na


expiração, e é típico de secreção (catarro) solta em uma área de grande calibre, e
essa secreção se move de acordo com a entrada e saída de ar nos pulmões.

• Sibilos: São sons mais agudos, são chiados semelhantes ao som de uma bexiga
de ar esvaziando lentamente, muito comum em indivíduos asmáticos, significa
que o alvéolo está cheio de ar, bronco-espasmo, mas podem também ser audíveis
em indivíduos com congestão pulmonar, obstrução por corpo estranho ou
secreção.

• Estertores ou Creptações: São sons semelhantes ao atrito entre um chumaço de


cabelo ou rádio fora da estação, são pequenos estalidos e pode ser devido a
quadros de hiperinsuflação alveolar ou secreção em vias aéreas inferiores.
Quando a creptação ocorre ao final da inspiração, ou é dificuldade de expansão
ou é secreção. Para saber se é secreção ou hiperventilação, pede-se para o

64
paciente respirar fundo, daí se for secreção vai melhorar. Diante de uma
creptação inspiratória é preciso expandir os pulmões para que a secreção saia.

• Estridor: É um som mais grosseiro, tipo gargarejo, mas não sincronizado, e


significa vias aéras obstruídas.

Exame físico: PALPAÇÃO


PALPAÇÃO: Obtenção do dado através do tato e da pressão (para regiões mais
profundas do corpo). Identifica modificações na estrutura, espessura, consistência,
volume e dureza.

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Durante a palpação devemos verificar a
presença de pontos dolorosos e contratura
da musculatura cervical.

Devem ser palpadas as estruturas ósseas e


os tecidos moles da região.

Devem ser pesquisados pontos sensíveis à


palpação e à percussão cervical. Dor e
alargamento interespinhoso vertebral
sugerem fratura ou instabilidade com lesão
ligamentar. Um degrau entre os processos
espinhosos sugere espondilolistese.

Exame físico: PERCUSSÃO

Percussão: Através de pequenos golpes, é possível escutar sons. Cada estrutura


tem um som característico. Os sons obtidos podem ser: maciço (onde o local tocado é
"duro", pode indicar hemorragia interna ou presença de secreções), timpânico (indica
presença de ar), som claro pulmonar (indica presença de ar nos alvéolos)
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: Compreende o exame dos diferentes sistemas e
aparelhos: cabeça e couro cabeludo, face, pescoço, tórax, mamas, sistemas respiratório,
cardiovascular, gastrintestinal, geniturinário, neuromuscular, além de dados de interesse
para a enfermagem.

EXAME DA CABEÇA (inspeção).

• Tamanho do crânio: normocefalia,


arredondada e simétrica (alteração: macrocefalia,
microcefalia).
• Forma do crânio: mesocéfalo, dolicéfalo,
braquicéfalo (alteração: fronte “olímpica”).

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• Posição e movimento: desvio (torcicolo – inclinação lateral) e alteração do
movimento (tiques, paralisia).

Superfície e couro cabeludo (inspeção e palpação).


• Saliências (tumores, hematomas), depressões (afundamentos), cicatrizes, lesões
e pontos dolorosos.
• Higiene do couro cabeludo e cabelos (presença de caspas, piolhos e lêndeas).
Cabelos (implantação, distribuição, quantidade, cor textura, brilho e queda).
Observar alterações como: hirsutismo (aumento anormal da pilificação em todo o
corpo), hipertricose, alopecia e calvície.

Face.
 Fácies: decorrentes de características raciais, componentes psicológicos ou
alterações organometabólicas. Tipos: normal ou atípica, típica ou patológica (renal,
mongolóide, hipertireoidismo, acromegálica).
 Expressão fisionômica ou mímica estado de humor (tristeza, desânimo,
do,ralegria).
 Simétrica ou normal, assimétrica (tumefações ou
depressão unilateral, paralisias).
 Pele: alterações da cor, cicatrizes, lesões cutâneas (acne, mancha, cloasma).
• Olhos (inspeção e palpação)
 Aspecto: simétricos, límpidos e brilhantes; pálpebras com oclusão completa;
conjuntiva palpebral rósea e bulbar transparente; esclerótica branca e limpa;
pupilas isocóricas, redondas e reativas à luz.
 Alterações: exoftalmias, enoftalmia (afundamento do globo ocular dentro da
órbita, causado por desnutrição e desidratação), desvios (estrabismo),
movimentos involuntários (nistagmo), ptose (queda) palpebral; ectopia,
entropia, midriase (dilatação excessiva da pupila, característica da morte),
miose, anisiocoria (pupilas desiguais).
 Acuidade visual: redução ou perda da visão (uni ou bilateral), correção parcial
ou total com lentes de contato ou óculos.

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Observar sintomas gerais: dor ocular e cefaléia, sensações de corpo estranho,
queimação ou ardência, lacrimejamento, sensação
de olho seco, hiperemia, secreções, edema
palpebral, blefarite (inflamação aguda ou crônica
da borda da palpebral), alteração na cor da
esclerótica e da conjuntiva, diplopia (visão
dupla), fotofobia e escotomas (mancha escura
móvel que encobre parte do campo visual).
• Ouvidos (inspeção). = Posição, tamanho e simetria das orelhas.
• Acuidade auditiva; perda parcial ou total (uni ou bilateral), uso de aparelho
auditivo.
• Observar sintomas gerais: dor, prurido, zumbido, secreções, edema, hiperemia,
sangramento, lesões.

Nariz e cavidades paranasais (inspeção e palpação).


Simetria, coloração da mucosa, deformidades, desvio de septo.
 Observar sintomas gerais; dor, espirros, obstrução nasal (uni ou bilateral),
secreção epistaxe, edema, inflamação lesões pólipos, alteração no olfato
(hipo/hiperostomia, anastomia (ausência de olfato), cacosmia).

 Palpação dos seios paranasais nas áreas frontal e maxilar da face.

• Boca e garganta (inspeção e palpação).


 Lábios: cor, textura, hidratação e contorno;
 Mucosa oral: cor, umidade, integridade.
 Gengivas e língua: cor, textura, tamanho
eposição.
 Dentes: coloração, número e estado
dos dentes, alinhamento da arcada
dentária, uso de prótese.
 Garganta: tamanho das amigdalas, presença de exudato ou secreções e nódulos.

 Observar sintomas gerais: mucosas descoradas hipercoradas, cianóticas ou


ictéricas; dor e desconforto oral (odontalgia, glossalgia, disfagia, trismo, dor de

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garganta), lesões (úlceras, escoriações, cistos, placa branca), estomatite, edema,
hiperemia, sangramento gengival, gengivite, descamação, diminuição ou falta de
salivação, língua saburrosa, halitose e cáries.

• Pescoço (inspeção, palpação e ausculta).

 Forma e voluma: cilíndrica de contorno regular variando conforme biótipo.


 Posição: mediana, rigidez (torcicolo), ou flacidez muscular.
 Mobilidade: ativa e passiva (flexão, extensão, rotação e
lateralidade); alterações:
rigidez, flacidez.
 Ingurgitamento das jugulares: turgência e batimentos arteriais e venosos.
 Pele: coloração, sinais flogosisticos (edema, calor, rubor e dor).
 Glândulas salivares e gânglios linfáticos (occipitais, auriculares posteriores,
paratidianos, submentonianos, submaxilares, cervicais superficiais e profundos)
– localização, tamanho/volume, consistência, mobilidade, sensibilidade.
 Traquéia: posição, forma e desvio da linha média.
 Tireóide: volume (normal ou aumentado), consistência (normal, firme,
endurecida, pétrea), mobilidade (normal ou imóvel), superfície (lisa, nodular,
irregular), sensibilidade (dolorosa ou indolor), temperatura da pele (normal ou
quente).

EXAME DO TÓRAX
Inspeção estática: estudo do arcabouço torácico
(pontos, linhas e regiões anatômicas, forma do
tórax).
Inspeção dinâmica: estudo dos movimentos
torácicos
- Forma do tórax: atípica ou normal, típico ou
patológico (enfizematoso (ou tonel)), em quilha (ou
peito de pombo), pectus excavatum (ou sapateiro),
chato, em sino, escoliótico (ou cifoescoliótico).
* Deformações da caixa torácica: abaulamentos e
retrações.

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* Alterações da pele: coloração, manchas, cicatrizes e lesões.

Exame das mamas.

• Época: 1ª semana após a


menstruação,
e na menopausa no início de cada mês.
• Posições: ortostática (paciente em pé)
1. braços laterais ao corpo, 2. braços acima
da cabeça, decúbito dorsal (paciente deitada)
braços sobre a cabeça.
• Inspeção: estática e dinâmica;
observar volume (simetria/assimetria), diminuição, aumento, formato, pele
(cicatrizes, sinais de inflamação), mamilos e auréolas (desvios, retração,
inversão, ulceração) secreção mamaria (espontânea ou induzida).
• Palpação: sentido horário no quadrante superior – mamas – região supra-
clavicular e axilar, observar a presença de massas, nódulos (local, tamanho,
consistência, mobilidade e sensibilidade).

Sistema cardiovascular.

 Inspeção: observar área precordial (protuberância, retrações, ictus), varizes


eedema dos mmii.
 Palpação: análise do ictus cordis (4° e 5° EIE de 6 a 10 cm da linha
medioesternal), presença de pulsos periféricos (freqüência, ritmo, amplitude,
tensão), perfusão periférica.
 Ausculta:
 a) Ritmo normal – regular em dois tempos
(1ª bulha = fechamento das válvulas mitral e
tricúspide = TUM; 2ª bulha = fechamento
das válvulas aórtica e pulmonar = TA).
 b) Ritmo anormal: irregular (ritmo de
galope, extrassístole)

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c) Focos de ausculta cardíaca:

- Foco aórtico (FA) 2ª EID (linha paraesternal direita)


- Foco pulmonar (FP) 2ª EIE (linha paresternal esquerda)
- Foco tricúspide (FT) na base do apêndice xifóide
- Foco mitral (FM) região do ictus cordis (VE).

Sistema respiratório.

• Inspeção: - estática (forma e tipo de tórax);


• Dinâmica: movimentos respiratórios (freqüência, tipo e ritmo respiratório);
• Pesquisar tosse (cheia com ou sem expectoração, seca), dor e retrações ao
respirar.

LAVAGEM INTESTINAL

FINALIDADE: É a introdução de uma sonda retal , a fim de auxiliar na


remoção de conteúdo fecal da ampola retal e cólon descendente.

INDICAÇÃO/CONTRA-INDICAÇÃO:

• Indicação: Aliviar distenção abdominal e flatulências, constipação intestinal,


preparar pacientes para cirurgias, exames radiológicos e endoscópicos.
• Contra-indicação: Nos tumores de intestino e reto, diverticulite, ou quando
apresentar resistência na introdução da sonda retal; hemorragia, suspeita de
apendicite, hérnia estrangulada.

RISCO/PONTOS CRITICOS: Risco para perfuração anal e diarréia.

MATERIAL: Bandeja, sonda retal, enema glicerinado, luva de procedimento, cuba-


rim, gazes, gel hidrossolúvel, papel higiênico, impermeável, comadre, biombo, toalha
de banho, suporte de soro, máscara.

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DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação de Enfermagem Justificativa
• Conferir prescrição médica;
• Higienizar as mãos;
• Separar a bolsa de enema com a solução e o cateter
retal apropriado;
• Adaptar o equipo de soro ao frasco da solução a ser
utilizada;
• Preencher a câmara de gotejamento e retirar o ar da
extensão do equipo;
• Calçar as luvas de procedimento e colocar máscara;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Isolar o leito com biombo;
• Forrar o leito com o impermeável;
• Colocar o paciente em posição de Sims (decúbito lateral esquerdo com MIE
estendido e o MID fletido), cama baixa sem travesseiro;
• Cobrir o paciente com a toalha de banho, expondo apenas a área retal,
visualizando claramente o ânus;
• Administrar o enema:

TROCA DE BOLSA DE COLOSTOMIA /


ILEOSTOMIA / UROSTOMIA

FINALIDADE: Manter a higienização do estoma; Proporcionar o conforto e bem estar


ao paciente; Reter/coletar os efluentes; Prevenir possíveis infecções e lesões de pele.

INDICAÇÃO/ CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: portadores de estomia intestinal e urológica.
Contraindicação: nenhuma.
.
MATERIAIS: Bandeja ou carro de curativo contendo: bolsa coletora, escala de medida
do estoma, gaze, algodão, sabão de uso habitual, protetor de pele, tesoura curva, soro
fisiológico, luva de procedimento, comadre, forro móvel, máscara.

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DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: Ação de Enfermagem Justificativa
• Higienizar as mãos;
• Reunir todo material e levar ao quarto do paciente;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Colocar o paciente em posição confortável, expondo apenas a região a ser limpa,
protegendo a cama com um forro móvel. Se o paciente tiver condições, pode ser
levado ao banheiro;
• Calçar as luvas de procedimento e colocar máscara;
• Retirar a bolsa coletora, observando o aspecto do material coletado (cor,
consistência, quantidade, odor) e desprezar na comadre ou no vaso sanitário;
• Afastar a abertura da bolsa com uma das mãos e, com a outra, colocar água
dentro da mesma até a metade da sua capacidade;
• Fechar a abertura da bolsa com uma das mãos, fazer movimentos com a bolsa
para remoção de resíduos e desprezar na comadre ou vaso sanitário. Repetir o
processo até a bolsa estar totalmente limpa;
• Limpar o estoma e região periestomal c/ água e sabão ou SF 0,9%, observando
as condições da pele e mantendo-a seca para aplicação do dispositivo. Utilizar
gaze ou algodão sobre o mesmo para evitar drenagem de urina ou fezes;
• Medir o estoma com escala de medidas, traçar molde no verso da placa,
deixando área de segurança de 1mm. Estoma irregular, preparar molde sob
medida.

RECOMENDAÇÕES:
Remova o sistema de bolsas se o
paciente reclamar de queimação ou coceira
sob ele ou se houver drenagem purulenta em
volta do estoma. Se dispositivo de duas
peças, conectar a bolsa à base de modo que
facilite o esvaziamento, levando-se em conta
a preferência do cliente (posição vertical ou horizontal) e verificar se a bolsa está
adequadamente conectada à base evitando vazamentos.

 Usar apenas soro fisiológico ou água e sabão na pele ao redor do estoma.

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 Caso o paciente apresente condições clínicas favoráveis, retirar a bolsa
coletora durante o banho de aspersão, para facilitar o descolamento da
placa.
 Reservar o clamp/presilha para ser reutilizado após limpeza.
 A bolsa coletora deve ser esvaziada sempre que o efluente atingir um terço
ou, no máximo, metade da sua capacidade.
 O esvaziamento e a higienização regular da bolsa coletora aumenta sua
durabilidade, o conforto e evita constrangimento ao paciente.
 O efluente de ileostomia e de colostomia à direita deve ser quantificado
m
e volume, principalmente nos primeiros dias do pós-operatório, para
cálculo de reposição líquida e de eletrólitos.
 Caso a troca da bolsa seja de colostomia, esvazie a mesma fazendo
movimentos para baixo com as mãos sobre a bolsa, para facilitar a saída
das fezes.

AUXÍLIO E CUIDADOS NA PASSAGEM DO CATETER VENOSO CENTRAL

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FINALIDADE: Auxiliar o médico na inserção do cateter em veia subclávia ou jugular.

INDICAÇÃO/ CONTRAINDICAÇÃO: É indicado a pacientes que não possuam


condições de rede venosa ou necessitem de uma via de acesso calibroso e que suporte
medicações irritantes, para coleta de sangue, nutrição parenteral, sangue e seus
derivados.

RISCO/PONTOS/CRITICOS:

próprio paciente: perda da via.

 MATERIAIS: Bandeja, pacote de curativo, mesa


auxiliar, avental cirúrgico estéril, máscara descartável,
óculos protetor, álcool a 70%, fio de sutura, lidocaína
2% sem vasoconstritor, PVPI ou
clorexidinadegermante e alcoólica, kit de subclávia,
gaze estéril, SF 0,9%, equipo, suporte de soro, equipe
intermediário , gaze, fita adesiva hipoalergênica,
seringa 20 ml e 10 ml, luvas estéril e de
procedimento, algodão e lâmina de bisturi(se
necessário).

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: Ação de Enfermagem Justificativa


• Explicar ao paciente o que vai ser feito e a importância de sua colaboração;
• Higienizar as mãos;
• Colocar os EPI (máscara, óculos e luva de procedimento);
• Preparar a área de colocação do cateter, aparar os pêlos, se necessário;
• Conectar a solução fisiológica 0,9% no equipo de soro e este no intermediário e
retirar o ar do sistema;
• Posicionar o paciente em decúbito dorso-horizontal e em ligeiro
“Trendelenburg”, com os braços estendidos ao longo do corpo;
• Estabelecer um campo estéril em uma mesa usando o campo que envolve a
bandeja. Oferecer ao médico;
• Pedir ao paciente que vire a cabeça para o lado oposto ao da inserção do cateter;

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• Oferecer ao médico as soluções antissépticas;
• Fazer antissepsia do frasco/ampola de lidocaína 2%; em seguida, inverter o
frasco/ampola e oferecer ao médico para que ele aspire a solução;
• Abrir a embalagem do cateter e passar ao médico adotando técnica estéril.
• Conectar o equipo de soro ao cateter, abrir a pinça do equipo e verificar o
gotejamento da solução;
• Abaixar o frasco do soro com cuidado, conservando sua posição, até se verificar
o refluxo de sangue pelo equipo;
• Levantar novamente o frasco, colocá-lo no suporte e assegurar a permeabilidade
do cateter através de gotejamento lento;
• Elevar ligeiramente a cabeceira do paciente;
• Fazer curativo oclusivo ou auxiliar o médico neste Procedimento;
• Colocar o paciente em posição confortável;
• Recolher e encaminhar ao expurgo o material utilizado e deixar a unidade do
paciente limpa e em ordem;
• Desprezar material perfuro cortante em local apropriado;
• Retirar os EPIs;
• Higienizar as mãos;
• Fazer anotação sobre o procedimento, intercorrências e local em que foi inserido
o cateter;
• Encaminhar ao RX para controle do posicionamento do cateter, se houver
solicitação médica.

RECOMENDAÇÕES:
Deve-se observar a permeabilidade deste catéter.
Em caso de obstrução ou desligamento, avisar o
médico.
O curativo deve ser trocado a cada 24 horas. O
aspecto do local da inserção deve ser anotado nas
observações de enfermagem. A detecção precoce
de infecção local e a retirada do catéter impedirão a
disseminação da infecção e o consequente
agravamento do estado de saúde do paciente.

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Deverá ser mantida observação constante em relação à permeabilidade do cateter;
caso ocorra obstrução deverá ser usada uma seringa de 1 ml para aspiração do trombo.

AUXILIO NA INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL/NASOTRAQUEAL

FINALIDADE: Controle ou manutenção da via


respiratória e ventilação mecânica do cliente.

INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO: Indicação: Incapacidade do cliente em


proteger sua própria via aérea devido à perda dos reflexos protetores. Em casos de
anestesia geral ou situações de emergência para promover a desobstrução das vias
aéreas, facilitar a aspiração ou promover meios para realização da ventilação mecânica
(exemplo: coma, parada respiratória e/ou cardíaca)

Contraindicação: A intubação oral é contra-indicada em lesão aguda da coluna


cervical e distúrbios espinais degenerativos; enquanto a intubação nasal é contra
indicada em clientes com apnéia, distúrbios hemorrágicos, sinusite crônica ou
obstruções nasais.

RISCOS/PONTOS CRITICOS: Trauma de mucosa, quebra de dentes, hipóxia, lesão


aos lábios, à boca, faringe ou cordas vocais,
intubação seletiva ou esofágica, aspiração de
sangue, secreções ou conteúdo gástrico,
edema e erosão de laringe e em estenose,
erosão e necrose traqueais, laringoespasmo,
barotrauma, oclusão do tubo, arritmias e
aumento da pressão intracraniana.

MATERIAL: Carrinho de emergência ou mesa auxiliar, laringoscópio, mandril, luvas


de procedimento, ventilador mecânico, sonda de aspiração, tubo oro-traqueal, gel
anestésico ou lubrificante hidrossolúvel spray, seringa 10 ml, ressuscitador manual,
fonte de oxigênio, cânula de Guedel, esparadrapo, fixador de tubo, gaze, estetoscópio.

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DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: Ação de Enfermagem Justificativa
• Higienizar as mãos;
• Concentrar o material relacionado no carrinho de emergência (que deverá ser
sempre conferido e reposto a cada uso);
• Montar e testar o laringoscópio acoplando a lâmina selecionada ao cabo e deixar
desligado;
• Escolher adequadamente o tamanho do TOT (depende do tipo de paciente e da
solicitação médica);
• Proceder a montagem e verificar o funcionamento do respirador e sistemas de
aspiração;
• Calçar luvas de procedimento;
• Colocar o paciente em posição (decúbito dorsal horizontal com hiperextensão do
pescoço), retirar prótese dentária, se houver e aspirar vias aéreas se necessário;
• Abrir o TOT, deixando-o protegido na embalagem, testar o balão e colocar o
mandril em seu interior (a ponta distal do mandril deve estar retraída cerca de
1,5 cm dentro da extremidade distal do tubo);
• Aplicar pressão ao anel cricóideo (manobra de selick), caso o médico solicite;
• Insuflar o cuff (balão) assim que o tubo estiver na traquéia, utilizando a seringa
(manter a pressão do cuff entre 18 e 20 mmHg);
• Auxiliar na ventilação com ressuscitar manual, enquanto o médico regula o
respirador;
• Fixar a cânula e inserir cânula de guedel, se necessário;
• Instalar o respirador mecânico previamente regulado pelo médico, se necessário;
• Observar a expansão torácica e auscultar em busca de sons respiratórios
bilaterais;
• Deixar a unidade do paciente limpa e em ordem.

RECOMENDAÇÕES:
• Registrar o tempo do início do atendimento de emergência.
• Quando o cliente está sendo ventilado mecanicamente, utiliza-se a técnica de
mínimo vazamento, ou de volume oclusivo mínimo, para que seja estabelecida a
insuflação correta do manguito.

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• Se não for ouvido nenhum som respiratório, ausculte a região epigástrica,
enquanto o cliente é ventilado com ambu. Distensão gástrica, eructação ou som
gorgolejante indica intubação esofágica.
• Anote com exatidão a marcação no tubo onde ele sai da boca ou do nariz, para
detectar deslocamento do tubo.
• Proporcione cuidados frequentes de higiene oral ao cliente e posicione o tubo
endotraqueal de modo a prevenir a formação de úlceras de pressão e evitar
pressão excessiva nos lados da boca.
• Aspire as secreções através do tubo para sua eliminação e para prevenir a
formação de tampão mucoso.
• Trocar o cadarço de fixação do tubo uma vez ao dia e quando necessário.

 COLOCAÇÃO DE DISPOSITIVO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA


MASCULINA

• FINALIDADE: Instalação de um dispositivo peniano para controlar débito


urinário e proteger região perineal do contato com urina.

INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
• Indicação: pacientes masculinos com incontinência urinária ou com alteração
do nível de consciência, que necessitam de controle hídrico ou coleta de urina
para exames laboratoriais.

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• Contra indicação: pacientes com lesão peniana, pós-operatório de cirurgia
urológica

RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
alergia, dermatite de contato.

MATERIAIS: Bandeja, luvas de procedimento, gaze, toalha, dispositivo para


incontinência urinária, adesivo hipoalergênico, saco coletor.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: Ação de Enfermagem Justificativa


• Higienizar as mãos;
• Reunir todo o material;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Colocar biombo;
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal;
• Calçar as luvas de procedimento;
• Fazer a higiene íntima e aparar o excesso de pelos (se necessário);
• Colocar o dispositivo para incontinência urinária no pênis, desenrolando-o da
glande para a raiz do pênis. Deixar espaço entre a ponta do pênis e a
extremidade do dispositivo;
• Fixar o dispositivo com adesivo hipoalergênico na raiz do pênis de modo firme,
mas não apertado;
• Adaptar a extensão do dispositivo ao saco coletor de urina, evitando dobrá-lo ou
torcê-lo;
• Retirar as luvas de procedimento;
• Recolher o material e encaminhar ao expurgo;
• Higienizar as mãos;
• Realizar as anotações de enfermagem no prontuário.

• RECOMENDAÇÕES:

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ós
cada higiene íntima.
extravasamento e necessidade de controle rigoroso de diurese, pesar
também a fralda do paciente (descontando o peso da fralda).

Referências bibliográficas:

SCHULL, Patricia Dwyer. Enfermagem Básica: Teoria e Prática. 2ª ed.Rideel, São


Paulo, 2001.
Site: http://www.marimar.com.br/medico/tecnicas_basicas_em_enfermagem.htm

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