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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC RAPOSO TAVARES


ETIM Química

EDUARDA RODRIGUES SILVA


JULIA FERNANDES DE OLIVEIRA
LUANA SILVA SANTOS
MARIA FERNANDA ALVES COSTA

QUANTIFICAÇÃO DE METILPARABENO EM LENÇOS


UMEDECIDOS E USO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE ALECRIM E
CANELA COMO CONSERVANTES ALTERNATIVOS

SÃO PAULO
2023
EDUARDA RODRIGUES SILVA
JULIA FERNANDES DE OLIVEIRA
LUANA SILVA SANTOS
MARIA FERNANDA ALVES COSTA

QUANTIFICAÇÃO DE METILPARABENO EM LENÇOS


UMEDECIDOS E USO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE ALECRIM E
CANELA COMO CONSERVANTES ALTERNATIVOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso Técnico em Química da ETEC Raposo
Tavares orientado pela Prof. Esp. Alessandra
Conde Eliseo e Prof. Doutora Regina Siqueira
Haddad Carvalho, como requisito parcial para
obtenção do título de Técnico em Química.

SÃO PAULO
2023
RESUMO

Os lenços umedecidos são usados principalmente na higienização de bebês e


crianças. Normalmente são compostos de tecido embebido em emulsão úmida ou
loção oleosa, podendo ter derivados de parabenos como um dos conservantes. Os
parabenos são conservantes amplamente utilizados em indústrias alimentícias,
farmacêuticas e de cosméticos devido ao seu baixo custo e à sua compatibilidade com
os excipientes e outras matérias-primas incluídas nas formulações, contudo, tais
substâncias apresentam um viés: são os principais causadores de diversas reações
no corpo humano como alergias, dermatites e, de acordo com estudos em
desenvolvimento, possuem risco de carcinogênese e alterações endócrinas. Este
trabalho tem como propósito a quantificação do metilparabeno presente em lenços
umedecidos infantis, com o intuito de avaliar se as concentrações desse conservante
estão dentro dos limites estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). Conjuntamente, foi explorado a viabilidade dos óleos essenciais de alecrim
e canela como uma alternativa de conservante natural e mais segura para a
conservação desses produtos. As metodologias empregadas foram a quantificação do
metilparabeno por espectrofotometria UV/Vis, um método que possibilita uma
avaliação precisa das suas concentrações em lenços umedecidos. Já a ação como
conservante dos óleos essenciais de alecrim e canela foram avaliados utilizando a
técnica de contagem em superfície em placa, ao longo da sua exposição em teste de
prateleira. Os resultados obtidos comprovaram que os lenços umedecidos estão
abaixo dos limites determinados pela ANVISA, estando aprovados e em conformidade
com a legislação, e os óleos essenciais de alecrim e canela apresentaram eficácia na
substituição do metilparabeno como conservante. Esta pesquisa pode ser é relevante
para a indústria de produtos de higiene, uma vez que ressalta a importância do
controle da utilização de conservantes químicos e a viabilidade do uso de
conservantes de origem natural. Portanto, este TCC contribuiu para o avanço de
pesquisas em produtos de higiene aliado na busca de soluções mais sustentáveis.

Palavras-chave: Metilparabeno. Lenços umedecidos. Conservante natural. Óleos


essenciais. Alecrim. Canela.
ABSTRACT

Wet wipes are mainly used in sanitizing babies and children. They are usually
composed of fabric soaked in wet emulsion or oily lotion, and may have paraben
derivatives as one of the preservatives. Parabens are preservatives widely used in the
food, pharmaceutical and cosmetic industries due to their low cost and their
compatibility with the excipients and other raw materials included in the formulations,
however, these substances have a bias: they are the main cause of various reactions
in the human body such as allergies, dermatitis and, according to studies in
development, They are at risk of carcinogenesis and endocrine alterations. The
purpose of this study is to quantify the methylparaben present in children's wet wipes,
in order to evaluate whether the concentrations of this preservative are within the limits
established by the National Health Surveillance Agency (ANVISA). Together, the
feasibility of rosemary and cinnamon essential oils as a natural and safer preservative
alternative for the preservation of these products was explored. The methodologies
used were the quantification of methylparaben by UV/Vis spectrophotometry, a method
that allows a precise evaluation of its concentrations in wet wipes. On the other hand,
the preservative action of rosemary and cinnamon essential oils was evaluated using
the plate surface counting technique, throughout their exposure in shelf testing. The
results obtained proved that wet wipes are below the limits determined by ANVISA,
being approved and in compliance with the legislation, and the essential oils of
rosemary and cinnamon were effective in replacing methylparaben as a preservative.
This research may be relevant to the hygiene products industry, since it highlights the
importance of controlling the use of chemical preservatives and the feasibility of using
preservatives of natural origin. Therefore, this TCC contributed to the advancement of
research in allied hygiene products in the search for more sustainable solutions.

Keywords: Methylparaben. Wet wipes. Natural preservative. Essential oils.


Rosemary. Cinnamon.
Dedicamos esta monografia aos nossos pais,
por nos apoiar, incentivar e acompanhar o
desenvolvimento da pesquisa ao nosso lado
nos dando força e contribuindo para que
continuássemos.
AGRADECIMENTOS

Esse Trabalho de Conclusão de Curso contou com diversos indivíduos para


seu desenvolvimento, dentre eles agradecemos:
As nossas orientadoras Professora Doutora Regina Siqueira Haddad Carvalho
e Especialista Alessandra Conde Eliseo por coordenarem o trabalho; a Professora
Priscila Berenguer Mendes por ceder suas aulas e instruir a correção gramatical do
relatório; a Professora Mestre Tais Aparecida de Assis Garcia Moreira por direcionar e
revisar nossas pesquisas.
Aos Professores Robson Pinho da Silva e Renata Pinho da Silva, por ajudarem
a conduzir o trabalho experimental teórico, principalmente na escolha do tema e por
terem proporcionado um excelente ensino ao longo dos três anos do ensino médio
que possibilitou a construção do nosso estudo.
Ao Professor Mestre Vitor Amaral Sanches Lucas, por auxiliar na parte
microbiológica da pesquisa prática e teórica, nos ajudando a enriquecer nossa análise
e nosso conhecimento profissional.
E por fim, agradecemos umas às outras por termos colaborado com a
elaboração do projeto e aos nossos pais que contribuíram financeira e
emocionalmente, sempre nos motivando até a conclusão.
“A maior recompensa pelo trabalho não é a
que uma pessoa recebe por ele, mas o que
se torna através dele.”
(John C. Maxwell)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Fórmula estrutural do parabeno ................................................................. 18


Figura 2: Fórmula estrutural do metilparabeno.......................................................... 19
Figura 3: Metilparabeno ............................................................................................ 20
Figura 4: Ilustração do funcionamento de um espectrofotômetro.............................. 24
Figura 5: Ilustração da espectroscopia de absorção e de emissão. .......................... 24
Figura 6: Ilustração da espectroscopia de espalhamento. ........................................ 24
Figura 7: Ilustração do espectro eletromagnético. ..................................................... 25
Figura 8: Alecrim (Rosmarinus officinalis). ................................................................ 27
Figura 9: Fórmula estrutural dos principais componentes do óleo de alecrim. .......... 27
Figura 10: Óleo essencial de alecrim ........................................................................ 28
Figura 11: Óleo essencial de canela. ........................................................................ 29
Figura 12: extração com solventes orgânicos ........................................................... 30
Figura 13: Destilação por arraste a vapor ................................................................. 30
Figura 14: Semeadura em meio sólido. ..................................................................... 31
Figura 15: Equação da reta utilizada para cálculo de concentração. ........................ 47
Figura 16: Cálculo para descobrir a concentração de parabenos nas amostras. ...... 48
LISTA DE FLUXOGRAMAS

Fluxograma 1: Preparo da solução estoque e diluições. ........................................... 34


Fluxograma 2: Varredura e curva padrão. ................................................................. 35
Fluxograma 3: Preparo das amostras de lenço umedecido. ..................................... 36
Fluxograma 4: Leitura de absorbância das amostras. ............................................... 38
Fluxograma 5: Teste de recuperação ........................................................................ 38
Fluxograma 6: Preparo das placas de Petri. ............................................................. 40
Fluxograma 7: Preparo das amostras. ...................................................................... 41
Fluxograma 8: Inoculação com swab e contagem de microrganismos ..................... 43
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Varredura do metilparabeno...................................................................... 44


Gráfico 2: Curva padrão 1. ........................................................................................ 45
Gráfico 3: Curva padrão 2. ........................................................................................ 45
Gráfico 4: Curva padrão 3. ........................................................................................ 46
Gráfico 5: Curva média. ............................................................................................ 46
Gráfico 6: Crescimento de microrganismos, lenço sem conservantes. ..................... 51
Gráfico 7: Crescimento de microrganismos, lenço com mp. ..................................... 52
Gráfico 8: Crescimento de microrganismos, lenço com óleo de canela. ................... 52
Gráfico 9: Crescimento de microrganismos, lenço com óleo de alecrim. .................. 53
Gráfico 10: Crescimento de microrganismos no lenço umedecido comercial. .......... 53
Gráfico 11: Comparação de crescimento de microrganismos. .................................. 54
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Preparo de soluções .................................................................................. 33


Tabela 2: Preparo das diluições para curva padrão do metilparabeno ...................... 34
Tabela 3: Amostragem ............................................................................................... 39
Tabela 4: Datas das inoculações ............................................................................... 43
Tabela 5: Dados de absorbância ............................................................................... 44
Tabela 6: Média e desvio padrão dos coeficientes da reta. ....................................... 47
Tabela 7: Resultados de LD e LQ.............................................................................. 47
Tabela 8: Resultados das concentrações de parabenos nas amostras. .................... 48
Tabela 9: Dados e resultado do teste de recuperação. ............................................. 48
Tabela 10: Características morfológicas das bactérias na 1ª semeadura. ................ 49
Tabela 11: Características morfológicas das bactérias na 2ª semeadura. ................. 49
Tabela 12: Características morfológicas das bactérias na 3ª semeadura. ................ 49
Tabela 13: Características morfológicas dos fungos na 2ª semeadura. .................... 50
Tabela 14: Dados das contagens dos microrganismos na 1ª semeadura. ................ 50
Tabela 15: Dados das contagens dos microrganismos na 2ª semeadura. ................ 50
Tabela 16: Dados das contagens dos microrganismos na 3ª semeadura. ................ 51
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13
2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 15
3. ODS (OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) .................. 16
4. OBJETIVOS ................................................................................................. 17
5. DEFINIÇÃO E APLICAÇÕES DO METILPARABENO ................................ 18
5.1. PARABENOS ............................................................................................... 18
5.1.1. Metilparabeno ............................................................................................. 18
5.2. APLICAÇÕES .............................................................................................. 19
5.3. LEGISLAÇÃO ............................................................................................... 20
5.4. SAÚDE..........................................................................................................21
5.5. MÉTODOS QUANTITATIVOS ...................................................................... 23
5.5.1. Espectrofotometria na região do UV-Vis .................................................. 25
6. DEFINIÇÃO E APLICAÇÕES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS ......................... 26
6.1. ÓLEOS ESSENCIAIS ................................................................................... 26
6.1.1. Óleo essencial de alecrim .......................................................................... 26
6.1.2. Óleo essencial de canela ........................................................................... 28
6.2. EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL ............................................................ 29
6.2.1. Destilação por arraste a vapor .................................................................. 30
6.3. CULTIVO DE BACTÉRIAS ........................................................................... 31
6.3.1. Semeadura em meio sólido em placa ....................................................... 31
7. MATERIAL E MÉTODO ............................................................................... 32
7.1. MATERIAL .................................................................................................... 32
7.1.1. Reagentes ................................................................................................... 32
7.1.2. Vidrarias ...................................................................................................... 32
7.1.3. Equipamentos ............................................................................................. 32
7.1.4. Amostras ..................................................................................................... 33
7.2. METODOLOGIA EMPREGADA (QUANTIFICAÇÃO) ................................... 33
7.2.1. Determinação do critério para escolha de amostras .............................. 33
7.2.2. Preparo da solução estoque e diluições para varredura e curvas......... 33
7.2.3. Varredura e curva-padrão .......................................................................... 35
7.2.4. Preparo das amostras de lenço umedecido ............................................ 36
7.2.5. Leitura de absorbância das amostras ...................................................... 37
7.2.6. Teste de recuperação .................................................................................. 38
7.3. METODOLOGIA EMPREGADA (MICROBIOLOGIA) ................................... 39
7.3.1. Escolha dos óleos e amostras .................................................................. 39
7.3.2. Contagem de micro-organismos mesófilos totais .................................. 39
7.3.2.1. Preparo do meio de cultura...........................................................................39
7.3.2.2. Preparo das placas de Petri...........................................................................39
7.3.2.3. Preparo das amostras....................................................................................40
7.3.2.4. Inoculação com swab e contagem de microrganismos.................................42
7. RESULTADOS ............................................................................................. 44
7.1. VARREDURA E CURVAS ............................................................................ 44
7.2. TABELAS.......................................................................................................47
7.2.1. Quantificação do metilparabeno ............................................................... 47
7.2.2. Teste de ação antimicrobiana .................................................................... 49
8. DISCUSSÃO ................................................................................................ 55
9. CONCLUSÃO .............................................................................................. 56
10. PERSPECTIVAS .......................................................................................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 58
13

1. INTRODUÇÃO
A indústria de cosméticos possui grande destaque na sociedade brasileira: o
país é o terceiro no ranking de consumo mundial destes produtos (SEBRAE, 2022). A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define cosméticos como
preparações constituídas por aditivos como emulsificantes, umectantes e
conservantes, sejam de origem natural ou sintética, que devem ser aplicados apenas
na área externa do corpo humano (BRASIL, 2014).
Os lenços umedecidos são usados principalmente na higienização de bebês e
crianças. Normalmente são compostos de tecido embebido em emulsão úmida ou
loção oleosa, podendo ter derivados de parabenos como um dos conservantes (ABD,
2021).
Nesse contexto, conforme Rodriguez (2011) e De Souza e Junior (2013), os
conservantes são substâncias que têm a finalidade de inibir o crescimento de micro-
organismos e desta maneira, proteger e prolongar a vida útil do produto e garantir a
segurança do consumidor contra contaminações.
Os parabenos são conservantes amplamente utilizados em indústrias
alimentícias, farmacêuticas e de cosméticos devido ao seu baixo custo e à sua
compatibilidade com os excipientes e outras matérias-primas incluídas nas
formulações, conforme De Souza e Junior (2013) e Gomes (2013). Contudo, tais
substâncias apresentam um viés: são os principais causadores de diversas reações
no corpo humano como alergias, dermatites e, de acordo com estudos em
desenvolvimento, possuem risco de carcinogênese e alterações endócrinas
(FRANSWAY et al., 2019).
Ademais, uso diário e a longo prazo de cosméticos que contêm parabenos
necessitam de uma avaliação precisa de conformidade regulamentar uma vez que,
em exposições a grandes quantidades de produtos, podem acarretar em reações
divergentes no organismo (DE SOUZA e JUNIOR, 2013; GOMES, 2013). Logo, torna-
se relevante analisar os níveis de concentração do metilparabeno em lenços
umedecidos para a verificação com a legislação.
Óleos essenciais são misturas de substâncias orgânicas voláteis aplicadas em
larga escala na indústria de cosméticos em virtude de seu potencial como
conservantes naturais (SEBRAE, 2008). Atualmente, a procura por ingredientes
naturais influencia cerca de 90% dos consumidores brasileiros e 80% destes optam
14

por produtos identificados com selos éticos e ambientais, que demonstram sua
sustentabilidade (MATOS e CRUZ, 2019).
Diante disso, o trabalho visa comparar a atuação do conservante
metilparabeno e os óleos de alecrim e canela, um conservante mais sustentável e
natural a fim de demonstrar o potencial de ação microbiana de ambos através da
metodologia de disco de difusão.
15

2. JUSTIFICATIVA
Essa pesquisa tem como tema principal verificar a presença de metilparabeno
em produtos de higiene infantil, especificamente em lenços umedecidos, uma vez que,
a substância demonstra periculosidade para os seres humanos em geral,
principalmente para crianças.
O metilparabeno se trata de um conservante artificial que dentro de seus
diversos efeitos negativos, pode agir como desregulador endócrino, podendo ter
ações semelhantes ao estrogênio, mimetizando hormônios naturais e exógenos,
causando efeitos como disfunção na diferenciação sexual, alteração no tecido
ovariano, com tendência à formação de ovário policístico, que pode provocar câncer
de mama e de colo do útero.
Nesse sentido, a proposta é quantificar o metilparabeno existente nas
amostras, constatar se a substância está dentro dos limites estabelecidos pela
ANVISA e possivelmente estabelecer uma medida de substituição com conservantes
naturais a fim de causar reflexão e exposição dos teores de metilparabeno em lenços
umedecidos relacionados a contaminação infantil.
16

3. ODS (OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL)


A presente averiguação se associa ao Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) número 3 (saúde e bem-estar) que promove a segurança para
todas as pessoas independentemente da idade. Visto que, a intoxicação ocasionada
por parabenos fere a saúde e bem-estar de qualquer pessoa que tenha contato com
a substância, salientando-se a intoxicação infantil que é capaz de prejudicar o
desenvolvimento de crianças e deve ser evitada.
Ademais, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 12
também pode ser referenciado, pois seu foco se trata da Produção e Consumo
Sustentáveis. Ele busca promover ações globais e locais para alcançar uma série de
metas relacionadas à gestão responsável dos recursos naturais, redução do
desperdício de alimentos, manejo adequado de produtos químicos e resíduos,
diminuição da geração de resíduos, promoção de práticas sustentáveis nas empresas
e no setor público, aumento da conscientização sobre desenvolvimento sustentável e
apoio aos países em desenvolvimento na transição para padrões mais sustentáveis
de produção e consumo, Em resumo, o consumo sustentável pode ser relacionado ao
uso do metilparabeno, uma vez que, sua presença está em produtos adquiridos no
cotidiano.
17

4. OBJETIVOS
4.1. OBJETIVO GERAL
Verificar se os lenços umedecidos estão dentro dos padrões de concentração
de metilparabeno estipulados pela ANVISA, cujo critério é conservação do produto e
analisar a eficácia dos óleos de alecrim e canela como um conservante alternativo.

4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO


• Quantificar a concentração de metilparabeno em amostras comerciais de
lenços umedecidos de diferentes marcas;
• Verificar se as concentrações determinadas estão dentro dos limites
estabelecidos pela ANVISA;
• Comparar os resultados obtidos das análises entre as marcas escolhidas;
• Testar a substituição de conservantes químicos por conservantes naturais e
comparar a ação antimicrobiana em relação ao metilparabeno.
18

5. DEFINIÇÃO E APLICAÇÕES DO METILPARABENO


5.1. PARABENOS
Parabenos são caracterizados como conservantes químicos comumente
utilizados em produtos de higiene e cosméticos por apresentarem ações
antibacteriana, antimicrobiana e antifúngica, desse modo, conservando os produtos
por mais tempo e impedindo o desenvolvimento de micro-organismos nocivos
(ARAÚJO, 2019).
Os parabenos são ésteres derivados do ácido-4-hidroxibenzóico (APHB),
sendo os mais utilizados o metilparabeno (MePa), etilparabeno (EtPa), propril e
butilparabenos (PropPa; ButPa). Sua forma física se caracteriza como um sólido
branco que se solubiliza em água e tem um odor específico, além de sua cadeia
carbônica substituinte do éster que é diretamente ligada à sua capacidade de inibição.
A Figura 1 representa a fórmula estrutural geral dos parabenos (ARAÚJO, 2019).

Figura 1: Fórmula estrutural do parabeno

Fonte: Química Nova Interativa (2023)

5.1.1. Metilparabeno
O metilparabeno pertence à família dos parabenos, ou seja, também é utilizado
como conservante em diversos produtos de higiene e cosméticos para impedir o
crescimento de micro-organismos, constantemente escolhido por ser barato e
eficiente. Esse composto, apresenta-se como cristais incolores ou pó cristalino, sem
odor ou com odor próprio, contendo algumas características específicas, como sua
19

solubilidade que pode ser em metanol, etanol, propilenoglicol, óleo de amendoim,


acetona, benzeno, éter, tetracloreto de carbono, glicerol quente, água. A fórmula
estrutural do metilparabeno é representada conforme a Figura 2 (QUERINO, 2018).

Figura 2: Fórmula estrutural do metilparabeno

Fonte: Química Nova Interativa (2023)

5.2. APLICAÇÕES
O metilparabeno é um conservante usado em produtos como cosméticos
(desodorantes, loções, hidratantes, óleos e loções infantis, maquiagens, produtos
para o cabelo, esmaltes, perfumes, tinta para tatuagens e cremes de barbear),
medicamentos e alguns alimentos. Ele atua contra bactérias gram-positivas, leveduras
e fungos e é menos eficaz contra bactérias gram-negativas. O metilparabeno tem boa
estabilidade em diferentes níveis de pH e é solúvel em acetona, álcool etílico, e
metanol e éter etílico. Ele é usado principalmente em produtos à base de água, pois
ajuda a preservar a integridade desses produtos e a prolongar sua vida útil. No
entanto, é importante notar que os parabenos, incluindo o metilparabeno, podem
levantar preocupações de segurança e estão presentes em uma variedade de
produtos de consumo. O metilparabeno comercial é representado conforme a Figura
3 (GALO et al. 2022).
20

Figura 3: Metilparabeno

Fonte: Ely Martins, 2023

5.3. LEGISLAÇÃO
Estudos recentes sobre as reações decorrentes do uso de produtos que
possuem parabenos em sua composição contribuiu para a rejeição de produtos que
contêm esta substância, promovendo o surgimento do termo Paraben free, indicativo
de que o produto em questão é totalmente livre de parabenos. Desta maneira, as
indústrias farmacêuticas e cosméticas se dispuseram a retirar os parabenos de suas
formulações e procurar por outros conservantes substituintes (DEZA e GIMENEZ,
2017).
No Brasil, a RDC n° 528, de 4 de agosto de 2021, lista os limites de conservante
permitidos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Fora do país, a
União europeia também demarca quantidades seguras sobre os parabenos, conforme
o Regulamento (EC) N° 1223/2009. Segundo essas legislações, é permitido o uso de
no máximo 0,4% para cada parabeno, ou seja, o composto individual, e máximo de
0,8% para mistura de sais e ésteres (ANVISA, 2012; UNIÃO EUROPEIA, 2009).
Na Europa, por meio do Comité Científico da Segurança do Consumidor
(SCCS), o Parlamento Europeu estabeleceu a concentração máxima de parabenos
em cosméticos: de 0,4% para um único éster e 0,8% para misturas de metil e
etilparabeno e seus sais; para os ésteres de propil e butilparabeno e seus sais, o limite
estabelecido para a soma das concentrações individuais foi de 0,14%. O uso desses
parabenos em produtos de cuidados pessoais destinados a crianças menores de três
anos foi proibida pelo SCCS (EUROPEAN UNION, 2014).
21

5.4. SAÚDE
Estudos epidemiológicos evidenciam que os parabenos podem estar
associados ao câncer de mama, alergias, dermatites, obesidade e ainda, afetar
negativamente a fertilidade. Estudos toxicológicos mostram que tais conservantes têm
caráter bioacumulativo (LEPPERT et al., 2020).
Segundo estudos de Leppert et al. (2020) a respeito da exposição materna a
produtos que contêm parabenos, esses conservantes têm como meio de entrada no
organismo a via oral e dérmica, podendo ser detectado em urina, sangue e no leite
materno. Seu nível de concentração no corpo humano varia em função do tipo de
parabeno e tempo de exposição ao conservante. Os resultados confirmaram que as
mães que utilizaram produtos com parabenos em sua formulação tiveram três vezes
mais concentrações de metilparabeno, um dos parabenos identificados, em
comparação com as mães que utilizavam produtos sem parabenos.
Além disso, testes laboratoriais realizados por Soni et al. (2001) evidenciam
que o propilparabeno aplicado sobre a superfície de pele de ratos é rapidamente
absorvido pela derme, sendo posteriormente metabolizado e excretado. Relatou-se
ainda reações alérgicas aos parabenos ingeridos. Outrossim, tal processo de
absorção pode ser potencializado por emulsões, substâncias amplamente aplicadas
na indústria de cosméticos, capazes de facilitar a distribuição de parabenos na
interface óleo/água e, assim, aumentar a permeação do produto no corpo humano
(TAVARES e PEDRIALI, 2011).
Portanto, a penetração dérmica dos parabenos é influenciada por seu baixo
peso molecular, sua lipossolubilidade e a presença de etanol na formulação de alguns
cosméticos (JEWELL et al., 2007; MCGRATH, 2007).
É imperioso analisar ainda que certos membros da sociedade são mais
vulneráveis à toxicidade destes conservantes, como grávidas que, após a realização
de alguns estudos, foram detectados que os fetos podem ser expostos aos parabenos
(HAVERY e EVERETT, 2004). Conforme o Comité Científico da Segurança do
Consumidor, ou Scientific Committee on Consumer Safety (SCCS, 2013), os fetos não
nascidos estarão mais protegidos do que os bebês recém-nascidos pela eficiente
inativação sistêmica dos parabenos pela mãe. Segundo Hoppe e Pais, a pele infantil
é mais sensível e suscetível a maior penetração de conservantes devido a imaturidade
das estruturas que a compõe.
22

A partir de dados de Harvey e Everett (2004) os parabenos podem ser


detectados em tecidos de câncer de mama humanos que pode ser ocasionado devido
ao potencial estrogênico destes conservantes. Estudos realizados permitiram a
análise de 20 tumores de mama humanos, apresentando em maiores concentrações
o metilparabeno com 62% do total dos parabenos identificados (DARBRE et al., 2004).
Isso pode ser explicado devido ao seu uso mais comum, sua maior capacidade de
acumulação no tecido adiposo e sua resistência à hidrólise por esterases. Ainda
assim, o metilparabeno é considerado o menos lipofílico e menos estrogênico da
classe dos parabenos (TAVARES e PEDRIALI, 2011).
Segundo o SCCS (2013), acredita-se que os parabenos absorvidos por via
dérmica são excretados em sua forma livre e metabólitos na urina, sendo
metabolizados e conjugados no fígado e em outros órgãos do corpo. A imaturidade de
enzimas metabolizantes de parabenos em recém-nascidos e crianças de até 6 meses
de idade pode influenciar em uma maior disponibilidade e maior tempo de meia-vida
destes conservantes no organismo, visto que os parabenos não conjugados circulam
no corpo humano e não são degradados (SCCS, 2013).
Os parabenos apresentam atividade estrogênica e podem ser considerados
desreguladores endócrinos, que são definidos como uma substância interferente na
ação natural do hormônio no corpo, impactando negativamente a saúde. Tal
característica têm sido relacionada ao aumento da incidência de câncer de mama
(BILA e DEZOTTI, 2007; MORAES et al., 2008).
Nesse sentido, os parabenos são considerados estruturas semelhantes ao
hormônio natural 17β-estradiol, o principal hormônio sexual feminino, possibilitando
sua entrada nas células do tecido mamário e sua interação com o receptor estrogênio,
o que poderia estimular o crescimento celular cancerígeno. No entanto, apesar de se
ligarem a estes receptores, os parabenos são considerados estrogênicos fracos por
possuírem uma menor capacidade de assemelhar-se ao estrogênio em comparação
com outros compostos químicos (TAVARES e PEDRIALI, 2011).
Há hipóteses de que alguns cosméticos que contêm parabenos em sua
formulação química podem acarretar em câncer de mama, em destaque os
antitranspirantes e desodorantes devido ao maior contato com a pele e a sua
reaplicação ao longo do dia, acumulando-se na região axilar e tórax. No entanto, não
há comprovação efetiva de um risco demonstrável para o desenvolvimento do câncer
23

de mama após a utilização destes produtos. Logo, é relevante a realização de novos


estudos para que possa ser esclarecido a relação dos parabenos com o surgimento
do câncer de mama (DARBRE e HARVEY, 2008; SCCP, 2005)
Portanto, além da incidência do câncer de mama, os parabenos também podem
alterar o tecido ovariano, danificar diretamente um órgão endócrino e alterar o
metabolismo de um hormônio (BILA e DEZOTTI, 2007). Em meninos, pode resultar
num aumento do risco de masculinização incompleta, diminuindo a qualidade do
esperma e, em meninas, pode causar o risco de puberdade precoce, desenvolvimento
mamário prematuro que, consequentemente, pode levar ao risco de câncer de mama
(COELHO, 2013). Entretanto, estudiosos apontam a necessidade de desenvolvimento
de novas pesquisas para que possa ser estabelecida, de fato, uma relação entre os
parabenos e o surgimento do câncer de mama, levando em consideração uma gama
de fatores como sua distribuição, absorção, metabolização e excreção (DARBRE e
HARVEY, 2008).

5.5. MÉTODOS QUANTITATIVOS


Entre os métodos que podem ser usados para análises qualitativas e
quantitativas do metilparabeno, estão: a cromatografia em camada delgada,
cromatografia líquida de alta eficiência e a espectrofotometria.
A metodologia utilizada foi a espectrofotometria, também conhecida como
espectroscopia, que é uma técnica utilizada para coletar dados físico-químicos por
meio da análise da transmissão, absorção ou reflexão da energia radiante incidente
em uma amostra, como ilustrado na Figura 4. Existem três principais tipos: a
espectroscopia de absorção, que analisa a quantidade de energia absorvida pela
amostra em relação ao comprimento de onda da radiação incidente, apresentado na
Figura 5; a de emissão, que mede a quantidade de energia emitida por uma amostra;
a espectroscopia de espalhamento, presente na Figura 6, que determina a quantidade
de energia espalhada dispersa pela amostra (PILLING, 2015).
24

Figura 4: Ilustração do funcionamento de um espectrofotômetro.

Fonte: Infoescola, Espectrofotometria (s.d.).

Figura 5: Ilustração da espectroscopia de absorção e de emissão.

Fonte: IQ-USP, Espectroscopia de absorção e emissão atômica (2016).

Figura 6: Ilustração da espectroscopia de espalhamento.

Fonte: Jasco, Princípios de espectroscopia Raman (2020).


25

5.5.1. Espectrofotometria na região do UV-Vis


A espectrofotometria UV-VIS é uma técnica analítica que utiliza medidas de
absorção/transmissão de radiação eletromagnética nas regiões ultravioleta e visível
do espectro, como ilustrado na Figura 7, para determinar a presença e/ou
concentração de um analito de interesse. É uma técnica versátil e amplamente
utilizada em diversas áreas, como química, bioquímica e farmacologia, devido à sua
sensibilidade e seletividade em relação aos compostos analisados (SIQUEIRA, 2018).
A análise simultânea de múltiplos componentes em uma mistura complexa por
meio da espectrofotometria pode ser desafiadora, especialmente quando os
componentes possuem características espectrais semelhantes, como é o caso dos
parabenos. A dificuldade em distinguir sinais sobrepostos é um problema comum em
métodos analíticos, o que inviabiliza uma avaliação quantitativa univariada. Portanto,
métodos de derivação e calibração multivariada têm um papel importante na resolução
desses problemas, permitindo a análise de multicomponentes em uma mistura
(GONÇALVES, 2018).

Figura 7: Ilustração do espectro eletromagnético.

Fonte: Medium, Espectro Eletromagnético (s.d.).


26

6. DEFINIÇÃO E APLICAÇÕES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS


6.1. ÓLEOS ESSENCIAIS
O termo "óleo essencial" se refere a substâncias aromáticas que têm
normalmente um odor agradável e forte, e são encontradas em diversas partes das
plantas, geralmente na forma líquida. Os óleos essenciais derivados vegetais
são comumente usados em função as suas propriedades, portanto, se tornam uma
alternativa conservante aos agentes sintéticos. Apesar dos óleos apresentarem um
potencial antimicrobiano, devem ser utilizados com cautela, pois produzem reações
de hipersensibilidade que incluem foto-alergias, caso sejam aplicados topicamente
(sobre a pele) (MARCHIORI, 2004).
Os óleos essenciais têm propriedades antimicrobianas devido à sua
capacidade de atravessar as membranas das bactérias por sua natureza hidrofóbica.
Isso resulta na perda de íons das células bacterianas, reduzindo sua capacidade de
proteção. Ademais, os óleos essenciais podem prejudicar o funcionamento das
bombas de prótons e reduzir o fornecimento de energia (ATP) dentro das bactérias.
Isso pode causar danos às proteínas, gorduras e estruturas celulares das bactérias,
levando à morte celular (PESAVENTO et al., 2015).

6.1.1. Óleo essencial de alecrim


O alecrim, uma planta da família das Labiadas, cresce naturalmente em
terrenos costeiros rochosos e arenosos ao redor do Mar Mediterrâneo, incluindo
países como Espanha, Itália, Grécia, norte da África e na região da Dalmácia,
compartilhada pela Hungria e Áustria. No Brasil, é conhecido por vários nomes, como
alecrim-de-cheiro, alecrim comum, alecrim-de-jardim e alecrim-da-horta. As folhas e
caules possuem pelos glandulares que produzem seu óleo essencial, cuja qualidade
está associada à localização geográfica, condições do solo, clima, altitude, exposição
solar e época da colheita, influenciando em suas propriedades. O alecrim em sua
forma vegetal é representado conforme a Figura 8 (MARCHIORI, 2004).
27

Figura 8: Alecrim (Rosmarinus officinalis).

Fonte: Flores e folhagens, 2023.

A planta do alecrim (Rosmarinus officinalis) contém algumas substâncias


específicas que contribuem para suas propriedades terapêuticas e antioxidantes,
como ácidos (cítrico, glicólico, glicérico), compostos flavonoides, princípios amargos
(carminativos e eupépticos), nicotinamida, vitamina C, saponina, colina, um
diterpenoide chamado ácido carnosólico, triterpenoides diversos (α e β-amirinas, epi-
α-amirina, betulina, β-sitosterina e derivados dos ácidos ursólicos e oleanólicos), um
alcaloide (rosmaricina), o ácido rosmarínico, alguns compostos como pineno, confeno,
1,8-cineol, monoterpenos (borneol, limoneno), acetato de bornila, cânfora, diterpenos
(carnosol, rosmanol), lineol, flavonoides e saponina. A fórmula estrutural dos principais
componentes do óleo essencial de alecrim pode ser observada na Figura 9
(BOTSARIS, 1995).

Figura 9: Fórmula estrutural dos principais componentes do óleo de alecrim.

Fonte: Alaíse Gil Guimaraes, 2023.


28

Em relação a capacidade antimicrobiana do óleo essencial de alecrim,


pesquisas têm indicado sua eficácia contra diversos microrganismos patogênicos,
tanto bactérias Gram-positivas quanto Gram-negativas. Isso se deve à capacidade
dos compostos hidrofóbicos presentes nos óleos essenciais de romper as membranas
das bactérias Gram-negativas, alterando sua permeabilidade que leva à morte celular.
O óleo essencial de alecrim é representado conforme a Figura 10 (BARRETO, 2014).

Figura 10: Óleo essencial de alecrim

Fonte: Namana, 2023.

6.1.2. Óleo essencial de canela


O óleo essencial de canela é extraído da casca ou das folhas de árvores como
Cinnamomum verum e Cinnamomum cassia. Normalmente, a variedade mais comum
comercialmente é proveniente da árvore de canela-cássia. A canela-do-ceilão,
derivada do Cinnamomum verum, é mais cara e conhecida como "canela verdadeira".
Ambas as variantes contêm compostos benéficos, como o cinamaldeído e o eugenol,
que contribuem para seus benefícios à saúde (SYED et al, 2015).
Entre as principais aplicações do óleo essencial de canela estão a aromaterapia
por suas propriedades relaxantes, embora seu uso nesse contexto não tenha sido
extensivamente estudado. Suas notáveis propriedades antibacterianas são
reconhecidas por combaterem bactérias como a Pseudomonas aeruginosa,
contribuindo para a saúde bucal ao combater organismos responsáveis por infecções
orais e cáries. Além disso, sua eficácia desinfetante permite seu uso como
conservante natural em cosméticos e desinfetantes hospitalares. Apesar da falta de
29

evidências científicas sobre o crescimento capilar em humanos, estudos em ratos


indicam um potencial aumento na espessura e crescimento dos pelos, sugerindo
possíveis benefícios para a saúde capilar. A Figura 11 exibe o óleo essencial de
canela (SYED et al, 2015).

Figura 11: Óleo essencial de canela.

Fonte: Império das essências, 2023.

6.2. EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL


Existem diversas técnicas para a realização da extração de óleos essenciais
de cascas e folhas de plantas aromáticas. Entre estes métodos estão: extração por
solventes orgânicos, hidrodestilação, destilação por vapor e a extração por fluido
supercrítico. O termo hidrodestilação se aplica para extrações com o uso de água,
entretanto atualmente é utilizado para qualquer extração que use água, vapor ou
ambos. As extrações mais comuns são feitas com destilação a vapor e por extração
com solventes orgânicos, com o uso de um extrator. As extrações resultam em
concentrações baixas de óleo. A Figura 12 exibe a vidraria usada para extração de
óleo essencial (ROSSATTO, DUREGGER e NASCIMENTO, 2016).
30

Figura 12: extração com solventes orgânicos

Fonte: Prepara ENEM, 2023.

6.2.1. Destilação por arraste a vapor


Para realizar a extração com o método de arraste a vapor, são necessários dois
balões de destilação, onde um será usado como caldeira, gerando o vapor e o outro
acomodara a matéria prima (folhas ou cascas). Estes balões serão conectados um ao
outro aplicado uma injeção de vapor constante no segundo balão, que estará
vinculado a um condensador refrigerado com água em temperatura ambiente, o final
do circuito terá acoplado um funil separador para garantir a cisão entre água e óleo
essencial. A Figura 13 demonstra como é realizada a destilação por arraste a vapor
(SARTOR, 2009).

Figura 13: Destilação por arraste a vapor

Fonte: Apostila de práticas, 2016.


31

6.3. CULTIVO DE BACTÉRIAS


O cultivo de bactéria em laboratório, cultivo sintético, é um método utilizado na
microbiologia, para identificar e analisar os organismos não visíveis a olho nu, mesmo
que em raras exceções algumas de suas fases de crescimento cheguem a tamanhos
macroscópicos, ou seja, aqueles que são visíveis sem utilizar microscópio
(NASCIMENTO, 2012).
O cultivo sintético desses organismos exige uma variedade de substâncias
nutritivas capazes de promover o seu crescimento, esses nutrientes lhes são
fornecidos através de peptona, caldo nutritivo ou ágar sólido, que são os meios de
cultura mais usados em laboratório. Os tipos de semeadura das bactérias consistem
em: semeaduras em meio sólido, feitas em placa de Petri ou em tubos de ensaio e
semeaduras em meio líquido, feitas em tubo de ensaio (NASCIMENTO, 2012).

6.3.1. Semeadura em meio sólido em placa


Esta forma de cultivo é utilizada para microrganismos de amostras clínicas
(nariz, garganta e língua) ou para superfícies que possuem baixa concentração de
material. A técnica consiste em colher a amostra com um swab (haste flexível com
ponta de algodão) estéril e em seguida depor o material recém-colhido sobre um ponto
da superfície do meio sólido em placa de Petri, depois espalhá-lo na forma de estrias,
para obter quantidades gradativamente menores da amostra. Depois do crescimento
a contagem dos microrganismos é realizada pela contagem de colônias na placa. A
Figura 14 apresenta uma semeadura em meio sólido (PAGNOCCA e SETTE, 2012).

Figura 14: Semeadura em meio sólido.

Fonte: Agência Universitária de Notícias (USP).


32

7. MATERIAL E MÉTODO
7.1. MATERIAL
7.1.1. Reagentes
• Ácido Acético P.A. (CH3COOH)
• Metanol P.A. (CH3OH)
• Metilparabeno P.A. (C8H8O3)
• Óleo essencial de alecrim 100% (comercial)
• Óleo essencial de canela 100% (comercial)
• Óleo mineral
• Agar PCA (Plate Count Agar)
• Água destilada
• Água destilada estéril.

7.1.2. Vidrarias
• Balões volumétricos de 10, 50, 100 mL
• Cubetas de quartzo de 1,0 cm
• Béquer de 50 mL;
• Funil de vidro;
• Pipetas volumétrica de 1, 2, 20 e 25 mL
• Pipeta graduada de 5 mL
• Placas de Petri (20 unidades).

7.1.3. Equipamentos
• Balões volumétricos de 10, 50, 100 mL
• Cubetas de quartzo de 1,0 cm
• Béquer de 50 mL;
• Funil de vidro;
• Pipetas volumétrica de 1, 2, 20 e 25 mL
• Pipeta graduada de 5 mL
• Placas de Petri (20 unidades).
33

7.1.4. Amostras
• Lenços umedecidos;
• Lenços biodegradáveis.

7.2. METODOLOGIA EMPREGADA (QUANTIFICAÇÃO)


7.2.1. Determinação do critério para escolha de amostras
O primeiro critério escolhido foi o nível de consumo, maior, mediano e menor.
O segundo critério foi a amostragem, dois lenços de marcas diferentes para cada faixa
de preço. O terceiro foi uma exigência, quatro lenços deveriam conter somente o
metilparabeno e os outros dois poderiam ter dois ou mais parabenos (MP e outros).
Todos os critérios de escolha das amostras foram retratados na Tabela 1.

Tabela 1: Preparo de soluções

Marca Consumo Somente Metilparabeno Dois ou mais parabenos


A Menor - Sim
B Menor Sim -
C Mediano - Sim
D Mediano Sim -
E Maior Sim -
F Maior Sim -
Fonte: Autoria própria.

7.2.2. Preparo da solução estoque e diluições para varredura e curvas


a) Em balança analítica, pesou-se 0,0158 g de metilparabeno P.A. e adicionou-se
aproximadamente 10 mL de metanol P.A. para dissolução;
b) Transferiu-se a mistura para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se
com metanol P.A.;
c) Diluiu-se a solução estoque, volumétricamente, 10 vezes;
d) Partindo-se da solução feita, em cinco balões volumétricos de 10 mL, foram
realizadas diluições como indicado na Tabela 2;
e) Completou-se os balões com metanol P.A.;
34

f) Utilizou-se o Fluxograma 1 para acompanhar o procedimento.

Tabela 2: Preparo das diluições para curva padrão do metilparabeno

Identificação dos Alíquota de solução


Concentração (ppm)
balões estoque (mL)

1 0,5 0,158
2 1,0 0,316
3 1,5 0,474
4 2,0 0,632
5 2,5 0,790
Fonte: Autoria Própria (2023).

Fluxograma 1: Preparo da solução estoque e diluições.

Fonte: Autoria própria


35

7.2.3. Varredura e curva-padrão


a) Foram separadas seis cubetas de quartzo;
b) Em uma das cubetas foi adicionado apenas metanol (branco) e em outra
adicionou-se a diluição 5;
c) Levou-se para espectrofotômetro e realizou-se a varredura, no intervalo de
comprimento de 200 a 780 nm;
d) Transferiu-se as diluições de 1 a 4 para as cubetas e levou-se para
espectrofotômetro, juntamente com o branco (metanol) e a 5;
e) Zerou-se o equipamento com o branco e realizou-se a leitura de absorbância
em triplicata no comprimento obtido pós varredura (256 nm);
f) Os dados obtidos foram armazenados para plotagem das curvas-padrão (para
utilizar a equação da reta no cálculo de concentração de metilparabeno nas
amostras);
g) Utilizou-se o Fluxograma 2 para acompanhar o procedimento.

Fluxograma 2: Varredura e curva padrão.

Fonte: Autoria Própria (2023).


36

7.2.4. Preparo das amostras de lenço umedecido


a) Preparou-se uma solução aquosa de ácido acético 1 % (v/v);
b) Solução aquosa de metanol 25 % (v/v);
c) Os seguintes passos foram realizados seis vezes, uma para cada lenço
umedecido comprado;
d) Pesou-se uma unidade de lenço em um béquer de 50 mL;
e) Adicionou-se 20 mL de cada uma das soluções preparadas (Ácido acético 1 %
e metanol 25 %);
f) Levou-se a mistura para agitador magnético por 5 minutos;
g) Realizou-se uma filtração simples;
h) Transferiu-se a solução filtrada para um balão de 50 mL e completou-se com a
solução de ácido acético;
i) Verificou-se o pH das amostras das amostras que foram levadas para os balões
de 50 mL, estavam com pH ácido, variando de 3 a 5;
j) Reservou-se as amostras para leitura de absorbância em espectrofotômetro
UV/Vis;
k) Repetiu-se o experimento com cada amostra de lenço umedecido selecionada;
l) Utilizou-se o Fluxograma 3 para acompanhar o procedimento.
37

Fluxograma 3: Preparo das amostras de lenço umedecido.

Fonte: Autoria própria (2023).

7.2.5. Leitura de absorbância das amostras


a) Transferiu-se a amostra para uma cubeta de quartzo e usou-se apenas metanol
como branco;
b) Levou-se para espectrofotômetro, selecionou-se a leitura em 256 nm e leu-se
em triplicata;
c) Repetiu-se o experimento com cada amostra preparada;
d) Utilizou-se o Fluxograma 4 para acompanhar o procedimento.
38

Fluxograma 4: Leitura de absorbância das amostras.

Fonte: Autoria própria (2023).

7.2.6. Teste de recuperação


a) Selecionou-se um dos pontos da curva média e uma amostra de lenço;
b) Fez-se a leitura de absorbância de cada um individualmente;
c) Em um balão de 10 mL, adicionou-se 1 mL da solução do ponto escolhido e
completou-se com a solução da amostra de lenço;
d) Realizou-se a leitura de absorbância da nova solução;
e) Utilizou-se o Fluxograma 5 para acompanhar o procedimento.

Fluxograma 5: Teste de recuperação

Fonte: Autoria própria (2023).


39

7.3. METODOLOGIA EMPREGADA (MICROBIOLOGIA)


7.3.1. Escolha dos óleos e amostras
a) Os dois óleos, de Canela e Alecrim, foram escolhidos por suas capacidades
antibacterianas e por serem utilizados na indústria como conservantes;
b) Para a amostra de lenço umedecido comercial, selecionou um dos lenços
analisados (embalagem lacrada);
c) Lenços biodegradáveis foram selecionados para serem “contaminados” com
os óleos e metilparabeno, pois não possuem conservantes em sua
composição;
d) Na Tabela 3 é possível visualizar a separação das amostras.

Tabela 3: Amostragem

Solvente
Tipo de lenço Grupo Conservante
Comercial Controle positivo Metilparabeno Óleo mineral

Biodegradável Controle negativo - Óleo mineral


Óleo essencial
Biodegradável Experimental Alecrim de alecrim a Óleo mineral
1,5%
Óleo essencial
Biodegradável Experimental Canela de canela a Óleo mineral
1,5%

Experimental Metilparabeno Óleo mineral


Biodegradável
Metilparabeno 0,01 mg/mL
Fonte: Autoria Própria (2023).

7.3.2. Contagem de micro-organismos mesófilos totais


7.3.2.1. Preparo do meio de cultura
a) Pesou-se em balança técnica 9,4 g de Agar de Contagem de Placa (PCA);
b) Adicionou-se, aproximadamente, 400 mL de água destilada e homogeneizou-
se;
c) Tampou-se com papel alumínio e levou-se para a autoclave à 121°C por 15
minutos.

7.3.2.2. Preparo das placas de Petri


a) Separou-se 15 placas de Petri;
40

b) Próximo ao bico de Bunsen, abriu-se as placas e derramou-se cerca de 20


mL do meio de cultura autoclavado;
c) Verificou-se se o meio de cultura estava cobrindo o fundo das placas;
d) As placas foram tampadas e deixadas em cima da bancada para que
pudessem esfriar em temperatura ambiente;
e) Assim que as placas se solidificaram, foram viradas de ponta cabeça e
armazenadas corretamente para inoculações posteriores;
f) O procedimento foi acompanhado pelo Fluxograma 6.

Fluxograma 6: Preparo das placas de Petri.

Fonte: Autoria Própria (2023).

7.3.2.3. Preparo das amostras


a) Lenço umedecido comercial: retirou-se uma unidade do lenço escolhido e
reservou;
b) Lenço biodegradável: separou-se 4 unidades e colocou-se em água destilada
estéril;
41

c) Cortou-se todos os lenços (umedecido comercial e biodegradável) em


quadrados de 5 cm x 5 cm;
d) Pipetou-se 150 µL (0,15 mL) de ambos os óleos (alecrim e canela), transferiu-
se para béqueres, adicionou-se 10 mL de óleo mineral e reservou;
e) Pesou-se 0,1 mg de metilparabeno P.A. e dissolveu-se em 10 mL de óleo
mineral;
f) Adicionou-se, sob agitação, cerca de 40 mL de água destilada estéril em cada
béquer (óleo de alecrim, canela e mp);
g) Pegou-se 3 quadrados do lenço biodegradável e realizou-se a imersão nas
soluções de óleo de alecrim, de canela e metilparabeno (um em cada);
h) Armazenou-se as 5 amostras em local fresco e arejado para contagem
durante 1 semana;
i) O procedimento foi acompanhado pelo Fluxograma 7.

Fluxograma 7: Preparo das amostras.

Fonte: Autoria Própria (2023).


42

7.3.2.4. Inoculação com swab e contagem de microrganismos


a) Procedimento realizado próximo ao bico de Bunsen;
b) Separou-se 5 placas com meio de cultura;
c) Com uma das mãos abriu-se uma placa próximo a chama do bico e com a
outra mergulhou-se o swab (cotonete estéril) em água destilada e passou-se
em uma das amostras;
d) Realizou-se estrias na placa com o swab;
e) Repetiu-se o experimento para cada uma das amostras e levou-se para
estufa à 35 ºC por 48 horas;
f) Após o período de 48 horas, realizou-se a contagem e identificação dos
microrganismos que cresceram nas placas.
g) O procedimento foi acompanhado pelo Fluxograma 8.

Obs.: Foram realizadas 3 inoculações durante uma semana, como indicado na


Tabela 4, durante os intervalos entre as semeaduras, as amostras de lenços foram
armazenadas em local fresco e arejado.
43

Fluxograma 8: Inoculação com swab e contagem de microrganismos

Fonte: Autoria Própria (2023).

Tabela 4: Datas das inoculações

Datas das inoculações


Dia 1 24/out
Dia 2 27/out
Dia 3 30/out
Fonte: Autoria Própria (2023).
44

7. RESULTADOS
7.1. VARREDURA E CURVAS
Após varredura do metilparabeno, obteve-se o melhor pico em 256 nm,
conforme Gráfico 1.

Gráfico 1: Varredura do metilparabeno.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Após leitura de absorbância em triplicata, obteve-se os dados da Tabela 5, para


plotagem posterior das curvas.

Tabela 5: Dados de absorbância

Amostra Absorbância Média


A 0,216 0,216 0,216 0,216
B 0,226 0,225 0,226 0,226
C 0,266 0,266 0,265 0,266
D 0,274 0,274 0,274 0,274
E 0,564 0,564 0,565 0,564
F 0,451 0,451 0,451 0,451
Fonte: Autoria Própria (2023).
45

A partir da leitura em triplicata das diluições da solução de metilparabeno,


plotou-se as curvas padrão, Gráfico 2, 3 e 4.

Gráfico 2: Curva padrão 1.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Gráfico 3: Curva padrão 2.

Fonte: Autoria Própria (2023).


46

Gráfico 4: Curva padrão 3.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Com os dados das curvas 1, 2 e 3, plotou-se a curva média, Gráfico 5.

Gráfico 5: Curva média.

Fonte: Autoria Própria (2023).


47

7.2. TABELAS
7.2.1. Quantificação do metilparabeno
A partir dos coeficientes angulares e lineares das curvas padrão, calculou-se a
média e o desvio padrão, Tabela 6, para cálculo de LD e LQ, Tabela 7.

Tabela 6: Média e desvio padrão dos coeficientes da reta.

Média Desvio Padrão


Coeficiente Angular 1,084 0,015
Coeficiente Linear -0,007 0,010
Fonte: Autoria Própria (2023).

Tabela 7: Resultados de LD e LQ.

LD (ppm) 0,027
LQ (ppm) 0,090
Fonte: Autoria Própria (2023).

Utilizando as absorbâncias das amostras, encaixou-se na equação da reta da


curva média, Figura 15, descobriu-se a concentração em ppm e multiplicou-se pelo
fator de diluição (apenas para as amostras que tiveram que ser diluídas).

Figura 15: Equação da reta utilizada para cálculo de concentração.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Partindo-se das concentrações em ppm encontradas, calculou-se a concentração


em porcentagem por pacote, representação do cálculo na Figura 16 e comparou-se
com o permitido, Tabela 8.
48

Figura 16: Cálculo para descobrir a concentração de parabenos nas amostras.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Tabela 8: Resultados das concentrações de parabenos nas amostras.

Concentração
Concentração de Concentração
Amostra Consumo máxima permitida
MP (ppm) por pacote (%)
(%)
A Menor 0,206 0,109 0,8
B Menor 0,215 0,054 0,4
C Mediano 0,252 0,118 0,8
D Mediano 0,260 0,189 0,4
E Maior 0,528 0,084 0,4
F Maior 0,423 0,209 0,4
Fonte: Autoria Própria (2023).

Após a obtenção dos dados do teste de recuperação, realizou-se os cálculos


para comparar com a recuperação média permitida, resultados na Tabela 9.

Tabela 9: Dados e resultado do teste de recuperação.

Concentração Concentração Concentração Recuperado Recuperação


com adição (ppm) sem adição (ppm) adicionada (ppm) (%) média (%)
0,416 0,123 0,316 92,722 80 - 110
Fonte: Autoria Própria (2023).
49

7.2.2. Teste de ação antimicrobiana


Tabelas 10, 11, 12 e 13 apresentam resultados qualitativos do teste de ação
antimicrobiana, com as características morfológicas dos microrganismos encontrados
nas placas.

Tabela 10: Características morfológicas das bactérias na 1ª semeadura.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Tabela 11: Características morfológicas das bactérias na 2ª semeadura.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Tabela 12: Características morfológicas das bactérias na 3ª semeadura.

Fonte: Autoria Própria (2023).


50

Tabela 13: Características morfológicas dos fungos na 2ª semeadura.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Tabelas 14, 15 e 16 apresentam resultados quantitativos do teste de ação


antimicrobiana, quantidade de microrganismos encontrados em contagem UFC/cm²
(Unidades Formadoras de Colônias por cm²).

Tabela 14: Dados das contagens dos microrganismos na 1ª semeadura.

Contagem das colônias (24/10)


Lenços (Composição) Colônias Totais UFC/cm²
Sem conservantes 8 0,32
Com metilparabeno 3 0,12
Com óleo essencial de canela 2 0,08
Com óleo essencial de alecrim 1 0,04
Comercial - -
Fonte: Autoria Própria (2023).

Tabela 15: Dados das contagens dos microrganismos na 2ª semeadura.

Contagem das colônias (27/10)


Lenços (Composição) Colônias Totais UFC/cm²
Sem conservantes 67 2,68
Com metilparabeno 50 2,00
Com óleo essencial de canela 5 0,20
Com óleo essencial de alecrim 4 0,16
Comercial 61 2,44
Fonte: Autoria Própria (2023).
51

Tabela 16: Dados das contagens dos microrganismos na 3ª semeadura.

Contagem das colônias (30/10)


Lenços (Composição) Colônias Totais UFC/cm²
Sem conservantes 104 13,64
Com metilparabeno 341 9,44
Com óleo essencial de canela 20 0,80
Com óleo essencial de alecrim 30 1,20
Comercial 236 4,16
Fonte: Autoria Própria (2023).

Gráficos 6, 7, 8, 9 e 10 ilustram o crescimento dos microrganismos nos lenços


de acordo com o tempo. O gráfico 11 apresenta a comparação entre todos os lenços.

Gráfico 6: Crescimento de microrganismos, lenço sem conservantes.

Fonte: Autoria Própria (2023).


52

Gráfico 7: Crescimento de microrganismos, lenço com mp.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Gráfico 8: Crescimento de microrganismos, lenço com óleo de canela.

Fonte: Autoria Própria (2023).


53

Gráfico 9: Crescimento de microrganismos, lenço com óleo de alecrim.

Fonte: Autoria Própria (2023).

Gráfico 10: Crescimento de microrganismos no lenço umedecido comercial.

Fonte: Autoria Própria (2023).


54

Gráfico 11: Comparação de crescimento de microrganismos.

Fonte: Autoria Própria (2023).


55

8. DISCUSSÃO
Os resultados de LD e LQ demonstraram confiabilidade para os dados obtidos,
visto que, eles se encontravam acima do limite mínimo de detecção e quantificação.
As curvas obtiveram coeficientes de determinação adequados, próximos a 1,
garantindo linearidade.
Após leitura de absorbância das amostras, utilizou-se a equação da reta da
curva média para descobrir a concentração de metilparabeno. As concentrações
obtidas foram abaixo do limite estabelecido pela ANVISA (0,4% para um parabeno e
0,8% para dois ou mais), sendo assim, todos os lenços analisados atendem a
regulamentação.
Para a avaliação da ação antimicrobiana dos óleos de alecrim e canela, foi
realizado o cultivo das bactérias nas amostras de lenços umedecidos, comparando
com o lenço umedecido comercial, o lenço produzido apenas com metilparabeno, com
óleo essencial de canela, com óleo essencial de alecrim e um lenço sem
conservantes.
Os resultados obtidos nas duas primeiras contagens de bactérias foram
satisfatórios, os óleos essenciais demonstraram eficácia como substituinte do
metilparabeno em lenços umedecidos. Porém na terceira contagem houve erros
técnicos inviabilizando a confiabilidade da placa, pois era necessário uma permanecia
de 48 horas em estufa e não foi possível concluir o período exato que placa sob
aquecimento.
56

9. CONCLUSÃO
Conclui-se que esta pesquisa sobre a quantificação de metilparabeno em
lenços umedecidos e o teste dos óleos essenciais de alecrim e canela como
conservantes alternativo, foi satisfatória.
A conformidade com as regulamentações da vigilância sanitária é essencial
para garantir a segurança e a qualidade dos produtos que são diariamente
consumidos. Deste modo, através do uso da espectrofotometria UV/Vis, um método
analítico preciso, conseguimos validar que os lenços umedecidos estão dentro dos
padrões estabelecidos pela legislação.
Os óleos essenciais analisados apresentaram eficácia, favorecendo assim o
seu uso como substituinte para o metilparabeno no mercado, visto que os óleos
essenciais apresentaram resultados melhores que o próprio metilparabeno,
demonstrando confiabilidade para a validade do produto e a saúde do consumidor.
Esses resultados conformes apresentam o compromisso da indústria ao
fornecer produtos seguros, mas também reforçam a importância de métodos
analíticos confiáveis na verificação da qualidade dos produtos cosméticos.
Em resumo, este estudo demonstrou que os lenços umedecidos estão em
conformidade com as regulamentações, reforçando a qualidade desses produtos, o
que é de extrema importância para os fabricantes e os consumidores e que os óleos
essenciais de alecrim e canela tiveram ação conservante, mostrando que podem ser
alternativas mais seguras e natural.
.
57

10. PERSPECTIVAS
Como perspectivas futuras, deixamos a recomendação de testes quantitativos
utilizando a Cromatografia de Camada Delgada para fins de contrapor o método
espectrofotométrico, a comparação de quantidade de metilparabeno em lenços
úmidos e lenços secos através de um procedimento anterior de secagem, inoculação
microbiológica em meio líquido para comparação de quantidade de microrganismos
permitida pela ANVISA em cosméticos, análises da capacidade antimicrobiana dos
óleos essenciais de canela e alecrim e do metilparabeno especificamente contra
fungos e aferição da capacidade microbiológica de outros óleos essenciais que
possam ser usados como alternativa ao metilparabeno.
58

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