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a CURSO: Importagao e Exportacao @ eS BLOCO TEMATICO: PROFESSOR(A): Edgar Teéfilo Paré ALUNO(A): Seg domo DES COATED —— TURNO: Ko;te pata: Q/ / 03/2012 Declaracaio Simplificada de Exportacao (DSE) Também com a finalidade de simplificar e facilitar © processamento de operacdes de até US$ 10,000,00, foi regulamentada, pela Instrugéo Normativa da Secretaria da Receita Federal n° 155, de 22.12.99, a Declaragéo Simplificada de Exportacdo (DSE). Esta deverd ser preenchida pelo exportador, por intermédio de computador conectado ao SISCOMEX. Todas as exportagées feltas por DSE podem ser pagas por meio de cartao de crédito internacional ou de Boleto de Compra e Venda de Moeda Estrangeira. Na DSE deverdo ser fornecidos, entre autros, os seguintes dados: ~ identificacao do exportador (ntimero de inscrigdo do exportador no CNPJ ou no CNPF); ~ tipo de exportador (se pessoa fisica ou juridica); ~ via de transporte (maritima, rodoviadria, etc.); ~ identificacao do veiculo transportador; ~ peso bruto das mercadorias; ~ peso liquido da mercadoria; ~ valor total das mercadorias, em reais; ~ dlassificagao do produto na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM); ~ valor de acordo com condigao de venda, na moeda negociada (Incoterms); - descricao complementar da mercadoria exportada. A DSE serd utilizada no despacho aduaneiro de bens: - exportados por pessoa fisica, com ou sem cobertura cambial, até o limite de US$ 10.000,00; ~ exportados por pessoa juridica, com ou sem cobertura cambial, até o limite de US$ 10,000,00; ~ exportados, a titulo de ajuda humanitaria, em casos de guerra ou calamidade publica; = exportados sob 0 regime de exportagéo temporaria, para posterior retorno ao Brasil nas mesmas condigées, ou apés conserto, reparo ou restauracao; > Feexportados de acordo com a Instrugéo Normativa 150 da Secretaria da Receita Federal (SRF), que disp6e sobre o regime de admiss’io tempordria de bens procedentes do exterior; > que devem ser devolvidos ao exterior, conforme estabelecido no Art. 30, inciso VI, da Instrugaio Normativa 155 da SRF ; ~ contides em remessa postal internacional, até o limite de US$ 10.000,00; - contidos em encomenda aérea internacional, até o limite de US$ 10.000,00, transportados por empresa de transporte internacional expresso porta a porta; e ~ integrantes de bagagem desacompanhada. Registro da DSE: A DSE sera registrada por solicitacao do exportador, mediante numeragéo automatica Unica, seqilencial e nacional (reiniciada a cada ano) pelo SISCOMEX. Sera admitido 0 registro de DSE pelo correio ou por intermédio de empresa de transporte internacional expresso, quando se tratar de remessa postal internacional, até o limite de US$ 10.000,00 ou o equivalente em outra moeda, e de encomenda aérea, igualmente até o limite de US$ 10.000,00 ou o equivalente em outra moeda. Para Caso nao tenha sido registrada no prazo de quinze dias, a DSE sera cancelada automaticamente. Quando se tratar de exportacao eventual realizada por pessoa fisica, a DSE podera ser elaborada por servidor da Secretaria da Receita Federal lotado na unidade onde sera processado 0 despacho aduaneiro Documentos necessarios para a DSE: Serdo necessérios os seguintes documentos, os quais deverdo ser mantidos pelo exportador por cinco anos, para eventual apresentagio a fiscalizacao aduaneira: ~ primeira via da Nota Fiscal, quando for o caso; ~ via original do Conhecimento de Carga ou documento equivalente nas exportagdes por via terrestre, fluvial ou lacustre; outros documentos, indicados em legislacao especifica. A DSE sera submetida ao médulo de seleciio parametrizada do SISCOMEX, e a selecdo para conferéncia seguir os critérios estabelecidos pela Coordenacio - Geral do Sistema Aduaneiro (COANA) e pela unidade local da SRF. ‘A mercadoria cuja DSE, registrada no SISCOMEX, tenha sido selecionada para o canal verde de conferéncia aduaneira sera desembaracada mediante procedimento automatico do SISCOMEX, A mercadoria cuja Declaracao tenha sido selecionada para o canal vermelho ser conferida e registrada no SISCOMEX pelo Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF). Averbacéo_do Embarque: o sistema averbaré automaticamente os despachos aduaneiros. No caso de eventuais divergéncias de informacées, a averbacdo sera realizada pelo AFRF, aps as devidas correcdes. © Comprovante de Exportacao sera emitido pelo SISCOMEX. ORGAOS COM ATUACAO NO COMERCIO EXTERIOR Conselho Monetario Nacional (CMN) © Conselho Monetario Nacional (CMN), criado pela Lei 4.595, de 31.12.64, é a entidade normativa superior do sistema financeiro nacional, responsavel pela fixagio das diretrizes da Politica monetaria, crediticia e cambial do Pais. © Banco Central do Brasil (www.bcb.gov.br) exerce as funcdes de Secretaria Executiva do Conselho. Camara de Comércio Exterior (CAMEX) A Camara de Comércio Exterior (CAMEX), érgao integrante do Conselho de Governo, foi criada em 1995, pelo Decreto ntimero 1.386, de 6 de fevereiro, com o objetivo de formular as politicas e coordenar as atividades relativas ao comércio exterior de bens e servicos. Em 8 de setembro de 1998, foi criado, no ambito da CAMEX, o Programa Especial de Exportagées (PEE), que hoje ¢ integrado por 15 geréncias tematicas, 59 geréncias de setores Produtivos e 18 setores de servicos. Os objetivos do Programa so os de estabelecer a interface entre 0 setor produtivo e érgaos governamentais, visando a aperfeicoar os instrumentos de comércio exterior, e 0 de mobilizar os exportadores por meio de suas entidades de classe. Segundo 0 Decreto n° 4.732, de 10.6.2003, compete a CAMEX: ~ definir diretrizes e procedimentos relativos a implementagao da politica de comércio exterior, visando a insercao competitiva do Brasil na economia internacional; ~ coordenar e orientar as acées dos drgaos que possuem competéncias na drea de comércio exterior; = definir, no 2mbito das atividades de exportagdo e de importacdo, diretrizes e orientacées sobre normas e procedimentos, para os seguintes temas, observada a reserva legal: a) racionalizacao e simplificacao do sistema administrativo; b) habilitagao e credenciamento de empresas para a pratica de comércio exterior; ) nomenclatura de mercadoria; d) conceituagao de exportacao e de importacio; €) classificagao e padronizacao de produtos; f) marcagao e rotulagem de mercadoria; e 49) regras de origem e procedéncia de mercadorias. ~ estabelecer as diretrizes para as negociagées de acordos e convénios relativos ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral; ~ orientar a politica aduaneira, observada a competéncia especifica do Ministério da Fazenda; ~ formular diretrizes basicas da politica tarifaria na importacio e exportacdo; ~ estabelecer diretrizes e medidas dirigidas a simplificacio e racionalizacio do comércio exterior; ~ estabelecer diretrizes e procedimentos para investigacGes relativas a praticas desleais de comércio exterior; ~ fixar diretrizes para politica de financiamento das exportacées de bens e servicos, bem como para a cobertura dos riscos de operacées a prazo, inclusive as relativas ao seguro de crédito as exportagées; ~ fixar diretrizes e coordenar as politicas de promogdo de mercadorias e de servigos no exterior e de informagao comercial; - opinar sobre politicas de frete e transporte internacionais, portudrios, aeroportudrios e de fronteiras, visando & sua adaptacdo aos objetivos da politica de comércio exterior e ao aprimoramento da concorréncia; ~ orientar politicas de incentivo a melhoria dos servicos portuérios, aeroportudrios, de transporte e de turismo, com vistas a0 incremento das exportacdes e da prestacdo desses servicos a usuarios oriundos do exterior; ~ fixar as aliquotas do imposto de exportagio, respeitadas as condigées estabelecidas no Decreto-Lei n° 1.578, de 11.10.77; ~ fixar as aliquotas do imposto de importagao, atendidas as condigées e os limites estabelecidos na Lei n° 3.244, de 14.8.57, no Decreto-Lei n® 63, de 21.11.66, € no Decreto-Lei n° 2.162, de 19.9.84; ~ fixar direitos antidumping e compensatérios, provisdrios ou definitivos, e salvaguardas; ~ decidir sobre a suspensao da exigibilidade dos direitos provisdrios; ~ homologar 0 compromisso previsto no art, 4° da Lei n° 9.019, de 30.3.95; ~ definir diretrizes para aplicacdo das receitas oriundas da cobranga dos direitos de que trata o inciso XV do Artigo 2° deste Decreto (Decreto 4.732/ 2003); ~ alterar, na forma estabelecida nos atos decisdrios do Mercosul, a Nomenclatura Comum do Mercosul de que trata 0 Decreto n° 2.376, de 12.11.97. Na implementacao da politica de comércio exterior, a CAMEX deverd ter presente: 1) os compromissos internacionais firmados pelo Pais, em particular: a) na Organizacao Mundial do Comércio (OMC); b) no Mercosul; e ©) na Associacao Latino-Americana de Integracdo (Aladi). 2) © papel do comércio exterior como instrumento indispensavel para promover o crescimento da economia nacional e para o aumento da produtividade e da qualidade dos bens produzidos no Pais; 3) as politicas de investimento estrangeiros, de investimento nacional no exterior e de transferéncia de tecnologia, que complementam a politica de comércio exterior; & 4) as competéncias de coordenacio atribuidas ao Ministério das Relacdes Exteriores no ambito da promocao comercial e da representacdo do Governo na Secao Nacional de Coordenacao dos Assuntos Relativos @ ALCA (SENALCA), na Secdo Nacional de Coordenacdo dos Assuntos Relacionados Associagao Inter-Regional Mercosul - Unido Européia (SENEUROPA), no Grupo Para Interministerial de Trabalho sobre Comércio Internacional de Mercadorias e Servigos (GICI) e nna Segio Nacional do Mercosul. Cabe a CAMEX propor as medidas que considerar pertinentes para proteger os interesses comerciais brasileiros nas relacdes comerciais com paises que descumprirem acordos firmados bilateral, regional ou multilateralmente. Com a publicagéo do Decreto 4.732/2003, uma das principais alteracées na estrutura da CAMEX, além da ampliacéo do Comité Executivo de Gestéo (GECEX), foi a criac3o do Conselho Consultivo do Setor Privado (CONEX),integrado por 20 representantes do setor privado. E de competéncia do CONEX assessorar 0 Comité Executivo de Gest’o, por meio da elaboragdo e encaminhamento de estudos e propostas setorials para aperfeicoamento da politica de comércio exterior. Em 18 de fevereiro de 2004, com a publicagao do Decreto n° 4.993, foi criado, no Ambito da CAMEX, 0 Comité de Financiamento e Garantia das Exportagdes (COFIG), colegiado com as atribuicées de enquadrar e acompanhar as operacdes do Programa de Financiamento as Exportaces (Proex) e do Fundo de Garantia 4 Exportacao (FGE), estabelecendo os pardmetros € condicdes para concessio de assisténcia financeira 4s exportacdes e de prestago de garantia da Unido. Ministério das Relagdes Exteriores (MRE) Departamento de Promocao Comercial (DPR) Compete ao Departamento de Promocéo Comercial (DPR), subordinado a Subsecretaria-Geral de Cooperacao e Comunidades Brasileiras no Exterior, orientar e controlar as atividades de promosao comercial no exterior. Com o objetivo de apoiar a expansio e a diversificagéo das exportacées brasileiras, bem como contribuir para a incorporacéio cada vez maior de novas empresas brasileiras ao processo exportador, 0 DPR, por intermédio da BrazilGlobalNet, divulga oportunidades de negdcios (exportagdes de produtos e servicos brasileiros e investimentos estrangeiros diretos), resultados de pesquisas de mercado realizadas no exterior, por iniciativa do MRE, além de uma ampla gama de dados e informacdes de interesse para os exportadores brasileiros. Apdia, igualmente, atividades tradicionais de Promog3o comercial, a exemplo de missées empresariais ao exterior, seminarios de investimento, participacdo de empresas brasileiras em feiras e exposigées, que contribuam para Promover a imagem do Pafs, sua capacidade produtiva e tecnolégica € o aumento dos fluxos de turismo para o Brasil. 0 Departamento de Promociio Comercial compreende as seguintes Divisées: Divisdo de Informacao Comercial (DIC) - unidade responsavel pela pesquisa, coleta, processamento, acompanhamento e difuséo de informagdes sobre oportunidades comerciais, Por intermédio da BrazilGlobalNet. Coordena a realizagdo de pesquisas de mercados sobre Produtos selecionados, bem como dos guias da série “Como Exportar”. Efetua, ainda, o monitoramento estatistico das exportacées brasileiras por produtos, em comparacio com as importacbes mundiais, a fim de identificar possibilidades para exportacio de produtos selecionados. A DIC atende a consultas de empresdrios brasileiros e estrangeiros sobre oportunidades de negécios. Divisio de Programas de Promocado Comercial (DPG) — unidade responsavel pela administragao orgamentaria, pelo planejamento e acompanhamento logistico das atividades de promocao comercial, bem como pelo desenvolvimento, aperfeigoamento e manutengio técnica da BrazilGlobalNet. Esta Divisdo coordena também a rede de Pontos Focais do Sistema de Promocao de Investimentos e Transferéncia de Tecnologia para Empresas (SIPRI). A DPG Ocupa-se da articulacao institucional com outras entidades publicas e privadas, em matérias de interesse para as atividades de promocao comercial, inclusive mediante a celebracdo de convénios de cooperacio. Cabe a DPG, igualmente, a organizagiio e realizacSio de cursos de Paris treinamento e capacitaao de recursos humanos, dos setores publico e privado, na area de comércio exterior. Divisdo de Operacées de Promocao Comercial (DOC) ~ unidade responsavel pelo apoio organizacao de ages promocionais e institucionais (missées comerciais, seminarios, etc.). Apéia visitas € misses de importadores e investidores estrangeiros ao Pais, bem como auxilia eventos de divulgagao de interesse do empresariado brasileiro. Divisdo de Feiras e Turismo (DFT) - unidade responsavel pelo apoio & organizacdo de acbes promocionais e institucionais, tais como feiras e exposicdes no exterior e no Brasil, bem como pela promogao da expanso dos fluxos de turismo para o Brasil. Subsecretaria-Geral da América do Sul (SGAS) - Compete a SGAS assessorar o Secretario-Geral das Relacdes Exteriores no trato das questdes de natureza politica e econdmica relacionadas com a América do Sul, inclusive os temas afetos a integracio regional. Departamento de Integracao (DIN) - Compete ao DIN propor diretrizes de politica exterior, no ambito internacional, relativas ao processo de integracao latino-americano e, em especial, ‘ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), O DIN é composto pela Divisdo de Integracao Regional (BIR) e pela Divisio do Mercado Comum do Sul (DMC) do Mercosul Departamento de Negociacées Internacionais (DNI) - Compete ao DNI preparar e realizar negociagdes sobre a ALCA e negociagdes com a Unido Européia e outras extra- regionais. O DNI é composto pela Divisio da Area de Livre Comércio das Américas (DALCA) pela Divisdo da Unido Européia e Negociacdes Extra-Regionais (DUEX). Subsecretaria-Geral de Assuntos Econémicos e Tecnolégicos (SGET) - Compete a SGET assessorar 0 Secretario-Geral das Relagdes Exteriores no trato das questées relacionadas com a economia internacional e com os temas tecnolégicos. Departamento Econémico (DEC) - Compete ao DEC: a) propor diretrizes de politica exterior no ambito internacional relativas a negociacdes econémicas € comerciais internacionais, acesso a mercados, defesa comercial e salvaguardas, servicos e fluxos internacionais de capital, agricultura e produtos de base e outros assuntos internacionais de natureza econémica; e b) coordenar a participagdo do Governo brasileiro em organismos, reunides e negociacdes internacionais, no tocante a matéria de sua responsabilidad. Departamento de Temas Tecnolégicos - Compete a este departamento propor, em coordenagéo com os departamentos geograficos, diretrizes de politica exterior no Ambito das relacdes cientificas e tecnoldgicas, incumbindo-se também dos temas afetos a propriedade intelectual. Subsecretaria-Geral de Cooperacao e Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEC) - Compete a essa subsecretaria assessorar o Secretdrio-Geral das RelacGes Exteriores no trato das questdes relacionadas com cooperacao técnica, com assisténcia 4s comunidades brasileiras no exterior, com promoco comercial e com a politica cultural. Agéncia Brasileira de Cooperacao (ABC) - Compete a ABC coordenar, negociar, aprovar, acompanhar e avaliar em Ambito nacional, a cooperacao para o desenvolvimento em todas as areas do conhecimento recebida de outros paises e organismos internacionais e aquela entre o Brasil e paises em desenvolvimento. Departamento de Comunidades Brasileiras no Exterior - A este Departamento compete: a) orientar e supervisionar as atividades de natureza consular e de assisténcia a brasileiros desempenhadas pelas unidades administrativas do Ministério no Pais e no exterior; b) acompanhar, no ambito do Ministério, os assuntos concernentes a politica imigratéria nacional; ©) cuidar da excussdo das normas legais e regulamentares brasileiras referentes a documentos de viagem, no dmbito do Ministério; 4) tratar de matérias relativas a cooperacao judiciéria internacional; e €) propor atos internacionais sobre tema de sua responsabilidade e coordenar a respectiva Negociacao, bem como examinar a correcéo formal e preparar os documentos definitivos dos demais atos negociados por todas as unidades do Ministério, Departamento de Promocao Comercial (DPR) - Compete ao DPR orientar e controlar as atividades de promosao comercial no exterior. Departamento Cultural - Compete a este Departamento propor, em coordenacdo com os departamentos geograficos, diretrizes de politica exterior no Ambito das relagdes culturais e educacionais, promover a lingua portuguesa, negociar acordos, difundir externamente informagées sobre a arte e a cultura brasileiras e divulgar o Brasil no exterior. Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) Compete a SECEX: a) formular propostas de politicas e programas de comércio exterior e estabelecer normas necessarias & sua implementacdo; 5) propor medidas, no ambito das politicas fiscal e cambial, de financiamento, de recuperagio de créditos & exportacao, de seguro, de transportes e fretes e de promocao comercial; ©) propor diretrizes que articulem 0 emprego do instrumento aduaneiro com os objetivos gerais de politica de comércio exterior, bem como propor aliquotas para o imposto de importacao, e suas alteracées; 4) participar das negociagdes em acordos ou convénios internacionais relacionados com o comércio exterior; e) implementar os mecanismos de defesa comercial; e f) apoiar 0 exportador submetido a investigacdes de defesa comercial no exterior. No ambito do Sistema Integrado de Comercio Exterior, opera como entidade gestora. Banco Nacional de Desenvolvimento Econémico e Social (BNDES) © Banco Nacional de Desenvolvimento Econémico e Social (BNDES) é uma empresa piiblica federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, que tem 0 objetivo de financiar, no longo prazo, os empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do Pais. A Agéncia Especial de Financiamento Industrial (FINAME), uma das subsididrias do Banco, & responsdvel pela linha de financiamento BNDES-Exim (www.bndes.gov.br). © BNDES-Exim financia a exportacdo de bens e servicos brasileiros, por intermédio de bancos e outras instituicées financeiras credenciados (www.bndes.gov.br), nas seguintes modalidades: ~ Pré-Embarque - financia a produgao de bens a serem exportados em embarques espectficos; ~ Pré-Embarque Curto Prazo - financia a produgio de bens a serem exportados, com prazo de Pagamento de até 180 dias; ~ Pré-Embarque Especial - financia a producao nacional de bens a serem exportados, sem vinculagéo com embarques especificos, mas com periodo pré-determinado para a sua efetivacao; e ~ Pés-Embarque - financia a comercializacao de bens e servicos no exterior, por intermédio do refinanciamento ao exportador, ou pela modalidade buyer's credit (crédito ao importador). A fim de facilitar 0 acesso ao crédito a exportacao, 0 BNDES também possui um Fundo de Garantia para a Promocdo da Competitividade (FGPC - Fundo de Aval).Trata-se de um instrumento de compartilhamento de risco, que facilita 0 acesso ao crédito para as exportagoes Por micro, pequenas e médias empresas. Ministério da Fazenda (MF) Banco Central do Brasil (BACEN) © Banco Central do Brasil estabelece normas sobre as operagdes de cAmbio no comércio exterior, bem como fiscaliza e controla sua aplicagio. Por intermédio do Siscomex, 0 BACEN analisa on-line as operacées de exportacao. O atendimento ao piblico é efetuado nas delegacias regionals do Banco Central. O Sistema Integrado de Registro de Operacées de CAmbio (Sisbacen) € 0 sistema informatizado que integra o Banco Central e os bancos autorizados a operar em cambio, além de corretores credenciados. O exportador deverd egoclar as condigées do contrato de cmbio com a instituicio habilitada, para registro no Sisbacen. No ambito do Sistema Integrado de Comércio Exterior, opera como entidade gestora. Secretaria da Receita Federal (SRF) A Secretaria da Receita Federal é 0 drgao do Ministério da Fazenda responsavel pela administragao dos tributos internos e aduaneiros da Unido, Fiscaliza as entradas e saidas de produtos do Pais e arrecada os direitos aduaneiros sobre as importacées brasileiras. O atendimento é feito nas Delegacias da Receita Federal em cada Estado. Por intermédio do Siscomex, a SRF analisa on-line as operagdes de exportacao. No 4mbito do Sistema Integrado de Comercio Exterior, opera como entidade gestora, Banco do Brasil S.A. (BB) Por intermédio do Banco do Brasil, na qualidade de agente financeiro da Unio, 0 exportador tem acesso ao Programa de Financiamento as Exportacoes (Prox). Trata-se de um programa, instituido pelo Governo Federal, que visa a garantir as exportagées brasileiras condigdes de financiamento equivalentes as do mercado internacional, nas modalidades Proex Financiamento e Proex Equalizacdo. Por delegac3o da SECEX, cabe também ao banco a emissdo do Certificado de Origem FORM A do SGP e do Certificado de Origem-Téxteis para a Unio Européia, Ministério das Comunicacées (MC) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Programa Exporta Facil © programa Exporta Facil (Servico de exportacao dos Correios), executado por agéncias selecionadas da ECT, poderd ser utilizado para exportacées brasileiras com valores até US$ 10.000,00 por operacdo. O programa visa, aproveitando as possibilidades conferidas pela legislagao brasileira para fechamento de cimbio simplificado e a capilaridade da ECT, a dar maior flexibilidade e rapidez as exportacées das pequenas e médias empresas espalhadas pelo territério nacional. Entre outros, o Exporta Facil oferece os seguintes beneficios: simplificacio dos processos postais e alfandegarios, registro no Siscomex da DSE (Declaracao Simplificada de Exportagao) eletrénica, remessas a mais de 200 paises, etc. Ministério da Agricultura, Pecudria e Abastecimento (MAPA) Secretaria de Defesa Agropecuaria (SDA) Ao Ministério da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento compete estabelecer os procedimentos para certificacdo sanitaria das exportagdes brasileiras, Por intermédio do Departamento de Defesa e Inspecdo Vegetal (DDIV) e do Departamento de Inspecio de Produtos de Origem Animal (DIPOA), 0 MAPA emite Certificado Sanitario/Fitossanitério Internacional, que comprova a sanidade das mercadorias de origem agropecudria exportadas pelo Brasil. Secretaria de Producao e Comercializagao (SPC) A Secretaria tem por objetivo aumentar a participacao dos produtos do agronegécio nas exportagées brasileiras, Trata-se de uma estrutura capaz de interligar-se com os diversos segmentos que interferem na administrago do comércio externo, facilitando a relaco entre o produtor e os agentes de comercializagao externa, Part ‘Compéem a Secretaria os seguintes Departamentos: Departamento do Acticar e do Alcool (DAA) Departamento do Café (DECAF) Secretaria de Producao e Agroenergia (SPAE) Agéncia de Promocao de Exportagées e Investimentos do Brasil (APEX-Brasil) A APEX-Brasil foi criada em 1997, pelo Decreto n° 2.398, de 21.11.97, € exposigiio de motivos. A Ag€ncia iniciou suas operagées em 1998, com o objetivo de implementar a politica de promogao comercial das exportacées estabelecida pela CAMEX, com a missao de estimular as exportacées brasileiras especialmente das empresas de pequeno porte. © Decreto n° 2.398 foi revogado pelo Decreto n° 4.584, de 5.2,2003, que instituiu 0 Servigo Social Auténomo Agéncia de Promocao de Exportagdes do Brasil (APEX-Brasil), pessoa juridica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade publica. Compete & APEX-Brasil a execucdo de politicas de promocao de exportacdes, em cooperacio com Poder Piiblico, em conformidade com as politicas nacionais de desenvolvimento, Particularmente as relativas as areas industrial, comercial, de servicos e tecnolégica. AAPEX- Brasil deverd dar especial enfoque as atividades de exportacdo que favorecam as empresas de pequeno porte e a geracio de empregos. Cabe ao Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indiistria e Comércio Exterior supervisionar a gestao da APEX-Brasil. Servico Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) O Servico Brasileiro de Apoio 8s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, de apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte, voltada para o fomento e difusdo de programas e projetos que visam a promocao e ao fortalecimento das micro e pequenas empresas, em consonancia com as politicas nacionais de desenvolvimento, inclusive no que diz respeito & atividade exportadora. A entidade trabalha desde 1972 pelo desenvolvimento sustentdvel das empresas de pequeno porte. Para isso, promove cursos de capacitagdo, facilita 0 acesso ao crédito, estimula a cooperacao entre as empresas, organiza feiras e rodadas de negécios e incentiva o desenvolvimento de atividades que contribuem para a geracao de emprego e renda. © Sebrae opera o Fundo de Aval as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Sebrae (FAMPE), que tem o objetivo de complementar as garantias exigidas pelas instituicbes financeiras, visando a facilitar a aprovagao do crédito para micro e pequenas empresas. O Fundo nao constitui uma linha de financiamento ou um seguro de crédito. O crédito & concedido pela instituicao financeira, mediante o exame do cadastro e projeto da empresa. Por intermédio do Fundo de Aval, 0 Sebrae Nacional oferece, portanto, garantias suplementares as operacées de financiamento, desde que satisfeitas todas as condicdes necessarias. A entidade dispée ainda do Fundo de Garantia para a Promogao da Competitividade (FGPC), constituido com recursos do Tesouro Nacional e administrado pelo BNDES. O Fundo tem por objetivo avalizar as micro e pequenas empresas e as médias empresas exportadoras que venham a utilizar as linhas de financiamento do BNDES, especificamente BNDES Automatico, FINAME, BNDES-exim e FINEM. © aval do FGPC no desobriga o mutuario do pagamento da divida A Circular n° 180, do BNDES, de 7.8.2003, consolida as Normas Operacionais do Fundo de Garantia para a Promocao da Competitividade (FGPC), para os financiamentos concedidos pelas linhas FINAME e BNDES Automatico, Seguradora Brasileira de Crédito a Exportacao S.A. (SBCE) A Seguradora é uma companhia privada, criada em 1997, com o objetivo de oferecer 20 mercado cobertura securitaria 4s exportacdes, voltado para a protecao das vendas futuras. A SBCE busca auxiliar 0 crescimento das exportacées brasileiras, colaborando para minimizar 0 risco dos exportadores brasileiros no mercado internacional, no que se refere ao prazo de pagamento concedido ao importador estrangeiro. Como membro dos principais organismos que retinem as agéncias internacionais de crédito & exportacdo, a SBCE mantém informacdes e tecnologia atualizadas, compativeis com 0 bom desempenho do seguro de crédito exportagao, meio amplamente utilizado no mercado internacional. A SBCE tem como acionistas 0 Banco do Brasil, 0 BNDES, a Bradesco Seguros, a Sul América Seguros, a Minas Brasil Seguros, a Unibanco Seguros e a Compagnie Francaise d’Assurance pour le Commerce Extérieur (Coface), Assim, a criagdo da SBCE resulta da Parceria entre empresas brasileiras de reconhecida solidez e tradigio e conta com experiéncia e tecnologia internacionais para proporcionar aos exportadores brasileiros um instrumento de cobertura capaz de incrementar a introducao dos bens e servicos nacionais no competitivo mercado externo, A Coface proporciona & SBCE acesso, online, a uma rede internacional de agéncias de informacées financeiras e comerciais de compradores cadastrados. Com conceito firmado ¢ grande confiabilidade do mercado, as apdlices de seguro de crédito 4 exportacao emitidas pela SBCE so amplamente aceitas pelos bancos como garantia de financiamentos. A SBCE garante o recebimento das divisas. A Seguradora conta também com uma vasta rede mundial de recuperacdo de crédito, com numerosos escritorios de advocacia e sociedades de cobranca selecionados em cada pais. Confederagao Nacional da Industria (CNI) O Sistema Confederagéo Nacional da Indiistria tem como missio exercer a Tepresentagao da industria brasileira de forma integrada com as Federacées estaduais ¢ articulada com as associacées de ambit nacional, promovendo e apoiando o desenvolvimento do Pais de forma sustentada e equilibrada nas suas dimensdes econémico-social e espacial. A CNI tem dois objetivos principais: atuar na defesa dos interesses da indtistria e prestar servicos. Criada em 1938 como a entidade maxima de representacéo do setor industrial brasileiro, atua, entre outras, nas seguintes dreas de interesse da industria: politica econémica € industrial, relagdes de trabalho, qualidade, produtividade e tecnologia, meio ambiente e comércio exterior e integracéo internacional. Na area de comércio exterior e integracao, desenvolve as seguintes atividades: ~ formulacao de propostas de comércio exterior; - formulacao de propostas de politica de atracao de investimentos externos; elaboracao de estudos e disseminagao de informacées; ~ Suporte as negociacdes de integragao regional e hemisfé: = recepcdo de missdes estrangeiras; = manutengao de Banco de dados eletrdnico “Comércio Exterior” (CNI-EXIMDATA); ~ negociagao de acordos internacionais de cooperagéo; ~ participacao em conselhos e comités bilaterais e multilaterais; ~ formacao de mao-de-obra qualificada; e - disseminagdo de métodos de gesto organizacional. Associacao de Comércio Exterior do Brasil (AEB) A Associacao, criada como uma sociedade civil, sem fins lucrativos, tem, entre outros, os seguintes objetivos: ~ estudar os assuntos relacionados com o comércio exterior do Brasil e propor solugdes para os seus problemas; ~ colaborar no constante aperfeigoamento dos sistemas de crédito e de seguro de crédito 4 Para exportagao; = propugnar, junto aos érgaos governamentais, por medidas que contribuam para a expanséio das exportacdes; e ~ colocar & disposico dos seus assoclados assisténcia técnica legal, em nivel de consultoria. Fundacao Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX) A Fundacao é uma instituigao privada, criada em 1976, que tem como finalidade o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, por meio da elaboracdo e divulgagso de estudos setoriais sobre os principais aspectos envolvidos nas atividades de exportacdo e importacao. Entre as atividades da Funcex, encontram-se também o treinamento e desenvolvimento de pessoal técnico especializado, a promocao de cursos e a elaboracao de estudos sob encomenda. Federacées Estaduais As Federacdes estaduais, por meio dos Centros Internacionais de Negécios (CIN), desenvolvem agées de promocdo de negécios internacionais para produtos e empresas dos respectivos Estados. Séo também responsdveis pela emissdo de Certificados de Origem do Mercosul e da Aladi. Camaras de Comércio As Camaras de Comércio so sociedades civis, sem fins lucrativos, constituidas com 0 aval oficial do pais que representam e visam a estimular 0 comércio bilateral. Normalmente sao fundadas por empresarios interessados em expandir 0 comércio com um determinado pais e tém como associados pessoas fisicas e juridicas, nos dois paises. CAMBIO ‘As vendas ao exterior so usualmente cotadas em ddlares. Outras moedas conversiveis, como 0 euro, o iene, a libra esterlina, também podem ser utilizadas. O exportador recebe, porém, 0 pagamento em reais, Cambio é, portanto, a compra e venda de moedas estrangeiras. E uma troca. Tendo em vista as oscilagdes na taxa de cambio, 0 exportador, em suas transagées com 0 exterior, depara-se, portanto, com a possibilidade de que esta mudanga cambial venha afetar a quantia a ser recebida em reais, Contrato de Cambio ‘As vendas ao exterior so efetuadas por melo de contrato de cambio entre o exportador — vendedor da moeda estrangeira — e um banco autorizado a operar com cambio — comprador da moeda estrangeira. Assim, juridicamente, 0 contrato de cdmbio apresenta um comprador e um vendedor que tém obrigagGes recfprocas. Cabe ao vendedor disponibilizar a moeda estrangeira vendida e ao comprador, pagar o contravalor em moeda nacional. O contrato possui ainda as seguintes caracteristicas: é consensual, pois depende da vontade das partes; € oneroso, tendo em vista que dele resultam obrigacées patrimoniais para as duas partes; e € cumulativo, pois considera que cada uma partes recebe uma contraprestacg3o mais ‘ou menos equivalente. A operacao cambial envolve os seguintes agentes: - 0 exportador, que vende a moeda estrangeira; ~ 0 banco autorizado pelo Banco Central a realizar operagées de cémbio; ¢ = corretora de cambio, caso seja requerida pelo vendedor da moeda estrangeira, A intermediagao de uma corretora de cambio é facultativa e sua participacgo pode implicar custos adicionais para o exportador. Paras © contrato de cambio deve conter os seguintes dados: ~ nome do banco autorizado a contratar o cambio; ~ nome do exportador; - valor da operacao; ~ taxa de cmbio negociada; prazo para liquidacao; - nome do corretor de cambio, se houver; ~ comissao do corretor de cambio; = nome do importador; ~ dados bancarios do exportador; ~ condigdes de financiamento, etc. Contratacao de Cambio na Exportagao A Resolugao BACEN N° 3266, de 04.03.05, dispde sobre procedimentos no recebimento do valor de exportacées brasileiras. Veja abaixo alguns tdpicos desta legislacdo: COBERTURA CAMBIAL + Até 210 dias da data do embarque. REMESSA DE DOCUMENTOS DE EXPORTAGAO * Remessa direta pelo exportador. INICIO DE ACAO JUDICIAL CONTA 0 DEVEDOR NO EXTERIOR * Passou a ser obrigatério para operagées de cdmbio acima de US$ 50 mil. VINCULACAO DOS CONTRATOS DE CAMBIO AO REGISTRO DE EXPORTAGAO(RE) * O banco negociador da moeda estrangeira pode, a seu exclusivo critério e responsabilidade, acolher declaragao formal do exportador indicando 0 nimero do despacho de exportacio averbado no SISCOMEX, em substituicio aos documentos de exportaco, devendo o exportador, nesse caso, manter em seu poder, pelo prazo de 5 anos contado do encaminhamento da declaracéo, os documentos da exportacéo, ou sua copia, para apresentacao ao banco interveniente ou ao Banco Central do Brasil, se solicitada; * Comprador do cémbio pode ser pessoa diversa do exportador, desde que pertencente ao mesmo grupo econémico; + Contratante do cdmbio pode ser pessoa diversa do exportador, sujeito a exame pelo BACEN; Tanto 0 banco como o exportador sao responsdvels por promover a vinculacao no SISCOMEX. PAGAMENTO ANTECIPADO DE EXPORTAGAO * E possivel a devolugo de recebimento antecipado ao pagador no exterior, por exportador tradicional, sujeito a exame do BACEN, caso a caso. DESCONTO DE CAMBIAIS DE EXPORTACAO SEM DIREITO DE REGRESSO + Passou a ser admitido, Para obtencao de informacées detalhadas sobre contrato de cambio, podera ser consultado 0 Regulamento do Mercado de Cambio e Capitais Internacionais (RMCCI) disponivel no sitio do Banco Central do Brasil (www.bacen.gov.br), op¢io “Cambio e Capitais Estrangeiros”, seguida de “Legislacao e Normas”, opgiio “RMCCI". TRATAMENTO TRIBUTARIO Em geral, os Governos evitam onerar com encargos tributarios os produtos exportados, para manter sua competitividade nos mercados externos. Por essa razéio, costuma-se isentar os Produtos exportados dos impostos indiretos, inclusive os incidentes nos insumos (matérias- primas, embalagem, partes € pecas) que sao incorporados aos produtos finais. Segundo as normas da Organizagao Mundial de Comercio (OMC), este procedimento nao caracteriza subsidio a exportacao. Isencao do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e ndo-incidéncia do Imposto sobre a Circulacao de Mercadorias e Servicos (ICMS) O Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal incidente sobre valor adicionado, Ao adquirir os insumos, 0 fabricante anota como crédito, no seu registro fiscal, 0 valor do IPI indicado nas notas fiscais. Ao efetuar a venda do produto elaborado, deve contabilizar 0 valor do IPI como débito, no registro fiscal. Assim, 0 montante de IPI que o fabricante deverd recolher é dado pelo saldo no registro fiscal. © Imposto Sobre a Circulagdo de Mercadorias e Servicos (ICMS) é um tributo estadual com aliquota uniforme, salvo algumas excegées, e também incidente sobre o valor adicionado. O procedimento fiscal € equivalente ao do IPI. A legislacao pertinente ao IPI e ao ICMS estd relacionada no capitulo 20 deste manual. Exportagio direta Nesta modalidade, 0 produto exportado é isento do IPI e nao ocorre a incidéncia do ICMS. E permitida também a manutencdo dos créditos fiscais incidentes sobre os insumos utilizados no processo produtivo. No caso do ICMS, é recomendavel consultar as autoridades fazendarias estaduais, quando houver créditos a receber ou insumos adquiridos em outros Estados, Exportacao indireta A exportaco indireta, ou seja, quando realizada por intermédio de trading company, empresa comercial exportadora e consércios de exportacao, é equivalente a exportacdo direta, para efeito de isenco do IPI e ICMS, Contribuicao para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) As exportacdes de produtos manufaturados, semi-elaborados, primérios e de servigos estéo isentas do pagamento da Contribuicéo para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), cuja aliquota de 7,6% incide internamente sobre o faturamento das empresas. Esta isengdo aplica-se também as exportacées indiretas (vide subitem 12.1.2 acima). A legislacao pertinente a COFINS esta relacionada no capitulo 20 deste manual. Programa de Integragao Social (PIS) As exportagées de produtos manufaturados, semi-elaborados e primarios estao isentas de pagamento do Programa de Integracio Social (PIS), cuja aliquota de 1,65% incide, nas operagées internas, sobre a receita operacional bruta. Esta isencio aplica-se as vendas do fabricante as trading companies. Nao se aplica, porém, as vendas para comerciais exportadoras, cooperativas, consércios ou entidades semelhantes. Regime de drawback © mecanismo do drawback tem por objetivo propiciar ao exportador a possibilidade de adquirir, a precos internacionais e desonerados de impostos, os insumos (matérias-primas, partes, pegas e componentes) incorporados ou utilizados na fabricacao do produto exportavel, Assim, 0 regime de drawback permite a importagdo de insumos sem 0 pagamento do Imposto de Importagao, do IPI e do ICMS. 0 médulo de funcionamento do drawback eletrénico esta disponivel no Siscomex. Em geral, podem ser importados sob o regime de drawback: ~ matérias-primas, produtos semi-elaborados ou acabados, utiizados na fabricagdo do produto de exportagao; ~ partes, pecas, dispositivos que so incorporados ao produto de exportacao; € ~ materiais destinados a embalagem de produtos destinados ao mercado externo, As principais modalidades de drawback sao: + Drawback suspensdo: Esta modalidade ¢ a mais utilizada. Contempla a suspensao dos tributos incidentes na importacéo de insumos a serem utilizados na fabricacio do produto a ser exportado, O prazo para efetuar a exportagdo é de um ano, prorrogavel por mais um ano. O prazo de validade, no caso de prorrogacao, seré contado a partir da data de registro da primeira Declaragao de Importacao vinculada ao ato concessério de drawback. No caso de importacao de insumo destinado a fabricagao de bens de capital de longo ciclo de produgio, 0 prazo de validade do ato concessério de drawback podera ser protrogado até cinco anos. A Concessao € feita pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (SECEX/MDIC). + Drawback isencio: Apés concluir a operacao de exportagGo, o fabricante importa os insumos, sem encargos tributarios, para recompor os seus estoques. A empresa tem 0 prazo de um ano, prorrogavel por mais um ano, para solicitar este beneficio. Também neste caso a concessao é feita pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Industria Comércio Exterior (SECEX/MDIC). * Drawback restituicéo: O exportador solicita a restituigéo dos encargos tributarios pagos com relacao aos insumos utilizados na fabricacéo de um produto cuja exportacdo jé foi efetivada. A devolucao € feita sob a forma de crédito fiscal, concedido pela Secretaria da Receita Federal (SRF). A restituicao ¢ valida apenas para o Imposto de Importacao e para o IPI. Trata-se de modalidade pouco utilizada, * Drawback interno ou “verde-amarelo”: As empresas exportadoras poderao adquirir os insumos no mercado interno, com suspensao do IPI. Para obter este beneficio, as empresas deverdo elaborar um Plano de Exportacdo, que constard de requerimento a ser dirigido & Delegacia da Receita Federal com jurisdicéo em sua area. Este deve conter as seguintes informacées: ~ identificacao completa do exportador e do fornecedor dos insumos; relagéo dos produtos a serem exportados e dos insumos a serem utilizados, em ambos os casos com a indicagdo dos respectivos valores e quantidades e com os respectivos cédigos da Tabela de Incidéncia do IPI (TIPI), classificagao do IPI; - prazo previsto para a exportacio; e ~ declaracéo em que o exportador assume 0 compromisso de recolher o IPI, em caso de néo- cumprimento da meta de exportacao. prazo previsto ¢ de um ano, prorrogavel por mais um ano. Nesta modalidade ndo ocorre a isencao do ICMS. FINANCIAMENTO A EXPORTACGAO © financiamento das exportacées também tem o objetivo de propiciar maior competitividade aos produtos destinados ao mercado externo. O financiamento aplica-se tanto & produgao como a comercializacaio externa dos bens. BNDES-Exim Trata-se de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econémico e Social (BNDES) para financiar a exportacao de bens e servicos brasileiros em condigdes competitivas. © BNDES-Exim compreende as seguintes modalidades: ~ Pré-Embarque - financia a producao de bens manufaturados, principalmente de longo ciclo, a serem exportados em embarques especificos; ~ Pré-Embarque Especial - financia a producao, capital de giro e investimentos referentes aos bens a serem exportados, sem vinculacéo com embarques especificos, mas com perfodo predeterminado para a sua efetivagao; ~ Pés-Embarque - financia a comercializagao de bens e servicos no exterior, por intermédio do refinanciamento ao exportador ou por meio da modalidade buyer's credit (crédito ao comprador). Adiantamento sobre Contrato de Cambio (ACC)¥wly, dy Este tipo de financiamento, colocado & disposigao das empresas exportadioras pela rede bancaria, permite ao exportador obter recursos financeiros antes do embarque da mercadoria, a taxas de juros internacionais mais um spread. Com o Adiantamento Sobre Contrato de Cambio (ACC), poderé o exportador contar antecipadamente com recursos para a produg3o do bem a ser exportado. O ACC pode ter 0 prazo de até 360 dias anteriores a data prevista para o embarque da mercadoria. A taxa reduzida do ACC proporcionard a empresa menores custos de producao e, conseqiientemente, maior competitividade. Ao obter um ACC, 0 exportador deve estar seguro de que o produto sera embarcado dentro do prazo previsto, caso contrario, tera que devolver ao banco 0 valor do ACC, com correo monetaria, diferencas cambiais, multa e outros encargos. Adiantamento sobre Cambiais de Exportacao ou Cambiais Entregues (ACE) depos Trata-se de adiantamento, pelo banco brasileiro, da receita de exportacio apés o embarque da mercadoria, quando esta ainda nao foi paga pelo importador. Pode se dar pela extensao do ACC anteriormente concedido ou como inicio de adiantamento a partir do embarque da mercadoria. Programa de Financiamento as Exportacées (Proex) © Proex & administrado pelo Banco do Brasil, como agente financeiro da Unido, e abrange tanto a concesséio de financiamento ao exportador (Supplier’s Credit) como ao importador (Buyer's Credit). No financiamento concedido ao exportador, a empresa emite a cambial e desconta o titulo na agéncia autorizada do Banco do Brasil. Na modalidade de financiamento ao importador, a liberagdo dos recursos ¢ feita ao exportador, por autorizacao do importador, contra 0 recebimento da mercadoria. O financiamento € operacionalizado nas seguintes modalidades: Proex Financiamento e Proex Equalizacao. Proex Financiamento A relacao dos produtos que podem beneficiar-se do Proex Financiamento é bastante ampla e consta de portarias do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC). Os prazos para pagamento do financiamento obtido podem variar de 360 dias a 10 anos. Este pode ser feito em parcelas trimestrais ou semestrais, consecutivas e de igual valor. financiamento pode alcangar até 85% do valor exportado. Proex Equalizacao Esta modalidade tem o objetivo de proporcionar ao exportador brasileiro condigées de financiamento compativeis com as praticadas no mercado financeiro internacional. Os produtos elegiveis constam de portarias do MDIC. A amortizacio do financiamento pode ser feita também em parcelas trimestrais ou semestrais, em um prazo que varia de 360 dias a 10 anos. Letras de Exportacao (Export Notes) A empresa exportadora emite uma nota promisséria cujo valor é indexado pela variacao cambial, com o compromisso de resgate, em uma determinada data (entre 30 e 720 dias). O pagamento garantido pelo contrato de exportacdo. Os bancos podem participar como avalistas, intermediadores e importadores finais. Em geral, 0 prazo obtido é superior ao do ACC. nrers CURSO: Importacao e Exportacao Be BLOCO TEMATICO: Para DEP/COATEP 1 - INTRODUGAO ao COMERCIO EXTERIOR Comércio Exterior é a pratica de compra e / ou venda de produtos e servicos em mercados externos. Compra. = _—_—Amportagao Venda = Exportagio Balanca Comercial : Quando mais vende (exporta) = —_superdvit Quando mais compra (importa) deficit A balanga comercial brasileira vem demonstrando um sucessivo superdvit, Classificando os produtos: = valor agregado Commoites: café em graos Semimanufaturados: café moido + valor agregado Manufaturados: café pronto para 0 consumo Pauta da exportacao Brasileira desde o inicio das exportacao 10 produto - logo apés o descobrimento do Brasil : Pau- Brasil 20 produto ~ capitanias Hereditdrias e periodo colnia ~ acucar 30 produto ~ Meados do séc XVII ~ Ouro 4° produto ~ Brasil j8 independente ~ Café Década de 90 ~ Bens agricolas Diversificacéo da pauta: incluso de bens de alto valor agregado como jélas, avides, automéveis ¢ pecas de vestudrio. HOJE ~ Maior nimero de produtos agricolas, com constantes recordes batidos, sendo o principal a Soja (em grdos ¢ leo), seguida pela carne in natura (bovina, frango e suina) e pelo complexo sucroalcoleiro (aclicar, alcool e principalmente pesas). Principais Destinos: UE, China e Estados Unidos. 2.- ESTRUTURA E REGULAMENTACAO DO COMERCIO INTERNACIONAL ORGAOS NORMATIVOS INTERNACIONAIS GATT - Acordo Geral de Tarifas ¢ Comércio : Conjunto de normas e concessées tariférias. Criado pos 2* guerra mundial juntamente com outras instituigSes (FMI ¢ RIRD) decticadac a impulsionar a economia internacional. Fungo : impulsionar a liberalizago comercial 2 combater praticas protecionistas. OMC- Organizagio Mundial do Comércio. Foi criada em 1994, substituindo 0 GATT, 152 paises membros atuais Fungoes 1) gerenciar 0s acordos de comércio 2) servie de forum para comércio internacional (firmar acordos internacionas) '3) supervisiona acordos e implementagio destes acordos pelos membros da organiza¢ao (veriticar as politicas comerciais nacionais) 3 -ONGANOGSRANA DA ESIRUTURA DO COMERCIO EXTERIOR ARASLERO sisconex A gest das aividedes de Conca Exterior se dé por Seas de competéncas, pois no hd um dao que centralize todos os interesses ‘CAMEX -CEmara de Comércio Exterior Formulagio, desenvolvimento © a coordenago de polcase aividades aplicadas 20 comic exterior de bens e services, lunge o turism, MRE - initio das Relagbes Exterioes ~ ata no marketing extero, vltado para a promocio e dvulgaro de opertunidades comercias no esrangeiro Secoms{ Secretaria de Comunicagio)~ Séo responsévels pela captacio e ivlgacao de informatie sobre oportunidades comercase de Investimento, roduzem pesquisa de mercado & de outs produto, além de andlses ce competimdade e cancorinia. Oy» [MP Miiséro da Fazenda ~ responsivel pl politica monet e fiscal ‘Bacen = Banco Cental: executor das plas cambiais © fnanceras; SRF Secretaria da Receta Federal: execucio das potas aduaneiras ¢ fiscalacio, NNDIC- Ministéro do Desenvolvimento Indra e Comeércc Exterior ~ responsabitlade peas decisese execurdo das detnzespolticas ‘de comer © exerce sua fun através do dao gestor SECEX ~ Secretaria de Comércio Exerc. ‘SECEX. Secretaria de Comrco Exterior: Responsivel ela gestio controle comercial, nrmatiza,supervsiona,orlent, plane, contro © avalia as atividades comercia's de acodo com as dierizes da Carex. A esiutre da SECEX est departamentaizada por assintos especios. SISCOMBE Sistema nterado de Comércio Exterior Intergaeletvonicarenteexportadores»mportares a SECEX, SRF # BACEN, rite on ego ce export inpertan 30 aibtagfe por me de senha tide juntos SA, Deverd ter efetuado antes do embaraue de mercadrs APEX -estmular as exportacies brasiléras com base em planejamento estratdyio de promocio comercial 4-05 BLOCOS FCONOMICOS 0s blocos econémicos foram criados com a finalidads de resenvolver o comércio de determinada regiso. Para alcangar esse objetivo, eliminam as barreiras Fases de Constituigdo dos Blocos: 1? Area de Livre Comércio _-Eliminacdo e redugo de tarifas alfandegérias para paises -membros do Bloco, 22 Unido Aduaneira __- Visa a eliminac3o das barreiras alfandegarias, estabelecendo uma tarifa comum externa ‘em relagio aos paises membros a terceiros paises. 3# Mercado Comum — - Integracio que vai além do que estabelece a Unio Aduaneira, sem restrigdes aos fatores de produgao ¢ trabalho. 4° Unido Econémica _- Extensde do Mercado Comum, harmoniza as paliticas econémicas nacionais. Mudam suas legislagies, para torné-las coerentes com os principios estabelecidos neste tipo de bloco econémico. 'S* Integracao Econémica Total - Os paises membros passam a adotam uma politica monetéria, fiscal e social As. decisdes dessa autoridade dever ser acatadas por todos os Paises-Membros, Para 1 CADASTRO| ae anauise menca- |. 2 CANAL DE VENDA ssecomex- RE DatbsIcn conconineiay eta etal feaincat Caracersieas do produto ‘aenesociacko 6 DISPREHO ADUANEIRO sepocummentos — }# ——— contatox vend EeMBARQUE Documents fxpdos para 9 exportagSo imporagio de mercado, 1) Fotura Pri forma Document o carta que representa o entatelPEDIDO) prelmina enteo vendedor|expertador «compra | mportador, ‘Atatra Pro Fma deve ser amitida no liom do pasimportador ove ng 20NotoFscel(providenciod pele exportaser) ‘compan a metcadonia desde sca do estabelecinento, até eetvo desemtaago fsa jnto a SAF (Entonde se coma desembarago 0 procesimentoaduaciro qve atoriza embarque da carga para enter). 39) Foture Comercil/ Commercial voice (emide pelo exported) Document ntemacional que ho deni exter equvale sums nots ca. Sua valida coega a partied sida da mercadora do terre nacional e& Imprescndivel prac importador desemtaraga a mercadaria no seu pais 41 Rornaet/ Packing Usted peo exportader) Documenta neces para a exembarage da mercado e pars a aientacte do partader quando da chegad da mead nop destno, na "Smpes lage, ndicando os olumes sere emberendos respect contees, ‘s1)Comiecinento de Eborave/ Bilef toning emda peo wonspatodare) Documento emit pela transpertadora que atest orecebimento da carga, 5 condgbes de ansport ea brigacdes 8 entre da mercado 90 um documento acto pelos kancos com garantie que 2 mercadoria ol embarcsda (0 EXPORTADOR CONSGUDA TODA A DOCUMENTAGKOF ENVIA UMA COPIA AO IMPORTADOR DESPACHO ADUANEIRO: Procedimento fiscal pelo qual se processa o desembaraco aduaneiro das mercadorias, mediante o qual é verificada a exatidao dos dados declarados em relagao a mercadoria Toda mercadoria que ingresse ou saia do Pais estard sujeita ao Despacho Aduaneiro TAPAS DO DESPACHO, Conferagio da presenga da cag Aceeps30 dos documentos Parametric a cara (canal verde, larn e verre Parametrizagao: Para Etapa na qual o Siscomex processa a selego paramétrica nas Declaragdes de Importacao, selecionando-as em um dos canais: ERB - Desembaraco automitico {imarelo - Exame Documental BERRI cxame documentale Fisica da mercadoria | Avaliago da carga pelos aucitores fiscais da receita federal Rogistro da ODE ~ Declaragio de Despacho de Exportagio, Ser fornecido ao Exportador 0 Comprovante de Exportagdo na Unidade de Despacho, CINAS DE INGRESSO WO MERCADO INTERNACIONAL Maneiras de Ingresso/ Modelos de internacionalizagao. Adecisio de exportar ‘Antes de tomar a decisio de exportar a empresa deve avalar a sua capacidade empreendedora, suas vantagens ¢ limitages fe até que ponto esta disposta a perseguir 0 objetivo de ingressar em mercados externos A partir do momento em que a empresa decide ter como alvo deter minado pais, ela precisa definir a melhor maneira de ingresso. ‘As escolhas principais so, Cxportacdo direta ‘As empresas controlam suas prOprias exportages, exigindo 0 conhecimento de todo o processo de exportagao. Desvantagens: 0 investimento e os riscos so maiares, Vantagens: Tem autonomia e possibilita um lucro maior Exportagdo Indireta ‘As empresas contam com intermediérios para exportar seus produtos. 0 intermedisrio pode comprar 0 produto e vend no mercado externo e /ou procurar e negociar com compradores daquele produto no mercado externo. Estes intermedisrios ‘io empresas canhecidas cama tradings ou camercial exportadora, Vantagens: Nao é necessério investimentos em gest3o de operagdes internacionais Desvantagens: Faturamento é divide com os intermedisrios Licenciamemto ¢ Franchising O licenciador concede a empresa licenciada 0 uso do processo de fabricagao, da marca, dos segredos comerciais ou outros itens relevantes em troca de pagamento de taxas ou royalties \Vantagens: 0 licenciador consegue entrar no pals com pouco isco e o licenciado passa a dominar 0 proceso de produgio e ‘© produto ou marca Desvantagens: Risco de criagio de concorréncia entre as préprias franquias,rsco de imagem. Joint Venture Invostidores estrangeiros podem se unir a investidores locals, na qual possam dividr o controle e a propriedade. ‘A formagao de uma joint venture pode ser necessaria por razGes econdmicas, financeiras,fisicas e gerenciais,além de politicas, onde o governo estrangeiro pode exigir que Sejafeita uma unio com uma empresa local como condigdo de entrada, \Vantagens: Parcerias com quem ja conhece 0 mercado local e ius de riscos e custos. Desvantagens: Divisao de lucros e do gerenciamenta e tecnologias, Consdircio de exportagao Associaglo de empresas que somam esforgos para ingressarem em mercados externos de uma maneira mais eficiente 0s cons6rcios podem ser formados por empresas que oferegam preditas iuals{cancorrentes} au mesmo complementares Vantagens: diluggo de custos, riscos e troca de experiéncias oferecendo uma maior forca de entrada, Desvantagens: Dificuldades de gerenciamento, EXERCICIO ~ MANEIRA DE INGRESSO: Aponte qual é a maneira de ingresso (direta,indieta,licenciamento/franquia, cons6rcio/cooperativa ou joint venture) em cada caso apresentado abaio. -ENTRADA DA HERING NO MERCADO JAPONES A hering desenvolveu uma estratégia agressiva de marketing direto para entrar no mercado japonés. Focando os dekassequis brasileiros descendentes de japoneses que voltaram para lap), a empresa utiliza a venda direta, com catilogos © uma rede de vendedores préprios, visando atingir a comunidade brasileira no Jap e posteriormente conquistar a clientela local 2MONICAE * cIPOUNO” Mauricio de Souza Produgdes é uma empresa que esti indo 3 luta no exterior. Através de seu escrtério préprio em Nova York, a empresa coloca as histrias em quadrinhos eos Slbuns da Turma da Ménica na Grécia, na Indonésia e na India \ende ainda a licenga para a produgio de seus personagens em produtos de 30 paises, JAINGRESSO NO MERCADO CHINES Quando quis entrar no mercado de sorvetes na China, a Unilever juntou forgas com uma empresa no mercado chinés: a Susmar, uma estatal chinesa. O diretor geral da empresa diz que a jungao com a Susmar, diante da impressionante burocracia chinesa, foi muito importante para que pudesse ter uma fabrica de alta tecnologia em funcionamento no prazo de 12 meses, asst AJGT é uma empresa brasileira do interior de Sdo Paulo que atua no setor de exportagio de equipamento agricola Seus principais clientes encontram-se na Argentina, Urugual, Chile e México. Os principais fornecedores dos equipamentas, encontram-se na regiso do estado de So Paulo. E uma empresa que nio produz absolutamente nada, apenas compra 0 ‘equipamento @ 0 vende no mercado externo, 0s Incoterms surgiram em 1936 e 6 padronizado pela Camara de Comercio Internacional de Paris.Os chamados Incoterms (international Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio} servem para defini os direitos e obrigagbes reciprocos do exportador e do importador, estabelecendo e determinando regras.. Um bom dominio dos Incoterms ¢ indispensivel para que o negociador possa inc Comércio Exterior. todos os seus gastos nas transagoes em MODALIDADES MAIS UTILIZADAS: EXW - EX WORKS ~ na origer (0 compradior arca com os custos ¢riscos desde a retirada da mercadoria da fbrica ou armazém do vendedor. Ea modalidade que menos compromete a vendedor. Serve para todos 0s tipos de transportes, FAS ~ Free Alongside Ship~live ao lado do navio 0 vendedor encerra as suas obrigagdes no momento em que a mercadoria€ colocada no cals do porto de embarque, Exige que o vendedor desembarace a mercadoria pata a exporta¢ao, Serve apenas pata transporte aquavisrio. FOB ~ Free On Hoard — Live a Bordo vvendedor encerra suas obrigagSes quando a mercadoria transpée a amurada do navio no porto de embaraue indicado e, 9 partir daquele momento, 0 comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danas; Desembaraga a mercadoria para a exportagso Serve apenas para transportes aquavisrios CIF Cost, Insurance and Freight ~ Custo, Seguro e Frete (© vendedor arca com os custos do seguro e frete até 0 porto de destino Desembaraga a mercadoria para a exportacio. Serve apenas para transportes aquavisrios. DEQ- Delivered Ex Quay ~entregue no cais{ porto de destino designado) + Aresponsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria 3 disposigio do comprador, nao | eestino} gece eee LEGENDA, negaciagio entre o exportador e o importador despacho aduaneira de exportagio { embarque das mercadorias) transporte internacional da carga remessa dos documentos representatives da transacao comercial ag importador despacho aduaneiro de importagio ( posse da mercadoria) pagamento da importagio remessafinanceira ao exterior correspondente ao pagamento da importagio fechamento e liquidagao do cambio de exportagao 3. Cobranca Documentaria ( Cobranga a vista ou a prazo) - Nesta modalidade a transacio dos dacumentos ¢ realizada via banca, diferente das madalidades anteriores, onde © ‘exportador envia diretamente os documentos para o importador. A VISTA: 0 importador efetua o pagamento ao banco cobrador e recebe a documentagao para desembarago da mercadoria 4 anco"a" [* | exeorraoon ‘Aduana (onasit (origem) 4+ _ it al ancos" ] 6 IMPORTADOR Aduana exterion) |*#————> (destino) LEGENDA, nnegociagio entre o exportador eo importador ‘despacho aduaneiro de exportacdo ( embarque das mercadorias). transporte internacional da carga ‘entrega dos documentos de exportagdo e “boleto”para a cobranca remessa a0 exterior dos documentos de exportaglo + “boleto” para a cobranga reccbimento dos documentos de exportagio, contra 0 pagamento ‘espacho aduaneir de importaglo (posse da mercadoria) remessa financelra correspondente 20 pagamenta da compra fechamento € lquidacéo do cambio de exportagSo. ‘A PRAZO: 0 banco entrega os documentos ao importador contra aceite. O importador efetuard 0 pagamento no vencimento do saque e, caso See 7 eset + | J a eee ‘ nnegociagao entre 0 exportador & ¢ importador despacho aduaneito de exportagso ( embarque da mereadoria) transporte internacional da carga tentrega dos documentos de exportagio + boleto para a cobranga remessa ao exterior dos documentos de exportagior boleto para a cobranga recebimento dos documentos de exportacao, contra o aceite no boleto (assinatura) despacho aduaneiro de importag3o ( posse da mercadoria) ppagamento da importagso smvessa financeira correspondente ao pagamento da importaglo fechamento e liquidagio do cambio de exportagio 4. Carta de Crédito - Nesta modalidade também sao utllizados os bancos para envios dos documentos, como feito na modalidade cobranga documentaria. Além disso, os bancos se tornam responsdveis pela avaliacao técnica dos documentos exigidos. Esta é a modalidade que oferece maior seguranca nas operagdes de pagamentos internacionais para 0 exportador e para © importado. © pagamento por carta de crédito envalve =o importador, que, apés as negociagées iniciais com o exportador, solicita a abertura da carta de crédito; = 0 banco emissor da carta de crédito, responsavel pelo pagamento ou pelo aceite da letra de cimbio; = 0 banco avisador, que informa o exportador sobre a abertura de crédito, confere a documentacao apresentada pelo exportador e efetua o pagamento ou aceite da letra de cambio; BANCO "A" (nasil) ii I al {EXTERIOR} (destino) exeortacon | ———}_—aduana Para LEGENDA nnegociagio entre o exportador eo importador ppedido de emissio de uma carta de crédito a favor do exportador fencaminhamento da carta de crécito a0 exportadar, por intermédio do banco tencaminhamento do aviso de crédito documentirio ao exportador despacho aduaneira de exportaco ( embarque das mercadorias) transporte internacional da carga ‘cumprimento das exigéncias de crédito documentirio / fechamento e liquidagao do cambio de exportagao remessa das documentos de exportagio ao exterior recebimento dos dacumentos de exportagio despacho aduaneiro de importagdo ( passe da mercadoria) reembolso do emissor ao banco negociador da carta de crédito Para IY CURSO: Importacao e Exportacao wes BLOCO TEMATICO: PROFESSOR(A): Edgar Teéfilo Para ALUNO(A): Anand Sp aloo pete TURMA: 68/2012 TURNO: Noite DATA: 10 / 1. / 2012 GLOSSARIO DE COMERCIO EXTERIOR Admissao temporaria ~ Regime aduaneito especial que permite a importacéo de bens que devam permanecer no Pais durante prazo fixado, com suspensdo total ou parcial de tributos. AD Valorem - Taxa de segura cobrada sobre certas tarifas de frete ou alfandegairias proporcional a0 valor total dos produtos da operacéo (baseado na Nota Fiscal). AFRMM - Adicional ao Frete para Renovagdo da Marinha Mercante. Aladi (Associagao Latino-Americana de Integracdo) — Congregacio de paises que tm como objetivo 0 estabelecimento de um mercado comum latino-americano, formada por: Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colémbia, Cuba, Equador, México, Paragual, Peru, Uruguai e Venezuela. Amostras sem valor comercial — Bens representados por quantidade, fragmentos ou partes, estritamente necessarios para dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade. ‘Armazém ou Warehouse - Lugar coberto, onde os materiais/produtos s40 recebidos, classificados, estocados e expedidos, ‘AWB - Air Waybill ou Conhecimento de Transporte Aéreo. Back to Back - Consolidagio de uma tinica expedicéio em um MAWB (Master Air Waybill ~ Conhecimento Principal de Transporte Aéreo) abrangendo um HAW (House Air Waybill - Guia de Transporte Aéreo emitida por um expedidor). Bagagem — Para efeitos de tratamento tributdrio so considerados como bagagem os bens novos ou usados, destinados ao uso ou consumo pessoal do viajante, em compatibilidade com as circunstancias de sua viagem, Barra ~ Local pr6ximo ao porto, seguro, onde os navios ficam aguardando autorizagio para atracarem no cais disponivel ou determinado B/L (Bill of Lading) — Conhecimento de embarque. Documento do armador que precisa ser preenchido pelo embarcador e assinado pelo comandante ou o agente do navio, confirmando o fecebimento da carga a bordo ou para embarque. Serve como recibo de bordo, titulo de posse & formaliza 0 contrato de transporte, cujas clausulas esto incorporadas no mesmo, Bombordo - Lado esquerdo do navio. Bonded Warehousing - Armazém Alfandegado. Booking ~ Reserva, Fechamento. Booking note - Documento emitido por um armador de linha regular ou seu agente € assinado pelo embarcador. Comprova o fechamento de praga para determinado navio. E um documento provisério a0 Bill of Lading. Break-Bulk - Expresso do transporte maritimo que significa o transporte de carga geral ou fracionada, Brokerage Houses - Empresas especializadas em intermediar afretamento maritimo, Bulk Cargo - Carga & granel, ou seja, sem embalagem. Bulk Carrier - Navio graneleiro, ou seja, préprio para o transporte de cargas a granel. Bulk Container - Contéiner graneleiro, ou seja, proprio para o transporte de cargas a granel Bunker surcharge (BAF): Sobretaxa de combustivel. E adicional ao frete cobrado pelo armador dos embarcadores, em momentos de pregos oscilantes do combustivel. Cabotagem - Navegacdo doméstica (pela costa do Pais). Cabrea - Equipamento usado em portos para levantar grandes cargas pesadas ou materiais em abras, que consta de 3 pontaletes unidos no topo onde recebem uma roldana por onde passa 0 cabo. Calado - Expresso do transporte maritimo, que significa profundidade em que cada navio esté submerso na agua. Tecnicamente é a distancia da lémina d’agua até a quilha do navio. Capatazia - E 0 servico utilizado geralmente em portos, onde profissionais auténomos executam o trabalho de movimentacdo de cargas. Cavalo Mecanico - E 0 conjunto monolitico formado pela cabine, motor e rodas de tra¢ao do caminhao. Pode ser engatado em varios tipos de carretas e semi-reboques, para o transporte. Certificado de origem: Documento oficialmente valido, acreditando que as mercadorias nele amparadas so originarias de um determinado pais. No Brasil, geralmente, emitido pela FIEPA para cargas do estado. Certificado fitossanitario: Certificado oficial expedido por uma autoridade sanitaria competente do pals de origem, no qual se faz constar que o material vegetal inspecionado esta isento de pragas (no Brasil, 0 Ministério da Agricultura). € relacionado & Fumigacao. CCR — Convénio de Pagamentos e Créditos Reciprocos ~ Sistema de pagamentos controlado pelos bancos centrais que abrange os paises da ALADI e a Reptiblica Dominicana, CI Comprovante de Importacao. CIDE (Contribui¢ao de Intervencao sobre 0 Dominio Econdmico) — cobrada sobre petréleo & derivados, Conhecimento de Transporte - Documento emitido pela transportadora, baseado nos dados da Nota Fiscal, que informa o valor do frete e acompanha a carga. O destinatario assina o recebimento em uma das vias. Commercial Lnvot + Fatura Comercial. Collect: Cobranca, ato de se cobrar um débito, pagamento a ser efetuado no destino da carga,

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