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CONANDA: O que é o CONANDA?

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, é a


instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para
a infância e a adolescência na esfera federal foi criado pela Lei nº 8.242, de 12 de
outubro de 1991 e é o órgão responsável por tornar efetivo os direitos, princípios e
diretrizes contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de
13 de julho de 1990, conta, em sua composição, com 28 conselheiros, sendo 14
representantes do Governo Federal, indicados pelos ministros e 14 representantes
de entidades da sociedade civil organizada de âmbito nacional e de atendimento
dos direitos da criança e do adolescente, eleitos a cada dois anos.

CONANDA: O que é o CONANDA?

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, é a


instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para
a infância e a adolescência na esfera federal foi criado pela Lei nº 8.242, de 12 de
outubro de 1991 e é o órgão responsável por tornar efetivo os direitos, princípios e
diretrizes contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de
13 de julho de 1990, conta, em sua composição, com 28 conselheiros, sendo 14
representantes do Governo Federal, indicados pelos ministros e 14 representantes
de entidades da sociedade civil organizada de âmbito nacional e de atendimento
dos direitos da criança e do adolescente, eleitos a cada dois anos.

O Conanda realiza suas assembleias mensalmente e está vinculado à Secretaria


de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e possui quatro
Comissões Temáticas (Políticas Públicas, Orçamento e Finanças, Formação e
Mobilização e Direitos Humanos e Assuntos Parlamentares).

Além da definição das políticas para a área da infância e da adolescência, o


Conanda também fiscaliza as ações executadas pelo poder público no que diz
respeito ao atendimento da população infanto-juvenil e é responsável pela gestão
do Fundo Nacional da Criança e do Adolescente (FNCA), pela regulamentação,
criação e utilização desses recursos, garantindo que sejam destinados às ações de
promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes, conforme estabelece o
Estatuto.

Entre as principais atribuições do Conanda, pode-se destacar:

 Fiscalizar as ações de promoção dos direitos da infância e adolescência


executadas por organismos governamentais e não-governamentais;

 Definir as diretrizes para a criação e o funcionamento dos Conselhos


Estaduais, Distrital e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos
Conselhos Tutelares;

 Estimular, apoiar e promover a manutenção de bancos de dados com


informações sobre a infância e a adolescência, assim como construir indicadores e
monitorar a política de atendimento à criança e ao adolescente;

 Acompanhar a elaboração e a execução do Orçamento da União,


verificando se estão assegurados os recursos necessários para a execução das
políticas de promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil;

 Convocar a Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente;


e,

 Gerir o Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente (FNCA).

O Conanda realiza suas assembleias mensalmente e está vinculado à Secretaria


de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e possui quatro
Comissões Temáticas (Políticas Públicas, Orçamento e Finanças, Formação e
Mobilização e Direitos Humanos e Assuntos Parlamentares).

Além da definição das políticas para a área da infância e da adolescência, o


Conanda também fiscaliza as ações executadas pelo poder público no que diz
respeito ao atendimento da população infanto-juvenil e é responsável pela gestão
do Fundo Nacional da Criança e do Adolescente (FNCA), pela regulamentação,
criação e utilização desses recursos, garantindo que sejam destinados às ações de
promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes, conforme estabelece o
Estatuto.

Entre as principais atribuições do Conanda, pode-se destacar:

Fiscalizar as ações de promoção dos direitos da infância e adolescência


executadas por organismos governamentais e não-governamentais;

Definir as diretrizes para a criação e o funcionamento dos Conselhos Estaduais,


Distrital e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos Conselhos
Tutelares;

Estimular, apoiar e promover a manutenção de bancos de dados com informações


sobre a infância e a adolescência, assim como construir indicadores e monitorar a
política de atendimento à criança e ao adolescente;

Acompanhar a elaboração e a execução do Orçamento da União, verificando se


estão assegurados os recursos necessários para a execução das políticas de
promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil;

Convocar a Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; e,

Gerir o Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente (FNCA).

CONANDA: Breve Histórico

O CONANDA é um órgão colegiado permanente de caráter deliberativo e


composição paritária, previsto no Artigo 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado pela Lei nº 8.242, de 12 de
outubro de 1991, e regulamentado pelo Decreto nº 5.089, de 20 de maio de 2004, e
em conformidade com a Resolução nº 105 de 2005. O CONANDA integra a
estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
(SDH/PR) e tem como função coordenar as ações de promoção, proteção e defesa
dos direitos da criança e do adolescente.

Breve histórico

A criação do CONANDA está vinculada ao contexto de redemocratização e


incentivo à ampliação da participação da sociedade nas decisões governamentais
sobre políticas sociais, bem como no controle da implementação destas. Em
segundo lugar, reflete uma nova visão sobre os direitos de crianças e
adolescentes.

A CF de 1988 e a promulgação do ECA traz um novo olhar sobre a infância e a


adolescência e na Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o ECA, que
incorpora também diretrizes da Convenção Internacional dos Direitos da Criança,
aprovada por unanimidade na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 20 de
novembro de 1989, e assinada pelo Brasil em 26 de janeiro de 1990.

O Brasil é um dos poucos paises que prevê, em marco legal específico, a


constituição de conselhos paritários e deliberativos na área das políticas para
crianças e adolescentes, assim como a estruturação de conselhos tutelares eleitos
pelas próprias comunidades .

O CONANDA se insere dentro desse contexto. Sua criação estava prevista no ECA
algumas das principais pautas com as quais o CONANDA tem trabalhado são:

 o combate à violência e exploração sexual praticada contra crianças e


adolescentes;

 a prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção do trabalhador


adolescente;

 a promoção e a defesa dos direitos de crianças e adolescentes indígenas,


quilombolas, crianças e adolescentes com deficiência;
 criação de parâmetros de funcionamento e ação para as diversas partes
integrantes do sistema de garantia de direitos; e,

 o acompanhamento de projetos de lei em tramitação no CN referentes aos


direitos de crianças e adolescentes.

Finalidades e competências

De acordo com o seu regimento interno (BRASIL, 2006), também estão entre as
principais competências do conselho:

 buscar a integração e articulação dos conselhos estaduais, distrital e


municipais e conselhos tutelares, assim como dos diversos conselhos setoriais,
órgãos estaduais e municipais e entidades não governamentais, oferecendo o
apoio necessário ao exercício de suas funções. Cabe ainda avaliar as políticas e a
atuação dos órgãos governamentais referentes aos direitos de crianças e
adolescentes;

 acompanhar o reordenamento institucional, propondo modificações nas


estruturas públicas e privadas de atendimento à criança e ao adolescente sempre
que necessário;

 oferecer subsídios e acompanhar a elaboração de legislação pertinente ao


tema, bem como acompanhar a elaboração e a execução das propostas
orçamentárias da União, indicando modificações pertinentes para que sejam
respeitados os direitos da criança e do adolescente. Ademais, compete ao
CONANDA a gestão do Fundo Nacional da Criança e do Adolescente (FNCA),
garantindo a correta utilização dos recursos conforme os objetivos previstos;

 promover a cooperação com organismos governamentais e não


governamentais, nacionais e internacionais, para produção de indicadores no
sentido de estabelecer metas e procedimentos com base nestes índices, para
monitoramento das atividades relacionadas com o atendimento à criança e ao
adolescente. Ademais, deve o conselho incentivar a produção de estudos, debates
e pesquisas sobre a aplicação e os resultados das políticas implementadas,
estimulando a formação técnica permanente;
 estimular a ampliação e o aperfeiçoamento dos mecanismos de participação
e controle social, visando fortalecer o atendimento à criação e ao adolescente em
todos os níveis federais; e,

 convocar, a cada dois anos, a Conferência Nacional dos Direitos da Criança


e do Adolescente.

Composição

O CONANDA é um órgão colegiado de composição paritária integrado por 28


conselheiros titulares e 28 suplentes, sendo 14 representantes do Poder Executivo
- estando assegurada a representação dos órgãos executores das políticas sociais
básicas - e 14 representantes de entidades não governamentais que possuem
atuação em âmbito nacional e atuação na promoção e defesa dos direitos de
crianças e adolescentes. Esta composição foi definida em 20 de maio de 2004, por
meio do Decreto nº 5.089, de modo que o número de conselheiros fosse ampliado
para incluir novos ministérios em conformidade com a reforma ministerial
implementada no primeiro mandato do governo Lula.

CONANDA: Principais Deliberações

Ao longo dos seus 15 anos de existência e funcionamento, o Conselho Nacional


dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, aprovou diversas
resoluções para o cumprimento efetivo do Estatuto da Criança e do Adolescente,
tendo em vista a promoção e a defesa dos direitos humanos e o controle social das
políticas e ações necessárias à garantia de uma vida saudável para as crianças e
adolescentes brasileiros.

As Resoluções são instrumentos formais de deliberações do CONANDA. Por esta


razão, as deliberações são apresentadas em forma de resoluções. Apresentamos
neste texto algumas deliberações contidas na publicação "Resoluções do Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente" relativas ao período de 1993 a
2004 e destacamos as recentes resoluções deste conselho, conforme
detalhamento a seguir.

Algumas destas resoluções foram amplamente discutidas em conferências,


seminários, oficinas e consultas públicas e apresentam um conteúdo bastante
inovador, na medida em que introduzem novos valores e provocam mudanças de
cultura, de visão e de gestão das políticas para crianças e adolescentes, conforme
preconiza o Estatuto da Criança e do adolescente e a Constituição Federal de
1988.

Não por acaso, a primeira resolução do Conanda diz respeito ao seu regimento
interno, portanto, às regras do seu funcionamento, considerando a Lei nº 8.069/90 -
Estatuto da Criança e do adolescente - e a Lei nº 8.242/91 que cria o Conanda. O
Regimento Interno vem sendo ajustado até os dias atuais, compatibilizando as
normas internas às mudanças na sociedade e governo, como por exemplo, a
criação de novos órgãos governamentais na área de políticas sociais e promoção
dos direitos, caso da SPM - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e
SEPPIR - Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, criadas em 2003,
sendo que esta última passou a integrar o CONANDA a partir da mudança do
Regimento Interno, em 2004. Destaque-se que, no caso de ampliação do
colegiado, isto deve ocorrer de forma paritária, isto é, amplia-se o número de
órgãos governamentais e na mesma proporção o número de representantes da
sociedade civil, mantendo-se a paridade. Isto foi possível a partir do Decreto
Presidencial de 20 de maio de 2004 que dispõe sobre a regulamentação do
CONANDA.

Entre as primeiras deliberações encontram-se também as que aprovam:

• a regulamentação e funcionamento das Comissões Temáticas;


• a minuta de projeto de lei que altera a legislação do Imposto de Renda no que se
refere ao tratamento a ser dado às doações em favor dos Fundos dos Direitos da
Criança e do Adolescente;
• a operacionalização da secretaria executiva e do Fundo Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente pelo órgão do Governo Federal, cuja estrutura o
CONANDA integre.

Algumas das principais deliberações do CONANDA:

1. Diretrizes nacionais para a política de atenção integral à infância e adolescência

• As diretrizes nacionais dizem respeito às áreas de saúde, educação, assistência


social e trabalho e no tocante a garantia de direitos. Foram aprovadas em 1995 e
em 2001.

2. Execução das medidas socioeducativas

• Medidas socioeducativas de internação - Resolução nº 46/1996, de 29/10/1996,


que determina número máximo de adolescentes atendidos por unidade de
internação.

• Medidas socioeducativas de semiliberdade - Resolução nº 47/1996.

• Minuta de Projeto de Lei sobre a Execução das Medidas Sócio-Educativas.

• Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE - Resolução nº


119/2006.

3. Sistema de Informação para a Infância e a Adolescência

• Apoio à implantação e implementação do SIPIA - Sistema de Informações para


Infância e Adolescência. Resolução nº 50/1996, de 28 de novembro de 1996.

O SIPIA é um sistema nacional de registro e tratamento de informação criado para


subsidiar a adoção de decisões governamentais sobre políticas para crianças e
adolescentes, garantindo-lhes acesso à cidadania.

SIPIA I - monitoramento da situação de proteção à criança e ao adolescente, sob a


ótica da violação e ressarcimento de direitos, a partir de denuncias coletadas por
Conselhos Tutelares. Está implantado em 25 Estados brasileiro, por meio de um
aplicativo local.

SIPIA II - (InfoInfra) monitoramento do fluxo de atendimento ao adolescente em


conflito com a lei, construído na versão WEB, obtém as informações a partir das
varas de infância e está implantado em 6 estados.

SIPIA III - (InfoAdote) monitoramento sobre colocação familiar e adoções nacional


e internacionais, construído na versão WEB, obtém as informações a partir das
Varas de Infância e Juventude e está implantado em 9 estados.

SIPIA IV - Cadastro dos Conselho de Direitos, Tutelares e Fundos para Infância e


Adolescência dos municípios brasileiros coletados a partir dos Conselhos
Estaduais e outras fontes.

4. Registro de entidade não-governamentais e inscrição de programas de proteção


nos conselhos municipais

• Registro de entidade não-governamentais e inscrição de programas de proteção e


socioeducativo das entidades governamentais no Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente. Resolução nº 71 de 10 de junho de 2001.

Este item é parte integrante das Resoluções nº 105 e 106 do Conanda, aprovadas
em 2005.

5. Criação e Funcionamento dos Conselhos Tutelares

• Parâmetros para criação e funcionamento dos Conselhos Tutelares. Resolução nº


75/2001, de 22 de outubro de 2001, alterada em 15 de abril de 2003.

6. Cumprimento dos acordos e protocolos internacionais

• Designação de comissão de políticas públicas para acompanhar a elaboração do


Relatório do governo brasileiro sobre a situação da criança e do adolescente e os
compromissos assumidos na Cúpula pela Infância. Resolução nº 82 de 15 de
agosto de 2002.

Em 2004, o Estado Brasileiro entregou ao Comitê dos Direitos da Criança das


Nações Unidas seu primeiro Relatório sobre a situação da criança e do
adolescente no Brasil, com um atraso de doze anos. Esta prestação de contas
sobre o cumprimento da Convenção dos Direitos da Criança

deveria acontecer dois anos após assinatura da Convenção, assinada em 1990,


mas apenas em 2004, ou seja, 14 anos depois, o Brasil fez a entrega de seu
primeiro relatório. Também em 2004, a sociedade civil sob iniciativa da ANCED -
Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente e do
Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente fez a entrega de seu
relatório sobre a situação da criança e do adolescente no Brasil.

7. Criação e Funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criança e do


Adolescente

• Parâmetros para Criação e Funcionamento dos Conselhos dos Direitos da


Criança e do Adolescente. Resoluções 105 de 15 de junho de 2005 e 106 de 17 de
novembro de 2005.

8. Formação continuada dos operadores do sistema de garantia dos direitos da


criança e do adolescente

• Parâmetros para a formação continuada dos operadores do sistema de garantia


dos direitos da criança e do adolescente. Resolução nº 112 de 27 de março de
2006.

O investimento em processos de formação dos operadores do sistema de garantia


dos direitos é uma demanda antiga, presente nos debates e em resoluções das
diversas conferências dos direitos da criança e do adolescente. As formações, via
de regra, são realizadas de forma fragmentada, descontinua e focalizadas. Esta
resolução do Conanda contribui para que os processos de formação sejam mais
efetivos e eficazes. Estabelece parâmetros para que a formação aconteça de forma
sistemática, planejada e que se estruture a partir de reflexões, tendo como
pressupostos alguns eixos norteadores, tais como: a afirmação dos princípios dos
direitos humanos de universalidade, indivisibilidade, interdependência, exigibilidade
e participação, o combate à discriminação e a promoção da igualdade entre as
pessoas, como constituidores da ética e da base estratégica para o conhecimento
e implementação da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos da
Criança, do Estatuto da Criança e do Adolescente; fomentar "processos de
educação formal e não-formal, de modo a contribuir para a construção da
cidadania, o conhecimento dos direitos fundamentais, o respeito à pluralidade e à
diversidade sexual, étnica, racial, cultural, de gênero e de crenças religiosas",
conforme previsto no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos de 2004.

Segundo estes parâmetros deliberados pelo Conanda, as formações devem: ser


continuadas, progressivas e em rede; respeitar e incorporar as realidades,
especificidades e diversidades regionais; fortalecer as experiências locais;
considerar a variedade de metodologias, materiais e tecnologias sociais; incluir as
questões geracionais, de gênero, étnico/raciais e de diversidade sexual; articular os
atores e os conselhos horizontal e verticalmente nas três esferas municipal,
estadual e federal; incorporar as áreas da saúde, educação, assistência, justiça e
as demais que trabalham direta e indiretamente com crianças e adolescentes,
conscientizando que estes são responsabilidade da família, sociedade e governo.

9. Institucionalização e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da


Criança e do Adolescente

• Parâmetros para a institucionalização e fortalecimento do Sistema de Garantia


dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução 113 de 19 de abril de 2006.

O primeiro capítulo desta resolução trata da configuração do sistema de garantia


dos direitos.

Art. 1º O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente constitui-


se na articulação e integração das instâncias públicas governamentais e da
sociedade civil, na aplicação de instrumentos normativos e no funcionamento dos
mecanismos de promoção, defesa e controle para a efetivação dos direitos
humanos da criança e do adolescente, nos níveis Federal, Estadual, Distrital e
Municipal.
§ 1º Esse Sistema articular-se-á com todos os sistemas nacionais de
operacionalização de políticas públicas, especialmente nas áreas da saúde,
educação, assistência social, trabalho, segurança pública, planejamento,
orçamentária, relações exteriores e promoção da igualdade e valorização da
diversidade.
§ 2º Igualmente, articular-se-á, na forma das normas nacionais e internacionais,
com os sistemas congêneres de promoção, defesa e controle da efetivação dos
direitos humanos, de nível interamericano e internacional, buscando assistência
técnico-financeira e respaldo político, junto às agências e organismos que
desenvolvem seus programas no país.

O artigo afirma que: compete ao Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do


Adolescente promover, defender e controlar a efetivação dos direitos civis,
políticos, econômicos, sociais, culturais, coletivos e difusos, em sua integralidade,
em favor de todas as crianças e adolescentes, de modo que sejam reconhecidos e
respeitados como sujeitos de direitos e pessoas em condição peculiar de
desenvolvimento; colocando-os a salvo de ameaças e violações a quaisquer de
seus direitos, além de garantir a apuração e reparação dessas ameaças e
violações.

No cumprimento de suas competências, o sistema de garantia dos direitos deverá


observar a realidade de desigualdades e iniquidades buscando enfrentá-la e alterá-
la para que se efetive plenamente o direito à igualdade e o direito à diferença.

O segundo capítulo trata dos instrumentos normativos de garantia dos direitos da


criança e do adolescente, destacando-se os artigos 5º, 6º, 7º, 24 - XV, 226, 204,
227 e 228 da Constituição Federal, tratados internacionais e interamericanos,
normas internacionais não-convencionais, Lei Federal nº 8.069 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), de 13 de julho de 1990; leis federais, estaduais e
municipais de proteção da infância e da adolescência; leis orgânicas referentes a
determinadas políticas sociais, especialmente as da assistência social, da
educação e da saúde;decretos que regulamentem as leis indicadas;instruções
normativas dos Tribunais de Contas e de outros órgãos de controle e fiscalização
(Receita Federal, por exemplo); resoluções e outros atos normativos dos conselhos
dos direitos da criança e do adolescente, nos três níveis de governo, resoluções e
outros atos normativos dos conselhos setoriais nos três níveis de governo.
O terceiro capítulo dispõe sobre as instâncias públicas de garantia dos direitos
humanos da criança e do adolescente e afirma que os órgãos públicos e as
organizações da sociedade civil, que integram o Sistema de garantia dos direitos,

deverão exercer suas funções, em rede, a partir de três eixos estratégicos de ação:

I - defesa dos direitos humanos;


II - promoção dos direitos humanos; e
III - controle da efetivação dos direitos humanos.

Nos capítulos quatro, cinco e seis encontram-se os detalhamentos dos três eixos
estratégicos de ação do sistema de garantia dos direitos:a defesa, a promoção e o
controle da efetivação dos direitos humanos de crianças e adolescentes.

Destaca-se a responsabilidade dos conselhos dos direitos no eixo estratégico de


controle da efetivação dos direitos humanos:

Art. 21º O controle das ações públicas de promoção e defesa dos direitos humanos
da criança e do adolescente se fará através das instâncias públicas colegiadas
próprias, onde se assegure a paridade da participação de órgãos governamentais e
de entidades sociais, tais como:

I - conselhos dos direitos de crianças e adolescentes;


II - conselhos setoriais de formulação e controle de políticas públicas;
III - os órgãos e os poderes de controle interno e externo definidos nos artigos 70,
71, 72, 73, 74 e 75 da Constituição Federal.
Parágrafo Único. O controle social é exercido soberanamente pela sociedade civil,
através das suas organizações e articulações representativas.

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