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Revisão de Tema Dermatoses Das Mãos e Pés
Revisão de Tema Dermatoses Das Mãos e Pés
D ra . Â n ge l a M a c h a d o
D ra . G ra ça O l i ve i ra
U S F A fo n s o H e n r i q u e s
2 7 m a rço 2 0 1 9
Caso Clínico 1
Qual o diagnóstico?
• Sexo feminino, 42 anos
• Eritema, descamação e fissuração
• Meses de evolução
• Prurido intenso
Caso Clínico 1
Abordagem
• Exame de todo o tegumento
• Referenciação:
• Imunoalergologia para realização de Testes epicutâneos
• Dermatologia: casos crónicos e refratários
Caso Clínico 2
Qual o diagnóstico?
• 22 anos, sexo masculino
• Vesículas nas faces laterais dos dedos
• Prurido intenso
• Episódios recorrentes
• Surge habitualmente no verão e com mudanças bruscas de temperatura
Caso Clínico 2
Eczema desidrótico
• Mais comum no sexo feminino
• Pode ser reportado hiperhidrose palmoplantar
• História pessoal ou familiar de eczema atópico em 50% dos casos
• Complicações
• Infeção bacteriana
• Distrofia ungueal
• Tratamento
• CCT tópico muito alta potência
• Ex: Dermovate ® 2 vezes dia 4 dias seguidos por semana
Caso Clínico 2
Eczema desidrótico
• Medidas gerais
• Pensos húmidos para secar as bolhas, usando permanganato de potássio diluído a 0,01%
• Compressas frias
• Loções e cremes emolientes calmantes
• Antitranspirantes potentes aplicados nas palmas das mãos à noite
• Luvas protetoras devem ser usadas ao fazer trabalhos molhados ou sujos
• Calçado bem ajustado, com 2 pares de meias para absorver o suor e reduzir o atrito
Qual o diagnóstico?
• Sexo feminino, 59 anos
• Eritema e descamação palmoplantar, limites definidos
• 3 meses de evolução
• Hx familiar psoríase (mãe)
Caso Clínico 4
Qual o diagnóstico?
• Sexo feminino, 62 anos
• Pústulas palmares, 2 semanas
• Gonalgia direita desde há meses
Qual o diagnóstico?
• Sexo masculino, 67 anos
• Espessamento das unhas (por hiperqueratose
subungueal), descolamento parcial da unha (onicólise),
pitting (depressões punctiformes)em 6 dedos das mãos
• 2 anos de evolução
• Sem outras lesões cutâneas
• Sem resposta a múltiplos antifúngicos tópicos e orais
Caso Clínico 5
Psoríase ungueal
• O envolvimento ungueal é um achado frequente na população psoriática.
• Habitualmente está presente em todas as unhas.
• A afeção de uma só unha de forma isolada é raro.
• A alteração visível mais comum é um picotado característico “pitting ungueal”, que é especialmente
visível com a utilização de uma fonte luminosa incidindo de forma oblíqua sob as unhas.
• Outras formas de apresentação:
• discromia
• onicólise parcial ou total
• fendas
• fragmentação
• pontos hemorrágicos
Sugestão: Betalfatrus® - Verniz para unhas
• hiperqueratose com diversos graus de espessura
• completo desaparecimento da unha, persistindo apenas a hiperqueratose do leito ungueal.
Psoríase Palmo-Plantar
• Formas de apresentação:
• Psoríase vulgar (placas eritemato-descmativas)
• Queratodermia (hiperqueratose e descamação predominantes)
• Pustulose palmoplantar (pústulas estéreis)
• Psoríase ungueal (pitting, mancha de óleo, hiperqueratose subungueal, onicólise, eritema periférico)
• Tratamento
• Betametasona + Calcipotriol (Enstilar® espuma) todos os dias à noite no corpo exceto couro cabeludo
(ou 4 dias por semana e nos restantes 3 colocar Bonalfa ® ou Silkis ® - derivados da vitamina D)
• Minimo 4 semanas até desaparecer a lesão
• + hidratante diário de manhã (sugestões: Psorisdin® loção corpo, Ureadin Ultra 10®, Uriage Xémose®,
Noreva Psoriane® leite hidratante)
Se refratário ao tratamento, ≥10% área corporal: Teledermatologia
Psoríase Palmo-Plantar
• Se existir intensa hiperqueratose, tem benefício acrescentar
vaselina salicilada 2-5% ou queratolítico Xerolys 50 ® ou
Xerial 50 extreme ®.
• Nas gretas – Bariederm Unguento® varias vezes por dia
• Vaselina abundante de manhã
• Não usar pedra pomes nem raspadores
Caso Clínico 6
Qual o diagnóstico?
• Sexo masculino 28 anos
• Lesões eritematosas em alvo, com bolha central, quase
simétricas, nas mãos desde há 3 dias
• Herpes labial na semana anterior
Caso Clínico 6
Qual o diagnóstico?
28 anos canalizador
Máculas e pápulas eritemato-purpúricas dolorosas e pruriginosas nos dedos
2meses de evolução
Melhora com calor, agrava com frio
Sem antecedentes prévio, não fumador
Caso Clínico 7
Eritema pérnio
• Benigno e auto-limitado (3 semanas)
• Tratamento:
• Não fumar
• Manter as extremidades quentes e secas
• Proteger do traumatismo, não aplicar calor nem massajar os tecidos afetados
• Evitar vasoconstritores (cafeína, descongestionantes nasais)
• Tratamento farmacológico:
• Nifedipina 30mg/dia
• Pentoxifilina 400mg 2-3 vezes dia
• CCT tópico
Caso Clínico 8
Qual o diagnóstico?
• Sexo feminino 72 anos
• Mancha hiperpigmentada subungueal no 1ºdedo do pé esq
• Onicólise distal e lateral
• Hiperqueratose subungueal
Caso Clínico 8
Onicomicose
• + Frequente nos pés: Trichophyton rubrum e T.memtagrophytes
• Tinha pedis sempre associada
• FR: calçado oclusivo, diabetes, imunosupressão, insuf. Vascular, humidade, calor,
microtraumatismos
Mais
eficaz Fármaco Posologia Duração
Amorolfina 5% 1-2 vezes por semana Mãos: 6 meses
(Locetar® e Sinibal® verniz/creme) Pés: 9-12 meses
Qual o diagnóstico?
• Sexo feminino 73 anos
• Mancha hiperpigmentada subungueal, estriada, no hallux esq
• 2 anos de evolução
Caso Clínico 9
Melanoma
Pigmentação periungueal
Alteração cor/largura da banda
Porção proximal > distal
Distrofia ungueal
• Referenciação urgente
Caso Clínico 10
Qual o diagnóstico?
• Sexo masculino, 81 anos
• Antecedentes: DM 2
• Lesão ulcerada e vegetante na palma
• 4 anos de evolução
• Em cuidados de penso no seu CS
Melanoma
• Evolução progressiva
• Sem traumatismo prévio Sinais de Alerta
• Não é local de pressão
Caso Clínico 11
Qual o diagnóstico?
• Sexo masculino 68 anos
• Manchas eritemato-descamativas policíclicas, bordo vivo saliente descamativo e com
microvesículas
• Hiperqueratose subungueal
• Dermatofitia?
• Psoríase?
• Eczema?
• Outro?
Caso Clínico 11
Qual o diagnóstico?
• Sexo masculino 2 anos
• Lesões vesico-bolhosas periorais, mãos, pés
• Diarreia, febre, diminuição do apetite
• Irmão com os mesmos sintomas
Doença Mão-Pé-Boca
• Tratamento sintomático
• Vigilância e controlo da febre
• Tratamento da dor e comichão
• Reforçar a hidratação oral
• Alimentação com comida mais pastosa, de preferência morna ou fria (por exemplo, gelatinas ou iogurtes), evitando os alimentos
mais ácidos ou salgados e quentes, dado que podem agravar as lesões da boca e a dor.
• A fase de contágio da síndrome mão-pé-boca é durante a primeira semana de doença. Porém, mesmo após
a cura, a pessoa pode continuar a eliminar o vírus pelas fezes, o que o mantém contagioso durante dias ou até
semanas depois dos sintomas terem desaparecido.
• Não é uma doença de evicção escolar obrigatória.
• No entanto, a criança deverá ficar em casa enquanto apresentar mal-estar geral e febre.
• Prevenção: lavagem das mãos adequada e frequente, não esquecendo os momentos após troca de fraldas e
contacto com lesões da pele, bem como a limpeza e desinfeção dos brinquedos e áreas comuns, como o
mobiliário, a roupa, os sanitários, nomeadamente onde se faz a troca de fralda
Caso Clínico 13
Qual o diagnóstico?
• Sexo masculino 38 anos
• Erupção máculo-papular de tonalidade entre rosa e violáceo, não pruriginosa
• Só envolve as palmas das mãos e plantas dos pés
• 2 semanas de evolução
Caso Clínico 13
Sífilis secundária
• Lesões surgem de forma brusca 10-12 semanas após a sífilis primária
• Pode ser generalizada
• Pode ser acompanhada de cefaleias, artralgias e dor óssea
• Resolução espontânea em poucos meses, não deixando cicatrizes
• Diagnóstico serológico
• Tratamento: penicilina G benzatínica 2,4 milhões de UI em dose única (se alergia: doxiciclina
100mg 12/12 horas 14 dias)
• Seguimento: título VDRL aos 1,3 e 6 meses e depois de 6 em 6 meses durante 2 anos.
• Rastreio de hepatites e VIH
• Parceiros sexuais também devem ser examinados
• Sinalização no SINAVE
Bibliografia
- https://www.dermnetnz.org/
- Gutiérrez E Q, et al. Dermatologia básica em Medicina Familiar. Lidel. Lisboa. 2015