Professional Documents
Culture Documents
Identificação
Nome completo do aluno: Andrew Bolzan Garcia
Campus (do aluno):Cabo Frio
Modalidade da bolsa: PIBITI
Nome do orientador: Fábio de Lima Wenceslau
Título do projeto
Específicos:
- Revisar propostas e parâmetros educacionais brasileiros para a Educaçao Ambiental;
- Selecionar conteúdos técnicos de composiçăo fotográfica, para aproveitamento em
práticas pedagógicas;
- Selecionar conteúdos técnicos de edição fotográfica, para aproveitamento em
práticas pedagógicas;
- Verificar, pelo exercício prático da fotografia, o aproveitamento de técnicas
fotográficas para a transposição didática;
- Realizar um levantamento de programas e de aplicativos gratuitos para a edição e
a socialização de fotografias ambientais.
METODOLOGIA
Esta pesquisa é realizada com a leitura crítica de documentos oficiais, de
parâmetros e de diretrizes, para levantamento das características da Educação
Ambiental, que sejam essenciais para a compreensão da noção de fotografia
ambiental. Paralelamente, é realizada a leitura de investigação sobre conteúdos
técnicos de composição e de edição fotográfica, para transposição didática na
perspectiva da Educação Ambiental. Cada técnica fotográfica selecionada foi
testada pela produção de fotografias, que tenham como objeto questões
ambientais e espaços naturais e urbanos de cidades da Região de Lagos:
Araruama, Cabo Frio (Campus do IFF) e São Pedro da Aldeia. Para isso, também
foram realizadas sessões fotográficas nesses espaços. Essas fotografias,
produzidas com aparelho de telefone celular deste pesquisador bolsista, e são
editadas em equipamentos próprios e do IFF Cabo Frio.
Resultados e Discussão
1 Documentos Norteadores
Dos documentos norteadores da educação brasileira tem-se os PCN
(1998), as DCNEA (2013), que dão fundamentos a serem acatados pelo sistema
educacional no Brasil, servindo como apoio na elaboração do PPC de uma
instituição formal de ensino.
Os Parâmetros curriculares Nacionais Temas Transversais Meio Ambiente
(1998) são um conjunto de diretrizes e orientações elaboradas pelo Ministério da
Educação (MEC) do Brasil com o objetivo de promover a Educação Ambiental no
contexto do sistema educacional brasileiro. Esses parâmetros foram
desenvolvidos para orientar escolas e educadores sobre como incluir a temática
ambiental de forma transversal nos currículos escolares em todos os níveis de
ensino.
A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se
evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos
elementos na constituição e manutenção da vida. Em termos de
educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de
um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da
participação, da co-responsabilidade, da solidariedade e da eqüidade.
(BRASIL, 1998, p.19)
Então, os PCN (BRASIL, 1998, p.57) elaboraram formas de trabalhar
Educação Ambiental em sala de aula, interdisciplinarmente, ou seja, integrada a
todas as disciplinas do currículo escolar, possibilitando uma abordagem holística
dos problemas ambientais.
Nessa conferência definiu-se a Educação Ambiental como “uma dimensão dada
ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas
concretos do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma
participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade
Os temas relacionados à Educação Ambiental deveriam ser apresentados
de maneira contextualizada, conectando-os com a realidade local, regional e
global, para que os estudantes possam compreender as questões ambientais em
seu contexto social e cultural.
O trabalho com a realidade local possui a qualidade de oferecer um
universo acessível e conhecido e, por isso, passível de ser campo de
aplicação do conhecimento. Grande parte dos assuntos mais
significativos para os alunos estão circunscritos à realidade mais
próxima, ou seja, sua comunidade, sua região. E isso faz com que, para
a Educação Ambiental, o trabalho com a realidade local seja de
importância vital (BRASIL, 1998, p.36)
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental ou DCNEA
(BRASIL, 2013) são um conjunto de orientações estabelecidas pelo Ministério da
Educação (MEC) do Brasil com o objetivo de promover a inclusão da Educação
Ambiental no currículo escolar em todos os níveis de ensino, reafirmando as PCN
(1998) para formar um sujeito com comprometido com a sustentabilidade do
planeta.
Pode-se identificar que as DCNEA (2013) reafirmam os PCN (1998)
especialmente implicando as noções de contextualização, participação crítica e
engajamento social.
Educação Ambiental envolve o entendimento de uma educação cidadã,
responsável, crítica, participativa, em que cada sujeito aprende com
conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos saberes
tradicionais, possibilitando a tomada de decisões transformadoras, a
partir do meio ambiente natural ou construído no qual as pessoas se
integram. A Educação Ambiental avança na construção de uma cidadania
responsável voltada para culturas de sustentabilidade socioambiental
(BRASIL, 2013, p. 535)
2 Técnicas Fotográficas
Nota-se que a fotografia, apesar de ser muito utilizado no meio digital pelas
suas qualidades artísticas, para este estudo, ela terá principal papel no
desenvolvimento científico do aluno, comunicando questões ambientais através
de suas produções fotográficas utilizando das técnicas que serão dissertadas a
seguir.
Para primeiro entender quais as técnicas utilizadas na produção dessa
pesquisa, é necessário entender o significado de composição. Ela se refere à
organização dos elementos em uma imagem, incluindo o assunto principal,
primeiro plano, fundo e elementos secundários, com o objetivo de alcançar
harmonia e estética visual. (FUNARTE, 2023) Deve-se tomar nota que para estas
produções, como numa excursão para reconhecer os tipos de poluição numa
cidade, as fotografias devem ser tiradas sem alterações no meio para se manter
fiel ao propósito do estudo científico.
O enquadramento, refere-se à composição visual da imagem dentro dos
limites da moldura. É a escolha da perspectiva, posição e recorte que determina
como os elementos dentro da cena serão organizados e apresentados. O
enquadramento é uma ferramenta crucial para contar uma história, destacar
elementos importantes e criar uma estética visual atraente. Uma composição
bem-feita pode resultar em uma imagem visualmente cativante e impactante.
Como segundo o dicionário Funarte para a fotografia digital:
Ato de limitar dentro do visor os elementos que serão registrados no filme
para a formação da imagem fotográfica. Enquadramento e composição
estão intimamente relacionados, pois o ato de compor pode ser definido
como o de enquadrar com discernimento, equilíbrio e conhecimento
técnico. (FUNARTE, 2023)
Foto 1
Nesta foto, o enquadramento foi centralizado para mostrar principalmente a
flor do cacto e seus tons de cor, utilizando um close para que tenha foco total nela
e em suas características.
Foto 2
Nesta, utilizou-se um enquadramento bem amplo, compondo o canal do
Itajuru e seus arredores, mostrando a paisagem e o espaço em seu entorno para
descrever o cenário.
Esse embelezamento natural pela simetria encontrada nas fotos se dá pois
o ser humano nota inerentemente padrões na natureza, e essa beleza, por mais
que não notada à primeira vista, é percebida e apreciada. (VICENTE, J. M;
VICENTE, M. 2015, 1:05 min.)
Logo, o conhecimento necessário para conseguir conceber a ideia de
fotografar a natureza em aula é básico, sendo facilmente aprendida pelos alunos,
mas deve ser exercitada para melhor aproveitamento das técnicas.
Nota-se também que, a fotografia é um recurso intuitivo, autoral e é
estimulante da produção de conteúdo. Também “recupera a autoestima” como
dito por Justo (2003) no seu programa experimental de jovens fotógrafos, que se
sentem importantes em contribuir para a sua comunidade por discriminar os erros
que a prefeitura insiste em cometer, trazendo essas informações à tona em rodas
de debate e na reivindicação dos seus direitos.
Então como resultados dessa pesquisa as seguintes técnicas foram
selecionadas:
1- Linhas de orientação
2- Regra dos terços
3- Close
2 Google Fotos
O Google Fotos é um aplicativo de armazenamento e compartilhamento de
fotos, desenvolvido pelo Google que se encontra na forma de aplicativo para
smartphones Android e IOS, trazendo facilidades ao usuário por facilmente
indexar as fotografias e possuir alguns recursos de edição muito uteis, assim
como os de catalogação. Devido a maior quantidade de aparelhos Android serem
observados durantes expedições fotográficas, este estudo visará sua utilização, já
que é mais acessível que os aparelhos que suportam IOS.
Ao utilizar o smartphone para tirar fotografias, o aparelho armazena as
fotografias no aplicativo nativo de armazenamento, que é, geralmente, chamado
de “galeria” ou algum nome do gênero que pode variar de dispositivo para
dispositivo. E quando o aparelho possui conexão com a conta google, o G-MAIL,
por default¹ arquiva as fotografias na tela principal do aplicativo, na aba “Fotos”
como indicado pelo rodapé. A escolha desse aplicativo devesse ao app ser um
ponto de convergência entre muitas opções de manipulação de imagem,
possibilitando o usuário a salvar, editar, compartilhar, organizar e excluir,
facilitando o acesso a todos que possuem o sistema. Então será utilizado o
sistema do Google, o Google Fotos, para esta proposta, e não o sistema da
galeria.
Figura 3 – Página fotos
Essas fotos são organizadas e apresentadas das imagens mais recentes
para as mais antigas, contendo nos dados da fotografia a data e a hora em que a
foto foi retirada. Todas as imagens, sejam fotografias, screenshots¹ ou imagens
compartilhadas pelas redes sociais serão apresentadas na aba “fotos” do Google
Fotos.
Neste app existem quatro funções principais visualizadas na parte inferior e
distribuídos horizontalmente. Estas são “Fotos”, “Recordações”, “Biblioteca” e
“Pesquisar”. Na pasta primeira função, é possível viajar entre as imagens através
da grade (como na figura 1), e clicar nelas para obter mais informações, de lá é
possível baixar fotos antigas que foram carregadas para a nuvem³ e editar as
fotografias, também é possível selecionar cada fotografia para adicioná-las numa
pasta ou álbum na seção “Biblioteca”.
Figura 5 - Detalhes
Os dados serão apresentados um pouco mais abaixo, juntamente a
possibilidade de pôr efeitos na fotografia e ver onde ela foi fotografada no mapa.
Os dados apresentados são a data, hora, localização, aparelho em que a
fotografia foi feita, tamanho, dimensões, e as propriedades da câmera que foram
utilizadas.
Figura 6 – Metadados
3.1 Google Fotos: Edição de Fotografia
Voltando as quatro funções anteriores, o clicar em “editar” na área inferior
da tela, a aba de edições da foto será aberta e várias possibilidades de edição
serão possíveis. À primeira vista, o google fotos exibe sugestões de ajustes
automáticos que aplicam filtros de realce para a fotografia. Ao mover a tela para a
direita, também se encontram as opções de “Cortar”, “Ferramentas”, “Ajustar”,
“Filtros”, “Marcação” e “Mais”. Na opção “Cortar” é possível recortar a foto para
alterar suas proporções, ou ajustar a composição da imagem.
Para criar um álbum, basta somente clicar no sinal de “+” onde se encontra
escrito abaixo “novo álbum”, é necessário adicionar uma imagem para que o
álbum seja criado.
Vale citar que na parte intitulada de “Câmera”, todas as imagens, sendo
fotografias e screenshots, que foram retiradas pelo próprio dispositivo serão
apresentadas.
Na função pesquisar, você busca por algumas imagens baseando-se nos
dados da imagem (os metadados como data e hora) ou até pela descrição da
imagem, então será exibida uma grade de busca onde estarão apresentadas as
imagens filtradas mediante a frase buscada. O sistema não é perfeito, as vezes
não encontrando a imagem proposta, por isso então é recomendado adicionar
esta foto num álbum para poder visitá-la com mais facilidade posteriormente.
Após a prática fotográfica, o Google Fotos mostra praticidade para fazer as
edições necessárias para retirar algum objeto do enquadramento utilizando a
ferramenta cortes. Na foto abaixo, existe um objeto invadindo a fotografia pela
direita, o que atrapalha uma composição limpa, e o horizonte não está de acordo
com a regra dos terços, pois está torto.
Figura 8 – Exemplo de edição
Na foto abaixo esse problema foi corrigido com as ferramentas de edição,
com a ferramenta “Cortar”, que além de cortar a fotografia, ela também pode
ajustar sua inclinação.
Foto 2 - Refeitorio
Esta é uma foto do refeitório do campus, também foi centralizada para
melhor contextualizar sua localidade. Fotos com os objetos centralizados tendem
a ser muito práticos e atendem muito bem o método descritivo da fotografia.
Foto 3 – Bloco G
Esta é uma foto de um dos laboratórios do campus, também centralizada.
Existe certa distorção nessa imagem pelo uso da câmera panorâmica do telefone,
deve-se tomar cuidado com isso para evitar esse comportamento já que afeta a
simetria da fotografia. A seguir, uma foto sem distorções:
Foto 4 – Bloco G
E a seguir, uma foto do bloco C. Neste espaço foi treinado o nivelamento
da fotografia, pois neste local, o bloco é levemente desnivelado com o terreno,
tendo então que reposicionar a foto para não a entortar.
Foto 5 – Bloco C
4.2 Cidade de Araruama
Nas expedições feitas para esta pesquisa, Araruama fora usada como um
palco de realização de fotografias, focando na sua parte mais urbanizada (que
seria o centro de Araruama) para identificar questões ambientais urbanas, como
poluição visual, da água e das ruas, e fazer o reconhecimento do local utilizando
de fotografias com o celular. Os principais pontos utilizados para esse estudo
foram a praça menino João Hélio, a lagoa de Araruama, e o centro comercial da
cidade e seus arredores.
Foto 19 -
Conclusões
Neste projeto observamos que o uso de técnicas de composição como
close, regra dos terços e linhas de orientação, aliados ao google fotos são
recursos produtivos para a prática pedagógica pelos motivos de serem muito
acessíveis, já que a grande parte da população no Brasil possui acesso a um
smartphone com câmera. Das técnicas empregadas, são facilmente utilizadas e
rapidamente aprendidas, tal que a regra dos terços divide o quadro em 9 partes
iguais, as linhas de orientação guiam o olhar do leitor para algum ponto da foto, e
o close-up da mais detalhes ao objeto que está sendo fotografado.
Segundo as DCNEA (2013) a escola se faz necessária fazer o aluno fazer
práticas ambientais por envolver uma educação cívica, responsável e crítica,
possibilitando decisões transformadoras e o faz entender o parâmetro local em
que se situa.
O google fotos é o recurso escolhido pela riqueza de instrumentos no
sistema, muitas alterações são possíveis, desde fazer uma coleção de fotografias
separadas por tópicos a fazer cortes e edições das cores da fotografia. ele
possibilita trabalhar com fotografia ambiental por fornecer reajustes de
enquadramento e edições de proporção da imagem, além de armazenar todo o
conteúdo em um só lugar. essas informações foram averiguadas em praticadas
durante as expedições fotográficas pela região dos lagos, na unidade do iff em
cabo frio sempre num primeiro momento de aplicação, após em Araruama
observando a urbanização da cidade e a sua famosa lagoa, e são Pedro da
Aldeia, aproveitando seus espaços amplos.