You are on page 1of 20

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL DO BOLSISTA

Identificação
Nome completo do aluno: Andrew Bolzan Garcia
Campus (do aluno):Cabo Frio
Modalidade da bolsa: PIBITI
Nome do orientador: Fábio de Lima Wenceslau

Título do projeto

Fotografia Ambiental: Aprender Fazendo

Introdução (justificativa e objetivos)

Este projeto de pesquisa, intitulado “Fotografia ambiental: aprender


fazendo”, promove a seleção e o estudo de técnicas fotográficas que podem ser
produtivamente transpostas para a educação básica, inclusive de edição, a fim de
promover práticas pedagógicas de Educação Ambiental. Para a realização deste
estudo, em um exercício frequente de prática fotográfica, na perspectiva do
“apender fazendo”, estudam-se técnicas de fotografia e de edição fotográfica,
especialmente aquelas que possam ser produzidas com aparelho de telefone
celular/smartphones, recurso acessível aos alunos. Considera-se, conforme
Machado (2015, p. 13), que “A fotografia em particular, [...] tem sido conhecida
como o espelho do mundo”. Este projeto se efetiva como atividade de pesquisa e
de iniciação cinética, mas também de ensino no campus Cabo Frio do IF
Fluminense, com potencial futuro para a inovação pedagógica e a extensão.
Este projeto filia-se a um projeto maior, em desenvolvimento, denominado
“Educação Ambiental para a Região dos Lagos”, coordenado por este proponente,
que se propõe abordar a Educação Ambiental como objeto de estudo, a fim de
promover a compreensão de sua abrangência e relevância na educação brasileira
atual, mais especificamente para a realizada na Região dos Lagos, área de
atuação deste campus. No escopo desta pesquisa ampliada, são conduzidos os
projetos de iniciação científica “A fotografia como recurso pedagógico de
Educação Ambiental” (finalizado em 2022; com bolsista PIBIC-IFF) e “A fotografia
ambiental na escola” (em andamento; com bolsista PlBlC/Cnpq); projetos esses
que ressignificam a fotografia como um instrumento produtivo de Educação
Ambiental, que conscientizam sobre questões e problemas ambientais,
especialmente os locais, incentivando a produção autoral de textos.
A cultura contemporânea da imagem, da fotografia, da selfie, possibilitada,
inclusive, pela facilidade de acesso dos alunos a celulares com câmeras
fotográficas, torna cada indivíduo um potencial observador crítico dos problemas e
das questões ambientais de sua cidade, se for bem orientado pela escola. Para
isso, é necessário o desenvolvimento de competências de compreensão e de
produção de imagens, ou seja, é preciso conhecer e dominar, minimamente, a
linguagem visual. Assume-se que, como Barthes (2018, p.17) ensina, “[...] ele [o
fotógrafo] olha, limita, enquadra e coloca em perspectiva o que ele quer ‘captar’
(surpreender)”. Essa relação com a fotografia, para seu aprimoramento e uso
consciente, implica o conhecimento de regras de composição fotográfica e de
edição de imagens.
Educar para a consciência ambiental é um objetivo relativamente recente na
educação brasileira. A Constituição Federal de 1988, atendendo a demandas,
nacionais e internacionais discutidas nas últimas décadas do século XX, de
preocupação com o uso desmedido dos recursos naturais, reconhece e determina a
necessidade de tratamento das questões ambientais em seu artigo 225: “Todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” (BRASIL,
1988).
Neste projeto de pesquisa, reitera-se que a fotografia é um recurso acessível e
produtivo, que pode ser tomada como uma “ferramenta pedagógica” para a Educação
Ambiental. Considerando-se resultados dos projetos anteriormente citados, observa-se
que, ao aprenderem algumas técnicas fotográficas, os alunos desenvolvem uma
percepção de padrões fotográficos, de qualidade de iluminação e de cores. Segundo
VICENTE; VICENTE (2015, 0:51s), isso ocorre porque “gostamos naturalmente das
formas e imagens quando percebemos essas formas e imagens”. Entende-se, por isso,
a necessidade deste estudo mais aprofundado sobre essas regras de composição e de
edição fotográfica.
É preciso superar o ensino do século XIX, cuja tradição é de conhecimento
veiculado quase que exclusivamente pela linguagem verbal. Ao adotar a fotografia
como recurso ou ferramenta pedagógica, a escola atualiza seus suportes de
conhecimento e suas práticas educacionais, assumindo a relevância da cultura
imagética atual, produzida e reproduzida infinitamente em sites e redes sociais.
Além disso, neste projeto, a produção e a compreensão da imagem fotográfica
adota a perpectiva inovadora do “aprender fazendo”, tomando o aluno um agente
ativo de sua própria aprendizagem. 0 conhecimento técnico, nesse caso, ainda que
não pretenda ser profissional, contribui com a capacidade de produção e de
compreensão da fotografia.
Objetivos:
Geral:
- Selecionar técnicas de composiçao e de ediçao de fotografia, que possam ser
produtivamente aplicadas em práticas pedagógicas de Educaçao Ambiental na
Educaşão Básica.

Específicos:
- Revisar propostas e parâmetros educacionais brasileiros para a Educaçao Ambiental;
- Selecionar conteúdos técnicos de composiçăo fotográfica, para aproveitamento em
práticas pedagógicas;
- Selecionar conteúdos técnicos de edição fotográfica, para aproveitamento em
práticas pedagógicas;
- Verificar, pelo exercício prático da fotografia, o aproveitamento de técnicas
fotográficas para a transposição didática;
- Realizar um levantamento de programas e de aplicativos gratuitos para a edição e
a socialização de fotografias ambientais.

METODOLOGIA
Esta pesquisa é realizada com a leitura crítica de documentos oficiais, de
parâmetros e de diretrizes, para levantamento das características da Educação
Ambiental, que sejam essenciais para a compreensão da noção de fotografia
ambiental. Paralelamente, é realizada a leitura de investigação sobre conteúdos
técnicos de composição e de edição fotográfica, para transposição didática na
perspectiva da Educação Ambiental. Cada técnica fotográfica selecionada foi
testada pela produção de fotografias, que tenham como objeto questões
ambientais e espaços naturais e urbanos de cidades da Região de Lagos:
Araruama, Cabo Frio (Campus do IFF) e São Pedro da Aldeia. Para isso, também
foram realizadas sessões fotográficas nesses espaços. Essas fotografias,
produzidas com aparelho de telefone celular deste pesquisador bolsista, e são
editadas em equipamentos próprios e do IFF Cabo Frio.

Resultados e Discussão

1 Documentos Norteadores
Dos documentos norteadores da educação brasileira tem-se os PCN
(1998), as DCNEA (2013), que dão fundamentos a serem acatados pelo sistema
educacional no Brasil, servindo como apoio na elaboração do PPC de uma
instituição formal de ensino.
Os Parâmetros curriculares Nacionais Temas Transversais Meio Ambiente
(1998) são um conjunto de diretrizes e orientações elaboradas pelo Ministério da
Educação (MEC) do Brasil com o objetivo de promover a Educação Ambiental no
contexto do sistema educacional brasileiro. Esses parâmetros foram
desenvolvidos para orientar escolas e educadores sobre como incluir a temática
ambiental de forma transversal nos currículos escolares em todos os níveis de
ensino.
A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se
evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos
elementos na constituição e manutenção da vida. Em termos de
educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de
um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da
participação, da co-responsabilidade, da solidariedade e da eqüidade.
(BRASIL, 1998, p.19)
Então, os PCN (BRASIL, 1998, p.57) elaboraram formas de trabalhar
Educação Ambiental em sala de aula, interdisciplinarmente, ou seja, integrada a
todas as disciplinas do currículo escolar, possibilitando uma abordagem holística
dos problemas ambientais.
Nessa conferência definiu-se a Educação Ambiental como “uma dimensão dada
ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas
concretos do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma
participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade
Os temas relacionados à Educação Ambiental deveriam ser apresentados
de maneira contextualizada, conectando-os com a realidade local, regional e
global, para que os estudantes possam compreender as questões ambientais em
seu contexto social e cultural.
O trabalho com a realidade local possui a qualidade de oferecer um
universo acessível e conhecido e, por isso, passível de ser campo de
aplicação do conhecimento. Grande parte dos assuntos mais
significativos para os alunos estão circunscritos à realidade mais
próxima, ou seja, sua comunidade, sua região. E isso faz com que, para
a Educação Ambiental, o trabalho com a realidade local seja de
importância vital (BRASIL, 1998, p.36)
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental ou DCNEA
(BRASIL, 2013) são um conjunto de orientações estabelecidas pelo Ministério da
Educação (MEC) do Brasil com o objetivo de promover a inclusão da Educação
Ambiental no currículo escolar em todos os níveis de ensino, reafirmando as PCN
(1998) para formar um sujeito com comprometido com a sustentabilidade do
planeta.
Pode-se identificar que as DCNEA (2013) reafirmam os PCN (1998)
especialmente implicando as noções de contextualização, participação crítica e
engajamento social.
Educação Ambiental envolve o entendimento de uma educação cidadã,
responsável, crítica, participativa, em que cada sujeito aprende com
conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos saberes
tradicionais, possibilitando a tomada de decisões transformadoras, a
partir do meio ambiente natural ou construído no qual as pessoas se
integram. A Educação Ambiental avança na construção de uma cidadania
responsável voltada para culturas de sustentabilidade socioambiental
(BRASIL, 2013, p. 535)

2 Técnicas Fotográficas
Nota-se que a fotografia, apesar de ser muito utilizado no meio digital pelas
suas qualidades artísticas, para este estudo, ela terá principal papel no
desenvolvimento científico do aluno, comunicando questões ambientais através
de suas produções fotográficas utilizando das técnicas que serão dissertadas a
seguir.
Para primeiro entender quais as técnicas utilizadas na produção dessa
pesquisa, é necessário entender o significado de composição. Ela se refere à
organização dos elementos em uma imagem, incluindo o assunto principal,
primeiro plano, fundo e elementos secundários, com o objetivo de alcançar
harmonia e estética visual. (FUNARTE, 2023) Deve-se tomar nota que para estas
produções, como numa excursão para reconhecer os tipos de poluição numa
cidade, as fotografias devem ser tiradas sem alterações no meio para se manter
fiel ao propósito do estudo científico.
O enquadramento, refere-se à composição visual da imagem dentro dos
limites da moldura. É a escolha da perspectiva, posição e recorte que determina
como os elementos dentro da cena serão organizados e apresentados. O
enquadramento é uma ferramenta crucial para contar uma história, destacar
elementos importantes e criar uma estética visual atraente. Uma composição
bem-feita pode resultar em uma imagem visualmente cativante e impactante.
Como segundo o dicionário Funarte para a fotografia digital:
Ato de limitar dentro do visor os elementos que serão registrados no filme
para a formação da imagem fotográfica. Enquadramento e composição
estão intimamente relacionados, pois o ato de compor pode ser definido
como o de enquadrar com discernimento, equilíbrio e conhecimento
técnico. (FUNARTE, 2023)

Das técnicas de composição empregadas, a regra dos terços foi a mais


explorada por ser a mais famosa e simples de usar, juntamente a utilização de
linhas de orientação e close.
A regra dos terços consiste na divisão do quadro em 9 partes iguais através
de linhas horizontais e verticais, e daí, o autor da foto pode fazer diversos tipos de
composição do cenário, como posicionar uma das linhas alinhada ao horizonte, ou
posicionar o objeto no encontro das linhas, os chamados “pontos de ouro” da
regra dos terços. (DAVIS, 2011)

Nessa composição por exemplos, a primeira linha horizontal está fixada no


horizonte, isso separa a imagem em 2 terços para o céu e 1 terço para o chão,
criando uma simetria na imagem, isso juntamente com os grupos de pessoas
próximos aos pontos de ouro.
As linhas de orientação ou linhas guia são linhas que levam o olhar do leitor
para algum ponto na foto, partindo geralmente do começo do quadro e
convergindo no infinito da fotografia. (VALLE, P. D. 2019, 2:31 min.)
Fonte: Autor (2023)
Nesta foto se apropriando de uma linha de orientação sinuosa, é possível
levar a visão de quem lê a imagem para o final da foto, ou seja, o direcionando ao
bloco J do IFF Cabo Frio.
Além das linhas sinuosas, também existem as linhas horizontais, verticais,
diagonais e convergentes, cada uma transmitindo uma sensação diferente e
guiando o olhar do observador.
 As linhas horizontais transmitem estabilidade, enquanto as linhas
verticais sugerem altura.
 As diagonais acrescentam dinamismo, enquanto as curvas evocam
elegância.
 Linhas convergentes criam uma sensação de profundidade e
perspectiva.
Usando essas linhas para criar composições equilibradas, direcionando a
atenção para elementos específicos da imagem.
O close designa o retrato realizado em extremo primeiro plano, focalizando
apenas o rosto, ou parte do rosto do retratado. Na verdade, a foto em close é toda
aquela em que o ângulo de visão é menor que o normal, pois o fotógrafo se
aproxima bastante do tema para obter uma visão ampliada do detalhe fotografado.
Para os closes extremos existem dispositivos especiais para a correção do foco,
como lentes macro, tubos e foles de extensão. Tais closes extremos, que
oferecem uma reprodução do assunto numa escala igual ou superior a 1:1, são
chamados de macro fotografia
Os planos variam dos mais diversos, dos mais focados no detalhe
(próximos) aos mais abertos para um panorama visual (distantes).

Foto 1
Nesta foto, o enquadramento foi centralizado para mostrar principalmente a
flor do cacto e seus tons de cor, utilizando um close para que tenha foco total nela
e em suas características.
Foto 2
Nesta, utilizou-se um enquadramento bem amplo, compondo o canal do
Itajuru e seus arredores, mostrando a paisagem e o espaço em seu entorno para
descrever o cenário.
Esse embelezamento natural pela simetria encontrada nas fotos se dá pois
o ser humano nota inerentemente padrões na natureza, e essa beleza, por mais
que não notada à primeira vista, é percebida e apreciada. (VICENTE, J. M;
VICENTE, M. 2015, 1:05 min.)
Logo, o conhecimento necessário para conseguir conceber a ideia de
fotografar a natureza em aula é básico, sendo facilmente aprendida pelos alunos,
mas deve ser exercitada para melhor aproveitamento das técnicas.
Nota-se também que, a fotografia é um recurso intuitivo, autoral e é
estimulante da produção de conteúdo. Também “recupera a autoestima” como
dito por Justo (2003) no seu programa experimental de jovens fotógrafos, que se
sentem importantes em contribuir para a sua comunidade por discriminar os erros
que a prefeitura insiste em cometer, trazendo essas informações à tona em rodas
de debate e na reivindicação dos seus direitos.
Então como resultados dessa pesquisa as seguintes técnicas foram
selecionadas:
1- Linhas de orientação
2- Regra dos terços
3- Close
2 Google Fotos
O Google Fotos é um aplicativo de armazenamento e compartilhamento de
fotos, desenvolvido pelo Google que se encontra na forma de aplicativo para
smartphones Android e IOS, trazendo facilidades ao usuário por facilmente
indexar as fotografias e possuir alguns recursos de edição muito uteis, assim
como os de catalogação. Devido a maior quantidade de aparelhos Android serem
observados durantes expedições fotográficas, este estudo visará sua utilização, já
que é mais acessível que os aparelhos que suportam IOS.
Ao utilizar o smartphone para tirar fotografias, o aparelho armazena as
fotografias no aplicativo nativo de armazenamento, que é, geralmente, chamado
de “galeria” ou algum nome do gênero que pode variar de dispositivo para
dispositivo. E quando o aparelho possui conexão com a conta google, o G-MAIL,
por default¹ arquiva as fotografias na tela principal do aplicativo, na aba “Fotos”
como indicado pelo rodapé. A escolha desse aplicativo devesse ao app ser um
ponto de convergência entre muitas opções de manipulação de imagem,
possibilitando o usuário a salvar, editar, compartilhar, organizar e excluir,
facilitando o acesso a todos que possuem o sistema. Então será utilizado o
sistema do Google, o Google Fotos, para esta proposta, e não o sistema da
galeria.
Figura 3 – Página fotos
Essas fotos são organizadas e apresentadas das imagens mais recentes
para as mais antigas, contendo nos dados da fotografia a data e a hora em que a
foto foi retirada. Todas as imagens, sejam fotografias, screenshots¹ ou imagens
compartilhadas pelas redes sociais serão apresentadas na aba “fotos” do Google
Fotos.
Neste app existem quatro funções principais visualizadas na parte inferior e
distribuídos horizontalmente. Estas são “Fotos”, “Recordações”, “Biblioteca” e
“Pesquisar”. Na pasta primeira função, é possível viajar entre as imagens através
da grade (como na figura 1), e clicar nelas para obter mais informações, de lá é
possível baixar fotos antigas que foram carregadas para a nuvem³ e editar as
fotografias, também é possível selecionar cada fotografia para adicioná-las numa
pasta ou álbum na seção “Biblioteca”.

Figura 4 – Foto ampliada


Ainda na guia “Fotos”, ao clicar em uma imagem, é possível observar
quatro opções, com elas é possível compartilhar a imagem, editá-la, fazer uma
busca no google e exclui-la, respectivamente “Compartilhar”, “Editar”, “Lens” e
“Excluir”. Clicando nos três pontos no canto superior direito ou arrastando para
cima, uma nova guia será mostrada, com uma grande variedade de opções, além
disto, os metadados da imagem serão exibidos. As principais opções
apresentadas na parte horizontal são:
 Adicionar ao álbum: Acrescenta a foto selecionada a algum dos
seus álbuns criados na seção Biblioteca.
 Arquivar: Guarda a fotografia na seção “Arquivo” da Biblioteca.
 Fazer o download: Baixa a imagem para o dispositivo
As outras opções são: “Criar”, “Mover p/ Pasta trancada”, “Usar como”,
“Apresentação de slides”, “imprimir” e “Ajuda e feedback”.

Figura 5 - Detalhes
Os dados serão apresentados um pouco mais abaixo, juntamente a
possibilidade de pôr efeitos na fotografia e ver onde ela foi fotografada no mapa.
Os dados apresentados são a data, hora, localização, aparelho em que a
fotografia foi feita, tamanho, dimensões, e as propriedades da câmera que foram
utilizadas.
Figura 6 – Metadados
3.1 Google Fotos: Edição de Fotografia
Voltando as quatro funções anteriores, o clicar em “editar” na área inferior
da tela, a aba de edições da foto será aberta e várias possibilidades de edição
serão possíveis. À primeira vista, o google fotos exibe sugestões de ajustes
automáticos que aplicam filtros de realce para a fotografia. Ao mover a tela para a
direita, também se encontram as opções de “Cortar”, “Ferramentas”, “Ajustar”,
“Filtros”, “Marcação” e “Mais”. Na opção “Cortar” é possível recortar a foto para
alterar suas proporções, ou ajustar a composição da imagem.

Figura 7 – Opções de edição


Na opção “Cortar” é possível recortar a foto para alterar suas proporções,
ou ajustar a composição da imagem.
Figura 6 - Recortar
A opção “Ferramentas” só é utilizável para quem possui a assinatura do
“Google One”, que habilita mais edições e armazenamento no sistema Google,
então não será comentada. Na opção “Ajustar”, é possível alterar as propriedades
da imagem, como brilho e contraste. Em “Filtros”, predefinições serão mostradas
de como embelezar a fotografia, mudando suas tonalidades. Em “Marcação” é
possível marcar a foto e por textos, e na opção “Mais” serve para salvar a
fotografia em outros softwares de armazenamento no celular.
Agora na tela inicial, olhando para o rodapé, existe ainda a função
“Recordações” que mostra um conjunto pré-selecionado de fotos para se recordar.
Logo após, se direcionando a aba “Biblioteca”, é possível observar as opções de
“Arquivo”, “Lixeira”, “Gerenciamento” e “Favoritos”, também sendo possível ver as
fotos presentes no dispositivo, e os álbuns salvos.
A biblioteca é a aba que apresenta as pastas onde se pode separar as
imagens, podendo organizar as fotografias em álbuns, arquivá-las, as favoritar,
gerenciá-las, e ver as imagens movidas para a lixeira. Para adicionar uma foto a
algum álbum, é possível usar a opção de “Adicionar ao álbum” que se encontra
logo ao selecionar uma imagem na aba “Fotos”, ou criar um álbum e selecionar as
fotos convenientes para esta pasta, catalogando várias fotos ao mesmo tempo.
Figura 7 - Biblioteca

Para criar um álbum, basta somente clicar no sinal de “+” onde se encontra
escrito abaixo “novo álbum”, é necessário adicionar uma imagem para que o
álbum seja criado.
Vale citar que na parte intitulada de “Câmera”, todas as imagens, sendo
fotografias e screenshots, que foram retiradas pelo próprio dispositivo serão
apresentadas.
Na função pesquisar, você busca por algumas imagens baseando-se nos
dados da imagem (os metadados como data e hora) ou até pela descrição da
imagem, então será exibida uma grade de busca onde estarão apresentadas as
imagens filtradas mediante a frase buscada. O sistema não é perfeito, as vezes
não encontrando a imagem proposta, por isso então é recomendado adicionar
esta foto num álbum para poder visitá-la com mais facilidade posteriormente.
Após a prática fotográfica, o Google Fotos mostra praticidade para fazer as
edições necessárias para retirar algum objeto do enquadramento utilizando a
ferramenta cortes. Na foto abaixo, existe um objeto invadindo a fotografia pela
direita, o que atrapalha uma composição limpa, e o horizonte não está de acordo
com a regra dos terços, pois está torto.
Figura 8 – Exemplo de edição
Na foto abaixo esse problema foi corrigido com as ferramentas de edição,
com a ferramenta “Cortar”, que além de cortar a fotografia, ela também pode
ajustar sua inclinação.

Figura 14 – Exemplo de recorte Foto 6 – Foto editada


Vale salientar que, para fazer fotografias ambientais, é necessário mostrar
o cenário da forma que ele é, ou seja, nas edições é de suma importância que não
haja uma alteração no contexto da foto, já que isso pode modificar o seu sentido,
o que implica em uma falsa forma de abordar a realidade.
Foto 7 – Exemplo de Enquadramento

Foto 8 – Enquadramento Editado


Na foto 8, a ponte pode criar uma linha de orientação até o fim da foto, mas
não está partindo dos vértices do quadro, para resolver isso e criar uma
percepção de profundidade, pode-se redimensionar a foto, e alinhar o horizonte
com as regras dos terços, compondo melhor a fotografia.

Foto 9 – Foto Assimétrica

Foto 10 – Foto Simétrica


Na foto 10, a arvore foi centralizada de forma que houvesse simetria em
seus cantos, então foi cortada para excluir uma parcela da imagem para respeitar
esse espaçamento.
4 Expedições
Nesse momento da pesquisa, a título de exemplificação, foram feitas
fotografias de três localidades da região dos lagos, o próprio Instituto Federal
Fluminense em Cabo frio, Araruama, e São Pedro da Aldeia. Essas incursões
foram feitas com intuito de reconhecimento do local e, no caso das cidades,
procurar por problemas ambientais urbanos. Com função didática, as fotos serão
apresentadas em pares para notar o antes e o depois das edições, juntamente a
uma descrição, após os refinos necessários no google fotos.
4.1 IFF CAMPUS Cabo Frio
Como exercício fotográfico constante, o IFF campus Cabo Frio é utilizado
como palco de experimentação de técnicas e as aplicações dos estudos voltados
para a pesquisa IFF Maker e anteriores. Tais exercícios serão mostrados a seguir.

Foto 1 – Casa de artes


Nesta imagem, a casa de artes do campus foi centralizada para possuir
melhor demonstração, e sua calçada foi usada como pedestal para destacá-la.

Foto 2 - Refeitorio
Esta é uma foto do refeitório do campus, também foi centralizada para
melhor contextualizar sua localidade. Fotos com os objetos centralizados tendem
a ser muito práticos e atendem muito bem o método descritivo da fotografia.

Foto 3 – Bloco G
Esta é uma foto de um dos laboratórios do campus, também centralizada.
Existe certa distorção nessa imagem pelo uso da câmera panorâmica do telefone,
deve-se tomar cuidado com isso para evitar esse comportamento já que afeta a
simetria da fotografia. A seguir, uma foto sem distorções:
Foto 4 – Bloco G
E a seguir, uma foto do bloco C. Neste espaço foi treinado o nivelamento
da fotografia, pois neste local, o bloco é levemente desnivelado com o terreno,
tendo então que reposicionar a foto para não a entortar.

Foto 5 – Bloco C
4.2 Cidade de Araruama
Nas expedições feitas para esta pesquisa, Araruama fora usada como um
palco de realização de fotografias, focando na sua parte mais urbanizada (que
seria o centro de Araruama) para identificar questões ambientais urbanas, como
poluição visual, da água e das ruas, e fazer o reconhecimento do local utilizando
de fotografias com o celular. Os principais pontos utilizados para esse estudo
foram a praça menino João Hélio, a lagoa de Araruama, e o centro comercial da
cidade e seus arredores.

Foto 11 – Lagoa de Araruama


Nesta imagem, foi seguida a regra dos terços com o apoio das linhas de
orientação alçados na margem da lagoa de Araruama, compondo uma visão
ampla do cenário, onde se pode observar o contraste de uma grama verde e de
um céu azul quase limpo.
Foto 12 – Letreiro de Araruama
Este é um exemplo de fotografia que mescla a utilização da regra dos
terços, linhas de orientação e o ajuste automático de imagem do google fotos.
Observa-se o coração no ponto de ouro inferior esquerdo e as a linha de
orientação guiando para o letreiro, do seu início ao seu fim.

Foto 13 – Rio Mataruna


Esta foto no centro de Araruama é um exemplo claro de como os fios
atrapalham a vista para o Rio Mataruna, tornando-se um tipo de poluição visual.
4.3 São Pedro da Aldeia
Uma expedição foi feita pelo professor orientador e orientando à São Pedro
da Aldeia, almejando os mesmos objetivos que Araruama.

Foto 14 – Letreiro de São Pedro

Foto 15 – Helicóptero militar


Foto 16 – Helicóptero militar
Nas fotos acima, é importante notar a diferença entre uma fotografia
horizontal e uma fotografia na vertical. Nas fotos na horizontal é possível exibir
mais contexto, apresentando os arredores. Nas fotos verticais, o objeto fica ocupa
mais do quadro, o que o torna o objeto principal da imagem, o detalhando mais,
porém, abdicando do contexto em seu entorno.

Foto 17 – Catequização dos indígenas

Foto 18 – Padre em Close-up


Estas fotos apresentam um patrimônio histórico que representa a
catequização dos indígenas pelos padres católicos. É um exemplo bem
conservado de arte na cidade. A técnica da primeira é a regra dos terços, dando
um espaço para cada estatua. Na segunda é também a re0gra dos terços, mas
observe que a primeira linha que divide a imagem na horizontal está posicionada
nos olhos da estátua.

Foto 19 -

Aqui, foi usada a técnica de linhas de orientação aproveitando os


corrimãos.
E na foto a seguir, tem-se uma visão ampla da lagoa de Araruama que
tange São Pedro da Aldeia, utilizando da linha de orientação num exemplo
semelhante a fotografia tirada em Araruama.

Foto 20 – Lagoa de Araruama em São Pedro

Conclusões
Neste projeto observamos que o uso de técnicas de composição como
close, regra dos terços e linhas de orientação, aliados ao google fotos são
recursos produtivos para a prática pedagógica pelos motivos de serem muito
acessíveis, já que a grande parte da população no Brasil possui acesso a um
smartphone com câmera. Das técnicas empregadas, são facilmente utilizadas e
rapidamente aprendidas, tal que a regra dos terços divide o quadro em 9 partes
iguais, as linhas de orientação guiam o olhar do leitor para algum ponto da foto, e
o close-up da mais detalhes ao objeto que está sendo fotografado.
Segundo as DCNEA (2013) a escola se faz necessária fazer o aluno fazer
práticas ambientais por envolver uma educação cívica, responsável e crítica,
possibilitando decisões transformadoras e o faz entender o parâmetro local em
que se situa.
O google fotos é o recurso escolhido pela riqueza de instrumentos no
sistema, muitas alterações são possíveis, desde fazer uma coleção de fotografias
separadas por tópicos a fazer cortes e edições das cores da fotografia. ele
possibilita trabalhar com fotografia ambiental por fornecer reajustes de
enquadramento e edições de proporção da imagem, além de armazenar todo o
conteúdo em um só lugar. essas informações foram averiguadas em praticadas
durante as expedições fotográficas pela região dos lagos, na unidade do iff em
cabo frio sempre num primeiro momento de aplicação, após em Araruama
observando a urbanização da cidade e a sua famosa lagoa, e são Pedro da
Aldeia, aproveitando seus espaços amplos.

Considerações do coordenador do projeto

You might also like