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Melanie Klein

Posição
esquizo-
paranóide
Psicologia da Personalidade II - 2023/2 Profa. Maíra Lopes Almeida
Contextualização
Teoria construída a partir da observação de crianças pequenas

Freud Klein

4 a 6 ANOS 4 a 6 MESES

Mudança de foco de estágios de desenvolvimento orgânicos


para as fantasias precoces 2
Conceitos básicos
Fantasias
Representações psíquicas pulsionais inconscientes. Por
exemplo, imagens inconscientes sobre o que é “bom” e
“mau”.

Estômago cheio Estômago vazio

BOM MAU 3
Conceitos básicos
Fantasias
Bebês que adormecem
enquanto sugam o dedo estão
FANTASIANDO ter o seio da
mãe dentro deles.

4
Conceitos básicos
Objetos
As pulsões são sempre direcionadas à um objeto. P.ex.:
fome - leite.

Os bebês se relacionam com objetos externos na


fantasia e na realidade.

Os objetos introjetados são mais do que pensamentos


internos acerca dos objetos externos; eles são fantasias
de internalizar o objeto em termos concretos e físicos.
5
Conceitos básicos
Posições
Os bebes organizam suas experiências em posições,
ou formas de lidar com os objetos internos e externos.

Klein escolheu o termo "posição" em vez de "estágío


do desenvolvimento" para indicar que as posições se
alternam; elas não são períodos de tempo ou fases do
desenvolvimento pelos quais urna pessoa passa

6
Fora de si
Arnaldo Antunes
"No começo, era o seio. E o sujeito
era o seio. O sujeito só vivia através
do seio, sendo o seio (“seio” em seu
sentido pleno: a um tempo mítico e
salvador em relação ao desamparo
do recém-nascido). "

(Nasio, 1995, p. 158)


Posição esquizo-paranóide
Relações de objeto existem desde o início da vida, sendo o seio
da mãe o primeiro objeto do bebê.

Esse seio é cindido em bom (gratificador) ou mau (frustrador)


em amor ou ódio.

Essas pulsões destrutivas voltadas contra o objeto expressam-


se primeiramente em fantasias de ataques sádico-orais ao seio
que evoluem para manifestações violentas contra o corpo do
cuidador principal. 9
Posição esquizo-paranóide
Essas fantasias e ataques geram medos e ansiedades
persecutórias no bebê

A maioria desses fenômenos - prevalentes nos primeiros meses


de vida - são encontrados posteriormente no quadro sintomático
da esquizofrenia.

Se os medos persecutórios forem muito intensos, os bebês não


conseguem elaborar a posição esquizo-paranóide e nem a
posição seguinte. 9
Posição esquizo-paranóide
O bebê, desamparado, corre o risco
de ser aniquilado pelo seio: ou
desaparece nele quando esse está
presente - já que ele é o seio.

Para o bebê existe o nada ou


satisfação alucinatória que o anula
como sujeito, quando o seio está
ausente.
5
Posição esquizo-paranóide
Estado de angústia extrema, primitiva, uma
angústia que é sentida como MEDO DE SER
ANIQUILADO e que assume a forma do
medo da perseguição (daí a angústia
paranóide).

O bebê - a partir da instância primitiva


do eu - reage. A função principal do eu
é administrar essa angústia primordial
clivando o objeto.
5
Mecanismos de defesa
Clivagem Identificação projetiva

Coexistência no ego de duas Um objeto externo pode ser detestado,


atitudes psíquicas para com a na medida em que represente uma parte
realidade exterior quando esta odiosa do sujeito: o sujeito ejeta, projeta
contraria uma exigência o que tem de “mau” no outro, e assim o
pulsional. identifica como mau.

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Clivagem

Defesa primordial da posição esquizo-paranóide

Duas atitudes psíquicas para com a realidade exterior


quando esta contraria uma exigência pulsional.

Uma leva em conta a realidade, a outra nega a realidade em


causa e coloca em seu lugar uma produção do desejo.

Estas duas atitudes persistem lado a lado sem se


influenciarem reciprocamente.
5
A clivagem é a defesa
mais primitiva
contra a angústia
Identificação Projetiva

Formada pela introjeção e projeção

Introjeção: a pulsão investe em um objeto e reproduz sua


imago. Participa da internalização, mas fragmenta os
objetos.

Projeção: operação pela qual o sujeito expulsa de si e


localiza no outro —pessoa ou coisa — qualida des,
sentimentos, desejos e mesmo “objetos” que ele
desconhece ou recusa nele.
5
Identificação projetiva

Mecanismo defensivo frente às angústias esquizoparanoides

Um objeto externo pode ser detestado, na medida em que


represente uma parte odiosa do sujeito: o sujeito ejeta,
projeta o que tem de “mau” e assim o identifica como mau.

Esse tipo de identificação, todavia, tem o inconveniente de


criar uma confusão entre o eu e o outro

5
CONCLUSÃO

Pelo “bom objeto”, o eu vem a se


organizar.
O “seio mau”, que se recusa
ou se vinga, é então percebido Podemos dizer que, sem o objeto
como um perseguidor interno
“bom”, isto é, sem a inscrição do
e externo.
bom seio presente e a do bom seio
ausente (alucinado), o
desenvolvimento se interromperia.

5
MLA
Obrigada!
mairaalmeida@ufg.br

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