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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de ciências tecnológicas

Licenciatura em Engenharia e Gestão de Tecnologias de Informação e Comunicação

Logica Computacional

Logica da primeira ordem

Discentes:

Eric Coelho

Guerra Sábado Artur

Macabule Ussene

Docente:

Msc. Eduardo Nhangalha

Maputo, Novembro de 2023


Índice
I. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................3
1.1. Objetivos...............................................................................................................................................3
1.1.1. Geral..................................................................................................................................................3
1.1.2. Específicos.........................................................................................................................................3
II. REVISÃO DA LITERATURA.....................................................................................................4
1.1. Sintaxe e Semântica de Logica de Predicados.............................................................................4
1.2. Alfabeto de Primeira Ordem........................................................................................................4
1.3. Variáveis e quantificadores...........................................................................................................5
1.4. Semântica da logica de predicados...............................................................................................6
1.5. Os modelos de Herbrand da LPO................................................................................................6
1.5.1. Definição.....................................................................................................................................6
1.5.2. Teorema......................................................................................................................................7
1.5.3. Demonstração.............................................................................................................................7
1.6. Sistemas dedutivos.........................................................................................................................7
1.7. Resolução da Primeira Ordem e Inferência em Teorias de Horn...............................................8
5.1 Instanciação universal e variáveis existenciais..................................................................................9
5.3. Unificação.........................................................................................................................................10
FORMAS NORMAIS E CLÁUSULAS DE HORN..............................................................................11
Cláusulas de Horn...................................................................................................................................12
Tipos de cláusulas....................................................................................................................................12
Algoritmo de verificação de satisfabilidade Algoritmo:........................................................................12
MÉTODO DE PROVA POR RESOLUÇÃO.........................................................................................12
RESOLUÇÃO EM LPO.........................................................................................................................13
ELIMINAÇÃO DO UNIVERSAL.....................................................................................................................13
EXEMPLO DE RESOLUÇÃO EM LPO............................................................................................................14
ELIMINAÇÃO DO EXISTENCIAL...................................................................................................................14
SKOLEMIZAÇÃO.........................................................................................................................................15
IMPLICAÇÃO DA SKOLEMIZAÇÃO...............................................................................................................15
DEPENDÊNCIA DAS VARIÁVEIS...................................................................................................................15
III. MATERIAIS E METODOLOGIA.............................................................................................15
IV. CONCLUSÃO..............................................................................................................................17
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................18
I. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem o propósito de debruçar sobre Lógica de Primeira Ordem.

A principal diferença entre lógica proposicional e a lógica de primeira ordem é o compromisso


ontológico, ou seja, o que cada linguagem pressupõe sobre a natureza da realidade, lógica
proposicional pressupõe que existem fatos que são válidos e não-válidos no mundo enquanto que
a lógica de primeira ordem pressupõe que o mundo consiste em objetos com certas relações entre
eles que são válidas ou não válidas.

1.1. Objetivos
1.1.1. Geral

Compreender os fundamentos da Lógica de Primeira Ordem.

1.1.2. Específicos

 Descrever a Sintaxe e Semantica de Logica de Predicados;


 Descrever os modelos de Herbrand da LPO e Sistemas dedutivos;
 Explicar a Resolução da Primeira Ordem e Inferência em Teorias de Horn.

II. REVISÃO DA LITERATURA

Lógica de Primeira Ordem: cuja linguagem nos permite considerar o "interior" (ao qual não
podemos aceder) das proposições. As proposições elementares deixam de ser um todo e
passam a ter uma estrutura, na qual podem existir constantes, variáveis e funções. Contém

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dois símbolos adicionais em relação à lógica proposicional, os quantificadores existencial e
universal, que já conhecemos da matemática: ∃∃ e ∀∀, respetivamente.

I.1. Sintaxe e Semântica de Logica de Predicados


Além dos conectivos lógicos (¬, ∧, ∨ e →), as fórmulas bem-formadas da lógica de
predicados são compostas por objetos, predicados, variáveis e quantificadores.

Objetos e predicados

Na lógica de predicados, a noção de objeto é usada num sentido bastante amplo.

Objetos podem ser concretos (e.g., esse livro, a lua), abstratos (e.g., o conjunto
vazio, a paz), ou ficticios (e.g., unicorrnio). Objetos podem ainda ser atómicos ou
compostos (e.g., um teclado é composto de teclas). Em suma, um objeto pode ser
qualquer coisa a respeito da qual precisamos dizer algo. Por convenção, nomes de
objetos são escritos com inicial minuscula e assumimos que nomes diferentes denotam
objetos diferentes.

Um predicado denota uma relação entre objetos de um determinado contexto de


discurso. Por exemplo, podemos dizer que o bloco a está sobre o bloco b usando o
predicado sobre e escrevendo:

sobre(a, b); para dizer que o bloco b ´e azul, podemos usar o predicado cor e escrever
cor(b, azul) e, para dizer que o bloco b é maior que o bloco c, podemos usar o predicado
maior e escrever maior(b, c). Por convenção, nomes de predicados são escritos com
inicial minuscula.

I.2. Alfabeto de Primeira Ordem

Um alfabeto de primeira ordem é composto de:

 um conjunto SF de símbolos de função e um conjunto SP de símbolos de

predicado, disjuntos, juntamente com as respetivas aridades, uma função

τ : SF ∪ SP → IN0
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 um conjunto numerável X de variáveis;
 os conectivos ¬ (negação) , ∧ (conjunção), ∨ (disjunção ) e → (implicação) ;
 o quantificador universal ∀ e o quantificador existencial ∃;
 os símbolos de pontuação ( e ) (parênteses esquerdo e parênteses direito) e (vírgula).

O valor que a função τ atribui a cada símbolo de função ou de predicado

designa-se aridade do símbolo. Os símbolos de função de aridade 0 são designados

símbolos de constante. Os símbolos de predicado de aridade 0 são designados símbolos


proposicionais.

É possível considerar fragmentos de um alfabeto de primeira ordem. Pode considerar-se


por exemplo o fragmento em que ¬ e → são os únicos conectivos e ∀ o único
quantificador.

I.3. Variáveis e quantificadores


Grande parte da expressividade da lógica de predicados é devida ao uso dos conectivos
lógicos, que nos permitem formar sentenças complexas a partir de sentenças mais
simples. Por exemplo, considerando o contexto, podemos dizer que o bloco a está sobre
o bloco b e que este está sobre a mesa escrevendo:
sobre (a, b) ∧ sobre (b, mesa)
Entretanto, o que realmente torna a lógica de predicados mais expressiva que a lógica
proposicional é a noção de variáveis e quantificadores:
– Usando variáveis, podemos estabelecer fatos a respeito de objetos de um determinado
contexto de discurso, sem ter que nomear explicitamente esses objetos (por convenço,
nomes de variáveis são escritos com inicial maiuscula); ´
– Usando o quantificador universal (∀), podemos estabelecer fatos a respeito todos os
objetos de um contexto, sem termos que enumerar explicitamente todos eles; e, usando o
quantificador existencial (∃) podemos estabelecer a existencia de um objeto sem ter que
identificar esse objeto explicitamente.
Por exemplo, considerando novamente o contexto da Figura 1, podemos dizer

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que todo bloco est´a sobre alguma coisa (bloco ou mesa) escrevendo:
∀X[bloco(X) → ∃Y [sobre (X, Y)]]

I.4. Semântica da logica de predicados


O significado das fórmulas na logica de predicados depende da semântica dos conectivos
e da interpretação de objetos e predicados. Uma interpretação na lógica de predicados
consiste de:
– Um conjunto D 6= ∅, denominado domínio da interpretação;
– Um mapeamento que associa cada objeto a um elemento fixo em D;
– Um mapeamento que associa cada predicado a uma relação em D.
O quantificador ∀ denota uma conjunção e o quantificador ∃ denota uma
disjunção. Por exemplo, para D = {a, b, c}, a fórmula ∀X[colorido(X)] denota a
conjunção colorido(a) ∧ colorido(b) ∧ colorido(c) e a fórmula ∃X [cor (X, azul)
denota a disjunção cor (a, azul) ∨ cor (b, azul) ∨ cor (c, azul). Alem disso, como
¬ (α ∧ β) ≡ (¬α ∨ ¬β), ´e fácil ver que ¬∀X [cor (X, azul)] ≡ ∃X [¬cor (X, azul)
De modo analogo, concluimos que ¬∃X [cor (X, roxo)] ≡ ∀X [¬cor (X, roxo)].

I.5. Os modelos de Herbrand da LPO


Para aferir a validade (ou contradição) de uma fórmula, podemos nos restringir a uma
classe de modelos canónicos. Esses modelos são definidos a partir da sintaxe da
linguagem, e designam-se genericamente por Modelos de Herbrand (Almeida,
2007/2008).

I.5.1. Definição
Uma interpretação de Herbrand H é um conjunto de átomos fechados H (i.e. predicados
atómicos aplicados a termos base). A estrutura de interpretação é definido da seguinte
forma:
 O domínio de interpretação é constituído pelo conjunto de termos
 base TB;

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 A interpretação da função H(f) (com aridade n) consiste na função que, dados os
termos base (t1, . . . , tn) retorna o termo base f(t1, . . . , tn).
 A interpretação dos predicados H(P) (com aridade n) consiste na relação {(t1, . . . ,
tn)|P(t1, . . . , tn) ∈ H}
 Intuitivamente, uma interpretação de Herbrand é constituído por todos os átomos
verdadeiros.
 Dado que só estão envolvidos termos base (sem variáveis), os modelos de Herbrand
acabam por se aproximar dos modelos proposicionais.

I.5.2. Teorema
Uma fórmula existencial ϕ é válida se e só se qualquer interpretação de Herbrand validar
ϕ.
I.5.3. Demonstração
 Note que a fórmula existencial pode ser obtida por Herbranização de uma qualquer
fórmula.
 Dada a def. de validade de fórmulas existenciais, devem existir no modelo de
Herbrand “instâncias base” que testemunhem a existência das variáveis envolvidas.

I.6. Sistemas dedutivos


CONSEQUÊNCIA LÓGICA
c é uma conseqüência lógica das premissas, se toda interpretação que satisfaz todas as
premissas satisfaz também a conclusão c.
p1, p2, …, pn ╞ c
pi são premissas,
c é a conclusão do argumento
SISTEMAS DEDUTIVOS ou SISTEMAS DE INFERÊNCIA ou MÉTODOS DE
PROVA
Procedimento para cálculo de consequência lógica pela aplicação de regras de
inferência, i.e. dada uma teoria Γ={p1, …, pn} permite deduzir que uma fórmula A
é uma conclusão lógica de Γ por uma sequência de aplicações de regras de
inferência.

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Idéia fundamental: raciocínio é uma manipulação de símbolos. Se há uma sequência de
regras de inferência que permite concluir A de uma teoria Γ, então escreve-se (diz-se que
A é dedutível a partir de Γ):
antecedente ou hipótese ÇTEORIA
consequente ou conclusão: TEOREMA

MÉTODO CORRETO DE PROVA (CORRETUDE)


diz-se que um método de prova é correto se somente produz conclusões válidas:
p1 , p2 , …, pn ⊢ c sse p1 , p2 , …, pn ⊨ c
MÉTODO COMPLETO DE PROVA (COMPLETUDE) diz-se que um método de prova
é completo se consegue encontrar uma sequência de aplicações de regras de inferência
para toda conclusão válida p1 , p2 , …, pn ⊢ c sse p1 , p2 , …, pn ⊨ c p1 , p2 , …, pn ⊨ c
sse p1 , p2 , …, pn ⊢ c

I.7. Resolução da Primeira Ordem e Inferência em Teorias de Horn

Inferência na logica de predicados


Inferir conclusões corretas, a partir de um conjunto de premissas, é uma importante
característica de todo sistema logico. Para entendermos como a inferência pode ser
realizada na lógica de predicados, vamos considerar o argumento: {homem(socrates),
∀X[homem(X) → mortal(X)]} |= mortal(socrates) Normalizando1 essas fórmulas,
obtemos: {homem(socrates),¬homem(X) ∨ mortal(X)} |= mortal(socrates) Observe
que a regra de inferência por resolução não pode ser aplicada diretamente para
deduzir que Socrates é mortal, pois as fórmulas homem(socrates) e homem(X) não
são complementares. Entretanto, como a variável X é universal, podemos substituí-la
por qualquer constante do domínio. Então, fazendo X = socrates, obtemos uma nova
instância da fórmula ¬homem(X)∨mortal(X) e, assim, podemos inferir a conclusão
desejada. Veja:
(1) homem(socrates) ∆
(2) ¬homem(socrates) ∨ mortal(socrates) ∆/X=socrates
(3) mortal(socrates) RES(1, 2)

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5.1 Instanciação universal e variáveis existenciais
Infelizmente, o princípio de instanciação universal, que nos permite substituir
uma variável por uma constante, só funciona corretamente para variáveis universais.
Para entender o porque, considere a sentença “Todo mestre tem um discípulo”, que
pode ser traduzida como: ∀X[mestre(X) → ∃Y [discípulo (Y, X)]]
Sendo X uma variável universal, podemos substituí-la por qualquer constante
e a sentença obtida continuará sendo verdadeira. Particularmente, poderíamos
fazer X = xisto e obter a seguinte instância:
mestre(xisto) → ∃Y [discípulo (Y, xisto)].
1 Na forma normal, todas as variáveis sãs universais.

Note que se mestre(xisto) for verdade, a semântica da sentença original forçará


∃Y [discípulo (Y, xisto)] a ser verdade também e, como > → > ≡ >, concluímos
que a instância obtida é verdadeira. Por outro lado, se mestre(xisto) for falso,
independentemente do valor da fórmula ∃Y [discípulo (Y, xisto)], a instância obtida
também é verdadeira, pois ⊥ → ⊥ ≡ > e ⊥ → > ≡ >.
Agora, substituindo a variável existencial, obtemos a instância:
∀X[mestre(X) → [discípulo (xisto, X)],
que estabelece que “Todo mestre tem um discípulo chamado Xisto”. Evidentemente,
o significado da sentença original foi alterado. Isso acontece porque o
valor de Y depende do valor escolhido para X.
Uma forma de eliminar uma variável existencial, sem alterar o significado da
sentença original, ´e admitir a existência de uma função que representa o valor
correto para substituir a variável existencial. Por exemplo, poderíamos substituir
a variável existencial Y pela função seguidor(X), veja:
∀X[mestre(X) → [discipulo(seguidor(X), X)]
Note que, nessa instância, o significado da sentença original é mantido; já que
ela não se compromete com nenhum valor particular de Y .
No processo de skolemização

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cada variável existencial é substituída por uma função distinta, cujos argumentos são
as variáveis universais, globais a` variável existencial em questão [1]. Por exemplo,
podemos eliminar a vari´avel existencial
em ∀X, Y [p(X, Y ) → ∃Z∀W[q(Z, X) ∧ q(W,Z)]] fazendo Z = f(X, Y ). Caso
não haja uma variável universal global á variável existencial a ser skolemizada,
podemos usar uma função sem argumentos (ou uma constante). Por exemplo,
para eliminar a variável X em ∃X∀Y [p(X) → q(Y )] podemos fazer X = f.
Daqui em diante, assumiremos que todas as variáveis são universais (já que
as variáveis existenciais sempre podem ser eliminadas) e, portanto, os quantificadores
(universais) ficarão implícitos.
Exercício. Formalize as sentenças e skolemize as fórmulas obtidas:
– Todo cão é fiel ao seu dono.
– Existe um lugar onde todos são felizes.

5.3. Unificação
Como vimos, a inferencia por resolução requer que as fórmulas atómicas canceladas
sejam idênticas (a menos da negação que deve ocorrer numa delas). O processo que
determina que substituições são necessãrias para tornar duas fórmulas
Proposto e demonstrado pelo matemático Thoralf Skolem.
Uma variável é global a outra se é declarada antes dessa outra.

Lógica de Predicados
atómicas sintaticamente identicas é denominado unificação. Nesse processo, uma
variável pode ser substituída por uma constante, por uma vari´avel ou por uma
fun¸c˜ao. Por exemplo, podemos unificar gosta (Ana, X) e gosta (Y, Z), fazendo
Y =ana e X = Z. Tambem podemos unificar ama (deus, Y) e ama (X, filho(X)),
fazendo X = deus e Y = filho(deus). Já as fórmulas atómicas iguais (X, X)
e igual (bola, bala) não podem ser unificadas; pois, fazendo X = bola, obtemos
igual (bola, bola) e igual (bola, bala). Como bola e bala são constantes distintas,
não existe substituição que torne essas fórmulas atómicas idênticas. Também
não é possível substituir uma variável por uma função que tenha essa mesma

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variável como parâmetro, como por exemplo, X = f(X).
Para unificar duas fórmulas atómicas (sem variáveis em comum):
1. Compare as fórmulas ate encontrar uma incorrespondência ou atingir o final
de ambas;
2. Ao encontrar uma incorrespondência:
(a) se ela n˜ao envolver pelo menos uma vari´avel, finalize com fracasso;
(b) caso contr´ario, substitua todas as ocorrˆencias da vari´avel pelo outro
termo e continue a varredura (no passo 1);
3. Ao atingir o final de ambas, finalize com sucesso.

FORMAS NORMAIS E CLÁUSULAS DE HORN


 Diversos algoritmos assumem que as fórmulas estão na forma normal que
pode ser – conjuntiva (FNC) ou – disjuntiva (FND).

Ex. colocar as fórmulas na FNC é requisito para aplicar o método de prova por
resolução – usada por algoritmos SAT em geral Forma Normal Conjuntiva (FNC) •
FNC: transformar as fórmulas em uma conjunção de disjunções (¬q  p  r)  (s 
¬r)  { [¬q, p, r], [s, ¬r] } cláusula cláusula fórmula Notação clausal (q  p  r)  (r
 s)
literal: p ou p cláusula: disjunção de literais vazia: sem literais, é igual a constante
falsa ⊥

Forma Normal Conjuntiva forma geral ⋀ k=1 m L1  L2  ...  Lnk Forma Normal
Conjuntiva Teorema: para toda fórmula B da lógica proposicional clássica, há uma
fórmula A na FNC que é equivalente a B Algoritmo: ENT: uma fórmula B SAI: uma
fórmula A na FNC tal que A  B Para todas as subfórmulas de X,Y,Z de B faça
Redefinir → em termos de  e  Empurrar as negações para o interior por leis de
Morgan Eliminar a dupla negação Aplicar a distributividade de  sobre  Fim para A
fórmula A é obtida quando não mais substituições possíveis.

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Cláusulas de Horn
Exemplo (2 cláusulas): (p ⋁ q ⋁ r) ⋀ (q ⋁ s ⋁ t) equivalente à (p ⋀ q) → r ⋀ (q
⋀ s) →t
Tipos de cláusulas
Fatos: são cláusulas unitárias em que há um único literal e este é positivo. Ex.: p
Regras: são cláusulas na forma (p1 ⋁ ... ⋁ pn ⋁ q) equivalente à (p1 ⋀ ... ⋀ pn →
q), corpo da regra → cabeça Consultas ou restrições: são cláusulas de Horn sem
átomo positivo (p1 ⋁ ... ⋁ pn )
Cláusulas de Horn
Propriedades que tornam a manipulação mais simples do que cláusulas genéricas
LEMA 1
Se C é um conjunto de cláusulas de Horn sem nenhum fato, então C é satisfazível.
LEMA 2
C é um conjunto de cláusulas de Horn que contém um fato p.
C’ são cláusulas obtidas a partir de C removendo-se  p do corpo de todas as
cláusulas.
Então C  C’.

Algoritmo de verificação de satisfabilidade Algoritmo:


HornSAT(C) ENT: conjunto de cláusulas C SAI: Verdadeiro se C é satisfazível,
Falso, caso contrário.
// Casos base Se ⊥  C retorne falso Se C não contém fatos então retorne verdadeiro
// Passos redutores – levam aos casos base Seja p  C um fato Seja C’ obtida de C
removendo-se p de suas cláusulas retorne HornSAT(C’)

MÉTODO DE PROVA POR RESOLUÇÃO


Resolução em lógica de primeira ordem (LPO) – Reduzir a resolução em LPO à
resolução em LP pela:
• Eliminação/instanciação do universal
• Eliminação do existencial (skolemização).

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Para fazer inferência com quantificadores, a idéia básica é reduzi-la à inferência da
lógica proposicional.
RESOLUÇÃO EM LPO
1. Colocar a Γ U { } na FNC 2. Eliminar os quantificadores universais * 3.
Aplicar a regra de resolução. *primeiramente, excluiremos somente o
quantificador universal (depois, veremos com excluir o existencical.

FNC em LPO

• Eliminar implicação lógica

• Mover negações para dentro para que precedam os átomos utilizando as


equivalências • x() substituir por x(  )

• x() substituir por x.  • Padronizar as variáveis: cada quantificador deve


corresponder a uma variável

• x(p(x))  q(x) substituir por z.(p(z))  q(x)

• Eliminar todos os existenciais (será visto mais tarde)

• Mover universal para fora do escopo do  e do  utilizando as equivalências: ( 


x(β)) substituir por x(  β) desde que x não seja var. livreem (  x(β))
substituir por x(  β) desde que x não seja var. livreem

• Fazer conjunção de disjunções por meio da distributiva e das leis de Morgan

• Não colocar os quantificadores universais na FNC pois todas as fórmulas


quantificadas serão universais (desprezar ≠ eliminar)

ELIMINAÇÃO DO UNIVERSAL

Pode-se eliminar o quantificador universal pela instanciação universal ou unificação,


i.e. substituir as variáveis por valores concretos

X(rei(X)  ganancioso(X)  perverso(X)) joão constante que denota um objeto do


domínio ricardo constante que denota um objeto do domínio pai(X) função que
retorna o pai de X que é um objeto do domínio.

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Pela instanciação universal obtém-se:

rei(joão)  ganancioso(joão)  perverso(joão) rei(ricardo)  ganancioso(ricardo) 


perverso(ricardo) rei(pai(joão)  ganancioso(pai(joão))  perverso(pai(joão))

EXEMPLO DE RESOLUÇÃO EM LPO

Γ ⊢  ? sendo  = brinca(maria)

1. X (fund(X) criança(X)) 2. X (criança(X)brinca(X)) 3. fund(maria)


2. X (criança(X)brinca(X)) 3. fund(maria)
3. fund(maria
Γ U {} na FNC
1. {[fund (X), criança(X)], 2. [criança (X), brinca(X)], 3. [fund(maria)], 4.
[brinca(maria)]}
Logo, brinca(maria) é uma consequência lógica das fórmulas em Γ

EXEMPLO RESOLUÇÃO EM LPO

PREDICADOS RESPOSTA

ELIMINAÇÃO DO EXISTENCIAL

Para completar a resolução em LPO, é preciso tratar fórmulas com o quantificador existencial •
Para tal, faz-se a instanciação do existencial ou skolemização (do autor, Skolem). • A idéia básica
é exemplificada: X(coroa(X)  naCabeça(X, joão)),

Se existe um objeto que é uma coroa e que está sobre a cabeça do João, então podemos supor que
este objeto existe e nomêa-lo com um símbolo constante que não exista e nem venha a se repetir
na KB. No exemplo, c1 é chamado de constante de skolem.

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coroa(c1)  naCabeça(c1, joão)

SKOLEMIZAÇÃO

• Se existe um x, chame-o de a (constante)

x mae(x, jose) mae(a, jose)

• Se para todo x existe um y, chame-o de f(x)

x1 yP(x1 ,y) x1P(x1 ,f(x1 ))

x1 x2 yP(x1 , x2, y) x1 x2P(x1 , x2 , f(x1 , x2 ))

x1 x2 … xn yP(x1 , x2 ,…, xn, y) x1 x2P(x1 , x2 , …, xn , f(x1 , …, xn )) f é um novo
símbolo de função que não existe em nenhum outro lugar da KB.

IMPLICAÇÃO DA SKOLEMIZAÇÃO

Quando fazemos instanciação dos existenciais numa KB, a nova KB não é logicamente
equivalente à anterior pois x.P(x)  P(a) é falso!!! Porém, a KB antiga e a nova (resultante da
skolemização) apresentam equivalência inferencial, i.e.  é satisfazível sse ’ é satisfazível,
sendo ’ o resultado da skolemização.

DEPENDÊNCIA DAS VARIÁVEIS

• A ordem de aparecimento dos quantificadores é importante na resolução em LPO. • Esta ordem


gera dependências entre as variáveis o que afeta a skolemização e a satisfabilidade! x y.R(x,
y)╞ y x.R(x, y) é satisfazível y x.R(x, y) ╞ x y.R(x, y) não é satisfazível,

Satisfazível

x y.R(x, y)╞ y x.R(x, y)

1. Mostrar que as cláusulas abaixo derivam []

III. MATERIAIS E METODOLOGIA

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A abordagem usada para a materializacao do trabalho é qualitativa, na qual efectuou-se uma
revisão bibliografica de livros e artigos cientificos que versam sobre a matéria. A colecta de
informação.
Os Materiais usados para a realizacao do trabalho são:

 Computador
 Caderno de notas
 Artigos
 Livros
 Canetas

IV. CONCLUSÃO

Após a materialização dos itens precedentes, chegou-se à seguintes conclusões:

A descrição da sintaxe e semântica da Lógica de Predicados proporcionou uma base estrutural,


permitindo uma análise mais profunda das expressões e significados dentro desse contexto
lógico. Compreender os modelos de Herbrand da Lógica de Primeira Ordem e os sistemas

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dedutivos associados amplia a perspectiva, oferecendo uma visão prática e teórica desses
conceitos fundamentais.

A explicação da Resolução da Primeira Ordem e da Inferência em Teorias de Horn representou


um passo crucial para compreender como a lógica é aplicada na prática, especialmente em
situações mais complexas. Essa habilidade de inferência é vital para resolver problemas reais que
exigem uma abordagem lógica mais avançada.

Assim, ao atingir esses objetivos específicos, foi possível construir um conhecimento abrangente
e aprofundado sobre a Lógica da Primeira Ordem.

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Amble, T. Logic Programming and Knowledge Engineering, Addison-Wesley, 1987.


2. Brachman, R. J. & Levesque, H. J. Knowledge Representation and Reasoning, Morgan
Kaufmann, 2004.
3. Genesereth, M. R. and Nilsson, N. J. Logical Fundations of Artificial Intelligence, Morgan
Kaufmann Publishers, 1988.
4. Rich, E. and Knight, K. Inteligˆencia Artificial, 2 a ed., Makron Books, 1995

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