You are on page 1of 51

Grande Loja Maçônica do

Estado do Rio Grande do Sul

Fundada em 08 de janeiro de 1928

MANUAL DO ORADOR
Or de Porto Alegre, setembro de 2019 da EV.

Edição de 26/03/2021
ÍNDICE GERAL
Índice 02
Introdução 03
O Cargo de Orador 03
A Joia do Cargo 07
Os Requisitos formais para o Cargo 07
Das Funções 09
Dos Tratamentos e Nomenclaturas Maçônicos 10
Rotinas Litúrgico - Administrativas 15
Processo de Iniciação 14
Processo de Elevação/Passagem/Promoção 17
Processo de Exaltação/Elevação 19
Processo de Regularização 21
Processo de Filiação 25
Processo de Reintegração 28
Processo de Transferência 30
Processo de Quite-Placet (demissão voluntária) 32
Processo de Quite-Placet (demissão pela Loja) 34
Processo de Licença 35
Declaração de Irregularidade 36
Regramento Penal e Processual Maçônico 37
Montagem de Processo Maçônico 38
Parecer do Orador 38
Modelo de Parecer 40
Processo Eleitoral nas Lojas 41
Adoção de Lowton 44
Modelo de Estatuto Social – Abertura de Loja 45
Requerimento ao Cartório Registros Especiais 51

Pag: 2
INTRODUÇÃO
“A prática deveria ser o resultado da reflexão. E não vice-versa.”
Hermann Hesse

É conveniente manifestar, de início, que este trabalho foi idealizado com o objetivo de servir
como um instrumento a mais, com vistas à orientação dos irmãos que venham a ocupar o
cargo de Orador de uma Loja Maçônica.

As questões abordadas são fruto de uma vivência na Ordem, do exercício do cargo e de


muitas perguntas que haviam ficado sem respostas em outras oportunidades. Visou-se
chamar a atenção para as dúvidas mais frequentes que ocorrem nos trabalhos das Lojas
Simbólicas. O leitor verá que se tenta estabelecer alguns conceitos, firmando posição em
questões controversas e que têm gerado dificuldades aos titulares deste cargo.

Não se tem a pretensão de alcançar a abrangência de um manual ou a profundidade de


um “vade mecum”. Igualmente, não há a intenção de exaurir o tema, que por si só é muito
rico. Por outras palavras, objetiva-se apenas traçar alguns pontos balizadores ao exercício
pleno desta função tão significativa no andamento da liturgia maçônica.

O enfoque dado é centrado na legislação vigente, o que por si só já determina uma


predominância do R∴ E∴ A∴ A∴ . No que diz respeito aos Ritos Schröder, York e Ritual
Emulação, pode ser necessária a adaptação da função de Guarda da Lei e Ministério
Público da Loja, até em função de que somente o R∴ E∴ A∴ A∴ tem o cargo de Orador como
eletivo (no York/Ritual Emulação não existe o cargo e no Schröder é preenchido só em
casos especiais). De qualquer forma, esperamos de todos, valiosas colaborações para que
este trabalho venha a ser aperfeiçoado.

O CARGO DE ORADOR

O Orador de uma Loja Simbólica é o seu porta-voz. Tem ele o dever de, por sua palavra,
expressar o pensamento da Loja, face à sessão em andamento. Quando ocorrem
iniciações, em qualquer dos três graus em que trabalha uma Loja Simbólica, é seu o dever
de, ao final dessa, explicar aos iniciandos o significado da cerimônia por que acabam de
passar. Deve discorrer sobre a simbologia do ritual, seus mistérios e alegorias.

É ele quem saúda os visitantes e autoridades presentes e, de modo geral, deve encerrar a
ordem do dia nas sessões, dando o seu parecer sobre o andamento dos trabalhos. O seu
pronunciamento deve conter o que costumeiramente chamamos de “fecho de ouro”.

Exercendo as funções de Guarda da Lei, é o defensor da Instituição Maçônica, da


Constituição e de todos os Diplomas Maçônicos que tenham força de Lei; isto vale inclusive
para os chamados “Usos e Costumes”, que abordaremos adiante. Sendo cargo eletivo, é
uma das cinco dignidades da Loja, assessora o Venerável Mestre e, por sua atuação, visa
evitar que sejam ultrapassados os limites estabelecidos na Lei.

Igualmente é sua a responsabilidade de deslindar as questões controversas, posicionando


o assunto frente ao ordenamento jurídico vigente e tirando as dúvidas dos irmãos, antes
que se proceda a qualquer votação.

Pag: 3
Também é verdade ser da natureza do cargo evitar que sejam agregados aos trabalhos
hábitos inadequados que deturpem a pureza do Rito. Tem-se observado que o Maçom em
geral é pródigo em enxertar nas Lojas hábitos, expressões e/ou símbolos de outros Ritos,
Corpos Filosóficos ou mesmo de entidades profanas.

Por melhor que seja a intenção, e por mais belo que seja o símbolo e/ou procedimento, se
este não estiver contido nos rituais ou não encontrar respaldo na jurisprudência maçônica
consuetudinária, deve ser, inapelavelmente, extirpado. Talvez aí resida a maior dificuldade
do pleno exercício do cargo (e talvez o seu maior objetivo): opor-se às práticas irregulares
que são, muitas vezes, e por muitos denominados, impropriamente, de “Usos e Costumes
da Loja”.

Efetivamente, pode-se dizer que com um profundo conhecimento maçônico e sólido senso
crítico, o Orador será uma coluna indispensável na defesa da liberdade, da razão, do direito
e da justiça.

Assim, este cargo que é chamado por muitos escritores de renome como “a consciência da
Loja” e que tem sua origem na França de tempos muito antigos, merece de todos os maçons
uma atenção muito grande nas suas peculiaridades.

O Orador, cargo eletivo obrigatório no que se refere ao RE A A (Art. 142, § 1º, letra
“e” do Reg. Geral), é o porta-voz da Loja, o encarregado de abrilhantar as Sessões com
sua prédica e Peças de Arquitetura. Quando se manifesta, visando zelar pela observância
das Leis, Regulamentos, Usos e Costumes, assume a condição de Guarda da Lei. Neste
caso, tem suas funções duplicadas na liturgia dos trabalhos de uma Loja Simbólica.

Sobre a mesa do Orador, devem estar sempre colocados a Constituição, o Regulamento


Geral da Grande Loja, além do Estatuto e Regimento Interno da Loja. Por ter a função de
Guarda da Lei, o Orador deve ser, conforme já se disse, um estudioso da história da
Instituição e profundo conhecedor de sua legislação.

Talvez seja interessante salientar aqui um equívoco muito comum que se observa nas
Lojas, quando se ouve falar em “altar do Irmão Orador”; “altar dos Irmãos 1º ou 2º Vigilantes”
ou, até mesmo, “altar do Irmão Tesoureiro”.

Altar, em se falando de uma Loja Simbólica, só existem dois: o dos Juramentos e o dos
Perfumes, e a sua disposição em Templo é por demais conhecida. Alguns dos lugares
ocupados por Oficiais da Loja (entre eles o Orador) dispõem, por uma questão de
necessidade para desenvolvimento das atividades, de mesas. Estas não podem nem
devem jamais ser confundidas com “altares”.
Ainda sobre o cargo do Orador, há que se dizer que ele pede a palavra diretamente ao
Venerável Mestre e tem direito a que esta lhe seja concedida, sobre todas as matérias em
discussão e, necessariamente, antes das votações do plenário. Aliás, está preceituado no
Art.149, II do Regulamento Geral, que terá sempre o direito de requerer o adiamento da
votação de qualquer assunto que não lhe pareça suficientemente esclarecido.

Deve sempre dar suas conclusões, que nunca terão cunho pessoal e sempre se basearão
estritamente nas Leis, Regulamentos, Usos e Costumes, antes da votação de qualquer
assunto deliberado pela Loja. Após as conclusões do Orador, a nenhum irmão é permitido
usar da palavra sobre a questão ou questões que tenham sido objeto destas.

Pag: 4
É digna de menção uma prática equivocada que se observa amiúde em algumas Lojas, de
qualquer irmão pedir a palavra “pela Ordem” ou “a bem da Ordem”, ao observar alguma
“quebra” no andamento da liturgia dos trabalhos. E o pior que se vê acontecer é que mesmo
irmãos com assento nas colunas a pedem diretamente ao Venerável Mestre.

Há que se salientar que, por ser função específica do Orador, ele é o único dos irmãos em
Loja que pode pedir ao Venerável Mestre a palavra “pela Ordem” ou “a bem da Ordem”, ao
constatar alguma irregularidade no andamento dos trabalhos. Qualquer outro que constate
irregularidade, e que não seja observada pelo Guarda da Lei, poderá pedir a palavra, sim,
mas pelo sistema maçônico, e sem nada dizer no ato da solicitação.

É de se complementar este pensamento com a idéia de que somente, se pede a palavra


em uma sessão maçônica por meio do gesto de dar uma pancada com a mão direita no
dorso da mão esquerda e esticando o braço direito para a frente (ou por golpe de malhete,
no caso dos VVig). Nesta posição e sem nada dizer, o obreiro aguarda para tecer suas
considerações. Óbvio é que tal gesto não pode ser ignorado, devendo o Vigilante da
Coluna, se for o caso, pedir o retorno da palavra ao Venerável Mestre para que o Obreiro
possa se manifestar.

Registre-se, ainda, que se uma observação desta natureza for feita nas colunas, nem
mesmo nesta circunstância o obreiro poderá pedir a palavra diretamente ao Venerável
Mestre, mas sim ao Vigilante da sua coluna. Após isto, aguarda em silêncio que esta lhe
possa ser franqueada. Fazem-se tais observações, pois que se deve sempre coibir este
tipo de informalismo, nocivo ao bom andamento dos trabalhos ritualísticos.

Como, obrigatoriamente, utiliza a palavra em todas as sessões, o irmão Orador deve


sempre ter em mente que fica muito exposto perante o quadro da Loja, especialmente
diante dos mais novos.

Assim, deve ele ter o máximo de cuidado tanto em relação a sua vestimenta, que deve ser
sempre a adequada para a sessão, quanto no que respeita ao seu vocabulário e
tratamentos maçônicos empregados, quando das saudações pertinentes.

Ademais, e como já foi mencionado, no exercício de suas funções, o irmão que ocupar este
cargo deve sempre se abster de emitir sua opinião pessoal, ficando adstrito ao prescrito na
Lei Maçônica. Entretanto, por ser ele um irmão do quadro, não pode ser tolhido na
manifestação de suas impressões pessoais. Em função disso, já no ritual de Aprendiz
Maçom está inserida a mensagem de que ao irmão que ocupa tão destacada função é dado
o direito de pronunciar-se de forma pessoal, independentemente de suas funções. Para
tanto, ele pode fazer uso da palavra, quando esta circular pelo Oriente, e sempre antes
desta lhe ser concedida para as conclusões.

Nada mais antimaçônico e danoso para uma Loja que o Orador, quando no exercício de
suas funções, arguir ou defender convicções pessoais, mormente no que se refere às
questões políticas ou religiosas.

Outro ponto importante e de que muitos se esquecem é que o Orador não deve declarar os
trabalhos ”justos e perfeitos”. Não é de sua função. Só quem pode assim declará-los é o
Venerável Mestre.

Pag: 5
A título de exemplo, o Orador poderá dizer ao Venerável Mestre que: “Os trabalhos
transcorreram sem que nenhuma Lei ou preceito maçônico tenha sido violado,
podendo ser declarados Justos e Perfeitos”.

Há que se mencionar também que como ele, geralmente, fala no final dos trabalhos, quando
o cansaço já principia a tomar conta dos irmãos, deve buscar dar às suas conclusões uma
abordagem objetiva, sucinta e atrativa.

É muito oportuno ainda lembrar que como a nossa Ordem não escolhe seus membros por
sua erudição acadêmica, posses materiais e/ou posição social, tem em seus quadros
irmãos dos setores mais variados da sociedade e com as condições mais diversas
possíveis.

Isso deve ter em mente o Orador, ao usar a palavra, pois que quando ele fala em nome da
Loja, o faz para todos, não podendo sua oratória ser complicada ou de difícil assimilação,
o que não permitiria que sua mensagem fosse completamente acessível.

O bom Orador é aquele que usa o tempo sem que a assistência perceba. É aquele que não
faz os irmãos olharem constantemente para o relógio, pois que sua palavra se tornou
cansativa e repetitiva. Em resumo, pode-se dizer: o bom Orador é aquele que não faz
lembrar o desconforto da cadeira em que se está sentado.

A título de informação, igualmente é bom mencionar que sempre que o Orador usar a
palavra deverá fazê-lo de pé e estando à ordem. Só quem tem a prerrogativa de falar
sentado em uma Loja Simbólica, além, obviamente, do Venerável Mestre, são os Vigilantes
(Art. 145, IX e 146, VII, ambos do Regulamento Geral).

A JOIA DO CARGO
O signo distintivo que representa o cargo, e que o Orador traz pendurado em uma fita (ou
colar), é um livro aberto inserido em um sol. Esta joia significa que deve ele ser transparente
e impessoal em seus posicionamentos, além de conhecer, profundamente, os cânones para
poder definir a Razão.

Traçando-se um paralelo com a Cabala Hebraica, o Orador representa, na construção da


“Árvore da Vida” (ou Árvore Sefirótica), o Sol. Por outras palavras, fazendo-se a incidência
entre as “Sephiroth” e um homem deitado de bruços, no interior de um Templo Maçônico,
evidenciar-se-á a correspondência entre as dez sefirotas e os 10 principais cargos (ou
oficiais). Dentro desta representação, a terceira Sefira, a “Inteligência” ou “Binah”,
representada com o Sol em nosso sistema solar, corresponde ao Orador da Loja.

Ao ser legalmente investido em seu cargo, conforme estabelece o Cerimonial de Instalação


e Posse de Administrações da GLMERGS, o Orador ouve do Venerável
Mestre a seguinte mensagem determinativa:

“IrOrador, invisto-vos no cargo para que fostes eleito, cingindo-vos com esta insígnia que
representa o L da L; Aberto como está, indica que deveis ser um livro aberto à consulta
de vossos IIr∴ . Bem compreendeis, pois, as imensas responsabilidades que vosso cargo

Pag: 6
vos atribui, e das quais somente vos podereis desobrigar pelo estudo profundo de todas as
Leis e de todas as praxes de nossa Sublime Ordem.”

Por essas palavras, o Orador, já na sua efetiva posse é intimado, por assim dizer, a assumir
a condição de ser um “órgão consultivo”, por excelência, em sua oficina. É advertido de sua
responsabilidade e convocado a um estudo aprofundado das Leis, Usos e Costumes da
Ordem em Geral e da Oficina em particular.

O Orador deve ser o ponto de equilíbrio de uma Loja Simbólica. Um Venerável Mestre,
assessorado por um Orador que consiga reunir a maturidade de julgamento, um razoável
conhecimento do vernáculo e profundo conhecimento da legislação da Ordem, não será
apanhado em erro.

OS REQUISITOS FORMAIS PARA O CARGO


Para participar de uma eleição para os cargos administrativos de sua Loja, é necessário,
em primeiro lugar, que o obreiro tenha atingido a plenitude que lhe dá o Grau de Mestre.
Ademais, é direito do Maçom ativo votar e ser votado para qualquer cargo. Isto é o que
estabelecem os Art.180 e 235, do Regulamento Geral da GLMERGS .

Também do Regulamento Geral, em seu Art.188, advém a regra de que Mestres Maçons,
filiados ou transferidos de uma Loja para outra, só participarão de eleições se estas
ocorrerem noventa (90) dias após este fato.
Este mesmo artigo, em seu §1º, também estabelece que o Mestre Maçom que não estiver
quite com os seus compromissos pecuniários, ou com menos de cinquenta por cento (50
%) de frequência aos trabalhos nos últimos (12) doze meses, igualmente "não poderá
participar das eleições de sua Loja". O grifo é para chamar a atenção de que o que é
defeso não é só uma eventual candidatura a cargos, tal impeditivo se estende, inclusive, ao
próprio exercício do voto.

Cabe aqui um parêntese, para salientar que essa é uma das situações que mais têm
causado problemas aos Oradores, nas suas funções de Guarda da Lei. Isto ocorre quando,
em nome da tolerância, algum Venerável Mestre abona as faltas de Irmãos ou mesmo seus
débitos junto à tesouraria. Desde logo, há que se dizer que não estão previstos na
legislação tais “abonos”.

É principio básico, em se falando de Maçonaria, que as Lojas têm autonomia administrativa


e a elas cabe resolver os seus problemas, sem interferência externa. Quando todos
concordam com tais “abonos” e o assunto se encerra, não há problema a ser discutido. Na
maioria das vezes, entretanto, não é o que ocorre. Ou a chapa “vencida”, ou algum irmão
inconformado, acaba recorrendo da decisão e aí está materializada a dificuldade.

Especificamente quanto à frequência, existe, no Regulamento Geral, em seus Art.240 e


Art.241 o instituto da “Licença”, que é a forma de o Maçom obter um afastamento justificado
dos trabalhos de sua Oficina.

No Art.142 está expressa a inserção do cargo de Orador:

Art.142 – A composição e administração das Lojas serão:

Pag: 7
I - no Rito Escocês:

§ 1º - cargos eletivos:
a) Venerável Mestre
b) 1º Vigilante
c) 2º Vigilante
d) Tesoureiro
e) Orador.

II - no Rito de York:

§ 2º - Os demais cargos serão nomeados pelo Venerável Mestre eleito, segundo as


peculiaridades do Rito.

III - no Rito Schröder:

§ 2º - Os demais cargos serão nomeados pelo Venerável Mestre eleito, segundo as


peculiaridades do Rito.

IV - No Ritual de Emulação:
§ 2º - Os demais cargos serão nomeados ou indicados pelo Venerável Mestre eleito, de
acordo com o Ritual, usos e costumes maçônicos.

DAS FUNÇÕES
Estritamente quanto às funções descritas em Lei, mencione-se que o Art.149 do
Regulamento Geral prescreve que ao Orador compete:

Art.149 - Ao Orador compete:

I - Promover e fiscalizar, dentre outras atribuições, o cumprimento dos Landmarks, antigas


leis, usos e costumes maçônicos, da Constituição, leis e regulamentos, bem como propor
o processo disciplinar;

II - Requerer verbalmente o adiamento da votação de assunto que não lhe pareça


suficientemente elucidado;

III - Manter em ordem e atualizar a legislação maçônica, de maneira que facilite consulta
imediata e possibilite a emissão de parecer;

IV - Auxiliar o Venerável Mestre nos escrutínios em geral e na verificação do Saco de


Propostas e Informações, quando for o caso;
V - Ornamentar as sessões com Peças de Arquitetura, principalmente as magnas;

VI – Exercer as funções inerentes ao Ministério Público Maçônico na Loja.

Pag: 8
Parágrafo único - Nas Lojas que trabalham no Rito Schröder, no Rito de York e no Ritual
de Emulação, o Ministério Público será exercido por Mestre Maçom, nomeado por decisão
do Plenário da Loja.

Na qualidade de Ministério Público da Loja, e segundo o que prescreve o Art.149 do


Regulamento Geral, que está em consonância com o que estabelece a Constituição da
GLMERGS, nos seus Art.53 e 54 tem o encargo de:

Art. 53 - O Ministério Público Maçônico é exercido, na GRANDE LOJA, pelo Grande Orador
e pelo Grande Orador Adjunto, nomeados pelo Grão-Mestre, dentre ex-Veneráveis Mestres
ou Mestres Instalados com reconhecido saber jurídico e maçônico.

Parágrafo único - Nas Lojas, o Ministério Público Maçônico será exercido pelo Guarda da
Lei.

Art. 54 - Compete ao Ministério Público Maçônico, dentre outras atribuições, promover e


fiscalizar o cumprimento dos “Landmarks”, das Antigas Leis, dos usos e costumes
maçônicos, da Constituição, das demais leis e regulamentos, bem como mover processo
disciplinar.

Saliente-se que nas Lojas que trabalham no Rito Schröder, Rito York e Ritual de Emulação
o Ministério Público Maçônico será exercido por Mestre Maçom, nomeado conforme as
peculiaridades do Rito ou Ritual.

Embora não elencadas nos dispositivos legais acima citados, encontram-se ainda entre as
funções do Orador assinar (ou gravar, para utilizar a terminologia maçônica) os Balaústres
da Loja e todo e qualquer Diploma expedido pela Loja, decifrar os Decretos expedidos pelo
Grão-Mestre, além de ajudar a compor, juntamente com o Venerável Mestre e o Secretário,
a mesa eleitoral (art. 189, II do Regulamento Geral).

O Orador, como Guarda da Lei, deve empenhar-se ao máximo para buscar erradicar de
sua Loja toda e qualquer prática que contrarie as Leis, Regulamentos, Usos e Costumes
estabelecidos em nossa Jurisdição. Assim, nem sempre suas atitudes serão simpáticas.
Em razão disto, deve ele buscar na impessoalidade sua maior arma.

Nenhuma de suas atitudes, no exercício do cargo, poderá ser motivada por paixões
pessoais. Ao revés, como ele é o “Fiscal ou Guardião da Lei”, ou como se usava no latim,
o “Custos Legis”, sua palavra e suas atitudes deverão sempre ser a reflexa desta, que é a
expressão vivificada da vontade do Universo Maçônico.

Há ainda por dizer-se que Usos e Costumes em se falando de Maçonaria não são os hábitos
que se estabelecem isoladamente nas Lojas, ao seu alvedrio. Usos e Costumes, por assim
dizer, são o Direito Consuetudinário de nossa Ordem e a “Jurisprudência Maçônica”. São
práticas que datam de tempos imemoriais. Por outras palavras, poder-se-ia dizer que são
hábitos consagrados pelo tempo e por isto com razão de ser, além de reconhecidos
universalmente.

Nada há nada em Maçonaria que não tenha razão de ser. Ouvimos sempre de irmãos mais
antigos que: “Em se tratando de Maçonaria, nada é por acaso”. Assim, cada símbolo, cada
prática tem que ter uma razão de ser, um fundamento de sua aplicabilidade. Se isto não for

Pag: 9
respeitado, nossa Filosofia perde o caráter de ciência que sempre teve. Cabe sempre a
lembrança da inalterabilidade, que nos traz o 25º Landmark:

“O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores, nada podendo ser-lhes
acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como de
nossos antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos sucessores”.

DOS TRATAMENTOS E NOMENCLATURAS MAÇÔNICOS


Preliminarmente, e como um esclarecimento, há que ser lembrado que, na “Arte Real”, tudo
que em torno dela gira é guindado ao mais alto grau, por isto o emprego de expressões
como Grande, Supremo, Respeitável, Respeitabilíssimo, Soberano, Sereníssimo, etc.

Quando os maçons se referem ao Criador do Universo, por uma questão de aceitação da


universalidade das crenças, emprega-se a denominação “Grande Arquiteto do Universo”,
que é a mais elevada expressão da Sabedoria, da Justiça e da Perfeição, acima de tudo e
de todo mortal.

Existe um hábito já consagrado em todos os ritos, que consiste no emprego de um


cabeçalho invocativo nos documentos maçônicos: “À Glória do Grande Arquiteto do
Universo”. O emprego de tal expressão significa que tudo o que segue escrito é registrado
como um tributo ao Criador, para Sua glória.

Da mesma forma, esta mesma expressão é comumente empregada por muitos irmãos,
quando do início de seus pronunciamentos verbais em Loja. É de observar-se que não há
unanimidade nesta manifestação assim feita (de forma verbal). Muitos consideram que tal
manifestação seria um “bis in idem”, argumentando que, na verdade, tudo o que é feito em
uma sessão maçônica o é com tal objetivo. De qualquer forma, o que importa salientar aqui,
sobre tal manifestação verbal, é que isto tem ficado ao critério de cada um, vez que nada
há registrado nas Leis e nos Regulamentos.

Também se deve mencionar, ainda, que existe a expressão latina correspondente e que,
necessariamente, deve ser a original, por datar de época remota: Assim, “Universi Terrarum
Orbis Architectonis per Gloriam Ingentis” seria, segundo o entendimento de doutrinadores
maçônicos conceituados na Jurisdição, a forma de saudar-se o Criador de uma maneira
mais tradicional. Há, ainda, uma versão mais moderna e com pequena modificação, que
advém da Maçonaria norte-americana e está mais em voga atualmente, que é “Universi
Terrarum Orbis Architectonis ad Gloriam Ingentis”.

No que concerne às necessárias saudações em nome da Loja é sempre uma preocupação


para o Orador efetuá-las de uma maneira uniforme e correta. Então, em eventos especiais,
quando acorre às sessões um grande número de autoridades maçônicas, a tarefa desse,
que é o porta-voz da Loja, se torna sensivelmente mais difícil. O ponto crucial tem sido de
estabelecer-se qual a ordem hierárquica dos presentes, por meio de cargos, dignidades e
graus.

Também é uma realidade que muitos dos que precedem o Orador na sua alocução final (e
às vezes são irmãos com larga bagagem e vivência na Ordem) fazem saudações muito
complexas e extensas, mencionando desnecessariamente quase todos os presentes. Isto
quando não misturam a ordem que deveria ser seguida.

Pag: 10
Óbvio é que tal prática dificulta, sobremaneira, a posição do Orador, que, ao cumprir com
sua tarefa em nome da Loja, e se não tiver a segurança que a prática proporciona, pode
perturbar-se ao tentar estabelecer a ordem de precedência das autoridades presentes.

Mencione-se, ainda, que poderá surgir como fator complicador o receio do Orador de ferir
suscetibilidades (vaidades pessoais que não deveriam existir) ao não mencionar (e saudar)
as presenças de alguns irmãos. Não são defensáveis essas saudações, às quais apenas
nos referimos como exemplo de um problema a ser administrado pelo Orador, quando no
desempenho de suas funções.

Digno de nota, pela importância de que se reveste o assunto, é o equívoco praticado em


algumas Lojas Simbólicas, com a inserção de termos próprios dos corpos superiores do
Rito Escocês Antigo e Aceito. Não devem ser utilizados nas nossas Lojas Simbólicas
hábitos, palavras e indumentária pertinentes aos graus superiores. Além disto, os próprios
Supremos Conselhos, em seus congressos, determinaram essa diretriz.

Alguns irmãos, por desconhecimento quanto ao significado ou para se jactarem de


pertencer aos chamados “altos graus” (embora assim demonstrem um absoluto
desconhecimento quanto ao simbolismo), cometem estes erros. É, assim, necessário que
sejam erradicados de nossas Lojas Simbólicas, por impróprios, termos como “Vale”,
“Região”, “Quilos”, “Sapientíssimo Mestre”, “Poderoso ou Poderosos Irmãos”, etc.

Ainda sobre essas questões de saudações impróprias, há que se referir o que ocorre por
vezes, quando, na saudação, ouvem-se expressões como: “Caros e Caríssimos Irmãos”.

Nada mais inadequado. Primeiro, é uma afronta ao vernáculo, usa uma palavra duas vezes
no mesmo momento, o que revela uma pobreza de vocabulário. De outro lado, demonstra
uma discriminação entre os que foram saudados. Não é de uso na Grande Loja esse tipo
de tratamento e saudação, além de não ser maçônico.

Outra questão importante, e que causa confusões, é a que diz respeito à denominação que
deve ser empregada na saudação aos ex-detentores do 1º Malhete.

Quando um Mestre é eleito para ser o Guia da Fraternidade, passa a ser o “Venerável
Mestre”, e ao deixar o cargo, além da dignidade de ser um Mestre que foi regularmente
instalado no Trono do Rei Salomão, pode ele ser chamado ex-Venerável Mestre; “Past
Master” (Mestre Passado) ou ainda Mestre Instalado .

Da mesma forma, o dirigente do Povo Maçônico, ao ser eleito o Mestre dos Maçons, passa
a ser o “Grande Mestre”. Como o vocábulo “Grande” é comumente usado na sua forma
apocopada, usamos simplesmente o termo mais corrente, ou seja, Grão-Mestre. Também
este quando deixa o cargo, passa a denominar-se ex-Grão-Mestre ou “Past Grand Master”
ou, ainda, Grão-Mestre Passado. É de observar-se que o vocábulo “Grão” não apresenta
plural, portanto deve-se dizer sempre ao se referir a mais de um Grão-Mestre a expressão
“Grão-Mestres” (sempre com o hífen).

Mas há outro equívoco para o qual se quer chamar a atenção. É o que ocorre quando os
irmãos misturam formas de tratamento, corrompendo o vernáculo ao mencionar, por partes,
a expressão em português, com a correspondente na Língua Inglesa.

Pag: 11
Desta maneira, os que assim procedem terminam saudando as dignidades pela metade do
termo em inglês e metade em português, empregando expressões que na verdade não
existem; ou seja, “Past Grão-Mestre” ou “Past Venerável Mestre”. Isto é errado e consiste
em um hibridismo que deve ser evitado.

Apenas para exemplificar, ou se usa a expressão inglesa Past Master, ou a correspondente


na língua pátria, que é ex-Venerável Mestre. Da mesma forma, ou se emprega ex-Grão-
Mestre, ou Past Grand Master, e assim por diante.

Tecidas essas considerações, é de afirmar-se que o primeiro a ser saudado, se presente,


será sempre o Grão-Mestre, e nominalmente, eis que é o dirigente nato em qualquer
reunião que compareça. Em segundo lugar, sempre o Venerável Mestre, dirigente ativo da
sessão de uma Loja, seguido dos dois Vigilantes. E aqui cabe um parêntese, para marcar
bem, que nunca o Orador poderá separar a trindade dirigente dos trabalhos quando das
saudações, referindo outro irmão presente, por maior que lhe pareça a importância de seu
cargo ou dignidade, entre a saudação ao Venerável Mestre e aos Vigilantes.

É bom lembrar também que sempre se deve saudar somente os chamados “maçons de
ponta” em cada órgão, omitindo-se os seus auxiliares ou assessores, exceto os ex-Grão-
Mestres, que são independentes, mas que podem ser incluídos na comitiva do Grão-
Mestre.

Ao saudar-se o Grão-Mestre, todos os seus demais assessores e auxiliares já estarão


devidamente cumprimentados. Peca-se contra o protocolo quando, em presença do
Sereníssimo Grão-Mestre, saudamos qualquer outro assessor seu, assim como, quando
ele fala, o faz por todos que o acompanham.

A única exceção que se tem permitido no que tange a saudações, e assim mesmo com a
severa discordância de eminentes pensadores/escritores maçônicos, é a saudação ao ex-
Deputado do Grão-Mestre ou ao atual Grão-Mestre Adjunto. Admite-se esta prática, pela
condição de substituto imediato deste e, assim mesmo, em uma interpretação extensiva do
que preceitua o Art. 10 do Regulamento Geral da MRGLMERGS.

Além do exposto, cumpre lembrar que para alguns cargos é indispensável a nominação de
seu ocupante, e a outros não. Eis, então, a ordem de precedência de personalidades, se
presentes:

1º - Grão-Mestre (com nominação);


2º - Venerável Mestre (com a denominação da Loja);
3º - 1º e 2º Vigilantes (sem nominação);
4º - Grão-Mestre Adjunto (com nominação)
5º - Autoridades (profanos) visitantes;
6º - Veneráveis Mestres (sem nominação);
7º - Respeitáveis Irmãos.

Assim, as saudações corretamente executadas teriam, dentro da sinopse abaixo, a


seguinte ordem de precedência, considerando-se todos os cargos existentes, bem como
as dignidades previstas:

Ao Grão-Mestre:
Respeitabilíssimo Irmão _____

Pag: 12
Sereníssimo Grão-Mestre, da GLMERGS.

Ao Grão-Mestre Adjunto:
Respeitabilíssimo Irmão _____
Eminente Grão-Mestre Adjunto, da GLMERGS.

Aos ex-Grão-Mestres (ou Past Grand Masters): (pode ser coletivamente)


Respeitabilíssimo(s) Irmão (s) _____
Eminente(s) Past Grand Master(s) (ou ex-Grão-Mestres), da GLMERGS.

Aos ex-Grão-Mestres Adjuntos: (pode ser coletivamente)


Respeitabilíssimo(s) Irmão(s) _____
Eminente(s) ex-Grão-Mestre(s) Adjunto(s) da GLMERGS.

A(os) ex-Deputado(s) do Grão-Mestre:


Respeitabilíssimo(s) Irmão(s) _____
Eminente(s) ex-Deputado(s) do Grão-Mestre, da GLMERGS.

Aos Grandes Vigilantes e demais Membros da Administração da Grande Loja:


Respeitável Irmão _____
(cargo)

Aos Veneráveis Mestres:


Venerável Irmão _____
Venerável Mestre da Loja _____(indicar a Loja).

Aos Past-Master (ou ex-Veneráveis Mestres):


Venerável Irmão _____
Past Master (ou ex-Venerável Mestre) da (nome da Loja).

Às Lojas:
(Fundadora, Centenária, Cinquentenária, Grande Benemérita, Benemérita.) Augusta e
Respeitável Loja Simbólica _____ (nome da Loja) sobre as saudações às autoridades
profanas, que venham a prestigiar uma Sessão Branca, sejam elas civis, militares ou
eclesiásticas, igualmente deve ser obedecida uma ordem de hierarquia decrescente.

AUTORIDADES CIVIS:

O tratamento de “Excelentíssimo Senhor”, com nominação, aplica-se aos seguintes cargos


profanos civis:
Presidente da República
Senadores da República
Ministros de Estado
Governadores de Estado
Deputados Federais e Estaduais
Prefeitos Municipais
Embaixadores
Chefes das Casas Civil e Militar
Desembargador de Justiça
Juízes de Direito
Curador

Pag: 13
Promotor de Justiça
Reitores de Universidades Magnífico Reitor *

Assim, a saudação correta seria, por exemplo:


Excelentíssimo Senhor _____
Prefeito Municipal da cidade de _____

*O cargo de Reitor de uma Universidade tem a adjetivação de “Magnífico”, sendo então


correta saudação a seguinte:
Excelentíssimo Senhor _____
Magnífico Reitor da Universidade _____

O tratamento de “Senhor”, é devido aos seguintes cargos:


Vereadores
Cônsules
Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais

Assim, a saudação correta seria, por exemplo:


Senhor _____
Vereador da cidade de _____

AUTORIDADES MILITARES:

O tratamento de “Excelentíssimo Senhor”, com nominação, aplica-se aos Oficiais Generais.


Para outras Patentes, o tratamento devido é o de “Senhor”

AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS:

Papa:
Santo Padre - Vossa Santidade

Cardeais:
Eminentíssimo Senhor

Arcebispos, Bispos, Abades e Superiores de Conventos:


Reverendíssimo Senhor

Outras Autoridades Eclesiásticas e Sacerdotes em Geral:


Vossa Reverendíssima

ROTINAS LITÚRGICO-ADMINISTRATIVAS

PROCESSO DE INICIAÇÃO

"Tudo na vida começa com o nascimento. Na Maçonaria, pela Iniciação".

FUNDAMENTAÇÃO

Pag: 14
1. Conceituação
Denomina-se de Iniciação ao processo pelo qual um profano ingressa na Ordem Maçônica.

2. Fundamentação Legal
O Processo de Iniciação está regulamentado no Art.221 do nosso Regulamento Geral.

3. Requisitos Básicos
1) Ser proposto em uma Loja Maçônica Regular por um Mestre Maçom;

2) Ser maior de 21 anos;

3) Possuir inteligência e instrução suficiente para compreender e praticar os preceitos


maçônicos;

4) Contar com meios de subsistência suficientes para, além de prover necessidades


pessoais e de seus dependentes, atender aos compromissos contraídos para com a
Ordem;

5) Não ter sido condenado por Tribunal Profano por crime doloso que atinja a honra ou o
direito natural, nem estar respondendo a processo por estes delitos;

6) Ter reputação e conduta ilibada;

7) Não pertencer a qualquer sociedade que se oponha aos fins da Maçonaria, além de
outros requisitos que a Loja ou a Grande Loja possa exigir.

O PROCESSO

1. Proposta preliminar
Tendo em vista os requisitos básicos acima, um Mestre Maçom (proponente) procura o Ir
Secr da Loja e solicita o Formulário Proposta Preliminar, ou baixa via Sistema GL,
preenchendo-o e gravando.
É erro rasurar ou rasgar o documento, como por vezes se tem observado, na parte aonde
foi devidamente gravado o "Ne Varietur". Remete ao Ven Mest através do S PP II
. Este, recebendo o documento, examina se está corretamente preenchido.

Caso positivo e não havendo questões para sanar, o inclui na Ordem do Dia, solicitando as
conclusões do Ir Orad quanto à legalidade do processo.

Se positivas:
Remete a Proposta Preliminar ao Ir Secr para as seguintes providências:
– inclui no Sistema GL, os dados cadastrais do Profano, em Pessoas e depois transformar
em Candidato, após será publicado no boletim da GL. Após a inclusão no Sistema GL, é
apresentada a data de liberação e a quantidade de dias faltando para a geração do Placet
de Iniciação. O processo de iniciação expira em 12 meses após a publicação do Candidato;
– abre uma pasta identificada como processo de Iniciação e arquiva a Proposta Preliminar;
– acessa a ficha do Candidato no Sistema GL e imprime três vias do formulário de
sindicância acionando o botão “Sindicância” e as entrega ao VenMestque as distribuirá
aos MMMMde sua escolha;

Pag: 15
– acompanha com atenção a publicação do nome do candidato no Boletim conferindo os
dados. Deverá, a partir de então, manter um controle sobre o processo, orientando o
VenMestsobre as datas, pois o Escrutínio só pode ocorrer 30 dias após a publicação
no Boletim da Grande Loja;
– quando da entrada dos formulários de Sindicâncias do candidato, e referências pessoais,
comerciais e bancárias (estas, se exigidas pela Loj) através do SPPIIe decifradas
pelo VenMest, deverá salientar o fato em Balaústre e arquivar os documentos na pasta
do Candidato;

Se negativas:
Deixa sob malhete para resolver as falhas alegadas pelo Ir Orad, devendo a mesma
retornar em outra Sessão para aprovação do Ir Orad.

2. Sindicâncias

IMPORTANTE – cabe somente ao VenMesto conhecimento e controle dos


Sindicantes; cabe ao Sec imprimir e entregar ao Ven Mest os formulários.

O VenMest designará no mínimo 03 (três) Mestres Maçons do Quadro da Loja, para


realização dessas. Ao retornarem já preenchidas, através do SPPII omite o “ne
varietur” do sindicante, atesta que a mesma foi realizada por um Mestre Maçom do Quadro
da Loja e entrega ao IrSecr para arquivamento na Pasta do Profano.

Recebidas todas as Sindicâncias inclui na Ordem do Dia e as decifra. Faculta a palavra


para pedidos fundamentados de diligências caso os OObrdo Quadro julguem necessário.

Se ocorrerem pedidos de diligências, designa um ou mais MMMMpara as procederem


e decifra pela segunda vez as Sindicâncias juntamente com as diligências.

3. Retirada da Proposta
A proposta pode ser retirada a qualquer momento antes de Escrutínio, basta que o Sec
ou o Ven Mest acessem o cadastro do candidato no Sistema GL e o retirem. Para isso
é preciso informar usuário, data e motivo.

4. Escrutínio
Decorridos 30 dias da publicação, e após a decifração o VenMest anuncia que vai
proceder ao escrutínio secreto através das esferas brancas e negras, alertando que as
esferas brancas aprovam o candidato e as esferas negras o rejeitam. Solicita ao Ir Orad
que explique aos IIr do quadro o funcionamento. Faz mostrar que a urna está
devidamente vazia. Consulta se todos já gravaram o seu “ne varietur” na Tábua da Loja.
Determina ao IrMestde CCerque faça circular a urna receptora. Recolhe primeiro o
voto do VenMest, depois dos demais IIr. Consulta a todos se já votaram.

Declara o Escrutínio encerrado e solicita ao IrMest de CCerque traga a urna até o


trono. Convida aos IIrOrade Secrpara assistirem a conferência do Escrutínio.
Anuncia o seu resultado à Loja.

Se ocorreram apenas esferas brancas, declara o candidato limpo e puro. Remete os


documentos ao IrSecr através do Ir1° Diác, determinando que sejam tomadas as

Pag: 16
providências cabíveis para o convite oficial ao Candidato, nomeando uma comissão para
visitá-lo, ou pede que o IrProponente o faça.

Se ocorrerem uma ou duas esferas negras, procede a novo Escrutínio Secreto, conforme
as normas antes estabelecidas. Se neste segundo Escrutínio ocorrerem apenas esferas
brancas – considera o candidato limpo e puro e procede como acima.

Se persistirem as esferas negras determina que os IIrque as colocaram devem procurá-


lo após o término da Sessão, ou num prazo máximo de quinze dias, para fundamentarem
os motivos da recusa.

Ciente dos fatos alegados pelos IIr, na próxima Ordem do Dia, mantendo o mais absoluto
sigilo sobre o nome dos IIrque informaram, comunicará ao plenário da Loja as razões
apresentadas, as quais deverão ser aceitas ou rejeitadas pela maioria dos presentes.

Se ocorrem três ou mais esferas negras, declara o profano rejeitado para ingresso na
Ordem, e determina a imediata destruição dos documentos. Manda o IrMestde
CCerentre CColdestruir a documentação, mantendo assim o sigilo sobre o acontecido.
Determina ao IrSecrque lance o nome do profano no Livro Negro da Loja e registra no
Sistema GL que o Candidato foi Rejeitado. Assim automaticamente será informado à Gr
Secr. Dá como encerrado o Processo de Iniciação do Profano.

Solicita as conclusões do Ir Orad sobre a legalidade do processo e corrige as falhas


salientadas.

5. Sessão de Iniciação
O Ven Mestgera o Placet de Iniciação no Sistema da Grande Loja e marca a data da
Sessão de Iniciação. Prazo do Placet expira em 90 dias da emissão.

No dia seguinte, após a realização da cerimônia, o Ir Secr deve registrar no Sistema GL
a data da sessão de iniciação. O prazo limite para este registro é de quinze dias. Após este
prazo, o registro somente poderá ser efetuado pela Grande Secretaria mediante abertura
de Atendimento


PROCESSO DE ELEVAÇÃO/PASSAGEM/PROMOÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Denomina-se de Elevação (passagem no Rito York ou Ritual de Emulação, ou promoção
no Rito Schröder) ao Processo pelo qual o Aprendiz passa ao grau de Companheiro.

2. Fundamentação Legal
A Elevação encontra-se regulamentada pelos Art.227 e 229 do nosso Regulamento Geral.

3. Requisitos Básicos
1) Ter completado 18 meses desde sua Iniciação;
2) Ter recebido as instruções do Grau;
3) Ter no mínimo (50%) de frequência nas Sessões da Loja nos últimos 12 meses;

Pag: 17
4) Estar a prumo com a Tes.

O PROCESSO

1. Pedido de Aumento de Salário

O AMtendo preenchido os requisitos básicos para sua passagem de grau procura o


IrSecr solicitando o Formulário Pedido de Aumento de Salário, este formulário está
disponível no Sistema GL, na tela de dados do Ir, após ter completado o interstício
regulamentar. Depois de datado e gravado devolve ao IrSecque preenche a frequência
do Obr(verificado em consulta no Sistema GL obtida junto ao Ir Chanc); as instruções
do Grau recebidas (verificado em consulta no Sistema GL) e a regularidade com a
Tesouraria da Loja(obtida junto ao Ir Tes, verificado em consulta no Sistema GL) e
após, devolve ao AM, para entregar ao Ir1° Vig.

Este recebe o formulário e:


Se apoia: remete ao VenMest, através do SPPII.
Se recusa: entrega-o ao IrSecr para arquivamento, comunicando sua decisão ao
Aprendiz, justificando o fato.

O Ven Mest recebendo o documento através do SPPII, o transfere para a Ordem


do Dia e decifra o pedido. Logo a seguir faz com que todos os Aprendizes (inclusive o
solicitante) cubram temporariamente ao Templo e solicita o parecer do IrOrad:

Se favorável: Dá prosseguimento ao Processo.


Se desfavorável: Determina o cumprimento dos requisitos legais.
A seguir readmite o solicitante e lhe informa a decisão e, após, readmite os demais
Aprendizes.

Submete o Processo ao Plenário da Loja:


Se favorável: Marca a data de exame do Aprendiz.
Se desfavorável: Determina o cumprimento dos requisitos legais citados.

A seguir readmite o solicitante e lhe informa a decisão da Loja e, após, readmite os demais
Aprendizes.

2. Exame (provas)
No dia determinado para o exame do Aprendiz:
a) Faz com que os Aprendizes, salvo o que vai ser examinado, cubram o Templo;
b) Procede ao exame do Aprendiz, segundo deliberação da Loja;
c) Faz com que o mesmo cubra temporariamente o Templo;
d) Põe em votação a passagem de grau;
e) Preenche, no formulário, a decisão da Loja e grava-o:

Se aprovada:
Readmite o Aprendiz e lhe comunica a decisão da Loja, informando-lhe o valor da Taxa a
ser recolhida à Tesouraria da Loja, se for o caso.
Readmite os demais Aprendizes.
Remete o Processo ao Ir Secr determinando que este tome as seguintes providências:

Pag: 18
– arquivar o pedido de aumento de salário na pasta do Obr;
– providenciar o material (kit) para a elevação.
Se rejeitada:
– determina o arquivamento do pedido na pasta do Obr;
– readmite o Aprendiz e lhe comunica a decisão da Loja;
– readmite os demais Aprendizes.

3. Sessão de Elevação
Para a sessão de elevação:
– o Ven Mestr deve gerar o Placet de Elevação acessando o Sistema da GL;
– o Ir Secpode imprimir o Placet de Elevação acessando o Sistema da GL.

Após a devida cerimônia o Ven Mestr ou Secr deve acessar o Sistema GL e registrar
a data da Elevação para atualização da ficha do Ire publicação no Boletim.

A Identidade Maçônica será gerada automaticamente após o registro da data de elevação


e encaminhada para a Loja. O Secrdeve entregá-la ao Ven Mestque encaminha ao
Ir 2º Vig para a entrega solene, em Loj , ao Ir Comp .

PROCESSO DE EXALTAÇÃO/ELEVAÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Denomina-se de Exaltação (Elevação no Rito de York, Ritual de Emulação e Schröder) ao
processo pelo qual o Companheiro passa ao grau de Mestre Maçom.

2. Fundamentação Legal
A Exaltação encontra-se regulamentada pelos Art.227,230 a 232 do nosso Regulamento
Geral.

3. Requisitos Básicos
1) Ter completado 12 meses desde sua Elevação;
2) Ter recebido as Instruções do Grau;
3) Ter no mínimo (50%) de frequência nas Sessões da Loja nos últimos 12 meses;
4) Estar a prumo com a Tes.

O PROCESSO

1. Pedido de Aumento de Salário


O C M tendo preenchido os requisitos básicos para sua passagem de grau procura o
Ir Secr solicitando o Formulário Pedido de Aumento de Salário, este formulário está
disponível no Sistema GL, após ter completado o interstício regulamentar, na tela de dados
do Ir. Depois de datado e gravado devolve ao IrSec que preenche a frequência do
Obr(verificado em consulta no Sistema GL obtida junto ao Ir Chanc); as instruções
do Grau recebidas (verificado em consulta no Sistema GL) e a regularidade com a
Tesouraria da Loja(obtida junto ao Ir Tes, verificado em consulta no Sistema GL) e
após, devolve ao C M, para entregar ao Ir 2° Vig.

Pag: 19
Este recebe o formulário e:
Se apoia: Remete ao VenMest, através do SPPII.
Se recusa: Entrega-o ao IrSecrpara arquivamento, comunicando sua decisão ao
Companheiro, justificando o fato.

O VenMestr, recebendo o documento através do SPPII, o transfere para a Ordem


do Dia e decifra o pedido. A seguir faz com que os Aprendizes e Companheiros (inclusive
o solicitante) cubram temporariamente ao Templo e solicita as conclusões do Ir Orad:
Se favoráveis: Dá prosseguimento ao Processo;
Se desfavoráveis: Determina o cumprimento dos requisitos legais.

A seguir readmite o solicitante e lhe informa a decisão e, após, readmite os demais


Companheiros e Aprendizes.

Submete o Processo ao Plenário da Loja:


Se favorável: Marca a data de exame do Companheiro.
Se desfavorável: Determina o cumprimento dos requisitos legais citados.

A seguir readmite o solicitante e lhe informa a decisão e, após, readmite os demais


Companheiros e Aprendizes.

2. Exame (provas)
No dia determinado para o exame do Companheiro, em Sessão do grau:
a) Faz com que os CComp, salvo o que vai ser examinado, cubram ao Templo;
b) Procede ao exame do Companheiro, segundo deliberação da Loja;
c) Faz com que o mesmo cubra temporariamente ao Templo;
d) Põe em votação a passagem de grau;
e) Preenche, no formulário, a decisão da Loja e grava-o.

Se aprovada:
Readmite o Companheiro e lhe comunica a decisão da Loja, informando-lhe o valor da Taxa
a ser recolhida à Tesouraria da Loja, se for o caso.
Readmite os demais Companheiros.
Remete o Processo ao IrSecrdeterminando que este tome as seguintes providências:
– arquivar o pedido de aumento de salário na pasta do Obr;
– providenciar o material (kit) para a exaltação.

Se rejeitada:
– determina o arquivamento do pedido na pasta do Obr;
– readmite o Companheiro e lhe comunica a decisão da Loja;
– readmite os demais Companheiros.

3. Sessão de Exaltação
Para a sessão de exaltação:
– o Ven Mestr deve gerar o Placet de Exaltação acessando o Sistema da GL;
– O Ir Secpode imprimir o Placet de Exaltação acessando o Sistema da GL.
Após a devida cerimônia o Ven Mestr ou Secrdevem acessar o Sistema GL e registrar
a data da Exaltação e o nome simbólico para atualização da ficha do Ire publicação no
Boletim.

Pag: 20
A Identidade Maçônica será gerada automaticamente após o registro da data de exaltação
e encaminhada para a Loja. O Secr deve entregá-la ao Ven Mest que encaminha ao
IrOrad para a entrega solene, em Loj , ao IrMest .

PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Denomina-se Regularização ao Processo pelo qual um Maçom Irregular pode retornar à
atividade, salvo se foi excluído ou esteja com direitos maçônicos suspensos. O Irmão a ser
regularizado está sujeito a publicação no Boletim da GL, Sindicâncias e ao Escrutínio
Secreto, conforme prevê a legislação vigente.

2. Fundamentação Legal
O Processo de Regularização está fundamentado nos Art. 223 e 224 do nosso
Regulamento Geral.

3. Irregulares
São Irregulares, passíveis de retornar à atividade pelo Processo de Regularização os
maçons:
1) Portadores do Placet de Transferência há mais de 90 dias;
2) Portadores de Quite Placet há mais de 180 dias;
3)Deixarem de cumprir suas obrigações pecuniárias para com a Loja ou faltarem aos
trabalhos por mais de 3 meses sem justificativa aceita pela Loja;
4) Frequência inferior a 25% nos trabalhos da loja nos últimos 12 meses sem justificativa
aceita pela Loja.

Para retornar à atividade o Ir Irregular deve preencher a Proposta de Regularização e


anexar:
1) Placet de Transferência original; ou,
2) Quite Placet original; ou,
3) Certidão de estar a prumo com a sua Tesouraria.

O PROCESSO

1. Proposta de Regularização
1) O proponente, depois de contato com o IrIrregular (enquadrado em qualquer um dos
requisitos básicos acima), e sabedor que o mesmo deseja voltar à atividade esclarece-o
das normas e disposições legais:
a) Que deverá passar por um Processo de Regularização, com publicação no Boletim
da GL, Sindicâncias e Escrutínio;
b) Se estiver irregular por falta de pagamento, deverá preencher a Proposta de
Regularização e anexar uma certidão de estar a prumo com a Tesouraria da Ofque o
colocou na irregularidade. Se estiver Quitado ou Transferido sem efetivar no prazo legal,
deve anexar todos os documentos maçônicos que possuir (Quite Placet, Placet de
Transferência vencido) e Identidade Maçônica.

Pag: 21
2) Procura o IrSecrda Loja e solicita o Formulário Proposta de Regularização, ou para
facilitar acessa o Sistema GL, em formulários, e baixa o formulário, preenche-o e anexa:
a)Documentos maçônicos do IrIrregular (Quite Placet, Placet de Transferência,
Identidade Maçônica, etc.)
b) Certidão de estar a prumo com a Tesouraria da Loja que o colocou na irregularidade.

3) Remete ao VenMest, através do S PPIIque, verificará:


a) Se estão corretamente preenchidos;
b) Se estão gravados por um Mestre Maçom do Quadro;
c) Se os documentos pertinentes estão anexados;
d) Se a certidão de quitação de débitos, expedida pela Loja de Origem, está anexada no
caso de Irque esteja Irregular por falta de pagamentos;

Se afirmativo: Informa o recebimento de uma Proposta de Regularização que está sendo


passada para a Ordem do Dia.
Se negativo: Informa à Loja que o documento recebido ficará sob Malhete, e após a Sessão
o devolve ao proponente para regularizar a falha existente e que o remeta novamente
através do SPPII.

4) Na Ordem do Dia:
a) Omite o “ne varietur” do proponente, declarando que a proposta foi apresentada por um
Mestre Maçom do Quadro, datando-a e gravando-a.
b) Solicita as conclusões do IrOradquanto à legalidade do Processo:

Se afirmativas:
Remete ao Ir Secr, através do Ir1° Diác, que:
– Abre uma pasta identificada como Processo de Regularização do Ir (nome) e arquiva
uma cópia da proposta de Regularização e cópia dos demais documentos;
– Remete a Proposta de Regularização acompanhada dos demais documentos (todos
originais) à Secretaria da Grande Loja para registro e publicação no Boletim;
– Acompanha a publicação do nome do proposto no Boletim da Grande Loja, anotando no
controle de processo a data de publicação e número do boletim, informando o
VenMestsobre o término do interstício de publicação. Também acompanha a data de
validade do processo, pois o mesmo expira após um ano da data de publicação;
– Acessa a ficha do Irmão a ser Regularizado no Sistema GL e imprime três vias do
formulário de sindicância na tela "Regularização", acionando o botão “Sindicância” e as
entrega ao VenMestque as distribuirá aos MMMMde sua escolha;
– Registra em balaústre a entrada, através do SPPII dos formulários de Sindicâncias
e referências pessoais, comerciais e bancárias (se a Lojaexigir), e arquiva os documentos
no Processo do Obreiro;

Se negativas:
Busca sanar as falhas apontadas pelo IrOrade prossegue no processo. Se não for
possível, deixa o mesmo sob malhete e devolve ao proponente para que regularize as
falhas apresentadas e retorne através do SPPII.

Erros Mais Comuns


Encaminhamento de cópias de documentos a GL em vez dos originais;
Proposta sem acompanhamento Quite Placet, ou documento de declaração de
regularidade expedido pela loja;

Pag: 22
Erro na avaliação do Prazo de Regularidade do Quite (mais de 180 dias) a partir do
registro GL.

2. Sindicâncias

Importante – cabe somente ao Ven Mest o conhecimento e controle dos Sindicantes.


O Ven Mest designará no mínimo 03 (três) Mestres Maçons do Quadro da Loja, para
realização dessas. Ao retornarem já preenchidas, através do SPPII omite o “ne
varietur” do sindicante, atesta que a mesma foi realizada por um Mestre Maçom do Quadro
da Loja e entrega ao Ir Secr para arquivamento na Processo do Ir a ser regularizado.

Recebidas todas as Sindicâncias inclui na Ordem do Dia e as decifra. Faculta a palavra


para pedidos fundamentados de diligências caso os OObr do Quadro julguem necessário.

Se ocorrerem pedidos de diligências, designa um ou mais MMMM para as procederem


e decifra pela segunda vez as Sindicâncias juntamente com as diligências.

3. Retirada da Proposta
A proposta pode ser retirada a qualquer momento antes de Escrutínio, basta que o Sec
ou o Ven Mestacesse o cadastro do Ir a ser Regularizado e a retire ou informe via
Atendimento. A Gr Secr registra, publica no Boletim e devolve os documentos do Ir a
ser regularizado finalizando assim o processo.

4. Escrutínio
Decorridos 30 dias da publicação, e após a decifração o VenMest anuncia que vai
proceder ao escrutínio secreto através das esferas brancas e negras, alertando que as
esferas brancas aprovam o Ir a ser regularizado e as esferas negras o rejeitam. Solicita
ao Ir Orad que explique aos IIr do quadro o funcionamento. Faz mostrar que a urna
está devidamente vazia. Consulta se todos já gravaram o seu “ne varietur” na Tábua da
Loja. Determina ao Ir Mest de CCer que faça circular a urna receptora. Recolhe
primeiro o voto do Ven Mest, depois dos demais IIr. Ao final, consulta a todos se já
votaram.

Declara o Escrutínio encerrado e solicita ao Ir Mest de CCer que traga a urna até o
trono. Convida aos IIr Orad e Secrpara assistirem a conferência do Escrutínio.
Anuncia o seu resultado à Loja.

Se ocorreram apenas esferas brancas, declara o Ir a ser regularizado limpo e puro.
Remete os documentos ao Ir Secr através do Ir1° Diác, determinando que sejam
tomadas as providências cabíveis para comunicar ao Ir a ser regularizado, nomeando
uma comissão para visitá-lo, ou pede que o Ir Proponente o faça.

Se ocorrerem uma ou duas esferas negras, procede a novo Escrutínio Secreto, conforme
as normas antes estabelecidas. Se neste segundo Escrutínio ocorrerem apenas esferas
brancas – considera o Ir a ser regularizado limpo e puro e procede como acima.

Se persistirem as esferas negras determina que os IIr que as colocaram devem procurá-
lo após o término da Sessão, ou num prazo máximo de quinze dias, para fundamentarem
os motivos da recusa.

Pag: 23
Ciente dos fatos alegados pelos IIr, na próxima Ordem do Dia, mantendo o mais absoluto
sigilo sobre o nome dos IIr que informaram, o VM comunicará ao plenário da Loja as
razões apresentadas, as quais deverão ser aceitas ou rejeitadas pela maioria dos
presentes.

Se ocorrem três ou mais esferas negras, declara o Ir a ser regularizado rejeitado para
Regularização na Ordem, e determina a imediata destruição da proposta de regularização
e sindicâncias. Determina ao Ir Secrque entregue ao Proponente os documentos que
haviam sido utilizados no Processo e registra a rejeição do Ir no Sistema GL ou informa
através do Atendimento que o Ir a ser regularizado foi rejeitado para que a Gr
Secrregistre e publique no Boletim. Dá como encerrado o Processo de Regularização.

Solicita as conclusões do Ir Orad sobre a legalidade do processo e corrige as falhas


salientadas.

5. Sessão de Regularização
O Ven Mestgera o Placet de Regularização no Sistema GL desde que esteja liberado.
Assim pode programar a data da Sessão de Regularização. A sessão deve ser realizada
no prazo máximo de 90 dias após a geração do Placet.

Cabe então ao IrSecr:


– A impressão do Placet de Regularização no Sistema GL;
– A elaboração e expedição dos convites, conforme a determinação do VenMest

A cerimônia de Regularização é de um trolhamento rigoroso dos graus que possuir o


Proposto, vedada a dispensa de quaisquer das formalidades prescritas, salvo autorização
do Grão-Mestre.

No dia seguinte, após a realização da cerimônia, o Ir Secr deve informar à Grande Loja
a data da sessão de regularização via Atendimento para registros no Sistema GL. 

Encerrado o processo, o IrSecrdeve arquivar o Placet de Regularização, providenciar
o preenchimento completo da Ficha Cadastral do DAM devidamente assinada pelo Irmão
e o Secre encaminhar para a Grande Secretaria. Também precisa enviar uma foto 3x4
nova, de frente, de gravata e paletó, sem chapéu, podendo transmitir via Atendimento a
imagem em formato jpeg.

A Identidade Maçônica será gerada automaticamente após o registro da data de


regularização e encaminhada para a Loja.

O Secr deve entregá-la ao Ven Mest para que a mesma seja entregue, solenemente,
em Loj ao IrRegularizado, na Ordem do Dia, através do:
1° Vig– se for Aprendiz
2° Vig – se for Companheiro
Orad – se for Mestre.

PROCESSO DE FILIAÇÃO

Pag: 24
FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Denomina-se Filiação ao Processo pelo qual um Maçom Inativo, portador de Quite-Placet,
pode retornar à atividade em Loja diferente da que foi registrada em seu Quite.

2. Fundamentação Legal
O Processo de Filiação está fundamentado no Art. 225 do nosso Regulamento Geral.

São Inativos, passíveis de retornar a atividade pelo Processo de Filiação, maçons


portadores de Quite-Placet há menos de 180 dias.

O PROCESSO

1. Proposta de Filiação
O Ir Inativo desejoso de se filiar a uma Loja deve saber que passará por um Processo de
Filiação sujeitando-se a escrutínio.

O Ir Proponente procura o Ir Secrda Loja e solicita o Formulário Proposta de Filiação,
ou para facilitar acessa o Sistema GL, em formulários, e baixa o formulário, preenche-o,
grava e anexa documentos maçônicos do IrInativo (Quite-Placet, Carteira de Identidade).

O Proponente remete pessoalmente ao Ven Mest, através do SPPIIque,


verificará:
– se estão corretamente preenchidos;
– se está assinada pelo Ir a ser filiado;
– se os documentos pertinentes estão anexados;
– se o Quite-Placet está dentro da validade de 180 dias.

Se afirmativo: Informa o recebimento de uma Proposta de Filiação que está sendo passada
para a Ordem do Dia.
Se negativo: Informa à Loja que o documento recebido ficará sob Malhete, e após a Sessão
o devolve ao proponente para regularizar a falha existente e que o remeta novamente
através do SPPII.

Na Ordem do Dia solicita as conclusões do IrOradquanto à legalidade do Processo:

Se afirmativas:
Remete ao IrSecr, através do Ir 1° Diác que:
– Verifica se o VenMestgravou no local competente;
– Abre uma pasta identificada como Processo de Filiação do Ir (nome) e arquiva uma
cópia da proposta de Filiação e cópia dos demais documentos;
– Remete a Proposta de Filiação acompanhada dos demais documentos (todos originais)
à Grande Secretariapara registros e liberação do Placet de Filiação.

Se negativas:
Busca sanar as falhas apontadas pelo IrOrade prossegue no processo ou se não for
possível, deixa o mesmo sob malhete e o devolve ao proponente para que regularize as
falhas apresentadas e retorne através do SPP II.

Pag: 25
Erros Mais Comuns
Solicitar filiação para a mesma Loja.
Pedido de filiação sem acompanhamento Quite Placet original.
Erro de avaliação do prazo de regularidade do Quite (menor de 180 dias) a partir do
registro GL.

3. Retirada da Proposta
A proposta pode ser retirada a qualquer momento antes de Escrutínio, basta que o Sec
ou o Ven Mest acessem o cadastro do Ir a ser Filiado e a retirem ou informem via
Atendimento. A Gr Sec registra e devolve os documentos do Ir a ser filiado finalizando
assim o processo.

4. Escrutínio
Após a decifração o Ven Mest anuncia que vai proceder ao escrutínio secreto através
das esferas brancas e negras, alertando que as esferas brancas aprovam o Ir a ser filiado
e as esferas negras o rejeitam. Solicita ao Ir Orad que explique aos IIr do quadro o
funcionamento. Faz mostrar que a urna está devidamente vazia. Consulta se todos já
gravaram o seu “ne varietur” na Tábua da Loja. Determina ao Ir Mest de CCer que
faça circular a urna receptora. Recolhe primeiro o voto do Ven Mest, depois dos demais
IIr. Ao final, consulta a todos se já votaram.

Declara o Escrutínio encerrado e solicita ao Ir Mest de CCer que traga a urna até o
trono. Convida aos IIr Orad e Secrpara assistirem a conferência do Escrutínio.
Anuncia o seu resultado à Loja.

Se ocorreram apenas esferas brancas, declara o Ir a ser filiado limpo e puro. Remete os
documentos ao Ir Secr através do Ir1° Diác, determinando que sejam tomadas as
providências cabíveis para comunicar ao Ir a ser filiado, nomeando uma comissão para
visitá-lo, ou pede que o Ir Proponente o faça.

Se ocorrerem uma ou duas esferas negras, procede a novo Escrutínio Secreto, conforme
as normas antes estabelecidas. Se neste segundo Escrutínio ocorrerem apenas esferas
brancas – considera o Ir a ser filiado limpo e puro e procede como acima.

Se persistirem as esferas negras determina que os IIr que as colocaram devem procurá-
lo após o término da Sessão, ou num prazo máximo de quinze dias, para fundamentarem
os motivos da recusa.

Ciente dos fatos alegados pelos IIr, na próxima Ordem do Dia, mantendo o mais absoluto
sigilo sobre o nome dos IIr que informaram, comunicará ao plenário da Loja as razões
apresentadas, as quais deverão ser aceitas ou rejeitadas pela maioria dos presentes.

Se ocorrem três ou mais esferas negras, declara o Ir a ser filiado rejeitado para Filiação
na Loja, e determina a imediata destruição da proposta de filiação. Determina ao Ir
Secrque entregue ao Proponente os documentos que haviam sido utilizados no
Processo. Informar através do Atendimento que o Ir a ser filiado foi rejeitado para o
registro da Gr Secr. Dá como encerrado o Processo de Filiação.

Pag: 26
Solicita as conclusões do Ir Orad sobre a legalidade do processo e corrige as falhas
salientadas.

4. Sessão de Filiação
O Ven Mest solicita a geração do Placet de Filiação via Atendimento, no Sistema
Grande Loja e marca a data da Sessão de Filiação. A sessão deve ser realizada no prazo
de até 90 dias após a geração do Placet.

O Placet de Filiação será remetido via Atendimento no Sistema GL;

O Ir Secr deve elaborar e expedir os convites conforme a determinação do


VenMest

A cerimônia de Filiação resume-se ao juramento do filiado, conforme o Ritual de AM.


Página 44 e - Edição 2018 para o R.E.A.A..

No dia seguinte, após a realização da cerimônia, o Ir Secr deve informar à Grande Loja
a data da sessão de filiação via Atendimento para registros no Sistema GL.

Encerrado o processo, o Ir Secrdeve arquivar o Placet de Filiação providenciar o
preenchimento completo da Ficha Cadastral do DAM devidamente assinada pelo Irmão e
o Secr e encaminhar para a Grande Secretaria. Também precisa enviar uma foto 3x4
nova, de frente, de gravata e paletó, sem chapéu, podendo transmitir via Atendimento a
imagem em formato jpeg.

A Identidade Maçônica será gerada automaticamente após o registro da data de filiação e


encaminhada para a Loja.

O Secr deve entregá-la ao Ven Mest para que a mesma seja entregue, solenemente,
em Loj ao Ir Filiado, na Ordem do Dia, através do:
1° Vig– se for Aprendiz
2° Vig – se for Companheiro
Orad – se for Mestre.

PROCESSO DE REINTEGRAÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Denomina-se Reintegração ao processo pelo qual um Maçom Inativo (transferido há menos
de 90 dias e que ainda não se apresentou na nova Loja, ou o portador de Quite-Placet há
menos de 180 dias) pode retornar a atividade em sua Loja de Origem.

2. Fundamentação Legal
O Processo de Reintegração está fundamentado no Art. 226 do nosso Regulamento Geral.

O PROCESSO

1. Pedido de Reintegração

Pag: 27
O Irinteressado encaminha uma prancha ao Ven Mest, através do SPPII, por
um Proponente, solicitando sua reintegração aos trabalhos da Loja acompanhada do Quite-
Placet ou Guia de Transferência.
O Ven Mest examina os documentos recebidos e verifica se estão corretamente
preenchidos e se o Quite-Placet ou Guia de Transferência estão dentro do prazo de
validade estabelecido, e:

Se afirmativo: Informa o recebimento de uma Proposta de Reintegração que está sendo


passada para a Ordem do Dia.
Se negativo: Informa à Loja que o documento recebido ficará sob Malhete, e, após a
Sessão, solicita ao IrSecr sua devolução ao Proponente para regularizar as falhas
existentes e que o remeta novamente através do S PP II.

Na Ordem do Dia, o Ven Mestr solicita as conclusões do Ir Orad quanto à legalidade
do processo:

Se afirmativas: Remete ao Ir Secr, através do Ir 1° Diácque toma as seguintes


providências:
– abre uma pasta identificada como Processo de Reintegração do Ir (nome) arquivando
o pedido de reintegração junto com cópia dos demais documentos.
– Remete a Proposta de Reintegração acompanhada dos demais documentos (todos
originais) à Grande Secretariapara registros e liberação do Placet de Reintegração.

Se negativas: Busca sanar as falhas apontadas pelo IrOrad e prossegue no processo


ou se não for possível, deixa o mesmo sob malhete e o devolve ao proponente para que
regularize as falhas apresentadas e retorne através do S PP II.

Erros Mais Comuns


Solicitar reintegração para outra Loja;
Pedido de reintegração sem acompanhamento do Quite Placet original ou da Placet de
Transferência original;
Erro de avaliação no prazo de regularidade do Quite Placet (menor de 180 dias) ou Guia
de Transferência (90 dias) a partir do registro GL.

2. Retirada da Proposta
A proposta pode ser retirada a qualquer momento antes de Escrutínio, basta que o Sec
ou o Ven Mest acessem o cadastro do Ir a ser Reintegrado e a retirem ou informem
via Atendimento. A Gr Sec registra e devolve os documentos do Ir a ser reintegrado
finalizando assim o processo.

3. Escrutínio
Após a decifração o VenMest anuncia que vai proceder ao escrutínio secreto através
das esferas brancas e negras, alertando que as esferas brancas aprovam o Ir a ser
reintegrado e as esferas negras o rejeitam. Solicita ao Ir Orad que explique aos IIr do
quadro o funcionamento. Faz mostrar que a urna está devidamente vazia. Consulta se
todos já gravaram o seu “ne varietur” na Tábua da Loja. Determina ao Ir Mest de CCer
que faça circular a urna receptora. Recolhe primeiro o voto do Ven Mest, depois dos
demais IIr. Consulta a todos se já votaram.

Pag: 28
Declara o Escrutínio encerrado e solicita ao Ir Mest de CCer que traga a urna até o
trono. Convida aos IIr Orad e Secrpara assistirem a conferência do Escrutínio.
Anuncia o seu resultado à Loja.

Se ocorreram apenas esferas brancas, declara o Ir a ser reintegrado limpo e puro. Remete
os documentos ao Ir Secr através do Ir1° Diác, determinando que sejam tomadas
as providências cabíveis para comunicar ao Ir a ser reintegrado, nomeando uma
comissão para visitá-lo, ou pede que o Ir Proponente o faça.

Se ocorrerem uma ou duas esferas negras, procede a novo escrutínio secreto, conforme
as normas antes estabelecidas. Se neste segundo escrutínio ocorrerem apenas esferas
brancas – considera o Ir a ser reintegrado limpo e puro e procede como acima.

Se persistirem as esferas negras determina que os IIr que as colocaram devem procurá-
lo após o término da Sessão, ou num prazo máximo de quinze dias, para fundamentarem
os motivos da recusa.

Ciente dos fatos alegados pelos IIr, na próxima Ordem do Dia, mantendo o mais absoluto
sigilo sobre o nome dos IIr que informaram e comunicará ao plenário da Loja as razões
apresentadas, as quais deverão ser aceitas ou rejeitadas pela maioria dos presentes.

Se ocorrem três ou mais esferas negras, declara o Ir a ser reintegrado rejeitado para
Reintegração na Loja, e determina a imediata destruição da proposta de reintegração.
Determina ao Ir Secrque entregue ao Proponente os documentos que haviam sido
utilizados no Processo. Informar através do Atendimento que o Ir a ser reintegrado foi
rejeitado para o registro da Gr Secr. Dá como encerrado o Processo de Reintegração.

Solicita as conclusões do Ir Orad sobre a legalidade do processo e corrige as falhas


salientadas.

4. Sessão de Reintegração
O Ven Mest solicita a geração do Placet de Reintegração via Atendimento, no Sistema
GL e marca a data da Sessão de Reintegração. A sessão deve ser realizada no prazo de
até 90 dias após a geração do Placet.

O IrSecr ou o Ven Mestrecebem o Placet de Reintegração via Atendimento no


Sistema GL.
O IrSecr deve elaborar e expedir os convites, conforme a determinação do
VenMest

A cerimônia de Reintegração resume-se ao juramento do reintegrado, conforme o Ritual de


AM. Página 44 e - Edição 2018 para o R.E.A.A..

No dia seguinte, após a realização da cerimônia, o Ir Secr deve informar à Grande Loja
a data da sessão de reintegração via Atendimento para registros no Sistema GL. 

Encerrado o processo, o Ir Secrdeve arquivar o Placet de Reintegração providenciar o
preenchimento completo da Ficha Cadastral do DAM devidamente assinada pelo Irmão e
o Secr e encaminhar para a Grande Secretaria. Também precisa enviar uma foto 3x4

Pag: 29
nova, de frente, de gravata e paletó, sem chapéu, podendo transmitir via Atendimento a
imagem em formato jpeg.

A Identidade Maçônica será gerada automaticamente após o registro da data de


reintegração e encaminhada para a Loja.

O Secr deve entregá-la ao Ven Mest para que a mesma seja entregue, solenemente,
em Loj ao IrReintegrado, na Ordem do Dia, através do:
1° Vig– se for Aprendiz
2° Vig – se for Companheiro
Orad – se for Mestre.

PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Transferência é o Processo pelo qual um Obr regular, ativo, passa, por seu interesse, do
Quadro de uma Loja jurisdicionada à GLMERGS para o quadro de outra Loja também a ela
jurisdicionada.

Não existe a figura da transferência entre Lojas de uma Potência para outra.

2. Fundamentação Legal
O Processo de Transferência está fundamentado no Art. 237 do Regulamento Geral. Por
ser um direito do Maçom quando solicitado regularmente e desde que o solicitante esteja
em dia com a Tesouraria e não esteja sendo processado, não cabe recusa por parte de sua
Loja.

À Loja solicitada cabe a análise da conveniência ou não de ter o Ir em seu Quadro,
podendo recusar seu ingresso.

O PROCESSO

1. Pedido de Transferência
O Ir que deseja transferir-se, dirige prancha endereçada ao seu Ven Mest, através do
S PPII, solicitando aprovação para que possa transferir-se para o Quadro de outra
Loja devidamente identificada. O Ven Mest recebendo o pedido encaminha para a
Ordem do Dia, e:

a) Decifra o Pedido do Ir;


b) Consulta ao Ir Tes se o Ir está regular com a Tesouraria:
Se afirmativo: Dá continuidade ao processo.
Se negativo: Nega o pedido, despachando-o para conhecimento do solicitante,
instruindo-o que, em primeiro lugar, ponha-se a prumo com a Tesouraria.
c) Se o Ir estiver presente, faz com que o mesmo cubra temporariamente o Templo;
d) Concede a palavra aos OObr sobre o pedido;
e) Pede as conclusões do Ir Orad, sobre a legalidade do pedido;

Pag: 30
Cabe ao Ir Orad, nesta fase do processo apenas analisar quanto à tramitação legal do
Processo e o fato do mesmo estar ou não em dia com a Tesouraria.
NÃO CABE RECUSA AO PEDIDO.

Se positivas: Não estando presente o solicitante, determina ao Ir Secr que faça uma
prancha, informando-o que a Loja acatou seu pedido, Nesta prancha, deverá orientá-lo a
procurar a Loja para onde deseja transferir-se e solicitar seu ingresso naquele Quadro.

Se negativas: Despacha para que as irregularidades encontradas pelo Ir Orad sejam
sanadas e posteriormente o processo retorne através do S PP II.

f) Readmite o Ir (se for o caso) informando-o da decisão.

g) O Ir que deseja transferir-se, dirige prancha endereçada ao Ven Mest da Loja
destino. Este recebe o pedido através do S P II e o transfere para a Ordem do Dia,
decifrando-o. Caso o Obrsolicitante esteja presente à Sessão, concede-lhe a palavra (se
julgar oportuno e conveniente) e faz com que o mesmo cubra ao Templo. Concede a palavra
aos OObr da Loja.

Concede a palavra ao IrOrad sobre a legalidade do pedido:

Se correto:
Põe à aprovação por votação simbólica.
Se o Ir solicitante havia coberto o Templo, readmite-o e comunica-lhe a decisão.
Se não estava presente, determina ao Ir Secr que faça uma prancha comunicando-lhe
a decisão da Loja.

Se incorreto:
Se o Ir solicitante havia coberto o Templo, readmite-o e comunica-lhe a decisão
solicitando que corrija as falhas apresentadas;
Se não estava presente, determina ao Ir Secr que faça uma prancha comunicando-lhe
a decisão da Loja.

h) Determina ao Ir Secr que faça uma prancha a Loja de origem do Obrcomunicando
sua aceitação.

i) O Ir Secr da Loja de destino do Obr recebendo a comunicação da decisão tomada:


- Abre um Atendimento e registra a intenção da transferência, anexa a Prancha da Loja
Origem informando que nada consta, estando o Ir em dia, e que autoriza a transferência;
- A Gr Secr gera um Placet de Transferência e anexa no Atendimento;
– Envia prancha ao Obr informando-o para apresentar-se no prazo regulamentar de até
90 dias;
– Controlar a apresentação do Obr à Loja;
- Informa a Gr Secr via Atendimento a efetivação da Transferência do Ir.

Se o Obr não se apresentar no prazo regulamentar, o Sec deve informar ao Ven


Mest para que comunique o fato à Loja e o declare Irregular, informando também a Gr
Secr para registro da irregularidade.

Pag: 31
j) Na primeira Sessão seguinte ao recebimento da prancha, a Loja origem, comunica à Loja
que o Ir já não faz mais parte do Quadro.

O Placet Transferência será arquivado na pasta do Obreiro dando-se assim por encerrado
o processo.

Se o pedido não foi aceito:


Faz uma prancha, informando o Obr que a Loja destino não acatou seu pedido de
transferência e dá por encerrado o processo.

PROCESSO PARA SOLICITAÇÃO DO QUITE PLACET (Demissão Voluntária)

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Denomina-se de Quite Placet o documento pelo qual um Maçom, independentemente do
grau que possuir, obtém seu desligamento voluntário da Ordem Maçônica.

2. Fundamentação Legal
A concessão do Quite Placet encontra-se regulamentada nos Art. 238 a 239 do
Regulamento Geral.
Por ser um direito do Maçom, não cabe recusa ao mesmo, desde que seu pedido esteja
dentro das normas previstas. E que:
– O Obr esteja em dia com a Tesouraria de sua Loja;
– Não esteja sendo processado por delito maçônico;
– Seja regularmente solicitado à Loja;

3. Validade
1) O Quite Placet possui validade de 180 dias a contar da publicação no Boletim Informativo
da Grande Loja. Neste período o Maçom pode frequentar qualquer Loja jurisdicionada à
Grande Loja, bastando apresentá-lo acompanhado de sua identidade maçônica para ter
ingresso regular no Templo, porém, NÃO PODERÁ FREQUENTAR SUA LOJA.

2) Dentro do período citado o Maçom, poderá desde que o Quite Placet tenha sido fornecido
pela Grande Loja ou Potência por ela reconhecida, voltar à atividade pelo Processo de
FILIAÇÃO.

3) Se o retorno do Obr for à própria Loja que lhe concedeu o Quite Placet, dentro do
período de validade, o mesmo pode retornar pelo Processo de REINTEGRAÇÃO.

O PROCESSO

1. Pedido de Quite Placet (demissão voluntária)


O Ir que desejar desligar-se da Ordem, preenche prancha endereçada ao Ven Mest
da Loja, solicitando a concessão do Quite Placet, e a remete através do S PP II.
O Ven Mestrecebe o documento e o transfere para a Ordem do Dia onde:
– Decifra a Prancha do Irmão;
– Consulta ao Ir Tes se o Obr encontra-se a prumo com a Tesouraria da Loja, e:

Pag: 32
Se negativo: Deixa o documento sob Malhete e informa ao Obr que seu pedido assim
ficará até ser regularizada a situação, salvo se a Loja decidir abonar o débito.
Se afirmativo: Consulta ao Ir Orad sobre a legalidade do processo. O Ir Orad, nesta
etapa, analisa apenas o aspecto formal do pedido, ou seja, se foi regularmente solicitado
em Loja e se o Ir Tes encontra-se satisfeito. POR SER UM DIREITO DO MAÇOM, não
cabe recusa.

Se o Ir Orad apresentou alguma irregularidade, o VenMestr deve tentar saná-la, ou


deixa o documento sob malhete até ser sanado.

Se o Ir Orad não salientou nenhuma falha ou irregularidade, declara o Quite Placet
concedido, e o Obr, a partir daquela Sessão esta regularmente desligado do Quadro da
Loja. Encaminha o pedido, através do Ir 1º Diác, ao Ir Secr, que no dia seguinte:
– Providencia uma cópia do mesmo, caso o documento não tenha sido enviado em duas
vias;
– Elabora uma prancha e envia ao Obr informando-o da concessão do Quite Placet;
– Acessa o Sistema GL, na ficha do Irmão e imprime o formulário de Quite Placet;
– Confere os dados da impressão do Quite Placet e pega os “ne varieturs” previstos no
documento (não esquecendo de registrar no documento as instruções que o Ir já recebeu
se for Apr ou Comp). O número do documento não deve ser preenchido, pois este é
dado pela Gr Secr;
– Grava prancha remetendo o Quite Placet original acompanhado do original do pedido
formulado pelo Ir à Gr Secr para registro e baixa do quadro;
– Quando do retorno do Quite Placet, grava prancha para remessa ao Ir, informando os
prazos de validade a serem observados;
– Informa ao Ven Mest que a documentação está à disposição;
– Arquiva uma cópia do Quite Placet juntamente com a cópia do pedido na pasta do Ir.
O VenMest, ciente do retorno do Quite Placet devidamente registrado na Grande Loja,
determina a entrega ao Ir.

Erros Mais Comuns


Formulário do Quite Placet sem a solicitação original por escrito do Irmão.
Formulário do Quite Placet preenchido incompleto (sem instruções)

PROCESSO PARA QUITE PLACET DE OFICIO (Demissão pela Loja)

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Denomina-se de Quite Placet de Oficio documento pelo qual um Maçom,
independentemente do grau que possuir, recebe seu desligamento da Loja que faz parte e
por consequência da Ordem Maçônica.

2. Fundamentação Legal
A entrega do Quite Placet encontra-se regulamentada nos Art.166 do Regulamento Geral.
Por ser um direito da Loja, não cabe recusa ao mesmo, desde que esteja dentro das normas
previstas:
– Tenha sido convocada Assembleia Geral especial para esse fim;
– Seja fundamentada e aprovada por ¾ dos Mestres Maçons ativos da Loja;

Pag: 33
- Não esteja sendo processado por delito maçônico.

3. Validade
1) O Quite Placet possui validade de 180 dias a contar da publicação no Boletim Informativo
da Grande Loja. Neste período o Maçom pode frequentar qualquer Loja jurisdicionada à
Grande Loja, bastando apresentá-lo acompanhado de sua identidade maçônica para ter
ingresso regular no Templo, porém, NÃO PODERÁ FREQUENTAR SUA LOJA.

2) Dentro do período citado o Maçom, poderá desde que o Quite Placet tenha sido fornecido
pela Grande Loja ou Potência por ela reconhecida, voltar à atividade pelo Processo de
FILIAÇÃO.

O PROCESSO

A Loja que desejar desligar um obreiro, em desarmonia com outros irmãos, de seu quadro,
deverá proceder da seguinte forma:
- O Ven MestDetermina que o Ir Secr convoque uma Assembleia Geral
Extraordinária de Mestres Maçons para tratar especificamente desse tema.
- O Ven Mest apresenta na sessão os motivos para o pedido a Assembleia.
- Consulta o Ir Orad sobre a legalidade e andamento;

Se negativo: Tenta regularizar o procedimento durante a Assembleia Geral Extraordinária,


se não for possível, encerra a sessão e remarca para outra data.

Se afirmativo: Consulta ao Ir Orad sobre a legalidade do processo. O Ir Orad, nesta
etapa, analisa apenas o aspecto formal da solicitação, ou seja, se os motivos estão
perfeitamente fundamentados. POR SER UM DIREITO DA LOJA, não cabe recusa.

- Após põe em votação no plenário de Mestres Maçons da loja a entrega do Quite Placet
de Oficio ao Ir.

Se negativo: Registra em Balaústre a decisão e encerra a Assembleia Geral Extraordinária.

Se afirmativo: Consulta ao Ir Orad sobre a legalidade do processo. O Ir Orad, nesta
etapa, analisa apenas o aspecto formal da votação, ou seja, se foi regularmente realizado.

Se o Ir Orad apresentou alguma irregularidade, o VenMestr deve tentar saná-la, na


sessão, em caso negativo encerra a Assembleia Geral Extraordinária e remarca para outra
data.

Se o Ir Orad não salientou nenhuma falha ou irregularidade:

- Declara o Quite Placet concedido, e o Obr, a partir daquela sessão, esta regularmente
desligado do Quadro da Loja.
- Determina ao Secr que faça os registros no Balaústre da Loja e que colhe assinatura
dos IIr presentes.
– Elabora uma prancha e envia ao Obr informando-o da concessão do Quite Placet;
– Acessa o Sistema GL, na ficha do Irmão e imprime o formulário de Quite Placet;
– Confere os dados da impressão do Quite Placet e pega os “ne varieturs” previstos no
documento (não esquecendo de registrar no documento as instruções que o Ir já recebeu

Pag: 34
se for Apr ou Comp). O número do documento não deve ser preenchido, pois este é
dado pela Gr Secr;
– Grava prancha encaminhando o Quite Placet original acompanhado do Balaústre da
Assembleia Geral Extraordinária devidamente assinado à Gr Secr para registro e baixa
do quadro;
– Quando do retorno do Quite Placet, grava prancha para remessa ao Ir, informando os
prazos de validade a serem observados;
– Informa ao Ven Mest que a documentação está à disposição;
– Arquiva uma cópia do Quite Placet juntamente com a cópia do Balaústre da Assembleia
Geral Extraordinária na pasta do Ir.

O VenMest, ciente do retorno do Quite Placet devidamente registrado na Grande Loja,


determina a entrega ao Ir.

PROCESSO DE LICENÇA DOS TRABALHOS DA LOJA

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Licença é a dispensa que o Obr, em dia com suas obrigações financeiras, obtém da Loja
para a frequência aos seus trabalhos. Salienta-se que durante o período da licença o
Maçom está apenas dispensado dos trabalhos litúrgicos, devendo pagar regularmente suas
taxas à Loj.

2. Fundamentação Legal
A Concessão de licenças está regulamentada nos Art.240 a 242 do Regulamento Geral.
IMPORTANTE – Todo o Obr ativo que mudar-se para localidade onde não exista Loja
Maçônica filiada a GLMERGS está, ao amparo do parágrafo 2O do Art.241 do Regulamento
Geral, automaticamente dispensado da frequência aos trabalhos, devendo, porém, manter-
se a prumo com a Tesouraria.

O PROCESSO
1. Pedido de Licença dos Trabalhos
O obreiro que deseja solicitar a licença dos trabalhos da Loja grava prancha endereçada
ao Ven Mest, devendo na mesma constar os motivos pelo qual pede dispensa e o prazo
de duração da mesma, deve enviar ao Ven Mest através do SPPII .
Recebendo o pedido, através do S PP II, o Ven Mest transfere para a Ordem do
Dia, onde decifrará o pedido e se o Obr estiver presente e julgar conveniente, concede-
lhe a palavra.

Consulta o Ir Tes se o Ir se encontra a prumo com a Tesouraria.


Se negativo: Deixa o pedido sob malhete e determina ao Ir Secr, (se o Obr não estiver
presente), que lhe comunique o fato, por prancha.
Se afirmativo: Consulta ao Ir Orad sobre a legalidade do processo. O Ir Orad analisa
apenas o aspecto formal do pedido, ou seja, se foi regularmente solicitado em Loja e se o
Ir Tes encontra-se satisfeito.

Pag: 35
Se o Ir Orad apresentou alguma irregularidade, o VenMestr deve tentar saná-la, ou
deixa o documento sob malhete até ser sanado.

Se o Ir Orad não salientou nenhuma falha ou irregularidade, o Ven Mest consulta o
plenário da Loja sobre o pedido recebido. Se este for pela rejeição do pedido, determina ao
Ir Secr que envie prancha ao Obr informando-o da decisão. Se o parecer for pela
aprovação do pedido, concede a licença pelo período solicitado e determina ao Ir Secr
que envie prancha ao Obr.

PROCESSO DE DECLARAÇÃO DE IRREGULARIDADE

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
Qualquer obreiro que infringir norma vigente no ordenamento legal da jurisdição poderá ser
declarado irregular. O obreiro declarado irregular não poderá participar de trabalhos em
loja.

2. Fundamentação Legal
A Irregularidade está regulamentada no Artigo 220 do Regulamento Geral.

O enquadramento no Art. 220, Incisos IV, V, VI e VII, não necessitam de abertura de


Processo Maçônico, pois são faltas simplesmente verificáveis nos registros.

Em caso de Abertura de Processo Maçônico deve ser utilizado o Regramento Penal e


Processual Maçônico, instituído pelo “Capitulo IV - das Penalidades, das Infrações, das
Faltas, e do Processo Disciplinar Maçônico” – Reg. Geral, Art. 49 a Art. 72, que normatiza
o procedimento a ser seguido na apreciação das faltas maçônicas e da aplicação das
penas.

O PROCESSO

1. Declaração de irregularidade
Uma vez detectada a Irregularidade de um Ir da Oficina, identificada pela Adm da Loja
ou demais IIr, é iniciado o processo para formalização na GLMERGS. O Ven Mest
anuncia na ordem do dia, sobre a situação do Ir, solicita que o Ir Hosp junto com a
Comis de Solid façam contato com o Ir e identifiquem os motivos que levaram o Ir
a cometer a irregularidade. Após, gravam prancha ao Ven Mest encaminhando via S
PP II com o resultado da ação realizada para decifração na ordem do dia.

O Ven Mest consulta ao Ir Orad sobre a legalidade do processo. O Ir Orad,
analisa apenas o aspecto formal do pedido e as justificativas para os incisos V, VI e VII do
Art. 220 do Reg Geral.

Se o Ir Oradidentificou alguma falha ou irregularidade, o VenMestpode tentar


saná-la na própria sessão ou deixar sob malhete para novas diligencias.

Pag: 36
Não identificada falha ou irregularidade, o Ven Mest submete o registro da
irregularidade do Ir ao plenário da loja. Se aceito por maioria simples do quadro, é
declarado Irregular perante a Loja.
Encaminha o registro, através do Ir 1O Diác, ao Ir Secr, que no dia seguinte:
– Providencia uma cópia do mesmo;
– Elabora uma prancha com os dados do Ir, o Art do Reg Geral e os incisos em que
foi enquadrado e transmite via Atendimento a Gr Secr para registro no Sistema GL;
– Informa ao Ven Mesta data da publicação no Boletim da GL;
– Registra a irregularidade na Ficha do Obrna Loja.

REGRAMENTO PENAL E PROCESSUAL MAÇÔNICO


O Regramento penal e processual maçônico se encontra descrito nos Art. 49 a 72 do
Regulamento Geral.

MONTAGEM DE PROCESSO MAÇÔNICO

1. ENQUADRAMENTO
Qualquer Obr, ciente de que um Ir Ativo e Regular está infringindo norma vigente na
jurisdição, poderá apresentar denúncia por escrito ao VenMest de sua Loja,
remetendo-a por meio do S P II.

2. VENERÁVEL MESTRE
Recebe o documento por meio do SPPII, omite o “Ne Varietur” do Obr atestando
que o mesmo estava devidamente gravado por um membro da Loja e passa-o para a Ordem
do Dia.
a. Em se tratando de Obr de outra Loja, determina ao Ir Secr que grave prancha em
nome do VenMest e endereçada ao SerenisGrão-Mestre, o qual o remeterá à Loja
do Obr, se julgar procedente;
b. Em se tratando de Obr da Loja, passa o documento ao IrOrad para estudo,
emissão de parecer e convoca o Conselho de Família - Art. 163 do Regulamento Geral .

3. CONSELHO DE FAMÍLIA
Reúne-se sob a presidência do VenMest, analisando o parecer do Ir Orad.
a. Se o fato for considerado como apenas um mal-entendido, procura esclarecê-lo e
determina o arquivamento da denúncia, considerando o processo como encerrado.
b. Se o fato for considerado como transgressão à norma vigente, encaminha os autos ao
Ir Orad, que passando a funcionar como Ministério Público, oferece a denúncia, e
devolve ao Ven Mest para as providências.

4. CONSELHO EX-VENERÁVEIS OU DE MESTRES INSTALADOS:


1. Reúne-se sob a Presidência do VenMest;
2. Recebe os autos oriundos do Conselho de Família e toma ciência do fato analisando se
o denunciado é Mest Inst, VenMestou Vig da Loja. Se for o caso, declara-se,
nos termos da Legislação vigente, incompetente para julgar o fato e o despacha por
prancha endereçada ao Serenis Grão-Mestre, com vistas ao GRANDE CONSELHO ex-
VVen MMest. ou MMest IInst. Considera, no âmbito da Loja, o fato como encerrado,
determinando o aguardo das providências superiores.

Pag: 37
Se o Denunciado for Aprendiz, Companheiro ou Mestre, e sendo julgado procedente
realizar inquérito sobre o fato denunciado, procede da seguinte forma:
a. Nomeia Sindicante para apurar os fatos;
b. Por meio de prancha, dá ciência ao Sindicado da acusação que lhe está sendo imposta,
salientando que lhe é concedido o prazo de 15 dias para apresentação de defesa, podendo
para tanto nomear defensor;
A manifestação do acusado, a critério da autoridade processante, e devidamente manifesta
na prancha acima, pode ser em interrogatório ou por escrito.
A prancha deverá ser entregue diretamente ou por meio de A.R., ou sendo impossível
qualquer uma delas, o Processo corre à revelia, sendo apregoados os fatos por Edital fixado
na Loja e Grande Loja;
c. O Ir encarregado – Mest Maç realizará o inquérito que lhe foi atribuído e devolve-o
ao Conselho de Ex-VVenMMest ou MMest IInst com relatório substanciado,
enquadrando as faltas, se for o caso, e propondo as medidas que julgar necessárias
(arquivamento por inconsistência da denúncia) ou encaminhamento para processo;
d. Analisa os fatos, o resultado do inquérito, se for o caso, e delibera por arquivar o processo
por considerá-lo inconsistente, ou processar o Obr por julgá-lo enquadrado nas
penalidades.

PARECER DO ORADOR

Ao Orador da Loja, ou ao Guarda da Lei, conforme estabelece o Art.149, do Regulamento


Geral, incumbe a emissão de Parecer.

Quando se trata de solicitação do Ven Mest, durante uma sessão ritualística, sendo
uma questão simples (por exemplo, um pedido de quite-placet, que por ser direito, não pode
ser negado, desde que o requerente esteja em dia com a Tesouraria, não esteja sendo
processado e que o pedido seja regularmente dirigido à Loja), que exige a manifestação
para o regular seguimento dos trabalhos, pode o Orador ou Guarda da Lei emitir o Parecer
oralmente. Havendo, contudo, uma questão mais complexa, é prudente que solicite que o
pedido lhe seja encaminhado, para que no prazo de sete dias emita Parecer por escrito.

A elaboração de um Parecer, por escrito, envolve uma técnica particular. A redação


maçônica está a serviço da dinâmica, cujas mensagens se destinam a veicular com rapidez
e eficácia. Para consegui-lo, deve valer-se dos princípios da moderna ciência da
comunicação e, resumidamente, ter aquelas qualidades que sempre serão imprescindíveis
a qualquer redação, pragmática e informativa: clareza e simplicidade.

O grande Rui Barbosa, sobre a correção, nos ensina com sabedoria:


"A inteireza do espírito começa por se caracterizar no escrúpulo da linguagem".

Já sobre a clareza, recolhemos a lição de Geir Campos:


“Eu quisera ser claro de tal forma que ao dizer ‘rosa!’ todos soubessem o que havia de
pensar.
Mais, quisera ser claro de tal forma que ao dizer ‘já!’ todos soubessem o que haviam de
fazer”.

O ensinamento sobre a harmonia vem de Antonino Pagliaro:

Pag: 38
"Também as palavras são de uma espécie de conchas, às quais temos de encostar o ouvido
com humilde atenção, se quisermos apreender a voz que dentro delas soa".

Por último, o aprendizado sobre a polidez recebemos de Grace Stuart Nutley:


"Não é preciso ser rude para ser honesto ou mentir para ser cortês".

Feita essa pequena digressão, vamos examinar, de forma singela e sucinta, algumas
considerações sobre o Parecer escrito.

a. Conceito
O prof. Helly Lopes Meirelles, conceituando o que são Pareceres Administrativos, diz que:
"Pareceres Administrativos são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos
submetidos à sua apreciação". (Direito Administrativo Brasileiro).
Num outro sentido, é a fórmula, segundo a qual certo órgão ou agente consultivo expede
opinião técnica sobre matéria submetida à sua apreciação.

b. Principais características e efeitos


O Parecer, normalmente, é parte integrante de um processo. Ao final aponta para uma
solução, que é precedida de uma justificativa que o embasa, fundamentado em
informações, disposições legais e jurisprudência.
O Parecer depende de aprovação da autoridade competente que o solicitou. Não obtendo
essa aprovação, tem caráter meramente opinativo.

c. Tipos
O Parecer pode ser normativo. Ocorre quando, aprovado, se torna obrigatório para casos
que surgirem no futuro, idênticos ao analisado.
O Parecer pode ser vinculante. Ocorre quando a autoridade que o solicitou fica presa às
suas conclusões.
O Parecer pode ser, por fim, facultativo. Ocorre quando a autoridade que o solicitou não
está obrigada a aceitar as suas conclusões.
O parecer emitido pelo Irmão Guarda da Lei, ou Orador, na Maçonaria, fica dentro da
classificação de Parecer facultativo, eis que quem o solicitou (Venerável Mestre) poderá
aceitar ou não as suas conclusões. No caso de aceitação, o parecer é homologado e terá,
então, força decisória, que lhe é atribuída pela autoridade solicitante.

d. Partes
Vamos fazer uma divisão das partes que integram um Parecer, para nossa melhor
compreensão.
1 - Designação contém o número do processo respectivo:
Processo nº ...;

2 - Título, denominação do ato, seguido do número de ordem:


Parecer nº ...;

3 - Ementa é um resumo do assunto enfocado no parecer e deve ser sintética;

4 - Introduções (histórico também chamado relatório do fato);


Esclarecimento (análise do fato e seu avaliação);
Conclusão (deve ser clara e objetiva);
Fecho, que por sua vez também se subdivide em:
Local

Pag: 39
Data, e
Assinatura (nome e cargo ou função de quem emite o Parecer)

MODELO DE PARECER

Parecer GOA/ESCN/03/2002/2005

Reqte Ir xxxxxxxxxxxxxxxxxx, Ven Mest da Aug e Resp Loj Simb


xxxxxxxxxxxx nº 999 ao Or de Porto Alegre - RS

Inteligência do Art.143 do Regulamento Geral.

O Ven Mest da Aug e Resp Loj Simb xxxxxxxxxxxxxxx nº 999, ao Or de Porto
Alegre, por meio de prancha dirigida à Grande Loja, pede orientação quanto ao atendimento
a ser adotado sobre o Art.143 do Regulamento Geral, formulando a seguinte pergunta:

"Esta presença em caso de Comp refere-se a (50%) de presença em Loj de Comp,


ou 50% de presença em Loj de Apr e Comp, já que o mesmo frequenta as duas
sessões".

Resumidamente, é a questão posta.

Para melhor entendimento, oportuno é que se rememore a redação da ao Art.232 citado:

"Art.232 - A frequência exigida para a passagem do Grau de Companheiro Maçom a Mestre


Maçom é a mesma que consta do Art.228 deste Regulamento".

De outro lado, temos que o artigo citado Art.228 tem a seguinte redação:

"Art.228 - O Aprendiz, depois de recebidas todas as instruções, julgando-se em condições


de receber aumento de salário, poderá solicitá-lo, por escrito, ao 1º Vigilante, desde que
tenha, no mínimo, cinquenta por cento (50%) de presença nas sessões ordinárias, nos
últimos doze meses, respeitadas as peculiaridades do rito praticado".

Diante do exposto, a conclusão inarredável é a de que a frequência exigida para a


passagem do grau de Companheiro Maçom a mestre Maçom é de, no mínimo, cinquenta
por cento (50%) de presença nas sessões ordinárias, nos últimos doze meses, vale dizer,
todas as sessões para as quais ele é convocado e pode assistir, as sessões de Aprendiz
Maçom e as sessões de Companheiro Maçom.

PROCESSO ELEITORAL NAS LOJAS

A sucessão em uma Loja Maçônica é um dos períodos que mais trabalho e atenção exigem
do Ir Orad. Isto ocorre, pois em muitos casos os IIr pouco conhecem da legislação
vigente. Aliada a esta carência, existe uma tendência natural de se adotarem práticas
eleitorais do mundo profano, que não se coadunam com os princípios de nossa Instituição.

Assim, é importante que se um Guarda da Lei realmente deseja estar preparado para bem
atuar em um processo eleitoral em sua Loja, deve ele conhecer (e bem) o que preceitua o
Regulamento Geral da GLMERGS, em especial seus Art.180 a 188. Além

Pag: 40
disto, há, quando se analisam questões desta ordem, diversos artigos esparsos que não
podem ser esquecidos, pois também ajudam a regulamentar o processo, como, por
exemplo, o artigo 143 e seus §§, que estabelecem os requisitos para que um Ir venha a
postular um cargo eletivo.

Deve sempre o Conselho de Assessoramento organizar a chapa de orientação, é seu


dever. Isto deve ocorrer, para que a Loja receba o auxílio de seus IIr mais experimentados
que, com sua visão alargada pela experiência administrativa à frente da Loja, podem
projetar quais IIr poderiam “render” mais e em qual cargo. Não há nenhum risco de
imposição de candidaturas em assim procedendo, até porque esta seria uma chapa de
orientação, podendo outras serem lançadas se for o caso.

1. Conceituação
As eleições para os cargos de Venerável Mestre, 1º e 2º Vigilantes, Orador ou Capelão e
Tesoureiro serão realizadas e apuradas em Loja, anualmente, na primeira quinzena do mês
de novembro, em uma única sessão no Grau de Mestre-Maçom. Os demais cargos serão
nomeados pelo Venerável Mestre eleito. Lembramos que o voto realizado é na chapa e não
no Ircandidato a um dos cargos.

1. Fundamentação Legal
As eleições das lojas estão regulamentadas nos Art.180 a 189 do Regulamento Geral. Os
requisitos para a candidatura do Ven Mest e VVig estão contemplados no Art. 106 do
Reg Geral.

2. Processo
Cabe ao Ir Sec auxiliar o IrOrad, Cap ou Gda Lei, na verificação do
cumprimento dos requisitos exigidos pelo Art.106 e seus §§ do Regulamento Geral para os
candidatos à Venerável Mestre e Vigilantes, evitando que o pleito venha a ser anulado pela
Grande Loja.

No dia da Sessão Magna de Eleição para a Administração da Loja, o Ir Sec deverá
providenciar, para que estejam disponíveis na mesa do Ven Mest :
– Roteiro da Sessão;
– Cédulas em número suficiente para distribuir aos presentes com a nominata das chapas
a fim de auxiliar o Ven Mest na condução da Eleição;
– Preparar antecipadamente, os dados do Balaústre que será redigido, para o registro do
mesmo durante a Sessão, pois este deve ser gravado por todos os presentes;

MODELO DE CÉDULA OFICIAL PARA ELEIÇÃO NA LOJA:

CÉDULA Eleitoral – Gestão _____/_____

Venerável Mestre - Nome do Irmão


1º Vigilante - Nome do Irmão

Pag: 41
2º Vigilante - Nome do Irmão
Orador - Nome do Irmão
Tesoureiro - Nome do Irmão

Roteiro para sessão de eleição, respeitados os Ritos ou Ritual:

ABERTURA: NO GRAU DE MESTRE


BALAÚSTRE: NÃO É DECIFRADO
EXPEDIENTE: NÃO É DECIFRADO
S PII NÃO CIRCULA

O Ven Mest, após a abertura Ritualística da Sessão no Grau de Mestre Maçom,


dispensará a leitura de Balaústre anterior e a leitura de expediente (se não houver
expediente de URGÊNCIA), bem como informará que o S PPII não circulará, pois
trata-se de Sessão Magna de Eleição, com Ordem do Dia específica, a qual assim se
desenvolve:

01) - Declara aberta a Ordem do Dia com a finalidade exclusiva de proceder a Eleição da
Administração da Loja, conforme convocação prévia realizada;

02) Coloca sobre a mesa a Constituição, Regulamento Geral da Grande Loja, Estatuto e o
Regimento Interno da Loja;

03) Mostra que a Carta Constitutiva está no Local apropriado;

04) Consulta o Irmão Secr/Chanceler se estão com presenças suficientes com o direito de
voto e se gravaram seu “ne varietur” na Tábua da Loja e ao Irmão Tesoureiro se todos os
presentes estão a prumo com a Tesouraria da Loja, corrigindo os fatos que se
apresentarem. A seguir, grava o seu “ne varietur” na Tábua da Loja, encerrando-a;

05) Convida ao Secr e Orad para com ele comporem a mesa eleitoral (o convite é feito
pelo cargo e não pelo nome do Irmão, indo, ambos ocupar os lugares respectivamente à
esquerda e à direita do Ven Mest);

06) Convida dois Irmãos para serem os escrutinadores, que ocuparão, respectivamente, os
lugares dos Irmãos Orad e Secr.

07) Determina ao Secr que decifre a(s) chapa(s) inscrita(s), e ao Mest de Cerim que
distribua os votos e manda colocar a urna em local visível, mostrando que está vazia;

08) Determina que o Secr faça a chamada nominal dos Irmãos, na ordem em que
gravaram seu "ne varietur" na Tábua da Loja para que estes depositem na urna seus votos;

Pag: 42
09) Consulta se algum Irmão deixou de votar, concede a palavra ao G da Lei para se
manifestar sobre alguma falha a ser sanada ou algo a ser corrigido;

10) Declara encerrada a votação, passa a urna aos escrutinadores que deverão verificar:
a) exatidão dos votos com os presentes;
b) escrutinar os votos, comunicando ao Ven Mest o resultado obtido;

11) Proclama o resultado à Loja e declara encerrado o processo eleitoral;

12) Os Irmãos retornam a seus lugares, e circula o Tr de Solid ou equivalente;

13) A Palavra não é concedida por ser a Ordem do Dia restrita a eleição;

14) Pede as Conclusões do Irmão OradCap, o qual deve salientar que todos os
preceitos da Constituição, Regulamento Geral, Estatutos e Regimento da Loja foram
respeitados;

15) Suspende os trabalhos pelo tempo necessário para gravação do Balaústre/Ata da


Sessão. Após, determina ao Secr que o decifre, pondo-o em votação de imediato.
Determina que os presentes gravem seu "Ne Varietur" no mesmo;

16) Procede ao encerramento ritualístico da Sessão no Grau de Abertura (Mestre Maçom).

REGISTRO DO PROCESSO ELEITORAL DA LOJA NO SISTEMA GL

1. Conceituação
Realizada a Sessão Magna de Eleição da Loja cabe ao Ir Secefetuar o registro no
Sistema GL conforme Art. 180 § único.

2. Processo
No dia seguinte a Sessão Magna de Eleição da Loja o Ir Sec efetua o registro
acessando o Sistema GL/tela de Loja/tela do Processo Eletivo.
Importante lembrar da necessidade de registrar o Extrato de Balaústre no Sistema GL, pois
através desses dados informados é que o Ir GrOrad poderá emitir seu parecer.
Após a homologação da Eleição da Loja é autorizada a realizar a Instalação do VM.
Imediatamente após essa Sessão de Instalação o Secr deve registrar no Sistema GL a
data da Instalação/Posse. Após informar essa data, automaticamente, a atual Adm será
desativada, e a eleita será ativada para o Sistema GL.
A data informada deve ser o dia da realização da Cerimônia de Posse e Instalação da Nova
Administração Eleita, o seu lançamento deverá ser imediatamente após (no próximo dia) a
realização.

Pag: 43
ADOÇÃO DE LOWTONS

FUNDAMENTAÇÃO

1. Conceituação
É o processo de adoção de uma criança pela Loja. Podendo ser adotado filhos, enteados,
netos ou menor que tenha vínculo familiar significativo, reconhecido pela respectiva Loja,
com um Mestre Maçom de seu quadro, desde que tenham idade mínima de 7 (sete) e
máxima de 14 (quatorze) anos incompletos. A Loja fornecerá diploma e medalha ao jovem.
O dia do Lowton é 12 de outubro e as lojas devem, na semana que a data estiver inserida,
promover Sessão Magna comemorativa ao evento.

2. Fundamentação Legal
A adoção de Lowtons está regulamentada nos Art.253 a 259 do Regulamento Geral e a
Cerimônia de Adoção está descrita no Livro dos Rituais Especiais (pag 64 a 81).

O PROCESSO
1. Requerimento
O requerimento da Adoção será formulado através de Prancha, diretamente no S PP e
II pelo Mestre Maçom interessado, endereçada ao Ven Mest. A prancha deve conter
nome e idade da criança, bem como o nome do Mestre Maçom ativo do quadro que será o
paraninfo.
Recebendo o requerimento, através do S PP II, o Ven Mest transfere para a
Ordem do Dia, onde decifrará seu conteúdo.

Consulta ao Ir Orad sobre a legalidade do processo. O Ir Oradanalisa apenas o


aspecto formal do pedido, ou seja, se foi regularmente solicitado em Loja e se a criança se
encontra dentro dos requisitos legais.

Se o Ir Orad apresentou alguma irregularidade, o VenMestr deve tentar saná-la, ou


deixa o documento sob malhete até ser sanado.

Se o Ir Orad não salientou nenhuma falha ou irregularidade, o Ven Mest consulta o
plenário da Loja sobre o pedido recebido. Se este for pela rejeição do pedido, determina ao
Ir Secr que envie prancha ao Obr informando-o da decisão. Se o parecer for pela
aprovação do pedido, encaminha ao Ir Secr para que tome as providências de registro
no Sistema GL, no Cadastro de Lowtons. Assim que possível o Ven Mestr determina a
data da Sessão Magna para adoção de Lowtons da Loja.

O Ir Secr deve ainda providenciar junto a Gr Secretaria, os materiais que serão
entregues ao Lowton durante a sessão:
- Medalha com detalhes específicos conforme Regulamento Geral;
- Diploma com registro da Adoção, será emitido pela Gr Secretaria, para isso deve ser
enviado solicitação via Atendimento no Sistema GL com pelo menos 07 dias de
antecedência da sessão pois são necessárias assinaturas;
- Avental branco especifico para o Lowton;
- Par de luvas brancas para o Lowton.

Pag: 44
Atenção: Cuidado com o prazo para solicitação do Diploma, pois necessitam das
assinaturas do Grão-Mestre e Gr Secr.

Todo os dados do Processo de Adoção devem ser Registrados no Sistema GL.

ESTATUTO SOCIAL DA LOJA MODELO Nº 20

CAPÍTULO I – DENOMINAÇÃO, CONSTITUIÇÃO, LEGALIDADE

Art. 1º - A LOJA MODELO Nº 20, fundada (ou que reergue suas colunas em) aos_____
dias do mês de ______________ de ______ (por extenso), autorizado seu funcionamento
pelo Decreto nº _______, do mês de ______ de ______, do Grão-Mestre da Grande Loja
Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, pelo qual lhe outorgou a CARTA
CONSTITUTIVA, é uma Sociedade Civil, Beneficente, constituída por número ilimitado de
sócios, exclusivamente do sexo masculino, sem fazer distinção de cor, política e religião e
que não responde, civil e subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

Art. 2º - A Loja prestará integral obediência à Grande Loja Maçônica do Estado do Rio
Grande do Sul, por meio de suas Leis, Decretos e Regulamentos. Entretanto, terá plena
autonomia administrativa e financeira, sendo seus sócios regidos por este Estatuto Social.

CAPÍTULO II – SEDE, FORO, DURAÇÃO

Art. 3º - A sociedade tem sede e foro na Rua __________________ nº _____, na cidade


de _________________, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

Art. 4º - As atividade sociais da Loja terão prazo ilimitado:


Parágrafo 1 - O ano administrativo será de janeiro a dezembro de cada ano.
Parágrafo 2 - O ano social será de março a dezembro.

CAPÍTULO III – DOS SÍMBOLOS

Art. 5º - A Loja utilizará os seguintes símbolos:


1 – Estandarte, nas cores _____ e ______, e os dizeres que a identificam plenamente;
2 – Carimbo – Timbre, com as características estampadas na folha de rosto deste Estatuto,
em uso desde a fundação da Loja.

CAPÍTULO IV – DOS OBJETIVOS

Art. 6º - Serão objetivos da Sociedade:


a. Prática de atos e princípios da Maçonaria Universal;
b. Promover a educação e orientação de seus sócios, para o exato cumprimento dos
deveres para com Deus, com a humanidade, com a Pátria, com a família e consigo mesmo;
c. A defesa da liberdade, da igualdade, da fraternidade; e

Pag: 45
d. A prática da filantropia e participação no seio da coletividade.

CAPÍTULO V – DO ÂMBITO

Art. 7º - As atividades sociais abrangerão o Município de ________________, Estado do


Rio Grande do Sul, Brasil.

CAPÍTULO VI – DO PATRIMÔNIO

Art. 8º - O patrimônio da Sociedade é constituído pelos respectivos bens imóveis, doações,


móveis, valores mobiliários, títulos e saldos de todos as rendas.
Parágrafo Único – Os saldos serão os resultados do balanço anual que compreenderá
todos os bens de raiz, móveis, dinheiro e outras quaisquer espécies de valores e, bem
assim, todas as dívidas e obrigações.

Art. 9º - Os recursos da Sociedade somente poderão ser destinados para aplicação no


território nacional.
Parágrafo Único – Os recursos das coletas de cada Sessão serão destinados
exclusivamente à prática da beneficência.

CAPÍTULO VII – DOS PODERES

Art. 10 – São poderes da Loja:


a. Assembleia Geral dos Sócios;
b. Administração da Loja;
c. Conselho Fiscal.

CAPÍTULO VIII – DA DISSOLUÇÃO

Art. 11 – A Sociedade somente poderá ser dissolvida quando o número de sócios for inferior
a sete (sete) e desde que tenham deliberado nesse sentido, em reunião especialmente
convocada para tal fim.

Art. 12 – No caso de extinção da Sociedade, deverá constar da Ata da reunião efetuada e


de que resultou a decisão o destino do patrimônio.
Parágrafo Único – O patrimônio apurado deverá ser destinado à Grande Loja Maçônica do
Estado do Rio Grande do Sul e, em caso de omissão da Ata de Reunião acima mencionada,
a mesma deliberará sobre o referido patrimônio.

Art. 13 – No caso de não existir pronunciamento de parte da sobredita Grande Loja sobre
o patrimônio em questão, proceder-se-á de acordo com a Lei Civil.

CAPÍTULO IX – DOS ASSOCIADOS, DAS CATEGORIAS

Pag: 46
Art. 14 – A Sociedade admitirá sócio, distribuindo-os pelas seguintes categorias:
a. Sócios Efetivos: aqueles em pleno gozo de todos os direitos sociais;
b. Sócios Contribuintes: aqueles que sob outra jurisdição pertenceram ao quadro social da
Loja;
c. Sócios Visitantes: aqueles que, pertencentes a outras filiadas da Grande Loja Maçônica
do Estado do Rio Grande do Sul e desde que apresentem comprovação, possam participar
dos trabalhos das reuniões.
Parágrafo Único – Quaisquer das categorias sociais poderão, por meio de processo de
transferência, alterar sua condição social.

CAPÍTULO X – DA ADMISSÃO

Art. 15 – Serão admitidos como associados todos aqueles que:


a. Preencherem as formalidades das Leis, Decretos e Regulamentos da Grande Loja
Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, bem como do presente estatuto e regimento
interno;
b. Obedecerem às classificações específicas do Quadro Social da Loja.

Art. 16 – A Sociedade disporá sobre a proposta social da admissão, reservando-se o direito


de aceitação ou recusa do novo associado, não estando obrigada a prestar qualquer
informação dos motivos do indeferimento.

Art. 17 – A administração da Loja poderá determinar sindicância sobre os candidatos, cuja


finalidade será a confirmação das informações da proposta social de admissão.

CAPÍTULO XI – DOS DIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS

Art. 18 – São direitos dos associados:


1. Sócios Efetivos – assistir, participar e deliberar nas reuniões e Assembleia Geral da Loja,
e votar e ser votado;
2. Sócios Contribuintes e Visitantes – assistir e participar das reuniões e Assembleia da
Loja sem qualquer direito de voto.
Parágrafo Único – Às categorias sociais é assegurado o direito de frequentar as
dependências sociais, obedecidos os regulamentos em vigor.

CAPÍTULO XII – DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES

Art. 19 – São obrigações e deveres dos associados, além dos que decorrem de outras
disposições estatuárias:
1. Cumprir fielmente todas as disposições das Leis, Decretos e Regulamento Geral da
Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, bem como do presente Estatuto;
2. Acatar os sócios investidos em qualquer função social, assim como seus representantes
quando no exercício de suas funções;
3. Pagar regularmente as contribuições sociais;

Pag: 47
Parágrafo Único – O Regime de Justiça prescrito pelo Regulamento Geral da Grande Loja
Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul abrange todo e qualquer sócio da Loja, em
distinção.

CAPÍTULO XIII – DAS CONTRIBUIÇÕES

Art. 20 – Os sócios ficam obrigados às contribuições sociais de iniciativa tanto da Grande


Loja quanto da administração da Sociedade.

Art. 21 – Constituem contribuições dos associados as taxas de capitação, iniciação


(elevação e exaltação), filiação e regularização, mais as mensalidades da Loja.
Parágrafo Único – A contribuição dada em cada reunião da Loja será espontânea e terá a
aplicação já prevista.

Art. 22 – Anualmente e na primeira quinzena após a posse da nova administração, serão


fixadas as novas mensalidades da Loja para o novo período.
Parágrafo Único – Não havendo pronunciamento da Administração sobre as novas
mensalidades, serão consideradas em vigor as do ano anterior.

CAPÍTULO XIV – DOS PODERES E SUAS FUNÇÕES, DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 23 – A Assembleia Geral é composta de todos os sócios Efetivos da Loja.

Art. 24 – A Assembleia Geral poderá reunir-se:


a. Ordinariamente: uma vez durante o exercício social;
b. Extraordinariamente: desde que convocada para deliberar.

Art. 25 – É da competência da Assembleia Geral:


a. Concessão de Títulos de Beneficência e Honoríficos aos Sócios ou pessoas que se
destacaram por suas atividades, sendo:
1. Beneméritos: aqueles que, mesmo sem pertencer à Sociedade, por terem prestado
grandes e relevantes serviços à ordem, ou, por contribuição real ao bem da humanidade,
com perfeita demonstração de convicção maçônica;
2. Honorários: aqueles que sendo associados efetivos, tal fizeram por merecer a
homenagem por parte da Loja.
3. Eleição da Administração da Loja e posse, de conformidade com os regulamentos da
Grande Loja.
4. Aprovação das contas e balanço da Administração.

Art. 26 – As reuniões da Assembleia Geral, não tendo número legal em primeira (1º)
convocação, poderão funcionar trinta (30) minutos após, com qualquer número de sócios.

CAPÍTULO XV – DA ADMINISTRAÇÃO

Pag: 48
Art. 27 – a Administração da Loja é eleita pelo período de um (01) ano, podendo ser reeleita
por mais dois períodos consecutivos.
Parágrafo Único – São eleitos: PRESIDENTE (Venerável Mestre), 1º e 2º VICE-
PRESIDENTES (1º e 2º Vigilantes), ORADOR e TESOUREIRO.

Art. 28 – O Presidente, de sua livre e espontânea vontade, escolherá os demais membros


de sua administração.
Parágrafo Único – A Loja poderá criar outros cargos, quando as necessidades assim
exigirem.

Art. 29 – Compete ao Presidente da Loja a representação da mesma, ativa e passivamente,


em juízo e fora dele.

Art. 30 – É da competência do presidente e do Tesoureiro, em conjunto e na falta destes,


seus substitutos legais, na forma hierárquica:
1. Movimentar fundos em bancos ou outras entidades financeiras, assinando cheques,
ordens de pagamento, recibos de depósitos, ou qualquer outro tipo de recibo, quitações,
etc.;
2. Aceitar duplicatas, faturas, letras de câmbio, emitir notas promissórias, cheques e demais
títulos de crédito.

CAPÍTULO XVI – DO CONSELHO FISCAL

Art. 31. O Conselho Fiscal é constituído por (03) três membros titulares e (03) membros
suplentes, escolhidos entre os Mestres Maçons regulares da Loja.
Parágrafo Único: O Conselho Fiscal se encarregará de analisar as contas da Loja, seus
balanços e balancetes mensais, e dar pareceres a respeito desses documentos para
aprovação da Assembleia Geral.

CAPÍTULO XVII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 32 – Os casos omissos no presente Estatuto Social serão resolvidos pela administração
da Loja, em sessões ordinárias.

Art. 33 – As sessões ordinárias da administração obedecerão às Leis, aos Decretos e ao


Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul.

CAPÍTULO XVIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34 – Os objetivos fixados pelo presente Estatuto jamais poderão ser alterados por
qualquer forma.

Pag: 49
Art. 35 – O presente Estatuto Social somente poderá ser reformado em sessão
extraordinária da Assembleia Geral, especialmente convocada para tal fim, com prazo de
convocação nunca inferior a dez (10) dias, e à qual compareçam no mínimo dois terços
(2/3) dos sócios em pleno gozo dos direitos sociais, em primeira chamada.

Art. 36 – O presente Estatuto entra em vigor na data de sua aprovação.

________________________________, ______ de __________________ de 20____.

_____________________________ __________________________
Presidente Secretário

Senhor Tabelião de Protestos e Registros


Santa Maria – RS

(Irmão), residente nesta cidade, à rua _________________________, nº _____, vem


requerer a Vossa Senhoria o registro do Estatuto Social da LOJA MODELO Nº 20.

Nestes termos,

Pag: 50
Pede deferimento.

___________________, _____ de ________________ de 20___.

(Irmão)
Presidente

ATA Nº 01/2001

Aos ______ dias do mês de ____________ do ano de _________, nesta cidade de


______________________, Estado do Rio Grande do Sul, no Templo da Loja Simbólica
MODELO Nº 20, sito na Rua __________________ nº ______, reuniram-se os maçons A,
(Irmão), B, (Irmão), C, (Irmão), D, (Irmão), E, (Irmão), F, (Irmão), G, (Irmão), H, (Irmão), I,
(Irmão), J, (Irmão), L, (Irmão), M, (Irmão), N, (Irmão), O, (Irmão), P, (Irmão), Q, (Irmão), R,
(Irmão), S, (Irmão), T, (Irmão), U, (Irmão), V, (Irmão), X, (Irmão), Z, (Irmão). Aberta a
sessão, foi fundada a Loja MODELO Nº 20, sendo aprovado por unanimidade seu estatuto
Social e eleitos como Presidentes (Venerável mestre) (Irmão) A, Primeiro Vice-Presidente
(1º Vigilante), (Irmão) B, Segundo Vice-Presidente (2º Grande Vigilante), (Irmão) C, Orador,
(Irmão) D e Tesoureiro, (Irmão) E. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a presente
ata, que vai assinada por mim e pelos demais participantes.

(Irmão)
Presidente

Pag: 51

You might also like