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SUMÁRIO

Comunicação interpessoal 03
Comunicação emocional 04
Feedback e comunicação 07
Comunicação escrita 09
Comunicação organizacional 10
Comunicação eletrônica 13
Competências comportamentais 15
Roda da vida 15
Exercícios de fixação 19

Motivação para o desempenho 21


Teorias gerais sobre motivação 23
Liderança 31
Poder e liderança 32
Teorias sobre liderança 35
Comportamentos de liderança 37
Exercícios de fixação 40

Gestão de pessoas 42
Mercado de trabalho 42
Recrutamento de pessoal 42
Seleção de pessoas 48
Integração de pessoas 52
Mobilidade de pessoal 53
Exercícios de fixação 54

Treinamento 55
Desenvolvimento organizacional 60
Higiene do trabalho 63
Segurança no trabalho 65
Planejamento e desenvolvimento de carreira 68
As novas regras do emprego 70
Novas formas de trabalho 72
Conquistando a excelência no trabalho 74
Exercícios de fixação 76

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COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Comunicação interpessoal é quando ocorre a troca de informação entre duas pessoas ou mais.
Basicamente, trata-se de passar e receber mensagens para uma outra pessoa através da fala,
da escrita, de gestos corporais, de olhares e sons emitidos. Se você avistou o porteiro do seu
prédio hoje de manhã e acenou para ele, automaticamente teve uma interação e fez uso da
comunicação interpessoal.

Esse é um assunto que parece simples, mas para quem lida no cotidiano com pessoas – o
processo de comunicar-se não é tão fácil assim. Conflitos gerados por uma comunicação com
ruídos são constantes. Quando a mensagem desejada não é clara, o locutor pode ser mal in-
terpretado e isso causa um desconforto entre as duas partes.

Quando a comunicação interpessoal ocorre com sucesso, a mesma beneficia o ambiente, pois
as pessoas desfrutam de um diálogo claro, direto, transparente e produtivo.

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COMUNICAÇÃO EMOCIONAL com controlar as mesmas.
Segundo o autor do livro a Inteligência Emo-
Segundo especialistas da área da psicologia, cional no Trabalho, Hendrie Weisinger, (1997,
a “inteligência emocional” é a capacidade p. 15), a inteligência emocional advém de 4
de perceber e exprimir a emoção dentro de componentes e todos estão diretamente li-
qualquer situação (de conflito ou pressão, gados a comunicação:
principalmente). Podemos dizer também
que ela nada mais é do que a forma como - A capacidade de perceber, avaliar e expres-
nós aprendemos a encarar as nossas pró- sar corretamente uma emoção;
prias emoções e como as usamos para o nos-
so benefício. Mas não é só olhar para o pró- - A capacidade de gerar ou ter acesso a sen-
prio umbigo – ou, nesse caso, para a própria timentos quando eles puderem facilitar sua
mente -, mas também olhar para o outro e compreensão de si mesmo ou de outros;
para os sentimentos de outras pessoas.
- A capacidade de compreender as emoções
Conhecer a si próprio, ser capaz de contro- e o conhecimento derivado delas;
lar as suas emoções, manter-se otimista, ser
empático com o outro, ser persuasivo sem - A capacidade de controlar as próprias emo-
imposição são alguns conselhos que ajudam ções para promover o crescimento emocio-
a construir esse tipo de linguagem emocio- nal e intelectual.
nal, que deve estar presente ao longo de
uma conversação. Escutar o outro também Percebe-se então a importância da comuni-
é importante na construção de uma comuni- cação interpessoal nas relações, bem como
cação emocional. Sabemos que a conversa- na nossa saúde física, mental, emocional e
ção possibilita trocar ideias, coletar opiniões, psicológica. Nossas interações dependem da
compartilhar conhecimento e até melhorar comunicação, logo, a busca contínua do apri-
relacionamentos. Isso tem a ver com saber moramento neste aspecto é fundamental,
quando e como expressar emoções quanto tanto no campo pessoal quanto profissional.

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Para promover conversações eficazes e produtivas,
recomenda-se usar as 10 estratégias seguintes:
Sorria: a ciência provou que quanto mais você sorri, mais respostas
positivas obtém das outras pessoas.

Chame a outra pessoa pelo nome: é o nome que nos faz nos diferenciarmos dos
demais. O nome, somado a outros aspectos, é que cria a nossa verdadeira iden-
tidade; nossa singularidade. Como você se sente quando erram o seu nome? E
quando uma pessoa que você considera esquece o seu nome?

Você pode chamar a atenção em função de um erro de forma indireta: quando for
chamar atenção de alguém por um erro, comece elogiando e apreciando algumas
outras coisas que a pessoa faz bem e depois, de forma pontual ao fato (e não a pes-
soa), demonstre alternativas, a importância e os benefícios das alternativas levan-
tadas. Por exemplo, um pai teria mais chances de conseguir a atenção do filho em
relação aos estudos se ele começasse dizendo: “filho, vejo que tem se dedicado aos
estudos e cada vez está mais perto dos seus objetivos e sonhos, porém, tenho repa-
rado que tem tido dificuldades em determinada matéria, o que está acontecendo?
Como podemos melhorar este aspecto? Diga para mim!”
Valorize, aprecie o outro honesta e sinceramente: alguém
tem dúvida do poder de um elogio sincero na motivação, na
estima e nas mudanças de comportamentos? O elogio abre
portas para o diálogo e para aproximação emocional.

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Esforce-se para ver o ponto de vista do outro:
antes dos seus julgamentos, críticas, opiniões, tente ver o
ponto de vista do outro tão bem quanto suas convicções. Faça
perguntas: “Explique-me melhor? Em relação ao que você falou, eu entendi
que... foi isto mesmo? Quando você diz que eu não te escuto, o que quer
dizer? Cite um exemplo para mim!”

Torne-se verdadeiramente interessado na outra pessoa: quando a outra pessoa sente


que você está realmente interessado nas opiniões, ideias, queixas, dilemas, sentimen-
tos e nas experiências dela, mais aberta ela estará para um diálogo produtivo.

Fale de coisas que interessem a outra pessoa: como fazer a outra pessoa se sentir
importante sendo parte integrante do diálogo se a linguagem, os sentimentos, as ex-
periências ditas não são comum (ou familiares) a história (e cultura) dela? As pessoas
mais interessantes ou que você mais aprecia provavelmente devem ser aquelas que têm
“coisas em comum com você.”

Deixe a outra pessoa falar e demonstrar seus sentimentos: às vezes a necessidade da


outra pessoa é simplesmente ser ouvida ativamente. Por meio da escuta ativa e algu-
mas perguntas estratégicas em momentos adequados (ex.: “o que po-
demos fazer para melhorarmos esta situação?”) , pode ser o suficiente
para amenizar (ou solucionar) de forma positiva a questão.

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FEEDBACK E COMUNICAÇÃO rativo.Ele nada mais é do que uma avaliação,
que pode ser de um grupo ou individual so-
Uma das principais dificuldades enfrentadas bre o desempenho de cada colaborador.
pelas organizações hoje em dia é a falta de
feedback ou a ineficiência do mesmo. Mui- Essa é uma das ferramentas mais importan-
tas vezes, estratégias de comunicação inter- tes quando falamos em gestão de equipes,
na são postas em práticas sem que sejam as de medição de resultados e que visa a busca
mais adequadas para os colaboradores da de melhorias contínuas.
organização e,
como resultado, vemos ferramentas obsole- Ninguém gosta de trabalhar às escuras, cer-
tas, recursos desperdiçados e pessoas insa- to? É importante estar ciente da visão dos
tisfeitas. Pensando nisso, este material tem superiores em relação aos pontos que po-
como objetivo esclarecer o que é feedback dem ser melhorados e em relação ao que
e qual é a sua importância nos processos de está funcionando muito bem. O feedback é
comunicação. importante não somente para cada colabo-
rador individualmente. Mas também para o
O que é feedback? gestor (por isso o feedback deve ser bidire-
A palavra feedback traduzida literalmente do cional) e para o funcionamento da estrutura
inglês significa “comentários”. Quando fala- organizacional como um todo. Na comunica-
mos em feedback, estamos nos referindo ao ção interna, o feedback vem como uma fer-
retorno em relação ao trabalho realizado, ramenta crucial para podermos mensurar o
principalmente aplicado no ambiente corpo- alcance das ações propostas.

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Como obter um feedback? para despertar o interesse das pessoas, etc.
Antes de qualquer coisa, é preciso que haja Outra possibilidade é colocar algum elemen-
comunicação. Você precisa questionar o seu to que exija a interação do leitor, nem que
público diretamente! seja utilizando uma promoção ou concurso
cultural, por exemplo. O importante aqui é
Vamos usar um exemplo bem simples para obter o feedback do seu público para que
ilustrar o feedback na comunicação. Quando sua ferramenta seja efetiva. Caso contrário,
criamos uma newsletter interna em nossa você estará investindo tempo e dinheiro em
empresa e a alimentamos com informações, algo que não dará o retorno almejado.
estamos implementando uma ação de co-
municação. Num primeiro momento, por ser Como lidar com um feedback?
novidade, ela tende a ter adesão através da Se o feedback for positivo é fácil. Você estufa
visualização de um grande número de pesso- o peito e pensa “estamos no caminho cer-
as. No entanto, se faltar conteúdo relevante to!”. O grande desafio do feedback é a possi-
ou elementos motivadores, o público pode bilidade de ele ser negativo, ou seja, quando
vir a perder o interesse. as pessoas não gostam ou não ligam pra ação
que está sendo planejada. Se isso acontecer,
Nesse caso, o feedback é importantíssimo. não desanime! Nesse momento, os profissio-
Você pode fazer uma enquete ou simples- nais que estão buscando esse feedback pre-
mente solicitar aos gerentes dos departa- cisam ter maturidade para compreender que
mentos que questionem suas equipes. Se nem tudo que é pensado pode ser do agrado
a empresa for menor, você pode agir mais de todos. As críticas são muito importantes,
informalmente e perguntar a alguns líderes pois com elas você tem a oportunidade de
formadores de opinião sobre o que estão aprimorar o seu trabalho. O grande ganho é
achando da sua newsletter, o que eles gos- que aos poucos você aumentará a sua asser-
tariam de ver na mesma, o que está faltando tividade.

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COMUNICAÇÃO ESCRITA
Cortesia profissional
A comunicação escrita gera um impacto po- Vivemos numa sociedade onde para pedir
sitivo e fundamental no desenvolvimento e ajuda ou informação a determinadas pesso-
no sucesso de uma empresa. Você sabia dis- as através do telefone, quem nos atende é
so? Sim, bons canais de comunicação podem uma máquina pré-programada. E geralmente
ajudar uma organização a funcionar com o discurso dessas máquinas é super educado
menos problemas e com maior eficácia. Com e cortês. Já reparou? Isso acontece de pro-
escrita de qualidade, o profissional melhora pósito, pois as empresas já entenderam que
a sua produtividade e a capacidade de se co- para melhorar cenários profissionais e pes-
municar melhor a cada dia. Lembre-se: para soais é preciso agir com cortesia, bondade e
escrever bem você deve treinar bastante e reconhecimento alheio. O nosso cérebro re-
também ler muito. Leia livros indicados por age de forma positiva diante de uma atitude
seus professores e gestores. Aprimore o seu amável e inesperada. Ele libera oxitocina, um
vocabulário e assim escreverá com mais con- hormônio relacionado ao afeto que também
fiança. é definido como o “hormônio da moral”.
Aquele profissional que trabalha com aten-
Persuasão dimento ao cliente sabe que um bom aten-
O que faz com que uma pessoa leia um ar- dimento é você tratar o cliente com cortesia,
tigo, um blog de um post, um e-book, um agilidade, empatia e resolver o problema
e-mail do início ao fim? Com certeza você dele naquele momento. Use a cortesia sem-
vai responder a qualidade do conteúdo, mas pre que possível ao comunicar-se oralmente
existe um outro fator determinante para que ou por escrito.
a pessoa não abandone a leitura: a concor-
dância com o que você está dizendo. A es- Inspirar confiança
crita persuasiva não significa manipulação de Supervisores e colegas de trabalho que se ex-
palavras e sim um conjunto de técnicas que pressam bem por escrito, inspiram um sen-
levam o leitor a criar empatia com o seu con- timento de confiança, tanto em relação as
teúdo e a prosseguir com a leitura até o final. suas competências quanto em relação a lide-
Uma escrita persuasiva requer argumento de rança com o restante da empresa. Uma escri-
autoridade, empatia, originalidade, estraté- ta cuidada e bem elaborada transmite a im-
gia e variações das palavras. pressão de que uma mente inteligente está
por detrás de tais palavras. Por outro lado,
Clareza uma escrita desleixada pode levar alguns a
A escolha correta das palavras a utilizar numa concluir que quem escreveu não é de todo
comunicação escrita vem mais facilmente à inteligente. Alguns podem até questionar a
mente de alguns de nós do que de outros. sua competência no âmbito de trabalho.
O discurso utilizado na comunicação pode
fazer toda a diferença no entendi- mento e
na reação de quem estiver lendo. Em alguns
casos, a falta de domínio desta capacidade
pode causar sentidos dúbios a uma coloca-
ção ou até mesmo erros graves de entendi-
mento em textos ou documentos.

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL ganizacional, você consegue mobilizar seus
colaboradores em torno do que realmente
Observe o termo “organizacional” para com- importa para uma gestão: atingir objetivos e
preendê-lo: aqui ele se refere não a organiza- sentimento de pertencimento.
ção como estruturação, mas sim a uma em-
presa. Por isso, em uma interpretação mais Por isso é tão importante nos dias de hoje
introdutória, a comunicação organizacional olhar e atender bem o seu público interno,
significa qualquer comunicação relativa a isso é tão relevante quanto atender bem o
uma empresa. externo. O objetivo é construir um clima or-
Compreende? ganizacional bem estruturado, baseado em
Será que costumo fazer confusão entre co- informação, iniciativa, integração e coopera-
municação institucional e organizacional? ção em diferentes níveis. Ou seja, é enxergar
Qual a diferença? o funcionário como um cliente da empresa,
já que ele também tem anseios, desejos e
Não é difícil apontar as distinções. A comuni- necessidades.
cação institucional é a área que envolve qual-
quer esforço para divulgar uma instituição e Já a comunicação organizacional é respon-
com- partilhar suas propriedades intelectuais sável pela gestão de relacionamentos e tem
(histórico, valores, missão, visão etc). O pro- o grande objetivo de otimizar tais relações,
fissional desta atividade é responsável pela buscando a sintonia de interesses entre a
formação da identidade e da imagem positi- empresa e públicos internos e externos.
va de uma organização em relação à opinião
pública. Por isso, esse profissional estudou A comunicação das organizações, como di-
comunicação social, e, como ferramentas, zem alguns especialistas, costuma ser dividi-
utiliza, além de relações públicas, o jornalis- da em duas grandes áreas: a intraorganiza-
mo empresarial, a assessoria de imprensa, a cional – ou seja, a realizada internamente,
publicidade/propaganda, o marketing social, dentro da organização – e a extraorganiza-
o marketing cultural e muito mais. cional – aquela que é realizada no nível ex-
terior, geralmente entre duas ou mais orga-
Com uma boa política de comunicação or- nizações.

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Por que investir em comunicação organiza-
cional? Antes, a comunicação organizacional não re-
Porque uma boa comunicação se tornou cebia atenção de gestores e era resumida a
indispensável para qualquer empresa que alguns poucos e esporádicos esforços. Havia
pretenda ser competitiva nos dias de hoje. os “mídia kits” distribuídos aos veículos de
Foi-se o tempo em que só os resultados interesse quando uma nova campanha pu-
importavam, sem consideração pela forma blicitária era lançada, algum material de di-
como eram atingidos. vulgação interno, e nada muito além disso.

Hoje, as organizações estão cada vez mais Porém, com a nova era da tecnologia que
preocupadas com o modo como seus cola- estamos vivendo, o mercado percebeu que
borado- res se relacionam e se comunicam, quanto maior o alinhamento entre equipe e
porque um ambiente favorável pode fazer cultura de uma organização, melhor para to-
toda a diferença nos negócios. Uma política dos os envolvidos.
sólida não apenas é capaz de integrar e moti-
var profissionais, como também pode conec- Mas no Brasil, pesquisas revelam que devi-
tá-la aos valores que com- põem a sua cultu- do à falta de alinhamento entre as empresas
ra. Afinal, é por meio dela que se consegue e seus funcionários, muitos planejamentos
alinhar sua equipe à sua comunicação insti- estratégicos costumam falhar quando imple-
tucional, promovendo uma sinergia entre os mentados e que menos de 10% das estraté-
colaboradores e suas práticas, suas filosofias. gias são efetivamente executadas.

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Alinhamento é tão importante assim? utilizá-la para impulsionar o desempenho da
Sem dúvida, porque o verdadeiro alinhamen- sua equipe.
to evita deslizes e corrige rotas. Ao promovê-
-lo, todos os componentes da organização – Neste sentido, o ideal é que você divulgue
dos gestores aos estagiários – compartilham e reforce bem a sua missão, visão e valores
simultaneamente da mesma visão e valores. organizacionais. Sem que essa assimilação
Todos têm total clareza da direção que de- ocorra, seus colaboradores dificilmente con-
vem seguir, sabem exatamente onde a em- seguirão encontrar alternativas inovadoras
presa em que trabalham quer chegar e com- que fazem a diferença para qual- quer ges-
preendem a importância das suas próprias tão.
atribuições neste processo.
E isso tudo que estamos abordando neste
O conceito de alinhamento também se ba- material vai muito além de meramente di-
seia em objetivos macros, que são objetivos vulgar informações sobre a sua empresa.
que devem ser alcançados durante o ciclo de Significa treinar e orientar bem os seus co-
um determinado planejamento estratégico. laboradores em relação às necessidades dos
Estamos pensando na missão, que é o mo- clientes, envolvê-los nos processos do negó-
tivo da empresa existir e nos objetivos que cio, conscientizá-los dos fatores críticos para
devem auxiliar o cumprimento da missão e que a estratégia dê certo.
da visão. Esses objetivos serão desmembra-
dos em estratégias que possam ser divididas Enfim, colocadas de forma um tanto resumi-
entre áreas e os responsáveis possam ser da, estas são as principais questões a respei-
nomeados. Quando essa divisão começa a to do alinhamento na comunicação organiza-
acontecer, é comum que o desalinhamento cional. O importante é que você mantenha
também apareça. E é aí que precisamos tra- um canal de comunicação sempre aberto,
balhar o alinhamento estratégico. tanto com seus colaboradores quanto com
outras organizações parceiras e que também
Então, você deve, antes de tudo, compre- estão no mercado.
endê-la como ferramenta estratégica. Deve

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COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA çar eletronicamente todos os públicos de
Cada vez mais nos posicionamos como pes- interesse. Porém, todas elas podem ser re-
soas digitais, atingidas pela tecnologia e, as- metidas de forma eletrônica. A vantagem da
sim nos colocando, precisamos ser hábeis o forma eletrônica sobre a impressa é o baixo
suficiente para fazer dela o nosso instrumen- custo da produção e remessa.
to de comunicação, viabilizando nossas inte-
rações sociais e fazendo com que a lingua- Tudo leva a crer que as próximas gerações
gem cumpra seu verdadeiro papel enquanto serão 100% digitais e multitarefas e portan-
instrumento social. to as empresas deverão, cada vez mais, fa-
zer uso dessas ferramentas e buscar acessar
O crescimento exponencial das redes de in- as chamadas mídias sociais para melhorar a
tranet, internet, correio eletrônico (e-mails) comunicação. Conheça algumas ferramentas
videoconferências, bem como as redes de importantes na comunicação empresarial:
relacionamento, como Facebook, YouTube,
WhatsApp e Instagram tornou-se uma práti- E-mail
ca cotidiana, não só permeando as relações E-mail, abreviatura de “eletronic mail” em
particulares em si, mas também fazendo par- inglês, foi traduzido como “correio eletrôni-
te do ambiente corporativo. co”. É uma ferramenta tecnológica conhecida
As organizações passam por transformações por quebrar barreiras geográficas. Permite a
de ordem diversas. No que tange à comuni- troca de mensagens entre pessoas de todo o
cação, a informatização está transformando mundo, desde que possuam computadores
a comunicação dirigida escrita em comunica- ou outros dispositivos com tal funcionali-
ção eletrônica. dade e com conexão à internet. Para enviar
e-mails, basta ter acesso a internet, estar
A forma impressa dessas comunicações es- cadastrado em um determinado servidor, co-
critas que visam divulgar produtos e serviços locar o endereço do destinatário, preencher
ainda permanecerão por muito tempo no o “corpo” da mensagem com o assunto que
mercado devido as dificuldades de se alcan- deseja tratar e enviar.

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Mensagens instantâneas Vale a pena citar que as videoconferências
Na verdade, trata-se de um recurso em tem- já são uma realidade no mundo corporati-
po real, em que o emissor clica no nome da vo. Esta tecnologia permite contato visual e
pessoa para quem quer enviar a mensagem, sonoro entre pessoas que estão em lugares
podendo contar com imagem simultânea, diferentes, aproximando assim os interlocu-
como é o caso do aplicativo whatsapp. A pos- tores.
sibilidade de manter contato com várias pes-
soas ao mesmo tempo permite, por exem- Sites, blogs e-groups e portais
plo, que um gestor monitore a sua equipe Uma das razões da proliferação das informa-
mesmo a distância, reduzindo os custos com ções é a facilidade de serem criados vários
telefone, por exemplo. meios de acesso, reunindo grupos de inte-
resse e que se visitam mutuamente. Assim,
As mensagens instantâneas têm inúmeras por exemplo, pode vir a ser criado um blog
van- tagens se comparadas ao e-mail. Com para capacitação de funcionários, no qual
elas não há espera pois se a pessoa estiver fiquem disponibiliza- dos avisos, cursos on-
online, receberá a mensagem em tempo line, testes de verificação de conhecimentos,
real. Uma empresa que trabalha com apli- biblioteca virtual, entre outros recursos vir-
cativos de mensagens instantâneas ganha tuais.
velocidade e agilidade em seus processos no
dia-a dia. Redes de relacionamento
Acabei de ser demitido. Alguém tem um em-
Redes intranet, extranet e prego? Com esse tweet com menos de 140
videoconferências caracteres enviado para sua rede de seguido-
As intranets são redes privadas, internas, res, o jornalista americano Marc Luckie não
como a internet, mas cujo acesso é limitado só conseguiu a nova colocação, mas também
às pessoas de uma determinada organiza- uma proposta para publicar um livro, milha-
ção. O funcionário só consegue logar neste res de novos leitores pelo mundo afora, além
ambiente se possuir um nome de usuário e de tornar-
senha. Este tipo de rede está se tornando o -se referência na área. Esse exemplo acon-
meio preferido de comunicação de muitas teceu por meio da internet, mas especifica-
empresas, dada a sua versatilidade, onipre- mente pelo Twitter e serve para dimensionar
sença e possibilidade de acesso wi-fi (sem a potencialidade dessa ferramenta de comu-
fios). nicação em massa.

Já as extranets, direcionadas à troca de Atentas a esses novos ventos, muitas empre-


mensagens externas para fornecedores, re- sas estão se cadastrando no Twitter e crian-
vendedores e clientes, vêm cumprindo um do páginas empresariais no Facebook para
papel notável na expansão da comunicação, divulgar suas vagas, dada a possibilidade de
especialmente no que diz respeito à instan- receber candidatos indicados por terceiros e
taneidade de envio e recebimento das infor- até de atingir os talentos que não estão pro-
mações. curando emprego naquele momento, mas
podem ser seduzidos por uma boa oferta.

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COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS

RODA DA VIDA emocional, de como está a sua mente, o au-


Você pode traçar seu próprio destino e desen- tocontrole e outros sentimentos que o envol-
volver uma cultura de EMPODERAMENTO. vem no dia a dia da sua vida. Verifique como
Comece por entender que sua vida não se re- está o seu comportamento, sua autoestima,
sume a uma única área, pelo contrário exis- seus sentimentos de felicidade, realização e
tem diversas áreas de sua vida que compõe o gratidão em relação as questões da vida.
que ela é.
c) Relacionamento
Compreendendo as áreas da Roda da Vida Nesta área são abordadas as questões em
A Roda da Vida é muito utilizada em seções relação a sua vida amorosa, sua vida social
de coaching, e entender o significado em cada e convívio familiar. Você tem respeitado os
área abordada é fundamental para que você seus familiares e suas diferenças? Você tem
consiga uma auto-análise e posteriormente resolvido bem as questões sentimentais em
as melhorias desejadas. relação a outra pessoa? Como você tem se
relacionado com os colegas de trabalho e da
a) Qualidade de Vida escola? Você consegue dialogar de forma éti-
Você tem praticado suas atividades preferidas, ca com as pessoas que pensam de maneira di-
aquelas que geram prazer a você? Como anda ferente que a sua? Nesta categoria temos as
sua saúde física? Prática exercícios físicos ou subcategorias: Família, amoroso e vida social.
esportes de forma rotineira? Lembre-se que a
alimentação saudável e cuidados com o corpo d) Profissional
tem total ligação com a qualidade de vida. As Uma atividade profissional tem o objetivo de
suas crenças, paz interior, valores e equilíbrio lhe dar satisfação, crescimento, sucesso e re-
interno, mesmo que não ligados a uma reli- alização. Esta é uma área que não está ligada
gião em específico, tem grande importância diretamente a parte financeira e sim aquilo
na autoanálise. Nesta categoria existem as que o faz feliz como profissional. Outra ques-
subcategorias Lazer & Hobbies, Saúde & Bem tão relevante nesta área é como se encontra a
Estar e Espiritualidade. sua saúde financeira. Você já deve ter escuta-
do que dinheiro não traz felicidade, isso pode
b) Pessoal até ser uma verdade, mas um coisa é fato: A
Nesta categoria que é formada pelas subcate- falta do dinheiro traz infelicidade. Além dis-
gorias Intelectual, Emocional e Felicidade tem so tudo, o que você tem contribuido social-
abordagem relacionada ao seu intelectuo e mente? Participar de ações comunitárias que
como ele está sendo desenvolvido. Você tem estimulam a prática do bem comum,. é uma
lido livros, tem participado de cursos, tem es- boa área que se não está, merece ser bem de-
tudado para aprimorar seu conhecimento? senvolvida.
Muito importante também é como está o seu

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2.2. Avaliação da Roda da Vida
Após o preenchimento você precisa fazer uma avaliação de todas as subcategorias para obter
uma média geral da sua Roda da Vida. Prencha as tabelas abaixo com os números obtidos na
análise:

2.3. A Roda da Vida e os Propósitos


Você já observou que a Roda da Vida é uma forma de colocar no papel os principais pontos
de sua análise pessoal e que é um exercício de auto conhecimento. Pois bem, não interessa
apenas apontar seus pontos positivos e negativos, esta ferramenta é principalmente utilizada
para que você tenha propósitos de vida. Mas, você sabe o que são propósitos?

A palavra “propósito”, conforme o dicionário Michaellis de Língua Portuguesa, significa a “In-


tenção de fazer ou deixar de fazer alguma coisa; desígnio, plano, vontade.” Resumindo, para
que você melhores os pontos da sua Roda da Vida é necessário que você crie propósitos para
mudanças com novas atitudes e até mesmo deixando algumas ações que não contribuem para
a sua evolução.

De acordo com Michael Losier, autor do bestseller a Lei da Atração, em seu livro “O propósito
da vida”, os propósitos de uma pessoa devem estar diretamente ligados às suas necessidades,
mas para isso, é necessário que antes pontue seus pontos a serem melhorados. O autor ainda
defende que os propósitos levam a pessoa a evoluir em seus relacionamentos, nos seus estu-
dos e até na sua profissão, desde que construído com base em pontos levantados na análise
de auto conhecimento.

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PRATICANDO:

Com um lápis preencha de 1 a 10 em cada área de sua vida como você se sente.
Ao terminar de preencher você poderá observar o quanto está em um estado ótimo, médio ou
ruim, mas não se importe com isso. Siga os próximos passos.

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Preencha abaixo as notas obtidas em cada quesito:

Vamos então praticar e escrever os propósitos de acordo com os itens pontuados na roda.
Escolha agora cada uma das áreas, começando com as de pontuação mais baixa e escreva dois
passos que tomará para mudar sua pontuação em que prazo e como fará isso.

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01 O que é Comunicação Interpessoal?
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02 Cite uma estratégia para promover conversas eficazes e produtivas.


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03 Defina o que é Feedback.


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04 Defina organização organizacional.


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05 Qual a finalidade da Roda da Vida?


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Chegamos ao fim da nossa aula, e é muito bom perceber a sua evolu-
ção em sala de aula. Agora, que tal você contar um pouquinho sobre
as suas experiências nesta aula? Então vamos lá, “Diga aí!” o que você
aprendeu no dia de hoje?

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MOTIVAÇÃO PARA O DESEMPENHO tentar os processos motivacionais do capital
intelectual da organização.
Facetas da motivação para trabalhar
Dizem que a inspiração vem dos outros e a Fazer parte e permanecer na organização im-
motivação vem de dentro de nós. Todos nós plica compreender os significados de visão,
devemos sempre buscar nossas próprias ra- missão e objetivos da empresa para daí ini-
zões para nos auto motivarmos, porém de- ciar a construção do comprometimento. Com
vemos considerar os fatores externos que essas referências o empregado pode identifi-
podem nos ajudar neste caminho, especial- car um futuro para si próprio: um plano de
mente no trabalho onde passamos a maior carreira. A realização de um projeto indivi-
parte do nosso tempo. dual exige a permanência na organização, e
isso depende da qualidade do ambiente, do
A gerência estratégica das organizações ne- trabalho que é realizado, das recompensas
cessita compreender essas motivações espe- recebidas, da competência dos líderes e das
cíficas e dispor de uma política clara, de um oportunidades para aprender isso para citar
leque de processos de gestão de pessoas e somente algumas variáveis.
de decisões gerenciais adequadas para sus-

21
Motivação nas organizações profissional a permanecer empenhado no
A motivação de um indivíduo está claramen- emprego e em suas atividades rotineiras.
te ligada aos seus sentimentos e realizações
pessoais e profissionais. Fazer o funcionário sentir-se parte da equi-
pe
Dentro de uma organização, é papel do líder Reconhecer-se como membro do grupo é
é identificar o que motiva cada membro de fundamental para o bom desenvolvimento
sua equipe, a fim de mantê-los empenhados do colaborador. Deixe claro que o papel dele
e, desta forma construir um grupo de alta é importante para o crescimento da empresa
performance. e que sem espírito de equipe a empresa não
cresce.
Mas como descobrir o que impulsiona o de-
senvolvimento pessoal e profissional de cada Oferecer conforto e segurança
colaborador? Bem, algumas atitudes podem Oferecer um banco de horas informal para
ajudar o líder nessa tarefa: uma tarefa que irá demandar mais tempo,
por exemplo, é uma maneira de recompen-
Enxergar o funcionário como indivíduo sar os funcionários e de reconhecer o empe-
Cada pessoa é um ser único que possui di- nho adicional do grupo quando foi solicitado.
ferentes necessidades. Sendo assim, é preci-
so compreender que o trabalhador tem um Estimular a participação
comportamento pautado em sentimentos Solicitar novas ideias para solucionar proble-
distintos que podem ser estimulados por fa- mas e para melhorar o trabalho dentro da
tores externos. empresa é uma maneira eficiente de conse-
guir um ambiente mais saudável. Afinal, o
Reconhecer grandes feitos trabalhador se sentirá mais comprometido
O reconhecimento é uma maneira muito po- com a organização ao ver que suas opiniões
sitiva de motivar alguém. Um elogio é capaz são res- peitadas e até adotadas.
de estimular até mesmo os mais desmoti-
vados e amplia a perspectiva de resultados Todas essas atitudes contribuem para o me-
ainda melhores. A prática constante de fee- lhor desempenho de cada profissional e para
dbacks é muito válida para mostrar esse re- o crescimento da empresa como um todo.
conhecimento. Na verdade, essas atitudes também são van-
tajosas para o líder, que tem a oportunida-
Oferecer oportunidades de aprendizado de de ampliar seus conhecimentos sobre o
A possibilidade de aperfeiçoar a formação comportamento humano e de aprimorar sua
com o objetivo de crescer dentro da empre- habilidade de liderança junto a empresa que
sa é uma ótima alternativa para incentivar o atua.

22
Teorias gerais sobre motivação agir é o motivo. Necessidade, impulso e res-
Dentro de cada indivíduo, há uma força in- posta (ou meta) são as três etapas que com-
terior que, de acordo com cada momento põem o ciclo motivacional.
vivido por ele, intensifica e direciona seus
objetivos. São os aspectos emocionais dos A necessidade dá origem ao impulso que, se
indivíduos nas organizações que são classi- satisfeito, permite que a meta seja atingida.
ficados como fatores determinantes no de-
sempenho profissional. A motivação das pessoas na organização é
complexa, pois depende de vários fatores,
Esse conjunto de forças é o que orienta o sejam eles internos (sua própria personalida-
comportamento do indivíduo para um deter- de, emoções, capacidade de aprendizagem,
minado objetivo. valores) ou externos (características organi-
zacionais, fatores sociais, política empresa-
O que te faz acordar todos os dias anima- rial, sistemas de recompensas e punições,
do(a) para vencer na vida? Pode-se dizer que por exemplo).
o que leva o organismo de um ser humano a

23
Existem alguns tipos de motivação, como: dá-se o nome de frustração. São obstácu-
los que aparecem em nosso cotidiano para
Motivações fisiológicas confrontar o comportamento motivado do
Básicas e primárias, garantem o equilíbrio or- indivíduo. Existem dois tipos de frustração:
gânico. Ex: sono, dor, fome e sede. a primária; que resulta na ausência de satis-
fação para a motivação e a secundária; que
Motivações sociais resulta na colocação de um obstáculo entre
Adquiridas e secundárias, são aprendidas essas motivações.
através do processo de socialização. Ex: ne-
cessidade ser aceito em um grupo. Alguns aspectos como idade e aprendizagem
são fatores de tolerância à frustração, e as-
Necessidade de realização/sucesso - Ser bem sociados à socialização, ensinam o sujeito a
sucedido em diversas situações desafiantes, lidar com ela, assim como a sua maneira de
criando motivações intrínseca (prazer em re- reação. As reações podem ser de agressão di-
alizar algo) e extrínseca (realização de algo reta - sujeito agride aquele que lhe provocou
para obter recompensas, como: elogios, di- frustração; agressão deslocada – transferên-
nheiro, premiação). cia de frustrações para elementos que não
foram responsáveis por ela. Cabe citar que
Necessidade de poder/prestígio – busca por quando o sujeito agride a si mesmo ocorre
uma posição de nível elevado na sociedade uma forma de agressão deslocada, conheci-
e também por admiração. Exemplo: as po- da como autoagressão.
sições de chefia disputadas por pessoas da
empresa ou fora dela. Conceito de conflito
Conflito é um tipo de situação que envolve
Motivações combinadas um problema ou uma dificuldade e pode re-
Combinação de fatores biológicos e sociais. sultar até em confrontos, geralmente entre
Elas são aprendidas de acordo com o tempo duas partes ou mais, cujo interesses, valores
e cultura do indivíduo. Não são essenciais à e pensamentos são completamente diferen-
sobre- vivência, mas à manutenção do equi- tes e opostos. Existem três tipos de classifica-
líbrio do organismo. Ex: comportamento se- ção de conflito:
xual e maternal.
Aproximação/aproximação – quando há
Motivações cognitivas duas ou mais forças positivas e só é possível
Essas motivações se baseiam na curiosidade escolher uma;
de saciar uma necessidade de informação e
de conhecimento. Ex: conhecimento da vida Afastamento/afastamento – existências de
em sociedade para compreensão e explica- duas alternativas desagradáveis e o sujeito
ção da realidade. hesita por qual delas evitar;

Conceito de frustração Aproximação/afastamento – indivíduo se


Quando há um bloqueio, algo que impede encontra em uma situação que é ao mesmo
que um desejo ou objetivo seja alcançado, tempo positiva e negativa.

24
TEORIA DE MASLOW TEORIA DE HERZBERG
De acordo com Abraham Maslow, assim que Segundo Frederick Herzberg, dois fatores são
o homem supre suas necessidades, ele se preponderantes para o alcance da motiva-
motiva. Tais necessidades humanas são defi- ção. São eles:
nidas em 5 níveis dentro de uma hierarquia.
Somente quando um nível inferior está satis- Fatores higiênicos (extrínsecos)
feito, é que um nível imediatamente superior Localizados no ambiente e controlados pela
surge no comportamento da pessoa. organização. Abrangem as condições que as
pessoas trabalham. Se não atendidos, po-
As necessidades são divididas, em nível cres- dem causar insatisfação, ou seja, são fatores
cente, da seguinte maneira: esperados na relação de trabalho. Ex: salário,
benefícios sociais, tipo de chefia, condições
Necessidades Fisiológicas (ou básicas): re- físicas e ambientais do trabalho, regulamen-
lacionadas ao organismo - como sono, fome tos internos, etc. De maneira geral, o desem-
que dominam o comportamento humano; penho e as ações tomadas pelo indivíduo são
melhoradas por estímulos externos.
Necessidades de Segurança: buscam estabi-
lidade e proteção contra ameaças externas; Fatores Motivacionais (intrínsecos)
Estão dentro do indivíduo, envolvem senti-
Necessidades Sociais: procuram sentir-se mento de crescimento individual, reconheci-
parte de um grupo, serem aceitos; mento profissional e autorrealização através
de seus atos.
Necessidades de Autoestima (ego): como o
indivíduo se vê e se avalia desejando sempre
ser aceito e reconhecido.

Necessidades de Autorrealização: sucesso


pessoal, autossatisfação, concretização das
capacidades pessoais.

Essa cadeia não é engessada, mas sim flexí-


vel, pois, apesar das necessidades fisiológicas
se- rem as primeiras do processo motivacio-
nal, tudo vai depender do indivíduo e da de-
finição do que ele enxerga como prioridade.

25
TEORIA DE MCGREGOR TEORIA DE MCCLELLAND
Descreveu os fatores motivacionais, agru- Esse teórico identificou três necessida-
pando em: des para se obter motivação. Segundo Mc-
Clelland, as pessoas são divididas em: uma
Fatores Extrínsecos: salário, benefícios e minoria desafiada pelas oportunidades e
pro- moção. uma maioria que não são capazes e nem dis-
postas a enfrentar desafios para alcançar ob-
Fatores Intrínsecos: auto respeito, capaci- jetivos.
dade de solucionar problemas, autonomia,
aquisição de novos conhecimentos. Teoria da Motivação pelo Êxito e/ou Medo:
De acordo com essa teoria, os motivos que
Motivação intrínseca ao indivíduo: aqui os orientam o comportamento humano são:
elementos motivadores que potencializam Realização (competir);
as ações funcionam somente se o indivíduo Afiliação (relacionar-se);
já estiver motivado por algum fator pessoal Poder (exercer influência).
(intrínseco).
Essas necessidades são adquiridas no decor-
Teoria X: fundamentada em Taylor, aqui o rer da vida e são conhecidas como secundá-
homem tem aversão ao trabalho e à respon- rias. Trazem sensações que o ser humano ge-
sabilidade. O estímulo de gestão deverá ser ralmente gosta de experimentar, como por
autoritário e impositivo. exemplo: prestígio e status.

Teoria Y: baseada na teoria humanística, nela


as pessoas não tem aversão ao trabalho,
aceitam responsabilidades e não são passi-
vas às necessidades da empresa.

Profecia autorrealizável: tendência de os in-


divíduos ajustarem seus comportamentos à
expectativa que outros, em níveis hierarqui-
camente superiores, têm em relação a um
determinado comportamento.

26
TEORIA DE CAMPO DE LEWIN TEORIA DE LAWLER
Kurt Lewin discorre em sua teoria sobre a Lawler acreditava, a partir de suas pesquisas,
ligação entre o comportamento social e o que o dinheiro poderia influenciar e motivar
importante papel da motivação. Duas supo- o desempenho e outros tipos de comporta-
sições foram fundamentais para a conclusão mento do funcionário dentro do trabalho.
da sua pesquisa; uma delas, era de que os O companheirismo e a dedicação à organi-
fatos coexistentes dão origem ao comporta- zação eram alguns desses tipos de compor-
mento humano; a ou- tra é de que tais fatos tamento. Verificou-se, depois de um tempo,
coexistentes atuam em um campo dinâmico, que o dinheiro, na verdade, tem pouca po-
em que cada uma das par- te desse campo tência motivacional, em consequência de
é interdependente das demais partes. Con- sua incorreta aplicação pela maior parte das
clui-se que as necessidades atuais do indiví- empresas.
duo estão relacionadas com a interpretação
e percepção do ambiente pelo mesmo. De qualquer modo, ele concluiu que o di-
nheiro até pode ser um poderoso motivador,
desde que as pessoas acreditem na ligação
TEORIA DE VICTOR VROOM direta ou indireta entre o aumento da remu-
Teoria da Expectativa (ou Expectância): o neração, por exemplo, e os desempenhos
desempenho do indivíduo depende de seus dentro da organização. O resultado financei-
objetivos pessoais e o comportamento pro- ro desejado pode ser uma meta a ser atingi-
dutivo é um meio de consegui-los. Vroom da caso o funcionário perceba que isso de-
acreditava que o indivíduo atinge objetivos penderá do seu desempenho.
por expectativa de satisfação pessoal e não
por necessidade. De acordo com a teoria,
algumas pessoas reagem de maneira dife- TEORIA DE CHESTER BARNARD
renciada perante uma situação em que são Teoria da Aceitação da Autoridade: a auto-
postas. ridade depende não do superior mas do su-
bordinado em aceitá-la ou não, quando:
Nesta teoria, três fatores determinam a mo-
tivação para produzir em cada indivíduo: - entende a ordem(comunicação);
- julga compatível com os objetivos pessoais
Força de vontade para atingir metas, ou seja, e da empresa, e é capaz de cumprir a ordem.
objetivos pessoais;

A percepção que o indivíduo tem sobre a


relação entre produtividade e o alcance de
seus objetivos;

À medida que o indivíduo percebe a capaci-


dade que tem de poder influenciar seu pró-
prio
nível de produtividade.

27
TEORIA PSICANALÍTICA calcamento – transmissão das pulsões, de-
Elaborada por Freud, essa teoria afirma que sejos e sentimentos, que não são admitidos
as razões de carácter inconsciente, orienta- pelo ego, para o id; regressão – quando há
das por pulsões (impulso energético ou força um retorno a uma fase anterior de compor-
que conduz o organismo a uma determinada tamento; racionalização – justificativas ilusó-
direção e fim para reduzir a tensão conse- rias utilizadas pelo sujeito, por um compor-
quente de uma excitação corporal, obtendo tamento não aceitável; projeção - atribuição
prazer.) fundamentam o comportamento hu- de desejos, ideias à sociedade, pessoas e
mano. objetos, por não admitir tais características
em si mesmo; deslocamento – transferên-
Dentre os pensamentos de Freud existem os cia de emoções e pulsões dos objetos que
mecanismos de defesa do ego que evitam as geram ameaças, para os que geram menos
angústias originadas de conflitos intrapsíqui- ameaças; formação reativa – manifestação
cos, ou seja, aqueles cujas pessoas utilizam de comportamentos opostos às verdadeiras
para tentar reduzir a tensão e ansiedade re- pulsões; e sublimação - o objeto das emo-
sultantes de conflitos entre o ego e o supe- ções do indivíduo é substituído, de modo que
rego. possa se manifestar em modalidades social-
mente aceitas.
Destacam-se entre estes mecanismos o re-

28
TEORIA DE NUTTIN TEORIA ORGANIZACIONAL CLÁSSICA
O teórico Nuttin declara que não é da carên- A teoria organizacional clássica combina
cia ou desequilíbrio do organismo que surge aspectos de gestão científica, teoria buro-
o comportamento do indivíduo, mas sim de crática e teoria administrativa. Gestão cien-
algo que ele define como “dinamismo tem- tífica envolve obter equipamentos e mão-
poral”, ou seja, uma razão que direciona o -de- obra ideais e examinar cuidadosamente
indivíduo ao desenvolvimento e progresso. cada componente do processo de produção,
Segundo o mesmo, as aspirações, projetos como afirma a StatPac Inc, uma empresa in-
e desejos são pensados no futuro, com a ternacional de pesquisa e desenvolvimento
construção de planos de ação. Para ele, ne- de software. A teoria burocrática coloca a
cessidades, motivos e finalidades de ação importância em estabelecer uma estrutura
possuem uma personalização de acordo com hierárquica de poder. A teoria administrativa
a pessoa, com as suas mentalizações e pro- se esforça para estabelecer princípios univer-
jetos de vida. sais de gestão relevantes para todas as orga-
nizações.
TEORIAS ORGANIZACIONAIS
A teoria organizacional tenta explicar o fun- Organização neoclássica
cionamento das organizações para produzir Teoria organizacional neoclássica é uma rea-
com- preensão e apreciação delas. Se baseia ção à estrutura autoritária da teoria clássica.
em várias áreas de conhecimento e discipli- A abordagem neoclássica enfatiza as necessi-
nas de acordo com a Oxford University Press. dades humanas dos funcionários, como a de
Alguns tipos de teorias organizacionais são felicidade no trabalho, segundo a empresa
a clássica, a neoclássica, a de contingência, StatPac Inc. Gera criatividade, crescimento
a de sistemas e a de estrutura organizacio- individual, motivação e aumenta a produti-
nal. Essas variações na teoria organizacional vidade e os lucros. Os gestores que utilizam
partem de várias perspectivas, incluindo as a abordagem neoclássica manipulam o am-
visões moderna e pós moderna. biente de trabalho para produzir resultados
positivos.

29
TEORIA DA CONTINGÊNCIA equilíbrio dinâmico, que estão em constante
Teoria da contingência vê conflitos no local mudança e adaptação ao meio ambiente e
de trabalho como algo inevitável, mas tam- circunstâncias. Relações não lineares entre
bém controlável. Difere-se das teorias clássi- os componentes organizacionais criam uma
ca e neoclássica, que interpretam o conflito compreensão complexa das organizações em
como uma interferência no equilíbrio organi- teoria de sistemas.
zacional. Na teoria da contingência, a produ-
tividade é uma função da capacidade de um ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
gerente de adaptar-se às mudanças ambien- A estrutura organizacional se tornou um as-
tais. Autoridade de gestão é especialmente pecto importante da teoria organizacional
importante para as indústrias altamente vo- devido à crescente complexidade das multi-
láteis. Isso permite aos gerentes a liberdade nacionais. A estrutura de gerenciamento de
de tomar decisões base- adas em situações projeto tem como foco o gerente de projeto
atuais. para informações e atividades relacionadas
a projetos específicos. A estrutura organi-
TEORIA DE SISTEMAS zacional da matriz tem estabelecido perma-
Os teóricos de sistemas acreditam que todos nentemente setores que facilitam o geren-
os componentes organizacionais estão inter- ciamento de projetos. A constante troca de
ligados. Mudanças em um componente po- informações e de energia caracteriza a siner-
dem afetar todas os outros, de acordo com gia entre a estrutura organizacional e o meio
StatPac. A teoria dos sistemas vê as organiza- ambiente.
ções como sistemas abertos em um estado de

30
LIDERANÇA grupo e leva em conta as opiniões dos seus
seguidores. As normas e os critérios de ava-
Aspectos conceituais da liderança liação são explícitos e claros.
A palavra liderança define o processo de in-
fluência que se tem sobre outras pessoas, Já o líder liberal tende a adotar um papel
incentivando-as a trabalhar com entusiasmo passivo e deixar o poder nas mãos do grupo.
por um objetivo comum. Existem várias clas- Nunca julga nem avalia as sugestões/opini-
sificações para a palavra líder, por exemplo. ões dos outros e deixa que os membros te-
Costuma-se falar de líderes formais (eleitos nham total liberdade de ação.
por uma organização) e de líderes informais
(que emergem de um grupo). Existem lide- Outra classificação de liderança é determi-
ranças autoritárias, democráticas e liberais. nada pela influência do líder sobre os seus
subordinados, a liderança transacional. Esta
Em todo o caso, a classificação mais difundi- é aquela que ocorre quando os membros
da é aquela que diz respeito à relação entre do grupo reconhecem o líder como sendo
o líder e os seus seguidores. autoridade. Nesta classificação, os recursos
são considerados válidos para o grupo. Em
O líder autoritário é aquele que toma as de- contrapartida, a liderança transformacional
cisões por sua conta e que nunca as justifica. ou carismática implica na capacidade de mo-
Esta classe de líder apela para a comunicação dificar uma escala de valores, atitudes e as
unidirecional com o subordinado. crenças dos seguidores.

O líder democrático fomenta a discussão no

31
PODER E LIDERANÇA lhadores – “Ou eu faço ou sou mandado em-
A liderança está estritamente relacionada bora” e do outro o líder – “Eu mando e vocês
com a capacidade de influenciar pessoas obedecem”.
através de próprias ações. É uma capacida-
de, uma habilidade, um dom natural que não A diferença entre poder e liderança é que o
precisa ser imposto, coagido ou forçado. É poder, da mesma forma que é dado, tam-
uma autoridade conquistada com exemplo, bém pode ser tirado, já a liderança é refle-
com admiração, com respeito que, a partir xo de autoridade, de competência, de algo
de então, faz com que os liderados executem conquistado com idoneidade, admiração e
as suas atividades sem nenhuma obrigação. influência.

Já o conceito de poder está relacionado à Fontes de Poder


im- posição. Segundo o dicionário a palavra Uma das abordagens mais antigas e ainda
poder significa a capacidade ou a possibilida- úteis para entender o poder sugere que os
de de fazer alguma coisa; direito de agir, de líderes possuem cinco fontes importantes de
decidir, de mandar; de influenciar pela força poder nas organizações.
superior absoluta utilizada com o propósito
de chefiar, governar ou administrar através Poder legítimo
do uso do poder e da obediência. O líder com poder legítimo tem direito/ auto-
ridade de dizer aos subordinados o que fazer.
Trata-se da ação de mandar ou chefiar pes- Por um outro lado os subordinados só obe-
soas/profissionais através da obrigação, prin- decem às ordens legítimas. Por exemplo, um
cipalmente relacionada a uma posição supe- supervisor diz a um empregado que remova
rior aos demais. Ou seja, os colaboradores de um pano do chão, que o mesmo está geran-
uma empresa, por exemplo, devem respon- do um risco à segurança de um shopping. O
der aos comandos deste tipo de líder e exe- empregado remove o pano porque tem que
cutar o que for solicitado, pois acreditam que obedecer à autoridade de seu chefe, mesmo
são inferiores ao líder. Neste caso ele é auto- que não concorde. Em oposição a isso, um
ridade máxima mesmo que os subordinados subordinado não tem autoridade para dar
não aceitem fazer o que lhes foi imposto. ordens a um administrador de linha, ele não
tem poder legítimo sobre o administrar. E,
O poder até funciona por um tempo, mas como é possível imaginar, os administrado-
apenas por um tempo. Logo depois ele gera res têm mais poder legítimo sobre os seus
revolta, rebeldia, indisciplina, desrespeito e subordinados do que sobre os seus pares,
insubordinação. Esta definição representa chefes e outras pessoas dentro e fora das or-
aquela velha máxima: de um lado os traba- ganizações.

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Poder sobre recompensas referente a faltas, na qual aplica ações dis-
O líder que tem poder sobre recompensas ciplinares rigorosas aos empregados que in-
influencia os outros porque controla recom- fringirem as normas. Um administrador tem
pensas valorizadas; as pessoas obedecem menor poder de coerção se, digamos, um
aos desejos do líder para receber essas re- contrato sindical o proíbe de punir os empre-
compensas. Por exemplo, um administrador gados com demasiada severidade.
trabalha muito para atingir as suas metas de
desempenho, para conseguir do seu chefe Poder de referência
uma análise de desempenho positiva e talvez O líder com poder de referência tem carac-
um aumento de salário. Por outro lado, se a terísticas pessoais que atraem os outros; as
política da empresa dita que todos devem re- pessoas obedecem devido à admiração, ao
ceber o mesmo aumento de salário, o poder desejo de aprovação, à estima pessoal ou
de um administrador sobre as recompensas à vontade de ser apreciadas pelo líder. Por
diminui porque ele não é capaz de conceder exemplo, administra- dores jovens e ambi-
aumentos. ciosos estimulam os hábitos de trabalho e o
estilo pessoal de um executivo carismático e
Poder de coerção bem-sucedido. Um executivo in- competen-
O líder com poder de coerção tem contro- te, não estimado, que quase não impõe res-
le sobre as punições; as pessoas obedecem peito tem pouco poder de referência.
para evitar essas punições. Por exemplo,
um administrador implementa uma política

33
Poder de competência sociais e nas organizações. Podemos definir
O líder que tem poder de competência pos- liderança como uma influência interpessoal
sui certas habilidades ou conhecimentos; as exercida numa dada situação e dirigida atra-
pessoas obedecem porque acreditam nes- vés do pro- cesso de comunicação humana
sas habilidades e podem aprender ou obter para o alcance de um ou mais objetivos es-
vantagens dela. Por exemplo, um adminis- pecíficos. Os elementos que caracterizam a
trador de vendas oferece a seus vendedores liderança são, portanto, quatro: a influência,
algumas orientações sobre como fechar um a situação, o processo de comunicação e os
negócio. Os vendedores então mudam suas objetivos a alcançar.
técnicas de vendas porque respeitam as ha-
bilidades do administrador. A liderança envolve o uso da influência e to-
das as relações interpessoais podem conter
As pessoas que estão em posição de lideran- lide- rança. Todas as relações dentro de uma
ça, de dizer ao grupo o que fazer são aquelas organização englobam líderes e liderados:
que podem recompensar e/ou punir. São es- as comissões, os grupos de trabalho, as rela-
timadas e admiradas por seu grupo e, por- ções entre linha e assessoria, os supervisores
que possuem a habilidade de liderar, estão etc. Outro elemento importante no conceito
ocupando uma posição de liderança dentro de liderança é a comunicação.
de uma organização. As fontes de poder que
exercem no dia-a-dia corporativo são impor- A clareza e a exatidão da comunicação afe-
tantes. Embora seja fácil supor que os che- tam o comportamento e o desempenho dos
fes mais poderosos são aqueles que têm alto lidera- dos. A dificuldade de comunicar é
poder legítimo e que controlam as principais uma deficiência que prejudica a liderança. O
recompensas e punições, é importante não terceiro ele- mento é a consecução de me-
subestimar as fontes mais “pessoais”, como tas. O líder eficaz terá de lidar com indiví-
por exemplo os poderes de referência e perí- duos, grupos e metas. A eficácia do líder é
cia. Essas fontes pessoais são as que relacio- geralmente considerada em termos de grau
nam-se de forma mais direta com a motiva- de realização de uma meta ou combinação
ção das pessoas. de metas. Mas, por outro lado, os indivídu-
os podem considerar o líder como eficaz ou
Conceitos finais sobre liderança ineficaz, em termos de satisfação decorrente
A liderança não deve ser confundida com di- da experiência total do trabalho. De fato, a
reção nem com gerência. Um bom adminis- aceitação das diretrizes e comandos de um
trador necessariamente não é um bom líder. líder baseia-se muito nas expectativas dos li-
Por outro lado, nem sempre um líder é um derados. O líder tem que saber trabalhar em
administrador. Na verdade, os líderes devem equipe, ser criativo, ser corajoso, possuir vi-
estar presentes no nível institucional, inter- são estratégica, saber persuadir, ter força de
mediário e operacional das organizações. To- vontade, ser ousado em suas ideias, ter ca-
das as organizações precisam de líderes em ráter e nunca prejudicar ninguém. Deve ser
todos os seus níveis hierárquicos e em todas como uma “ponte” para o alcance de metas
as suas áreas. e resultados.

A liderança é um fenômeno tipicamente so-


cial que ocorre exclusivamente em grupos

34
TEORIAS SOBRE LIDERANÇA situação dentro da qual atua a liderança, ou
seja, os elementos do ambiente que são im-
Teorias de Traços de Personalidade portantes para determinar quem será um lí-
As mais antigas teorias sobre liderança se der eficaz. Alguns traços de personalidade são
preocupavam em identificar os traços de per- importantes em certas situações, mas não em
sonalidade capazes de identificar líderes. O outras.
pressuposto era que seria possível encontrar
um número finito de características pessoais, Um líder de empresa pode ser o último a falar
intelectuais, emocionais e físicas que identifi- em casa, por exemplo. Muitas vezes é a situ-
cassem os líderes de sucesso, como as citadas ação vivenciada no momento que define se a
abaixo: pessoa é líder ou não.

Habilidade de interpretar objetivos e missões; Teoria Sobre Estilos de Liderança


Habilidade de estabelecer prioridades; Um dos mais populares expoentes da teoria
Habilidade de planejar e programar ativida- comportamental, Douglas McGregor, publi-
des da equipe; cou um livro clássico, no qual procura mostrar
Facilidade em solucionar problemas e confli- com simplicidade que cada administrador
tos; possui uma concepção própria a respeito da
Facilidade em supervisionar e orientar pesso- natureza das pessoas que tende a moldar o
as; seu comportamento em relação aos subordi-
Habilidade de delegar responsabilidades para nados.
os outros.
Ele chegou à conclusão de que existem duas
As críticas à teoria de traços de personalida- maneiras diferentes e antagônicas de encarar
de residem em dois aspectos principais. O a natureza humana. Uma delas é antiga e ne-
primeiro é que as características de persona- gativa, baseada na desconfiança nas pessoas.
lidade são geralmente medidas de maneira A outra é moderna e positiva, baseada na con-
pouco precisa. fiança nas pessoas. McGregor denominou-as,
respectivamente, de Teoria X e de Teoria Y.
O segundo é que essa teoria não considera a

35
Teoria X Teoria Y
O administrador que pensa e age de acordo Já o administrador que pensa e age de acordo
com a Teoria X tende a dirigir e controlar seus com a teoria Y, tende a dirigir as pessoas com
subordinados de maneira rígida e intensiva, maior participação, liberdade e autonomia
fiscalizando trabalho de forma rigorosa, por no trabalho, pois considera que elas são de-
exemplo. Ele considera que as pessoas são dicadas, gostam de trabalhar e têm iniciativa
passivas, indolentes, relutantes e sem qual- própria. Ele tende a delegar e a ouvir opini-
quer iniciativa pessoal. Nesse estilo de lide- ões, pois acredita que as pessoas são criati-
rança, o administrador pensa que não pode vas e habilidosas. Compartilha os desafios do
confiar nas pessoas porque elas não têm am- trabalho porque pensa que as pessoas são
bição e evitam a responsabilidade. Ele quase capazes de assumir responsabilidades, com
não lhes delega responsabilidades porque bom senso e auto direção. Esse estilo de ad-
acredita que são dependentes e que prefe- ministrar reproduz um ambiente democrático
rem ser dirigidas. de trabalho e gera oportunidades para que as
pessoas possam satisfazer as suas necessida-
Com todas essas restrições, o administrador des pessoais mais elevadas através do alcan-
cria um ambiente autocrático de trabalho, si- ce dos objetivos organizacionais. Pessoas que
tuações de desconfiança, vigilância e controle trabalham com respeito, confiança e autono-
coercitivo e não estimula ninguém a traba- mia tendem a responder com iniciativa, pra-
lhar com tranquilidade e paz. Pessoas trata- zer em trabalhar, dedicação, envolvimento,
das dessa maneira tendem naturalmente a entusiasmo e elevada produtividade. A situa-
responder com falta de interesse, de estímu- ção impulsionadora pelo gestor provoca uma
lo, tendem ao desencorajamento, ao pouco reação empreendedora e positiva nas pes-
esforço e a baixa produtividade. Se o gestor soas. Quanto mais ele impulsiona esse tipo
percebe qualquer uma dessas características de comportamento mais as pessoas tomam
citada acima, ai mesmo que ele aumenta a iniciativa e criam senso de pertencimento na
pressão, a vigilância e a fiscalização. Quanto empresa.
mais ele age desta forma, pior fica o clima or-
ganizacional. Onde se situar?
Qual o estilo de liderança a adotar?
Essa questão é simples. Em um modelo buro-
crático, provavelmente a teoria X seria a mais
indicada como estilo de liderança para sub-
meter rigidamente todas as pessoas às regras
e regulamentos vigentes. Porém, na medida
em que se adota um modelo adaptativo, a te-
oria Y torna-se imprescindível para o sucesso
organizacional. Contudo, independentemen-
te do modelo organizacional, o mundo mo-
derno está abandonando a teoria X e trocan-
do-a definitiva- mente pela teoria Y.

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Comportamentos de Liderança
A abordagem comportamental tenta identi- Líderes positivos e negativos
ficar o que fazem os líderes. Os líderes de- Existem duas maneiras de atuar como líder:
vem concentrar-se em fazer com que as ta- a positiva – que incentiva, motiva e inspira os
refas sejam cumpridas ou em manter seus colaboradores – e a negativa, que desestimu-
seguidores felizes? Na abordagem compor- la, impõe e prejudica a equipe.
tamental, as características pessoais são
consideradas menos importantes que o real Na liderança positiva, o líder destaca as re-
comportamento exibido pelos líderes. compensas, resultados, competências e ha-
bilidades de sua equipe. Por outro lado, se o
Três categorias gerais do comportamento destaque é dado às penalidades e aos erros,
de liderança receberam atenção particular: o líder estará utilizando a liderança negativa.
comportamentos relacionados ao desempe- Neste segundo caso, é possível conseguir um
nho de tarefas, à manutenção do grupo e à desempenho aceitável em algumas situa-
participação do empregado nas tomadas de ções, mas com elevados custos humanos.
decisão.
Líderes de estilo negativo costumam agir de
Desempenho de Tarefas forma a dominar seus liderados, se colocan-
A liderança exige fazer com que as tarefas do como superiores e amedrontando a todos
sejam desempenhadas. Os comportamentos com artifícios como ameaças. Este é o perfil
de desempenho de tarefas são os esforços de pessoas que são chefes e não líderes. Um
do líder para garantir que a unidade de tra- estilo de liderança positiva e negativa está
balho ou a organização atinjam suas metas. muito relacionado ao modelo de organização
Essa dimensão é às vezes mencionada como da pessoa. Contudo é na liderança positiva
preocupação com produção, liderança direti- que se consegue os níveis mais altos de satis-
va ou proximidade de supervisão. Inclui foco fação no trabalho e bom desempenho.
na velocidade, qualidade e precisão do tra-
balho, quantidade de produção e na obedi- Líderes autocráticos
ência às regras. Aqui o líder centraliza totalmente a autorida-
de e as decisões. Os subordinados não têm
Manutenção do Grupo nenhuma liberdade de escolha. O líder auto-
Ao exibir o comportamento de manuten- crático é dominador, emite ordens e espera
ção do grupo, os líderes agem para garantir obediência plena e cega dos subordinados.
a satisfação dos membros envolvidos, para Os grupos submetidos à liderança autocráti-
desenvolver e manter relações harmoniosas ca apresentaram o maior volume de trabalho
de trabalho e preservar a estabilidade social produzido, com evidentes sinais de tensão,
do grupo. Essa dimensão é algumas vezes frustração e agressividade.
chamada de “preocupação” com as pesso-
as, ou liderança de apoio ou consideração.
Inclui foco nos sentimentos e no bem-estar
das pessoas, apreciação por elas e tendência
a redução do estresse.

37
O líder é temido pelo grupo, que só trabalha tudo que houver de melhor. Os empregados
quando ele está presente. A liderança auto- são informados sobre as condições que afe-
crática enfatiza somente o líder. O líder au- tam seu trabalho e encorajados a expressar
tocrático é tipicamente negativo, baseia suas suas ideias, bem como a fazer sugestões. A
ações em ameaças e punições: mas também tendência geral é no senti- do de ampliar o
podem ser positivos, como foi demonstrado uso das práticas participativas, pois elas são
no caso de um autocrata benevolente que consistentes com os modelos de apoio cole-
faz escolhas para dar algumas recompensas giado do comportamento organizacional.
a seus subordinados.
O líder democrático tende a se colocar como
Algumas vantagens do estilo de liderança orientador do grupo, apresentando um perfil
autocrática é que ele geralmente satisfaz de liderança que trabalha em grupo. A prin-
como líder, favorece decisões rápidas, utili- cipal característica desse líder é a capacidade
za favoravelmente os subordinados menos de administração participativa, partilhando
competentes, oferecendo segurança e base as decisões e sempre apoiando o trabalho
estruturais para os em- pregados. A maior em equipe. Esse tipo de liderança favorece a
desvantagem é que a maioria dos subordi- relação com os colaboradores e a produtivi-
nados não gosta desse estilo, especialmente dade. Isso porque fazer com que os profissio-
se for usado de maneira extrema a ponto de nais participem dos processos de decisão é
criar medo e frustração. um grande incentivo para todos, que se sen-
tem parte importante do grupo.
Na liderança autocrática, o líder centraliza o
poder e mantêm o controle de tudo e de to- Grupos com líder democrático
dos em suas mãos. Fica possível entender que com esse estilo
de liderança os indivíduos convivem mais
Grupos com líder autoritário amigavelmente. Há mais atitudes amistosas
Este modelo tendia a ser mais agressivo e e ligadas às tarefas. As relações com o chefe
briguento. Alguns indivíduos passaram a de- são mais espontâneas e livres. Mas é preciso
pender completamente do líder e só traba- ter cuidado com a delegação das responsa-
lhavam quando ele estava presente. Quando bilidades, isso porque deixar todas as tarefas
o líder se afastava do grupo, o trabalho não para os outros pode dar a impressão de que
progredia com a mesma intensidade. Nas o líder é fraco e não merece respeito. É pre-
frustrações, esses grupos tendem a se dis- ciso se manter no meio termo: nem rígido
solver através de recriminações e acusações demais e nem liberal em excesso.
pessoais.
Líderes liberais
Líderes democráticos Os líderes liberais ou rédeas soltas evitam o
Um líder democrático, como o próprio nome po- der e a responsabilidade. Eles dependem
diz, é aquele que insere os colaboradores nas mui- to do grupo quando diz respeito ao es-
decisões da empresa, fazendo uma parceria tabelecimento dos seus próprios objetivos
com seus funcionários e dividindo responsa- e a resolução dos seus próprios problemas.
bilidades. Ele é semelhante a um líder cola- São os membros do grupo que treinam a si
borativo, e tende a ter uma visão mais posi- mesmos e promovem suas pró- prias moti-
tiva do seu local de trabalho, retirando dele vações. O líder tem apenas um papel secun-

38
dário. Neste estilo, a contribuição do líder é próprio estilo básico de comportamento, en-
ignorada da mesma forma que na liderança tendendo que não devemos adotar um único
do tipo autocrática. Essa forma de liderança estilo.
tende a permitir que diferentes unidades da
organização elaborem objetivos cruzados e Comportamento do líder
pode degenerar num caos. Por essa razão, Pesquisas sobre liderança levaram psicólogos
normalmente não é usada como um estilo a observar duas estruturas gerais de compor-
de liderança dominante, mas mostra-se útil tamento de líderes. Vejamos:
nas situações nas quais o líder pode delegar
inteiramente ao grupo. Líder orientado para a tarefa (OT). Dentro
dessa estrutura de comportamento, o líder
Aqui o líder permite total liberdade para a to- (gerente) dirige os seus esforços e o de seus
mada de decisões individuais ou grupais, par- subordinados para a tarefa, visando iniciar,
ticipando delas apenas quando solicitado. O organizar e dirigir um trabalho.
comportamento do líder é evasivo e sem fir-
me- za. A liderança liberal enfatiza somente Líder orientado para as relações interpes-
o grupo. Na liderança liberal, o líder omite-se soais (OR). O gerente (líder) voltado para
e deixa a situação fluir à vontade, sem inter- essa orientação tem relações pessoais mais
vir ou mudar o rumo dos acontecimentos. É amplas no trabalho, caracterizado por ouvir,
papel da empresa estudar o perfil dos seus confiar e encorajar.
profissionais e analisar se a liderança liberal
é a ideal para nortear seus processos. Baseado nessa orientação, o teórico Reddin
propôs quatro combinações de estilos de li-
Grupos com líder permissivo derança:
Já foi possível identificar experiências negati-
vas com esse estilo, no qual o trabalho pro- Líder separado: Esse estilo de liderança ofe-
gredia desordenadamente e pouco. Embora rece ao gerente baixa orientação para o tra-
houvesse considerável atividade, a maior balho e pouca orientação para as relações
parte era improdutiva. Perdeu-se um tem- humanas.
po considerável em discussões e conversas
sobre assuntos meramente pessoais, por Líder relacionado: Tem apenas alta orienta-
exemplo, entre os componentes do grupo. ção para as relações humanas.

Como um Líder Deve Agir Líder integrado: Possui uma elevada orien-
A gestão situacional é a habilidade de mudar tação para o trabalho e também interesses
a situação quando for necessário. E para rea- altos; é voltado para as relações humanas.
lizar essa mudança, cabe ao líder ter uma va-
riedade de comportamentos para adaptar-se Líder dedicado: Tem apenas alta orientação
à situação. Esse fato é chamado de residên- para o trabalho.
cia de estilo, que é a capacidade de manter
um estilo adequado a cada situação.

Já o repertório de estilos consiste na habi-


lidade do gerente (ou líder) em variar seu

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01 Defina o processo de recrutamento pessoal.
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02 Defina de forma objetiva, como avaliar os resultados do recrutamento.


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03 Quando e como se deve a seleção de pessoas.


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04 Cite 03 técnicas de seleção de pessoas.


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05 Fale sobre a integração de pessoas.


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Chegamos ao fim da nossa aula, e é muito bom perceber a sua evolu-
ção em sala de aula. Agora, que tal você contar um pouquinho sobre
as suas experiências nesta aula? Então vamos lá, “Diga aí!” o que você
aprendeu no dia de hoje?

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GESTÃO DE PESSOAS politano, sem falar no aumento do trabalho
CONCEITOS PRÁTICOS autônomo. Em paralelo, cresceu a exigência
de qualificação dos trabalhadores em todos
Mercado de Trabalho as profissões e áreas. Por isso, os esforços de
Mercado significa o espaço de transações, formação e requalificação profissional torna-
trocas e intercâmbios entre aqueles que ofe- ram-se fundamentais nos dias de hoje.
recem um produto ou serviço e aqueles que
procuram um produto ou serviço. Recrutamento de Pessoal
A gestão de cargos e salários de uma organi-
O mecanismo de oferta e procura é a carac- zação constitui-se na atividade que precede
terística principal de todo o mercado. O mer- ao recrutamento e que lhe dá conteúdo e
cado de trabalho é composto pelas ofertas e sustentação. Recrutar bem só é possível se
oportunidades de trabalho oferecidas por di- a empresa dispuser de uma estrutura de car-
versas organizações. O mercado de trabalho gos e salários atualizada e dinâmica.
é condicionado por inúmeros fatores como:
o cresci- mento econômico, a natureza e qua- O recrutamento é um processo de duas
lidade dos postos de trabalho, a produtivida- mãos: ele comunica e divulga oportunidades
de e a inserção no mercado internacional. de em- prego e ao mesmo tempo atrai candi-
datos para o processo seletivo.
Nas duas eras industriais (a clássica e a neo-
clássica) a composição do emprego era está- Conceito de Recrutamento
vel e permanente. Na era da informação, a É um conjunto de técnicas e procedimentos
mobilidade dos empregados cresceu assus- que visa atrair candidatos potencialmente
tadoramente graças a migração do emprego qualifica- dos e capazes de ocupar cargos
da indústria para o setor de serviços, do as- dentro da organização. A organização divul-
salariamento legal para o ilegal, do emprego ga uma vaga e e oferece oportunidades de
industrial metropolitano para o não metro- emprego.

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Recrutamento Interno e Recrutamento Externo
O recrutamento interno é uma oportunidade para pessoas que já trabalham dentro da orga-
nização. A ideia aqui é promover ou transferir para outras atividades mais complexas ou mais
motivadoras aquele que estiver interessado.

Já o recrutamento externo busca candidatos fora da organização e estes são submetidos a um


processo de seleção de pessoal.

Prós e Contras do Recrutamento Interno

Prós
- Aproveita melhor o potencial humano da organização.
- Motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários.
- Incentiva a permanência dos funcionários e a sua fidelidade à organização.
- Ideal para situações de estabilidade e pouca mudança ambiental.
- Não requer socialização organizacional de no- vos membros.
- Probabilidade de uma melhor seleção pois os candidatos já são conhecidos.
- Custa financeiramente menos, sai mais barato a fazer um recrutamento externo.

Contras
- Pode bloquear a entrada de novas ideias, experiências e expectativas.
- Facilita o conservantismo e favorece a rotina atual.
- Mantêm quase inalterado o atual patrimônio humano da organização.
- Ideal para empresas com tendência a serem burocráticas.
- Mantém e conserva a cultura organizacional existente.
- Funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua.

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Técnicas de Recrutamento Externo
O recrutamento externo utiliza várias e diferentes técnicas para atrair candidatos. É a gerência
de RH que escolhe junto a sua equipe, os meios mais adequados para selecionarem o candida-
to desejado e atraí-lo para a organização.

O processo de recrutamento começa com o candidato apresentando seu curriculum vitae à


organização, preenchendo uma ficha de proposta de emprego e participando de vários testes,
provas e entrevistas. Se o candidato tiver sucesso em todas as etapas, ele também participará
de entrevistas individuais com o RH e com o seu futuro gestor (área contratante).

Prós e Contras do Recrutamento Externo

Prós
- Oferece sangue novo na organização: talentos, habilidades e expectativas.
- Enriquece o patrimônio humano pelo aporte de novos talentos e habilidades.
- Aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimento e destrezas.
- Renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações.
- Incentiva a interação da organização com o mercado de recursos humanos.
- Indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual.

Contras:
- Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização.
- Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidades a estranhos.
- Requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos. Isto significa
custos operacionais.
- Exige esquemas de socialização organizacionais para os novos funcionários.
- É mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno.

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MEIOS DE RECRUTAMENTO EXTERNO

A) Anúncio em jornais e revistas especializadas


Gerentes, supervisores e funcionários de escritório se dão bem com jornais locais ou regio-
nais. Para empregados especializados, jornais mais populares são mais indicados. Quando o
cargo for muito específico, pode-se lançar mão de revistas especializadas.

Especialistas em propaganda salientam que o anúncio deve possuir quatro características, re-
presentadas pelas letras AIDA (atenção, interesse, desejo e ação).

Tipos de Anúncio

Anúncio Aberto
É o tipo de anúncio de emprego que identifica o empregador, indicando o nome da organiza-
ção, endereço, setor para contatos, e horário de atendimento.

Anúncio Semi-Aberto
Aparece a identificação da empresa, mas ocorre uma pré-triagem ao exigir que os candidatos
remetam seus os currículos para o endereço da empresa ou aos cuidados do veículo divulga-
dor do anúncio. Com essa providência o anunciante evita que eventuais inconvenientes do
anúncio aberto.

Anúncio Fechado
A característica central do anúncio fechado é pela não divulgação do nome da empresa que
está recrutando uma pessoa no mercado.

B) Agências de recrutamento
Existem três tipos de agências de recrutamento:

I. Agências operadas pelo governo no nível federal, estadual ou municipal, através de secreta-
rias do trabalho ou entidades relacionadas com o emprego.
II. Agências associadas com organizações não lucrativas, como associações profissionais ou
não-governamentais. Ex: Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
III. Agências particulares ou privadas de recrutamento.
As agências de recrutamento são eficazes em situações como:

- A organização não possui departamento de RH ou não está preparada para recrutar ou sele-
cionar pessoas e prefere terceirizar este serviço.
- Há necessidade de atrair um grande número de candidatos qualificados e a organização não
se sente capaz.
- O esforço de recrutamento visa alcançar pessoas que estão atualmente empregadas e que
não se sentem confortáveis em lidar diretamente com as empresas concorrentes.

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- O preenchimento do cargo é confidencial e não pode ser divulgado no mercado ou interna-
mente.

A utilização de agências requer os seguintes cuidados:

- Oferecer à agência uma descrição completa ou seja, um levantamento do cargo a ser pre-
enchido.
- Especificar à agência quais são as ferramentas a serem utilizadas na seleção dos candidatos,
como por exemplo: formulários de emprego, testes psicológicos e dinâmicas, tudo isso fará
parte do processo seletivo.
- Proporcionar retroação adequada à agência, ou seja, quais os candidatos rejeitados e expli-
car o motivo que os mesmos foram eliminados do processo.
- Se possível, desenvolver um relacionamento de longo prazo com uma ou duas agências.

Existem agências específicas de recrutamento de executivos que entrevistam e pré-selecio-


nam candidatos para posições mais eleva- das, como vice-presidente por exemplo.

C) Contatos com escolas, universidades e agremiações


Algumas empresas promovem sistematicamente palestras e conferências em universidades e
escolas para divulgar suas políticas de RH e criam um ambiente favorável para quando houver
oportunidade de contratação.

D) Cartazes ou anúncios em locais visíveis


Indicado para cargos mais simples é colocado nas proximidades da organização, desde a por-
taria da empresa a locais de grande movimentação de pessoas, como ponto de ônibus, por
exemplo.

E) Apresentação de candidatos por indicação de funcionários


O funcionário fica responsável pela indicação do candidato e de certa forma, a empresa tende
a chamar aquela pessoa indicada para conversar e conhecê-la melhor.

F) Consulta aos arquivos de candidatos


Funciona como um banco de currículos para possíveis futuras oportunidades.

E) Mídias Digitais
Uma boa ferramenta é disponibilizar no site da empresa uma página “Trabalhe Conosco” para
receber currículos de candidatos. Apesar de ser uma ferramenta onde vai ter o cadastro de
muitos candidatos sem perfil, tem uma grande aceitação no mercado por ser um meio ele-
trônico. Além do site, um ótimo meio para divulgar vagas está no Facebook, onde através de
grupos de empregos o recrutador pode anunciar sem custos.

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Avaliação dos Resultados do Recrutamento já a seleção escolhe e classifica os candidatos
O desafio principal do recrutamento é agre- mais adequados às necessidades do cargo e
gar valor à organização e às pessoas. A men- da organização.
suração dos resultados é importante para
saber se o recrutamento está realmente Conceito de seleção
cumprindo a sua função e a que custo. No É o processo pelo qual uma organização es-
enfoque quantitativo, quanto mais candida- colhe a pessoa que mais possui os critérios
tos influenciar, melhor será o recrutamento. de seleção para a posição disponível, consi-
Contudo, no enfoque qualitativo, o impor- derando as atuais condições do mercado.
tante é trazer candidatos que sejam avalia-
dos, entrevistados, e encaminhados a etapa As pessoas diferem entre si tanto na capa-
final do processo. É incrível a proporção en- cidade para aprender uma tarefa como na
tre candidatos que se apresentam X os que maneira de executá-la após a aprendizagem.
são aproveitados no final do processo. Quando completo, o processo seletivo deve
fornecer não apenas um diagnóstico atual,
Recrutadores experientes e bem treinados mas principalmente um prognóstico futuro a
provocam fortes e boas impressões nos can- respeito dessas duas variáveis.
didatos. Além do mais, a cooperação entre
todos da área de RH é essencial. A pessoa De um lado tem-se um cargo a ser preenchi-
responsável pela atração e seleção de uma do e de outro os candidatos ao cargo. Assim,
empresa precisa saber exatamente o que o a seleção passa a ser configurada basicamen-
cargo exige e o que esperar dos candidatos. te como um processo de comparação e de
decisão.

SELEÇÃO DE PESSOAS Seleção como um processo de comparação


As organizações estão sempre agregando no- A melhor maneira de conceituar seleção de
vas pessoas para integrar seus quadros, seja pessoal é representá-la como uma compara-
para substituir funcionários desligados ou ção entre duas variáveis: de um lado os requi-
que pediram demissão, ou até mesmo para sitos do cargo a ser preenchido e de outro o
ampliar o quadro de pessoal em épocas de perfil das características dos candidatos que
crescimento e expansão. A seleção de pesso- se apresentam para disputá-lo. Essa compa-
as integra o processo de agregar pessoas e ração exige que a descrição e a análise do
funciona logo após o recrutamento. cargo sejam transformadas em uma ficha de
especificações. Esta funcionará como instru-
Recrutamento e seleção fazem parte do mento de medida para que se possa estru-
mesmo processo: a introdução de novos ele- turar o processo de seleção com maior rigor.
mentos humanos na organização. Enquanto
recrutamento é uma atividade de atração, di- A seleção é uma responsabilidade da área de
vulgação e de comunicação – portanto, uma Recursos Humanos. O departamento de RH
atividade tipicamente positiva e convidativa aplica testes, dinâmicas e provas, enquanto o
– a seleção é, ao contrário, uma atividade de gerente toma as decisões finais a respeito do
escolha, de classificação e de decisão, e, por- candidato escolhido, juntamente com a área
tanto, restritiva e obstativa. O recrutamento contratante.
abastece o processo seletivo de candidatos,

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Modelo de colocação, seleção e classifica- a conflitos, etc.
ção de candidatos Interdependência com outras pessoas: A
A decisão sobre um determinado candidato tarefa pode exigir características pessoais
envolve o indivíduo + um determinado tra- como: colaboração e cooperação com outras
tamento, ou seja, o tipo de resolução a ser pessoas, facilidade em trabalhar em equipe,
tomada. Podemos distinguir três modelos de bom relacionamento humano, iniciativa pró-
decisão sobre os candidatos: colocação, sele- pria, liderança de pessoas, facilidade de co-
ção e classificação de candidatos. municação, etc.

a. Modelo de colocação: Coleta de informações sobre o cargo


Quando há apenas um candidato a uma só
vaga a ser preenchida. Descrição e análise do cargo
Proporciona informações a respeito dos re-
b. Modelo de seleção: quisitos e das características que o ocupante
Quando há vários candidatos e apenas uma do cargo deverá possuir para ocupá-lo ade-
vaga a ser preenchida. quadamente.

b. Modelo de classificação: Técnica dos incidentes críticos


Existem vários candidatos para cada vaga e Consiste na anotação criteriosa sobre fatos
vá- rias vagas para cada candidato. O mo- e comportamentos dos ocupantes do cargo
delo de classificação parte de um conceito considerando que produziram um bom ou
ampliado de candidato: a organização não mau desempenho no trabalho.
o considera interessado em um único e de-
terminado cargo, mas como candidato da or- Requisição de pessoal
ganização e que poderá ser posicionado no Em empresas onde não há descrição de car-
cargo mais adequado às suas características gos, a RP é um formulário que o gerente pre-
pessoais. enche e assina. Nele existem vários campos
onde devem ser preenchidos e as caracterís-
A identificação das características pessoais ticas desejáveis do futuro ocupante do cargo.
do candidato
Quase sempre as características individuais Análise do cargo no mercado
es- tão relacionadas com três aspectos prin- Atualmente as empresas fazem ben-
cipais a saber: chmarking, isto é, comparam os seus cargos
com a estrutura dos cargos das empresas
Execução da tarefa em si: A tarefa a ser exe- bem sucedidas no mercado. Assim podem
cutada exige certas características humanas desenhar melhor esses cargos e adequá-los
ou aptidões como: atenção concentrada, às novas demandas de mercado.
atenção em detalhes, aptidão numérica, ap-
tidão verbal, aptidão auditiva, entre outros. Hipóteses de trabalho
Caso nenhuma das alternativas anteriores
Interdependência com outras tarefas: A tare- possa ser aplicada, será realizada uma pre-
fa a ser executada depende de outras tarefas visão aproximada do conteúdo do cargo e
e exige características como: atenção abran- de sua exigibilidade em relação ao ocupante
gente, facilidade de coordenação, resistência (com uma simulação inicial).

48
TÉCNICAS DE SELEÇÃO

A) Entrevista de seleção
Visa obter fatos relacionados com o histórico profissional, educacional e socioeconômico do
candidato. Outro objetivo é estabelecer uma identificação entre a empresa e o candidato,
independente de este ser admitido ou não pela organização. Outra finalidade é checar as de-
mais fontes de informações – dinâmica e ambiente da aplicação de testes, exames, currículo
do candidato, etc.

Há duas premissas decisivas que orientam a entrevista:


I. O entrevistador incompetente obtêm um número extremamente limitado de informações;
II. A entrevista eficiente é aquela onde o entrevistador obtém uma redução de inferências,
uma vez que as informações sobre o entrevista- do são abundantes, concretas e diretas.

Razões da entrevista de seleção:


- É o único método direto para avaliar a aparência, postura e modo de expressão do candidato.
- É o único método direto para medir a rapidez de reação das respostas, dotes de persuasão, a
qualidade da expressão verbal e as reações ante às perguntas inesperadas;
- Analisa características pessoais, as atitudes e o rigor físico para desempenhar as funções
exigi- das pelo cargo;
- Reúne informações obtidas de outras fontes e para explicar os informes contraditórios que
procedem delas;
- Proporciona informações ao candidato a fim de que ele decida se o cargo lhe interessa ou
não;
- Proporciona uma maior confiança nos resultados finais;
-Oferece ao candidato a impressão de que foi lhe dado a oportunidade de expor as suas qua-
lificações;

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Tipos de entrevista de seleção

Entrevista não estruturada


O entrevistador não se prepara para a entrevista. As questões a serem perguntadas serão
formuladas a medida que a entrevista flui. Ele começa sem qualquer roteiro pré-estabelecido
para sua execução.

Entrevista estruturada
É programada pelo entrevistador para superar as limitações e deficiências de uma entrevista
não estruturada.

B)Provas de conhecimentos ou capacidades e testes


São instrumentos para avaliar o nível de conhecimento geral e específico dos candidatos. As
provas de capacidade medem o grau de habilidade para certas tarefas, como por exemplo,
habilidade com computador ou com direção - no caso se a vaga for para ocupar a posição de
motorista de caminhão.

Testes de Aptidões
Pode-se caracterizar aptidão como uma disposição natural do indivíduo, voltada para uma
determinada atividade.

A abordagem mais conhecida das aptidões é a teoria multifatorial de Thurstone. Segundo esta
abordagem, a estrutura mental das pessoas é constituída por um número de fatores relativa-
mente independentes entre si, sendo cada qual responsável por uma determinada aptidão.

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Testes de Personalidade
Revelam certos aspectos das características emocionais das pessoas, podem ser deter- mina-
das pelo caráter ou pelo temperamento, por exemplo. Os testes de personalidade são denomi-
nados psicodiagnósticos quando revelam traços gerais da personalidade como síntese global.
São chamados específicos quando pesquisam determinados traços ou aspectos da personali-
dade, como por exemplo: equilíbrio emocional, frustrações, interesses gerais, motivação etc.

Técnicas de Simulação
As técnicas de simulação concentram-se na forma como o indivíduo se comporta em grupo e
substituem o método verbal ou de execução pela ação social. Aqui o candidato é submetido a
uma situação de dramatização e com esta técnica utilizada ele demonstrará traços de compor-
tamento para o recrutador de RH.

A Grafologia na Seleção
A grafologia é a análise da personalidade de um indivíduo por meio dos traços da sua escrita.
Entre os pontos centrais a serem analisados pela grafologia destacam-se:

- A ordem do texto, que demonstra a clareza e a lógica das ideias, do raciocínio como um todo.
- A forma das letras, que significa a adaptação do indivíduo ao mundo.
- A dimensão da letra, que é a autoimagem (extroversão e introversão).
- A inclinação da letra, demonstrando a necessidade que o indivíduo tem de entrar em contato
com outras pessoas.
- A pressão da escrita, que vai demonstrar a vitalidade, a força física da pessoa.
- A velocidade da escrita, que ditará a inteligência, a rapidez de reflexos e a prontidão para a
ação daquela pessoa.
- A direção da linha, que vai exprimir o humor, o estado de ânimo e a vontade daquela pessoa.

Avaliação dos resultados - seleção de pessoas


O processo seletivo traz importantes resultados para a organização como:
I. Adequação das pessoas ao cargo e satisfação no trabalho.
II. Rapidez no ajustamento e integração do novo empregado às suas funções.
III. Melhoria gradativa do potencial humano através da escolha sistemática de melhores talen-
tos.
IV. Estabilidade e permanência das pessoas e redução da rotatividade.
V. Maior rendimento e produtividade pelo aumento da capacidade das pessoas.
VI. Melhoria no nível das relações humanas pela elevação da moral.
VII. Investimento em treinamento, a fim de se ter facilidade em aprender as tarefas do cargo e
novas atividades trazidas pela inovação.

51
A seleção de pessoas também promove importantes resultados para as pessoas:

I. Aproveita as habilidades e características de cada pessoa no trabalho.


II. Favorece o sucesso potencial de cada pessoa em seu respectivo cargo.
III. Eleva a satisfação por aliar cada pessoa à atividade certa, ou seja, indicada para cada um.
IV. Evita perder futuramente bons profissionais.

INTEGRAÇÃO DE PESSOAS assim que os padrões empresariais são esta-


belecidos e se tornam perpétuos. Quanto ao
O trabalho de recrutamento e seleção de empregado encontrar usa identidade, nem
pessoas não termina no momento da ad- sempre as pessoas sabem ao certo o que
missão ou da integração de um indivíduo na desejam. Muitas pessoas somente passam a
organização. É necessário um processo de conhecer os seus desejos após uma série de
adaptação do indivíduo à empresa e ao car- experiências naquela nova empresa. A cada
go pretendido, agora denominaremos essa fase de nossas vidas, nossos comportamen-
etapa como Integração. tos podem alterar, nossos objetivos pessoais
são influenciados por nossas experiências e
O processo de integração do funcionário à vivências a cada dia que passa.
organização irá exigir que a pessoa:
O processo de integração deve ser visto, en-
- Adapte as suas próprias ideias, seus senti- tão por dois ângulos: o da adaptação do in-
mentos e o seu modo de trabalhar aos pa- divíduo ao trabalho e o da empresa. A adap-
drões aceitos na empresa; tação a cultura da empresa é importante, ou
seja, é preciso que esse profissional conheça
- Que encontre a sua identidade naquele am- as políticas, os procedimentos, os controles,
biente, isto é, que procure o que lhe é satis- os tipos de supervisão, os tipos de material,
fatório e o que lhe dará maior liberdade para de máquinas e de equipamentos.
utilizar integralmente a sua capacidade inte-
lectual. Falhas no processo de adaptação podem
com- prometer o exercício de uma atividade,
Um funcionário, com pouco tempo de em- criando dificuldades no desempenho pro-
presa geralmente, aceita os padrões de con- fissional. A integração é composta por duas
duta de seus colegas de trabalho porque é partes: a ambientação de pessoal e a integra-
com eles que vai passar a maior parte do seu ção de fato.
tempo e porque quer ser aceito pelo grupo. É

52
Ambientação de pessoal Turnover de Rotina
O programa deve apresentar ao novo empre- Há certos cargos cujo desempenho se qua-
ga- do os aspectos importantes da organiza- lifica pela monotonia, oriunda da repetição
ção: incessante e invariável, sempre igual, da
- a história da empresa, atividade que requerem. Nota-se que, após
- produtos da empresa, um certo período, essa monotonia começa
- modos de produção, a prejudicar a eficiência do empregado e é
- valores evidenciados pela organização, sensivelmente visível quando o funcionário
- principais políticas e procedimentos admi- começa a ficar apático, entorpecido, sem ini-
nistrativos ciativa e sem espírito crítico.
- conduta esperada do novo empregado
- benefícios oferecidos Nestes casos, aplica-se o turnover de rotina:
- possibilidades de plano de carreira o funcionário é chamado durante a execução
- política salarial, entre outros. do trabalho, no chamado “período de tole-
rância” e através do treinamento observa-se
Integração de pessoal se houve avanço em seu comportamento.
O programa deve facilitar a integração do Passado esse “período de tolerância”, faz-se
novo funcionário à equipe de trabalho, o en- então uma mudança de cargos, alterando
tendi- mento da cultura da empresa, o conhe- a rotina do empregado. O turnover de roti-
cimento das pessoas com as quais irá se re- na também se aplica a cargos cujo exercício
lacionar, etc. O programa de integração pode pode ser suscetível a causar doença, trazen-
durar alguns meses. È um trabalho, antes de do risco após um determinado período de
tudo, de orientação para que o novo empre- tempo.
gado se sinta como um membro da empresa
de fato. Quando o empregado conhece os va- Turnover de afastamento
lores da empresa e sente que foi aceito como Significa o movimento de pessoal determina-
membro da equipe é bem provável que suas do pelos afastamentos definitivos de funcio-
atitudes com relação ao trabalho sejam mais nários dos quadros da empresa. Verifica-se a
positivas. Durante o pro- cesso, a chefia es- partir de seu estudo se as condições de tra-
tará acompanhando e avaliando a adaptação balho são satisfatórias e se conseguem man-
do novo empregado à empresa e ao cargo, ter o pessoal em estado de contentamento
cujo feedback servirá para mostrar a eficácia indispensável a boa produtividade.
do processo de seleção.
A saída de um funcionário representa um
prejuízo para a empresa, que terá que arcar
MOBILIDADE DE PESSOAL com novas despesas de recrutamento e trei-
A mobilidade de pessoal pode ser verifica- namento e vários encargos.
da de duas formas: a passagem de um cargo
para ou- tro da mesma categoria e a saída de
funcionários dos quadros da empresa. Te-
mos respectiva- mente, turnover de rotina e
o de afastamentos.

53
Chegamos ao fim da nossa aula, e é muito bom perceber a sua evolu-
ção em sala de aula. Agora, que tal você contar um pouquinho sobre
as suas experiências nesta aula? Então vamos lá, “Diga aí!” o que você
aprendeu no dia de hoje?

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54
TREINAMENTO - Disponibilidade para os postos de gerência
É o processo de ensinar aos novos empre- imediata dentro da própria organização,
gados as habilidades básicas que eles ne- - Melhores condições de adaptação aos pro-
cessitam para desempenhar seus cargos é gressos da tecnologia industrial,
uma forma de educação especializada, uma - Economia de custos pela eliminação dos er-
vez que o propósito da empresa é preparar ros na execução do trabalho.
o indivíduo para o desempenho eficiente de - Condições de competitividade mais vanta-
uma determinada tarefa que lhe é confiada. josa dada a capacidade de oferecer melhores
produtos ou serviços.
Vantagens do programa de treinamento - Maior segurança econômica em virtude da
a) Quanto ao mercado de trabalho maior estabilidade de pessoal.
- Definição das características e atribuições - Diminuição acentuada dos acidentes e do
dos empregados, desperdício pela melhoria das técnicas de
- Racionalização dos métodos de formação e trabalho.
aperfeiçoamento de colaboradores,
- Melhoria dos padrões profissionais dos trei- O treinamento é um processo cíclico e contí-
nandos, nuo composto por quatro etapas:

b) Quanto ao pessoal em serviço a) Diagnóstico


- Melhor aproveitamento das aptidões dos É o levantamento das necessidades de trei-
empregados, namento. Essas necessidades podem ser
- Maior estabilidade de mão-de-obra, passadas, presentes ou futuras.
- Estímulo ao espírito de confiança no mérito
como processo normal da melhoria funcio- b) Desenho
nal. É a elaboração do programa de treinamento
- Dignificação do trabalho e elevação do am- para atender às necessidades diagnostica-
biente moral da empresa. das.

c) Quanto à empresa como um todo c) Implementação: é aplicação e condução


- Aprimoramento dos produtos e serviços do programa de treinamento.
produzidos,
- Maiores possibilidades de ampliação ou d) Avaliação: é a verificação dos resultados
transformação dos programas de trabalho, do treinamento.

55
Métodos de levantamento I. Análise organizacional: a partir do diagnós-
de necessidades de treinamento tico de toda a organização, para verificar os
Existem vários métodos para determinar que aspectos da missão, da visão e dos objetivos
habilidades devem ser focalizadas para esta- estratégicos que o treinamento deve aten-
belecer a estratégia de treinamento: der.

- Avaliar o processo produtivo dentro da or- II. Análise dos recursos humanos: a partir
ganização, encontrando fatores como bar- do perfil das pessoas, determinar quais os
reiras, pontos fracos relacionados com o de- comportamentos, atitudes, conhecimentos
sempenho de pessoas, etc. e competências necessárias para que as pes-
soas possam contribuir com o alcance dos
- Verbalização por parte das pessoas a res- objetivos estratégicos da organização.
peito de que tipo de informação, habilidades
ou atitudes elas necessitam para executar III. Análise da estrutura de cargos: a partir do
melhor as suas atividades. exame dos requisitos e especificações dos
cargos. Determinar quais são as habilidades,
- Novas tecnologias e novos processos que as destrezas e competências que as pesso-
serão importantes para produzir produtos ou as deverão desenvolver para desempenhar
serviços da organização. adequadamente suas funções.

O levantamento das necessidades de treina- IV. Análise do treinamento: a partir dos ob-
mento pode ser feito em três níveis de aná- jetivos e metas que deverão ser utilizados
lise: como critérios para a avaliação da eficiência
e eficácia do programa de treinamento.

56
Indicadores das - Comunicações deficientes,
necessidades de treinamento - Pouco interesse pelo trabalho,
Além dos métodos de levantamento de ne- - Falta de cooperação,
cessidades, existem indicadores que apon- - Erros na execução de ordens.
tam necessidades futuras (a priori) e passa-
das (a posteriori). c) Desenho do programa de treinamento
Refere-se ao planejamento das ações de trei-
Indicadores a priori: namento. Programar o treinamento significa
São eventos que, se acontecerem, provoca- definir seis ingredientes básicos: quem deve
rão futuras necessidades de treinamento, fa- ser treinado, como deve ser treinado, em que
cilmente previstas, como: circunstância, por quem, onde e quando.
a) Expansão da empresa e admissão de no-
vos empregados, O programa de treinamento deve estar asso-
b) Redução do número de empregados, cia- do às necessidades estratégicas da orga-
c) Mudança de métodos e processos de tra- nização. Comprar pacotes de treinamento,
balho, isto é, pro- gramas já prontos e vendidos
d) Substituições ou movimentação de pesso- como produtos enlatados e fechados nem
al, sempre soluciona as necessidades da orga-
e) Faltas, licenças e férias de pessoal, nização. Estabelecer resultados para o trei-
f) Mudanças nos programas de trabalho ou namento e compará-los posteriormente é
de produção, indispensável.
g) Modernização dos equipamentos e novas
tecnologias, Baseada em uma pesquisa realizada em 30
h) Produção e comercialização e novos pro- em- presas americanas, foi constatado que
dutos e serviços. elas utilizam seis tipos de educação e treina-
mento para com os seus funcionários:
Indicadores a posteriori:
São os problemas provocados por necessi- a) Compartilhamento de informações sobre
dades de treinamento ainda não atendidas, o negócio da empresa com os funcionários;
como: b) Habilidades de comportamento interpes-
a) Problemas de produção, como: soal, incluindo desenvolvimento de equipes,
- Baixa qualidade de produção, dinâmica de grupos e solução de programas;
- Baixa produtividade, c) Princípios e técnicas de qualidade total
- Avarias frequentes em equipamentos e ins- para obter o alinhamento da visão dos fun-
talações, cionários com a visão da direção;
- Comunicações deficientes, d) Treinamento em habilidades técnicas rela-
- Elevado número de acidentes de trabalho, cionadas com o trabalho;
- Excesso de erros e de desperdício, e) Treinamento cruzado em habilidades para
- Pouca versatilidade dos funcionários, o trabalho relacionado com o desempenho
- Mau aproveitamento do espaço disponível. atual;
b) Problemas de pessoal, como: f) Controle estatístico de processo (CEP).
- Relações deficientes entre o pessoal,
- Número excessivo de queixas,
- Mau atendimento ao cliente,

57
Condução do programa de Treinamento b) Técnicas de classe: Utilizam a sala de aula
e instrutor para desenvolver habilidades,
Existem várias técnicas para transmitir as conhecimentos e experiências relacionadas
informações necessárias e desenvolver as com o cargo. Podem variar de habilidades
habilidades requeridas no programa de trei- técnicas (programação de computador), a
namento. As duas principais técnicas para habilidades interpessoas (liderança ou traba-
transmitir e disse- minar informação são: lho em grupo).
Podem desenvolver habilidades sociais ou
a) Leituras: Uma vantagem da leitura é que o dramatização e jogos de negócios. As técni-
instrutor expõe aos treinandos a uma quan- cas de classe encorajam a interação e provo-
tidade máxima de informações dentro de um cam um ambiente de discussão, o que não
determinado período de tempo. A leitura, acontece com modelos de mão única como
todavia, apresenta desvantagens. Por ser um a leitura.
meio de mão única, os treinandos adotam
uma postura passiva, pois há pouca ou ne- Avaliação do programa de treinamento
nhuma oportunidade para a prática, reforço, Essa etapa verifica a eficácia do programa,
retroação, ou conhecimento de resultados. ou seja, checa se o treinamento atendeu às
necessidades da organização, das pessoas,
b) Instrução programada: é a técnica de ins- e dos clientes. Alguns dados podem servir
trução sem a presença ou intervenção de como elementos de avaliação dos resultados
um instrutor humano. A vantagem desse do treinamento:
método é que pode ser computadorizado e
os treinandos podem aprender em suas pró- Dados concretos:
prias casas, sabendo imediatamente se estão - Economias de custo
certos ou erra- dos, e assim estarão partici- - Melhoria de qualidade
pando ativamente do processo. A principal - Economia de tempo
desvantagem é que não apresenta troca pre- - Satisfação dos funcionários
sencial.
Medidas de resultados:
As técnicas para desenvolver habilidades em - Clientes atendidos
programas de treinamento são divididas em - Tarefas completadas
duas categorias: treinamento no cargo e trei- - Produtividade
na- mento em classe. - Processos completados
- Dinheiro aplicado
a) Treinamento no cargo: É uma técnica de
treinamento que ministra informação, co- Exemplos de economias de custo:
nhecimento e experiência relacionados ao - Custos variáveis
cargo.A rotação de cargos envolve a movi- - Custos fixos
mentação de uma pessoa de um cargo para - Projetos de redução de custos
outro a fim de obter melhor compreensão da - Custos operacionais
organização como um todo. - Custos administrativos.

58
Exemplos de dados sobre melhoria da qua- - Vinculado à cultura organizacional.
lidade: - Compartilhamento do conhecimento.
- Índices de erros e refugos, - Aberta para o mundo: visão exógena, ex-
- Volume de retrabalho, pandir o cérebro do ser humano através dos
- Porcentagem de tarefas bem-sucedidas, mais variados sistemas de aprendizado: vi-
- Variância ao redor de padrões organizacio- sitas, entrevistas, benchmarking, avaliações
nais preestabelecidos. de empresas, leituras complementares etc.
- Indicador de desenvolvimento de carreira.
Possibilidades de economias de tempo: - Responsabilidade conjunta entre colabora-
- Tempo para completar um projeto, dor e empresa. Caminhos individuais serão
- Tempo de processamento, traçados para cada pessoa, assessorados
- Tempo de supervisão, pela central de inteligência da universidade
- Tempo de equilíbrio para novos funcioná- corporativa.
rios, - Sua função é uma mentalidade contínua de
- Tempo de treinamento, aprendizado voltado para o desenvolvimen-
- Eficiência, to organizacional. Jamais voltado somente
- Dias de tempo perdido. para horas/aula.
- Capacitação empreendedora de seus co-
Universidade Corporativa laboradores. Objetiva a melhoria contínua,
- Melhorar a organização através do aprendi- sem vinculação somente com uma visão de
za- do contínuo e aplicado, melhorando con- objetivos a curto prazo.
tinua- mente a performance.

59
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Avaliação de desempenho humano


A avaliação de desempenho é o processo que serve para julgar ou estimar valor, a excelência e
as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, a sua contribuição para o negócio da organização.
É a identificação, mensuração e administração do desempenho humano nas organizações.
Deve ser mais do que uma atividade orientada para o passado, ou seja, deve estar orientada
para o futuro para poder alcançar todo o potencial humano da organização.

As principais razões para a avaliação de desempenho acontecer são:

- A avaliação de desempenho proporciona um julgamento sistemático para funda-


mentar aumentos salariais, promoções, transferências e muitas vezes, demissões de
funcionários.
- Através dela pode-se comunicar aos funcionários como eles estão indo no trabalho,
sugerindo quais as possibilidades de mudanças no comportamento, nas atitudes,
habilidades ou conhecimentos.
- Permite que os subordinados conheçam aquilo que o chefe pensa a respeito deles.

Para proporcionar benefícios à organização, a avaliação de desempenho deve aten-


der as seguintes linhas básicas:

- Deve abarcar não somente o desempenho dentro do cargo ocupado, como tam-
bém o alcance de metas e objetivos.
- Deve enfatizar o indivíduo no cargo e não a impressão a respeito dos hábitos pes-
soais observados no trabalho.
- Deve ser aceita por ambas as partes: avaliador e avaliado.
- Deve ser utilizada para melhorar a produtividade do indivíduo dentro da organiza-
ção, tornando-o mais bem equipado para produzir com eficiência e eficácia.

60
Quem deve avaliar o desempenho? A avaliação para cima
Auto avaliação de desempenho Permite que a equipe avalie o seu gerente,
Cada pessoa se avalia constantemente quan- como ele pode incrementar a eficácia da
to à sua performance, eficiência e eficácia, equipe e ajudar a melhorar os seus resulta-
tendo em vista determinados parâmetros dos.
fornecidos pelo seu superior ou pela tarefa.
A comissão de avaliação de desempenho
O gerente Trata-se de uma avaliação coletiva feita por
Quem avalia o desempenho de pessoal é o um grupo de pessoas direta ou indiretamen-
próprio gerente ou supervisor, com assesso- te interessadas no desempenho dos funcio-
ria do órgão de RH, que estabelece meios e nários. A comissão geralmente é constituída
os critérios para que a avaliação possa acon- de pessoas pertencentes a diversos órgãos
tecer. ou unidades organizacionais e é formada de
membros per- manentes e transitórios. Os
O indivíduo e o gerente membros permanentes e estáveis (como o
O gerente funciona como o elemento de guia presidente da organização ou representante,
e orientação, enquanto o funcionário avalia o dirigente, o órgão de RH e o especialista
o seu desempenho em função da retroação em avaliação de desempenho) participam
fornecida pelo gerente. de todas as avaliações e seu papel é moderar
e assegurar a manutenção do equilíbrio dos
A equipe de trabalho julgamentos (do atendimento aos padrões
A própria equipe de trabalho avalia o de- organizacionais e da constância do sistema).
sempenho de cada um de seus membros e
programa com cada um deles seus objetivos Apesar da evidente distribuição de forças,
e metas a alcançar, bem como providências esta alternativa é bastante criticada pelo seu
necessárias de melhoria do desempenho. aspecto fortemente centralizador e pelo seu
espírito de julgamento quanto ao passado.
A avaliação 360 graus
A avaliação é feita de modo circular por todos O órgão de RH
os elementos que mantêm alguma interação O órgão de RH assume totalmente a respon-
com o avaliado. Participam da avaliação o sabilidade pela avaliação do desempenho de
chefe, os colegas e pares, os subordinados, todas as pessoas da organização. Como todo
os clientes interno e externos, os fornece- processo centralizador, as regras e normas
dores, enfim, todas as pessoas em torno do burocráticas costumam tirar a liberdade e a
avaliado, em uma abrangência de 360 graus. flexibilidade das pessoas envolvidas no siste-
ma.

61
Métodos Modernos de Avaliação de De- d) Desempenho no sentido de efetivar o al-
sempenho cance dos objetivos formulados.
e) Constante controle dos resultados e com-
Estão surgindo novos métodos de avalia- paração com os objetivos formulados.
ção do desempenho que se caracterizam f) Retroação intensiva e contínua avaliação
por uma colocação totalmente nova para o conjunta.
assunto: au- toavaliação e autodireção das
pessoas, maior participação do funcionário Aplicações da Avaliação de Desempenho
em seu próprio pla- nejamento e desenvolvi- Processos de agregar pessoas: Constitui base
mento pessoal, foco no futuro e na melhoria de informação para o recrutamento e sele-
contínua do desempenho. ção de pessoal ao indicar as características e
atitudes adequadas dos novos funcionários
Além dessas influências, os rumos da ava- que serão futuramente cobrados pelo resul-
liação do desempenho também têm sido tado final.
marcados por dois fatores importantes. O
primeiro deles: as organizações estão subs- Processos de aplicar pessoas: proporciona
tituindo a estrutura funcional e departamen- informação sobre como as pessoas estão
talizada pela organiza- ção por processos ou integradas e identificadas em seus cargos e
por equipes, alterando profundamente os tarefas.
sistemas de indicadores e medições dentro
delas. O segundo fator é a par- ticipação dos Processos de recompensar pessoas: Ajuda
trabalhadores nos resultados das organiza- a organização a decidir quem deve receber
ções, o que requer um sistema de me- dições recompensas como aumentos salariais ou
e indicadores que permita negociações fran- promoções, ou quem deve ser desligado da
cas e objetivas entre elas e seus funcioná- organização.
rios. Existe ainda a ausência de indicadores
de desempenho em muitas empresas ou a Processos de desenvolver pessoas: Indica os
utiliza- ção desordenada de vários indicado- pontos fortes e fracos de cada funcionário,
res disper- sos e desconexos que não propor- quais os funcionários que necessitam de trei-
cionam a visão global necessária. na- mento e quais os resultados dos progra-
mas de treinamento.
Avaliação Participativa por Objetivos (APPO)
Método democrático, participativo, envol- Processos de manter pessoas: Indica o de-
vente e motivador. Segue seis etapas: sempenho e os resultados alcançados pelas
a) Formulação de objetivos consensuais. pessoas.
b) Comprometimento pessoal quanto ao al- Processos de monitorar pessoas: Proporcio-
cance dos objetivos conjuntamente formula- na retroação às pessoas sobre seu desempe-
dos. nho e potencialidades de desenvolvimento.
c) Negociação com o gerente sobre a aloca-
ção dos recursos e meios necessários para o
alcance dos objetivos.

62
HIGIENE DO TRABALHO c) Aplicação de princípios de ergonomia, en-
volvendo:
A higiene do trabalho está relacionada com - Máquinas e equipamentos adequados às
as condições ambientais do trabalho que características humanas.
asseguram a saúde física e mental e com - Mesas e instalações ajustadas ao tamanho
as condições de bem-estar das pessoas. Do das Pessoas.
ponto de vista de saúde física, o local de - Ferramentas que reduzam a necessidade de
trabalho constitui a área de ação da higiene esforço físico humano.
do trabalho, envolvendo aspectos ligados à
exposição do organismo humano a agentes d) Saúde ocupacional
externos como ruído, ar, temperatura, umi- Um programa de saúde ocupacional requer
dade, luminosidade e equipa- mentos de tra- as seguintes etapas:
balho. Do ponto de vista de saúde mental, o -Estabelecimento de um sistema de indica-
ambiente de trabalho deve envolver condi- dores, abrangendo estatísticas de afasta-
ções psicológicas e sociológicas saudáveis e mentos e acompanhamento de doenças.
que atuem positivamente sobre o comporta- -Desenvolvimento de sistemas de relatórios
mento das pessoas, evitando impactos emo- médicos.
cionais, como o estresse. Os principais itens -Desenvolvimento de regras e procedimen-
do programa de higiene do trabalho estão tos para prevenção médica.
relacionados com: - Recompensas aos gerentes e supervisores
pela administração eficaz da função de saú-
a) Ambiente físico de trabalho, envolvendo: de ocupacional.
- Iluminação - luminosidade adequada a cada
tipo de atividade. Os principais problemas de saúde nas em-
- Ventilação - remoção de gases, fumaça e presas estão relacionados com:
odores desagradáveis, bem como o afasta-
mento de possíveis fumantes ou a utilização - Alcoolismo e dependência química por dro-
de máscaras. gas,
- Temperatura - manutenção de níveis ade- - AIDS,
qua- dos de temperatura. - Estresse no trabalho,
- Ruídos: remoção de ruídos ou utilização de - Exposição a produtos químicos perigosos,
protetores auriculares. - Exposição a condições ambientais frias,
b) Ambiente psicológico de trabalho, pro- quentes, contaminadas, secas, úmidas, baru-
porcionando: lhentas, etc.
- Relacionamentos humanos agradáveis, - Hábitos alimentares inadequados.
- Tipo de atividade agradável e motivadora, - Vida sedentária.
- Estilo de gerência democrático e participa- - Automedicação
tivo.
- Eliminação de possíveis fontes de estresse.

63
Estresse no trabalho máquinas funcionando, pessoas conversan-
É um conjunto de reações físicas, químicas do e telefones tocando contribuem para o
e mentais de uma pessoa a estímulos ou estresse em 54% das atividades de trabalho.
estres- sores no ambiente. O estresse é a
soma das perturbações orgânicas e psíquicas O estresse no trabalho provoca sérias conse-
provocadas por diversos agentes agressores quências tanto para o empregado como para
como trauma, emoções fortes, fadiga, expo- a organização. As consequências humanas
sição a situações conflitivas e problemáticas, do estresse incluem ansiedade, depressão,
etc. angústia, e outros problemas físicos, como:
Existem duas fontes principais de estresse distúrbios gástricos e cardiovasculares, dores
notrabalho: ambiental e pessoal. de cabeça, nervosismo e acidente. Em certos
casos, envolem abuso de drogas, alienação e
Primeiro, uma variedade de fatores exter- redução de relações interpessoais. Por outro
nos e ambientais podem conduzir ao estres- lado, o estresse também afeta negativamen-
se no trabalho. Incluem: a programação do te a organização ao interferir na quantidade e
trabalho, maior ou menor tranquilidade no qualidade do trabalho realizado, no aumento
trabalho, se- gurança no trabalho, fluxo do do absenteísmo, na rotatividade e na predis-
trabalho e natureza dos clientes internos ou posição a queixas, reclamações e greves.
externos a serem atendidos. Pesquisas re-
velam que o ruído ambiental decorrente de

64
SEGURANÇA NO TRABALHO menor que um ano.
A segurança no trabalho está relacionada
com a prevenção de acidentes e com a ad- - Incapacidade parcial permanente: Provoca
ministração de riscos ocupacionais. Sua fi- a redução parcial e permanente para o tra-
nalidade é profiláica no sentido de antecipar balho e suas sequelas se prolongam por um
para que os ris- cos de acidentes sejam mini- período maior. É geralmente motivada por:
mizados.
- Perda de qualquer membro ou parte deste.
Um programa de segurança no trabalho re- - Redução da função de qualquer membro ou
quer as seguintes etapas: parte deste.
- Estabelecimento de um sistema de indica- - Perda da visão ou redução funcional de um
dores e estatísticas de acidentes. olho.
- Desenvolvimento de sistemas de relatórios - Perda da audição ou redução funcional de
de providências. um ouvido.
- Desenvolvimento de regras e procedimen- - Quaisquer outras lesões orgânicas, pertur-
tos de segurança. bações funcionais ou psíquicas que resultem
- Recompensas aos gerentes e supervisores em redução de menos de três quartos da ca-
pela administração eficaz da função de segu- pacidade de trabalho.
rança.
Incapacidade permanente total
Prevenção de Acidentes Provoca a perda total, em caráter permanen-
Pode-se considerar o acidente como fato sú- te, da capacidade de trabalho. É geralmente
bito, inesperado, imprevisto, (embora algu- moti- vada por:
mas vezes seja previsível) e não premeditado
ou desejado; e ainda como causador de dano - Perda da visão de ambos os olhos.
considerável, embora não especifiquem se - Perda de visão de um olho com redução de
trata de dano econômico (prejuízo material) mais da metade da visão do outro.
ou dano físico às pessoas (dor, sofrimento, - Perda anatômica ou impotência funcional
invalidez ou morte). Os acidentes no traba- de mais de um membro ou de suas partes
lho são classificados em: essen- ciais (mão ou pé).
- Perda da visão de um olho, simultânea à
Acidente sem afastamento perda anatômica ou impotência funcional de
Após o acidente, o empregado continua tra- uma das mãos ou pé.
ba- lhando sem qualquer sequela ou prejuízo - Perda da audição de ambos os ouvidos ou
con- siderável. redução em mais da metade de sua função.
- Quaisquer outras lesões orgânicas, pertur-
Acidente com afastamento bações funcionais ou psíquicas permanentes
É o acidente que provoca o afastamento do que ocasionem, sob opinião médica, a perda
empregado ao trabalho. Pode ser classifica- de três quartos ou mais da capacidade para
do em: o trabalho.

- Incapacidade temporária: Provoca perda


tem- porária da capacidade para o trabalho e
suas sequelas se prolongam por um período

65
Causas dos acidentes de trabalho
Existem duas causas básicas de acidentes de - Mapeamento de risco: trata-se de uma ava-
trabalho: as condições inseguras e os atos in- liação constante e permanente das condições
seguros. que podem provocar acidentes dentro da em-
presa.
- Condições Inseguras:
- Equipamentos sem proteção. - Análise profunda dos acidentes: descobrir
- Equipamento defeituoso. possíveis causas de acidentes, como condi-
- Procedimentos arriscados em máquinas ou ções ou atos inseguros.
equipamentos.
- Armazenamento inseguro, congestionado - Apoio irrestrito da alta administração: com-
ou sobrecarregado. promisso da alta direção com a segurança de
- Iluminação deficiente ou imprópria. todos.
- Ventilação imprópria, mudança insuficiente
de ar ou fonte de ar impuro. - Redução dos atos inseguros: Não se deve se
- Temperatura elevada ou baixa no local de lecionar as pessoas que apresentam tendên-
trabalho. cias para acidentar-se em cargos específicos.
- Condições físicas ou mecânicas inseguras
que constituem fonte de perigo. - Processo de seleção de pessoal: Verificar os
seguintes aspectos no processo de seleção:
Atos inseguros es- tabilidade emocional e testes de perso-
- Carregar materiais pesados de maneira ina- nalidade, medidas de coordenação muscular,
de- quada. testes de habilidade visual, testes de maturi-
- Trabalhar em velocidades inseguras – muito dade emocio- nal e suscetibilidade à exposi-
rápidas ou lentas. ção a produtos tóxicos.
- Utilizar esquemas de segurança que não - Comunicação interna: propaganda e carta-
fun- cionam. zes sobre segurança no trabalho podem aju-
- Usar equipamento inseguro ou usá-lo inade- dar a reduzir atos inseguros.
quadamente.
- Não usar procedimentos seguros. - Treinamento: Instruir funcionários sobre
- Assumir posições inseguras. práticas e procedimentos para evitar poten-
- Subir escadas ou degraus depressa. ciais perigos e trabalhar a importância da se-
- Distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, gurança no trabalho.
pular no ambiente de trabalho.
- Reforço positivo: Objetivos de redução de
Como prevenir acidentes aci- dentes de trabalho devem ser formula-
- Eliminação das condições inseguras: enge- dos em conjunto com os funcionários e com
nheiros de segurança desenham cargos para ampla di- vulgação e comunicação dos resul-
eli- minar ou reduzir os riscos físicos dos ocu- tados.
pantes.

66
Avaliação do Programa de Higiene e Segu- organização e limpeza.
rança no Trabalho - Aumento da consciência do trabalhador
O programa de H&S deve ser monitorado pe- quanto à necessidade de ser mais atencioso
los especialistas em RH, gerentes, e, sobre- com o seu trabalho, elevando o nível de qua-
tudo, contar com a participação de todos os lidade do mesmo.
funcionários. Além disso, o programa deve - Preocupação em baixar os custos e evitar
ser julgado através de critérios como: melho- gastos desnecessários.
ria no desempenho do cargo, redução dos - O controle deixou de ser individual e passou
afastamentos por acidentes ou por doenças a ser do grupo.
e redução de ações disciplinares.
Alguns indicadores de Qualidade de Vida no
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) trabalho
QVT pode ser definido como um processo
pelo qual uma organização tenta revelar o - Ambiente de trabalho sadio, expresso pe-
potencial criativo de seu pessoal, envolven- las condições físicas, tais como: iluminação,
do-os em de- cisões que afetam as suas vidas ventilação, limpeza, espaço físico, ruídos e
no trabalho. Uma característica marcante do poluição.
processo é que seus objetivos não são sim- - Preocupação com a ergonomia do trabalho.
plesmente extrínsecos, focam na melhoria - Bom relacionamento de trabalho entre co-
da produtividade e eficiência em si. Os ob- legas e chefias, com abertura ao diálogo e
jetivos também são intrínsecos no que diz sem conflitos.
respeito ao que o trabalhador vê como fins - Segurança no trabalho no sentido de não
de autorrealização e autoengrandecimento. haver riscos de acidente no local.
- Condições de progredir no emprego (carrei-
Um trabalho de qualidade é considerado ra).
como aquele que não oferece ameaças à - Boa recompensa financeira (salário).
saúde física e mental do trabalhador, for- - Assistência social e benefícios (de serviço
nece a possibilidade material da classe tra- médico e odontológico, ambulatório e refei-
balhadora reproduzir-se em suas condições tório).
materiais (habitação alimentação, educação, - Auxíliona educação (como bolsas de estu-
saúde, etc), através de uma política de salá- dos) e na compra de material escolar e trans-
rios justa, com participação na produtivida- porte.
de, e proporciona também, um am- biente - Participação nos lucros ou resultados.
democrático no qual o trabalhador pode ex- - Treinamento.
por suas ideias e influenciar em decisões que - Ênfase no recrutamento interno.
afetam sua condição de vida na organização. - A qualidade de vida que o funcionário leva
As tendências sobre o controle da qualidade vai com ele para casa também. São as con-
total dentro nas empresas são as seguintes: dições de sobrevivência, como: moradia, ali-
mentação e escola para os filhos (podem vir
- Extinção da figura do profissional que fazia através de salários ou através de benefícios,
o controle da qualidade e transferência des- como financiamentos, auxílios, etc).
sa res- ponsabilidade para o próprio traba- - Bons maquinários e ferramentas de traba-
lhador. lho.
-Aumento de exigência quanto à qualidade, - Valorização profissional.

67
PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO nos de carreira adequados e realísticos.
DE CARREIRA
Testes psicológicos: utilizados na seleção de
O desenvolvimento de pessoas está intima- pessoal, servem para ajudar os funcionários
mente ligado com o desenvolvimento de a compreender melhor seus interesses e ha-
suas car- reiras. Carreira é uma sucessão de bilidades.
cargos ocupados por uma pessoa ao longo de
sua vida profissional. O desenvolvimento de Avaliação do desempenho: é outra fonte de
carreira é um processo formalizado que fo- informação valiosa sobre o desenvolvimento
caliza o planejamento da carreira futuras dos de carreira.
funcionários que tem potencial para ocupar
cargos mais elevados. O desenvolvimento de Projeções de promoção: são julgamentos
carreira é alcançado quando as organizações feitos pelos gerentes quanto ao avanço de
conseguem integrar o processo com outros carreira e potencial de seus subordinados.
pro- gramas de RH, como a avaliação do de- Planejamento de sucessão: foca no preparo
sempe- nho, T&D e planejamento de RH. das pessoas para preencher posições mais
com- plexas.
As principais ferramentas utilizadas pelas or-
ganizações para o desenvolvimento de car- Além dessas ferramentas, existem os se-
reiras são: guintes esquemas de orientação aos funcio-
nários:
Centros de avaliação: técnicas de seleção
de talentos humanos como as entrevistas, Aconselhamento individual de carreiras:
exercícios dirigidos e jogos de empresas uti- tem com o objetivo ajudar cada funcionários
lizados em centros de avaliação são também a enxergar as suas aspirações de carreira.
utilizados no desenvolvimento de carreiras.
Os centros de avaliação proporcionam retro- Serviços de informações aos funcionários:
ação sobre as forças e fraquezas dos candi- servem para oferecer aos funcionários infor-
datos e a compreensão de suas habilidades, mação a respeito de oportunidades internas.
ajudando-os a desen- volver objetivos e pla-

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Vantagens do planejamento de carreira
Entre os benefícios resultantes da implanta- Desenvolva o plano de negócios da sua car-
ção de um plano de carreira eficiente, devem reira: defina qual o seu negócio. Conheça
ser citados: seus clientes internos e externos. Aprimore
o seu produto para superar as expectativas
- Os funcionários com maior potencialidade dos seus clientes.
permanecem na empresa, sentindo-se atraí-
dos pela real possibilidade de ascensão pro- Amplie o seu eixos de competências essen-
fissional. ciais: Diferencie-se cultivando seu lado em-
- O nível de motivação cresce em função da preendedor.
perspectiva de progresso dentro da organi-
zação. Seja multifuncional: fuja de uma carreira li-
- As sucessões, principalmente em funções near dentro da mesma empresa.
gerenciais, acontecem sem traumas.
- As possibilidades de erros nas promoções Seja global: significa ser um cidadão do mun-
são bem menores. do sem deixar de ser atuante na comunidade
- Identificação mais transparente de profis- em que vive. Significa ser cosmopolita, culto,
sio- nais com maior talento e potencial. falar idiomas, conhecer a realidade da eco-
- A organização sabe qual estilo de profissio- nomia globalizada, navegar adequadamente
nal vai precisar nos próximos anos. em diferentes culturas e países.

A maioria das pessoas está angustiada com Trabalhe com paixão: faça as suas escolhas
relação ao seu próprio futuro profissional. profissionais com base no que gosta. Essa é a
Uma boa resposta para essa situação (viven- regra básica no manual de sobrevivência na
ciada por muitas pessoas) é aprender a rein- selva da empregabilidade atual.
ventar a própria carreira.
Invista no seu desenvolvimento contínuo:
Identifique seus desejos e habilidades: o de- promova a sua evolução de gerente eficiente
sejo e determinação constituem-se na força para empresário eficaz, por exemplo, mesmo
humana essencial para o sucesso profissio- que as suas responsabilidades continuem
nal. Pare de pensar em profissão e passe a sendo funcionais.
pensar em negócio. Ao invés de emprego,
procure clientes. Concilie sua vida profissional com sua vida
pessoal e familiar: a qualidade de seu negó-
Fuja do convencional: encoraje-se para su- cio reflete a qualidade da sua vida.
perar-se e se possível procure ajuda de um
coach de carreiras. Cuide da sua saúde física, mental e emocio-
nal: a sua capacidade produtiva está direta-
Realize seu potencial criativo: crie sua pró- mente relacionada a sua saúde integral, a
pria empresa, montes seu próprio negócio. fonte de energia vital para a competitivida-
de, longevidade e felicidade.
Crie o seu produto: transforme seus desejos,
habilidades e competências em um produto Siga a sua voz interior: siga sua intuição. Seja
de qualidade. transparente com você mesmo.

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AS NOVAS REGRAS DO EMPREGO num futuro muito próximo por duas razões:

- O emprego de todos é contingencial aos re- - O emprego está em decadência, bem como
sultados que a organização atingir. as condições que o criaram.
Os próprios acordos de trabalho também se-
- Reconhecendo a turbulência no ambiente rão temporários já que foram criados para
dos negócios, os trabalhadores precisam sa- atender às necessidades de produtividade
ber que são pessoas cujo valor para a organi- numa situação imediata, porém mutante.
zação deve ser demonstrado em cada situa-
ção sucessiva que se encontrarem. - A estabilidade no emprego passa a residir
na pessoa e não na posição na qual ele se en-
- Os trabalhadores devem agir como pessoas contra. No futuro, a estabilidade dependerá
que estão num negócio próprio, possuir sen- de três características:
timento de dono.
1. Empregabilidade: O trabalhador precisa-
- Os trabalhadores devem ser capazes de rá mostrar uma perspectiva atraente para os
des- viar seu foco rapidamente de uma tare- empregadores e essa atratividade envolverá
fa para outra, de trabalhar com pessoas com ter capacidades e atitudes que a empresa
mentalidades muito diferentes, de trabalhar achar importante naquela determinada oca-
em situações em que o grupo é a parte res- sião.
ponsável e o gerente é apenas o coordena-
dor, de trabalhar sem descrições de cargos 2. Mentalidade de fornecedor: Parar de
claras e de trabalhar em diversos proje- tos pensar como empregado e começar a pensar
ao mesmo tempo. como um fornecedor externo que foi contra-
tado para re- alizar uma tarefa específica.
- Da mesma forma que os trabalhadores pre-
ci- sarão estar prontos para passar de um 3. Elasticidade: Saber abrir mão do que está
projeto para outro dentro da mesma orga- ultrapassado e aprender de novo. De recu-
nização, tam- bém devem esperar que, mais perar-se rapidamente de decepções, de viver
frequentemente do que no passado, precisa- com elevados níveis de incerteza e de encon-
rão mudar de uma organização para outra. trar segurança interior em você e não na em-
presa.
A maioria dos empregos serão temporários

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Dirija você um negócio mais ágil e flexível, reforçando o fim do em-
Em um futuro próximo, a sociedade de orga- prego caracterizado por cargos e funções
nizações será baseada nas informações em distribuídos nas estruturas funcionais. As
tempo real e no conhecimento. Com a com- empresas estão cada vez mais competitivas
plexidade e sofisticação crescentes das ope- e enxugando despesas. Para sobreviver a es-
rações, estes dois elementos conduzirão aos ses dias, as pessoas precisam estar cada vez
requisitos básicos que deverão caracterizar o mais conscientes do valor do conhecimento
trabalho nas organizações: responsabilidade e principalmente de manterem-se atualiza-
e confiança mútuas. Embora as pessoas se- das. Ou seja, no futuro as empresas devem
jam proprietárias do principal fator de pro- atrair pessoas e as pessoas devem ser atra-
dução (o conhecimento) elas continuarão entes para as empresas.
dependendo do acesso às organizações para
sobreviver e fazer sua contribuição no mun- Assim todos os trabalhadores serão contin-
do. O novo enfoque passa a ser: o trabalho genciais. As pessoas terão que administrar
que deve ser feito naquele momento, com as suas próprias carreiras, vendendo o seu
oportunidades novas que surgirão. conhecimento e as suas habilidades. A orga-
nização trabalhará com esse novo estilo de
As pessoas não serão contratadas para um forma colaborativa para o seu próprio bem.
determinado cargo ou função, elas serão Sendo assim, as pessoas devem manter um
contratadas para desempenhar determinado plano de autodesenvolvimento, inclusive as-
trabalho condicionado a determinados re- sumindo a responsabilidade de investir em
sultados. Terminado o trabalho, apresentado seguro saúde, aposentadoria, treinamento,
os resultados e não havendo momentanea- etc. As pessoas terão que ser capazes de tra-
mente outra tarefa a ser executada...fim do balhar em equipes multidisciplinares, sem
contrato. Sem sofrimento! claras descrições de cargos. Mantendo a em-
pregabilidade das pessoas, as organizações
Após a reengenharia do negócio, várias ativi- também se tornarão atraentes para elas. São
dades de apoio tendem a ser completamen- essas as novas regras do jogo às quais as pes-
te terceirizadas em função dos custos e tran- soas devem se adaptar.
sações envolvidos. É uma forma de tornar-se

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Tendências do emprego
O mercado de trabalho modificou-se. Agora, Se a terceirização for levada a extremos, o
na revolução da informação, este mercado empresário passa a ser um administrador de
está se deslocando rapidamente do setor con- tratos e até a administração de contra-
de produtos para a economia de serviços. tos ele pode terceirizar, elegendo uma em-
Gradativamente, a indústria oferece menos presa de serviços para administrar as ativida-
emprego, embora esteja produzindo cada des contra- tadas. Isso se chama quarteirizar.
vez mais graças à modernização, tecnologia,
melhoria de processos e aumento da produ- Vantagens:
tividade das pessoas.
- Racionalização da estrutura organizacional
O aumento do consumo, proveniente da mo- e redução de níveis hierárquicos.
dernização das fábricas, funciona como ala- - Aprimoramento tecnológico e dos padrões
vanca do emprego no setor de serviços. O de qualidade e produtividade, tanto dos
jornalista Joelmir Beting afirma que quem faz itens ter- ceirizados, quando dos efetuados
o emprego do trabalhador não é o produtor, pela própria empresa.
mas o próprio trabalhador. A modernização - Processo de decisão mais ágil e flexível.
está inventando empregos novos com a mes- - Redução dos custos em infraestrutura.
ma velocidade com que elimina os antigos. - Desenvolvimento de novos produtos.
- Incentivo a criação de mercados para as mi-
As transformações estão ocorrendo com in- cros e pequenas empresas.
tensidade e exigindo novas e diferentes for- - Maior qualificação da mão-de-obra existen-
mas de emprego, como o emprego temporá- te no mercado.
rio, o trabalho em tempo parcial, o trabalho
em horários flexíveis e o home-office. Os - Aumento da competitividade.
contratos de trabalho de curtíssimo prazo, a
subcontratação, a terceirização, a parceria e
outras formas de relacionamento no traba- Desvantagens:
lho já vêm ocorrendo nos dias de hoje.
- Aumento do risco a ser administrado.
- Demissões na fase inicial de seus respecti-
NOVAS FORMAS DE TRABALHO vos custos.
- Falta de parâmetro de preço nas contrata-
Terceirização ções iniciais.
É a passagem de atividades e tarefas a ter- - Má escolha de pares de trabalho.
ceiros. A empresa concentra-se em suas ati- - Aumento da dependência de terceiros.
vidadesfim, aquela pela qual foi criada e que
justifica sua presença no mercado e repassa
a terceiros atividades-meio. Cuidados:

A terceirização pode incluir serviços de trans- - A contratante deve desenvolver atividades


porte, restaurante, limpeza, segurança, assis- e ter finalidades diversas da contratada.
tência médica, serviços jurídicos e contábeis, Independência financeira do terceiro.
entre outros. - A prestadora não deve depender economi-

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ca- mente da contratante, os clientes devem mento.
ser diversos. - Redução de gastos com aluguel, limpeza,
- A contratada não deve depender tecnica- conservação de escritórios, com vagas em
mente da tomadora de serviços, a determi- estacionamento e outros.
nação de “como fazer” gera a presunção de - Maior acesso às vagas para empregados
vínculo empregatício. de- ficientes ou que tenham dificuldades de
- As instalações do terceiro não podem ocu- loco- moção.
par espaço dentro das instalações da toma- - Tende a haver menor rotatividade de pesso-
dora. al (menor desgaste pessoal).
- A empresa tomadora não deve ser sócia da
prestadora de serviços, pois configura rela-
ção de emprego com a empresa principal. Desvantagens do trabalho em casa:

- Pode haver um isolamento das pessoas.


O trabalho Home Office - Pode haver falhas de comunicação. Algumas
O trabalho pode ser feito em casa ou em es- pessoas evitam mandar e-mails para relatar
critório próximo da residência, mas longe da fatos que consideram pouco importantes.
organização para a qual se trabalha. Outras mandam comunicações em excesso.
- Algumas pessoas são ergomaníacas e não
O trabalho em casa por pessoas com ou conseguem parar de trabalhar.
sem vínculo empregatício foi grandemente - Algumas pessoas não dispõem de local
incrementado pela moderna tecnologia da apro- priado em casa onde possam se isolar
comunicação e da informação: microcom- para efe- tuar seu trabalho.
putador, impressora, fax, modem, secretária - Atividades que se adaptam melhor ao tele-
eletrônica, correio eletrônico, telefone celu- tra- balho: vendedores, escritores, redatores
lar, identificação de chamadas, entre outros. técni- cos, arquitetos, operadores de tele-
O profissional, a partir de sua casa pode par- marketing, entre outros.
ticipar de vídeo conferências, usar serviços
bancários eletrônicos, fazer com- pras pela Jornadas Atípicas
internet e enviar mensagens para to- das as A jornada atípica mais comum é o horário
partes do mundo. O teletrabalho porém, exi- mó- vel. Nesse tipo de jornada, a empresa
ge autodisciplina, automotivação e requer fixa um horário central (por exemplo: de 10
providências para dar certo: reuniões perió- às 12 horas e 14 às 16 horas) no qual todos
di- cas, metas bem esclarecidas e responsa- têm que estar presentes e, desde que seja
bilida- des bem definidas e compreendidas. cumprida a carga horária semanal estabele-
Certos tipos de atividades, como consultoria, cida, o empregado pode escolher seu horário
engenharia, design e produção de softwares, de entrada e saída. A vantagem dessa prática
comportam, inclusive, trabalho remoto em é facilitar ao máximo a conciliação dos inte-
equipes distribuídas pelo mundo afora. resses pessoais com os da empresa. Nem to-
das as empresas têm con- dições de adotar o
Vantagens do trabalho em casa: horário móvel, as linhas de produção depen-
dem da presença de todos, ou quase todos,
- Mais tempo para o trabalho e o lazer, uma no mesmo horário.
vez que não se perde tempo com desloca-

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Jornadas Variáveis
As empresas adotam um sistema de medidas flexíveis: trabalham dia e noite, em vários turnos,
nos fins de semana quando necessário, com hora extra nos picos de demanda, modu- lam os
turnos de trabalho, dão férias coletivas, contratam trabalhadores temporários ou em re- gime
especial.

4.10 Conquistando a excelência no trabalho


Não importa qual seja a sua profissão, do professor ao médico é preciso ter excelência no
que se faz, ou seja, realizar um trabalho bem feito e que responda a todas as exigências. Há
princípios comuns que podem ser seguidos em todos os casos, e que fazem você se tornar um
profissional melhor e mais comprometido com o seu trabalho. No texto abaixo, você poderá
conferir 6 verdades sobre ter excelência o que se faz!

1. Ame o que você faz


É uma verdade universalmente conhecida que você precisa trabalhar com algo que ame, pois
apenas dessa maneira poderá se dedicar inte- gralmente à profissão que escolheu. Caso con-
trário, sempre faltará aquele toque especial ao finalizar qualquer trabalho. Pesquisas compro-
vam que muitas pessoas se sentem infelizes em seus lugares de trabalho e isso tem muito a
ver com o fato de que elas não estão fazendo o que gostam. Quem ama o que faz é mais feliz
e tem mais sucesso no que quer que faça.

2. Busque sempre melhorar


Você estuda bastante, entra na graduação e consegue um diploma para enfim poder traba- lhar
como um profissional qualificado. Hoje em dia, isso pode não ser o suficiente. Não importa o
quanto você conheça sobre a sua profissão, sempre haverá mais a aprender. O conhecimento
é ilimitado, você sempre deverá buscar outras qualificações, seja investindo em um mestrado
ou doutorado, oi em em cursos de especialização, fazendo um intercâmbio ou aprendendo
novas línguas.

3. Peça ajuda a outras pessoas


Ninguém consegue obter sucesso sozinho. Nos- sos caminhos são construídos com a ajuda de
outras pessoas, amigos, familiares, professores, etc. Quando alcançamos uma po- sição privile-
giada dentro do ambiente de tra- balho, não podemos nos esquecer das pessoas com as quais
podemos sempre contar nos momentos de incertezas: nossos chefes e colegas de trabalho.
Temos muito a aprender com eles. O conhecimento é construído por meio da cole- tividade;
não existe trabalho solitário, estamos todos nós em equipe.

4. Tenha coragem para arriscar


Em qualquer profissão, existem aqueles mo- mentos em que temos de tomar uma decisão di-
fícil e encarar as consequências da esco- lha. Assim como em nossas próprias vidas pes- soais
é preciso ter coragem para enfrentar os desafios e arriscar. Se não der certo, tenha força o su-
ficiente para se reerguer e transformar o negativo em positivo. As crises eventualmente virão,
mas só alguém destemido pode contor- nar os obstáculos e dar o exemplo a todos a sua volta.

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5. Trace objetivos a curto, médio e longo prazo
Saber que caminho seguir é indispensável para quem quer ter sucesso na vida profissional. Por
isso, trace metas a curto, médio e longo prazo e busque cumprí-las. No entanto, como tudo na
vida, os nossos objetivos podem mudar devido às experiências pelas quais passamos. Repense
as suas metas de tempos em tempos e mude a rota se achar necessário.

6. Seja uma pessoa ética e honesta


Chegar ao lugar profissionalmente desejado não é sempre uma tarefa fácil, mas pode se tor-
nar realidade por meio de uma conduta correta. O verdadeiro sucesso só pode ser obtido
com um comportamento ético, que respeite os limi- tes da empresa/organização em que se
traba- lha, buscando zelar pelo seu nome; além disso, manter uma relação saudável com os
outros co- legas de trabalho é essencial para fazer do am- biente de trabalho um lugar melhor
e conseguir a confiança de todos.

Para exercer uma atividade com excelência é preciso se comprometer e perseverar em seus
objetivos. Se você está iniciando a vida profis- sional, fique atento às dicas apresentadas nesta
apostila e busque traçar o seu próprio caminho de sucesso.

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01 Como descobrir as necessidades de um treinamento?
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02 Quem avalia o desempenho do pessoal?


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03 Fale sobre o estresse no trabalho.


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04 Quais as principais causas dos acidentes de trabalho?


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05 Cite uma vantagem do planejamento de carreira.


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Chegamos ao fim da nossa aula, e é muito bom perceber a sua evolu-
ção em sala de aula. Agora, que tal você contar um pouquinho sobre
as suas experiências nesta aula? Então vamos lá, “Diga aí!” o que você
aprendeu no dia de hoje?

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