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Curso 9000 Aula 05 v2
Curso 9000 Aula 05 v2
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 1
2 TÍTULOS DE CRÉDITO: PRINCÍPIOS GERAIS ................................................................. 2
3 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS INERENTES AOS TÍTULOS DE CRÉDITOS ........................... 3
4 PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ...................................................................... 4
4.1 LITERALIDADE ....................................................................................................... 4
4.2 CARTULARIDADE ................................................................................................... 4
4.3 AUTONOMIA .......................................................................................................... 5
5 CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ................................................................ 5
5.1 QUANTO À ESTRUTURA .......................................................................................... 6
5.2 QUANTO AO MODELO ............................................................................................. 6
5.3 QUANTO À CRIAÇÃO .............................................................................................. 7
5.4 QUANTO À CIRCULAÇÃO ......................................................................................... 7
6 ENDOSSO ................................................................................................................ 8
7 AVAL ..................................................................................................................... 12
8 PROTESTO ............................................................................................................. 15
9 DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO CIVIL SOBRE OS TÍTULOS DE CRÉDITO .............................. 16
10 LETRA DE CÂMBIO ............................................................................................... 22
11 CHEQUE .............................................................................................................. 27
12 DUPLICATAS ....................................................................................................... 33
12.1 ACEITE NAS DUPLICATAS .................................................................................. 35
12.2 COBRANÇA DA DUPLICATA................................................................................. 38
12.3 LIVRO REGISTRO DE DUPLICATAS ...................................................................... 39
13 CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO ........................................................................... 40
14 LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO .......................................................................... 47
15 CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO ........................................................................ 50
16 QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................... 53
16.1 AVAL, ENDOSSO E PROTESTO ............................................................................ 56
16.2 DUPLICATAS .................................................................................................... 67
16.3 LETRA DE CÂMBIO ............................................................................................ 73
16.4 CHEQUE........................................................................................................... 77
16.5 OUTROS TÍTULOS DE CRÉDITO .......................................................................... 84
17 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .................................................................. 89
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1 APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão?! É com um imenso prazer que estamos aqui,
no Estratégia Concursos, para ministrar mais uma aula da disciplina de
Direito Empresarial para o concurso de Auditor Fiscal da Prefeitura de
Niterói.
Prova chegando, meus amigos. Desde a publicação do edital, confesso que não
há uma noite sequer em que parei de trabalhar antes das 2h da manhã, sempre
trabalhando arduamente para fazer o melhor na preparação de vocês.
CRONOGRAMA
Aula 05. Títulos de crédito: princípios gerais, letra de câmbio, duplicata,
cheque, cédula de crédito bancário, letra e cédula de crédito imobiliário.
GABRIEL RABELO
Mas o crédito pode ser apresentado de várias maneiras, seja contratual, seja
por título, escritura.
Mas o que vem a ser o título de crédito?! O conceito, emanado por Cesare
Vivante, é o que melhor responde a pergunta. Tanto que o Código Civil
encampou sua doutrina para narrar:
- O título é um documento.
- O título é literal, isto é, os valores exigidos só podem ser aqueles ali,
expressamente firmados.
- O título é autônomo, isto é, se desvincula da relação que lhe deu origem.
Diversas são as características que podem ser atribuídas aos títulos de crédito.
Listemos algumas:
4.1 LITERALIDADE
Por este princípio, só vale no título o que estiver nele escrito. Sendo o título de
crédito um documento, somente aquilo que nele estiver circunstanciado valerá
como obrigação, sua data, valor, titular, entre outros dados.
a) literalidade.
b) autonomia.
c) abstração.
d) incorporação.
e) causalidade.
O gabarito é a letra a.
4.2 CARTULARIDADE
Ainda, no mesmo exemplo citado acima, imagine-se que o cheque não foi pago,
por insuficiência de fundos. Todavia, João perdeu o documento. Porém, astuto
que é, providenciou a fotocópia do título. Poderá promover a cobrança com a
apresentação de cópia? Não! Pois, segundo o princípio da cartularidade,
deve-se apresentar o documento para se exercer o direito.
4.3 AUTONOMIA
Não poderá X, no vencimento do título, alegar contra Z que não a paga por ser
Y seu devedor de igual ou superior soma, pois, uma vez sendo os títulos
cambiários autônomos, o possuidor de boa fé exercita um direito próprio, que
não pode ser restringido ou desconfigurado em virtude das relações existentes
entre os anteriores possuidores e o devedor. Cada obrigação que deriva do
título é autônoma em relação às demais.
O título que configura ordem de pagamento é aquele que em que existem três
pessoas: aquele que dá a ordem (sacador) ao devedor (sacado), para que o
título seja pago a alguém (tomador, beneficiário).
Modelo livre são aqueles títulos para os quais a lei não trata
pormenorizadamente de seus detalhes, deixando que alguns detalhes possam
variar, mas sempre obedecendo aos requisitos básicos para figurarem como
título de crédito (a serem vistos a seguir).
Modelo vinculado são os títulos para os quais a lei traz a forma exata de como
deve ser, tal como o cheque.
Contudo, tão logo emitida, a duplicata deixa de ter nexo com o negócio que lhe
deu origem, tornando-se independente. Essa distinção deve estar clara: não
obstante se perfaça em título de crédito causal, assim que emitida,
deixa de ter nexo com o negócio jurídico que lhe deu origem.
Os títulos não causais são aqueles que podem ser emitidos em diversas
hipóteses, tal como a nota promissória, cheque e letra de câmbio.
1) Causal (duplicata)
Criação 2) Não causal (nota promissória, cheque, letra de
câmbio
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O título nominal não à ordem é aquele que não permite o endosso, por
conter cláusula expressa “não à ordem”. Neste caso a transferência deve ser
feita através de cessão civil do crédito.
Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no
registro do emitente.
Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial.
6 ENDOSSO
Temos:
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Importante:
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do
próprio título.
Outro detalhe trazido pelo Código Civil, mas que costuma ser bem cobrado em
prova, é o seguinte:
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do
próprio título.
§ 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso,
dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples
assinatura do avalista.
- No anverso (frente): Aval (Se feito no verso deve indicar expressamente ser
aval).
- No verso: Endosso (Se feito no anverso deve indicar expressamente ser
endosso).
Art. 919. A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito
de cessão civil.
Por fim, temos de nos perguntar: pode o endosso ser parcial? Segundo o
Código Civil:
Portanto, com espeque do Código Civil, temos que o endosso parcial é nulo.
A justificativa para a proibicão do endosso parcial é no sentido de que o
endosso, em regra, transfere a cártula, e não há possibilidade de se transferir
só “meio título de crédito”.
7 AVAL 03403168700
Mas o que vem a ser o aval? Pois bem, Fábio Ulhoa Coelho o define como “ato
cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar
titulo de crédito, nas mesmas condições do devedor deste titulo
(avalizado)”. Vejamos também a explicação do Código Civil:
Veja-se, ainda, que, segundo o Código Civil, é vedado o aval parcial. Atente-
se, contudo, para o fato de que a regra que veda o aval parcial não vale para
os títulos que contenham legislação específica prevendo de forma contrária. E,
de fato, as legislações especiais dos mais diversos títulos de crédito prevêem a
possibilidade do aval parcial.
A ESAF, nos idos de 1996, questionou sobre o aval, se tido ou não como
obrigação acessória. Ora, a responsabilidade do avalista é solidária juntamente
com o avalizado. Trata-se, portanto, de obrigação principal, autônoma, no título
de crédito.
O aval, em regra, deve ser feito na frente do título (anverso) – CC, art. 898. Se
for feito no anverso, basta que o avalista assine. Se for feito no verso, contudo,
deverá ser indicado expressamente que se trata de aval, junto da assinatura. É
o que se extrai da leitura dos artigos seguintes do Código Civil:
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples
assinatura do avalista.
Aval
Assim, de acordo com o artigo 899, §2º, se um negócio jurídico praticado com
simulação é avalizado por Beltrano, não poderá ele alegar eventual nulidade no
aval, uma vez que o verdadeiro prejudicado com tal situação é o credor.
Um exemplo proposto por José Paulo Leal: Numa nota promissória, “A” é
emitente e “B” o beneficiário. No anverso há assinaturas de “C” e “D”, “E” e “F”.
Não há restrição alguma, apenas assinaturas; portanto, avais em branco.
Presume-se que todos avalizaram “A”.
Aval Fiança
Regulado pelo Direito
Regulado pelo Direito Civil
Comercial
Obrigação autônoma Obrigação acessória
Responsabilidade Solidária Responsabilidade Subsidiária
Deve estar contido no título Pode estar em instrumento
de crédito em separado
Não pode o avalista opor as
As exceções pessoais do
exceções pessoais do
afiançado podem ser alegadas
avalizado para se defender do
pelo fiador.
credor de boa-fé
Necessita de autorização do Necessita de autorização do
cônjuge, salvo no regime de cônjuge, salvo no regime de
separação absoluta separação absoluta
8 PROTESTO
Conceito de protesto
Uma vez que o título esteja pago ou haja acordo com o credor, o protesto deve
ser cancelado. Segundo o artigo 26 da Lei de Protestos, não há necessidade
de ordem judicial para cancelamento do protesto:
Pois bem. O Código Civil apenas traz NORMAS GERAIS sobre o assunto, não
tratando pormenorizadamente de qualquer deles.
Com efeito, não havendo previsão na lei que rege o título, devemos aplicar as
normas do Código Civil.
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua
validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que
lhe deu origem.
O artigo 888 determina que se faltar algum requisito legal para a validade do
documento como título de crédito, ele não anulará o negócio como um todo.
Perderá o documento tão-somente sua validade como título de crédito.
Perde o título o seu caráter cambiário, mas continua vigendo conforme o direito
civil.
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa
dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
- ASSINATURA DO EMITENTE.
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- Cláusulas de juros;
- Cláusula que proíba endosso;
- Cláusula que exclua a responsabilidade pelo pagamento ou despesas;
- Cláusula que dispense a observância de termos e formalidades prescritas;
- Cláusula que exclua, restrinja direitos ou obrigações.
Art. 49 – A pessoa que pagou uma letra pode reclamar dos seus
garantes:
1 – A soma integral que pagou;
2 – Os juros da dita soma, calculados a taxa de 6 por cento, desde a data em
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que a pagou;
3 – As despesas que tiver feito.
Essa súmula 387, vez ou outro, assola os concursos que cobram direito
empresarial.
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua
assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem,
fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos
que teria o suposto mandante ou representado.
Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para,
em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o
instrumento do mandato.
Deste modo, imagine-se que João confere a Pedro procuração para que assine
título de crédito em seu nome, no período de 01.01.2011 a 05.01.2011. De má-
fé, Pedro emite determinado título em 07.06.2011, quando a procuração já não
era mais válida, para realizar a compra de determinadas mercadorias para a
empresa. Como Pedro não tem mais poderes para proceder à emissão,
responderá pessoalmente pela emissão.
Para explicar este artigo, precisaremos conhecer um pouco sobre dois títulos de
créditos ditos impróprios, quais sejam, o conhecimento de depósito e o warrant.
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser
dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente,
os direitos ou mercadorias que representa.
Assim, no vencimento, não poderá A, por exemplo, dizer que não pagará C, por
estar o bem que comprou de B eivado de vício. Deve, em virtude do princípio
da autonomia, A proceder ao pagamento e, em seguida, exigir o ressarcimento
por parte de B.
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o
adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua
circulação.
O que este artigo quer, em síntese, dizer é que, se uma pessoa é legítima
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portadora de um título, tendo agido de boa-fé para receber os direitos que lhe
são inerentes, não poderá ter seu direito prejudicado por relações travadas
anteriormente.
Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao
legítimo portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé.
O título que configura venda a prazo pode, tão-logo vença, ser exigido. O
pagamento quando efetuado implica a extinção da obrigação que o título
carrega consigo.
E mais, uma vez efetuado o pagamento do título, pode o devedor exigir que o
credor lhe entregue o título de volta.
10 LETRA DE CÂMBIO
Fonte: http://www.segundoprotestosbc.com.br/sbc/img_up/letracambio.jpg
Suponha-se que Alberto deve uma quantia X a Carlos, e que Breno deve uma
quantia X a Alberto. Uma solução viável para Alberto é emitir uma letra de
câmbio, figurando como sacador, contra Breno (sacado), que passará a dever
a quantia perante Carlos (tomador).
Embora neste exemplo três pessoas tenham existido, pode ocorrer de na nota
promissória sacador e tomador ou beneficiário serem a mesma pessoa.
Um dos motivos que torna a letra de câmbio um título de difícil utilidade prática
é que depende ela do aceite do sacado, do devedor.
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A letra de câmbio é regulada pela Lei Uniforme de Genebra e, uma vez emitida,
não nasce de imediato a obrigação cambial, sendo necessário que o sacador a
entregue ao sacado, a fim de que a aceite. Nasce a partir daí a obrigação.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido
no lugar designado, ao lado do nome do sacador (LUG, art. 2º).
Art. 11. Toda a letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a
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Art. 12 - O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja
subordinado considera-se como não escrita.
O endosso parcial é nulo.
O endosso ao portador vale como endosso em branco.
- À vista.
- A dia certo.
- A certo termo da vista.
- A certo termo da data.
Expliquemos rapidamente.
Alberto deve 1.000 reais a Bianca que deve 1.000 reais a Clarissa. Bianca emite
uma letra de cambio, ela recebe o nome de sacador. Alberto aceita (ou nao) a
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Letra de câmbio a certo termo da data: Bianca estipula um prazo, por exemplo,
30 dias. Estes 30 dias começam a contar a partir da emissao do titulo.
Art. 67. O portador de uma letra tem o direito de tirar cópias dela.
A cópia deve reproduzir exatamente o original, com os endossos e todas as
outras menções que nela figurem. Deve mencionar onde acaba a cópia.
A cópia pode ser endossada e avalizada da mesma maneira e
produzindo os mesmos efeitos que o original.
Art. 68. A cópia deve indicar a pessoa em cuja posse se encontra o título
original. Esta é obrigada a remeter o dito título ao portador legítimo da cópia.
Se se recusar a fazê-lo, o portador só pode exercer o seu direito de ação contra
as pessoas que tenham endossado ou avalizado a cópia, depois de ter feito
constatar por um protesto que o original lhe não foi entregue a seu pedido.
Se o título original, em seguida ao último endosso feito antes de tirada a cópia,
contiver a cláusula "daqui em diante só é válido o endosso na cópia" ou
qualquer outra fórmula equivalente, é nulo qualquer endosso assinado
ulteriormente no original.
Essa questão foi abordada pelo CESPE no concurso para Juiz Substituto do TJ
SE, em 2008, do seguinte modo:
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a) Pedro pode tirar cópia da nota promissória e transferi-la por endosso, desde
que a cópia indique que o original encontra-se em sua posse.
Este item foi considerado correto pela banca. Embora remeta à nota
promissória, o tratamento legislativo também se encontra na LUG.
11 CHEQUE
Art. 3º O cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja
equiparada, sob pena de não valer como cheque.
Fonte: https://www.tcn.com.br/nastur/ajuda/chequemodelo.gif
Importantíssimo agora:
Uma vez expirado este prazo, o beneficiário do cheque tem ainda o prazo de
6 meses para promover a execução (LC, art. 59) ou tentar receber do
banco.
Continuando...
Se, após o protesto, o cheque for pago, o protesto poderá ser cancelado, a
pedido de qualquer interessado, mediante arquivamento de cópia autenticada
da quitação que contenha perfeita identificação do cheque no Cartório de
Protesto de Títulos (art. 48, § 4.º, da LC).
Olhem este item proposto no concurso para Juiz Substituto TRT 23ª, em 2008:
a ação de execução do cheque prescreve em seis meses contados da data de
sua emissão. Percebe-se que o item incidiu no exato erro que estamos
alertando.
Por fim, mesmo que prescreva a ação de locupletamento, caberá a ação por
cobrança ordinária, desde que se comprove a relação que deu causa à
emissão do cheque.
12 DUPLICATAS 03403168700
Contudo, tão logo emitida, a duplicata deixa de ter nexo com o negócio que lhe
deu origem, tornando-se independente. Essa distinção deve estar clara na
cabeça: não obstante se perfaça em título de crédito causal, assim que
emitida, deixa de ter nexo com o negócio jurídico que lhe deu origem.
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata
para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra
espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela
importância faturada ao comprador.
Percebam que a lei diz prazo não inferior a 30 dias para a emissão
obrigatória de fatura. Se o prazo for menor, torna-se facultativa a emissão.
A lei ainda prescreve que na duplicata poderão constar outras indicações, desde
que não alterem sua feição característica (LD, art. 24).
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Fonte: http://www.cosif.com.br/imgs/leisfn/dm.jpg
Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata
única, em que se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou
série de duplicatas, uma para cada prestação distinguindo-se a numeração
sequencial, pelo acréscimo de letra do alfabeto, também em seqüência (LD, art.
2º, §3º).
Falaremos agora sobre o aceite. Vimos que entre os requisitos para emissão de
uma duplicata consta a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da
obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial.
Assim, com base nesse texto legal, tem-se que o aceite é o reconhecimento da
dívida pelo sacado (comprador/recebedor dos serviços). O aceite, na
duplicata, é obrigatório (na letra de câmbio é facultativo).
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Grave-se! Aceite:
Duplicata Obrigatório
Letra de câmbio Facultativo
O assunto foi cobrado pela FCC com o seguinte teor (item incorreto):
A cobrança não necessita ser efetuada pelo banco. Pode ser feita diretamente
na via judicial.
1 – Protesto;
2 – Documentos que comprovem a entrega e recebimento da mercadoria, e
3 – Verificar se o sacado/devedor recusou o aceite pelos motivos descritos nos
arts. 7.º e 8.º da Lei das Duplicatas.
1) Falta de aceite;
2) Falta de devolução;
3) Falta de pagamento.
Duplicata – Protesto
Não se pode emitir duplicata com vencimento a certo termo de vista (a letra de
câmbio pode). Título a certo termo de vista é aquele em que o vencimento é
computado a partir da data do aceite, ou, na falta deste, do protesto.
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata
para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra
espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela
importância faturada ao comprador.
§ 1º A duplicata conterá:
III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
Art. 19. A adoção do regime de vendas de que trata o art. 2º desta Lei obriga o
vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas.
Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa
física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta
equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de
operação de crédito, de qualquer modalidade.
Portanto, vamos começar o estudo da CCB pelo seu artigo 26. A cédula é título
de crédito impróprio e suas características principais são:
Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser emitida, com ou sem garantia,
real ou fidejussória, cedularmente constituída.
Aqui dois pontos importantes. A CCB pode ser com ou sem garantia. A
garantia, se existente, é real ou fidejussória.
não poderão superar o limite de dez por cento do valor total devido;
V - quando for o caso, a modalidade de garantia da dívida, sua extensão e as
hipóteses de substituição de tal garantia;
VI - as obrigações a serem cumpridas pelo credor;
VII - a obrigação do credor de emitir extratos da conta corrente ou planilhas de
cálculo da dívida, ou de seu saldo devedor, de acordo com os critérios
estabelecidos na própria Cédula de Crédito Bancário, observado o disposto no §
2o; e
VIII - outras condições de concessão do crédito, suas garantias ou liquidação,
obrigações adicionais do emitente ou do terceiro garantidor da obrigação, desde
que não contrariem as disposições desta Lei.
Ademais, ela é dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela
indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos
extratos da conta corrente. Portanto, podemos comprovar o montante devido
numa cédula de crédito bancário:
Art. 29. § 2o A Cédula de Crédito Bancário será emitida por escrito, em tantas
vias quantas forem as partes que nela intervierem, assinadas pelo emitente e
pelo terceiro garantidor, se houver, ou por seus respectivos mandatários,
devendo cada parte receber uma via.
§ 3o Somente a via do credor será negociável, devendo constar nas demais vias
a expressão "não negociável".
Art. 32. A constituição da garantia poderá ser feita na própria Cédula de Crédito
Bancário ou em documento separado, neste caso fazendo-se, na Cédula,
menção a tal circunstância.
Art. 36. O credor poderá exigir que o bem constitutivo da garantia seja coberto
por seguro até a efetiva liquidação da obrigação garantida, em que o credor
será indicado como exclusivo beneficiário da apólice securitária e estará
autorizado a receber a indenização para liquidar ou amortizar a obrigação
garantida.
Art. 38. Nos casos previstos nos arts. 36 e 37 desta Lei, facultar-se-á ao credor
exigir a substituição da garantia, ou o seu reforço, renunciando ao direito à
percepção do valor relativo à indenização.
Art. 40. Nas operações de crédito rotativo, o limite de crédito concedido será
recomposto, automaticamente e durante o prazo de vigência da Cédula de
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Art. 41. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser protestada por indicação,
desde que o credor apresente declaração de posse da sua única via negociável,
inclusive no caso de protesto parcial.
cobrar dos endossantes e seus avalistas (art. 44). Então, o protesto servirá
para formalizar a dívida. Se, por algum motivo, o credor não tiver de posse das
vias assinadas, poderá fazê-lo por indicação, com a sua via, comprovando que
houve a operação, mas que o devedor não cooperou para a operação se
completar.
Com efeito, para que uma CCB tenha efeito, não é necessário o registro. Regra,
todavia, que não é válida para as suas garantias, as quais devem obedecer à
legislação aplicável.
Quem toma o crédito tem direito a receber juros e atualização (sendo o caso).
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Art. 12. § 1o A LCI será emitida sob a forma nominativa, podendo ser
transferível mediante endosso em preto, e conterá:
Ademais, tal qual a CCB, somente poderá ser objeto de endosso em preto.
Art. 13. A LCI poderá ser atualizada mensalmente por índice de preços, desde
que emitida com prazo mínimo de trinta e seis meses.
Portanto, a CDI pode prever ao seu comprador que será atualizada pelo índice
de preços (que deve ser o IPCA), todavia, o comum no mercado é que seja ela
atrelada à CDI (certificado de depósito interbancário). Entretanto, somente
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poderá a LCI ser vinculada ao índice de preços se tiver prazo maior ou igual a
36 meses.
Art. 14. A LCI poderá contar com garantia fidejussória adicional de instituição
financeira.
Aqui, o que se quer dizer é que a LCI pode contar com uma garantia pessoal,
de outra instituição financeira, que não seja a emitente do título. Essa é uma
garantia adicional, já que o próprio título já é garantido pelos imóveis
hipotecados ou em alienação fiduciária.
Art. 15. A LCI poderá ser garantida por um ou mais créditos imobiliários, mas a
soma do principal das LCI emitidas não poderá exceder o valor total dos
créditos imobiliários em poder da instituição emitente.
Art. 15. § 1o A LCI não poderá ter prazo de vencimento superior ao prazo de
quaisquer dos créditos imobiliários que lhe servem de lastro.
Art. 16. O endossante da LCI responderá pela veracidade do título, mas contra
ele não será admitido direito de cobrança regressiva.
Art. 18. § 1o A CCI será emitida pelo credor do crédito imobiliário e poderá ser
integral, quando representar a totalidade do crédito, ou fracionária, quando
representar parte dele, não podendo a soma das CCI fracionárias emitidas em
relação a cada crédito exceder o valor total do crédito que elas representam.
Portanto, a CCI pode ser integral ou parcial. Se for parcial, não poderá a soma
das CCI ser maior que o crédito que elas representam. Se eu preciso de um
crédito imobiliário de R$ 100.000,00, não posso ter 10 CCI de R$ 11.000,00,
pois ultrapassou o total do crédito imobiliário.
Art. 18. § 3o A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou
fidejussória, sob a forma escritural ou cartular.
Assim como a CCB e a LCI, a CCI pode ser escritural (em sistema de registro)
ou cartular (em papel).
Art. 20. A CCI é título executivo extrajudicial, exigível pelo valor apurado de
acordo com as cláusulas e condições pactuadas no contrato que lhe deu origem.
Parágrafo único. O crédito representado pela CCI será exigível mediante ação
de execução, ressalvadas as hipóteses em que a lei determine procedimento
especial, judicial ou extrajudicial para satisfação do crédito e realização da
garantia.
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16 QUESTÕES COMENTADAS
a) O cheque é sempre uma ordem de pagamento à vista e, por isso, não será
admitido o aval.
b) Ao receber um cheque para pagamento, é responsabilidade de a instituição
financeira analisar a autenticidade das assinaturas dos participantes da cadeia
cambiária, sob pena de responsabilidade civil em caso de assinatura falsa.
c) na Duplicata, a instituição financeira endossatária do título por
endosso mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se
extrapolar os poderes de mandatário.
d) O aval posterior ao vencimento não produz os mesmos efeitos do
anteriormente dado.
e) a Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento dada pelo sacador ao sacado,
para que este pague uma determinada quantia em dinheiro ao beneficiário.
Enquanto não houver o aceite do sacado, o título de crédito em questão não
terá força executiva.
Comentários:
O aval, em regra, deve ser feito na frente do título (anverso) – CC, art. 898. Se
for feito no anverso, basta que o avalista assine. Se for feito no verso, contudo,
deverá ser indicado expressamente que se trata de aval, junto da assinatura. É
o que se extrai da leitura dos artigos seguintes do Código Civil:
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples
assinatura do avalista.
Suponha-se que Alberto deve uma quantia X a Carlos, e que Breno deve uma
quantia X a Alberto. Uma solução viável para Alberto é emitir uma letra de
câmbio, figurando como sacador, contra Breno (sacado), que passará a dever
a quantia perante Carlos (tomador).
Embora neste exemplo três pessoas tenham existido, pode ocorrer de na nota
promissória sacador e tomador ou beneficiário serem a mesma pessoa.
Um dos motivos que torna a letra de câmbio um título de difícil utilidade prática
é que depende ela do aceite do sacado, do devedor.
A letra de câmbio é regulada pela Lei Uniforme de Genebra e, uma vez emitida,
não nasce de imediato a obrigação cambial, sendo necessário que o sacador a
entregue ao sacado, a fim de que a aceite. Nasce a partir daí a obrigação.
Gabarito C.
Comentários:
A cessão de crédito, conforme estudado no direito civil, pode sim ser parcial ou
total. Todavia, o endosso não pode ser parcial, segundo o Código Civil:
Gabarito B.
Comentários:
Item incorreto.
Item incorreto. Não há benefício de ordem para o avalista. Vejam o que diz o
Código Civil:
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
03403168700
Com efeito, ainda que a obrigação que eu tenha avalizado seja considerada
nula, a obrigação do avalista subsiste. Essa situação é excepcional se o vício for
de forma.
Gabarito D.
Comentários:
Portanto, com espeque do Código Civil, temos que o endosso parcial é nulo.
A justificativa para a proibicão do endosso parcial é no sentido de que o
endosso, em regra, transfere a cártula, e não há possibilidade de se transferir
só “meio título de crédito”.
O item está correto. Como dissemos, para que uma letra de câmbio tenha
origem, é necessário que uma pessoa (sacador) emita [ou saque] a letra
contra um devedor (sacado), a fim de que este pague o título de terceiro
(tomador ou beneficiário). Portanto, o saque é necessário à constituição do
crédito.
Gabarito B.
Comentários:
O Código Civil veda o aval parcial. Atente-se, contudo, para o fato de que a
regra que veda o aval parcial não vale para os títulos que contenham legislação
específica prevendo de forma contrária. E, de fato, as legislações especiais dos
mais diversos títulos de crédito preveem a possibilidade do aval parcial.
Item correto.
Art. 19. A adoção do regime de vendas de que trata o art. 2º desta Lei obriga o
vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas.
Art. 2º.§ 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.
Portanto, o gabarito foi a letra E, mas a questão deveria ter sido anulada.
Gabarito E.
Assinale:
Comentários:
A afirmação I está correta porque o aval, que serve para garantir o pagamento
do título de crédito (artigo 14 do Decreto n.° 2.044/1908; art. 30 da LUG), não
pode ser parcial, nos termos do parágrafo único do artigo 897 do Código Civil.
Lembre-se de que as legislações especiais dos mais diversos títulos de crédito
preveem a possibilidade do aval parcial.
A afirmação III está correta, pois o aceite é ato a ser praticado pelo sacado
(devedor). Artigo 21 da LUG.
Gabarito B.
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Comentários
Aval Fiança
Regulado pelo Direito
Regulado pelo Direito Civil
Comercial
Obrigação autônoma Obrigação acessória
Responsabilidade Solidária Responsabilidade Subsidiária
Deve estar contido no título Pode estar em instrumento
de crédito em separado
Não pode o avalista opor as
As exceções pessoais do
exceções pessoais do
afiançado podem ser alegadas
avalizado para se defender do
pelo fiador.
credor de boa-fé
Necessita de autorização do Necessita de autorização do
cônjuge, salvo no regime de cônjuge, salvo no regime de
separação absoluta separação absoluta
Vamos à questão?
O item está errado. O aval não tem por finalidade garantir satisfações
contraídas por contrato, mas, sim, as contraídas em títulos de crédito. A fiança
Gabarito C.
Comentários
Segundo seu artigo 1o: Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a
inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida. 03403168700
A letra e está incorreta, posto que o protesto é um ato com efeitos jurídicos
apto a comprovar a inadimplência e o descumprimento de obrigações
cambiárias. Além de servir para que o título seja cobrado do endossante e seus
avalistas.
Gabarito D.
Assinale:
Comentários
CONCEITO DE PROTESTO
Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o
descumprimento de obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida (art. 1.º da Lei 9.492/1997).
A afirmação I está correta, nos termos do artigo 1.° da Lei n.° 9.492, de 10 de
setembro de 1997 (que define competência e regulamenta os serviços
concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida).
Gabarito B.
16.2 DUPLICATAS
Comentários:
Assim, protesto por indicação é aquele que ocorre quando, por falta de aceite,
de devolução ou de pagamento, o devedor retém a duplicata. Deste modo,
trata-se do protesto - por falta de aceite, de devolução ou de pagamento - feito
03403168700
pelo sacador, quando o sacado recebe a duplicata para o aceite e a retém. Para
protestar, o sacador apresenta indicações, como documentos que provam que
a operação ocorreu. Tudo bem?
Gabarito B.
b) A cláusula não à ordem inserida no cheque impede sua circulação tanto por
endosso quanto por cessão de crédito.
c) O endosso de cheque poderá ser realizado pelo sacado ou por mandatário
deste com poderes especiais.
d) A duplicata pode ser apresentada para aceite do sacado pelo próprio sacador
ou por instituição financeira.
Comentários:
Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito antes
de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto.
Assim, a duplicata pode ser apresentada para aceite do sacado pelo próprio
sacador ou por instituição financeira.
Gabarito D.
Comentários:
Portanto, poderá circular como cessão civil de crédito. Vejam que este
posicionamento é diametralmente oposto à questão comentada na parte de
letra de câmbio propriamente dito.
Item incorreto. Se a duplicata for aceita, mas não for paga, não se faz
necessário o protesto para cobrança.
Todavia, se a duplicata não for aceita, a lei de duplicatas manda sejam tomadas
as seguintes providências.
- Protestar,
- Juntas documentos hábeis que comprovem a operação,
- Demonstrar que não foi recusado o aceite pelo sacado (devedor).
Gabarito C.
(D) A duplicata não aceita ou não devolvida pode ser protestada mediante
indicação do credor ou do apresentante do título desde que tenha sido
protestada, esteja acompanhada de documento hábil comprobatório de entrega
e recebimento da mercadoria e o sacado não tenha, comprovadamente,
recusado o aceite pelos motivos previstos na lei.
(E) Prescreve em 3 anos a pretensão de executar a duplicata contra o sacado e
respectivos avalistas.
Comentários
A letra e, por fim, está correta. O prazo para propor ação contra o sacado e
seus avalistas é de 03 anos da data do vencimento. O prazo para propor ação
contra os endossantes e seus avalistas é de 01 ano da data do protesto.
Gabarito C.
Comentários:
A nosso ver o item está correto, já que, segundo a LUG, o portador pode incluir
a cláusula não à ordem. Contudo, fazendo, a transferência terá efeito de cessão
civil de créditos.
Item correto.
Comentários:
Portanto, A (sacador) emite uma letra de câmbio para B (sacado), a fim de que
pague determinada quantia a C (tomador).
Na situação em tela, houve endosso mandato para o Banco Poxim. Mas o que é
o endosso mandato?
Fonte: http://protestoibirite.com.br/?page_id=24
O título não foi pago, de forma que foi protestado. Lembremos que o protesto é
o ato pelo qual se prova a inadimplência do devedor, tendo basicamente duas
finalidade: constituir prova pública de que o devedor atrasou o pagamento e
resguardar o direito ao crédito.
Portanto, para dar baixa no protesto, para “limpar o nome na praça”, o credor
deve apresentar o título original protestado. Contudo, não sendo possível, será
exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida,
daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por
endosso translativo (art. 26, parágrafo primeiro).
- Cancelamento por outro motivo: feito pelo tabelião, mas por determinação
judicial.
Gabarito C.
16.4 CHEQUE
(A) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de cessão de crédito, haja vista
ter sido realizado após o prazo de apresentação a pagamento.
(B) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido
realizado antes do decurso do prazo de seis meses após o término do prazo de
apresentação.
(C) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido
realizado dentro do prazo de apresentação a pagamento.
(D) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de cessão de crédito, haja vista
ter sido realizado após o prazo para o protesto por falta de pagamento.
(E) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista não ter
sido datado; portanto, presumidamente ocorreu antes da expiração do prazo de
apresentação.
Comentários
Portanto:
Gabarito E.
Comentários:
Art. 3º O cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja
equiparada, sob pena de não valer como cheque.
Portanto, o cheque não pode ser sacado contra qualquer pessoa jurídica, eis o
erro da questão.
Item correto.
Art. 38 O sacado pode exigir, ao pagar o cheque, que este lhe seja entregue
quitado pelo portador.
Gabarito B.
Comentários:
Gabarito D.
Amapá, para pagamento no mesmo local de emissão. Dez dias após o saque, o
beneficiário endossou o título para Ferreira Gomes. Este, no mesmo dia,
apresentou o cheque ao sacado para pagamento, mas houve devolução ao
apresentante por insuficiência de fundos, mediante declaração do sacado no
verso do cheque.
Comentários:
Analisemos...
Gabarito, letra a.
Item correto.
Gabarito D.
Comentários:
Gabarito C.
Comentários
O cheque é uma ordem de pagamento à vista (LC, art. 32). Nos dizeres do STJ
“A emissão de cheque pós-datado, popularmente conhecido como
cheque pré-datado, não o desnatura como título de crédito, e traz como
única consequência a ampliação do prazo de apresentação.”
Por fim, mesmo que prescreva a ação de locupletamento, caberá a ação por
cobrança ordinária, desde que se comprove a relação que deu causa à emissão
do cheque.
Gabarito D
Comentários
Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa
física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta
equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de
operação de crédito, de qualquer modalidade.
O item está incorreto, pois é título emitido por pessoa física ou jurídica.
(B) Poderá ser protestada por indicação, desde que o credor apresente
declaração de posse da sua única via negociável, inclusive no caso de
protesto parcial.
Art. 41. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser protestada por indicação,
desde que o credor apresente declaração de posse da sua única via negociável,
inclusive no caso de protesto parcial.
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O protesto é por indicação quando o credor não tem uma via do título a ser
protestado. Este é o nosso gabarito.
(C) Nela poderão ser pactuados os juros sobre a dívida, desde que não
capitalizados os critérios de sua incidência e, se for o caso, a
periodicidade de sua capitalização, bem como as despesas e os demais
encargos.
Segundo o artigo 29, § 1º, da Lei 10.931, a Cédula de Crédito Bancário será
transferível mediante endosso em preto, ao qual se aplicarão, no que
couberem, as normas do direito cambiário, caso em que o endossatário, mesmo
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(E) Poderá ser cartular ou escritural; no primeiro caso, será emitida por
escrito, em tantas vias quantas forem as partes que nela intervierem, e,
no segundo, serão aplicadas as normas referentes às ações escriturais.
Art. 43. § 3o O certificado poderá ser emitido sob a forma escritural, sendo
regido, no que for aplicável, pelo contido nos arts. 34 e 35 da Lei no 6.404, de
15 de dezembro de 1976.
Questão muito difícil. Com uma legislação tão esparsa no direito empresarial,
cobrar um item desses chega a ser covardia.
Gabarito B.
Comentários:
a) Item correto.
B) Item correto.
C) Gabarito.
Art. 28, parágrafo terceiro. O credor que, em ação judicial, cobrar o valor do
crédito exeqüendo em desacordo com o expresso na Cédula de Crédito
Bancário, fica obrigado a pagar ao devedor o dobro do cobrado a maior, que
poderá ser compensado na própria ação, sem prejuízo da responsabilidade por
perdas e danos.
D) Item correto.
Lembrando que:
Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa
física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta
equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de
operação de crédito, de qualquer modalidade.
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e) Item correto.
Art. 29, parágrafo terceiro. Somente a via do credor será negociável, devendo
constar nas demais vias a expressão "não negociável".
Gabarito C.
a) O cheque é sempre uma ordem de pagamento à vista e, por isso, não será
admitido o aval.
b) Ao receber um cheque para pagamento, é responsabilidade de a instituição
financeira analisar a autenticidade das assinaturas dos participantes da cadeia
cambiária, sob pena de responsabilidade civil em caso de assinatura falsa.
c) na Duplicata, a instituição financeira endossatária do título por
endosso mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se
extrapolar os poderes de mandatário.
d) O aval posterior ao vencimento não produz os mesmos efeitos do
anteriormente dado.
e) a Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento dada pelo sacador ao sacado,
para que este pague uma determinada quantia em dinheiro ao beneficiário.
Enquanto não houver o aceite do sacado, o título de crédito em questão não
terá força executiva.
Assinale:
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Assinale:
03403168700
(A) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de cessão de crédito, haja vista
ter sido realizado após o prazo de apresentação a pagamento.
(B) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido
realizado antes do decurso do prazo de seis meses após o término do prazo de
apresentação.
(C) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido
realizado dentro do prazo de apresentação a pagamento.
(D) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de cessão de crédito, haja vista
ter sido realizado após o prazo para o protesto por falta de pagamento.
(E) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista não ter
sido datado; portanto, presumidamente ocorreu antes da expiração do prazo de
apresentação.
fundos disponíveis.
c) A medida judicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é
a sustação ou oposição, que produz efeito apenas após o prazo de
apresentação.
d) A medida extrajudicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo
sacado é a sustação ou oposição, que está fundada em relevante razão de
direito.
QUESTÃO GABARITO
1 C
2 B
3 D
4 B
5 E
6 B
7 C
8 D
9 B
10 B
11 D
12 C
13 C
14 C
15 C
16 E
17 B
18 D
19 D
20 C
21 D
22 B
23 C
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