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Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Regulamento Institui a Politica Nacional de Residuos Sélidos; altera a Lei n& 9.605, de 12 de fevereifo de 1998; e dé outras Regulamento providencias. © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Let: TITULO! DISPOSIGOES GERAIS CAPITULO DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICAGAO Art, 12 Esta Lei institul a Polltica Nacional de Residuos Sélidos, dispondo sobre seus principios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas gestdo integrada e ao gerenciamento de residuos sdlidos, incluidos os’ perigosos, as responsabilidades dos geradores e do poder publico e aos instrumentos econémicos aplicaveis, § 12. Estdo sujeitas 4 observancia desta Lei as pessoas fisicas ou juridicas, de direito puiblico ou privado, responsaveis, direta ou indiretamente, pela geragao de residuos sélidos e as que desenvolvam agées relacionadas & gestéo integrada ou ao gerenclamento de residuos sélidos. § 22 Esta Lei nao se aplica aos rejeitos radioativos, que sao regulados por legislagao especifica, Art. 22 Aplicam-se aos residuos sélidos, além do disposto nesta Lei, nas Leis n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, as normas estabelecidas pelos drgaos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilancia Sanitaria (SNVS), do Sistema Unificado de Alencdo Sanidade Agropecuaria (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalizagao ¢ Qualidade Industrial (Sinmetro). CAPITULO I DEFINIGOES Art, 3° Para os efeitos desta Lei, entende-se por: | = acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder piiblico @ fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantagao da responsabilidade compartlhada pelo ciclo de vida do produto; Il - rea contaminada: local onde ha contaminagdo causada pela disposieo, regular ou irregular, de qualsquer substéncias ou residuos; Ill - area 6rf contaminada: érea contaminada cujos responsaveis pela disposigéio no sejam identificavels ou individualizaveis; IV = ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtengiio de matérias-primas e insumos, 0 processo produtivo, o consumo e a disposigao final; V - coleta seletiva: coleta de residuos sélidos previamente segregados conforme sua constituigéo ou composicao; VI = controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam @ sociedade informagées Participagao nos processos de formulagao, implementagao e avaliagao das politicas publicas relacionadas aos residuos slides; VII - destinagao final ambientalmente adequada: destinagao de residuos que inclui a reutilizagao, a reciclagem, a compostagem, a recuperagao © o aproveltamento energético ou outras destinacées admitidas pelos érgaos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposigao final, observando normas operacionais especificas de modo a evitar danos ou riscos satide publica e a seguranga e a minimizer os impactos ambientals adversos; VIII - disposigao final ambientalmente adequada: distribuigao ordenada de rejeitos em aterros, observando normas ‘operacionais especificas de modo a evitar danos ou riscos a saiide piblica e a seguranca e a minimizar os impactos ambientais adversos; IX - geradores de residuos sélidos: pessoas fisicas ou juridicas, de direito pUblico ou privado, que geram residuos sélides por meio de suas atividades, nelas incluldo 0 consumo; X - gerenciamento de residuos sélidos: conjunto de agdes exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinago final ambientalmente adequada dos residuos sélidos e disposi¢ao final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestao integrada de residuos sélidos ou com plano de gerenciamento de residuos sélidos, exigidos na forma desta Lei XI - gestdo integrada de residuos sélidos: conjunto de agdes voltadas para a busca de solugdes para os residuos sélidos, de forma a considerar as dimensées politica, econémica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentavel; XII - logistica reversa: instrumento de desenvolvimento econémico e social caracterizado por um conjunto de agdes, procedimentos e meios destinados a viabllizar a coleta e a restituicdo dos residuos solidos ao setor empresarial, para reaproveltamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinaco final ambientalmente adequada; XIll - padrées sustentaveis de produgo e consumo: produgéo e consumo de bens e servigos de forma a atender as necessidades das atuais geragdes e permitir melhores condigdes de vida, sem comprometer a qualidade ambiental © © atendimento das necessidades das geracées futuras; XIV - reciclagem: processo de transformacao dos residuos sélidos que envolve a alteragao de suas propriedades fisicas, fisico-quimicas ou biolégicas, com vistas transformagao em insumos ou novos produtos, observadas as condigdes e os padroes estabelecidos pelos érgaos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XV - rejeitos: residuos sélidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperagao por processos tecnolégicos disponivels e economicamente vidveis, ndo apresentem outra possibilidade que ndo a disposi¢ao final ambientalmente adequada; XVI - residues sélidos: material, substéncia, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinagao final se procede, se propoe proceder ou se esta obrigado a proceder, nos estados sélido ou semissdlido, bem como gases contidos em recipientes e liquidos cujas particularidades tornem invidvel o seu langamento na rede publica de esgotos ou em corpos d’agua, ou exijam para isso solugées técnica ou economicamente invidveis em face da melhor tecnologia disponivel; XVII - responsabilidade compartithada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuigdes individualizadas © encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos servicos pliblicos de limpeza urbana e de manejo dos residuos sdlidos, para minimizar o volume de residuos sélidos e rejeltos gerados, bem como para reduzir os impactos causados a satide humana e a qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei; XVIII - reutllizagao: processo de aproveltamento dos residues sélidos sem sua transformagao biolégica, fisica ou fisico-quimica, observadas as condigdes e os padrées estabelecidos pelos érgdos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XIX - servigo pablico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos: conjunto de atividades previstas no art. 7°da Lei n® 11,445, de 2007. TITULO I DA POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS, capitulo! DISPOSIGOES GERAIS At. 42. A Politica Nacional de Residuos Sélidos reine o conjunto de prinetpios, objetives, instrumentos, diretrzes, metas © agdes adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperago com Estados, Distrito Federal, Municipios ou particulares, com vistas gestao integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos residuos sélidos. Art. 52 A Polltica Nacional de Residuos Séiidos integra a Politica Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Politica Nacional de Educacao Ambiental, regulada pela Lein® 9.795, de 27 de abril de 1999, com a Politica Federal de Saneamento Bésico, regulada pela Lei n? 11.445, de 2007, e com a Lein® 11.107, de 6 de abrilde 2005. CAPITULO I DOS PRINCIPIOS E OBJETIVOS Art. 62 Sao principios da Politica Nacional de Residuos Sélidos: | - a prevengao e a precausao; IIo poluidor-pagador e o protetor-recebedor; Ill - a viséo sistémica, na gestao dos residuos sélidos, que considere as varidveis ambiental, social, cultural, econémica, tecnolégica e de satide publica; IV-- 0 desenvolvimento sustentavel; V - a ecoeficiéncia, mediante a compatibiizacao entre 0 formecimento, a pregos competitivos, de bens ¢ servicos qualificados que satisfagam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redugdo do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nivel, no minimo, equivalente & capacidade de sustentagao estimada do planeta; VI - a cooperagao entre as diferentes esferas do poder put sociedade; ico, 0 setor empresarial e demais segmentos da VIIa responsabilidade compartihada pelo ciclo de vida dos produtos; VIII - 0 reconhecimento do residuo sélido reutizavel e reciclavel como um bem econémico e de valor social, ‘gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; IX -0 respeito as diversidades locals e regionais; X--0 direito da so dade & informagao e ao controle social XI-a razoabilidade @ a proporcionalidade. Att. 72 So objetivos da Polttica Nacional de Residuos Sélidos: | - protegao da satide publica e da qualidade ambiental; Il - ndo geragao, redugao, reutiizagao, reciclagem e tratamento dos residuos s ambientalmente adequada dos rejeitos; fos, bem como disposicao final IIl- estimulo & adogao de padrées sustentaveis de produgao e consumo de bens e servigos; IV = adogao, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; \V- redugao do volume e da periculosidade dos residuos perigosos; VI - incentivo a indistria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materials reciclaveis e reciclados; VII- gestao integrada de residuos sélidos; Vill - articulagao entre as diferentes esferas do poder publico, ¢ destas com o setor empresarial, com vistas cooperagdo técnica e financeira para a gestao integrada de residuos sblidos; IX - capacitagao técnica continuada na area de residuos sélidos; X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalizagao da prestagdo dos servigos publicos de limpeza Urbana e de manejo de residuos sélidos, com adogo de mecanismos gerenciais e econdmicos que assegurem a recuperagao dos custos dos servigos presiados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei n® 11,445, de 2007; XI - prioridade, nas aquisigdes e contratagées governamentais, para a) produtos reciclados e recictaveis; ) bens, servigos e obras que considerem critérios compativeis com padres de consumo social e ambientalmente sustentaveis; XII - integragao dos catadores de materiais reutilizaveis © recicléveis nas agées que envolvam a responsabilidade compartihada pelo ciclo de vida dos produtos; Xill - estimulo a implementagao da avaliagdo do ciclo de vida do produto; XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestao ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveltamento dos residuos sélidos, incluidos a recuperagdo e o aproveitamento energético; XV - estimulo a rotulagem ambiental e ao consumo sustentavel CAPITULO III DOS INSTRUMENTOS Art. 82 Sao instrumentos da Politica Nacional de Residuos Sélidos, entre outros: 1-08 planos de residuos sélidos; II- 08 inventdrios e o sistema declaratério anual de residuos sélidos; IIL - a coleta seletiva, os sistemas de logistica reversa e outras ferramentas relacionadas a implementagao da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; IV - 0 incentive a criagao ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutllzaveis @ reciclaveis; V- 0 monitoramento e a fiscalizagao ambiental, sanitaria e agropecudria; VI - a cooperacao técnica e financeira entre os setores puiblico e privado para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestio, reciclagem, reutiizagao, tratamento de residuos e disposi¢ao final ambientalmente adequada de rejeitos; VII - a pesquisa cientifica e tecnolégica; Vill - a educagao ambiental; IX - 08 incentivos fiscais, financeiros © crediticios; X.- 0 Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvalvimento Cientifico e Tecnolégico; X10 Sistema Nacional de Informagées sobre a Gestdo dos Residuos Sélidos (Sinir); XII 0 Sistema Nacional de Informagdes em Saneamento Basico (Sinisa); XIll - os conseihos de meio ambiente e, no que couber, os de satide; XIV - 08 6rgaos colegiados municipais destinados ao controle social dos servigos de residuos sélidos urbanos; XV - 0 Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos; XVI- 08 acordos setoriais, XVII - no que couber, os instrumentos da Politica Nacional de Meio Ambiente, entre eles: a) 08 padrées de qualidade ambiental; b) 0 Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais; c) 0 Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, 4d) a avaliagao de impactos ambientais; @) 0 Sistema Nacional de Informagao sobre Meio Ambiente (Sinima); f)0 licenciamento e a revisao de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; XVIII - 0s termos de compromisso e os termos de ajustamento de conduta; XIX - 0 incentivo & adogdio de consércios ou de outras formas de cooperacao entre os entes federados, com vistas @ elevacao das escalas de aproveitamento e a redugao dos custos envolvidos. TITULO I DAS DIRETRIZES APLICAVEIS AOS RESIDUOS SOLIDOS CAPITULO! DISPOSIGOES PRELIMINARES Art, 92 Na gesido e gerenciamento de residuos sélides, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: no geragdo, redugao, reutlizacao, reciclagem, tratamento dos residuos sdlidos e disposi¢do final ambientalmente adequada dos rejeites. § 12 Poderdo ser utlizadas tecnologias visando & recuperagao energética dos residuos sélidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viablidade técnica e ambiental e com a implantagao de programa de monitoramento de emisséo de gases téxicos aprovado pelo érgéo ambiental § 22 A Politica Nacional de Residuos Sélidos e as Polticas de Residuos Sélidos dos Estados, do Distrito Federal © dos Municipios sero compaliveis com © disposto no caput © no § 12 deste artigo © com as demais dirtrizes eslabelecidas nesta Lei. Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municipios a gestdo integrada dos residuos sélidos gerados nos respectivos territérios, sem prejulzo das competéncias de controle e fiscalizagao dos érgaos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de residuos, consoante 0 estabelecido nesta Lei, Art. 11. Observadas as diretrizes e demais determinagdes estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento, incumbe aos Estados: | - promover a integragéio da organizagio, do planejamento e da execugao das fungées publicas de interesse comum relacionadas a gestdo dos residuos sélidos nas regides metropolitanas, aglomeragées urbanas e microrregides, nos termos da lei complementar estadual prevista no § 3° do art, 25 da Constituicdo Federal Il - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento ambiental pelo érgdo estadual do Sisnama. Paragrafo Unico, A atuagao do Estado na forma do caput deve apolar ¢ priorizar as iniciativas do Municipio de solugdes consorciadas ou compartilhadas entre 2 (dois) ou mais Municipios. Att. 12. A Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios organizaro e mantero, de forma conjunta, 0 Sistema Nacional de Informagées sobre a Gestao dos Residuos Sélidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima, Paragrafo Gnico, Incumbe aos Estados, ao Distrito Federal © aos Municipios fornecer ao érgao federal responsavel pela coordenagéo do Sinir todas as informagdes necessérias sobre os residuos sob sua esfera de competéncia, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento. Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os residuos sélidos tém a seguinte classificagao: | - quanto a origem: a) residuos domiciliares: 0s originarios de atividades domésticas em residéncias urbanas; b) residuos de limpeza urbana: os origindrios da varrigao, limpeza de logradouros e vias piblicas ¢ outros servigos de limpeza urbana; ©) residuos sélidos urbanos: os englobados nas alineas ‘a’ e “b"; d) residuos de estabelecimentos comerci 08 referidos nas alineas “b’,‘e’, "g’, "he © prestadores de servigos: os gorados nessas alividades, excetuados @) residuos dos servigos piblicos de saneamento basico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alinea “c"; #) residuos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalagdes industriais; 4g) residuos de servigos de saiide: os gerados nos servigos de saiide, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama e do SNVS; h) residuos da construgao civ os gerados nas construgdes, reformas, reparos e demoligdes de obras de construgao civil, incluidos os resultantes da preparagao e escavacdo de terrenos para obras civis; i) residuos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuérias e silviculturais, incluidos os relacionados a insumos utllizados nessas atividades; }) residuos de servigos de transportes: os originarios de portos, aeroportos, terminais alfandegarios, rodoviérios e ferroviarios © passagens de fronteira; k) residuos de mineragdo: os gerados na alividade de pesquisa, extragéo ou beneficiamento de minérios; II- quanto a periculosidade: a) residuos perigosos: aqueles que, em razao de suas caracteristicas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo Tisco a sade piblica ou a qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) residuos nao perigosos: aqueles nao enquadrados na alinea ‘a’ Pargrafo Gnico. Respeitado o disposto no art. 20, os residuos referidos na alinea “d" do inciso | do caput, se caracterizados como nao perigosos, podem, em razéo de sua natureza, composigao oul volume, ser equiparados aos residuos domiciliares pelo poder publico municipal. CAPITULO I DOS PLANOS DE RESIDUOS SOLIDOS Art. 14. So planos de res 1uos sédlidos: 1-0 Plano Nacional de Residuos Sélidos; II 0s planos estaduais de residuos sélidos; Ill - 0s planos microrregionais de residuos sélidos © os planos de residuos sélidos de regides metropolitanas ou aglomeragées urbanas; IV-68 planos intermunicipais de residuos sélidos; V-08 planos municipais de gestio integrada de residuos sélidos: VI- 0s planos de gerenciamento de residuos sélidos. Parigrafo nico. & assegurada ampla publicidade a0 contetido dos planos de residuos séides, bem como controle social em sua formulagao, implementagao e operacionaliza¢ao, observado o disposto na Lei n® 10,650, de 16 de abriLde 2003, ¢ no art, 47 da Lein® 11.445, de 2007, Segao ll Do Plano Nacional de Residuos Sélides A. 15. A Unio elaboraré, sob a coordenagio do Ministério do Meio Ambiente, o Plano Nacional de Residuos ‘Sélidos, com vigéncia por prazo indeterminado e horizonte de 20 (vinte) anos, a ser atualizado a cada 4 (quatro) anos, tendo como cantetido minimo: |-diagnéstico da situacao atval dos residuos solos; II- proposigao de cenarios,incluindo tendéncias intemacionais © macroeconémicas: Ill - metas de redugo, reutilizacao, recictagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de residuos © rejeitos encaminhados para disposi¢ao final ambientalmente adequada; IV - metas para 0 aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposicao final de residuos sélides; V-- metas para a eliminagdo e recuperacdo de lixGes, associadas a inclusdo social e @ emancipagao econdmica de catadores de materials reutilizaveis e reciclavels; VI- programas, projetos e agées para o atendimento das metas previstas; VII - normas e condicionantes técnicas para 0 acesso a recursos da Unido, para a obtengdo de seu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando destinados a agdes e programas de interesse dos residuos sélidos; Vill - medidas para incentivar e viabilizar a gestdo regionalizada dos residuos sélidos; IX - diretrizes para o planejamento © demais atividades de gestdo de residuos sblidos das regides integradas de desenvolvimento instituidas por lei complementar, bem como para as areas de especial interesse turistico; X-- normas e diretrizes para a disposigao final de rejeitos e, quando couber, de residuos; XI - meios a serem utlizados para o controle @ a fiscalizagao, no Ambito nacional, de sua implementagao & ‘operacionalizagao, assegurado o controle social Paragrafo Ginico, 0 Plano Nacional de Residuos Sélidos sera elaborado mediante processo de mobilizagao © participacao social, incluindo a realizagao de audiéncias e consultas publicas. Segao Ill Dos Planos Estaduais de Residuos Sélidos Art. 16. A claboragao de plano estadual de residuos sdlidos, nos termos previstos por esta Lei, é condi¢ao para os Estados terem acesso a recursos da Unido, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos © servicos relacionados a gestéo de residuos sélidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade, (Vigéncia) § 12 Serdo priorizados no acosso aos recursos da Uniéo referidos no caput os Estados que instituirem microrregides, consoante o § 3° do art. 25 da Constitui¢do Federal, para integrar a organizacdo, o planejamento e a execugao das ages a cargo de Municipios limites na gestdo dos residuos sdlidos. § 22 Serdo estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da Unido na forma deste artigo. § 32 Respeitada a responsabilidade dos geradores nos termos desta Lel, as microrregides instituidas conforme previsto no § 12 abrangem atividades de coleta seletiva, recuperagao e reciclagem, tratamento e destinacdo final dos Fesiduos sélidos urbanos, a gestéo de residuos de construcéo civil, de servicos de transporte, de servigos de satide, agrossilvopastoris ou outros residuos, de acordo com as peculiaridades microrregionais. Art. 17. © plano estadual de residuos s6lidos serd elaborado para vigéncia por prazo indeterminado, abrangendo todo 0 territério do Estado, com horizonte de atuagao de 20 (vinte) anos e revisdes a cada 4 (quatro) anos, € tendo como contetido minimo: I~ diagnéstico, incluida a identificagdo dos principals fluxos de residuos no Estado e seus impactos socioecondmicos e ambientais; Il- proposigao de cenarios; Ill - metas de redugo, reutlizagao, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de residuos rejeitos encaminhados para disposigao final ambientalmente adequada; IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposicao final de residuos sélidos; V-- metas para a eliminagdo e recuperagao de lixées, associadas a incluso social e & emancipago econémica de catadores de materials reutllizaveis e reciclavels; VI- programas, projetos e ages para o atendimento das metas previstas; VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos do Estado, para a obtencao de seu aval ou para (0 acesso de recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade estadual, quando destinados as ages e programas de interesse dos residuos sélidos; VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestdo consorciada ou compartilhada dos residuos sélides; IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestao de residuos sélidos de regiées metropolitanas, aglomeragées urbanas e microrregides; X - normas e diretrizes para a disposigao final de rejeitos e, quando couber, de residues, respeitadas as disposigdes estabelecidas em ambito nacional; XI - previsdo, em conformidade com os demais instrumentos de planejamento territorial, especialmente o Zoneamento ecolégico-econmico e o zoneamento costeiro, de: a) zonas favordveis para a localizagdo de unidades de tratamento de residuos sélidos ou de disposigao final de rejeitos; b) areas degradadas em razio de disposigao Inadequada de residuos sélidos ou rejeitos @ serem objeto de recuperagao ambiental; XII = meios a serem utiizados para o controle e a fiscalizagao, no 4mbito estadual, de sua implementacao e ‘operacionalizagao, assegurado o controle social § 12 Além do plano estadual de residuos sélidos, os Estados poderdo elaborar planos microrregionais de residuos sélidos, bem como planos especificos direcionados s regides metropolitanas ou as aglomeragées urbanas. § 22 Aclaboragao e a implementagao pelos Estados de planos microrregionais de residuos sélidos, ou de planos de regiées metropoliianas ou aglomeragées urbanas, em consonancia com o previsto no § 12, dar-se-8o ‘obrigatoriamente com a participagao dos Municipios envolvidos e nao excluem nem subsiituem qualquer das prorrogativas a cargo dos Municipios previstas por esta Lei § 32 Respeitada a responsabilidade dos geradores nos termos desta Lei, o plano microrregional de residuos sélidos deve atender ao previsto para o plano estadual e estabelecer solugdes integradas para a coleta seletiva, a Tecuperagao e a reciclagem, o tratamento e a destinagao final dos residuos sélidos urbanos e, consideradas as peculiaridades microrregionais, outros tipos de residuos, Segdo IV Dos Planos Municipals de Gestao Integrada de Residuos Sélidos Art, 18, A elaboracao de plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos, nos termos previstos por esta Lei, & condigao para o Distrito Federal e os Municipios terem acesso a recursos da Unido, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e servigos relacionados a limpeza urbana e ao manejo de residuos solidos, ou para serem beneficiados por incentives ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade. (Vigéncia) § 12 Serdo pririzados no acesso aos recursos da Unido referidos no caput os Municipios que | optarem por solugdes consorciadas intermunicipais para a gestdo dos residuos sélidos, incluida a elaboragao & implementagéo de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntaria nos planos microrregionais de residuos sélides referidos no § 12 do art. 16; II- implantarem a coleta seletiva com a participagao de cooperalivas ou outras formas de associago de catadores de materiais reutilzaveis e reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda. § 22 Serdo estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da Unido na forma deste artigo. Art. 19. © plano municipal de gestao integrada de residuos sélidos tem 0 seguinte contetido minimo: | - diagnéstico da situagao dos residuos sélidos gerados no respectivo territério, contendo a origem, 0 volume, a caracterizacdo dos residuos e as formas de destinacdo e disposi¢Ao final adotadas; Il identiicagao de areas favoraveis para disposi¢ao final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1° do art, 182 da Constituigo Federal e 0 zoneamento ambiental, se houver, Ill - identificago das possibilidades de implantagao de solugdes consorciadas ou compartithadas com outros Municipios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de revengao dos riscos ambientais; IV = identificagao dos residuos sélidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenclamento especifico nos termos do ar, 20 ou a sistema de logistica reversa na forma do art, 33, observadas as disposigdes desta Lei e de seu regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama e do SNVS; V - procedimentos operacionais e especificagdes minimas a serem adotados nos servicos publicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, incluida a disposi¢ao final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei n® 11,445, de 2007; VI- indicadores de desempenho operacional e ambiental dos servigos puiblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos; VII - regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de residuos sélidos de que trata 0 art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos drgdos do Sisnama e do SNVS © demais disposigées pertinentes da legistagao federal e estadual; VIll - definigao das responsabilidades quanto a sua implementagao ¢ operacionalizagéo, incluidas as etapas do plano de gerenciamento de residuos sélidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder puiblico: IX - programas e aces de capacitagao técnica voltados para sua implementacao e operacionalizaca X - programas © agdes de educagao ambiental que promovam a nao geragao, a redugdo, a reutiizagio © a reciclagem de residuos sélidos; XI = programas © agdes para a participagao dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras, formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda, se houver; XII - mecanismas para a criagéo de fontes de negécios, emprego e renda, mediante a valorizagio dos residuos sélidos; XIll - sistema de célculo dos custos da prestagao dos servigos publics de limpeza urbana © de manejo de residuos sélidos, bem como a forma de cobranga desses servigos, observada a Lei n? 11.445, de 200% XIV - metas de redugao, reutilizagao, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposigdo final ambientalmente adequada; XV - descrigéo das formas e dos limites da participagao do poder piblico local na coleta seletiva e na logistica reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras agGes relativas a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; XVI - meios a serem utilizados para 0 controle © a fiscalizagao, no Ambito local, da implementacao © operacionalizagao dos planos de gerenciamento de residuos sélidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logistica reversa previstos no art. 33; XVII - ages preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento, XVIII - identificago dos passivos ambientais relacionados aos residuos sélidos, incluindo éreas contaminadas, & respectivas medidas saneadoras; XIX - periodicidade de sua reviséo, observado prioritariamente © period de vigéncia do plano plurianual municipal. XIX + petiodicidade de sua reviséo, observado o periodo maximo de 10 (dez) anos. (Incluido pela Lei n® 14,026, de 2020) § 12 © plano municipal de gestao integrada de residuos sélidos pode estar inserido no plano de saneamento basico previsto no ari. 19 da Lei n® 11,445, de 2007, respeitado 0 contetido minimo previsto nos incisos do caput e observado o disposto no § 22, todos deste artigo. § 22 Para Municipios com menos de 20.000 (vinte mil) habitantes, 0 plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos teré contetdo simplificado, na forma do regulamento, § 32 O disposto no § 2° ndo se aplica a Municipios | -integrantes de areas de especial interesse turistico; Il - inseridos na area de influéncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de Ambito regional ou nacional; IIL - cujo terrtério abranja, total ou parcialmente, Unidades de Conservagao, § 4° Aexisténcia de plano municipal de gestdo integrada de residuos sélidos ndo exime o Municipio ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitarios e de outras infraestruturas e instalages operacionais integrantes do servigo pablico de limpeza urbana e de manejo de residuos sdlidos pelo érgao competente do Sisnama. § 52 Na definicao de responsabllidades na forma do inciso VIII do caput deste artigo, 6 vedado atribuir a0 servigo pblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélides a realizacao de etapas do gerenciamento dos residuos a que se refere 0 art. 20 em desacorde com a respectva licenga ambiental ou com normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama e, se couber, do SNVS. § 62 Além do disposto nos incisos | a XIX do caput deste artigo, o plano municipal de gestdo integrada de residuos sélidos contemplara ages especificas a serem desenvolvidas no ambito dos érgaos da administragao publica, com vistas a utiizagao racional dos recursos ambiontais, ao combate a todas as formas de desperdicio o & minimizagao da geracdo de residuos sélidos § 72 0 contetido do plano municipal de gestéo integrada de residuos sblidos sera disponiblizado para o Sint, na forma do regulamento. § 8° Ainexisténcia do plano municipal de gestio integrada de residuos sblidos néo pode ser utlizada para impedir a instalagdo ou a operago de empreendimentos ou atividades devidamente licenciados pelos érgaos competentes. § 9° Nos termos do regulamento, o Municipio que optar por solugées consorciadas intermunicipais para a gestéo dos residues sélidos, assegurado que o plano intermunicipal preencha os requisites estabelecidos nos incisos | a XIX do caput deste artigo, pode ser dispensado da elaboragao de plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos. SecdoV Do Plano de Gerenciamento de Residuos Sélidos Art, 20. Esto sujeitos a elaborago de plano de gerenciamento de residuos sélidos: | +08 geradores de residuos sélidos previstos nas alineas “e’, "f, “ge do inciso | do art. 13; I-08 estabelecimentos comerciais e de prestagao de servigos que: a) gerem residuos perigosos; b) gerem residuos que, mesmo caracterizadas como no perigosos, por sua natureza, composigéio ou volume, 1ndo sejam equiparados aos residuos domiciliares pelo poder publico municipal, IIL = as empresas de construgao ci Sisnama; i, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos érgdios do IV - 0s responsaveis pelos terminais e outras instalagdes referidas na alinea ‘|’ do inciso | do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos drgaos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; \V - 0s responséveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo érgéio competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa Paragrafo nico. Observado 0 disposto no Capitulo IV deste Titulo, serao estabelecidas por regulamento exigéncias especificas relativas ao plano de gerenciamento de residuos perigosos, Art, 21. © plano de gerenciamento de residuos sélidos tem o seguinte contetido minimo: | - descrigao do empreendimento ou atividade; Il - diagnéstico dos residuos sélidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterizagao dos residuos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados; Ill - observadas as normas estabelecidas pelos érgéios do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, 0 plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos: a) explicitagao dos responsaveis por cada etapa do gerenciamento de residuos sélidos; b) definigao dos procedimentos operacionais relativos as etapas do gerenciamento de residuos sélidos sob responsabilidade do gerador; IV - identiicagao das solugdes consorciadas ou compartithadas com outros geradores; \V - agées preventivas e corretivas a serem executadas em situagdes de gerenciamento incorreto ou acidentes; VI - metas e procedimentos relacionados a minimizagao da geracao de residuos sdlidos e, observadas as normas estabelecidas pelos 6rgaos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, a reutllizacao e reciclagem; VII - se couber, agdes relativas a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art. 31 Vill - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos residuos sélidos; IX - periodicidade de sua revisdo, observado, se couber, o prazo de vigéncia da respectiva licenga de operagao a cargo dos érgaos do Sisnama § 12 O plano de gerenciamento de residuos sélidos atenderé ao disposto no plano municipal de gestéo integrada de residuas sélidos do respectivo Municipio, sem prejuizo das normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama, do SNVS e do Suasa. § 22 A inexisténcia do plano municipal de gestéo integrada de residuos sélidos nao obsta a elaboraca implementagao ou a operacionalizagao do plano de gerenciamento de residuos sélidos. § 3° Serdo estabelecidos em regulamento: | -normas sobre a exigibilidade e 0 contetido do plano de gerenciamento de residuos sélidos relativo a atuagao de cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutiizaveis e reciclaveis; II crtérios © procedimentos simplificados para apresentagao dos planos de gerenciamento de residuos sélidos para microempresas e empresas de pequeno porte, assim consideradas as definidas nos incisos Le Il do att, 2° da Le! Gomplementar n® 123, de 14 de dezembro de 2006, desde que as atividades por elas desenvolvidas nao gerem residuos perigosos. Art, 22. Para a elaborago, implementagao, operacionalizago e monitoramento de todas as etapas do plano de gerenciamento de residuos sélidos, nelas incluido 0 controle da disposi¢ao final ambientalmente adequada dos rejeitos, sera designado responsavel técnico devidamente habilitado. Art. 23, Os responsaveis por plano de gerenciamento de residuos sélidos manteréo atualizadas e disponiveis a0 {6rgo municipal competente, ao 6rgao licenciador do Sisnama e a outras autoridades, informagées complelas sobre a implementagao e a operacionalizacao do plano sob sua responsabilidade. § 12 Para a consecugao do disposto no caput, sem prejuizo de outras exigéncias cabiveis por parte das autoridades, sera implementado sistema declaratorio com periodicidade, no minimo, anual, na forma do regulamento. § 22 As informagdes referidas no caput serdo repassadas pelos érgdos publicos ao Sinir, na forma do regulamento. Art. 24. O plano de gerenciamento de residuos sélidos é parte integrante do processo de licenciamento ambiental do empreendimento ou atividade pelo 6rgdio competente do Sisnama. § 12 Nos empreendimentos e atividades nao sujeitos a licenciamento ambiental, a aprovagao do plano de gerenciamento de residuos sélidos cabe & autoridade municipal competente. § 22 No processo de licenciamento ambiental referido no § 12 a cargo de érgao federal ou estadual do Sisnama, seré assegurada oitiva do érgdo municipal competente, em especial quanto a disposigao final ambientalmente adequada de rejeitos, CAPITULO III DAS RESPONSABILIDADES DOS GERADORES E DO PODER PUBLICO Segao! Disposigées Gerais Art, 25, © poder piiblico, 0 setor empresarial @ a coletividade sao responsaveis pola efetividade das acdes voltadas para assegurar a observancia da Politica Nacional de Residuos Sélidos e das diretrizes e demais determinagées estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento. Art. 26. 0 titular dos servigos publics de limpeza urbana e de manejo de residuos sdlidos é responsavel pela ‘organizagao e prestagao direta ou indireta desses servigos, observados o respectivo plano municipal de gestao integradia de residuos sélidos, a Lei n® 11.445, de 2007, e as disposigdes desta Lei e seu regulamento. Art, 27, As pessoas fisicas ou juridicas referidas no art. 20 so responsaveis pela implementagao ‘operacionalizagao integral do plano de gerenciamento de residuos sdlidos aprovado pelo érgéio competente na forma do art, 24, § 12 Acontratagao de servigos de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinagao final de residuos sélidos, ou de disposigao final de rejeitos, nao isenta as pessoas fisicas ou juridicas referidas no art. 20 da responsabilidade por danos que vierem a ser provacados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos residuos ou rejeitos. § 2° Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob responsabilidade do gerador que forem realizadas pelo poder ptiblico serao devidamente remuneradas pelas pessoas fisicas ou juridicas responsaveis, observado 0 disposto no § 5° do art. 19. Art, 28, © gerador de residuos sélidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos residuos com a disponibilizagéo adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolugao. Art, 29, Cabe ao poder piiblico atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo a0 meio ambiente ou a saiide publica relacionado ao gerenciamento de residuos sélidos. Paragrafo Unico, Os responsavels pelo dano ressarcirao integralmente o poder pUblico pelos gastos decorrentes das ages empreendidas na forma do caput, Segao Il Da Responsabilidade Compartilhada Art. 30. & instituida a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos servigos piiblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, consoante as alribuigdes e procedimentos previstos nesta Seco. Paragrafo Unico. Aresponsabilidade compartihada pelo ciclo de vida dos produtos tem por objetivo: | - compatibilizar interesses entre os agentes econdmicos e sociais © os processos de gestéo empresarial e mercadolégica com os de gestdo ambiental, desenvolvendo estratégias sustentaveis; Il - promover o aproveitamento de residuos sélidos, direcionando-os para a sua cadela produtiva ou para outras cadeias produtivas; IIl- reduzir a geracdo de residuos sblidos, o desperdicio de materials, a poluigdo e os danos ambientais; IV- incentivar a utilizagao de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; V - estimular 0 desenvolvimento de mercado, a produgao e 0 consumo de produtos derivados de materiais reciclados e reciclaveis; VI- propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiéncia e sustentabilidade; VII- incentivar as boas praticas de responsabilidade socioambiental, Art, 31, Sem prejuizo das obrigagées estabelecidas no plano de gerenciamento de residuos sélidos e com vistas a fortalecer a responsabilidade compartiIhada e seus objetivos, os fabricantes, importadores, distribuidores & comerciantes tém responsabilidade que abrange: | -investimento no desenvolvimento, na fabricagdo e na colocacao no mercado de produtos: a) que sejam aptos, apés 0 uso pelo consumidor, a reutllizago, @ reciclagem ou a outta forma de destinago ambientalmente adequada; ) cuja fabricagao e uso gerem a menor quantidade de residuos sélidos possivel; Il divulgago de informagées relativas as formas de evitar, reciclar e eliminar os residuos solidos associados a seus respectivos produtos; Ill - recolhimento dos produtos e dos residuos remanescentes apés 0 uso, assim como sua subsequente destinagdo final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logistica reversa na forma do art. 33; IV - compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o Municipio, participar das ages previstas no plano municipal de gestao integrada de residuos sélidos, no caso de produtos ainda nao inclusos no sistema de logistica reversa. At. 32. As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reutlizagéo ou a recictager. § 12 Cabe aos respectivos responsaveis assegurar que as embalagens sejam |-restitas em volume e peso as dimensdes requeridas & protegao do contetido © & comercializagao do produto; Il - projetadas de forma a serem reutilizadas de maneira tecnicamente vidvel © compativel com as exigéncias aplicaveis ao produto que contém; Ill -recicladas, se a reutilizagao nao for possivel. § 22 O regulamento dispora sobre os casos em que, por raz6es de ordem técnica ou econémica, nao soja vidvel a aplicagao do disposto no caput. § 32 E responsdvel pelo atendimento do disposto neste artigo todo aquele que’ | - manufatura embalagens ou fornece materials para a fabricagao de embalagens; Il - coloca em circulagao embalagens, materiais para a fabricagao de embalagens ou produtos embalados, em qualquer fase da cadeia de comércio. Art, 33. So obrigados a estruturar e implementar sistemas de logIstica reversa, mediante retorno dos pradutos apés 0 uso pelo consumidor, de forma independente do servigo piiblico de limpeza urbana e de manejo dos residuos sélides, 0s fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: _(Regulamento) | - agrotéxicos, seus residuos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, apés 0 uso, constitua residuo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de residuos perigosos previstas em Iei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; I1- pithas e baterias; IIL- pneus; IV leos lubrificantes, seus residuos e embalagens; \V- lampadas fluorescentes, de vapor de sédio e mercirio e de luz mista; VI- produtos eletrocletrénicos e seus componentes, _(Regulamento) § 12 Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre 0 poder puiblico eo setor empresarial, os sistemas previstos no caput serdo estendidos a produtos comercializados em embalagens plasticas, metilicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, 0 grau e a extensao do impacto a saiide publica e ao meio ambiente dos residuos gerados. _(Regulamento! § 22 Adefinigao dos produtos e embalagens a que se refere o § 12 considerard a viabilidade técnica e econémica da logistica reversa, bem como 0 grau ea extensao do impacto a saiide piiblica © ao meio ambiente dos residuos gerados. § 3° Sem prejuizo de exigéncias especiticas fixadas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos 4rgdos do Sisnama e do SNVS, oll em acordos setoriais e fermos de compromisso frmados entre © poder puibico e © selor empresarial,cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os incisos I, Il, V e VI ou dos produtos e embalagens a que se referem os incisos | ¢ IV do caput e 0 § 1° tomar todas as medidas necessérias para assegurar a implementagao e operacionalizago do sistema de logistica reversa sob seu encargo, consoante o estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas: | - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; |I- disponibilizar postos de entrega de residuos reutiizaveis e reciclaveis; II|-atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associagao de catadores de materiais reutlizveis © reciclaveis, nos casos de que trata 0 § 12. § 42 Os consumidores deverdo efetuar a devolugao apds 0 uso, aos comerciantes ou distrbuidores, dos produtos @ das embalagens a que se referem os incisos | VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto de logistica reversa, na forma do § 12 § 5. Os comerciantes @ distribuidores deverdo efetuar a devolugdo aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos na forma dos §§ 3° ¢ 4°. § 62 Os fabricantes e os importadores daréo destinagéo ambientalmente adequada aos produtos e as embalagens reunidos ou devolvidos, sendo 0 rejeito encaminhado para a disposico final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo 6rgio competente do Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestao integrada do residuos sélidos. § 72 Se 0 titular do servigo ptiblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logistica reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ages do poder publico serao devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. § 8° Com excegio dos consumidores, todos os partcipantes dos sistemas de logistica reversa manteréo atualizadas e disponivels a0 drgéo municipal ‘competente © a outras autoridades informacées completas sobre a realizagao das aces sob sua responsabilidade. Art. 34. Os acordos setoriais ou termos de compromisso referidos no inciso IV do caput do art. 31 @ no § 1° do art. 33 podem ter abrangéncia nacional, regional, estadual ou municipal. § 12 Os acordos setoriais e termos de compromisso firmados em ambito nacional t8m prevaléncia sobre os firmados em mbito regional ou estadual, e estes sobre os firmados em ambito municipal. (Vide Decreto n® 9.177, de 2017) § 2°. Na aplicagéo de regras concorrentes consoante 0 § 12, os acordos firmados com menor abrangéncia geogréfica podem ampliar, mas nao abrandar, as medidas de protegdo ambiental constantes nos acordos setorials ¢ termos de compromisso firmados com maior abrangéncia geogratica, (Vide Decrato n° 9,177, de 2017) Art. 36. Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal de gestdo integrada de residuos sélides e na aplicagao do art. 33, 0s consumidores sao obrigados a: | - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os residuos sélidos gerados; Il disponibilizar adequadamente os residuos sélidos reutilizaveis @ reciclaveis para coleta ou devolugao. Pargrafo Unico. O poder piblico municipal pode instituir incentives econémicos aos consumidores que participam do sistema de coleta seletiva referido no caput, na forma de lei municipal. Art, 36. No ambito da responsabilidade compartihada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos servigos Pliblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, observado, se houver, o plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos: | - adotar procedimentos para reaproveilar os residuos sélidos reutlizaveis e reciclavels oriundos dos servicos piblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos; Il- estabelecer sistema de coleta seletiva; Ill - articular com os agentes econémicos e sociais medidas para viabllizar o retorno ao ciclo produtivo dos residuos sélidos reutilizaveis e reciclaveis oriundos dos servigos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos; IV - realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso na forma do § 72 do art. 33, mediante a devida remuneracao pelo setor empresarial, \V - implantar sistema de compostagem para residuos sélidos organicos ¢ articular com os agentes econdmicos © sociais formas de utiizagao do composto produzido; VI - dar disposigao final ambientaimente adequada aos residuos e rejeitos oriundos dos servigos puiblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sblidos, § 19. Para 0 cumprimento do disposto nos incisos | a IV do caput, o titular dos servigos publics de limpeza urbana e de manejo de residuos scidos priorizara a organizagdo e ofuncionamento de cooperatvas ou de ouas formas de associagdo do catadores de materials reutlizaveis e recicléveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda, bem como sua contratagao. § 22 A contratagdo prevista no § 1° & dispensavel de licitagdo, nos termos do inciso XXVII do art, 24 da Lei n® 8.666, de 21 de junho de 1993. CAPITULO IV DOS RESIDUOS PERIGOSOS Art. 37. A instalago e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com residuos Perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades competentes se o responsavel comprovar, no minimo, capacidade técnica e econémica, além de condicées para prover os cuidados necessarios ao gerenciamento desses residuos, Art. 38. As pessoas juridicas que operam com residuos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, so obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos. § 12 0 cadastro previsto no caput sera coordenado pelo érgao federal competente do Sisnama e implantado de forma conjunta pelas autoridades federais, estaduais e municipais, § 2° Para o cadastramento, as pessoas juridicas referidas no caput necessitam contar com responsavel técnico pelo gerenciamento dos residuos perigosos, de seu proprio quadro de funcionarios ou contratado, devidamente habilitado, cujos dados serdo mantidos atvalizados no cadastro. § 32 0 cadastro a que se refere o caput é parte integrante do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e do Sistema de Informagdes previsto no art. 12. Art. 39. As pessoas juridicas referidas no art. 38 s4o obrigadas a elaborar plano de gerenciamento de residuos Perigosos e submeté-lo ao érgao competente do Sisnama e, se couber, do SNVS, observado o contetido minimo estabelecido no art. 21 e demais exigéncias previstas em regulamento ou em normas técnicas. § 12 0 plano de gerenciamento de residuos perigosos a que se refere o caput poderd estar inserido no plano de gerenciamento de residuos a que se refere 0 ar. 20 § 22 Cabe as pessoas juridicas referidas no art. 38: | - manter registro atualizado e facilmente acessivel de todos os procedimentos relacionados a implementagao e ‘operacionalizagao do plano previsto no caput; II informar anualmente ao érgao competente do Sisnama e, se couber, do SNVS, sobre a quantidade, a natureza ea destinaco temporaria ou final dos residuos sob sua responsabilidade; Ill - adotar medidas destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos residuos sob sua responsabilidade, bem como a aperfeicoar seu gerenciamento; IV = informar imediatamente aos érgaos competentes sobre a ocorréncia de acidentes ou outros sinistros relacionados aos residuos perigosos. § 3° Sempre que solicitado pelos érgaos competentes do Sisnama e do SNVS, sera assegurado acesso para inspegao das instalagdes e dos procedimentos relacionados implementagao e @ operacionalizagao do plano de gerenciamento de residuos perigosos. § 42. No caso de controle a cargo de rgéo federal ou estadual do Sisnama e do SNVS, as informagdes sobre 0 contetdo, a implementago © a operacionalizagéo do plano previsto no caput seréo repassadas ao poder puilico municipal, na forma do regulamento. ‘Art. 40. No licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com residuos perigosos, 0 ‘6rgao licenciador do Sisnama pode exigir a contratagao de seguro de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou a satide pblica, observadas as regras sobre cobertura e os limites maximos de contratago fixados em regulamento. Paragrafo tinico, © disposto no caput considerara o porte da empresa, conforme regulamento. Art. 41. Sem prejuizo das iniciativas de outras esferas governamentais, 0 Govemo Federal deve estruturar e manter instrumentos e atividades voltados para promover a descontaminagao de areas érfas, Paragrafo Unico, Se, apés descontaminagao de sitio érfao realizada com recursos do Governo Federal ou de ‘outro ente da Federagao, forem identificados os responséveis pela contaminacdo, estes ressarciréo integralmente o valor ‘empregado ao poder pubblico. CAPITULO V DOS INSTRUMENTOS ECONOMICOS Art, 42. © poder piblico podera instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, as iniciativas de: | - prevengdo e redugso da geragao de residuos sélidos no proceso produtivo; II- desenvolvimento de produtos com menores impactos a satide humana e & qualidade ambiental em seu ciclo de vida; IIL - implantagdo de infraestrutura fisica e aquisigao de equipamentos para cooperativas ou outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis @ reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda; IV - desenvolvimento de projetos de gestao dos residuos sélidos de cardter intermunicipal ou, nos termos do inciso Ido caput do art. 11, regional; V - estruturagao de sistemas de coleta seletiva e de logistica reversa; VI- descontaminagéo de areas contaminadas, incluindo as areas érfas; VII- desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas aplicdveis aos residuos sélidos; Vill - desenvolvimento de sistemas de gestao ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos residuos. Art. 43. No fomento ou na concessao de incentives crediticios destinados a atender diretrizes desta Lei, as instituigdes oficiais de crédito podem estabelecer critérios diferenciados de acesso dos beneficiérios aos créditos do Sistema Financeiro Nacional para investimentos produtivos. Art. 44. A Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, no ambito de suas competéncias, poderdo instituir ormas com o objelivo de conceder incentives fiscais, financeiros ou crediticios, respeitadas as limitagdes da Lei Complementar n® 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a |- indistrias ¢ entidades dedicadas a reutiizago, ao tratamento e a reciclagem de residuos sélidos produzidos no terrtério nacional; Il - projetos relacionados a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, prioritariamente em parceria com cooperativas ou outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda; IIl- empresas dedicadas a limpeza urbana e a atividades a ela relacionadas. Art. 45. Os consércios pablicos constituldos, nos termos da Lei n® 11.107, de 2005, com o objetivo de viabilizar a descentralizagao e a prestacdo de servicos piblicos que envolvam residuos sélidos, t&m prioridade na obtengéo dos incentivos instituldos pelo Governo Federal. At. 46. © atendimento ao disposto neste Capitulo serd efetivado em consonéncia com a Lei Complementar n° 101, de 2000 (Lei de Responsablidade Fiscal), bem como com as diretizes e objetivos do respectivo plano plurianual, as metas @ as prioridades fixadas pelas leis de diretrizes orgamentérias e no limite das disponibilidades propiciadas pelas, leis orgamentrias anvais CAPITULO VI DAS PROIBIGOES Al. 47, Sao proibidas as seguintes formas de destinacao ou disposicdo final de residuos sélidos ou rejeltos ||-langamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hidricos; II-langamento in natura a céu aberto, excetuados os residuos de mineracdo; IIl- queima a céu aberto ou em recipientes, instalagdes e equipamentos nao licenciados para essa finalidade; IV - outras formas vedadas pelo poder piblico. § 12 Quando decretada emergéncia sanitéria, a queima de residuos a céu aberto pode ser realzada, desde que autorizada e acompanhada pelos Srgdos competentes do Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Suasa § 2° Assegurada a devida impermeabilizagio, as bacias de decantago de residuos ou rejeitos industrais ou de mineragéo, devidamente licenciadas pelo érgio competente do Sisnama, nao s40 consideradas corpos hidricos para efeitos do disposto no inciso I do caput. Art. 48, Sao proibidas, nas areas de disposigao final de res{duos ou rejeitos, as seguintes atividades: | - utlizagao dos rejeitos dispostos como alimentagéo; II catagao, observado o disposto no inciso V do art. 17 IIl-ctiagdo de animais domésticos; IV - ixagaio de habitagdes temporarias ou permanentes; V - outras atividades vedadas pelo poder publico. Art, 49, proibida a importagdo de residuos sblidos perigosos e rejeitos, bem como de residuos sélidos cujas caracteristicas causem dano ao meio ambiente, a saiide piiblica e animal e a sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, retiso, reutiizagao ou recuperacao. TITULOIV DISPOSIGOES TRANSITORIAS E FINAIS Art. 50. A inexisténcia do regulamento previsto no § 3° do art. 21 ndo obsta a atuagao, nos termos desta Lei, das, cooperativas ou outras formas de associacao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis, Art, 51, Sem prejuizo da obrigagdo de, independentemente da existéncia de culpa, reparar os danos causados, a ago ou omissdo das pessoas fisicas ou juridicas que importe inobservancia aos preceitos desta Lei ou de seu regulamento sujeita os infratores as sangdes previstas em lei, em especial as fixadas na Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que “dispde sobre as sangdes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dé outras providéncias", e em seu regulamento, Art. 52. A observancia do disposto no caput do art. 23 @ no § 2° do art. 39 desta Lel é considerada obrigagao de relevante interesse ambiental para efeitos do art. 68 da Loi n® 9.605, de 1998, sem prejuizo da aplicagao de outras sanges cabiveis nas esferas penal e administativa Art, 53. O § 12 do art. 56 da Lei n® 9,605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redagao: “Art. 56 §.12 Nas mesmas penas incorre quem: |= abandona os produtos ou substancias referidos no caput ou os utliza em desacordo com as normas ambientais ou de seguranga; I~ manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dé destinagéo final a residuos perigosos de forma diversa da ‘estabelecida em lei ou regulamento. (NR) serimplantade-em-até-¢-{quatro}-anos-epés-2-date-de publicagio-destetei: Art. 54. A disposig&o final ambientalmente adequada dos rejeitos devera ser implantada até 31 de dezembro de 2020, exceto para os Municipios que até essa data tenham elaborado plano intermunicipal de residuos sélidos ou plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos e que disponham de mecanismos de cobranca que garantam sua sustentabilidade econ6mico-financeira, nos termos do art, 29 da Lei n® 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para os quals ficam definidos os seguintes prazos: (Redacdo dada pela Lei n° 14.026, de 2020) até 2 de agosto de 2021, para capitais de Estados @ Municipios integrantes de Regidio Metropolitana (RM) ou de Regiao Integrada de Desenvolvimento (Ride) de capitais; ((incluido pela Lei n® 14,026, de 2020) ~ até 2 de agosto de 2022, para Municipios com populago superior a 100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010, bem como para Municipios cuja mancha urbana da sede municipal esteja situada a menos de 20 (vinte) quilometros da fronteira com paises limitrofes; {Incluido pola Lein® 14,026, de 2020) IIl- até 2 de agosto de 2023, para Municipios com populagao entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010; ¢ (Incluido pela Lei n® 14,026, de 2020) IV - até 2 de agosto de 2024, para Municipios com populagdo inferior 2 50.000 (cinquenta mil) habitantes no Censo 2010. (lncluide pela Lei n® 14,026. de 2020) § 1° (VETADO), (Incluido pela Lei n° 14,026, de 2020) § 2° Nos casos em que a disposipao de rejeitos em aterros sanitarios for economicamentte inviavel, poderao ser adotadas outras solugées, observadas normas técnicas e operacionais estabelecidas pelo érgao competente, de modo a evitar danos ou riscos a satide piblica e a seguranga e a minimizar os impactos ambientais. (include pela Lei n® 14,026, de 2020) Art. 55. O disposto nos arts. 16 e 18 entra em vigor 2 (dois) anos apés a data de publicagao desta Lei. Art, 56. A logistica reversa relativa aos produtos de que tratam os incisos V e VI do caput do art. 33 sera implementada progressivamente segundo cronograma estabelecido em regulamento. _(Regulamento) Art. 57. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagao. Brasilia, 2 de agosto de 2010; 189° da Independéncia e 122° da Republica. LUIZ INACIO LULA DA SILVA Rafael Thomaz Favetti Guido Mantega José Gomes Temporéo Miguel Jorge Izabella Ménica Vieira Teixeira Joao Reis Santana Filho Marcio Fortes de Almeida Alexandre Rocha Santos Padilha Este texto néo substitui o publicado no DOU de 3.8.2010

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