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ess 259856 Cle RELATO DE EXPERIENCIA { educar INTERVENCOES EM SALA DE AULA: EXPERIENCIA (CLASSROOM INTERVENTION: A RESEARCH OF EXPERIENCE JM RELATO DE © Giordane Miguel Schnon* © Leticia Gabrielhi Rocha® © Catarina Caetano Soares Prestes © hudite Scherer Wenzel” Universidade Federal da Fronteia Sul (UFFS), Cet Largo, RS, Brasil "Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Cero Largo, RS, Brasil Universidade Federal da Frontera Sul (UFFS), Cero Largo, RS, Brasil Universidade Federal da Frontera Sul (UFFS), Cero Largo, RS, Brasi Recebido em 17 mai 2023 Aceito em: 04 jen. 2028 CCorrespondéncia: Giordane Miguel Schnorr (gioedaneschnoer@ gmail com) Resumo © presente relato apresenta atividades realizadas no Estgio Curricular Supervisionado: Pesquisa no Ensino de Ciéncias, de um curso de Quimica Licenciatura de uma Universidade Federal do interior do Estado do Rio Grande do Sul (RS), que foram acompanhadas pela via da Investigagdo-Formagao-Acio. A pritica foi acompanhada por meio da escrita reflexiva em Didirio de Formagio, em que foram sendo descritas as atividades e vivéneias dos licenciandos durante a realizagio das priticas e os resultados apresentados foram coustruidos por meio da analise qualitativa dessas escritas. O desenvolvimento da pritica de eusino acompanhada pela escrita, planejamento, leituras e didlogos coletivos possibilitou um movimento de reflexao, na, para e sobre a prética, qualificando assim a constituigao dos licenciandos como professores pesquisadores. O Didrio de Formagio mostrou-se wma importante ferramenta de constitnigao da pritica do professor, pois possibilitou expandir os olhares sobre a perspectiva de formagaio docente e aproximando de maneira significativa do contexto escolar. Palavras-chave: Investigagdio-Formagaio-Agao; Ensino de Quimica; Ensino de Ciénci Escrita Reflexiva; Pesquisa Abstract The present research shows activities accomplished in the Supervised Curricular Internship: Research in the Science Teaching. in the course of Chemistry graduation course in the Federal University in the countryside of the state of Rio Grande do Sul (RS) that were guided by Investigation-formation-action, For this purpose, the practice was combined by writing in a research logbook in which the activities and experiences of the undergraduates were being described during the performance of the practices and the results presented were accomplished by the qualitative analysis of these logbook. The development of the Intemship by using the writing, planning, readings and collective dialogues made possible a reflexive movement in, for and about the practice qualifying the constitution of the graduate students as research teachers. The logbook proved to be an important tool for the constitution of the teacher's practice, as it made it possible to expand the looks on the perspective of teacher training and significantly approach the school context. 024. Sehnorrs Rocha; Prestes; Wengel. Este & wn artigo de acesso aberto disribuido sob as termas da Licenga Creative Commons Atribuigdo No Comercial-Comparttha Igual (CC BF-NC- 40), que permite us, distribuigdo e ‘eprodugdo para fins ndo comercias, com a ciiagao dos autares eda fonte original esob a mesma lieenga 354 educar Keywords: Investigation-formation-action; Chemistry teaching; Science teaching; Reflexive writing: Research. Introdugio O presente relato decore de uma experiéncia do Estigio Curricular Supervisionado. Pesquisa no Ensino de Ciéneias ofertado num Curso de Quimica Liceneiatura de uma Universidade Federal da regido Sul do Pais. As aulas foram intencionalmente elaboradas de forma coletiva o que proporcionou discusses ¢ compreensdes acerca da docéncia pela via da pesquisa. Tal pratica contempla 0 que nos traz Névoa (1995, p. 27, grifos do autor), quando propde que o desenvolvimento profissional & aquele capaz de proporcionar a constituigio do profissional pela via de “..] priticas de formagao que tomem como referéncia as dimensdes colectivas que coutribuem para a emaucipagio profissional e para a consolidagdo de uma profissdo que é anténoma na produgao dos seus saberes” ‘Um dos meios de didlogos e troca de experiéneias entre professores da Educagao Baisica ¢ os licenciandos(as) se potencializa nos Estagios Curriculares Supervisionadas dos cursos de Licenciatura, mediante a insergao do futuro professor na escola e em sala de aula. Sendo que o Estégio cousiste num periodo que, apesar de aguardado pelo futuro professor, & “{.] conflituoso, imprevisivel, transformador e com intensa dimensio formativa, pois possibilita a vivéncia em sala de aula - 0 tecer de um processo de ensinar € aprender articulado as agdes constmuidas no exereicio da formagio inicial” e com isso, promover a construgio de uma identidade de professor(a) (LEITE; RADETZKE, 2017, p. 146). Essa construgio foi intensificada neste Estigio de Pesquisa, uma vez que realizamos um acompanhamento da uossa pritica de ensino pela via da escrita reflexiva em Diitio de Formagao (DF). Compreendemos o Diario de Formacéo com base em Kierepka, Bremm e Gilllich (2019) como um espago de reflexto sobre a pritica © como um instrumento potencializador de mudangas do modo de ensinar. Nesse movimento de escrita, de sistematizagao acerca da pratica se potencializa a pratica da pesquisa a qual, de acordo com Maldaner (2000, p. 243) “[...] acompantia 0 ensino. © modifica, procura estar atenta ao que acoutece com as agdes propostas no ensino, aponta caminhos de redirecionamento, produz novas ages, reformula concepsdes, produz mpturas com as percepgdes primeiras” Revista Interinstitucional Artes de Educar: Rio de Janeiro, ¥. 10, N. 1 -p. 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politieas Antirracistas IT’. DOL Inaps:(dot.org/10,12957 rie. 202476163 CI sivese educar Ao sermos instigados a desenvolver reflexdes pela via da escrita no DF ha um ressiguificar da pritica, passames a tomar consciéncia das nossas agdes, das linguagens que usamos em sala de aula, da nossa posta. Essa tomada de consciéncia revela-nos um examinar-se, ver 0 proceso formative como a trajetéria que vem a ser desvelada, que necesita das lentes adequadas para a andlise, lentes de criticidade, a partir das reflexdes (CHAVES, 2010). Ainda, Alaredio (2011, p. $5) afirma que “{...] é preciso saber como ser mais reflexivo para ser mais auténomo, responsével e critico”. Ainda, conforme Alaredo (2011, p. 54) “[..] a reflexdo sobre a ago pressupde um distanciamento da ago. Reconstruimos mentalmente a agao para tentar analisé-la retrospectivamente”, Desta forma, a reflexdo sobre a agao possibilitou rever a nossa pratica e, nesse movimento formativo, tomamos como aporte em nossa investigagdo a propria pritica que foi deserita e analisada a partir das marcas registradas em nossos dirios de formagao. Destacamos que a formagao inicial de professores a porta de entrada para a constituigio do profissional professor, que vai, ao longo de sua formagio, se coustituindo a partir das interagdes e troca de experiéncias. E, de modo especial, no Estagio de Pesquisa, fomos desafiados para um movimento reflexivo pela via da escrita em DF. Para Maldaner (2000, p. 396), “L...] a reflexao sobre a agdo e a reflexio na ago tém o potencial de tirar da rotina certos conhecimentos na ago e permitira criagao de novas solugdes na pratica [...]” Desta fonma, nossas agdes estilo voltadas para una Investigagdo-Fomagio-Agao (GULLICH, 2013) de nossa pritica e passamos a compreender a reflexio como processo formativo essencial para a prética docente; todavia, “[...] a reflexto é nm proceso que precisa ser desencadeado” (GULLICH, 2013, p. 282), dai a importaneia do processo de eserita e do planejamento, da socializagao coletiva, como bem destaca o autor acredito que a escrita reflexiva (nos diarios de bordo) ¢ o didlogo formativo (possibilitado pelos encontros), fazem/fizeram/fuao com que os professores em coustante formacao possam progredit, assumindo ¢ compreendendo mais fortemente seu papel como e atores de sta propria FormAgao (GULLICH, 2013, p. 282). Ao acompanhar as nossas priticas e ao estudar acerca da sua elaborago, num planejamento coletivo, passamos a compreender mais sobre os processos de ensinar aprender. De modo especial, destacamos que o proceso de aprendizagem ¢ na constante reconstrugio em que os alunos vio se coustituindo com o passar do tempo a partir de suas vivéncias, toca de experiéncias e, decisivamente, com a mediagao do professor. Mortimer € Vieita (2010) descrevem este processo como sendo o Letramento Cientifico, o que requer un Revista Inerinsitucional Artes de Educar Rio de Janeiro, ¥.10,.N. 1 ~ . 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politicas Antirracistas II’, DOL Inaps://dot.org/10.12957iriae.2024, 76163, 356 CI sivese educar didlogo entre a lingnagem cientifica com a cotidiana, em que a linguagem cotidiana é um complemento da cientifica para facilitar a aprendizagem, num movimento que, na perspectiva histérico-cultural com a ajuda de Maldaner (2000), compreendemos como ascendente descendente, ir do cotidiano ao cientifico © do cientifico ao cotidiano, tendo em vista qualificar a compreensao dos alunos. Nesse sentido, é relevante mencionar a importincia da linguagem no proceso de aprendizado. Segundo Mortimer € Vieira (2010, p. 303), “[...] 0 aprendizado s6 é possivel se hi engajamento nas atividades propostas, © que ocore apenas quando as atividades sto realmente significativas para a realidade dos alos”. Com este embasamento, fica claro que a linguagem pode e deve ser um instrumento utilizado para auxiliar no conhecimento por meio de troca de saberes e contextualizagdes. Tendo em vista tais compreensdes acerca do ensino e do proceso formativo, apresentamos, na sequéncia, as atividades realizadas e 0 modo de acompanhamento e anilise. Processos metodolégicos As atividades do Estigio foram desenvolvidas em uma Escola Municipal, localizada no interior do municipio de Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, com alunos do sexto (6°) ano, A escola por realizar a intervengao em tal escola decorre da parceria da Universidade em outras atividades, como, por exemplo, no Programa de Bolsa de Iniciagdo @ Docéncia (PIBID), no Programa Residéncia Pedagégica (PRP) e junto ao Programa de Educacao Tutorial (PETCiéneias). Tais Programas visam 4 iniciagto 4 docéncia dos licenciandos, promovendo a insergao nos ambientes eseolares e a escola tem sido sempre pareeira e muito colaborativa nessas agdes. Com isso, 0 campo de Estigio Curricular Supervisionado também é favorecido. As agdes do Estigio foram elaboradas de forma conjunta com professora da escola, professora da Universidade e trés licenciandos a partir da temética central Alimentagao. Tal escolha esteve relacionada com o trabalho do Eixo Integrador que perpassa o Currieulo do nosso Curso de Formagio e que visa a um movimento integrative dos Componentes Curriculares da fase, de acordo com 0 Projeto Pedagégico do Curso (PPC), LJ a organizagto curricular do Curso leva em. consideragao eixos tematicos megradores que perpassam os componentes curriculares comms [..]. Sob essa perspectiva propdese um novo dinamismo ao trabalho dos professores, potencializando o perfil dos egressos dos cursos (Universidade Federal da Fronteira Sul, 2018, p. 34). Revista Interinstitucional Artes de Educar: Rio de Janeiro, ¥. 10, N. 1 -p. 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politieas Antirracistas IT’. DOL Inaps:(dot.org/10,12957 rie. 202476163 357 educar No Ambito da tematica Alimentagio, considerando a realidade e o perfil dos alunos, contemplamos a temitica do leite, com atengdo para os conceitos de substincia, mistura e alimentacio saudavel. Essa escolha se justifica tanto pelo consumo de leite, que é feito desde © nascimento, quanto pela regido ser uma grande produtora de leite, tanto que a maioria dos alunos sao fillhos de agricultores. Assim, 0 planejamento que foi organizado teve esse olhar em especial, para, a partir do conhecimento dos ahmos, construir com eles os conhecimentos cientificos, de forma a proporcionar um novo olhar perante ao leite e a vivéncia deles com o cotidiano. Sabendo que nao hé receita pronta para dar uma aula, mas que, como nos ensina Chaves (2010), cada professor tem a sua receita e elaboramos nossas aulas com olhares atentos para 0 aprendizado. © objetivo principal consistiu em possibilitar aos alunos, 0 reconhecimento das propriedades quimicas ¢ fisicas do leite a partir do conhecimento da Ciéncia, compreendendo-o como uma mistura de substancias, que tém seus valores autricionais e é parte vital da dieta de milhdes de pessoas. Para tanto, organizamos juntamente com o professor da escola e © professor da Universidade a nossa intervengdo em trés_aulas, nas quais perpassaram os instrumentos culturais do fazer pesquisa, como o questionamento, a escrita, a leitura e o didlogo em sala de aula, como proposto por Moraes, Galiazzi e Ramos (2002). ‘a primeira aula procuramos investigar os couhecimentos dos alos acerca da importancia do leite para os seres humanos e, quanto a sua compreensio dos conceitos de mistura e substancia, Para isso, realizamos inicialmente algumas perguntas: voeés tomam leite? Sabem a sua importincia? E a sta composigtio? Em termos de classificagao, ele é uma mistura ou uma substincia? A escolha pelas perguntas, por iniciar com questionamentos esteve ancorada na compreensio de Moraes, Galiazzi e Ramos (2002, p.10) de que “a pesquisa em sala de aula é uma das maneiras de envolver os sujeitos, alunos e professores, num processo de questionamento de verdades implicitas nas formagdes discursivas, propiciando, a partir dai, a construgao de argumentos que levem a novas verdades” Na sequéncia da aula, tendo em vista qualificar a construgdo de argumentos, explicamos algumas questées relacionadas ao conhecimento cientifico, abrangendo a composigao quimica do leite, para definirmos coletivamente a classificagao do leite como substincia ou mistura, Para isso, aualisamos juntamente com os alunos a leitura de rétulos de diferentes tipos de leite (integral, desnatado...) Revista Inerinsitucional Artes de Educar Rio de Janeiro, ¥.10,.N. 1 ~ . 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politicas Antirracistas II’, DOL Inaps://dot.org/10.12957iriae.2024, 76163, 358 educar ‘Na segunda aula, trouxemos para o didlogo o elemento quimico Célcio, tendo em vista a quantidade presente no leite e a sua importineia para os nossos ossos, dentes, sistema nervoso, ete., olhando também para as demais substancias como a caseina, trazendo, neste sentido as proteinas que constituem a alimentagao saudavel, que estio presente no leite, com énfase maior nos conceitos de mistura e substincia e, entio, retomamos a uma questo da aula anterior: O leite ¢ uma mistura ou uma substéncia? Ainda, nesta aula, visando qualificar as compreensdes, realizamos um experimento que consistiu na extragio da caseina do leite, E solicitamos, como tarefa de casa, que os alimos realizassem uma esctita do experimento, sobre o que eles observaram e a compreensio, analisando como eles empregavam os termos substincia e mistura A escolha pela pritica da escrita esteve ancorada em Mattos e Wenzel (2013. p. 2), que afirmam ser: Necessério ampliar e difundir 0 uso qualificado e coerente da linguagem especifica fdas Ciencias, em especial, a nossa atengao volta-se para o uso da Linguagem Quimica (LQ) no Ensino Fundamental (EF). Partimos da hipétese de que pela apropriagio -e significagao conceitual de termos especificos da Quimica os estudantes consigam explicar um fendmeno de maneira consciente. Pois, eles em sen dia a dia apenas percebem diferentes feromenos, como a evaparasao, a dissolucao, ‘mas somente serdo capazes de explicd-los de maneira coerente ua medida em que se apropriam dos conhecimentos quimicos. ‘Na terceira aula utilizamos a pratica da leitura do capitulo Leite e Calcio, do livro Uma ‘Maga por Dia, que é um Texto de Divulgagao Cientifica (TDC). A escola deste tipo de texto se deu por sua importincia para o entendimento dos alunos. Wenzel e Colpo (2018, p. 141-142), ao socializarem uma pritica de uso do TDC em sala de aula, indicam que “[...] 0 uso da leitra de TDC em sala de aula possibilitou aos estudantes uma relagao entre conhecimento cientifico, cotidiano e de aspectos histéricos relacionados”. Além de apresentar uma linguagem que facilite 0 entendimento dos conceitos, pois 0 TDC relaciona 0 vocabulério cientifico com fatos do cotidiano. Como estratégia, escolhemos realizar a leitura coletiva em sala de aula do capitulo e, na medida em que a leitura era empreendida, realizamos um diflogo relacionando alguns aspectos com as aulas anteriores. Em segnida, abordamos a questio da alimentagio saudavel relacionando a temitica com a pirimide alimentar, explicando cada divisdo e os alimentos mais benéficos para a satide, Fizemos uso do modelo da pirdmide alimentar indicada no trabalho de Pinto (2022 4 qual, teve como modelo a piramide proposta por Philippi et al (1999), sendo que ela apresenta quatro niveis, no primeiro nivel, esto indicadas os cereais, Revista Inerinsitucional Artes de Educar Rio de Janeiro, ¥.10,.N. 1 ~ . 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politicas Antirracistas II’, DOL Inaps://dot.org/10.12957iriae.2024, 76163, 359 CI sivese educar pies, tubérculos ¢ raizes, que so fontes de carboidrato; no segundo nivel, as frutas e hortaligas, fontes de vitaminas e fibras; uo terceizo grupo, os produtos lécteos, cammes e ovos, que so fontes de proteina, sendo que foi neste nivel o diilogo estabelecido em aula, e por ‘iltimo, o quarto nivel, no qual estdo representados as gorchras, dleos, agticares e doces. Ainda, desenvolvemos uma dinémica em que, por meio do desenho da piramide, os alunos elaboraram a sua propria pirimide alimentar, indicando os alimentos que consomem no dia a dia, A dinamica com a pirimide alimentar esteve relacionada com a alimentagaio saudavel, que por sua vez tem papel importante neste periodo de fonmagaio dos alunos, fazendo com que entendam sobre as proteinas, vitaminas, carboidratos e outros grupos alimentares que so necessérios para uma dieta balanceada e saudavel. Toda a pritica foi acompanhada pela escrita reflexiva em Diario de Formagao, em que cada um dos licenciandos empreendeu escritas reflexivas no seu Diario. Os Diarios foram objeto de andlise numa perspectiva qualitativa de formagao e de pesquisa da propria pratica tendo como referencial a Investigagdo-Formagao-Agdo (IFA) com indicios de algumas mareas que seguem descritas nos resultados, num movimento de praxis. ATFA, de acordo com Giillich (2013, p. 289), [1 implica tanto @ intervengio controlada como pensamento pratico dentro da spiral autorreflexiva, que se coloca como um programa de intervengio ativa, conduzido por individuos comprometidos nao sé em entendcrem o mundo como em modificé-lo, pela via da reflexao pritica e critica. Nesse sentido, os professores em formagao passam de micros participantes passivos de cursos ¢ capacitagdes para pesquisadores ativos de suas priticas em contexto, Essa concretucle, pela via coletiva, se dé em rede, numa malha social que é tecica pelo exame reflexivo das ages educacionais. Compreendemos que a IFA é uma via de andlise das nossas ages, sobre © para a pritica como forma metodolégica que empregamos. Com isso, reafirmamos 0 proceso da investigagdo como essencial para a formagao de professores Resultados e discussdes: um olhar critico sobre a formagao docente © Diario de Formagao nos auxiliou para compreendermos melhor a agio docente, prineipalmente por estarmos em formagao inicial e necessitarmos olhar o ambiente escolar no mais como alunos, mas como professores. A formagdo inicial, por meio dos cursos de formagio de professores, € wn local importante para o desenvolvimento do profissional. Zanon (2003, p. 35) nos ensina que a licenciatura é “um espago de promogio de aprendizagens da cultura profissional docente, histérica e socialmente produzidas”. E, ainda Revista Inerinsitucional Artes de Educar Rio de Janeiro, ¥.10,.N. 1 ~ . 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politicas Antirracistas II’, DOL Inaps://dot.org/10.12957iriae.2024, 76163, 360 CI sivese educar ‘um lugar social onde os sujcitos cm formagao, através de interacdes estabelecidas com outros sujeitos, constituem saberes necessitios a0 exercicio profissional, saberes historicos nao fossilizaveis que, suscetiveis de permanentes (re)elaboragoes, coustituem os sujeitos em seus pracessos de permanente (re)construgao social. Umi ugar social onde so constituidos, em fase inicial, saberes docentes-profissionais ‘que vio fazer parte © vio acompankar a vida profissional, ajudando a demarcar a historia individual da formagio e da vida do sujeito cultural professor (ZANON, 2003, p. 35-36) A esctita do Didrio de Formagao auxiliou-nos a revisitar a nossa pratica, a olharmos para a nossa desenvoltura e, assim, fomos nos constitttindo professores pesquisadores uma vez que, para Maldaner (2000), 0 professor pesquisador 6 aquele capaz de refleti a respeito de sua pritica de forma critica, de ver a sua realidade de sala de aula para além do conhecimento na agao e de responder, reflesivamente, aos problemas do dia a dia nas aulas. E o professor que explicita suas teorias tacitas, reflete sobre elas e permite que os alunos expressem 0 set proprio pensamento e estabelegam um didlogo reflexivo reeiproco para que, dessa forma, 0 conhecimento ea cultura possam ser criados e reeriados junto a cada individuo (MALDANER. 2000, p. 30) Assim, ressaltamos que a experiéneia do Estagio de Pesquisa proporcionou momentos de investigagdo da propria pritica, de maneira a possibilitar um reconstituir da pritica docente © 0 emergir de novas compreensdes acerea da pratica. De modo especial, a temétiea Alimentagao, que foi objeto de ensino no desenvolvimento das aulas, sempre esti presente em nosso dia a dia, e pensar em dialogar em sala de aula sobre essa temitica € muito importante para qualificar cientificamente os alunos das questdes relacionadas a sua vida. Tratar a alimentagao pelo viés da alimentagao saudavel se mostrou muito relevante frente aos desafios da conscientizagio, uma vez que, como & colocado por Kaminski, Silva ¢ Boscarioli (2018, p. 596), a Sustentabilidade e a Alimentagao Saudiivel “contribuem para a conscientizagaio dos jovens sobre as consequéncias das suas atitudes em relago ao meio ambiente e a saiide para o presente e para o futuro”. Com isso levamos para a sala de aula as questdes relacionadas 4 alimentagao saudavel, apesar de sabermos das dificuldades em seusibilizar os estudantes, como aponta Bremm (2019, p. 98) a partir de suas atividades desenvolvidas, que “[...] € muito dificil sensibilizar ‘um alnno, por isso é importante que as atividades sobre a educagao alimentar se repitam a0 longo dos anos letivos.” Portanto, tivemos a intencionalidade de relacionar a alimentagdo saudavel com o cotidiauo dos alunos, como esta descrito no Diario de Formagao da licencianda 1, Revista Interinstitucional Artes de Educar: Rio de Janeiro, ¥. 10, N. 1 -p. 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politieas Antirracistas IT’. DOL Inaps:(dot.org/10,12957 rie. 202476163 361 CI sivese educar Abordamos também nesse segundo encontro a pirdmide alimentar onde mostranos para eles a divisao da piramide, onde estavam localizados os alimentos sauelaveis & beneficos e como eles agregam na nossa sate, ot nao. A partir disso pedimos que cles elaborassem a sua propria pirimide com os alimentos que eles proprios mais coustumiam ¢ fomos auxiliando para que os alimentos estivesses no local certo da piramide, alimentos energéticos, extras e efc., mais para que eles conseguissem associat a alimentagao saudavel ¢ os seus beneficios, com o seu dia a dia” (Diario de Fommaco, 2022, p. 03). Ao trabalharmos com os conceitos de mistura e substancia percebemos as dificuldades dos alunos em relacioné-los com o cotidiano. Realizamos a utilizagao dos termos em sala de aula e questionamos os alunos sobre a sua compreenséo acerca do leite afim de aproximar com 0s couceitos. Para a pergunta “o que tem dentro do leite?”, os alunos ficaram mais calados. pensaram bastante, alguns se arriseavam, com respostas como gordura, indicada por eles como sendo a nara (um derivado muito consumido na regio). Mas percebemos que eles no tinham esse olhar para o leite, como algo constituido de varias substincias. O leite é algo do cotidiano dos alunos, importante que eles conhegam mais sobre a sua constituigao. Neste sentido, avaugamos para as perguntas sobre: “O que é uma substincia?”, “O que 6 uma mistura?”. Ao longo das aulas percebemos que os alunos nao conseguiam associar tais conceitos com o leite, como é colocado no Diario de Formagao de um dos licenciandos: ‘Um momento chamou-me muito a tengo, quando 0 aluno falou “como foros do leite parar em substincias e misturas’. Foi nunito importante esta frase, pois pude perceber que ele ainda nao tinha esta abstragao e essa interligagao do abstrato para 0 cotidiano. Certamente nao era o tnico!” (Ditirio de Formacao, 2022, p 48). Essa sitagao nos remete para 0 que nos ensinam Wenzel e Maldaner (2014, p. 315) de que “fazer uso ou apropriar-se das palavras é um passo inicial que antecede a formagio do pensamento conceitual. Este somente é possivel pela evolugao do significado do conceito, ‘mum processo que implica a realizagao de diferentes relagdes conceituais”. Ou seja, ¢ preciso retomar a palavra em diferentes situagdes em sala de aula, buscando diferentes estratégias de ensino. E foi nessa diregio, que realizamos um experimento a fim de auxiliar na compreensio dos alunos. Partimos do entendimento de que. a8 atividades priticas sto essenciais ao ensino, precisamente, por fivorecerem interagdes entre sujeitos, em que eles estabelecem relagdes entre conceitos, produzindo sentidos aos mesmos e, assim, significando-os, mediante processos de recontextualizacao dos conhecimentos cientificas em sala de aula (ZANON: UHMANN, 2012 p. 2). Revista Interinstitucional Artes de Educar: Rio de Janeiro, ¥. 10, N. 1 -p. 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politieas Antirracistas IT’. DOL Inaps:(dot.org/10,12957 rie. 202476163 362 CI sivese educar Destarte, a experimentagdo nfo se limita a sala de aula, mas mum movimento de relagdes entre sala de aula e espago fora da escola, Fazendo estas relagdes com 0 cotidiano ea atividade de experimentagdo, torna-se mais significativa e valorosa para os alunos. “[...] as aulas com atividades priticas sdo sempre exigentes da finalidade de (te)significar ¢ inter-relacionar conhecimentos sobre os temas em estudo, tanto antes quanto durante e apés a aula, num constante ir e vir em contexto inter e extraescolar (ZANON: UHMANN, 2012, p. © experimento com a extragio da caseina do leite pode proporcionar maior visibilidade dos almos para a constituigao do leite. A partir de um modelo e com perguntas dirigidas, pedimos que os alunos realizassem a construgao de um relatério da aula prética Por meio da devolutiva dos alunos, analisamos as escritas, apenas uma aluna utilizou os termos substincia ou mistura em sua escrita, Em geral, as escritas foram deseritivas e com uso de poueas palavras, sendo que nao desenvolveram de forma argumentativa a sua escrita, © que para o 6° ano era algo esperado, pois esto iniciando 0 proceso de abstagao. Todavia, pensar somente neste sentido de avaliagao seria uma visio muito simplista No decorrer das aulas, nos mantivemos atentos aos didlogos proporeionados, considerando as construgdes que se davam do inicio ao fim da aula, Foi possivel indiciar que os alunos ampliaram a sua compreensio do que é substincia e mistura, e suas diferengas, com isso, também, sobre © leite, de modo especial, acerca da sua coustituigao. Ao pensarmos a linguagem como constituinte do ser, é ela que desempenha papel fimdamental no desenvolvimento educacional. Mattos ¢ Wenzel (2013, p. 2) afirmam que “a linguagem é concebida como um movimento nao apenas e exclusivamente como afirmagio do que esta dito, como uma verdade incontestivel, mas como potencializadora de novas e mais amplas significagies © acompanhamento das aulas uos mostrou que alguns alunos nao interagem tanto ua sala de anla, se mantém mais em siléncio, como é colocado no Diirio de Formagao do liceneiando 2 Questionei bastante, tentei fazer com que eles trouxessem seus conhecimentos do dia a dia e a partir deles conhecer cientificamente. Fiquei muito feliz com esse didlogo pois abriu leques de oportunidades de aprendizagem. Muitos falaram, mas também teve os que se mantiveram em silencio, como sei que eles aprenderam? {Diario de Formagao, 2022, p. 47). Revista Interinstitucional Artes de Educar: Rio de Janeiro, ¥. 10, N. 1 -p. 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politieas Antirracistas IT’. DOL Inaps:(dot.org/10,12957 rie. 202476163 363 educar © professor, sem ouvir o aluno, se questiona sobre 0 aprendizado, pois ¢ 0 diflogo estabelecido em sala de aula que possibilita ao professor dimensionar as compreensdes. Tais limitagdes so importantes de serem problematizadas em contextos reais de ensino. E assim, indicamos que o desenvolvimento do Estagio possibilitou a troca de experiéncias © a constituigao como fururos professores, tornando-nos mais preparados para futuramente assummimios os desafios da sala de aula. A investigagdo da nossa propria pritica possibilitou revermos as agdes e assim nos conscientizarmos de tais condutas e procedimentos adotados. Consideracées Finais O desenvolvimento do Estagio possibilitou-nos as trocas de experiéneias de conhecer a escola e a possibilidade de investigarmos nossasagdes. Neste sentido, a Investigagiio-Formagio-Agio tomou-se pega chave na condugao da nossa formagaio como faturos professores, pois viabilizou a retrospectiva (GULLICH, 2013) da pritica e uma nova construgao do ser professor. © Diario de Formacao, sendo uma pega importantissima, possibilitou que esse proceso acontecesse, podendo ser utilizado de diferentes maneiras, como um método de investigagao, de coleta de dados, estratégias como uma ferramenta de relatos e reflexdes. A intervengao feita nos possibilitou expandir nosso olhar sobre a perspectiva de formagao docente e nos aproximou de maneita significativa de un contexto escolar, onde pudemos explanar nossos conhecimentos e se integrar no meio em que estvamos inseridos Partindo da prética vivenciada, reafirmamos que as priticas reflexivas se fazem essenciais, as experiéneias em salas de aula e a escrita reflexiva nos proporeionou um olhar mais critico acerca do ser e do fazer docente, trazendo aspectos relacionados ao processo de interagdo, de apropriagao conceitual e de aprendizagem como um todo que merecem a continuidade da pesquisa e o olhar cuidadoso nas nossas priticas de ensino. Agradecimentos, A Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre José Schardong, pelo espago disponibilizado para o desenvolvimento de nossas ages, ¢ Universidade, pela oportunidade de formagio, Referéneias Revista Interinstitucional Artes de Educar: Rio de Janeiro, ¥. 10, N. 1 -p. 354-366, janeiro de 2024: "Dossié: 20 ‘anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Priticas e Politieas Antirracistas IT’. DOL Inaps:(dot.org/10,12957 rie. 202476163 364 educar ALARCAO, Isabel. Professores reflevivos em uma escola reflexiva. 8. ed. Sio Paulo: Cortez, 2011 BREMM, Daniele. Os filmes e jogos didaticos no trabalho educativo com reeducagao alimentar. Revista Insignare Scientia -RIS. v. 2, n. 3, p. 92-102, 2019. Disponivel em: ‘hittns://periodicos.uffs. edu brindex, pup/RIS /article/view/11186. Acesso em: 30 ago. 2022. CHAVES, Silvia Nogueira. Receita de bom professor: todo mundo tem a sua, eu também tenho aminhal. Jn: DALBEN, Angela; DINIZ, Jalio: LEAL, Leiva: SANTOS, Luciola (Orgs). 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