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Aula 1

OPORTUNIDADES E MOTIVOS PARA VOCÊ


INGRESSAR NO MERCADO DA ERGONOMIA
AINDA ESTE ANO
Prazer, Debora Dengo!

Debora Dengo é formada em Fisioterapia com


especialização em Ergonomia, Auditoria e Saúde do
Trabalhador. Atua há 8 anos com Ergonomia, onde já
atendeu mais de 80 empresas.

Fundou a própria empresa de Ergonomia, a Soluções


Ergonômicas e atualmente conta também com mais
de 1.696 profissionais formados com seus métodos
de avaliações ergonômicas — em todos os estados
do Brasil e em 9 países do exterior.
Esta apostila foi desenvolvida como material de apoio
para a Semana do consultor de Ergonomia, e conforme
a Lei 9.610/98 de Direitos Autorias, é proibida a
reprodução total, parcial ou divulgação comercial ou não
deste conteúdo mediante qualquer meio, sem prévia
autorização da autora
Debora Dengo.
SUMÁRIO

Introdução
Quais são os motivos para atuar com Ergonomia?
1 Número de profissionais x Números de empresas
2 Alto faturamento na área
3 Baixo investimento para iniciar na área
4 Não necessita de uma nova graduação ou pós
5 Mercado não afetado pela pandemia
Considerações finais
INTRODUÇÃO

A área da ergonomia é extremamente importante


para a sociedade. O ergonomista faz a prevenção de
doenças, acidentes, desconfortos e lesões no trabalho,
através da adequação dos ambientes, dos equipamentos e
das tarefas do trabalho. Sua principal função é a análise da
interação do homem com a função/atividade que ele exerce
na empresa. Isso traz um grande benefício para o país,
para as empresas e para a
saúde dos trabalhadores.

Por ser uma área


multidisciplinar, qualquer
profissional com
graduação de nível
superior pode se capacitar em ergonomia e começar a
atuar no mercado. O ergonomista pode ser celetista,
atuando no setor de ergonomia de grandes corporações;
pode atuar em empresas de medicina do trabalho de
maneira autônoma prestando serviços; ou abrir o seu
próprio negócio, atuando como consultor de ergonomia.
Esta última maneira de atuação será o nosso foco durante
este workshop. Como ser um consultor em ergonomia e
obter bons resultados?

Apesar da alta demanda de trabalho no campo da


consultoria, há uma defasagem no ensino superior quanto
ao ensino de empreendedorismo aplicado ao mercado da
ergonomia. Vários profissionais que oferecem cursos na
área de pós-graduação não ensinam a parte comercial de
consultoria de ergonomia por três principais razões: a
primeira delas é porque, de fato, muitos profissionais de
ergonomia não sabem a parte comercial, não aprenderam
sobre isso e não buscaram conhecimento; a segunda razão
é que os profissionais que entendem dessa parte comercial
acabam não compartilhando por medo de formar novos
concorrentes e isso é um enorme pensamento de
escassez, porque a área de ergonomia é carente de mão
de obra pois, no Brasil, há milhões de empresas que
precisam de profissionais, por outro lado, o mercado de
trabalho da área de ergonomia tem poucos profissionais
capacitados para atender essas empresas; e a terceira
razão é porque os professores vivem no ramo acadêmico
da ergonomia, e não na área mercadológica, ou seja, eles
não atuam, não têm consultoria e ficam restritos à área
acadêmica. Por essa razão, não conseguem trazer a
realidade prática de prospecção de clientes, de atração de
venda, entre outras atividades ligadas à parte comercial,
onde o ergonomista oferece seus serviços diretamente
para as empresas.

Logo, ao longo deste workshop veremos porque


atuar com ergonomia este ano é uma grande oportunidade
que muitos profissionais estão deixando passar e quais as
vantagens de ingressar na área.
QUAIS SÃO OS MOTIVOS PARA ATUAR COM
ERGONOMIA?

1. Número de profissionais X Número de empresas

O primeiro motivo é a razão entre o número dos


profissionais e o número de empresas que precisam de
serviços de ergonomia. Nós, profissionais de ergonomia,
fazemos a avaliação das condições de trabalho, laudos,
treinamentos e palestras a fim de salvaguardar a saúde
dos trabalhadores e prevenir acidentes relacionados ao
trabalho. Através disso, fazemos um diagnóstico para
saber se o posto de trabalho está adequado para o
trabalhador e enviamos as observações para a empresa
com recomendações de melhorias quando são
encontrados alguns riscos. Dentro desse universo de
possibilidades, há dois principais serviços que têm alta
demanda: a Análise Ergonômica do Trabalho e a Avaliação
Ergonômica Preliminar (AET e AEP, respectivamente). A
Norma Regulamentadora Nº 17 (NR-17) do Ministério
Público do Trabalho (MPT) obriga a todas as empresas que
possuem trabalhadores CLT a realizarem a AEP (que,
dependendo da situação, pode requerer a realização de
uma AET), gerando alta demanda de trabalho, como pode
ser obervado nos itens da NR-17 (2021):

17.2.1 Esta Norma se aplica a todas as situações de


trabalho, relacionadas às condições previstas no subitem
17.1.1.1, das organizações e dos órgãos públicos da
administração direta e indireta, bem como dos órgãos dos
Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT.

17.3.1 A organização deve realizar a avaliação


ergonômica preliminar das situações de trabalho que, em
decorrência da natureza e conteúdo das atividades
requeridas, demandam adaptação às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de subsidiar a
implementação das medidas de prevenção e adequações
necessárias previstas nesta NR.

17.3.2 A organização deve realizar Análise Ergonômica do


Trabalho - AET da situação de trabalho (...).
A demanda expressiva que possuímos de AEP e
AET é justificada pelos dados do SEBRAE. Atualmente no
Brasil há cerca de 20 milhões de empresas ativas, sendo
que mais de 5 milhões possuem funcionários, ou seja, são
obrigadas pelo MPT através da NR-17 a realizarem a AEP.

Figura 1 - Quantidade de empresas.


Esse dado se torna mais expressivo quando é
observado o número de profissionais de ergonomia que
estão atuando no Brasil. Após uma busca no LinkedIn,
observa-se que há apenas 2.200 profissionais de
ergonomia para atender essa demanda, ou seja: cada
profissional de ergonomia precisa atender mais de 2.500
empresas, o que é humanamente impossível, já que há
trabalhos de ergonomia que duram mais de 1 ano para ser
concluído em uma empresa, quando em empresas
grandes. Comparando com outras profissões no Brasil -
como Fisioterapeutas (123 mil), Engenheiros no geral (718
mil), Educador Físico (62,4 mil), Técnico de Segurança do
Trabalho (176 mil) - essa disparidade numérica se torna
mais evidente.

Apesar da ergonomia ser uma ciência mundial, no


Brasil ela ainda é uma área muito nova. E, como dizem:
quem chega antes, bebe água limpa. Esse é um dos
motivos da área de ergonomia ser tão promissora
atualmente. Há um notável desequilíbrio entre oferta de
profissionais e demanda de trabalho, o que faz com que os
profissionais de ergonomia sejam bem remunerados em
seus trabalhos.
Além da AEP e da AET que são as principais geradoras de
demandas ergonômicas, os ergonomistas também
oferecem outros serviços, como os treinamentos
ergonômicos, que são obrigatórios para muitos ramos de
empresas e para determinadas atividades. Alguns
exemplos de empresas que são obrigadas pela NR-17 a
realizarem treinamentos para os seus funcionários são:

Empresas que possuem setores onde seus


funcionários são responsáveis por fazerem o manuseio
de mercadoria pesada, sendo obrigatório realizar o
treinamento de manuseio de cargas com os
trabalhadores;

Empresas que têm atividades de teleatendimento


devem realizar treinamento de ergonomia para esses
funcionários, sendo obrigatório no Anexo 2 da NR-17 o
treinamento para operadores de call center;

Supermercados e atacados, que possuem caixas


passando os produtos nas leitoras, são obrigados a
oferecerem treinamento de ergonomia de acordo com o
Anexo 1 da NR 17;

Profissionais que atuam com o manuseio de pacientes,


como Técnicos de Enfermagem, Enfermeiros,
Auxiliares de Enfermagem, Fisioterapeutas, que
trabalham em hospitais, asilos, clínicas de saúde etc., é
obrigatório receber treinamento de ergonomia pela sua
empresa, de acordo com a NR-32, que é uma Norma
específica de estabelecimentos de saúde;

Estabelecimentos ou empresas de abate de animais,


mais comumente conhecidos como frigoríficos,
precisam realizar treinamento obrigatório para seus
funcionários de acordo com a NR-36, que é a Norma
específica de frigoríficos.

As obrigatoriedades impostas pela NR-17 resulta


em uma grande demanda de treinamentos, palestras, entre
outros, principalmente da AEP e da AET, que são os
laudos principais, pois, independentemente do ramo da
empresa, é obrigatória a sua execução nas empresas que
possuem funcionários.
Motivo 2. Alto faturamento na área

Mesmo sendo iniciante na área, o profissional de


ergonomia possui um elevado faturamento pela realização
de seus serviços. Uma das principais razões é a relação da
oferta e da demanda que, por possuir um alto volume de
trabalho, mas poucos profissionais, o serviço é melhor
valorizado e, consequentemente, melhor remunerado.
Como exemplo, seguem prints que se referem às
propostas dos meus últimos fechamentos de prestação de
serviço em ergonomia (em razão do sigilo de dados, não é
possível compartilhar o contrato assinado).

Figura 2 - Palestra de Ergonomia


Figura 3 - Avaliação Ergonômica Preliminar

Figura 4 - Treinamento e Análise Ergonômica


Figura 5 - Análise Ergonômica do Trabalho

Aproveito para mostrar para você o faturamento da


minha consultoria de ergonomia nos últimos 12 meses,
emitido pelo Simples Nacional:

Figura 6 - Extrato Simples Nacional

Esses valores atrativos não são apenas proezas


minhas, mas também de meus alunos. Seguem alguns
prints de resultados de alunos meus:
Figuras 7 e 8 - Análise Ergonômica do Trabalho

@deboradengo.ergonomia
Figuras 9 e 10 - Análise Ergonômica do Trabalho

@deboradengo.ergonomia
@deboradengo.ergonomia
Figuras 11 e 12 - Avaliação Ergonômica Preliminar

@deboradengo.ergonomia
E um dos nossos maiores resultados de Avaliações
Ergonômicas:

Figura 13 - Avaliações Ergonômicas

@deboradengo.ergonomia
Esses são alguns dos resultados dos meus alunos
que gostaria de mostrar para vocês. Através deles, te
mostro que, mesmo sendo iniciante, é possível termos
uma remuneração muito atrativa.
Motivo 3: Baixo investimento para iniciar na área

Normalmente, em algumas áreas é necessário


haver um investimento que por vezes é considerável para
iniciar. Para um Fisioterapeuta abrir uma clínica, por
exemplo, é necessário um investimento em torno de R$
150.000 para alugar um espaço, comprar todos os
equipamentos, investir em marketing, manter os custos
fixos mensais, entre outras despesas. Um profissional de
Educação Física que queira trabalhar com pilates precisa
desembolsar pelo menos R$ 25.000 para montar um
studio de pilates. Caso ele queira abrir uma academia,
não a conseguirá por menos de R$ 100 mil, dependendo
da região, e se for trabalhar como personal trainer, terá
que pagar altas taxas para as academias mensalmente.
Engenheiros e Higienistas Ocupacionais, que precisam de
equipamentos caros para atuar, não conseguem iniciar
com menos de R$ 10.000 de investimento em
equipamentos, EPI’s e outras necessidades.

Na ergonomia é completamente diferente, pois


normalmente trabalhamos em home office, o que
possibilita aproveitar um espaço que você já possui em
casa; precisa de um celular (que muito provavelmente
você já tem) para fazer os registros dos postos de
trabalho; do seu computador, para montar treinamentos e
realizar suas análises e avaliações ergonômicas; uma
trena e uma prancheta, que são ferramentas básicas, de
fácil acesso, sendo necessárias para ir nos postos de
trabalho fazer as coletas em relação ao ambiente.
Resumidamente, a maioria das pessoas já possuem todas
as ferramentas, e caso ainda não tenha, é algo mais
acessível. É claro que você precisa se capacitar na área,
algo que este workshop vai te dar muito embasamento,
mas, comparativamente, o investimento é bem menor do
que em qualquer outra área, e em contrapartida os
resultados são mais rápidos e muito bem remunerados.
Motivo 4: Não necessita de uma nova graduação ou
pós

A profissão de ergonomia não é regulamentada no


Brasil como a de Fisioterapia, Educação Física e
Engenharia, por exemplo. Por conta disso, não há um
Conselho de Classe que rege a profissão, e muitos
profissionais gostam disso pois não precisam pagar uma
nova anuidade e nenhuma outra taxa ou registro para
poder atuar. Não tem um curso de graduação ou pós
específico que é necessário cursar para poder atuar,
então qualquer profissional que já tenha uma graduação
de nível superior (de qualquer área) pode se capacitar em
ergonomia e começar a exercer a profissão, independente
da área. Inclusive, a Nota Técnica nº 287 (2016), do
Ministério Público do Trabalho, fala exatamente sobre este
aspecto.

O profissional precisa se capacitar e comprovar suas


capacitações e conhecimentos no assunto. Geralmente
comprova-se através de certificados de
cursos/treinamentos, pois não há nenhum tipo de
obrigatoriedade como uma prova pra fazer que comprove
que você é capacitado, não é exigido isso para nós.
Motivo 5: Mercado não afetado pela pandemia

Apesar de estarmos vivenciando uma pandemia, a


área da ergonomia não foi tão afetada quanto outras,
sendo, inclusive, até aquecida nesse período. Em razão
da pandemia, houve mais fiscalizações nas empresas
para o controle do risco biológico de contaminação do
Covid e, sempre que um auditor-fiscal do trabalho entra
em uma empresa para olhar uma situação específica, ele
também observa a ergonomia. Ocorre que o auditor foi
fiscalizar uma situação de risco biológico e de
contaminação, e observou, por exemplo, que a empresa
estava atrasada ou nunca tinha feito suas avaliações
obrigatórias. Sendo assim, ele solicita à empresa que ela
também adeque a questão ergonômica (seja através de
treinamentos, Análise Ergonômica, palestras, entre
outros). Posso citar como exemplo minha situação, onde
clientes entraram em contato comigo buscando fechar
serviços de Análise Ergonômica oriundas de fiscalizações
de outras áreas.
Por outro lado, os profissionais de ergonomia
também realizam treinamentos e palestras de ergonomia,
que podem ser realizadas de forma online. Durante a
pandemia, essas solicitações aumentaram e tudo indica
que no cenário pós-pandemia continuarão com a mesma
demanda. Ou seja, atuar com ergonomia é ter um leque
de opções, tanto para fazer de forma online, quanto de
forma presencial. Isso se torna uma segurança para nós
ergonomistas, porque mesmo nos piores períodos
possíveis que a sociedade vivenciou e está vivenciando, a
ergonomia nos permite ter demanda de trabalho.
Inclusive, muitos dos prints de contratos de ergonomia
fechados mostrados anteriormente são desse período de
pandemia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante essa aula pudemos observar as diferentes


possibilidades de atuação de um profissional da
ergonomia, observamos a carência de profissionais para o
número de empresas que temos, vimos alguns dos
serviços que prestamos nas empresas de cunho
obrigatório que nos gera demanda de trabalho com
frequência, bem como vimos que o nosso trabalho não é
tão afetado na pandemia quanto outros, além de sermos
bem remunerados (mesmo um iniciante), ou seja, são
inúmeras razões para que você também ingresse nessa
área com pouco investimento e tenha o retorno merecido
pelo seu trabalho.
IMPORTANTE

Se você acessou o PDF da aula, mas não assistiu a videoaula


na íntegra, assista! Este foi apenas um resumo. Lá no
workshop tem mais informações valiosas. Assista a aula 01
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REFERÊNCIAS

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. Nota Técnica Nº


287, de 2016. Disponível em:
https://topergonomia.com.br/wp-
content/uploads/2021/03/NT-287-2016-Habilitacao-em-
Ergonomia.pdf. Acesso em: 04 de março de 2022.

NR-17. Norma Regulamentadora Nº 17. Disponível em:


https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-
br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17-atualizada-
2020.pdf.

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