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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA Xª VARA DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE TERESINA – PI

ISABELLA, brasileira, estado civil, profissional da área de xxx, portadora do RG n.º


xxxxx e do CPF n.º xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na Rua xx, n.º xx, Bairro
xxx, CEP xxx, Cidade de Teresina, no Estado de Piauí, Tel. Xxx, e-mail xxxx, por
intermédio de sua advogada e bastante procuradora Dra. Amanda (procuração em
anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua xxx, nº xxx, Bairro xxx Cidade
de Teresina, Estado de Piauí, onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor:

AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO c/c COM PEDIDO LIMINAR

Contra o MUNICÍPIO DE TERESINA, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito


no CNPJ sob o nº xxxx, com sede na xxxx, representado pelo Prefeito Municipal, o Sr.
xxx, brasileiro, estado civil, inscrito no CPF/MF sob o nº xxxx, residente e domiciliado
em xxxx, pelos fatos e fundamentos que se seguem:

I – PRELIMINARMENTE

JUSTIÇA GRATUITA

A autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem


prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa,
assim, requer os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita com fulcro na Lei
1060/50, no Artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e Art. 98 do Código de Processo
Civil. Desse modo, a autora faz jus à concessão da gratuidade de Justiça.

II- DOS FATOS

A autora é moradora da cidade de Teresina, no Piauí, e possui um grande imóvel


urbano que herdou de seus pais, localizado na Rua xx, n.º xx, Bairro xxx, Cidade de
Teresina – Piauí.

Ocorre que em janeiro de 2021 o Prefeito de Teresina sancionou uma lei municipal
que aumentou a alíquota de Imposto de Propriedade Territorial Urbana (IPTU) de 3%
para 15% do valor venal do imóvel, valendo o aumento para aquele mesmo mês e
cobrado em um boleto de fevereiro de 2021.
Surpreendida pela inesperada despesa com esse tributo, ela não pôde mais pagar os
seus impostos e, em março, teve os impostos inscritos na Dívida Ativa do município e
foi citada para a cobrança dos atrasados, multas e honorários advocatícios.

Inconformada, após cinco meses, a autora me procurou para que buscasse


judicialmente uma saída para essa cobrança que ela julga abusiva, uma dívida agora
perfazendo o valor de R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais).

III - DO DIREITO

a) VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - Prefeitura Municipal que Aumenta


Alíquota de IPTU Superior Ao Índice Oficial De Correção Monetária -

É vedada no Ordenamento Jurídico Brasileiro a majoração de tributos senão por força


de lei. Tal previsão é expressa no artigo 150, I, da Constituição nos seguintes termos:

"Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios - exigir ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça;

Esta é a mesma previsão trazida pelo artigo 97, do Código Tributário Nacional, in
verbis:

“Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I - A instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - A majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26,
39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto


no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;

IV - A fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto


nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - A cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

VI - As hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de


dispensa ou redução de penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que


importe em torná-lo mais oneroso.

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste


artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

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