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250 As representacdes mentais Como nds resolvemos problemas? fm que extensio a tomada decisdo humana é racional? Coma a6 nencas deviios ddezviam de escolhae estatiticanente Utes? Em que aspectos da mente boselase a inteligencia? Em que grau influenciada por nossos gen Quais sie 2s propriedades consciencia fenomenal? 1979 As decides 0 feltva Doel Kaun Simo erty propia rs Sapespecta que deter Tees ds pesca 2 temaren desis (ar ponte eet ie fh espera potec do {ue spoon perso ‘evictom em diferentes Formac? inteligencia & telementares da consclencia? Gone o eerelne dé origem & de ee eennctnanintnnnnnel GAZZANIGA © HEATHERTON conta a historia de um de seus pacientes mais notavels, um homem com mais de 50 anos chamado Virgil. Quando Virgil tinha 5 anos de idade, foi acometido por uma grave catarata que 0 deixou cego. Virgil logo se adaptou 8 vida sem vis30 e, & medida que os anos passavam, suas memérias infantis de como tinha sido enxergar desapareceram da consciéncia, Quando Virgil estava com mais de 80 anos, apaixonouse e se casou. Como presente de casamento, a nowva de Virail se ofereceu para pagar uma cirurgia de iransplante de cémea para ele recuperar a visio. Apreensivo, mas ¢speran;os0, Virgil concordou com a operacao. Uma das cataratas foi rermovida € um novo crstalino foi transplantado. Um dia depois, as bandagens foram removidas e. pela primeira vez em mais de 45 anos. a luz penetiou na retina de Virgil. O que ele enxeryou? Como ele reagiu? Sacks conta a histéria muito bem E 1m seu livro An Anthropologist on Mars (1995), 0 neurolagista Oliver Sacks Virgil me contou, mais tarda, que no primeira momenta nia tinha idgia de que estava enxergando, Havia luz, havia movimento, havia cor, tudo misturado, tudo sem sentido, um borrdo. Ent2o, do borrdo veio uma vor que disse: “Bem, e dai? Entao, @ sO entao, disse ele, finalmente percebeu que esse caos de luz @ sombra cra um rosto¢, de foto, 0 rosto de seu cirurgiao. (p. 11) Virgil viu um caleidoscépio de cor ¢ luz que nao tinha nenhuma conexao com (© mundo contorme ele 0 conhecera. O siibito acréscimo de “wisdo” pareceu confuso e desajeitado, e a alegria que ele e a esposa tinham esperado nso aconteceu. Com 0 passar do tempo, Virgil foi ficando cada vez mais trustrado com sua incapacidade de se adaptar a esse novo aspecto de sua con retorno da cequeira, devido a outras causas, foi que Virgil encontrou a paz que tivera antes da cirurgia, Gre dew eta? Pe ue Vil feu foi pe cer eapay de encegar? As pessoas que (Er visdu passarn a vida aprendendo a unat © compreender as informagSes visuais. Nés sabemas que os abjetas que vio aumentando estan una ciferentes objets Semper qe poss modelo de protétipe Um modelo cuja premissa & yur, lento] de cada categoria, alguns membros 80 mais representatives do que outros daquela categoria GAZZANIGA @ HEATHERTON hota é -Rothecant. espectico parga abet mec Praens? ‘confess omparinads” ooo "Tem seis cordas “E toca om qualia cord’ ar misica Son nel TABELA 8.1 Categorizacao da memoria ‘trun setnte Os objetos so categorizadce com base em compartiharem ou ado atnbuleos inure. Baxcady na Mea da economa cages, 0 moueo supe que (05 membros de um arugo 530 iguas Frotatpo Como no modelo do atruto defridor. os abetas sin catagrizada rom hive fv no otrbutes comuns. Entretanto, alguns membs ct ‘alegutia ~ exemplars ~ so considetados mats representatwos da cateqora do ave outros, Teoria do rotero 0 conhecimento & armazenaio et cel. 1 coma nes compostames cu foperamos dentre de diferentes ambientes do muri real. bt €, wy ews equemas ou roteros para decir a que e apropaaco em cada Stuacé. ‘ennderia« considera “baleias”e “golfinhos” como membros da categoria “mamiferas’ 0 noel do atributo definidor propie que nao devermos considerar 0: golfinhos eas baleias como inamiferos, o8 {que fer pesnas nao deveria ser um atributo assoriado ans mamiferos. km segundo lugar, 0 mextela diz que todos as atribntas di uma categoria sio igualmente salientes em tetmios de definir a dada categoria. Entretanto, as pesquisas sugerem que alguns atributos nao sé saw mats importantes do ‘que outros para definir a eondigia de membro do grupo, como também que as fronteiras entre calegorias so muito mais imprecisas ¢indissintas do que sugere o modelo do atributo defimdor. As categorias tém exemplares Pars traar das deficlénclas do modelo do atributo defini dor, toi desenvolvida uma abordagem mais flevivel — e natural — i eategorizagio dos objtos:o: modelos de protétipo. 4 premissa basica desse modelo & que, dentro de cada categoria, alguns ‘membros de uma determinada categoria sio mais reprecentativos ou prototipices daquela categoria do que outros (Figura 8.8). Bor exemplo, um cachowo eu um gato seriam un exenplo mais pret pico de um mamnitero do que, digamos, um peixe hoi ew um omitorineo, © benelicio de reconhecct «nos tendénca aver as categonias wou teal exemplars protolpicos é que sso € mato pared do coma tendéncia que temos a organizaro nossa enahecimnta dos ebjetos. O modelo prvotpico reconhece que nom todos os membros de uma categonia tro os mest aribucs, a que siglfca aque as bales eos golfinos podem permanecer na categaria “mariforoe” mesmo que nt tenkarn pernas, Além disso, of modelos protetipicos peemitem que as frontitas eulie as cateorias seu indistinta. Se um objeto contém uma conjuncéo critica de atfbutos, ele pode ser considera coma mmembro de uma certa categoria, mesmo que scus outs atibutos sugiram que tale ele no 5 CIENCIA FSICOLOGICA 257 8 Animal, te pele tem asas tem nadaderras 4 Z~ pode nadar Paceara 7 Pale M08 eine’ + tem penae Ts tem guelras 4 canirio L—7 VUE a veceeun) Zé comestivet “= éamarelo orn Se nada contea 3 pode meente para FIGURA 8.7. Um diograma eal par ows esquemtco do modelo do atrbuto definidor jue yerfciamente, Por exemplo, us tomates muitas veressdo clasificados como um vegetal (p. ex, usados em saladas), mesma que seus atribtos também sejam cansistentes cam a categoria de fruta (pe. tm sementes, sBo doces). Os modelos de protétipo si0 Gteis, mas ainda nos resta um problema: a categorizagio dos cobjetos¢ apenas uma pequena porcto da nossa base de conhecimentos. De que maneira so organi aadas outras formas de conheeimento? Os modelos contextuais tém a ver com interpretar cenas ‘nossa discusso sobre o conhecimentoe sua organtzacao centrou-se, até 0 momento, unicamen ‘eo nosso enterdimento de como lidamos com conceit e objeto simples. Entretanto, o nosso conhe- cimento do mundo se estende muito além de uma simples lista de tatos sobre os tens especifcos que ‘enconttanios no dia-adia. Na verdade, uma casse ber diferente de conhecimentos nos permite intera Guitara bo itara Violino Trompa ' Melofone Trornpete Viola salténa FIGURA 8.8 0 rosiio do put sugere que alguns tens dentro de um ‘grupo ou daze ia mis reprsentaivos (eu protopiccs) daqute grupo do wee ftir. membas d caeqia 258 GAZZANIGA © HIEATHERTON [oe es — [eee FIGURA 8.9. toons di intnin cinere Que renders 3 sag venus gears de my teoria do roteira Ac poco facem inferéncias sobre a sequéncia de eventos que se desernrola ent te situago, o que thes gir com 0 nosso ambicnte. Sempre que nos enconramos em diferentes ambientes do undo real, nos valemas do conheciento de quais comportaments se aplicam a deter rminadlo ambiente, pata podermos nos comportarapropriadamente. for exemple, na mesa de jogo de um casino & apropriad se insinuat entre as pessoas que fi estio semtando Mas se um estan tentase se insere no meio de um grupo d ota dem um restaurant, 2 reagio do grupo provavelmente seta muto negaiva Obvin iene, esse tipo de conhximentoreferente a suagies contexts soins & mit ie rente do conecimenta ascoriada & classiticacio dos abjeos. A visio bisica dos pesquisiores cn reli ap conhecimento contextual & qu com o passar do tempo, desenvolvemos esquemac on ravirns sobre os diferentes tips de situacbes de vida real que enconcramos. Una das worias ais proeminentes nese Jominio & a teotia do roteir de Abelson Schank, qe propa que desensolveros inferéncis sobre as sequéncias de eventos que surgem em diferentes sit cimento que nos permite nio sé compreender o5 comportamentos que abservana, como tabém saber como agit apropriadamente na situagao, For exempl, “it av cine ma” é um rtero que muitas pessoas tém em comm, Primeity, esperamos te pagar um valor para entrar no cinema, com o custo dependendo da idade e, possivelmente, dla hora do dia. A seguir, podemos optar por comprar pipora, halts ou refrigerate antes de escolher um assento na sala de projecdo. Embora falar barxinho Seja apropria td ante de o filme comegar, 8 maiora de nos c pessoas que ¢ depois que ele comecasse (Figura 8.9) 0s elementus esventiais da teotia do rotciro sio que (1) situagies comuns poem ser dividi as pessoas tem paps especies dentro do context situacianal. Dessa manta, us eventos no futuro imediato podem set antecipados,e 0s camportanwentos cas posts qui entra cm i it podem ser jas em ama série de eventos ligads ¢ ( dios, corm base ao papel especifiey que Cada una esta esempenhando se conhecimenta contextal no si define o que cata una de nés con a “normal” para uma situagdo — 0 que, por sua vez, nos petite reconhecere evitar situagBes ineomuns ot perigosas — como também fz eom que na peecsomes prestar tanta atengao quando estamos em ambientes familiares IR, Hes meen net my Apicoloaacogntva baseiase na pogo de que 9 mente fbriga representayoes rnentais das informagoes. Alguns pesquisadores acred:tam que as representagoes assumetn forma de imagens pictoricas © compartiham alqumas propriedades com a percepcao visual. Entretanto, outros igumentam que as representocses 330 estitamente proposicionais, no sentido de que estao baseadas em onhecimentos fatuais do mundo. A solucao para esse Sehate pave cor ae reprecentacées existirer er miltiplos ives, @ que augere que as reprecentacses baseadas om imagers € as represenlayoes baxeatlas em propasigses podem coexist Em termos da implementacao neural na cognigdo, os pesquisadores descreveram redes de eurdnios interconactados que sinalizam eoprowontagiies Via diferentes padraes de atwidade através da rede. Por sa vez, 3 organizacao do conhecimento esta criticanente ligada tanto 8 meméria de procedimento quanto a maméria daclarativa, O notin canhocimento dos objetos bascle-1e em categarizar itens por zeus atributes, 0 que fedu? a quaniidade de informa,oes que preeisaos armazenar no longo prazo (veja a Tabela 8,1). Da mesma forma, o nosso conhecimento das situacoes baseia-se no centendimente de como of eventos cortumam desenralar-se tin deteriminados censrios « dos papéis espe pessoas desermpenham neles CIENCIA PSICOLOGICA, 259 COMO RESOLVEMOS PROBLEMAS E as TOMAMOS DECISOES? solu de um problema ‘oe scutimos como o conhecimento do mundo € representado organtzado na mente, AROra, cxamtinaremos como 0 conheeimente ¢ utilizado para orientar a nossa solugéo de problemas ¢ toma da de sures, Mais uma vez, os modelos aqut discutidos englobam alguns, mas néo todos. dos lentes ctiticos do comportamento de solucionar problemas ¢ tomar decisées (veja a Tabela 8.2 para uma hreve lista das varios modelos discutidos). Emboraseja necessério desenvolver modelos mais conpleos, expluiat 0 wabalho feito até agora proporciona uma excelente janela para enten dlermos alguns dos aspectos mais complexox — caprichnsns — da cagnicin humana ¢ os ceampor. tamentos por ela gerados O modelo da Gestalt enfatiza o insight e a estrutura Ema a eseola de psicologia da Gestalt costume ser assoviada a questées de percep visual, cla tum tev um impacto importante no nosso entendimento da solugdo de problemas. O taba Iho esse dominio remonta aos experiments seminais de Wolfgang Kahler, na primeira metade do século XX. sohre a solugio de probleinas nos macacos (brevemtentediscutidos no Capitulo 1). Kohler ‘le ~ + aig banana fora do aleance da jaula do macaco, dando a cle uma série de varctas que, 9° voto’ 5 svete uilizadas, podertam mover a hanana etrazéte a uma distancia em que poderi sersage" ols O aléssivo achado relarado por Kahler, em 1925, foi que um dos macacos estudados junto dss varetas para aproximar a hanana da sua jaula. Além disso, o macaco aparentemente si ‘agresenton esse compartamento depuis de muite contemplacdo. Emibora esse achado tenhase nos teil de replica, o exemplo introd dais aspeetns-chave da salug de problemas humana — Finis © ytuna do problema © flash do insight 0 insight & a extereotipica lampadazinke mental aceadendo calbega, wna metifora utlizada para capturar 0 fendmeno de se perceber subitamente a solugao de um pie? wrt, No caso do macaco, Kohler argumentau que, depois de ponderar sobre w probema colo) ta banana distante, © macaco acabou tendo o insight de juntar duas varetas para fazer tua suc satemente longa para alcangar hanna. Partind da perspecti do insight, Maer (1931) ¢riou unt vxperimento em que 0s patieipantes, um de cada vee, entravam numa sala onde havi dois coin yo vdendo do tetoe uma mesa no canto, Sobre a mesa estavam objetasdiversos, mluindo tum alca A harefa de cada partcipante era amarrar 0s cordées um a0 outro. Entretanto, era impos sive segurar ambos os cordées ao mesmo tempo — se um cordaa estivessesendo segura, o outro TABELA 8.2 Solucdo de problemas ¢ tomada de decisoes Od Er Gest | aolugio de problemas requero insight do neturezae estutua do problema Procestamenta da Informacio A suiuay de problems pode ser dvdida sua sevgincia de pass. Nesve sentido, todo prolema ter un “espago de solucao",e a objetivo & avancar sequenciimente atavés desseespaco a fm de sokcionar 0 probe Howistus pode tor atahos que minmnzam 0 nimeto de parios ou a quantdade de informa {que preasa ser examinada para chogartas a uma soucao. Teoria da dade esperada Um modelo narmativo erm que a tomada de dedsdo se baseis em cakcular qual esto var mazar 3 utlidade pessoal Um modelo desctitvo em que a tomada de de (0s ganas percebeos, so €, a nossa aversa0 ecb erda € mater que © nose deseo ce i tem wn peso, com a pore Lando mais que fora do arependinenta Un meek desuitiv cn au # tad de deci bia em ater © aeperdinnta a 9 alge Que Sentiemos se tomarmos uma deterrinada decisio estrutura do problema Como as pessoas vem ou conceitualizam 0 Problema em questio. ‘espace de solugio Os muitos caminhos diferentes a cerem considerados na soluyao de ui problema, tomados coletivamente, definem 0 espaco em aue as ‘colugdes sia mai provivels, ® . ) FIGURA 8.10 0 problema de nove pontos de Schaerer (1963) GAZZANIGA ¢ HEATHERTON, estava longe demais para ser agarrado também. A solugio para o problema ers amarraro alicate a tum ds corde, de modo que cordv pudesse ser usado como um péndulo: a pessoa poderia eno Segurar 0 outro cord e depois agarraro corde do péndulo quando o movimento deste o aprox: masse o sufciente da pessua. Enibora alguns participantes acabassem chegando a essa solugdo sem ajuda, a maniputagio-chave realizada pot Maier era caminhar contra 0 cordio cesbarrarncle depois de cada participante tr ponderado o problema por um tempo. Mater relatou que, depois de ver coro saeudindo de um lado para outro, os paticipantes resolviam o problema quase imediatamven- te, cumo se rvessem tido um novo insight A-estrutura dos problemas _tstreitamente relacionada ao conoeit de incghtesté a nogio de ‘estrutura do problema, referente a como a pessoa vé ou conceitualiza o problema Por exemplo, 0 experiment de “péndulo” de Maver basez-se na expectativa de que a maiera das pessoas no conse guid vero aleate como um peso de pindulo; isto €, os sujeitusinicialutente estrururam o problema de tum modo que exctui uma solucio baseada em criar um pénclo. Q insight relacionado a um problema surge quando, subitamentc, 0 restraturamos de unta ova wtanira,encontrando uma solucdo que no «stava disponivel na antiga estrutura do prohlema, Em um estudo agora famoeo, Scheerer (1963) deu «participants uma folha de papel com un quadrado de nove pontos desenhado nea (Figura 8.10). A tarefaeraconectar todo ox pontos utilzando apenas quatro linha reta, sem ergucro lips do papel Como mostra a Figuia 8.10, a solugé é rlatvamente fil — se estruturarmos 0 problema de modo «que sea permit desenhar as linhas além da caba formada pelos pontos. A difculdade que a maiota das pessoas sete quando thes € propostaessatarefa& que o problema esta estruturado de um modin ‘qe 86 considera solugbes que mantenham todas as linhas dentro do quadrado. -Acscola da Gestalt diz que as pessoas tendem ver as problemas de uma perspectiva estreita, Se a nossa percepyav initial do problema permite uma solucio vidvel, entio nio ha necessade de insight ou . a reestruturagio. Entretanto, os prncipivs ayui discutidos passam a ser Importanes sempre que nos deparamos com um problema que nao tem uma solugio imediata, Se a uossa visio aral do problema ndo est funcionando, sera que existe outas maneiras, menos dbvias, de esa eI 5 turd-o? Embota tems como "pensar fora da caixa”e “pensar diferen temente” tenham-se tornado clichés na nossa cultura, as idéins que cles comporificau exitem a multo tempo e continuam tendo grande valor. © modelo do processamento da informagao baseia-se em um espaco de solucao Enquanto a abordagem da Gestalt 8 solugio de problemas esti centrada no entendimento da estrutura global da problema — e nos bbenefcios que podem resultar de se ver o problem de novas perspect vas —, uma visio alternativa tem focado o estudo das etapas seqien Cini scguides peas pessoas quando buscam a solucao de um problema, Aidéia € que a maioria das problemas tem alguns caminhos diferentes ‘que podemas tomar para achar a solugdo apropriada, que, quando con- Siderados coletvamente, definem o espago de solugao do problema. Por sua ver, calla caminho pode ser dividido em uma série de estgios co etapas. Os pasqusadore tentam entender como as pessoas vio de ‘ua etapa para a proxima, 0s eros tipios que as pessoas fazem quan do precisam negociar etapas complicadas ou néo-intuitivas e como as pessoas convergem para caminhos de solugéo mais efiientes — au, em alguns eases, menos cficientes — com as experincias de solugo de problemas Por exemplo, no cléssico problema da “Tore de Handi, 0 panic (@)é panes reeebem um tabuleiro com uma fleira de trés pinos de madeira, tesokin quando se compreende que as tnhas poem i além da fronts sendo que no pino de uma das extremidades foram encaixados tes dis formada pees pontos (i). cos em ordem decrescente de tamanho, de modo que o disco maior esti CIENCIA PSICOLOGICA, + swine doe outros dois (Figura 8.11). A tarefa é mover apilha ordenada de discos para o pino da fotia extremidade, com as seguintes limitagbes: sé pudemos mover um disco de cada vez, € um {isco maior nunca pode ser colocado em cima de um disen menor. A rao do interesse pelo estudo sess problema (que pode ser tornado mats complexo acrescentando-e was disc e pines) € que 261 limites de capacidade A ‘jiantidacle maxima de informagies, ‘eoperagies que um sistema pode tle tem estados de conkecimento e operadores bem definidos, que descrevem espectivamiente as dife- rents elapas os movimentos “legis” que podem ser feitos de exapa para etapa no espagy de ‘oluio. Por sua vez, isso torna relativamente fil examinar como as pessoas abordam a tarefa © coma navegam através do espaco de soluca. ‘De uuitas maneira, a abordagem do processamento da informacio & solugi de problemas presenta grandes analogias com os programas de computador, que transformam um input em um ‘output através de una série de operagies explicitas. Mas esté claro que a solucéo humana de problemas nao é o equvalente bioldgico de um eficiente programa de computador. Em primeiso lugar, os huranos és limites de eapacidade — a quantidadc maxima de informagées ope ragbes que um sistema pode suportar — bem menores. Ha um limite para o que o ser humano € capaz de fazer a0 mesmo tempo. Se estivermas dirigindo € o transito ficar pesado demais, & posavel que baixemot 0 volume da misiea parque prerisamns dedicat ima propotgio maior da nossa “mente” a tarefs em questo tstaao _ inicial [7 veva.a mais 4 estados, Estado 2 Fstado 1 2 ii a Estado 13 S Estado 14 aii, sti, ceeeeeeeeee Lee Estado 15> Estado 16 dl b, bbl, rap da Se . : _4 $e. shh dc ee a wi | Th A a 4 FIGURA 8.11 Asclucao do problema da Tore de Hanoi pode ser dda erm estadosbasios & nas operagoes que perien nse ents os estado 262 Em que extensio a tomada de decisio humana é racional? heuristica Na solucdo de problemas, atalhos que so Utlizados para minimizer @ uantidade de pensamento necesséria para avancarmos de tana para etapa num espago de solugso. madelo normative Um modelo de tomeda de decisdo que vé as. pessoas como racionais e otimas Tomadoras de decisio. modelo descritive Um modelo de tomada de decisdo que explica ‘tendancias de interpretar e representar mal as probabilidades subjacentes a muitas decisoes. teotia da utilidade esperada Um modelo de como os hhumanos tomariam decisbes se seguiccem a pura razko a tomélac GAZZANIGA © HEATHERTON. ‘Uma maneira de lidar com esses limites de caparidade é usar heuristieas na nossa solugio de problemas, que seria, essencialment,atalhus que winmnizam a quantidade de pensamento neces. siria para se avanger de wma etapa para outa em um espago de solusio. Utilizando um exemplo populatizado por Gerd Gigerenzer: conto us jogedores de beisebol sabem para onde correr a fim de pegar uma bola rehatida para o a? tlma abordagem de computador a esse problema provavelmente cvolveria umn examte da velocdade do arremesso do bastdo, da velocidade do vento, da massa da bola e assim por diante,informagées que seriam de pouca utlidade para o jogador que tem apenas alguns segundos para pegar a bola. Se, como argumentou Gigerenzer,o jogador simplesmente olhar para a bola e mantiver a direcio do olhar em um Angulo constante entre a bola ¢ o chéo enguanty estive correndo — aumentando ou diminuindo a velocidade para mantero Angulo constante — isso deve dirigiro jogador para a localizagio aproximada em que a bola chegard. Dessa mania, © jogador pode lteralmente chegar a solucdo do problema enquanto corte sem depender de clrlos de ficica complexos ¢ demorades. As teorias normativas focalizam 0 comportamento racional -Até 0 momento, estivemos disrutindo diferentes abordagens & questio de como os humanos resolvem problemas, Agora yassaremus para o tépico relacionado da tomada de decisdo, em que existe uma distngn entre as teorias normatvase decrtvas. Historieamente flando, os modelos ‘normratives de tomada de decisio consideram os humanos dtimos tomadores de detso, enquan tos modelos deseritives mais recentes tentam explicar melhor as tendéncias dos humanos de ierpretare representar mal as probabildades subjacentes a muitos cenarios de tomada de decisio © objetivo das teorias normativas & deserever as decisis que as pessoas tomariam se seguis sem as regras da tomada de decisdo racional, baseada em probabildades. Se as probabilidades associadas a uma dada situagio forem calculadas adequadamente,entio as decisbes iro basearse 1a opcio com a maior probabilidade de produai o resultado preferido, Por exemplo, se asa av foe tuma jogadora ¢ uma tomadora de decisdes racional no sentido normatvu, ela sempre escolher Jogar dados em vez de rleta quando for ao cassno, pois as chances de ganhar nos dados so maior do que as chances de ganhar na roleta. Embora as lintagis dos modelos normativo estejam clara — por exemplo, a vove talvezescolhajogar roleta mais fregjientemente do que dados porque consi dera e roleta um jogo mais divertido ow porque ela simplesmente ¢ uma tomadora de decisdes immacional — eles fomecoram os fundamentas essencais para o desenvolvimento do estudo contem- pordneo da tomada de decisio humana A teoria da utilidade esperada descreve 0 tomador de decisées étimo tim 1947, John von Neumann e Oskar Morgenstern apresentaram um modelo de eomo os huranos ‘onmatiam deises se seguissem a pura razdo — um modelo conhecido como teoria da utilidade cesperada, &teora divide a tomada de decisio em um eéleuo da utilidade de cada possivelresul tadlo em um eendrio de tomada de decisao, o que pode ser resumido em um conjunto de cinco principios bisicos. Primero, as decisbes podem ser condensedas em uma consideracio de alterna vas possveis que, por sua vez, podem ser clasificadas em termos de preferéncias. Conhecia como a ordenagio de alternativas, cada altenativa & mais desejével, menos desejavel ou igualente deve ‘vel se comparada is outras altenatvas concorrentes. Segundo, de arora eam 0 principio da dominagao, o tomador de decisdes racional sempre escolheré a atcrnativa mais desejivel — ow dominante — mesmo que as diterencas entre as aerativas sejam pequenas. Terceio, com base no principio do cancelamento, as decisées entre as altenuativas baseiamse nas diferengas entre els; fatores comuns a duas altemativas sioignoras, ou “cancelados", no proceso de deisio, Quarto, 1 nogio de eranstvidade dita que se a decisdo B & prefervel &decisio A, e a decisdo A ¢ preferivel 3 decisio C, entin a devin F sera preferivel &decisio C (Figura 8.12). Finalmente, se os resultados de dua altenatvas diferentes sfo equivalenes, entaoo principio da invarénca indica que a dec so seri invariante em relagdo aos meios pelos quais os resultados so atngidos. O valor da teoria da uulldade esperada & que ela fot capaz de gerar idéias testaves referen tes a como os humanos tomam decisées. Com base em cxperimentos inciis, logo foram feitas varias adapragbes importantes &teoria. Primeiro, fot proposto que as preteréncias de decisdes, ou oordenamento de alterativas, esto sueitas & varabilidade no decorrer do tempo. Por exemplo, fm uma noite, @ pessoa pode preferitassistr a0 The Simpsons e nao a0 The Brady Bunch, e, na CIENCIA PSICOLOGICA, 263 ada baseiace na nog de que a Wandidade o2aplca a tadat as nossas tomadas de decibo, Nese cao, se «2 peswa jucfre a pire a0 hambirguere prefere o hambiguer& galinhs, a pizza ser prefeida a yalna noite twinte, sua preferéncia pode se inverter, Essa variabilidade ainda esta dentro dos limites ae, no sent de que se espera que os tomadores de decisio racionais mudem suas preferéncias com a experiencia eo passar do tempo. Segundo, fol sugerido que as deisoes rac: his sis tonnadas com base nao apenas em probabilidades objetivas, ou nas probabilidades ort 8 que poxlem ser calculadas para uma dada akernatva, mas também em probabilida- dos subjetivas, Em outras palavras, as decisdes muitas vezes se baseiam na impressio subjetiva yess tem das probabilidades, que pode ou nfo coincidir com as probabilidades objetivas veradewas. Tadava, a decisio continua sendo racional, mesmo que as probabilidades subjetivas Subjacentes & deciso estejam incorsetas 0 teorema de Bayes nos diz como atualizar ay freqiiéncias basais Conforme suge re atenna da uilidade esperada, a tomada de deeisioracinnal no sentido normativ requer que calcu lensss » yrobabilidade de diferentes resultados de uma decisio baseados na Gea cum que 08 results acoreram no passado, Por exemplo, se um alung std morando em uum dormir estan £ ene igo vem visit, deve dizer ao amigo que deix cart, iegalmente, no estaconancty Uo dormnitnio? A resposta depende da freqiéncia com que estacionariegalmente resulta em ter w carro suinchado ou multado A freqéncia prevista de ocoréncia de um evento € conhecida como freq cia basal e, nesse exemplo, a decisao de dizer para o amigo estacionarilegalmente depends da uénvia basal perecbida de um resultado negativo; quanto mais baixa a freqiténcia basal prevsta de probobilidades objetives No uma nla ou inch, mais prviel que a dei sea ade exaconar o cao degament. tomad de deo, as Ch tonadores de deco es humanos faze clos rroecinent eats ds regiénas | babiads esaitas ave basats de varios eventos (embora nos frequentemente ignoremos as intormagGes sobre as freqién- dada alternatis See eee eee eee eee eeee ee eeeeeeneeeeeeen das nequéncias basais quando chegam novas informacoes. O teorema de Bayes é uma formula tomada de decision, a impressao bcd pur aia probable de um even, dada ors infomagées que suplmemama | peseat das probalidades gow frequéncia basal preexistente. No exemplo do estacionamento, como deve mudar a freqtiéncia basal ae nee cen ‘um cartoilegalmente estacionado for guinchado? A importincia do teorema de Bayes & que cle | ProPabilidades objetivas rears revela que: os humanos tendem a subestimar o impacto de novas informacoes ao atualizar as treqiién- freqiténcia basal A freauencie prevista de ocorrencia de urn cias basa. Isso 6, se um carro for guinchado, nés tendemos a mtnter uma freqiéncia basal mais | PREM baita para a ocorrncia ftura dese evento do que pedi a estatisica, As wt aquapresentadas | \ooeema de Bayes uma foxmule tm muito a ver com facets de preconceito contra grupos sociise énicos, pols é muito mais ficil | erage para stesizar s coergarmesevidénas que confrmam as nossas crenas do que 28 evdéncasinconsistentes com | probatiage de um determinado clas, un pico que examinaremos em um primo capitulo. bunnies nova nformacoes fara expcar melnor os vests na mss oma de deistoeestiatva de probablidades,os | ave zlamentom a roqacis pesquisulores comegaram a se afastar das modelos haseados ia probabilidade pura, desenvolvendo eam encaenan suleos que descrevem cow wast exaidiu ds wai ilisncasas da romada de deco humana, Como as nossas decisbes se dociam de excalhae estatisticamente étimas? teoria da perspectiva A idéia de que a tomada de decisSo pode ser Vista como um cileulo de Custos © Deneticios. aversdo a perda Um pesar ‘desigual de custos e beneticos, de modo que 05 custos potenciais pesam mais do que os beneficios potenciais. raciocinio contrafactual Na tomada de decisdo, uma consideracao de diferentes resultados hipotéticos de eventos ‘ou decides. Vator Perdas As teorias descritivas desenvolvem a psicolo: da tomada de decisdes Enquanto as teorias normativas da tomada de decisfo tentam compreender como sio tomadas as decsies racionas, 25 teoras descritivas da tomada de decisdo tentam compreender como os hu ‘manos realmente tomam decisbes na praca cotidiana — decisies que feqiientemente nao condi. 2em com um comportamento “racional”. Em “Utilizando a cigncia pscubigica: Uma visdo evolutva da tomada de decsio”, examinamos duas das teorias altenativas propostas para explicar as pitas comuns de tomada de decisi ‘As perdas pesam mais do que os ganhos Na década de 1970, Daniel Kahneman ¢ Amos Tversky publicaram wm artign dizendo que a tomada de decisio pode ser vista como um caleulo de custos e beneficivs, umn modelo conhecido como teoria da perspectiva. A importancia de nos afastarmos da nosio da utilidade da deciso & que a teora da perspectiva implica que as ecisdes én um pono de referencia a partir do qual poems calularcustos e beneticos. A teora da perspectivasugere que tendemos a estimar as perspectivas de custo cbencficiosdiferentemente, «de modo que a preocupacdo com os custos tem um impacto maior sobre as decisbes do que a espe ‘anga de potenciis beneficies. Esse pesar desigual de custos e beneficios é conhecido como aver- so & perda, Uma iustracao esquematica desse conceito€ apresentada na Figura & 14 Essa tendéncia a ver eustos ¢ bencfcios de uma perspectiva diferencial € explorada pelss com panbhias que oferecem as pessoas a oporunidade de testar produnns antes de compris. Essas com panhias estio apostando na probabilidade de que, depuis dv produto ser usado, 0 “custo” de desis tir dele no final do periodo de experiéncia pareceré maior do que o custo de realmente compro. Dessa mancia, a companhia consegue mudat v punto de referéncia a partir do qual a deciséo de comprar o produto é tomada — um custo que eriginalmente poderia sr visto apenas em tenmos de ditares se sobreps a um custo visto em termos de perder 0 acesso a0 produto. Se oii for pereehido cama a usin maior, as pessoas acabario fazendo uma compra que no fariam se 8 fesse cowsiderado o cuio em ddlares. {As decisdes envolvem imaginar eventos hipotéticos Outra faceta da tomada de decisio & que nés feequentementeimaginams os diferentes resultados de uma deciséo, uma tendéncia conhecida como raciocinio contrafactual. Por excmplo, suponha que um alu 'o (em a oportunidade de assist a uma banda iiciante e muito pro: nissora tocar cm um bar loca, mas os $10 do ingtsso sio todo 0 dinhetro que ete tem para passaro restante da cemsina. Ao decidir se vai ou néo a apresentagio, ele provavelaeme consideraré os diferen tes resultados possiveis. Por um lado, seo aluno for & apresentacio, cle nio s6terd se divertide como, sea banda fizer sucesso, poder se vangloriar de tla visto tocar em um pequeno cube. Embora esses sejam resultados positives, o aluno também nao tera dinheiro para sair com os amigos naquela semana. © racicinio contrafactual nos permite antecipar como nos seta mos depois de tomar uma decisio, um conccito que constitu onicleo da eoria do arrependimento. De acordo com a teoria do arrependimen ‘0, 0 nosso desejo de sentir alegriae evitar o arrependimento desempe na um papel critco na nossa tomada de deci. As pessoas wilizam 0 ‘aciocnio contrafacuel para avalar a decisdo a toma, baseando a de ‘isd real no resultado imaginado que produviia a maior alegria 0 senor arependimento. Por exemplo, quando us pariipances de um FIGURA 8.13 0 aspectu uilcw dese fiyuta & que, como "vr {a decsio plotado no en vertical, as perdas potenaas tim wm impacto maior sobre 0 valor percebid (lazendo-o cai mas lntamente) bo &, 3 peida potencial de $500 tem um efeto maior sobre 2 nossa tomada de deciséo do que um ganho potencal de $500. programa de televsio thm de decidir se param eficam com 0 prémin ‘que jé ganharam ou se artiscam a perder tudo na esperanca de ganhat um prémio ainda maior, muitos escolherdo “desstir enquant esto gt nhando”, por neo de sentir oinevitavel arrependimento que resultaria se deitassem de ganhar o prémio maior e acabassem sem nada, UMA VISAO EVOLUTIVA DA TOMADA DE DECISAO Sera que compreenderiamos melhor a tomada de deasao humana sn eorsiderassemos a ecoloaia em que evoluimos? Gerd Gigerenzer {Daniel Galdstain (1996) acredlitam que sim. A classica visho da tumade de decaao humana porte da nogio de que as decisbes se Daselam ei maltiplos dados e decorrem de calculesintensives telecentes a probabilidades objetivas e utiidades subjetivas Entretanto, Gigerenzer e Goldstein arqumentam que essa visdo cassia é incapaz de capturat a tealidade ecologica da maioria das sdecisdes humanas. 'A premissa mais importante de seu ergumento origine-se do. trabalho anterior de Herbert Simon, que propos que, em vez de buscar 0 Otimo na nossa tomada de decisa0, nos na verdade buscamos “satsfice” ("satisfazer o suficiente") — uma palavea que combina “satily" (catifazer) com “euffica” (car suficiente) para transmit a idéia de que nés coxtumamos excolher 2 Drimeita alternative que satisaga suficientemente as nossas necessidades. Por exemplo, ao escolher a universidade em que faremos vestibular, certamente nao precisamos examinar dotalhadamente todas ac univeradades da pais De fato, depois Ue dentificor um numero auficiente de universidades, 3 b free parat © poderus nos inscrever em algumas delas. Segundo Eagerenzer @ Goldstein, n6s nos satistazemos com o suticiente borjue dispomos de limitados conhecimentos, tempo e hhallidade mental para tomar a maioria das nossas declsoes — se nao todae Nene ventido, « tomeda de decisdo € diretamente limitada polos realidades ecologies de qui (1) rorannente, se olgurta vee, toms total conhecimento factual referente as nossas decisoes; (2) ralusente estamos pressionados pelo tempo quando tomamos Secnues, ¢ (3) embora 0 eérehen humana prxcia sistemas nntavers de procenamento da informagie, © nese poder de céleulo a0 Corsicerar informagoes dispuniveisesté muito aquém do que Sugress a visao lassica da tomada de decisoes — isto €, 2 nossa capacilade tem limites aia estar sae dias, Gigerenzer @ Goldstein utilizaram um modelo de computador para comparar algoritmas de tomada de Uevindo consistentes com modelos normatives ou "satsfcing” (que saustazem 0 suficiente”). Ambus 0» tipus de algorivnes ‘unliam de decidir quais de duas cidades alemas tisham uma ‘poyulacao maior. dada uma série de variveis sobre cada cidade, ‘como ter um time de futebol, um metro, etc. O modelo satistcing baseava-se na tomada de decisBo a part de uma raz30 46 em que a decicies se haspiam na considaracaa da um tinica fatar, Bessa ‘mancira, a decisio pode “er tomads com apenas uma pequens quantidade de informagoes, o que requer menos Yempo e uma ‘apacidade de calculo relativamente pequena em comparac3o ‘om 05 modelos notmativos que considerariam todos os dads isponiveis. A tomada de decisdo a partir de uma 12730 foi implementada por Gigerenzer e Goldstein em divereae varisve diferentes. Por exemplo, um algoritmo "tome a melhor lassificava as diferentes varlavels sobre cada cidade em ordem de {quo bem a variavel unica poderiaretletir a populacao real, com a decisio sobre a populagdo sendo entao baseada unicamente na variavel clasificada em primi lugar, ou "a melhor” Fm ‘comporagio, 02 diferentes algoritmos usodez para modelar 9 vio “dssica™ da tomiada de decindu podian considera todas as informacoes disponives e dispunham de um tempo siqnificativamente maior para fazer célculos baseados nessas informagies Interezsantemente, @ algeritmo "tome 2 methor” equiparavs. se 2 ou superava todus os alyoritwves otinativos, tanto na preciso como na velocidade das decisoes tomadas. Além do mais, diversas outras variavets da tomada de decisao a partir de uma ‘azo que dependiam de ainda menos informacoes apresentaram ‘apenat uma pequena queda na exatidso. Gigeranzer e Goldstein zhlienteram que esses resultados indicem que decides acuradas, S30 posses em condigbes ecologicamente valida, © que Consideravess evidencias comportamentass sugerem que os hhumanos frequentemente tomam decisbes com base em razdes ikoladae Ne interecce ainda maine aque & que pnderemns compreender cado vee melhor 3 cognigso humana a0 considerar como os ambientes em que eveluinius moldaram @ nossa maneira de pensar e raciocinar. Entretanto, isso nao significa que os modelos baseados em satisfacdo suficiente serao superiores aos modelos normativos em todas ar situagdes. A tomada de derisse 6 um pracerto ‘extremamente varidvel, « devemos esperar que os humanos {enhar indmeras estrategis diferentes, Qual delay sera a ell: val depender da natureza ou do contexto da situagao especitica na verdade, a melhor sera uma estcatégia coanitiva adaptativa ‘uma perspectiva do processamento da © Como resolvemos problemas ¢ tomamos decisbes? A tolugio de problemas pode ser considerada de diversas abordagens (vaja a Tabela 6.2). De uma perspertiva da Gestalt 0s problemas tém estrutura, © pedemos obter insight ao reestruturar o entendimento do problems. De formagao, os problemas podem ser dlscutidos em relayao a umn espace de solugio que descreve os diferentes caminhos que podem ser tomados na busca de uma solucdo. AS teorias normativas da tomada de decisdo sugerem que devemos agir de modo *6timo". com base nos resultados mais provivele dac diferentes dacieses Entratanta, muitas vazes cometamot error quanda estimamas ac probabilidades, Sificuldades que s30 tratadss pelos teorias dexcitivas. Conforme a2 teorias da tomada de decisso se afastam das ‘abordagers norm ntecipamos que uma decisae possa gerar 5, Yom havide mator consider ayau plus seritimeritos — come o de acrependimento q¥e 266 inteligencia Um ateibuta utihzado para descrever uma pessoa, bascado nas suposicbes de ‘que (1) toda pessoa tem uma gama do diferontes capacidades @ (2) 3 inteligéncia pode zer iqualada 9 como uma pessoa & avalide ert ‘uma escala de capacidades especifica, conforme valorizado pela cultura) idade mental Uma predicdo de uae avangada ou atrasada esta a crianga om relagso 40% seus iguais dde mesma idade, conforme Ucterminads por uma comparacao do escore de teste da cranga com 0 escore médio das criancas de cada faixa eronnlogiea quociente de inteligéncia G ninnera que atstemes quando dividimos a idade mental dla vianga pela sua idade ronol6gica e depois multiplicamos esse resultado por 100 mada FIGURA 8.14 lied Binet 0 ave do O Plo GAZZANIGA © HEATHFRTON O QUE A INTELIGENCIA REFLETE? ‘Ag o momento, consideramos a mantita pela qual o conhecimento € representado na mente ¢ ‘como ualizames esse conhecimento pata resolver problemas tomar decsies. Um dos topicos mais inflamadamente debatids na ciénciapsicolégica tem a ver cou come o conteciminto esuaaplcagay ha vida cotkiane se traduzem em inteligéncia individual» com o gran teativo em que a “inteigéne determinada por nossos genes e nosso ambiente. Como vereutos, imteligénca & un conceit dif de defini, pois pode assumir diferentes formas, mas a maioria das Aefiniges eoncorda que (1) w Thumanos tém uma gama de diferentes capacidades ¢ (2) a inteligéucia pe set igual a com tna pessoa 6 avaliada em uma escala de capaidade espeific, Nesta soc, prinwito disetiremas sper pectva histrica subjacent id contemporinea de que a intelgéncia Innate dep —e da cultura. Depo, trataremas de diversas teorias que tentam expliar como a inteligénra pods dlescrita de ura maneiraindependente do contcxto.E, finalmente,conclinos com uma wala do debate “natureza versus ambiente” sobre a inteligénca e seus determinant de do contexto Definicoes ¢ medidas dependem do contexto © tema central ue atravessa toda a histria da pesquisa cicmtfica sobee a intligéncia¢ a busca de uma defini para ela. As primeiras entativas de estudar a inteligénca foram eaordenadas por Sir Francis Galton no final do século XIX haseavarm se em defnigbcs operaconais que vinculavam a imtligéncia a velocidade das respostas neurais ea senibilitade ou acudae dos sistemas senso Fial/poreeptivo — quanto tas ripidas as nossa respostas e mais agudas as nossas percepgdes, mis {sports sian, 1a opin de Galton. Embora, como vesenios, esses fatores possam estar subja centes a aspectos da que povleriamas chamar de “inteligéacis", Alfred Binet (Figura 8.14) lagu ik envolvew na Faw wa medida mais pritica da ineligéncia, com base em uma definicaosneia mente difesente da de Galton Segundo Binet, & uellur compreender a inveligencia como uma colegdo de processus ments de nivel superior -» nas termas de hoje, eoisas camo capacidades “verhais","materiticas” e “anal cas", Binet unha sido encartegado pelo Mtinscro da Bducagao francés de identifica as entangis, sistema escolar francés, que precisavam do atenga ¢ instrugio extras, dle modo que elev um teste para medir 0 vocabulésio, a memnitia, a labilidade com niimeros, e assim por diante, des criancas — a Escala de Ineligéncia BinetSimon A visao Classica da inteligéncia 0 logado ela osealn de Binet & duple. fim primeico lugar, la introduzia o conceit de idade mental, que & wna preci le auao avangada — ou atrasada — esc a erianga em rekagin sos sons igus da osm ide, A dade mental é determinada comparando-se w esure de este da ei om 6 escore medio das crangas de cada fait cronoligiea. Por exemplo, sma ceianca de 8 anos que lé Shakespeare crealiza eleulos avangads pleia tet ms4io eS ye tumadolescente medi de 16 anos ~o que dart crianga de 8 anos uma ule mental de 16.0 infame quociente de inteligéncia ou QL ¢calculado dividing sik imental estimada da cranga pela sua iade cronoligica e depois multiplies se ese aime por 100 Idade mental a x 100 = Qh Cronoligica Para a nosia ering prodigi, isso sigifcara um Ql de 200! © segundo legado da Escala de inteigéncia BinetSimon, juntamente com st poster revi, eomhecida como a scala Stanford Binet, & que ca cstabeeect cust dloura suposigio na sociedade ocidental de que a inteligéncta ¢detinida pelo dese nn ca pessoa ness tipo de teste. Mais especiticamente, testes como a Escala Stanfad Binet focalizam habildades verbais © de raclocinio, propondo problemas nav muito ete diferentes dos diseutidos anceriormente neste capitulo, nis como o da Torte de Hani do problema des nove pontos. O benefico de se defiir a inte

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