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POP Transporte de Paciente Intra e Extra Hospitalar Da Unidade Mista Nicolau Aldo Quevedo
POP Transporte de Paciente Intra e Extra Hospitalar Da Unidade Mista Nicolau Aldo Quevedo
Procedimento Operacional
Padrão
Elaborado por:
Aprovado por:
CASTANHEIRAS- RO
2023
Prefeitura de Castanheiras
Secretaria Municipal de Saúde
UNIDADE MISTA NICOLAU ALDO QUEVEDO
INTRODUÇÃO
O cuidado humano traz inúmeros benefícios, entretanto os erros vêm acontecendo com mais
frequência em âmbito hospitalar.
Diante disso, a segurança do paciente é considerada uma temática de importância crescente nas
últimas décadas, que merece atenção prioritária na área da saúde. Esse fato ocorre principalmente
devido aos efeitos adversos, pois estes implicam em custos sociais e econômicos, consequentemente
gerando danos irreversíveis aos pacientes e seus familiares.
A segurança do paciente é um dos atributos da qualidade do cuidado, podendo ser definida como ato
de evitar, prevenir ou melhorar os resultados adversos ou as lesões originadas no processo de
atendimento médico-hospitalar. Um em cada dez pacientes é acometido com eventos adversos
hospitalares.
Esses são definidos como toda ocorrência que resulta em dano não intencional ao usuário relacionado
à saúde ou aos serviços fornecidos aos usuários.
Tendo em vista a magnitude do problema, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004,
criou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente (World Alliance for Patient Safety) com o intuito
de definir e identificar as prioridades no contexto da segurança do paciente. Além disso, o programa
visa conscientizar e conquistar o compromisso político através de campanhas internacionais que
reúnem recomendações destinadas a promover a segurança dos pacientes ao redor do mundo. Devido
à importância do tema no cenário da saúde, em 2014, o Brasil instituiu o Programa Nacional de
Segurança do Paciente (PNSP), com o objetivo de qualificar o cuidado em todos os estabelecimentos
de saúde do território nacional.
O transporte intra-hospitalar (TIH) de pacientes é uma rotina na maioria dos hospitais, sendo
imprescindível que a garantia da segurança do paciente seja mantida durante todo o procedimento,
pois envolve uma série de riscos. A razão básica para o transporte é a necessidade de cuidados
adicionais não disponíveis no local onde o paciente se encontra, como a realização de testes
diagnósticos, procedimentos terapêuticos ou transferência para outros setores ainda dentro do próprio
ambiente hospitalar.
A ocorrência de Eventos Adversos nesse tipo de transporte varia de 30% a 80%, sendo as mais
frequentes, as alterações da função cardiorrespiratória que resultam, principalmente, em instabilidade
fisiológica com prejuízo na oxigenação tecidual. Hipertensão grave, arritmia e obstrução de vias
aéreas parecem ser outras causas de grande prevalência. Há ainda riscos inerentes ao próprio
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Secretaria Municipal de Saúde
UNIDADE MISTA NICOLAU ALDO QUEVEDO
1. OBJETIVOS
• Organizar de forma racional, atualizada, ágil, eficaz, integral e segura o transporte intra- hospitalar.
• Padronizar e sistematizar as condutas da equipe durante o transporte intra e inter – hospitalar dos
2. DOCUMENTOS RELACIONADOS
ANEXO 1
3. INFORMAÇÓES GERAIS
Realização de exames diagnósticos (no carro da Unidade Mista Nicolau Aldo Quevedo);Procedimentos
terapêuticos e transferecia;
Transferências entre leitos ou Interclínicas; Encaminhamento às atividades extra clinica;Alta hospitalar.
Contraindicações do transporte intra-hospitalar de pacientes:
ldentificar todas as intercorrências e complicações que possam ocorrer no trajeto e adotar medidas
preventivas;
Organizar os documentos necessários para o transporte, tais como solicitações de exa-
mes/procedimentos, prescrição e registro da enfermagem do dia, em algumas situações, levar exames
anteriores ou prontuário completo;
» Nos casos de transferência intra e extra hospitalar, comunicar o setor de destino o tempo previsto de
chegada e condições clínicas do paciente, conforme check list;
Assegurar os cuidados com os dispositivos utilizados pelo paciente: cateteres endovenosos, tubos
endotraqueais, sondas vesicais e nasogástricas, drenos, atentando para fixação, proteção, curativo e
permeabilidade dos mesmos;
Certificar-se de que o curativo está ocluído, limpo e seco;
» Comunicar o/a enfermeiro/a assistencial do plantão, que estará saindo da Unidade Mista com o
paciente;
Transportar o paciente com conforto: maca com colchão e que este esteja tomado com lençol;
Disponibilizar, se necessário, lençol para cobrir o paciente;
Utilizar medidas de proteção (grades, cintos de segurança, entre outras) para assegurar aintegridade
física do paciente, caso seja necessário;
Registrar as intercorrências, intervenções e demais informações no prontuário do paciente;
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Redobrar a vigilância nos casos de transporte de pacientes obesos, idosos e sob sedação;
Evitar conversas em tom alto e pessoais durante o trajeto;
Seguir as normas estabelecidas no protocolo de transporte intra-hospitalar, sob a especifica
responsabilidade.
No caso de pacientes em uso de Nutrição Enteral e Parenteral, deve seguir as recomendações do
Protocolo.
Enfermeiro
• Organizar e definir a distribuição de atribuições da equipe nas fases pré, trans e pós-transporte de
baixo, médio e alto risco;
• Selecionar o meio de transporte que atenda às necessidades e segurança do paciente;
• Estabelecer comunicação efetiva com as equipes dos locais de origem e de destino do paciente,
atendendo os itens do check list e demais informações que julgar necessárias;
• Testar e programar o ventilador de transporte, na ausencia do fisioterapeuta;
• Acompanhar a transferência do paciente para UTI casa haja necessidade, para as Unidades de referência
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• Monitorar o nivel de consciência e as funções vitais, de acordo com o estado geral do paciente,
durante o transporte;
Verificar a funcionalidade dos dispositivos (drenos, sondas, cateteres, etc) que o paciente esteja fazendo
uso, antes e após seu retorno para a unidade.
Revisar a prescrição médica, na admissão e/ou retorno do paciente à unidade, pós procedimento;
Acompanhar as atividades realizadas pela equipe responsável pelo transporte; Treinar/capacitar a
equipe de enfermagem, de acordo com o protocolo de transporte; Atentar para alterações nos parâmetros
hemodinâmicos e respiratórios do paciente, nos trinta a sessenta minutos pós-transporte;
Abrir ordem de serviço para manutenção, caso haja necessidade de conserto das macas e cadeiras
de roda e banho.
Médico
Avaliar a necessidade do transporte e condições clínicas do paciente; Autorizar por escrito a saída do
paciente para procedimento externo;
Entregar as solicitações de exames e procedimentos para a enfermeiro do plantão, com
Definir e comunicar à enfermagem os medicamentos que poderão ou não ser interrompidos durante o
transporte;
Estabilizar o paciente hemodinamicamente antes de ser transportado;
Fisioterapeuta
Acompanhar o paciente de alto risco, sob ventilação mecânica, ao setor de destino oferecendo suporte
ventilatório adequado.
Técnico de Enfermagem
Realizar a limpeza e desinfecção dos equipamentos médicos utilizados no transporte, dei xando-os
sempre em condições de uso posterior;
Solicitar ao encarregado da empresa de limpeza a necessidade de higienização dos veículosde transporte
utilizado.
Maqueiro
Higienização e Limpeza
As etapas do transporte intra e extra-hospitalar de pacientes são divididas em: etapa de planejamento,
transferência e estabilização pós-transporte.
Etapa de Planejamento
A etapa de planejamento contempla uma comunicação eficaz entre o local de origem e o de espera, avaliação
do estado clínico atual do paciente, com vistas a levantar possíveis complicações, classificação do transporte,
definição da composição da equipe e avaliação da necessidade individual de equipamentos para o
transporte de cada paciente.
A unidade que irá receber o paciente deverá ser comunicada previamente quanto a condição
clínica do paciente e sua evolução nas últimas 24 horas, idade, peso, diagnóstico e/ou procedimento
realizado, padrão respiratório e hemodinâmico, especificações dos tipos de dispositivos invasivos que ele
possui, materiais e equipamentos necessários para receber o paciente em seu destino, uso de medicamentos,
necessidade de adoção de precauções específicas e hora exata da transferência,
vide check list, em anexo.
O transporte do paciente poderá ser classificado como de baixo, médio e de alto risco,considerando
as condições clínicas do mesmo;
Quadro tipo de Transporte
No transporte de baixo risco, o paciente não precisará ser monitorizado, mas os sinais vitais deverão
ser aferidos antes e após o transporte e registrados em impresso próprio no prontuário.
No transporte de médio e de alto risco, os pacientes deverão ser transportados munitoriza-
dos (frequência cardíaca, saturação de oxigênio, e se necessário, pressão arterial sistêmica).
O número e a categoria de profissionais envolvidos no transporte intra e extra-hospitalar variaram de
acordo com as condições clínicas, o peso do paciente, o número e complexidade de dispositivos
invasivos e equipamentos utilizados.
As precauções deverão ser cumpridas durante o transporte, considerando as condições clínicas do
paciente em isolamento respiratório, reverso e/ou por contato, conforme quadro a seguir. Ressaltando
a prática de higienização de mãos conforme os "Os 5 momentos’’, preconizado pelo Ministério da
Saúde.
KIT DE TRANSPORTE;
A maleta contendo o kit de intubação traqueal, medicamentos e materiais de suporte deve-
rão ser acondicionados em uma maleta identificada como "KIT DE TRANSPORTE”, devendo ser
mantida em local de fácil acesso e ser checada diariamente, além disso, deve ser mantido uma tesoura
junto a maleta ’KlT DE TRANSPORTE”, para viabilizar o rompimento do lacre da maleta. Os demais
equipamentos e acessórios não previstos nessa maleta deverão ser selecionados de acordo com o
diagnóstico e estado clínico de cada paciente.
No transporte de alto risco, são recomendados, no minimo, monitor multiparamétrico
para avaliação de sinais vitais ou oxímetro de pulso, bomba de infusão contínua, com bateria
suficiente, cilindro de oxigênio cheio e ventilador de transporte, se necessário.
Na maleta deverá conter os kits com os itens do quadro abaixo.
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QUANTIDADE MATERIAL
5 DE CADA SERlNGAS DE 5, 10 e 20 ML
PCT GAZE
ESTERIL
FIO GUIA
2 DE CADA MULTlVlA/TORNElRlNHA
2 CADA AGULHA
BURITIS
ESPARADRAPO
SNG N°20
BOLSA COLETORA
A Portaria GM/MS n.º 2048, de 5 de novembro de 2002, preconiza maleta de urgência de acordo
com o tipo de Transporte contendo:
• Ambulância de Suporte Básico (Tipo B): maleta com medicações a serem definidas em
protocolos, pelos serviços.
• Ambulância de Suporte Avançado (Tipo D, E e F):
A definição da composição das maletas de urgência deve ser definida e validada na unidade
Hospitalar, considerando a legislação vigente. A unidade deverá descrever todos os aspectos
relacionados as maletas de urgência: fluxos de dispensação, controle, utilização, reposição e
conferência.
QUANTIDADE MEDICAMENTO
10
AGUA DESTILADA
AMIODARONA
DI Pl RONA
FUROSEMIDA
- GLICOSE 50%
MIDAZOLAM
MORFINA
NORADRENALINA
MORFINA
S. GLICOSADO 5%
S. RINGER
SF. 0,9%
SUCCINIL COLIN
BUTAMINA
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ETOMIDATO
FENTANIL
FLUMAZENIL
NAXOLANO
PLAZIL
ATROPINA
Normas Gerais:
O transporte do paciente, se não for em caráter de urgência/emergência, deverá ser evitado durante as
trocas de plantões (30 minutos antes ou após) e no horário de visitas. Se necessário transportar no
horário de visita comunicar a familia..
O paciente deverá ser transportado em maca ou cadeira de rodas selecionados conforme as condições
clínicas, físicas e idade do paciente. Crianças podem ser transportadas no colo do responsável, desde
que o responsável seja conduzido em cadeira de rodas.
O paciente que apresentar condições plenas de de ambulação poderá ser transportado andando,
somente no momento da admissão.
Em caso de óbito e transporte do corpo ao necrotério, o maqueiro deverá transportar o paciente,
utilizando uma maca, atendendo ao tipo de precaução recomendada em cada caso, sendo acompanhado por até
2 (dois) familiares.
list para reencaminhar o paciente de volta para a Unidade Mista Nicolau Aldo Quevedo caso seja necessário.
Grupo de Risco
Pacientes em:
Uso de drogas vasoativas;
Em ventilação mecânica invasiva e com PEEP
Complicações Comuns
O planejamento das ações e cuidados visará prever todas as intercorrências que possam acontecer
durante o transporte com intuito de evitá-las, tais como:
Alterações dos níveis pressóricos; parada cardiorrespiratória; arritmias; acidente vascular cerebral;
insuficiência respiratória; broncoaspiração, vômitos; alteração do nível de consciência; agitação;
crise convulsiva; dor; hipotermia; aumento da pressão intracraniana; hipo/hiperglicemia e
broncoespasmo.
Extubação; obstrução de vias aéreas por secreções: pneumotórax; tração de cateteres; perda do acesso
venoso; interrupção da infusão de drogas vasoativas; término do medicamento e falhas técnicas dos
equipamentos.
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ANEXO I
ANEXO DE RESOLUÇÃO COFEN Nº 0588/2018
Por envolver a garantia da segurança do paciente, é mister compreender que o transporte do mesmo, carece
de assistência contínua e que necessita da equipe de enfermagem, durante todo o seu processo. Para isso,
deve-se assegurar a atuação de profissionais em quantitativo suficiente de acordo com o grau de
complexidade que o caso requeira.
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II – Paciente de cuidados intermediários (PCI): paciente estável sob o ponto de vista clínico e de
enfermagem, com parcial dependência dos profissionais de enfermagem para o atendimento das
necessidades humanas básicas;
III – Paciente de cuidados de alta dependência (PCAD): paciente crônico, incluindo o de cuidado paliativo,
estável sob o ponto de vista clinico, porém com total dependência das ações de enfermagem para o
atendimento das necessidades humanas básicas;
IV – Paciente de cuidados semi-intensivos (PCSI): paciente passível de instabilidade das funções vitais,
recuperável, sem risco iminente de morte, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e
especializada;
V – Paciente de cuidados intensivos (PCIt): paciente grave e recuperável, com risco iminente de morte,
sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e
especializada.
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REFERENCIAS
Ministério da Saúde - MS. Politica Nacional de Humanização. PNH — Humaniza SUS.Brasil, 2003.
PEREIRA, Gerson A. Junior. CARVALHO, Júlia Batista. PILHO, Amóbbio D. Ponte. MAL- ZONE,
Daniela A. PEDERSOLI, Cesar E. TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DO PACI-
ENTE CRÍTICO. Medicina, Ribeirão Preto, 2007; 40 (4): 500-8, out.Zdez.
WARREN, Jonathan. JUNIOR, Robert E. Fromm. ORR, Richard A. ROTELLO, Leo C. HORST,
Mathilda. American College of Critical Care Medicine. GUIDELINES FOR THE INTER-AND
INTRAHOSPITAL TRANSPORT OF CRITICALLY ILL PATIENTS. Crit Care Med 2004. Vol.
32, No.1.
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MOTIVO TRANSPORTE
[ ] R EALIZAÇÂ O DE EXA MES [ ] ALTA HOS PITALAR
QUAL? [ ] ALTA POR TRANSFER ÊNCIA. HOSPITAL?
DEST lNO: [ ] TRANSF. ENTRE CL ÍNICA S
TIPO DE PRECAUÇAO
[ ] PADRÂO ( ] CONTATO Í ] RESPIRATÓRIO
*Portador de Bactéria Mrilti-resistente, Confirmar limpeza de elevador com Unidade Hotelaria [ ]
DISPOSITIVOS INVASIVOS
[ ] SNG [ ]SNE [ ]TOT/TQT [ ] DR ENO SUCTOR
[ ] SVD [ ] DFT [ ] KEHR [ ] DVE ( ] PA [
[ ] DRENO. Especificar: [ ] ACESSO VENOSO CENTRAL. local?
[ ] OUTROS: [ ] ACESSO VENOSO PER IFÉRICO. Local?
[ ] CATETER PARA DlÁ L ISE. Local?
MEDICAMENTOS EM INFUSÃO CONTÍNUA
DROGA v zs tj OUTROS (ESPECIFICAR DROGA E VAZÃO):
NORA DRENAL INA
NI’I RfJPR1US IA'I'O I8E SODI(ã
N ITROGL ICERINA
NPT
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO TRANSPORTE: { |BAI XO [ {M ÉDIO { |ALTO
RECEBIDO:
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