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TEOLOGIA ELEMENTAR DOUTRINARIA E CONSERVADORA Emery H. BANCROFT, D.D. * EDITORA BATISTA REGULAR “CONSTRUINDO VIDAS NA PALAVRA DE DEUS? Rua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - Sao Paulo - SP 2001 TEOLOGIA ELEMENTAR Terceita edicao, Copyright, 1960 pelo Semindrio Biblico Batista, Johnson City, New York Traduzido e publicado com a devida autorizaczo. Traduca: Joao Marques Bentes e WJ. Goldsmith Ecitado em portugués por: Robert Collins Em celaboragio com: Ronald Meznar e Bernard N. Bancroft Décima segunda impressao: 2011 Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada em sistema de processamento de dados ou transmitida em qualquer forma ou qual- quer meio — eletrénico, mecanico, fotocdpia, gravacao ou qualquer outro — exceto para citagdes resumidas com o propésito de rever ou comentar, sem prévia autorizacao dos Editores. Supervisto de producdo: Edimilson L. dos Santos Capa: Edvaldo C. Matos ISBN 85-7414.016-3 EDITORA BATISTA REGULAR DO BRASIL ‘Rua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - Sdo Paulo - SP Telefone: (011) 5041-9137 — Site: www.editorabatistaregular.com.br INTRODUGAO A SEGUNDA EpicAo Esta ¢ a segunda edicao em portugués de Teologia Elementar, Dou- trinaria e Conservadora por Dr. Emery H. Bancroft. Novamente estamos certos de que muitos encontrarao em suas paginas a clareza e a profundi- dade das grandes doutrinas da palavra de Deus. Estes estridos dotitrinarios distinguem-se por sua forte énfase bibli- ca. Este volume sera, certamente, uma contribuigao vital as igrejas que sao leais 4 Biblia. Nesta época de grande confusao religiosa, é motivo de profunda satisfacao publicar um livro que ensina de modo tio hicido a Teologia Biblica. O Dr. Bancroft apela sempre, nao 4 autoridade dos his- toriadores, nem a dos tedlogos e nem a dos chamados “Pais da Igreja”, senao a autoridade absoluta da Palavra de Deus. Devido a sua boa organizagao teolégica e ao estilo literario claro, este livro é sobremodo apropriado para uso como texto em Institutes Biblicos e Seminarios. Grande ntimero de pastores hao de descobrir que o livro é de valor inestimavel para sua meditacao particular, e como texto para estudos biblicos sobre doutrina em suas igrejas. Devido ao fato de que © livro expressa em linguagem simples e clara as grandes verdades bibli- cas, muitos dos assim chamados “leigos” receberao grandes beneficios em usar 0 volume para seus préprios estudos. Todos os ensinamentos sao fortalecidos pelo uso abundante de citagGes e referéncia biblicas. Nossa oracao 6 que este novo livro teoldgico seja grandemente aben- goado por Deus, e que milhares de “obreiros aprovados” possam encon- trarnele instrucao, inspiragao e um sdlido alicerce biblico para um minis- tério frutifero nos “campos que ja branquejam a ceifa” Sao Paulo, E.S.P., Brasil Roserto C. CoLuins PREFACIO A Biblia da grande importancia & doutrina, e afirma fornecer 0 mate- rial proprio para o seu contetido. Ela é enfatica em sua condenacao contra o que ¢ falso. Adverte contra as “doutrinas dos homens” (Cl. 2:22); contra a “doutrina dos fariseus” (Mt. 16:12); contra os “ensinos dos deménios” (Tm. 4:1); contra os que ensinam “doutrinas que sao preceitos dos ho- mens” (Me. 7:7); contra os que so “levados ao redor por todo vento de doutrina” (Ef. 4:14) Entretanto, se por um lado a Biblia condena o falso, por outro igual- mente exorta urgentemente e recomenda a verdadeira doutrina. Entre outras cousas ¢ para doutrina que “toda Escritura é ... titil para o ensino” (II Tm. 3:16). Portanto, nas Escrituras a doutrina é reputada como “boa” (I Tm. 4:6); “sa” (I Tm. 1:10); “segundo a piedade” (I Tm. 6:3); “de Deus” (Tt. 2:10), e “de Cristo” (II Jo. 9). Temos procurado zelosamente fazer com que o ensino deste livro seja a expressio e a elucidacao das doutrinas das Escrituras, e, por esse motivo receba a recomendagao e a béngao de Deus. As observagées aqui contidas tém constituido o curso de Primeira Série nas classes das quais © autor tem sido instrutor durante muitos anos. No planejamento e pro- podsito deste volume, temos em vista nao apenas classes dessas épocas em ginasios, Seminarios e Escolas Biblicas, mas igualmente em grupos de estudo e até mesmo individuos particulares, que desejem equipar-se com o conhecimento da doutrina biblica. Se a Deus parecer bem fazer uso desta obra, na propagacao da ver- dade do Evangelho, ser-Lhe-emos profundamente agradecidos. E.H. Bancrort, D.D. SimBotos Usabos Ver Ainda Ver Também a. (depois de um versiculo) .Primeira Capsula b. (depois de um versiculo).... .. Ultima Clausula DD. ... Declaracao Doutrinaria [NDICE DO CONTEUDO Introdugao iii Prefacio ... iv Simbolos Usados v CAPITULO PRIMEIRO A DOUTRINA DAS ESCRITURAS A. Sua Canonicidade ou Autenticidade ... 1 L_ Significado 1 I. Provas 2 1. O Canon do Antigo Testamento . 2 (1) ALei 3 (2) Os Profetas ... 5 (3) Prova Suplementar do Novo Testamento 6 2. O Canon do Novo Testamento... 6 B. Sua Veracidade 8 L. Significado 8 IL. Provas 8 1. Estabelecida por consideracées negativas 8 2. Estabelecida por consideracées positivas 9 (1) Integridade topografica e geografi 9 (2) Integridade etnoldgica ou racial 10 (3) Integridade cronolégica......... 10 (4) Integridade histérica .. 10 (3) Integridade canénica...... 1 C. Sua Inspiracio ou Autoridade Divina........ 12 L_ Significado 12 IL. Provas...... 12 1. O testemunho da Arqueologia. 13 2. O testemunho da Biblia... 14 3. O testemunho de Cristo....... 20 4. O testemunho das vidas transformadas. 22 inprce v0 Contsé0 vii I A Natureza de Deus (Revelada por Seus atributos, CAPITULO SEGUNDO A DOUTRINA DE DEUS . O Fato de Deus. I. Estabelecido pela Razao 1. Argumento decorrente da Crenca Universal 25 2. Argumento de causa e efeito.......... 6 3. Argumentos decorrente da evidente harmonia da crenga em Deus com os fatos existentes ......... II. Estabelecido pela Revelacao. Atributos naturais 1. A vida de Deus... (1) O significado de “Vida” (2) A realidade biblica da Vida como atributo divino. (3) A vida de Deus ilustrada e demonstrada nas Escrituras. 2. A Espiritualidade de Deus. (1) O seu significado........ (2) A realidade biblica estabelecida.. (3) A realidade biblica iluminada. (4) A realidade biblica interrogada 3. A Personalidade de Deus (1) Seu significado ... (2) A realidade biblica da Pessonalicade de Deus estabelecida... 40 a. Pelos nomes dados a Deus ¢ que revelam personalidade ... 40 b Pelos pronomes pessoais empregados para Devs... 44 c. Pelas caracteristicas e propriedades de personalidade 45 d, Pelas relagdes que Deus mantém com o universo e com atribuidas a Deus. os homens. 4. ATri-Unidade de Deus... Refutac4o do sabelianismo, do swedenborgi nismo e do triteismo (1) Unidade de Ser a. Sens significado —.. b. A realidade Biblica Ixmrce vo Conretino (2) Trindade de Personalidade 53 a. Seu significado... 54 b. A realidade biblica. 54 5. A Auto-Existéncia de Deus........ ...60 (1) Seu significado 61 (2) Sua realidade 261 6. Aetemidade de Deus @2 (1) Seu significado esssssstne soos 62 (2) Sua realidade 63 7. A imutabilidade de Deus. a 2.63 (1) Seu significado 65 (2) Sua realidade.... (3) Objecdes & doutrina da Imutabilidade 8. A Onisciéncia de Deus... (1) Seu significado (2) Sua realidade.... (3) Sua aplicacao 9. A Onipoténcia de Deus. (1) Seu significado 73 (2) Sua realidade 7 (3) Sua aplicacao... 74 10. A Onipresenca de Deus 77 (1) Seu significado 78 (2) Sua realidade 78 (3) Sua qualificagao . . 79 Sua aplicacao a vida e & experiéncia humana . 80 Tl. Os atributos morais .. - 81 1. A santidade de Deus, incluindo a Retidao ea Justica.... 81 (1) A Santidade de Deus (Propriamente dita)... a. Importancia da doutrina b. Significado de santidade quando se fe refere a Dews......83 c. Sua realidade biblica.. d. Sua manifestacao ....e e. Sua aplicacao (2) Aretidao e a Justica de Deus a. A retidao de Deus. (a) Seu significado. force po Contre ix (b) Sua realidade biblica..... b. A Justica de Dew: (a) Seu significado. (b) Sua realidade biblic c. A manifestacao da Retidao e da Justica de Deus. 2. O Amor de Deus, incluindo a Misericérdia e a Graga .. (1) Oamor de Deus .. a. Seu significado b. Sua realidade biblica c. Seus objetos .. d. Sua manifestacao .... e. Seus varios aspectos.. (2) A Misericérdia e a Graca de Deus a. A misericordia de Deus.........4 (a) Seu significado. (b) Sua realidade biblica........... b. A Graca de Deus... (a) Seu significado.... (b) Sua realidade biblica.... c. A manifestagao da misericordia e da Graca de Deus. 102 C. O Conselho de Deus soseeeeens I. O Plano de Deus em relacao ao Universo e aos homens 1. Set significado... 2. Sua realidade biblica 3. Seu escopo .. secs IL. O Propésito de Deus em rela cao a reden 1. Set significado... Sua realidade biblica 3, Sua aplicacdo (1) No convite ou chamada geral (2) No convite ou chamada eficaz.. 4. As objecoes .. CAPITULO TERCEIRO A DOUTRINA DE JESUS CRISTO AL A Pessoa de Cristo ............--10e--seee--seeeesseeeeeeetsseeeeseeeseeeeeeeeneeeeeneee IL A Humanidade de Jesus Cristo, conforme demonstrada.. x force Do Contetmo 1. Pela Sua ascendéncia humana — Concepeao Miraculosa......125 2. Por Seu crescimento e desenvolvimento naturais 136 3. Por Sua aparéncia pessoal ... 4, Por possuir natureza humana e completa . 5. Pelas Suas limitacdes humanas sem pecado. 140 6. Pelos nomes humanos que Lhe foram dados por Ele mesmo © por outros, 144 7. Pela relagéo humana que Ele mantinha com Deus (O auto-esvaziamento de Cristo) 145 II. A Divindade de Jesus Cristo, conforme demonstrada...............147 1. Pelos nomes divinos que Lhe so dados nas Escrituras ......150 2. Pelo culto divino que Lhe é tributado....... w@ Pelos oficios divinos que as Escrituras atribuem a Jesus Cristo... 4. Pelo cumprimento, em Cristo, no Novo Testamento, de declaragées do Antigo Testamento a respeito de Jeova.........156 5. Pela associacao do nome de Jestis Cristo, 0 filho com o de Deus Pai... TIL. O Carater de Jesus Cristo. 1. A Santidade de Jesus Cristo......... (1) Seu significado .. (2) Testemunhos de sua realidade (3) Sua manifestagao O Amor de Jesus Cristi (1) Seu significado ... (2) Seus objetos.. (3) Sua manifestagao .. 3. A Mansidao de Jesus Cristo. (1) Seu significado (2) Sua realidade (3) Sua manifestacao a 4, A Humildade de Jesus Cristo (1) Seu significado (2) Sua realidade (3) Sua manifestacao .. B. A Obra de Jesus Cristo L Amorte de Jesus Cristo ... 158 158 wv 1. Sua importancia..... ve 179 2. Sua necessidade .... .. 182 3. Sua natureza.... (1) Negativamente considerada. a. A teoria de Acidente .............. 185 b. A teoria de morte de Martir.. 185 c. A teoria de influéncia Moral d. A teoria Governamental ... . 187 e. A teoria do Amor de Deus 188 (2) Positivamente considerada.. a. Predeterminada .... b 189 «. 189 d. 189 e. Expiatéria f. Propiciatoria g- Redentora h. Substitutiva. 4. Set escopo ... 5. Seus resultados... (1) Em relagdo aos homens em geral (2) Em relagao ao crente (3) Em relagao & Satands e aos poderes das treva’ (4) Em relacao ao universo material . Tl. A ressurreigao de Jesus Cristo .. 1. Sua realidade.. 2. Suas provas.. 3. Seus resultado: 217 CAPITULO QUATRO A DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO A. A Natureza do Espirito Santo.. I. A Personalidade do Espirito Santo L. Seu significado 2. Sua prova. 3. Sua importancia I. A Divindade do Espirito Santo... xii Ixpice vo Contetpo 233 234 234 1 234, 235 1, Set significado ... 2. Sua prova (1) Nomes divinos sa0-Lhe atribuidos (2) Atributos divinos sdo-Lhe referidos.. (3) Obras divinas sao por Ele realizadas. (4) Aplicagao de afirmacao do Antigo Testamento referentes a Jeov. (3) Associacao do nome do Espirito Santo aos nomes do Pai e de Cristo. B. Os nomes do Espirito Santo... eee I Nomes que descrevem Sta prépria pessoa 237 1. O Espitito....... 2. O Espirito Santo 3. O Espirito Eterno TI. Nomes que demonstram Sua relacao com Deus. 1. O Espirito de Deus. 2. O Espirito de Jeova 3. O Espirito do Senor Jeova....... 4. O Espirito do Deus Vivo... UI. Nomes que demonstram Sua relagdo com o Filho de Deus.. 1. O Espirito de Cristo. 2. O Espirito de Seu Filho 3. O Espirito de Jesus... 4. O Espirito de Jesus Cristo... IV. Nomes que demonstram Sua relacao com os homen. L. Espirito Purificador.. O Santo Espirito da Promessa O Espirito da Verdade. O Espfrito da vida. O Espirito da Graca. O Espirito da Gloria O Consolador C. A Obra do Espirito Santo. L_ Em relagao ao universo material ae wr No 1. No tocante a sua criacao.... 2. No tocante a stia restauracdo e preservacao I, Em relacao aos homens nao regeneradbs...... ixerce no Contetino xiii O Espirito: 1. Luta com eles... 2. Testifica-lhes 3. Convence-os IIL Em relacao aos crentes .. O Espfrito: 1. Regenera.... . Batiza no corpo de Cristo . Habita no crente. Enche o crente.... Libera. Glia oe oe ww Equipa para o trabalho wrx . Produz o fruto das gracas cristas ... 9. Possibilita todas as formas de comunhao com Deus. 252 10. Revivificara 0 corpo do crente... IV. Em relacao a Jesus Cristo...... 1. Concebido pelo Espirito Santo. . Ungido com o Espirito Santo. . Guiado pelo Espirito Santo . Cheio do Espirito Santo Realizou Seu ministério no poder do Esp: Ofereceu-se em sacrificio pelo Espirito. . Ressuscitado pelo poder do Espirito .. ow wu . Deu mandamentos aos apéstolos, apds a Ressurreicao, por intermédio do Espirito Santo 9. Doador do Espirito Santo . V. Em relacao as Escrituras .. 1. Seu Autor .. 2. Seu intérprete CAPITULO QUINTO A DOUTRINA DO HOMEM A. Sua Criacao I. Sua realidade... Tl. Seu método . 1. Negativamente considerado — nao por evolugao.. xiv Ixpice vo Contetpo 2. Positivamente considerado .. - . 261 (1) Ohomem veio a existéncia por um ato criador ..........261 (2) Ohomem recebeu um organismo fisico por um ato de formacio. 1.261 (3) Foi feito completo ser pessoal e vivo por uma acao final261 B. Sua Condig&o Original..... +262 L Possuia a Imagem de Deus. 262 IL. Possuia Faculdades intelectuais...... 264 III. Possuia uma Natureza Moral Santa 265 C. A Prowao...... eves 265 L Seu significado 266 IL. Sua realidade....... 266 III. Seu periodo 266 D. A Queda... 266 Sua realidade 267 267 1. O Tentador: Satands, por meio da serpente 267 ... 268 269 269 II. Sua maneira 2. A tentacao... TI. Seus resultados. 1. Para Addo e Eva em particular... 2. Para a raca em geral. 270 CAPITULO SEXTO A DOUTRINA DO PECADO A. Seu significado oe 275 I Negativamente considerado ... - 275 Nao ¢ um acontecimento fortuito ou dev: ido ao acaso... 275 Nao é wma mera debilidade da criatura... 2 Nao é uma mera auséncia do bem Roepe Nao é um bem da infancia. II. Positivamente considerado... E onao desobrigar-se dos deveres para com Det L 277 2. Eaatitude errada para com a Pessoa de Deus 3. Ea acdo errénea em relacao a vontade de Deus 278 4. Ea aco errénea em relacdo aos homens . 5. Ea atitude errénea para com Jesus Cristo 280 a E a tendéncia natural para 0 erro B. Sua realidade. L IL. Umi fato da Observacao IIL Um fato da experiéncia humana C. Sua extensio.. L A. A Regeneragio wun. I Il, Seu significado foie no Conrevine xv Um fato da revelacao. Os céus. A terr: . 1. Oreino vegetal... Oreino animal 2 3. Araca da humanidad CAPITULO SETIMO A DOUTRINA DA SALVACAO, Sua importancia 1. Rek 2. Relacao estratégica com o Reino de Deus estratégica com a Familia de Deus 1. Negativamente considerado (1) Nao € batismo. (2) Nao é reforma. 2. Positivamente considerado (1) Uma geracio espiritual . a 289 (2) Uma revivificacao espiritual . 290 290 291 (3) Uma translagao espiritual....... (4) Uma criacao espiritual ... TI. Sua necessidade .. soseeeeens 291 IV. Seu modo ... V. Seus resultados. L. A incapacidade daquilo que pertence a um reino, de passar por si para outro reino .. oe 2. Pela condicao de homem: morte espiritual. 3. A caréncia, por parte do homem, de uma natureza espiritual santa, e a perversidade de sua naturez: 1. Pelo lado divino: um ato soberano de poder... 2. Pelo lado humano ~ um duplo ato de fé dependente 1, Mudanga radical na vida ena experiéncia xvi inptce vo Contetpo 2. Filiacdo a Deus 294 3. Habitacdo do Espirito Santo... 4, Libertacao da esfera e da escravidao da came 5. Uma fé viva em Cristo .. 6. Vitéria sobre o mundo . . 7. Cessacao de pecado como pratica da vida... 8. Estabelecimento da justiga como pratica da vida 9. Amor cristao.. B. OAn ependivsento... L Sua importancia, segundo demonstrada 1. Nos ministérios primitivos do Novo Testamento.. 2. Na comissao de Cristo 3. Nos ministérios posteriores do Novo Testamento. 4. Na expressao do desejo e da vontade de Deus para com todos os homens... 5, Seu papel na salvagao do homem Il. Seu significado III. Sua manifestacao 1. Na confissao de pecado. 2. No abandono do pecado, IV. Seu modo 1. Pelo lado divino: otorgado por Dets 2. Pelo lado humano: realizado através de meios V. Seus resultados. 1. Alegria no Céu... 2. Perdao. 3. RecepcSo do Espirito Santo. Cc. AFé L Sua importancia... Il. Seu significado 1. Fé natural: Possuida por todos... . 2. Fé espiritual: possuida exclusivamente pelos crentes. 307 (1) Emrelacao a salvagao... (2) Em relagao a Deus... (3) Emrelacao a oracao 310 (4) Em relagao as obras 311 (5) Emrelacao a seu possuidor 312 iorce vo Conreino xvii TIT. Seti modo 00... seeeeeeeeee eee 1. Pelo lado divino: originada do Deus Trino... 2. Pelo lado humano: assegurada pelo uso de meios.... 314 IV. Seus resultados. 1, Salvagao..... 2. Uma experiéncia 3. Santas realizagées D. Justificagao....... I. Set significado . Il. Seu escopo 1. Remissao dos pecado: . 2. Atribuicao da retidao de Cristo III. Seu método....... 1. Negativamente considerado (1) Nao pelo cardter moral . 2) Nao pelas obras da lei 2. Positivamente considerado. (1) Judicialmente, por Deus... 2) Causativamente, pela grag (3) Meméria e manifestante, por Cristo 324 (4) Medianeiramente, pela fé 324 (6) Evidencialmente, pelas obras 325 IV. Seus resultados 1. Liberdade de incriminagao 2. Paz com Deus 3. Certeza e percepcao de glorificacao futura ... E. Santificagio...... L. Seu signif icado Il. Seu periodo... 1. Fase inicial: contemporanea da conversao 2. Fase progressiva: contemporanea da vida terrena do crente. 330 3. Fase final: contemporanea da vinda de Cristo. IL. Seu modo ... 1. Pelo lado divino: obra do Deus Trino oo 2. Pelo lado humano: realizada através de meios. Fo OragH0 eae I. Razao ou ‘necessidade da oracao xviii Ixpice vo Contetpo Il. A habitacao para a oragao 336 UL. As pessoas a quem ¢ dirigida a oragao IV. Objetivos da oracao 340 1. Nés mesmos... Nossos irmaos em Cristo. Obreiros cristao: 2. 3, 4. Novos convertidos 5. Os enfermos .... As criangas Israel 6 7. Os governantes 8 9 Os que nos maltratam 0. Todos os homens .... V. Seu método 1. Ocasifio 2. Lugar 3. Modo ... VI. Seus resultados... 1. Grandes realizacées. 2. Respostas definidas 3. Cumprimento do propésito divino..... 4. Glorificacao de Deus CAPITULO OITAVO A DOUTRINA DA IGREJA A. Seu significado L_ Na qualidade de organismo............ IL. Na qualidade de organizacao B. Sua realidade, conforme apresentada ........ I. Em tipos e simbolos.. 1. O corpo com seus membros... 2. A esposa em relacao ao esposo . 3. O templo com seu alicerce e suas pedras. Tl. Nas declaragoes proféticas L. A promessa da Igreja......... 2. A instituigao prévia para a Igreja IL. Em descricao positiva. ixorce vo Contetino: xix C. Suas ordenameas 1 OBatismo...... 1. Ordenado por Cristo 2. Praticado pela Igreja primitiva ....... Tl. A Ceia do Senhor. L Ordenado por Cristo . Observada pela Igreja primitiva.. CAPITULO NONO A DOUTRINA DOS ANJOS I. Sua existéncia L Estabelecida pelo ensino do Antigo Testamento. . Estabelecida pelo ensino do Novo Testament =| ww yas caracteristicas . . Seres criados . Seres espirituais . . Seres pessoai: Seres que nao se casam..... akon e Seres imortais Seres velozes . Seres poderosos.. a Seres dotados de inteligéncia superior we mna . Seres gloriosos. 5 Seres de varias patentes e ordens 11. Seres numerosos TIL Sua natureza mortal \ Todos foram criados santos ... . Muitos se mantiveram obedientes: confirmados em bondade .. 3. Muitos desobedeceram: confirmados na iniqtiidade IV. Suas atividades... 1. Dos anjos bons. 2. Dos anjos maus B. Satands I. Sua existéncia Xx Ixpice vo Contetpo TI. Seu estado original Criado perfeito em sabedoria e beleza..... Estabelecido no monte como querubim da guarda 381 Impecavel em sua conduta wn Elevado era seu coracao de vaidade e falsa ambigA0 ......381 AONE Rebaixado em seu carater moral e deposto de sua exalta posicao ...... U1. Sua natureza........ 1. Personalidade. 2. Carater IV. Sua posigdo ~ Muito exaltada... 384 1. Principe da potestade do ar. 384 2. Principe deste mundo. 385 3. Deus deste século. V. Sua presente habitagio. VI. Sua obra. . Originou 0 pecado - Causa sofrimentos 2 3. Causa a morte..... 4. Atraio mal 5. Ilude os homens. Inspira pensamentos e propésitos iniquos 388 6 7. Apossa-se dos homens... 8. Cega as mentes dos homens 389 9. Dissipa a verdade . 10. Produz os obreiros da iniqitidade 389 11. Fornece energia a seus ministros. 12. Opde-se aos servos de Deus 13. Pde & prova os crentes. 14, Acusa os crente: 15. Dara energia ao Anticzisto. VIL. Seu destino. 1. Sera perpetuamente amaldigoado 2. Sera tratado como inimigo derrotado que é 391 3. Sera expulso dos lugares celestiais.......... 392 4, Sera aprisionado no abismo por mil anos 392 5. Sera solto pouco tempo, apés 0 Milénio. 392 ixorce vo Contetino: xxi . Deménios. 6. Sera lancado no lago de fogo. VIII. O caminho do crente em relacao a Satanas.. 1. Apropriar-se de seus direitos de redencao... 393 . Apropriar-se de toda a sua armadura .. Manter o mais absoluto auto-dominio 393 ._Exercer vigilancia incessante . Exercer resisténcia confiante .. oe ON 394 395 395 395 395 396 I. Sua existéncia 1. Reconhecida por Jesus 2. Reconhecida pelos setenta. 3. Reconhecida pelos apéstolos .. TI. Sua natureza..... 1. Natureza essencial. 2. Natureza moral. IIL. Suas atividades. 1, Apossam-se dos corpos dos seres humanos e dos irracionais 2, Trazem aflicdo mental e fisica aos homens. 3. Produzem impureza moral CAPITULO DECIMO A DOUTRINA DAS ULTIMAS COISAS A segunda vinda de Cristo... I. Sua realidade estabelecida. Pelo testemunho dos profetas 405 406 . Pelo testemunho de Joao Batista. Pelo testemunho de Cristo . Pelo testemunho dos Anjos. . Pelo testemunho dos apdstolos . I. Seu carater...... 1. Negativamente considerado 2. Positivamente considerado .. III. Seu propésito... 1. No tocante aos justo: 2. No tocante aos impios. 3. No tocante ao Anticristo OR Oe xxii Inmice vo Contedpo No tocante a Israel. No tocante as nagdes gentilicas No tocante ao Reino davidico oe No tocante a Satands... IV. Seu valor pratico . Doutrina de consolo para os santos enlutados... Bendita esperanca para os que tém recebido a graca de Deus. 3. Incentivo & vida santa 4. Motivo para uma vida de servico fiel....... fo dos mortos L Sua realidade........ 1. Ensinada no Antigo Testamento. 438, Re uNa 2. Ensinada no Novo Testament... TI. Seumodo 1. Literal e corporal... 2. Universal 3. Dupla.. TI. Caracterist as do corpo ressuscitado 1. Do crente 2. Do incrédulo.... IV. Sua ocasiao...... 1. Em relagao aos crentes: antes do Milénio. 2. Em relacao aos incrédulos: depois do Milénio 447 . Os julgamentos 447 L Significado do juilgamento divino 448 TI. Sua realidade 449 1. Conforme ensinado no Antigo Testamento.. 449 2. Conforme ensinado no Novo Testamento IIL, Personalidade do Juiz 1. Deus... 2. Deus em Cristo 3. Santos com auxiliare: TV. Sua ordem 1. Ojulgamento da Cruz. 2. Ojulgamento atual da vida intima do crente. 3. Ojulgamento das obras do crente force po Contre xxiti . O julgamento de Israel. one . O julgamento das nagées vivas.... 485 O julgamento dos anjos caides.... . Ojulgamento do Grande Trono Branco D. O destino futuro dos justos e dos impios..... I Océu em sua relagdo com o destino futuro dos justos. 1. Sua realidade biblica 2. Sua forma..... 3. Seus habitantes. 4. Suas atividades TI. O inferno em sua relacao com o destino futuro do impios 462 . Sua realidade biblica No Sua forma 1 2 3. Seus ocupantes 4. Sua duracao. "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que nao tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra de Deus” TI Timéteo 2:15 CAPITULO UM A DouTRINA DAS ESCRITURAS (BIBLIOLOGIA) “As Sagradas Escrituras constituem o livro mais notavel jamais visto no mundo. Sao de alta antigiiidade. Contém o registro de aconte mentos do mais profundo interesse. A histéria de sua influéncia é a histéria da civilizacao. Os melhores homens e os maiores sabios tém testemunhado de seu poder como instrumento de ihuminacao e santidade, e, visto que foram preparados por homens que “falaram da parte de Deus movidos pelo Espirito Santo”, a fim de revelar 0 “nico Deus verdadeiro ¢ Jesus Cristo a quem ele enviow”, elas pos- stiem por isso os mais fortes direitos a nossa consideragao atenciosa ereverente.” — Angus-Green, Nossa atitude para com as Escrituras em si é que determina em grande parte os conceitos e as conclusdes que tiramos de seus ensi- namentos. Se as temos na conta de autoridade plena nos assuntos de que tratam, ent&o suas afirmacées positivas constituem para nds a unica base da doutrina crista. A. Sua Canonicidade ou Autenticidade. 1. Seu Significado. Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com padroes determinados e fixos, os livros incluidos nelas sao considerados partes integrantes de uma revelacao completa e divina, a qual, portanto, € autorizada e obrigatéria em relacao a fé e a pratica. A palavra “canon” é de origem crista e derivada do vocabulo grego “kanon”, que por sua vez provavelmente veio emprestado do hebraico “kane”, que significa junco ou vara de medir, dai tomou o sentido de norma ou regra. Mais tarde veio a significar regra de fé, e finalmente, catalogo ou lista. Gl. 6:16. TEOLOGIA ELEMENTAR w “Deve ser compreendido, entretanto, que a canonizacao de um livro nao significa que a nagao judaica, por um lado, ou a Igreja Crista, por outro, tenha dado a esse livro a sua autoridade; antes, significa que sua autoridade, ja tendo sido estabelecida em outras bases suficien- tes, foi conconhecer que cada um dos livros canénicos posstti uma qualidade que determinou sta aceitacao. Foi percebida a sua origem divina, por isso foi aceito.” “A canonizacao do seqiientemente reco- nhecida como de fato pertencente ao Canon e assim declarado.” Gray. “Deve se relivro importava em: 1) 0 reconhecimento de que seu en- sino era, em sentido especial, divino; 2) a conseqiiente atribuicdo ao livro, pela comunidade ou seus guias, de autoridade religiosa.” — Angus-Green. IL. Provas. As Escrituras nao exigem credulidade cega por parte daqueles que examinam a fim de estudé-las, mas, sim, crenga inteligente fundamenta- dana base de fatos criveis. 1. OC€non do Antigo Testamento. “O Antigo Testamento nao contém nenhum registro da canonizagéo de qualquer livro ou colegao de livros, mas sempre reconhece os li- vros como posstidores de autoridade canénica.” “Sao falhas todas as teorias que consideram a canonizagao dos livros do Antigo Testamento como obra do povo. A autoridade canénica e seu reconhecimento sao duas coisas distintas. Prova-se por trés con- sideracdes que a deciséo do povo nao foi a causa da canonicidade. 1. Naqueles tempos, a autoridade nao era considerada como prove- niente do povo, mas sim de Deus. Tal teoria critica colocaria a forca 0 principio da civilizacdo modema nos tempos antigos. A fim de que 95 livros fossem reconhecidos por Israel, era necessario posstrirem autoridade canénica prévia, pelo contrario, Israel nao teria reconhe- cido. Eram canénicos pelo fato de ser divinamente inspirados e de possuir autoridade divina desde sua primeira promulgacao. 2. Os dois relatos de assim-chamada canonizagao nao © sao propria mente. O que se refere ao livro de Deuteronémio no tempo de Josias, A Dournina pas Escrituras 3 nada tem a ver com canonizacao. O livro era reconhecido como sen- do ja autorizado, por todos que o liam. Disse Hilquias a Safa: “Achei o Livro da Lei na casa do Senhor” (II Rs. 22:8). Safa leu o livro diante do rei Josias, que imediatamente rasgou suas vestes e ordenou uma constilta ao Senhor a respeito das palavras do livro, dizendo “Grande €0 furor do Senhor, que se acendeu contra nés, por quanto nossos pais nao deram ouvidos ds palavras deste livro, para fazerem segundo tudo quanto de n6s esta escrito” (II Rs. 22:13). Josias ajuntou o povo e leu diante dele © livro (II Rs. 23:1-2). Semelhantemente, o registro de Neemias 8 nao € 0 da canonizagao de um livro. E claro que Esdras considerava o livro ja can6nico, caso contrario nao teria feito tanta questao de 1é-lo na assembléia solene do povo, que tinha a mesma opiniao, pois pe- diria a Esdras que o lesse (Ne. 8:1-3) e, “abrindo-o ele, todo o povo se pos em pé”, como evidéncia dessa autoridade. Sua aceitacdo era apenas o reconhecimento de uma autoridade ja existente. A leitura teve por objetivo a instrugao do povo. 3. No Antigo Testamento nao ha registro da aceitacao formal pelo povo de nenhum dos livros pertencentes a segunda e terceira divi ses do canon. Nao obstante, esses livros eram evidentemente con- siderados canénicos. Fosse imprescindivel ou a aceitacdo pelo povo, ou 0 endosso oficial pelos escribas para a canonizacao dos livros, o registro de tal ato seria uma parte importante de cada livro ou, pelo menos, de cada divisdo de cinon. Mas nao existe nenhum registro dessa natureza. A explicagao obvia é que os livros eram reconhecidos como canénicos desde o principio.” - Raven As Escrituras do Antigo Testamento sao chamadas, dentre outros ti- tulos, de “a lei dos profetas” (Mt. 22:40; At. 13:15; Rm. 3:21). () A Lei. a. Aceitagio demonstrada pelo lugar recebido no templo. (a) Tabuas da lei preservadas na arca da alianga. Dt. 10:5 —Virei-me, edesci do monte, e pus as tabuas na arca que eu fizera; e ali esto, como 0 Senhor me ordenou. (b) Livro da lei conservado pelos levitas ao lado da arca Dt. 31:24-26 — Tendo Moisés acabado de escrever integralmente as palavras des- 4 TEOLOGIA ELEMENTAR ta lei num livre, deu ordem aos levitas que levaram a arca da alianca ao Senhor, dizendo: Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da alianca do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemutha contra ti, (0) Escrituras achadas no Templo, nos dias de Josias, II Rs. 22:8 — Entao disse 0 sumo sacerdote Hilquias ao escrivao Safa: Achei 0 livro da Lei na c te sa do Senhor. Hilquias entregou o livre a Saft, e oleu b. Aceitagao demonstrada pelo reconhecimento de sua autori- dade. (a) a Lei devia ser lida na presenca do povo cada sete anos. Dt. 31:10-13 - Ordenou-lhes Moisés, dizendo: Ao fim de cada sete anos, prec samente no ano da remissto, na festa dos tab Israel vier a comparecer perante 0 Senhor teu Deus, no lugar que este rndculos, quando todo 0 escolher, lerds esta lei diante de todo o Israel. Ajuntai 0 povo, os homens, as mulheres, os meninos, eo estrangeiro que esta dentro da vossa cidade, para que oucam eaprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei: para que seus filhos, que ndo a sou- beram, oucam, e aprendam a temer ao Serhor vosso Deus, toslos os dias que viverdes sobre a terra d qual ides, passando o Jordao, para o possuir. (b) O povo era exortado a obedecé-las. Cr. 17:9 - Ensinaram em Judé, tendo consigo 0 livro da lei do Senhor, percor- riam todas as cidades de Judé, e ensinavarn ao povo (0) O rei devia ter uma cépia para regular suas decisoes. Dt. 17-18-20 — Também, quando se assentar no trono do seu reino, escreverd para si um traslado desta lei num livro, do que esté diante dos levitas sa- cerdotes. E 0 terd consigo, e nele leré todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, par os cumprir. Isto fard para que 0 seu cora- fo ndo se eleve sobre os seus irmitos, e nito se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; de sorte que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel (d) Josué havia de lé-las A Dournina pas Escrituras 3 Js. L8 cesses de falar deste livro da lei; antes media nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele esté escrito; entao fards prosperar o teu caminho e serés bem sucedido. (e) Base do julgamento divino dos reis. IRs. 11:38 — Se ouvires tudo o que eu te ordenar, eandares nos meus caminhos, ¢ fizeres 0 que & reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo e te edificarei uma casa estavel, como edifiquei a Davi, e te darei Israel. (£) O cativeiro de Israel ¢ Juda foi motivado pela desobediéncia as Escrituras. Ne. 1:7-9 ~ Temos procedido de todo corruptamente contra ti, niio temos guar- dado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juizos, que ordenaste a Moisés teu servo. Lembra-te da palavra que ordenaste a Moisés teu servo, dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos; mas se vos converterdes a mim e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes, entao, ainda que os vossos rejeitados estejam pelas extremas do céu, de ld os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar 0 meu nome. (g) Reconhecidas pelos cativos que retornaram. Ed. 3:2-Levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmaos, sacerdotes, e Zo- robabel, fitho de Sealtiel, e seus irmios, e edificaram o altar, do Deus de Israel, para sobre ele oferecerem holocaustos, como estd escrito na lei de Moisés, homem de Deus. (2) Os Profetas. a. Aceitacio demonstrada pelo fato de serem os Profetas colo- cados em pé de igualdade com a Lei. “Os profetas salientavam a lei (Is. 1:10), mas consideravam suas pro- prias palavras igualmente obrigatérias. A desobediéncia aos profetas era igualmente digna de castigo (I Rs. 17:13).” — Raven. b. Aceitagdo demonstrada pela referéncia de Daniel a declara- s6es proféticas preservadas em livros. Dn. 9:2 No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que 0 ntimero de anos, de que falara 0 Senor ao profeta Jeremias, em que 6 TEOLOGIA ELEMENTAR haviam de durar as assolagoes de Jerusalém, era de setenta anos. (3) Prova suplementar do Novo Testamento. a. Referéncia de Cristo as Escrituras, como existentes e autori- zadas. Mt. 22:29 — Respondeu-Dhes Jesu poder de Deus. rrais, n@o conhecendo as Escrituras nem o VA. —Jo. 5:39; 10:35; Mt. 23: Le. 24:44, b. Referéncia do apostolo as Escrituras, como dotadas de ori- gem e autoridade divinas. I Tm. 3:16 - Toda Escritura é inspirada por Deus e iitil para o ensino, para a repreensio, para a corregdo, para a educagio na justiga. V.T.-II Pe. 1:20,21. 2. © Cénon do Novo Testamento. (1) Composto de livros escritos pelos Apéstolos ou recebidos como possuidores de autoridade divina na era apostélica. Jo. 16:12-15 — Tentho ainda muito que vos dizer, mas vds nao 0 podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espirito da verdaie, ele vos guiari a toda a verdade; porque nito falaré por si mesmo, mas diré tudo o que tiver ou- vido, e vos anunciard as cousas que hito de vir. Ele me glorificaré porque hi de receber do que é meu, e vo-lo hé de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que ha de receber do que é meu e vo-lo ha de anunciar V.A. ~II Pe. 3:15,16; Jo. 14:26. (2) Composto de livros colocados em nivel de autoridade nao atingido por quaisquer outros livros. 1 Ts. 2:13 - Outra razdo ainda temos nés para incessantemente dar gracas a Deus: é que, tendo vés Deus, acolhestes nao como palavra de homens, e, sim, como em verdade éa palavra de Deus, a qual, com efeito, esta operando eficazmente em ebido a palavra que de nds ouvistes, que é de vés, os que credes. (3) Composto de livros que dio evidéncia de uma prépria origem. C1. L:1,2 - Paulo, apéstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, ¢ 0 irmao Timé- A Dourauna pas Escarruras nt teo, aos santos e fiéis irmaos em Cristo que se encontram em Colossos Graga e paz a vés outros da parte de Deus nosso Pai. V.A.—Rm. 1:17. (4) Composto de livros endossados e aprovados pela consciéncia crista universal. (8) Composto de livros a respeito dos quais foi dado discernimento espiritual a Igreja para capacité-la a discriminar entre 0 falso ¢ 0 verdadeiro. “Foi depois de um periodo consideravel de tempo, a contar da as- censio do Senhor, que foi escrito, em realidade, qualquer dos livros contidos no canon do Novo Testamento. ” A obra primaria e mais importante dos apéstolos era a de dar teste- mumho pessoal dos fatos basicos da historia evangélica. O ensino de- les foi inicialmente oral, mas, no decurso do tempo, muitos procura- ram dar forma escrita a esse Evangelho oral. Enquanto os apéstolos ainda viviam, nao era urgente a necessidade de registros escritos das palavras e ages de nosso Senhor. Mas, quando chegou o tempo de serem eles removidos do mundo, tornou-se extremamente impor- tante que fossem publicados registros autoritativos. Assim, vieram & existéncia os Evangelhos. “Os fundadores das igrejas, freqiientemente impossibilitados de visita-las pessoalmente, desejavam entrar em contato com seus con- vertidos no propésito de aconselha-los, repreendé-los ¢ instrui-los Assim surgiram as Epistolas. “A perseguicao movida por Diocleciano (302 D.C.) pés em evidéncia a questio da literatura sagrada da Igreja. Os perseguidores exigiram que fosse abandonadas as Escrituras. A isso se negaram os cristaos. Entao tornou-se urgente a pergunta: Que livros sdo apostdlicos? A resposta esta em nosso Novo Testamento. Pesquisas cuidadosas, re- gadas por ora¢ao, aprimoradas, mostraram quais livros eram genu- inos e quais eram falsos. Assim surgiu o canon do Novo Testamen- to.” — Evans. D.D. ~ Os livros das Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos, conforme os posswtimos hoje, tém sido aceitos pela Igreja durante toda a 8 TEOLOGIA ELEMENTAR era crista como aqueles que compreendem a revelagao completa vinda de Deus, e também que foram escritos pelos autores humanos aos quais sio atribuidos. B. Sua Veracidade. I. Significado. Por veracidade das Escrituras queremos dizer que seus registros so verazes, e que assim podem ser aceitos como declaragées dos fatos. O carater canénico das Escrituras, incluindo a genuinidade de sua autoria, fica assim demonstrado como fato estabelecido; porém, a ques- tao de sua veracidade ainda precisa ser corroborada. Um livro pode ser genuino quanto a sua autoria, e, contudo, nao ser crivel quanto ao seu contetido. Por exemplo, entre as obras de ficgdo, possiimos as de Di- ckens, Shakespeare e Stevenson, com provas incontestaveis de sua auto- ria. Nenhuma pessoa inteligente, entretanto, tentaria estabelecer a vera- cidade de suas narrativas. Sao universalmente reconhecidas como ficcao. Seria esse 0 caso da Biblia, ou ela é ao mesmo tempo genuina e veraz? II. Provas. A veracidade de qualquer afirmacao ou série de afirmagSes pode ser testada mediante comparagao com os fatos, desde que tais fatos estejam disponiveis. A veracidade das afirmagées biblicas pode ser e tem sido testada mediante fatos descobertos pela investigacao cientifica e pela pesquisa histdrica. 1. Estabelecida por consideragées negativas. (1) Nao contradizem quaisquer fatos cientificos bem estabelecidos. Quando corretamente interpretados, suas afirmacées se harmoni- zam com todos os fatos conhecidos a respeito da constitui¢ao fisica do universo e com o mistério dos mundos planetario e estrelar; coma consti- tuigdo do homem e com sua complexa natureza e seu ser; com a natureza dos animais inferiores, e com suas varias espécies na escala da existéncia; com a natureza das plantas e com o mistério da vida vegetal; e com a constituicao da terra e suas formas e forcas materiais. Freqiientemente ¢ levantada a questiio da exatidao cientifica das afir- maces biblicas. Algumas vezes essa questo € aliada com a alegacao que A Dournina pas Escnrruras 9 a Biblia nao é um livro cientifico. Apesar, porém, de ser verdade que a Bi- blia ndo tem como tema uma questdo secundaria como a ciéncia natural, mas antes, trata da histéria da redengao, inclui, contudo, em seu escopo, todo 0 campo da céncia. Em todas as suas afirmagées, portanto, a Biblia deve falar e realmente fala com exatidao. (2) Nao contradizem as conclusées filoséficas geralmente apoiadas concernentes aos fatos do universo. A Biblia se op6e a certo mimero de conceitos filoséficos do mundo e refuta-os: 0 ateismo, 0 politeismo, 0 materialismo, o panteismo e a eter- nidade da matéria (Gn. 1:1); porém, nao entra em conflito ou debate com aqueles pontos de vista que tém sido provados como cientificamente saos, 2. Estabelecida por consideragées positivas. (1) Integridade topografica e geografica. As descobertas arqueolégicas provam que os povas, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras sao encontrados justamente onde as Escrituras 0s localizam, no local exato e sob as circunstancias geograficas exatas descritas na Biblia. O Dr. Kyle diz que os viajantes nao precisam de outro guia além da Biblia quando descem pela costa do Mar vermelho, ao longo do percurso seguido no Exodo, onde a topografia corresponde exatamente a que é dada no relato biblico. “Sir William Ramsey, que iniciou suas exploracées na Asia Menor como pessoa que duvidava da historicidade do livro de Atos, da testemunho da sua maravilhosa exatidao quanto as particularida- des geograficas, conhecimento das candicées politicas, que somente alguém vivo naquela época e presente em cada localidade poderia saber. Ficou ele tao impressionado com essas fotos que se tornou ar- dente advogado da historicidade do livro de Atos.” — Hamilton. (2) Integridade etnoldgica ou racial. Todas as afirmacées biblicas concernentes as racas a que se referem, +ém sido demonstradas como harménicas com os fatos etnoldgicos reve- lados pela arqueologia

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