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Elon Lages Lima - Logaritmos
Elon Lages Lima - Logaritmos
Segunda edição
Copyright ©, 1996 by Elon Lages Lima
Diagramnção e fotolitos:
GRAFTEX Comunicação Visual Ltda
e-mail: home@graf1ex.com.br
web: hnp://www.graftex.com.br
Tel. 274.9944 Fax . 274.8593
Rio de Janeiro
ISBN 85-85818-03-4
Conteúdo
1. l fistória l
2. Revisão 5
3. Funções logarítmicas 13
4. Área de uma faixa de hipérbole 24
5. Aproximação por trapézios 33
6. Propriedade fundamental 38
7. Logaritmos naturais 44
8. O número e 53
9. A f~ 11ção exponenci al 56
10. Outras bases 63
11. LogariLmos decimais 71
12. O número e como limite 82
13. Crescimento 89
14. Aplicações 93
15. Temas para discussão, para ensaios e exames 102
Apêndice 108
·P refácio
Matemática e das ciências em geral veio mostrar que diversas leis ma-
temáticas e vítrios fenômenos físicos, químicos, biológicos e econômicos
são estreitamente relacionados com os logaritmos. Assim sendo, os loga-
ritmos, que no princípio eram importantes apenas por causa das tábuas,
mostraram ter apreciável valor intrínseco. NQ capítulo 14, daremos alguns
exemplos elementares de aplicações de logaritmos em problemas que não
têm natureza estritamente computacional. ·
Exercícios
1. Os antecessores de Napier e Bürgi, não conhecendo ainda os logaritmos,
adotavam um processo para o cálculo do produto, baseado na conhecida
fónnu la de rrigonomerria:
COS
.
X · COS y = -21 COS (X + y) + -21 COS (X - y) .
Logo, aPfq deve ser o número real positivo cuja q-ésima potência é igual
a aP. Por definição de raiz, isto significa afirmar que
aPfq = ifOi.
Em rnniculnr, n t/q = !![fi.
Agora, dado um número real a> O, sabemos definir a porência ar,
quer r seja inteiro positivo nulo, negativo ou fracionário. Em suma, ar
está definido, para todo número racional r.
Observemos que, mesmo para r = p/ q e s = u / v fracionários
(q > O e v > O),vale ainda a propriedade
a r . as = ar+s .
8 Revisão Cap.2
Como
pv + uq
qv
= -pq +-ut1 = r +s,
temos
e ponanto
lOP = 3q.
Exercícios
1. Assinale a resposta certa:
1.1) 3/4 5 =
a) 48 ; b) Ç
8
; c) 15- 1 ; d) nada disso.
1.2) (3- 3)3 =
ii) 1: h'\ :-l - 9 : r'\ ~- 21 ; ri) "'l"r'h cli <:~o
1.3) 5 2 /3 2 =
a) (5/3) 2 ; b) (5/3)- 1 ; c) 5- 6 ; d) nada disso.
1.4) 0,00003 =
a) 1/3 x 10- 3 ; b) 10- 3 ; c) 3 x i o-5 ; d) nada disso.
7
l.S) 3 X 10- =
6 X 10- 3
a) 4 x 10L0 ; b) 5 x 104 ; c) 0,5 x io- 4 ; d) nada disso.
1.6) s2 / 3 =
a) 2; b) 9; e) 32../2; d) 4.
1.7) 21- 2 / 3 =
a) 1/18; b) 1/81; c) 1/9; d) -18.
1.8) 163 14 =
a) 12; b) 8; c) 6; d) 64.
1.9) 233/2 =
a) 125; b) 5; c) 15; d) nada disso.
Cap.2 Revisão 11
1.10) {0,00001)-3/s =
a) 0,001; b) 1000; c) lo- 1s / 10- 25 .
1.11) g-4/3 =
a) 1/6; b) 16; c) 1/8; d) 1/16.
l.1 2) (H X 10-6)1/3 =
a) 4 ~0 ; b)
3
1" x 10-2 ; e) i 1 x 10- 4 •
c) b4 - b2 + 1 -b, b-
1
+b_,.
3. Simplifique e ponha sob forma de potências:
a) fl.·
b) M(v'TSS- ~)
4. A desigualdade x < y significa que a diferença y
- x é um número
positivo. Usando o fato de que o produto de dois números positivos é
positivo, prove as seguintes afirmações:
a) Se x < y e a > O, então ax < ay.
b) Se x < y e a< O, então ax > ay.
c) Se O< x < y e O< x' < y' então xx' < yy'.
d) Se O < T < y. cntfo ,.n
< yn p:ira todo inteiro 11 "'> O. •· yn < r n
para todo inteiro n < O.
5. Prove que, para todo inteiro n > 1 e para todo x :f: O, com x > - 1,
tem -se
{l+x)n>l+nx.
Use esta desigualdade para achar um expoente n tal que ( 1, 001) ri seja
maior do que um milhão.
12 Revisão Cap.2
Em particular, se n E N então
e daí
todo x > O, ou seja, que M(x) = e· L(x) para todo x > O, como
queríamos demonstrar.
As propriedades dQs logaritmos acima esi.abelecidas servem de fun-
damento para sua utilização como instrumento de cálculo. Vejamos um
exemplo a fim de ilustrar o método. ·
Suponhamos que se deseje calcular yfa, onde a é um número real po-
sitivo e n um número natural. Para isso, supomos conhecida uma função
logarítmica L. Pela Propriedade 6, temos L{ \fã) = L(a) /n. Consuli.ando
uma tábua de valores de L, encontramos o valor L(a), facilmente o divi-
dimos por n e obtemos L( 1ã) = e, um número conhecido. Novamente
usando a tábua (desta vez no S5!ntido inverso) encontramos um número
posiüvo b tal que L(b) = e. Pela Propriedade 1, de L(b) = L( if<i)
concluímos que b = ifã. Problema resolvido.
Re-examinando a solução acima surge uma questão. Quem nos ga-
rante que, dado o número real e, podemos sempre encontrar b E R+
tal que L(b) = e? Noutras palavras, a solução do problema só estará
completa se pudermos assegurar que a função logarítmica L: R+ -> R é
sobrejetiva. Este ponto é esclarecido pelo teorema seguinte.
Tror,.mn 7 . Tr>rln f11w;(ia lo:;cirf!n:ic:i L t so!J:·cjc:f•a, {.:.lv .:, Jculv qw.ií-
quer número real e, existe sempre um (único) número real posirivo x tal
que L(x) =e.
Demonstração: A demonstração deste importante teorema, embora ele-
mentar, é um tanta longa. ( O leitor pode, se quiser, omiti-la, passando
diretameme ao Corolário.) Ela faz uso do seguinte
Lema. Seja L: R+ -> Ruma função logarítmica. Dados arbirrariarmeme
dois números reais u < v, existe x > Oral que u < L(x) < v.
Esre lema significa que mdo intervalo aberto 1 = (u., v) comém
ao menos num valor L(x) da função L. Evidentemente, trata-se de um
resultado preliminar pois o Teorema 2 assegura que o intervalo 1 inteiro
é fonnado por valores da função L.
Demons tração do Lema: Fixemos um número natural n maior do que.:
(v - u)/ 1(2), logo 1(2)/n < v - u. Escrevamos e = 1(2)/n. Os
C.p.3 Funções logarilmlcas 19
múlliplos inteiros
m.c = mn · 1{2) = L(2mfn), m E Z,
-2c -e e 2c 3c 4c: Se 6c
o o
f o o o o~ o fo ...
o u v_ IR
Figura 1
Exercícios
1. Seja F : R - t R uma função tal que F(x + y) = F(x) . F(y) para
quaisquer x, y E R. Prove que se existir algum número b tal que F( b) = O,
então Fé identicamente nula. Prove também q ue nenhum valor F(x) pode
ser negativo. Pona1110, ou F é identicamente nula ou F( x) > O para todo
X E R.
2. Uma bijeção E: R - t R+ chama-se uma junção exponencial quando
sua inversa F: R+ - t R é uma função logarítmka. Prove que a bijeção
E: R - t R+ é uma função exponencial se, e somente se, cumpre as
condições:
(a) E é cresce nte~
Cap.3 Funções logarilmlcos 23
l.
X
X X
Figure 2
Uma faixa de hipérbole é obtida quando fixamos dois números reais po-
sitivos a, b, com a < b, e tomamos a região do plano limitada pelas duas
re tas verticais x = a, x = b, pelo eixo das abscissas, e pela hipérbole H.
Indicaremos essa região pelo símbolo Hg.
y
_1_
o
l
b
o b X
Figura 3 - A região haehurado ó a lolxa H~.
26 Área de uma lalxa de hipérbole Cap.4
1 2 1 . 1 1 2 1 1
(2 X 3) + (2 X 2) + (2 X 5) + (2 X 3) =
l l 1 1 57
= 3+ 4+ 5+ 6 = 60.
3 2 5 3 X
2 2
Figura 5 - Uma primeira ap roximação para a ârea d e H~.
Se, porém, efetuannos urna subdivisão mais fina do imervalo [l, 3],
por meio dos pontos
1 ~~~2~2-!: 3
, 4' 4' 4' 4' 4 l 4, ,
~--1~~~~~..o...:lo.....l....~~>Uo...~~~~-A..~~~~~.....
r ,,h P"'í""""
- r,. . ..,.,,.-..1, .. :- .~~: .,. .. .,
.r.,....;v.,·---a.
nb .r,..-.
. . . . ... .
'"~"""' ' '•
\ "•:v . .,·j1. u
ximado por falia para a área de li!.
Tamo mais aproicimado será esse
valor quanto mais fina for a subdivisão do intervalo ía, b]. Isto é, quamo
mais próximos uns dos outros estiverem os pontos de subdivisão, menor
será a diferença entre o valor cx:uo da área de e a área do polígono Hg
retangular inscrico. Assim, podemos definir a área de do seguime Hg
modo:
A área de Hg
é o número real cujas aproximações por falta são as
áreas dos polígonos retangulares inscritos em Hg.
Se escrevermos A = área de Hg, ceremos A 2 área de P, qualquer
que seja o polígono recangular P inscrito em Hg.
Além disso, refinando suficientcmcme a subdivisão do intervalo
[a, b], podemos obter polígonos retangulares cujas áreas sejam tão pró-
ximas da área de Hg quanto se deseje. Mais precisamente, dado qualquer
número a < área de IJg,
existe um polígono retangular P, inscrito em
Hg tal que a < área de P < área de IIg.
Cap.4 Área de uma faixo do hlpórbolo 29
Exercícios
1. Decomponha o intervalo [2, 3] em cinco partes iguais e calcule, desta
maneira, uma aproximação inferior para a área da faixa de hipérbole H?.
2. Dada uma decomposição do intervalo [a, b] em intervalos justapostos, o
erro que se comete ao tomar-se a área do polígono retangular P em vez da
área da faixa JJg é a diferença E =(área de Hg) - (área de P). Prove
que se tem E < ~(k - !).
onde e é o comprimento do maior intervalo da
decomposição.
Conclua que, fixado [a, b], podemos tomar o erro E tão pt:queno quanto
se deseje (digamos, E < e), desde que comemos uma decomposição de
[a, b] por meio de intervalos de pequeno comprimento. (Digamos, todos
menores do que a· e.) Em particular, o erro que se comete ao se substituir n
. 11 1' IJC 1a a1ea
i.lt~•1 J.l [.tt.\a , J ~um po l'1go110 rl...lJHgu 1ur .111 ·... 1110
. ~, .111 [ ~1101
. .tu
1
co•11primento do maior intervalo da decomposição.
3. Considere a parábola y = x 2 . Defina a área A(x 2 )~ da faixa dessa
parábola compreendida entre as retas verticais x = a e x = b. Decom-
ponha o intervalo (0, l] em 1Opartes iguais e calcule, <.lesta maneira, uma
aproximação inferior para a área A(x 2 )Õ· (Obtém-se 0,269.)
Divida o intervalo (0, l l em n + 1 intervalos justapostos de mesmo com-
30 Área de uma faixa de hlperbolo Cap.4
1
( n+l ) 3
( 1 + 22 + 32 + ... + n 2) .
Na figura abaixo, tomamos n = 5.
2
y:).
1 2 3 4
6 6 6 6
Figura 7
verifique que
1 1 3 1
área de Pn+i = 3. (1 + -k)3. (1 + 2n + 2n2)·
Conclua então que, para valores <.lc n cada vez maiores, a área de Pn+1
aproxima-se do valor 1/3. Logo A(x2 )ó = 1/3.
Isto demonstra o Teorema de Arquimedes, segundo o qual a área do
"triângulo parabólico" de base [O, 1] é um terço da área do quadrado de
Cap.4 Área de uma laha do hipérbola 31
mesma base.
ºI Figura 8
4. Prove a fónnula
3 2
12 + 22 + ... + n2 = ~ + ~ + !:
3 2 6
considerando a igualdade (i+ 1) 3 i3
= +31"2+ 3i+1 parai= 1, 2, ... , n,
somando membro a membro e simplificando.
5. Usando a igualdade (i + 1) 4 = i 4 + 4i3 + 6i2 + 4i + 1, prove que
n·l n3 n2
1
3
+ 23 + · · · + n = -
·l
t- -
2
+ -1
e conclua que o conjunto dos pontos (x, y) do plano 1ais que O 5 x 5 1
e O$ y 5 x 3 1em área igual a 1/4.
6. Uma função f :I - R, definida num intervalo J, chama-se convexa
quando, para quaisquer a < bem J , tem-se:
a< x < b '* f(x) 5 f (a)+ f(bi =~(a) (x - a).
32 Áreo de uma faixa de hlpérbolo Cap.4
·Y
1
4[0,5 + 0,8 + 0,666 + 0,571 + 0,5 + 0,444 + 0,4+
. 4 410
+0,363 + 0,166] = _,_ = 1,1025.
4
d- c
2- -
d+c
trapézio secante.
e c+d d
2
Agura 10
Figura 11
à soma das áreas dos triângulos não hachurados [=segmento venka1 médio
vezes (d- c)/2]. Logo a parte do trapézio secante que excede Hg tem área
maior do que a parte que falta ao trapézio tangente para igualar Hg.
Observação. Usando trapézios tangentes, a decomposição de (1, 3J em
oito subintervalos de comprimento l / 4 nos fornece a aprox imação por falia
2 2 2
- + - + ... + - = 1 10963
9 11 23
para a área de H?. Note que o valor dessa área com quatro algarismos
decimais exatos é l ,0986.
Cap.5 Aproximação por t rapi!zlos 37
Exercícios
1. Seja A a área da faixa de hipérbole Hg. Comparando-a com as áreas do
trapézio tangente e do trap~zio sei::antc, mostre que se tem
2(b - a) b2 - a 2
a+b <A< 2ab ·
Confronte este resultado com o Exercício 4 do C:ipítulo 6.
2. Indique com A~ a área da faixa de hipérbole Hg. Mostre que, para todo
x > -1 (isto é, tal que 1 + x > 0). tem-se
_2_ < .!. . Ai-rx
1
< 2+x
2 +X X 2(1 +X)°
(Compare a área da faixa de hipérbole H{+x com as áreas dos trapézios
secante e tangente.)
6. Propriedade fundamental
l
d
1
dk
o e d b ok ck dk bk X
Figuro 13
-t-~-..J~~""-~~~~L....>..~~~~~,.__,.~~~~
1 2 4 X
T
Figura 14
• 0 = Area(H
Area(Ha) ' b/a ) = Area(H
' e e= b / a.
1 1 ),
e o b X
Flguro 15
Exercícios
1. Sejam O < a < b e k > O. Prove que a faixa da parábofa y = x 2
siruada sobre o intervalo [ak, bkJ tem área igual a k 3 vezes a faixa siruada
sobre o intervalo [a, b].
l
o
Figura 16
para todo k real. Seja a = J(1). Conclua que J(x) = ax 3 para todo x
real. Usando o Exercício 3 do Capílll lo 4, conclua que a = 1/3, e portanro
f (x) = x 3 /3 para Lodo x.
o X
Figura 17
ln x = Área(Hf).
lt X
Figura 19 - Quando O < X < 1, ln x é o área da faixa hachurada, com o sinal menos.
Em particular, quando x = 1 1 IIt
reduz-se a um segmento de rera,
portanto tem área igual a zero. Podemos então escrever
ln l =O;
ln x >O se x > 1;
ln x < O se O < x < l.
ln: R+-+ R,
cujo domínio é o conjunto R+ dos números reais positivos.
A cada número real x > O, a função ln faz corresponder seu loga-
ritm o natural , ln x, definido acima.
Teorema 4. ln: R+ --+ R é uma função logarftmica.
Dcmonslração: Devemos mostrar que ln goza das propriedades A) e B)
especificadas no Capítulo 3. Começa.remos provando que
ln(xy) = lnx + ln y.
Cap.7 Logaritmos naturais 47
ln( .v'9) = ln 9.
5
21972
ln(-t9) = '5 = 0,4394.
y: lnic
o -
X
Figure 20
Exercícios
1. Dados ln 2 = 0,6931e ln3 = 1,0986, ache:
a) ln6.
b) ln 72.
e) ln(2m x 3n).
27
d) 1n 12s ·
e) ln 0,666 · · ·
f) ln Jl2.
2. Mostre que, se os mímeros positivos a 1 , a 2 , • · · , am são 1cnnos de
l!lll;l (' l"Ot,Í'--> .~ / &.!~ ...: 1. : ...,1, LOl~v 111 <L1 1 l11 <L2 , lu <.L3 1 · • 1 (11 t' m iull U..Ull
uma progressão aritmética.
3. Mosrre que, para todo x ~ 1 tem-se:
ln
X 1- VX 2 - 1
= 2 1n ( x + v x2
;-;:;---:
- 1).
X - Jx 2 - l
tem-se:
ln(x + h) - lnx = Jn(l + !!:.)1/h.
h X
g) x 3 = 3 · ln X.
h) 3 ln(ln x) = ln(ln x) 3 .
j)
i) ln N =
ln(a3
*
ln(Nªfb).
+= 3 · lna + 4 · lnb.
b4 )
k) ln{sec 8 - tan O) = - ln(scc 8 + tan O).
1) l3 · ln a + l4 · ln b2 - l6 · ln e = ..1..12 • ln !t..ft
e• ·
14. Sejam a ~ x ~ b números positivos. Examinando a figura prove que
se tem:
b-x x-a
lnb -lnx < - - e lnx-lna > - - .
- X - X
Conclua daí que
lnb - ln x b-x ln b- !na b- a
ln x - ln a ~ x - a e que - - - - < - -.
lnx-lna-x - a
15. Uma função f: I -. R, definida num intervalo/, chama-se cô11ca\·a
quando para quaisquer pontos a, bem I, com a < b, a parte do gráfico de
f situada sobre o intervalo [n, bl está acima do segmento de reta que une oc;
pomos (a, j (a)), ( b, j ( b)) no piar.o. Prove que f é côncava se, e somente
se, para quaisquer a, b, x em/, com cr.. $ x ~ b, tem-se
x-a
f(x)? f(a) + b _a [f(b) - f(a)].
a X b
Figuro 21
2 e 3 X
Figura 22
54 O número e Cap.8
Exercícios
1. Dado ln 2 = 0,6931, ache:
a) ln 16.
b) ln ~ -
e) i G•I
n er·
d) ln[i.
e'
e) ln T·
f) lnW,.
Ce p.8 O n ümero e 55
Figura 23
Cap.9 A função expononclo l 57
Vê-se que ex > O para todo x, que ex > 1 quando x > O e que
ez <lquando x < o.
A equivalência abaixo é a definição de ez:
y = ex , <==> x = lny.
5 X
Segue-se que
4,11 < e.fi. < 4,12,
sendo a aproximação por falca, 4,11, melhor do que a aproxim ação por
excesso, 4,12.
Enquanto ln x tem sentido apenas para x > O, ex é definido para
todo valor real de x. A correspondência z .._.. ex define uma função cujo
domínio contém todos os números reais. Esta é a função exponencial.
A fu nção exponencial y = e:z: é a função inversa qa função logaritmo
natural. Isto quer dizer que as igualdad.es abaixo são válidas para todo x
real e todo y > O:
Figura 25
lim ez = y-oo
lim e-Y = lim ~ =0
z--oo y-oo eY
G = {(u, v ); u >O, v = ln u} .
Podemos então afirmar:
V
Dlogonol
(x,y} ~---- - - - - - - -
' . J
'' 1
'' 1
1
'' 1
l
1
1
1
1
1
1 '1
(it,x) -----------~ (y,x)
Flgur.i 26
G: ~= lnx
Figura 27
62 A função exponencial Cap.9
Exercícios
1. Por que se pode assegurar que exis1e um número y > O tal que a faixa
de hipérbole HY tem área igual a 7r? Quantos números y existem com
esta propriedade? Qual a relação entre y e o número e?
2. Sabendo que 1,732 é uma aproximação de v'3 com 3 algarismos
decimais exatos, calcular o valor de evS com 2 algarismos decimais exatos.
Usar a tábua no Apêndice.
3. Para todo x > O, mosrre que se tem
x'2
ez > I + x+ - .
'
•j
4. Dado, a> O, detem1inar x tal que a faixa de hipérbole H'fí tenha área
igual a um número real b dado.
S. Simplifique et11e 1 e21ne, e3t112.
10. Outras bases
y:.!..
X
o dobro da área de H~
-
X
Cap.10
64 ()ulrU baH8
lri(:r?J)
1oga (xy ) = - 1
--
na
lnx + ln y
- lna
lnx lny
=ln-a +lna -
= Ioga x + Ioga y .
Em panicular, como vimos no Capítulo 3, vale a fórmula de mudança
de bases:
Sejam a e b 111ímeros maiores do que 1. Para rodo x > O rem·se
loga b · logb ~ = 1,
1
ou seja, Ioga b = - - - .
1ogb a
Exercícios
1. Indique duas razões pelas quais não se pode definir Ioga. x com base
a = 1.
2. Sejam a, x, y números reais positivos, com a> 1. Prove
a) Ioga. x + log 1/a x =O.
b) Ioga ( ~) = Ioga X = Ioga. y.
e) Ioga x = Ioga y implica x = y.
d) Se 1 < b < a, então Ioga x < logb x.
e) Se a > b > l, então logb a > 1.
3. Sejam a, b, e números maiores do que 1. l\fome que
Ioga. b · logb e · log, a = 1.
4. Em que base o logaritmo de 5 é igual a 2?
5. Ache cada um dos logaritmos abaixo:
a) log 10 O, l .
b) loglO 0, 01.
c) log27 3.
d) log27 9.
e) log 8 16.
f) log 4 ~·
6. Para quais valores de x valem as igualdades abaixo?
Cep.10 Outr;is bDSes 69
a) log:z: 16 = 2.
b) log:z: 125 = 3.
e) logz ./3 = k·
d) log 4 X = -4.
e) Ioga x = ~·
f) logJ2 X = 1.
g) log 1o 100 =X.
h) log2 0 ,5 = x.
i) logvs 2s = x.
j) log 10 {x2 + 36} = 2.
k) log 10 (x - 1} 2 = - 2.
1) log2 [1og 4 (iog 10 x}] = - L
m) log 4 [1og7 (log 3 :z:)J ~ -~.
n) log 10 llog2 (1og:z: 25)J = O.
o) log 2 1log2 (log 2 (16}1 = x.
7. Indique !)(,é ""reladeira ou falsa cada uma das afinnações abaixo:
a) log3 27m = 3m.
b) Ioga {i = -~.
e) Ioga 2n = ~·
Portanto,
log x = característica + mantissa.
A mamissa é sempre um número compreendido entre O e 1, podendo
ser igua l a O mas não igual a 1. A mantissa nunca é negativa ("). A
caraccerística de log x é um número inteiro (positivo, negativo ou zero),
o qual pode ser imediatamente encontrado pela posicão eia vírrrula no
w.:sc11volv1111~11l0 de x como tração dcci.mal. Por exemplo,
y 1
Figura 29 - Um valor aproximado paro log 4,537 e d ado por log 4,53 + t.
Traçando um segmento de reta que substitui o gr:ífico de y = log x
entre x = 4,53 e x = 4,51, vemos que o valor aproximado de log 4 ,537
Cop.11 Logaritm os decimais 75
Figuro 30
logx = 1,3307.
Assim u é um num(ro
• ClWljrtcnd11 1o enire 2 ' 14 e 2 ' 15
loq b
y
t-------
109 o.,.____
X
ri;;·.' l i
Temos
log X= 20Xlog1,12 = 20 X 0,0492 = 0,9840.
Portanto: x = antilog 0,9840::::: 9,638.
Radiciação. Detenninar x = -&'1969.
Então:
log x = log 1969 = ~,2913 = 0148061
7 7
portanto: x = antilog0,4806::::: 2,955.
Entre os cálculos aritméticos mais simples, era na extração de raízes
e, mais geralmente, na avaliação de potências com expoentes reais (ou
inteiros muito grandes) que os logaritmos se mostravam mais úteis. Com
efeito, não existia algoritmo mais eficaz para calcular, por exemplo, a raiz
sétima de um número com aproximação de milésimos.
A existência das calculadoras eletrônicas fez deste capítulo uma pági-
na da História, passada a qual as funções logarítm icas têm sua importância
matemática reconhecida pelas propriedades int:rinsecas de que gozam, não
como mero instrumento de cálculo aritmético.
Exercícios
A notação log aqui significa log 10 .
J. Ache a característica e a mantissa dos seguintes logaritmos decimais:
a) log 2.
b) log 30.
e) log 250.
d) log0,45.
CJ log .t 1 7 lb.
f) log 138,4.
g) log 0,312.
h) log 0,0539.
i) log 0,001078.
j) log 328.000.000.
80 Logari tmos declmels Cap.11
d) 3soo_
e) Wi-.
4,014 X 0,3n
f)
686,5
688,5 X 7922
g)
(2,18)
Jl,414 X 1 1732 X 4.812
h)
{/1.234 X {/8.765
i) 179 X 165 X 138,2 X 96,01.
4. Resolva as seguintes equações:
a) 213z = 5164 -x .
b) XIO& X : : 3.
c) logx 2 = (logx) 2 .
Cap.11 Logarllmos decima is 81
1, (1 + 21)2 ' (1
1 3
+ 3) l (1
1 4
+ 4) l •••
provar que
lim (1
y-o
+ y) 11Y =e (y i= O).
Demonstraremos, portanto, o teorema abaixo.
Teorem a 8. Para x i= O, tem-se limx-o(l + x) 1fx =e.
Demonstração: Suponhamos primeiro que x > O.
1 l+x X
Fig ura 32
Emão ln(l + x) é a área da faixa Ht+x, a qual está contida num retângulo
cuja base mede x e cuja altura mede 1. A área deste retângulo é x, logo
podemos escrever ln(l +x) < x . Dividindo ambos os membros desta desi-
gualdarle pelo número positivo x, obtemos [ln(l + x)J/x < 1. Recordando
a fóm1ula do logaritmo de uma potência, podemos reescrever esta úhima
desigualdade como
. . ' l 1~ .
+ .t) J <.. l.
1Hl~l 1
alrura 1/(1 + x), o qual tem área igual a x/(1 + x), podemos escrever
sucessivamente:
X
l +x < ln(l+x),
1
1 +x < x1 ·ln(l + x),
1
- - < ln[(l + x)1fzj.
l+x
Tomando exponenciais (de base e) de ambos os membros da última desi-
gualdade, resulta: ·
Fazendo agora x tender para zerq, vemos que e 1/(i+:z:) 1ende para e.
('"""" (1 J .,.\I t/x ,,.~
1
'1 \'"' - .
, ~ m• .. ; .. J...,~,;.,:...,,,..,
·~· • •••·
cb
·-
e"'""''"
...... 't•·-
J
c 1 /t t+,.) ~o·· ' l ~·1·•,
J "' JIVi .tli 1v.)
que
lim (1
z-o
+ x) 1fz = e, se x >O.
-x
·-x < - ln{l + x) < - - .
l +x
Cap.12 O número e como llmllo 85
1
t•i1
Figura 33
lim (1 + .!.)n = e,
n-oon
que é a fórmula clássica para o número e.
Corolário. Para x # O valem as igualdades:
lim (1 + ax) 1fz_= eª; lim (1 + ~)z = eª.
:t-0 z- oo X
Exercícios
1. Prove que
• ln(x + 1)
11m
:t-0 X
=L
Dado um número positivo a :/- l , determine
. loga(l
\1rn
+ z) .
z-0 X
Xn = (1 + 71_!_ )n e
y y=Ex
~ 1 -inx
---=-:-
X
Figura 34
Vamos demonstrar a validez deste limite. Ele ex.prime que, quando x cresce
muito, embora ln x tenda para + oo, o valor de ln x é insignificante diante
de x. Por exemplo, pondo é = 1/1.000, podemos achar um ponto x 0 , a
partir do qual (isto é, para x > x 0 ) se tem lnx < x/1.000, ou seja, para
x > xo. ln x é menor que 1 milésimo de x.
Provaremos as afirmações feitas. Por conveniência, as enunciaremos
sob a forma do seguinte teorema. É claro que tanto faz dizer que ln x / x
tende a zero como afirmar que x /ln x tende a +oo.
Teorema 9 Para valores positivos muito grandes de x , o quocie~zte x /ln x
toma-se superior a qualquer mímero p refixado. Ou seja,
- lim X
-=+oo.
x- oo lnx
Demonstração: Estando a faixa Hf
contida no retângulo de base no
segmento [l, y] e altura 1, vemos imediatamente que ln y < y - 1, para
y > 1. Em particular, ln y < y , o que se escreve também assim:
JL
ln y
< 1' para y > l.
Pondoy = xJ./.!, temos
x1/2
>l quando x > 1.
ln(x 112 )
Ou seja:
x1/2
- - >1
l ln X 1 se x > 1.
2
Elevando ao quadrado:
X
~(lnx) 2 > 1, se x > 1.
Multiplicando por (lnx)/4 \
x lnx
ln x > 4' se x > 1.
Fazendo x -. +oo, sabemos que ln x --. +oo, donde ln x / 4 _. +oo
também. Sendo x/ ln X maior do que uma quantidade que tende a +oo.
Cap.13 Cresclmen1o 91
concluímos que
lim ~ = +oo.
z-+oo lnx
Está tenninada a demonstração.
O oposto ocorre com a exponencial y = ez. Quando x - t +oo
a fonna do gráfico de ez sugere que ez tende ao infinito muito mais
rapidamente do que x. A afirmação precisa é dada pelo corolário do
Teorema 8. '
Corolário.
eZ
lim - = oo.
_Z-+ +co X
Exercícios
1. Prove que lim:r:-o xln(i+t) = 1. (Aqui x > O.) Conclua que
lim!Lnx · ln{x + l )J = O.
z-o
2. Se a é uma constante positiva ex tende para zero por valores positivos,
mostre que
lna
lim [J n(x + l)Jln x = a.
z-o
e:z:
3. Ache um valor de x tal que 4 > 105 .
X
4. Seja qual for o polinômio p( x) = n,., -1- n 1 :r ..1- n~:r2 ~ . •. ..i.. ar. rn
mostre que se tem
lim p(x) = O.
z-+oo ez
5. Prove que
1•1m -l (1 + -1 + ... + -n1 ) =O.
n- +oo n 2
~licações
t = ln 2 = 0,693 = 3146 .
0,2 0,2
Assim o tempo necessário para dobrar o capital é de 3,46 anos, ou seja,
aproximadamente 3 anos e meio. Note-se que este tempo não depende do
capital inicial. Fixada a taxa de juros, leva-se o mesmo tempo para dobrar
\lm capital grande ou um capital pequeno.
De um modo geral, o mesmo raciocínio serve para mostrar que, se
a taxn de juros contínuos é k% ao ano e a = k/100, então um capi tal
qualquer leva t = ln s /a anos para torna r-se s vezes o seu valor inicial.
Perdas con tínuas. Existem bons negócios e maus negócios. Suponhamos
que um capiral e é empregado num negócio que (a posteriori, digamos) se
Cap.14 Aplicações 95
. e (1 - -at)n = e · e -crt .
lim
n-oo n
anos.
Cep.1 4
- "h /
• Aplicações 97
-1 -e
_ -o:to
.
2
ou seja,
donde
ln2
O'.=~ ·
98 Apllcações Cap.14
Exemplo. Vejamos como esse conhecimento foi usado para dirimir uma
. controvérsia. Num castelo inglês existe uma velha mesa redonda de madeira
que muitos afirmavam ser a famosa Távola Redonda do Rei Artur, soberano
que viveu no século V. Por meio de um contador Geiger (instrumento que
mede radioatividade) constatou-se que a massa lvl = M(t) de C 14 hoje
existente na mesa é 0,894 vezes a massa lvl0 de 0 14 que existe num pedaço
de madeirá viva com o mesmo peso da mesa. Mo é também a massa de C 14
que éxistia na mesa quando ela foi feita, há t anos.
Sabemos que
1'1 = 1'10 • e-at,
rlnnrlt> ~1/M'J = ,,-at Tw~ <ignifk~ q:1~ n,~0! c- n .0001? 1 tt . D.ú
tiramos:
t __ ln (U,8Y4) _ 0,1121 _
- 0,000124.J - 0,0001244 - 901 anos.
Se a mesa fosse mesmo a Távola Redonda, ela deveria ter mais de 1500
anos.
R~sfriamento de um corpo. Uma situação análoga à da desintegração
radioativa é a de um objeto aquecido, colocado num meio mais frio (ar ou
água, por exemplo) cuja grande massa faz com que a temperatura desse
meio permaneça constante, sem ser afetada pela presença do objeto mais
quente. A lei do resfriamento de Newton afirma que, nessas condições, a
diferença de temperatura D, enLre o objeto e o meio que o contém, decresce
com uma taxa de variação proporcional a essa própria diferença. Como
no caso da desintegração radioativa, esta Jei se traduz matematicamente
assim: chamando Do a diferença de temperatura no instante t = Oe D(t)
a diferença num instante t qualquer, tem-se D(t) = Do · e- al onde a
constante a- depende do material de que é constüuida a superfície do objeto.
Cep.14 Apllceçóes 99
Exer cícios
1. · Se, no instante t = O, um rec1p1ente contém um número No de
J.,.,..,..t,:, ;..,.t" r'"" r"'" ...""' i• • : .. 1 _ ~ 1 , .-
• • ~ •"""t • • • •• - .,u, •'"-·'•~"-•H""t \..iu.ü V , l 1Jhl ~lt .)L tl lH'-' l / O, \)
número de bactérias existentes no recipiente será
N(t) + N 0 • eªt,
onde a constante a depende do tipo de bactéria. Suponha que uma cultura
de 100 bactérias se reproduz em condições favoráveis. Doze horas mais
tarde contamos 500 bactérias na cullura. Quantas bactérias haverá dois
dias depois do início da experiência?
100 Aplicações Cep.14
h= ~ l n(pº),
a P
onde p0 é a (conhecida) pressão ao nível do mar e P. = p(h) é a pressão
medida pelo barômetro no momento dado.
9. O corpo de uma vítima de assassinato foi descoberto às 23 horas. O
Cap.14 Apllceçócs 1O1
12, Faça uma lista de funções que você considera relev~nt:s p~ra o en~ino
secundário (e que pertencem ao currículo escolar), as quais nao sao definidas
por fónnulas.
13. Você acha importante apresentar a noção geral de função no ensino
médio? Por quê?
14. Sabe-se que a raiz quadrada de um número real a é outro número real
x tal que x 2 = a. Assim sendo, qual é a raiz quadrada de -1? E a raiz
quadrada de 2? Mais geralmente, como se pode assegurar que existe, para
cada a E JR+ e cada n E IR, um número real x tal que xn = a? Qual a
relação entre a existência de V'ã e a sobrejetividade da função J: IR 1- - t JR+,
f(x)=xn? ·
15. Que significados têm as igualdades abaixo?
a) O, 999 . . . = l;
b) o, 555 ... = 5/9;
e) ~+~+à+···+~+ .. · = 1;
d) 3, 14159265 ... = 7r.
16. Dada uma seqüência infinita de números naturais an, com O ::; aii ::;
9 para todo n = 1, 2, 3, .. . , que significado tem a "expansão decimal"
a=O,a1a2 ···ªn···?
17. Para n = 1, 2, 3 e 4, esboce o gráfico de um polinômio de grau n com
raízes reais distintas.
18. Exprima, por meio de uma fórmula, a função q: m_+ _.. ~assim defi-
nida: para todo x > O, q(x) é o número real cujas aproximações por falta
são as áreas dos polígonos retangulares inscritos no triângulo de vértices A.
B, C, onde A.= (O, O), B = (x, O) e C = (x, 2x).
19.: Como você provaria as afirmações abaixo?
i) A função f: R--. IR. f (x) = x 2 , é convexa.
ii) Afunçãof:JR+ -.JR+,j(x) = ..jX, écôncava.
iii) A função J: IR --. JR, f (x) = x 3 é côncava no intervalo (-c:c: O] e
convexa no intervalo [O, +co).
20. Uma função pode ser ao mesmo tempo côncava e convexa? Explique.
104 Temas para dlscuulo, Cop.15
_ Figura 35
resultado superior a mjl? Quanto tempo levaria {pelo menos) uma máquina
capaz de efetuar um bilhão de operações do tipo +~ por segundo para obter
cal soma?
29. Mostre que a secante que liga os pontos de abcissas 1 e 1 +x no gráfico
de y = ln x tem inclinação compreendida enlre 1 e 1/ ( l + x). (Considere
separadamente os casos x > O e x < 0.) Conclua que a 1angence a esse
gráfico no ponto de abcissa 1 fom1a ângulps de 45° com os eixos.
30. Qual é a inclinação da secante ao gráfico de y = ln x que liga os
pontos de abcissas x ex+ a? Conclua que deslocando para a dircitq uma
secante de comprimento dado sobre o gráfico de y = ln x. esta secame pode
tomar-se tão próxima da horizonlal quanto se deseje. ·
31. Qual é a maior área possível para um retângu lo inscrito no gráfico da
função y = l/x, se um dos seus lados verticais tem abcissa 1?
32. Mostre que existe um número a> 1 tal que o retângulo cuja base ç o
segmento 11, a] do eixo das abcissas, inscrito no gráfico de y = 1/x, tem
área > 1/2. Conclua que, para todo n E JR, também tem área > l/~ o
retângu lo inscrito cuja base é o segmento lan, a!t+ 1 J.
33. Descreva como, por meio de repetidas bisseções do intervalo (2, 3j.
podem-se obter valores a!Jro~im'.lrln-; de e.
34. De que modo o Teorema 3 (propricdad~ fund.,mental) pode ser usado
para provar diretamente que, sendo por definição área d~ li í - l, a i:i!.,.:
Hf tem área n se, e somente se. x = eri
= e · e· ··e (n fatores)?
34 •. (Melhor enunciado para o item anterior.) Por dci:niçãn, a ár, :t e ...
faixa Hf é igual a 1. Use diretamente o Teorema 3 para provar que a área
da faixa Hf é igual a n se, e somente se, x = en = e· e· e· ··e (n fatores).
35. Use novamente o Teorema 3 para concluir que x = tYe se, e somente
s·e, a área da faixa Hf é igual a 1/n.
36. Lembre que H(k)~ é a faixa da hi pérbole y = k/x compreen-
dida entre os pontos de abcissas a e b. Dada qualquer função logarítmica
f: JR+ ~ iR. prove que existe uma constan1e k > Otal que J(x) =área dl!
H(k)f para todo x E R+.
../2
37. Use a igualdade ( -12./2) = 2 para concluir que existem números
106 Temas paro disc:ussiio, Cap.15
g) . = tem pcrarurn,
f (x) . no -in~1.10tc r. d.e um corpo colocado num meio
ambiente de tempcrntur J (umt.mre, 1gu31 :1 Oº·
h) f(x)
. -- espaço pcrc<>mJo. por urn corpo e•m queda livre (ação da
gravidade), no tempo x
l.2?0S
' '"'
l.4 1.2233 1,1267 1.2296 1,2326 l.l3SS 1.2384 1.24 13 l,!.!.ll l.U70 l,?499
' ...
3.S 1.2528 l.2SS6 1.2.S&S 1.1613 1.46-11 126611 t ~ •111; ..,.-;-·
J.6 l.'2A09 1;.?Sl7 l ~b~ l.'lbii: :_ :o 1,2947 1.lYIS 1.3002 1.30~9 1.lOS6
3,7 1,3083 1.3 110 l.3ll7 1.3164 1,3191 1.321S 1.32+1 1,3271 1.3297 l,)J2.1
3.S 1,3350 1,3376 1.3403 1.3429 1.llSS 1.1.:s1 1.3S01 l,3.S33 l ,35S~ l,353l
3.9 1.3610 1,36.>S l.3<i<il 1.3686 1.37 12 1,3737 J.3672 1.3788 1.)81.l l,3SJS
1.3863 1.38118 1.3913 1.3938 l ,4Qj6 l,J061 1•.ioss
"·º
4, 1 1.4110 1,.11:µ 1.•llS9 1.4184
1.3S62
1,-1207
1.398"
1.4231
1•.:011
1,.ms l,4179 l,J303 L.4327
4,l 1,.13SI 1.4.l7S l •.t39S l,.!-122 1.4-W6 1..:.:69 l.J.l93 l,.1.Sl 6 1,4SJO l,.tS6)
J.J l..!SS6 1.4600 l .JIS)~ 1•.:656 1 1679 1,470? 1..:125 1,n.:s 1..:no 1,.1793
J ,.I l.~816 l,4839 1•.:S61 1.J88J 1.-1907 l .J'J.:Y l,J9SI ..~~. ! 1•.:~~o 1 ~~·1'1
.:.s l..S().11 1.506) 1.SOSS l.Sl07 l.Sll9 l.SISI l..Sl7l 1.Sl9S l.5117 1.SH9
.1,6 1.S261 l.S282 1 S304 l.S3l6 l.S3J7 1.S369 1.5390 l.S41:? l.SJ33 1.s.is.:
-1,7 l,S476 1.54'17 l.SSIS l.SS39 l.SSOO 1,5581 l,S(,()J l,S623 l.S64J 1.S66.S
.:,s l.S686 1,.5707 1.5728 l,SNS 1,57(;9 1.5790 l.SSIO 1.SSll l ,fü l l..S872
H l 'i'l92 1 <'11' 1 <()11 1 'í'l<;l 1<;•)71 1 Ç\IJ 1 t (/'f1. 1 'J'I<• '(.ll..,,
1 '"'' t
),U lfM' l líllJ 1.61:;..l l.61SJ 1.6174 1.619~ 1 .6~1.! 1.6Hl 1,625.J 1.(-213
S,I 1.6!'11 l ,ó3L? 1.533? 1.63SI 1.6371 1.6390 l.(>;ll? 1.6-129 1.WS 1,6167
.S.? 1,6-187 1.6506 l,6S::.S 1 65.:J l.6S6l l.6SS? 1.6601 l.G<i:() l,66j9 l.66SS
S,3 1.6677 l.6Ci96 l.671S 1,(17.).l l.~7~? 1.677 1 1.6790 l.60SO 1,6827 l.6~JS
..s.a l.686-1 1,6882 1.6901 1,6919 l,ó93:t 1.~... • :.ui·4 l .6~l 1.7011 1,7029
s.s 1 .7~7 1.7066 1.70$.1 1.7102 1,7120 1.7138 l.71S6 1. 117~ 1.7192 1.1211)
(conunuaJ
(continuação)
~ o.oo 0.01 o.oz O.o3 o.o.: o.o.s 0,06 O.<n 0,03 0,09
5.S 1.7047 l.70G6 1.703'1 1.7102 1.7120 1.7138 l,71S6 1.7174 1,7192 1,7210
S.6 1,7228 1.n.s6 1,726) 1.7281 1.7299 1,7)17 l,73JJ 1.73.S? 1.7370 1.7387
5,7 1,7.i()S 1,7422 l,7440 l,74S7 l.1'115 1,7492 l,7S09 1.7517 1,1s.i.i l,7S61
s.s l,7579 l,7S96 1,7613 1.7630 1.76-17 1 .7~ 1.7681 1.7699 1.7716 1.7733
S.9 1.nso 1.7766 1.7783 1,7800 1.7117 1.7&3-I 1,78.SI 1.7867 1.7SS.: l,7901
6,0 1,7918 1,79).: l,79SI 1,7967 l.79S.: 1.8001 l .~17 l.SO>I l.&OSO 1.8066
6.1 ucm l,S099 1.8116 1.8132 1.Sl4S l,816S l.SISI 1.8197 1.8213 1.8229
6.2 1.ns.s 1,8262 1.8278 1,829" 1.8310 l .83M UJ.:2 l .USS l.S3N 1.8390
6.3 1.8-IOS 1.$.121 1.8-137 1.s.m 1.8-1$ 1,8"$.S 1.3500 l.SS16 1.8532 l.SS47
6,.t l.8S63 1.8S79 l.8.S9J 1,8610 1.86:?5 1,86-$1 1.8656 1.8672 1,8637 1.!703
6.S 1,8818 1.8133 1.8749 1.876.t 1.8779 1.S'19S l,SSIO 1.882.5 1,SS.:O l.8SS6
6,6 1,8871 1.8386 1,8901 1.8916 l.S931 1,89-16 l,8961 1.8976 l.S991 1.9006
6,7 1.9021 1.9036 1,90.SI 1.9066 1.9031 1,909.S 1.9110 1.9125 1.9140 1,91.SS
6,S 1,9169 1,9184 1.9199 1.9213 1.9228 1,9242 1.9.?57 1.927? 1.9286 1,9301
6.9 1,931.S 1,9330 1,9}.W 1.9359 1.9373 19387 1,9.!0? l.9J16 l,9Jl0 I .~~
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