You are on page 1of 58

II - a atividade de tratamento tenha por objetivo

a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços ou o


LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018 tratamento de dados de indivíduos localizados no
território nacional; ou (Redação dada pela Lei nº
Lei Geral de Proteção de 13.853, de 2019) Vigência
Dados Pessoais
(LGPD). (Redação III - os dados pessoais objeto do tratamento
dada pela Lei nº 13.853, tenham sido coletados no território nacional.
de 2019) Vigência
§ 1º Consideram-se coletados no território
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber nacional os dados pessoais cujo titular nele se
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a encontre no momento da coleta.
seguinte Lei:
§ 2º Excetua-se do disposto no inciso I deste
CAPÍTULO I artigo o tratamento de dados previsto no inciso IV
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES do caput do art. 4º desta Lei.

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de
dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por dados pessoais:
pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito
público ou privado, com o objetivo de proteger os
I - realizado por pessoa natural para fins
direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e
exclusivamente particulares e não econômicos;
o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa
natural.
II - realizado para fins exclusivamente:
Parágrafo único. As normas gerais contidas
nesta Lei são de interesse nacional e devem ser a) jornalístico e artísticos; ou
observadas pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.853, de b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os
2019) Vigência arts. 7º e 11 desta Lei;

Art. 2º A disciplina da proteção de dados III - realizado para fins exclusivos de:
pessoais tem como fundamentos:
a) segurança pública;
I - o respeito à privacidade;
b) defesa nacional;
II - a autodeterminação informativa;
c) segurança do Estado; ou
III - a liberdade de expressão, de informação, de
comunicação e de opinião; d) atividades de investigação e repressão de
infrações penais; ou
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e
da imagem; IV - provenientes de fora do território nacional e
que não sejam objeto de comunicação, uso
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico compartilhado de dados com agentes de tratamento
e a inovação; brasileiros ou objeto de transferência internacional de
dados com outro país que não o de proveniência,
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a desde que o país de proveniência proporcione grau de
defesa do consumidor; e proteção de dados pessoais adequado ao previsto
nesta Lei.
VII - os direitos humanos, o livre
desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o § 1º O tratamento de dados pessoais previsto no
exercício da cidadania pelas pessoas naturais. inciso III será regido por legislação específica, que
deverá prever medidas proporcionais e estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público,
Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de
observados o devido processo legal, os princípios
tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa
gerais de proteção e os direitos do titular previstos
jurídica de direito público ou privado,
nesta Lei.
independentemente do meio, do país de sua sede ou
do país onde estejam localizados os dados, desde
que: § 2º É vedado o tratamento dos dados a que se
refere o inciso III do caput deste artigo por pessoa de
direito privado, exceto em procedimentos sob tutela de
I - a operação de tratamento seja realizada no
pessoa jurídica de direito público, que serão objeto de
território nacional;
informe específico à autoridade nacional e que
deverão observar a limitação imposta no § 4º deste ou controle da informação, modificação, comunicação,
artigo. transferência, difusão ou extração;

§ 3º A autoridade nacional emitirá opiniões XI - anonimização: utilização de meios técnicos


técnicas ou recomendações referentes às exceções razoáveis e disponíveis no momento do tratamento,
previstas no inciso III do caput deste artigo e deverá por meio dos quais um dado perde a possibilidade de
solicitar aos responsáveis relatórios de impacto à associação, direta ou indireta, a um indivíduo;
proteção de dados pessoais.
XII - consentimento: manifestação livre,
§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados informada e inequívoca pela qual o titular concorda
pessoais de banco de dados de que trata o inciso III com o tratamento de seus dados pessoais para uma
do caput deste artigo poderá ser tratada por pessoa finalidade determinada;
de direito privado, salvo por aquela que possua capital
integralmente constituído pelo poder XIII - bloqueio: suspensão temporária de
público. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de qualquer operação de tratamento, mediante guarda do
2019) Vigência dado pessoal ou do banco de dados;

Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se: XIV - eliminação: exclusão de dado ou de
conjunto de dados armazenados em banco de dados,
I - dado pessoal: informação relacionada a independentemente do procedimento empregado;
pessoa natural identificada ou identificável;
XV - transferência internacional de dados:
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre transferência de dados pessoais para país estrangeiro
origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião ou organismo internacional do qual o país seja
política, filiação a sindicato ou a organização de membro;
caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à
saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, XVI - uso compartilhado de dados:
quando vinculado a uma pessoa natural; comunicação, difusão, transferência internacional,
interconexão de dados pessoais ou tratamento
III - dado anonimizado: dado relativo a titular que compartilhado de bancos de dados pessoais por
não possa ser identificado, considerando a utilização órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas
de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião competências legais, ou entre esses e entes privados,
de seu tratamento; reciprocamente, com autorização específica, para uma
ou mais modalidades de tratamento permitidas por
IV - banco de dados: conjunto estruturado de esses entes públicos, ou entre entes privados;
dados pessoais, estabelecido em um ou em vários
locais, em suporte eletrônico ou físico; XVII - relatório de impacto à proteção de dados
pessoais: documentação do controlador que contém a
V - titular: pessoa natural a quem se referem os descrição dos processos de tratamento de dados
dados pessoais que são objeto de tratamento; pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e
aos direitos fundamentais, bem como medidas,
VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco;
direito público ou privado, a quem competem as
decisões referentes ao tratamento de dados pessoais; XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da
administração pública direta ou indireta ou pessoa
VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de jurídica de direito privado sem fins lucrativos
direito público ou privado, que realiza o tratamento de legalmente constituída sob as leis brasileiras, com
sede e foro no País, que inclua em sua missão
dados pessoais em nome do controlador;
institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a
pesquisa básica ou aplicada de caráter histórico,
VIII - encarregado: pessoa indicada pelo científico, tecnológico ou estatístico; e (Redação
controlador e operador para atuar como canal de dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
comunicação entre o controlador, os titulares dos
dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
XIX - autoridade nacional: órgão da
(ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
administração pública responsável por zelar,
2019) Vigência
implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei em
todo o território nacional. (Redação dada pela Lei nº
IX - agentes de tratamento: o controlador e o 13.853, de 2019) Vigência
operador;
Art. 6º As atividades de tratamento de dados
X - tratamento: toda operação realizada com pessoais deverão observar a boa-fé e os seguintes
dados pessoais, como as que se referem a coleta, princípios:
produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
reprodução, transmissão, distribuição, processamento,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação
I - finalidade: realização do tratamento para I - mediante o fornecimento de consentimento
propósitos legítimos, específicos, explícitos e pelo titular;
informados ao titular, sem possibilidade de tratamento
posterior de forma incompatível com essas II - para o cumprimento de obrigação legal ou
finalidades; regulatória pelo controlador;

II - adequação: compatibilidade do tratamento III - pela administração pública, para o


com as finalidades informadas ao titular, de acordo tratamento e uso compartilhado de dados necessários
com o contexto do tratamento; à execução de políticas públicas previstas em leis e
regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios
III - necessidade: limitação do tratamento ao ou instrumentos congêneres, observadas as
mínimo necessário para a realização de suas disposições do Capítulo IV desta Lei;
finalidades, com abrangência dos dados pertinentes,
proporcionais e não excessivos em relação às IV - para a realização de estudos por órgão de
finalidades do tratamento de dados; pesquisa, garantida, sempre que possível, a
anonimização dos dados pessoais;
IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de
consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a V - quando necessário para a execução de
duração do tratamento, bem como sobre a contrato ou de procedimentos preliminares
integralidade de seus dados pessoais; relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a
pedido do titular dos dados;
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares,
de exatidão, clareza, relevância e atualização dos VI - para o exercício regular de direitos em
dados, de acordo com a necessidade e para o processo judicial, administrativo ou arbitral, esse
cumprimento da finalidade de seu tratamento; último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro
de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
VI - transparência: garantia, aos titulares, de
informações claras, precisas e facilmente acessíveis VII - para a proteção da vida ou da incolumidade
sobre a realização do tratamento e os respectivos física do titular ou de terceiro;
agentes de tratamento, observados os segredos
comercial e industrial; VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em
procedimento realizado por profissionais de saúde,
VII - segurança: utilização de medidas técnicas e serviços de saúde ou autoridade
administrativas aptas a proteger os dados pessoais de sanitária; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
acessos não autorizados e de situações acidentais ou 2019) Vigência
ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação
ou difusão; IX - quando necessário para atender aos
interesses legítimos do controlador ou de terceiro,
VIII - prevenção: adoção de medidas para exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades
prevenir a ocorrência de danos em virtude do fundamentais do titular que exijam a proteção dos
tratamento de dados pessoais; dados pessoais; ou

IX - não discriminação: impossibilidade de X - para a proteção do crédito, inclusive quanto


realização do tratamento para fins discriminatórios ao disposto na legislação pertinente.
ilícitos ou abusivos;
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela
X - responsabilização e prestação de contas: Lei nº 13.853, de 2019)
demonstração, pelo agente, da adoção de medidas
eficazes e capazes de comprovar a observância e o
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
cumprimento das normas de proteção de dados
13.853, de 2019) Vigência
pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas.
§ 3º O tratamento de dados pessoais cujo
CAPÍTULO II acesso é público deve considerar a finalidade, a boa-
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS fé e o interesse público que justificaram sua
disponibilização.
Seção I
Dos Requisitos para o Tratamento de Dados § 4º É dispensada a exigência do consentimento
Pessoais previsto no caput deste artigo para os dados tornados
manifestamente públicos pelo titular, resguardados os
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente direitos do titular e os princípios previstos nesta Lei.
poderá ser realizado nas seguintes hipóteses:
§ 5º O controlador que obteve o consentimento
referido no inciso I do caput deste artigo que
necessitar comunicar ou compartilhar dados pessoais II - forma e duração do tratamento, observados
com outros controladores deverá obter consentimento os segredos comercial e industrial;
específico do titular para esse fim, ressalvadas as
hipóteses de dispensa do consentimento previstas III - identificação do controlador;
nesta Lei.
IV - informações de contato do controlador;
§ 6º A eventual dispensa da exigência do
consentimento não desobriga os agentes de
V - informações acerca do uso compartilhado de
tratamento das demais obrigações previstas nesta Lei,
dados pelo controlador e a finalidade;
especialmente da observância dos princípios gerais e
da garantia dos direitos do titular.
VI - responsabilidades dos agentes que
realizarão o tratamento; e
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais
a que se referem os §§ 3º e 4º deste artigo poderá ser
realizado para novas finalidades, desde que VII - direitos do titular, com menção explícita aos
observados os propósitos legítimos e específicos para direitos contidos no art. 18 desta Lei.
o novo tratamento e a preservação dos direitos do
titular, assim como os fundamentos e os princípios § 1º Na hipótese em que o consentimento é
previstos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de requerido, esse será considerado nulo caso as
2019) Vigência informações fornecidas ao titular tenham conteúdo
enganoso ou abusivo ou não tenham sido
Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do apresentadas previamente com transparência, de
art. 7º desta Lei deverá ser fornecido por escrito ou forma clara e inequívoca.
por outro meio que demonstre a manifestação de
vontade do titular. § 2º Na hipótese em que o consentimento é
requerido, se houver mudanças da finalidade para o
§ 1º Caso o consentimento seja fornecido por tratamento de dados pessoais não compatíveis com o
escrito, esse deverá constar de cláusula destacada consentimento original, o controlador deverá informar
das demais cláusulas contratuais. previamente o titular sobre as mudanças de finalidade,
podendo o titular revogar o consentimento, caso
discorde das alterações.
§ 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de
que o consentimento foi obtido em conformidade com
o disposto nesta Lei. § 3º Quando o tratamento de dados pessoais for
condição para o fornecimento de produto ou de
serviço ou para o exercício de direito, o titular será
§ 3º É vedado o tratamento de dados pessoais
informado com destaque sobre esse fato e sobre os
mediante vício de consentimento. meios pelos quais poderá exercer os direitos do titular
elencados no art. 18 desta Lei.
§ 4º O consentimento deverá referir-se a
finalidades determinadas, e as autorizações genéricas
Art. 10. O legítimo interesse do controlador
para o tratamento de dados pessoais serão nulas.
somente poderá fundamentar tratamento de dados
pessoais para finalidades legítimas, consideradas a
§ 5º O consentimento pode ser revogado a partir de situações concretas, que incluem, mas não
qualquer momento mediante manifestação expressa se limitam a:
do titular, por procedimento gratuito e facilitado,
ratificados os tratamentos realizados sob amparo do
I - apoio e promoção de atividades do
consentimento anteriormente manifestado enquanto
controlador; e
não houver requerimento de eliminação, nos termos
do inciso VI do caput do art. 18 desta Lei.
II - proteção, em relação ao titular, do exercício
regular de seus direitos ou prestação de serviços que
§ 6º Em caso de alteração de informação
o beneficiem, respeitadas as legítimas expectativas
referida nos incisos I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o dele e os direitos e liberdades fundamentais, nos
controlador deverá informar ao titular, com destaque
termos desta Lei.
de forma específica do teor das alterações, podendo o
titular, nos casos em que o seu consentimento é
exigido, revogá-lo caso discorde da alteração. § 1º Quando o tratamento for baseado no
legítimo interesse do controlador, somente os dados
pessoais estritamente necessários para a finalidade
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado
pretendida poderão ser tratados.
às informações sobre o tratamento de seus dados,
que deverão ser disponibilizadas de forma clara,
adequada e ostensiva acerca de, entre outras § 2º O controlador deverá adotar medidas para
características previstas em regulamentação para o garantir a transparência do tratamento de dados
atendimento do princípio do livre acesso: baseado em seu legítimo interesse.

I - finalidade específica do tratamento;


§ 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao publicidade à referida dispensa de consentimento, nos
controlador relatório de impacto à proteção de dados termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei.
pessoais, quando o tratamento tiver como fundamento
seu interesse legítimo, observados os segredos § 3º A comunicação ou o uso compartilhado de
comercial e industrial. dados pessoais sensíveis entre controladores com
objetivo de obter vantagem econômica poderá ser
Seção II objeto de vedação ou de regulamentação por parte da
Do Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis autoridade nacional, ouvidos os órgãos setoriais do
Poder Público, no âmbito de suas competências.
Art. 11. O tratamento de dados pessoais
sensíveis somente poderá ocorrer nas seguintes § 4º É vedada a comunicação ou o uso
hipóteses: compartilhado entre controladores de dados pessoais
sensíveis referentes à saúde com objetivo de obter
I - quando o titular ou seu responsável legal vantagem econômica, exceto nas hipóteses relativas a
consentir, de forma específica e destacada, para prestação de serviços de saúde, de assistência
finalidades específicas; farmacêutica e de assistência à saúde, desde que
observado o § 5º deste artigo, incluídos os serviços
auxiliares de diagnose e terapia, em benefício dos
II - sem fornecimento de consentimento do interesses dos titulares de dados, e para
titular, nas hipóteses em que for indispensável para: permitir: (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
2019) Vigência
a) cumprimento de obrigação legal ou
regulatória pelo controlador; I - a portabilidade de dados quando solicitada
pelo titular; ou (Incluído pela Lei nº 13.853, de
b) tratamento compartilhado de dados 2019) Vigência
necessários à execução, pela administração pública,
de políticas públicas previstas em leis ou II - as transações financeiras e administrativas
regulamentos; resultantes do uso e da prestação dos serviços de que
trata este parágrafo. (Incluído pela Lei nº
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, 13.853, de 2019) Vigência
garantida, sempre que possível, a anonimização dos
dados pessoais sensíveis; § 5º É vedado às operadoras de planos privados
de assistência à saúde o tratamento de dados de saúde
d) exercício regular de direitos, inclusive em para a prática de seleção de riscos na contratação de
contrato e em processo judicial, administrativo e qualquer modalidade, assim como na contratação e
arbitral, este último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 exclusão de beneficiários. (Incluído pela Lei nº
de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ; 13.853, de 2019) Vigência

e) proteção da vida ou da incolumidade física do Art. 12. Os dados anonimizados não serão
titular ou de terceiro; considerados dados pessoais para os fins desta Lei,
salvo quando o processo de anonimização ao qual
f) tutela da saúde, exclusivamente, em foram submetidos for revertido, utilizando
procedimento realizado por profissionais de saúde, exclusivamente meios próprios, ou quando, com
serviços de saúde ou autoridade sanitária; esforços razoáveis, puder ser revertido.
ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
2019) Vigência § 1º A determinação do que seja razoável deve
levar em consideração fatores objetivos, tais como
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança custo e tempo necessários para reverter o processo
do titular, nos processos de identificação e de anonimização, de acordo com as tecnologias
autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, disponíveis, e a utilização exclusiva de meios próprios.
resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta
Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e § 2º Poderão ser igualmente considerados como
liberdades fundamentais do titular que exijam a dados pessoais, para os fins desta Lei, aqueles
proteção dos dados pessoais. utilizados para formação do perfil comportamental de
determinada pessoa natural, se identificada.
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer
tratamento de dados pessoais que revele dados § 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre
pessoais sensíveis e que possa causar dano ao titular, padrões e técnicas utilizados em processos de
ressalvado o disposto em legislação específica. anonimização e realizar verificações acerca de sua
segurança, ouvido o Conselho Nacional de Proteção
§ 2º Nos casos de aplicação do disposto nas de Dados Pessoais.
alíneas “a” e “b” do inciso II do caput deste artigo
pelos órgãos e pelas entidades públicas, será dada Art. 13. Na realização de estudos em saúde
pública, os órgãos de pesquisa poderão ter acesso a
bases de dados pessoais, que serão tratados artigo em jogos, aplicações de internet ou outras
exclusivamente dentro do órgão e estritamente para a atividades ao fornecimento de informações pessoais
finalidade de realização de estudos e pesquisas e além das estritamente necessárias à atividade.
mantidos em ambiente controlado e seguro, conforme
práticas de segurança previstas em regulamento § 5º O controlador deve realizar todos os
específico e que incluam, sempre que possível, a esforços razoáveis para verificar que o consentimento
anonimização ou pseudonimização dos dados, bem a que se refere o § 1º deste artigo foi dado pelo
como considerem os devidos padrões éticos responsável pela criança, consideradas as tecnologias
relacionados a estudos e pesquisas. disponíveis.

§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer § 6º As informações sobre o tratamento de


excerto do estudo ou da pesquisa de que trata dados referidas neste artigo deverão ser fornecidas de
o caput deste artigo em nenhuma hipótese poderá maneira simples, clara e acessível, consideradas as
revelar dados pessoais. características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, com uso de
§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável recursos audiovisuais quando adequado, de forma a
pela segurança da informação prevista no caput deste proporcionar a informação necessária aos pais ou ao
artigo, não permitida, em circunstância alguma, a responsável legal e adequada ao entendimento da
transferência dos dados a terceiro. criança.

§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo Seção IV


será objeto de regulamentação por parte da Do Término do Tratamento de Dados
autoridade nacional e das autoridades da área de
saúde e sanitárias, no âmbito de suas competências. Art. 15. O término do tratamento de dados
pessoais ocorrerá nas seguintes hipóteses:
§ 4º Para os efeitos deste artigo, a
pseudonimização é o tratamento por meio do qual um I - verificação de que a finalidade foi alcançada
dado perde a possibilidade de associação, direta ou ou de que os dados deixaram de ser necessários ou
indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de informação pertinentes ao alcance da finalidade específica
adicional mantida separadamente pelo controlador em almejada;
ambiente controlado e seguro.
II - fim do período de tratamento;
Seção III
Do Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e
III - comunicação do titular, inclusive no
de Adolescentes
exercício de seu direito de revogação do
consentimento conforme disposto no § 5º do art. 8º
Art. 14. O tratamento de dados pessoais de desta Lei, resguardado o interesse público; ou
crianças e de adolescentes deverá ser realizado em
seu melhor interesse, nos termos deste artigo e da
IV - determinação da autoridade nacional,
legislação pertinente.
quando houver violação ao disposto nesta Lei.

§ 1º O tratamento de dados pessoais de


Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados
crianças deverá ser realizado com o consentimento
após o término de seu tratamento, no âmbito e nos
específico e em destaque dado por pelo menos um
limites técnicos das atividades, autorizada a
dos pais ou pelo responsável legal.
conservação para as seguintes finalidades:

§ 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º


I - cumprimento de obrigação legal ou
deste artigo, os controladores deverão manter pública
regulatória pelo controlador;
a informação sobre os tipos de dados coletados, a
forma de sua utilização e os procedimentos para o
exercício dos direitos a que se refere o art. 18 desta II - estudo por órgão de pesquisa, garantida,
Lei. sempre que possível, a anonimização dos dados
pessoais;
§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de
crianças sem o consentimento a que se refere o § 1º III - transferência a terceiro, desde que
deste artigo quando a coleta for necessária para respeitados os requisitos de tratamento de dados
contatar os pais ou o responsável legal, utilizados uma dispostos nesta Lei; ou
única vez e sem armazenamento, ou para sua
proteção, e em nenhum caso poderão ser repassados IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu
a terceiro sem o consentimento de que trata o § 1º acesso por terceiro, e desde que anonimizados os
deste artigo. dados.

§ 4º Os controladores não deverão condicionar a CAPÍTULO III


participação dos titulares de que trata o § 1º deste DOS DIREITOS DO TITULAR
Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a I - comunicar que não é agente de tratamento
titularidade de seus dados pessoais e garantidos os dos dados e indicar, sempre que possível, o agente;
direitos fundamentais de liberdade, de intimidade e de ou
privacidade, nos termos desta Lei.
II - indicar as razões de fato ou de direito que
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito impedem a adoção imediata da providência.
a obter do controlador, em relação aos dados do titular
por ele tratados, a qualquer momento e mediante § 5º O requerimento referido no § 3º deste artigo
requisição: será atendido sem custos para o titular, nos prazos e
nos termos previstos em regulamento.
I - confirmação da existência de tratamento;
§ 6º O responsável deverá informar, de maneira
II - acesso aos dados; imediata, aos agentes de tratamento com os quais
tenha realizado uso compartilhado de dados a
III - correção de dados incompletos, inexatos ou correção, a eliminação, a anonimização ou o bloqueio
desatualizados; dos dados, para que repitam idêntico procedimento,
exceto nos casos em que esta comunicação seja
comprovadamente impossível ou implique esforço
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de
desproporcional. (Redação dada pela Lei nº
dados desnecessários, excessivos ou tratados em
13.853, de 2019) Vigência
desconformidade com o disposto nesta Lei;

V - portabilidade dos dados a outro fornecedor § 7º A portabilidade dos dados pessoais a que
se refere o inciso V do caput deste artigo não inclui
de serviço ou produto, mediante requisição expressa,
dados que já tenham sido anonimizados pelo
de acordo com a regulamentação da autoridade
controlador.
nacional, observados os segredos comercial e
industrial; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
2019) Vigência § 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo
também poderá ser exercido perante os organismos
de defesa do consumidor.
VI - eliminação dos dados pessoais tratados
com o consentimento do titular, exceto nas hipóteses
previstas no art. 16 desta Lei; Art. 19. A confirmação de existência ou o acesso
a dados pessoais serão providenciados, mediante
requisição do titular:
VII - informação das entidades públicas e
privadas com as quais o controlador realizou uso
compartilhado de dados; I - em formato simplificado, imediatamente; ou

VIII - informação sobre a possibilidade de não II - por meio de declaração clara e completa, que
fornecer consentimento e sobre as consequências da indique a origem dos dados, a inexistência de registro,
negativa; os critérios utilizados e a finalidade do tratamento,
observados os segredos comercial e industrial,
IX - revogação do consentimento, nos termos do fornecida no prazo de até 15 (quinze) dias, contado da
§ 5º do art. 8º desta Lei. data do requerimento do titular.

§ 1º Os dados pessoais serão armazenados em


§ 1º O titular dos dados pessoais tem o direito
de peticionar em relação aos seus dados contra o formato que favoreça o exercício do direito de acesso.
controlador perante a autoridade nacional.
§ 2º As informações e os dados poderão ser
fornecidos, a critério do titular:
§ 2º O titular pode opor-se a tratamento
realizado com fundamento em uma das hipóteses de
dispensa de consentimento, em caso de I - por meio eletrônico, seguro e idôneo para
descumprimento ao disposto nesta Lei. esse fim; ou

§ 3º Os direitos previstos neste artigo serão II - sob forma impressa.


exercidos mediante requerimento expresso do titular
ou de representante legalmente constituído, a agente § 3º Quando o tratamento tiver origem no
de tratamento. consentimento do titular ou em contrato, o titular
poderá solicitar cópia eletrônica integral de seus
§ 4º Em caso de impossibilidade de adoção dados pessoais, observados os segredos comercial e
imediata da providência de que trata o § 3º deste industrial, nos termos de regulamentação da
artigo, o controlador enviará ao titular resposta em que autoridade nacional, em formato que permita a sua
poderá: utilização subsequente, inclusive em outras operações
de tratamento.
§ 4º A autoridade nacional poderá dispor de veículos de fácil acesso, preferencialmente em seus
forma diferenciada acerca dos prazos previstos nos sítios eletrônicos;
incisos I e II do caput deste artigo para os setores
específicos. II - (VETADO); e

Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar III - seja indicado um encarregado quando
a revisão de decisões tomadas unicamente com base realizarem operações de tratamento de dados
em tratamento automatizado de dados pessoais que pessoais, nos termos do art. 39 desta Lei;
afetem seus interesses, incluídas as decisões e (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, 2019) Vigência
de consumo e de crédito ou os aspectos de sua
personalidade. (Redação dada pela Lei nº 13.853, IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853,
de 2019) Vigência de 2019) Vigência

§ 1º O controlador deverá fornecer, sempre que


§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre
solicitadas, informações claras e adequadas a respeito
as formas de publicidade das operações de
dos critérios e dos procedimentos utilizados para a
tratamento.
decisão automatizada, observados os segredos
comercial e industrial.
§ 2º O disposto nesta Lei não dispensa as
pessoas jurídicas mencionadas no caput deste artigo
§ 2º Em caso de não oferecimento de
de instituir as autoridades de que trata a Lei nº 12.527,
informações de que trata o § 1º deste artigo baseado de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à
na observância de segredo comercial e industrial, a Informação) .
autoridade nacional poderá realizar auditoria para
verificação de aspectos discriminatórios em
tratamento automatizado de dados pessoais. § 3º Os prazos e procedimentos para exercício
dos direitos do titular perante o Poder Público
observarão o disposto em legislação específica, em
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853,
especial as disposições constantes da Lei nº 9.507, de
de 2019) Vigência
12 de novembro de 1997 (Lei do Habeas Data) ,
da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do
Art. 21. Os dados pessoais referentes ao Processo Administrativo) , e da Lei nº 12.527, de 18
exercício regular de direitos pelo titular não podem ser de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) .
utilizados em seu prejuízo.
§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos
Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos em caráter privado, por delegação do Poder Público,
dos titulares de dados poderá ser exercida em juízo, terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas
individual ou coletivamente, na forma do disposto na jurídicas referidas no caput deste artigo, nos termos
legislação pertinente, acerca dos instrumentos de desta Lei.
tutela individual e coletiva.
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem
CAPÍTULO IV fornecer acesso aos dados por meio eletrônico para a
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS PELO administração pública, tendo em vista as finalidades
PODER PÚBLICO de que trata o caput deste artigo.

Seção I Art. 24. As empresas públicas e as sociedades


Das Regras de economia mista que atuam em regime de
concorrência, sujeitas ao disposto no art. 173 da
Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas Constituição Federal , terão o mesmo tratamento
pessoas jurídicas de direito público referidas no dispensado às pessoas jurídicas de direito privado
parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18 de particulares, nos termos desta Lei.
novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ,
deverá ser realizado para o atendimento de sua Parágrafo único. As empresas públicas e as
finalidade pública, na persecução do interesse público, sociedades de economia mista, quando estiverem
com o objetivo de executar as competências legais ou operacionalizando políticas públicas e no âmbito da
cumprir as atribuições legais do serviço público, desde execução delas, terão o mesmo tratamento
que: dispensado aos órgãos e às entidades do Poder
Público, nos termos deste Capítulo.
I - sejam informadas as hipóteses em que, no
exercício de suas competências, realizam o Art. 25. Os dados deverão ser mantidos em
tratamento de dados pessoais, fornecendo formato interoperável e estruturado para o uso
informações claras e atualizadas sobre a previsão compartilhado, com vistas à execução de políticas
legal, a finalidade, os procedimentos e as práticas públicas, à prestação de serviços públicos, à
utilizadas para a execução dessas atividades, em descentralização da atividade pública e à
disseminação e ao acesso das informações pelo Art. 28. (VETADO).
público em geral.
Art. 29. A autoridade nacional poderá solicitar, a
Art. 26. O uso compartilhado de dados pessoais qualquer momento, aos órgãos e às entidades do
pelo Poder Público deve atender a finalidades poder público a realização de operações de
específicas de execução de políticas públicas e tratamento de dados pessoais, informações
atribuição legal pelos órgãos e pelas entidades específicas sobre o âmbito e a natureza dos dados e
públicas, respeitados os princípios de proteção de outros detalhes do tratamento realizado e poderá
dados pessoais elencados no art. 6º desta Lei. emitir parecer técnico complementar para garantir o
cumprimento desta Lei. (Redação dada pela Lei
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a nº 13.853, de 2019) Vigência
entidades privadas dados pessoais constantes de
bases de dados a que tenha acesso, exceto: Art. 30. A autoridade nacional poderá
estabelecer normas complementares para as
I - em casos de execução descentralizada de atividades de comunicação e de uso compartilhado de
atividade pública que exija a transferência, dados pessoais.
exclusivamente para esse fim específico e
determinado, observado o disposto na Lei nº 12.527, Seção II
de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Da Responsabilidade
Informação) ;
Art. 31. Quando houver infração a esta Lei em
II - (VETADO); decorrência do tratamento de dados pessoais por
órgãos públicos, a autoridade nacional poderá enviar
III - nos casos em que os dados forem informe com medidas cabíveis para fazer cessar a
acessíveis publicamente, observadas as disposições violação.
desta Lei.
Art. 32. A autoridade nacional poderá solicitar a
IV - quando houver previsão legal ou a agentes do Poder Público a publicação de relatórios
transferência for respaldada em contratos, convênios de impacto à proteção de dados pessoais e sugerir a
ou instrumentos congêneres; ou (Incluído pela adoção de padrões e de boas práticas para os
Lei nº 13.853, de 2019) tratamentos de dados pessoais pelo Poder Público.

V - na hipótese de a transferência dos dados CAPÍTULO V


objetivar exclusivamente a prevenção de fraudes e DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS
irregularidades, ou proteger e resguardar a segurança
e a integridade do titular dos dados, desde que vedado Art. 33. A transferência internacional de dados
o tratamento para outras finalidades. (Incluído pela pessoais somente é permitida nos seguintes casos:
Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
I - para países ou organismos internacionais que
§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § proporcionem grau de proteção de dados pessoais
1º deste artigo deverão ser comunicados à autoridade adequado ao previsto nesta Lei;
nacional.
II - quando o controlador oferecer e comprovar
Art. 27. A comunicação ou o uso compartilhado garantias de cumprimento dos princípios, dos direitos
de dados pessoais de pessoa jurídica de direito do titular e do regime de proteção de dados previstos
público a pessoa de direito privado será informado à nesta Lei, na forma de:
autoridade nacional e dependerá de consentimento do
titular, exceto:
a) cláusulas contratuais específicas para
determinada transferência;
I - nas hipóteses de dispensa de consentimento
previstas nesta Lei;
b) cláusulas-padrão contratuais;
II - nos casos de uso compartilhado de dados,
c) normas corporativas globais;
em que será dada publicidade nos termos do inciso I
do caput do art. 23 desta Lei; ou
d) selos, certificados e códigos de conduta
III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 regularmente emitidos;
desta Lei.
III - quando a transferência for necessária para a
Parágrafo único. A informação à autoridade cooperação jurídica internacional entre órgãos
nacional de que trata o caput deste artigo será objeto públicos de inteligência, de investigação e de
persecução, de acordo com os instrumentos de direito
de regulamentação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
internacional;
2019) Vigência
IV - quando a transferência for necessária para a Art. 35. A definição do conteúdo de cláusulas-
proteção da vida ou da incolumidade física do titular padrão contratuais, bem como a verificação de
ou de terceiro; cláusulas contratuais específicas para uma
determinada transferência, normas corporativas
V - quando a autoridade nacional autorizar a globais ou selos, certificados e códigos de conduta, a
transferência; que se refere o inciso II do caput do art. 33 desta Lei,
será realizada pela autoridade nacional.
VI - quando a transferência resultar em
compromisso assumido em acordo de cooperação § 1º Para a verificação do disposto
internacional; no caput deste artigo, deverão ser considerados os
requisitos, as condições e as garantias mínimas para
VII - quando a transferência for necessária para a transferência que observem os direitos, as garantias
a execução de política pública ou atribuição legal do e os princípios desta Lei.
serviço público, sendo dada publicidade nos termos do
inciso I do caput do art. 23 desta Lei; § 2º Na análise de cláusulas contratuais, de
documentos ou de normas corporativas globais
VIII - quando o titular tiver fornecido o seu submetidas à aprovação da autoridade nacional,
consentimento específico e em destaque para a poderão ser requeridas informações suplementares ou
realizadas diligências de verificação quanto às
transferência, com informação prévia sobre o caráter
operações de tratamento, quando necessário.
internacional da operação, distinguindo claramente
esta de outras finalidades; ou
§ 3º A autoridade nacional poderá designar
IX - quando necessário para atender as organismos de certificação para a realização do
previsto no caput deste artigo, que permanecerão sob
hipóteses previstas nos incisos II, V e VI do art. 7º
sua fiscalização nos termos definidos em regulamento.
desta Lei.

Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste § 4º Os atos realizados por organismo de
certificação poderão ser revistos pela autoridade
artigo, as pessoas jurídicas de direito público referidas
nacional e, caso em desconformidade com esta Lei,
no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18
submetidos a revisão ou anulados.
de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ,
no âmbito de suas competências legais, e
responsáveis, no âmbito de suas atividades, poderão § 5º As garantias suficientes de observância dos
requerer à autoridade nacional a avaliação do nível de princípios gerais de proteção e dos direitos do titular
proteção a dados pessoais conferido por país ou referidas no caput deste artigo serão também
organismo internacional. analisadas de acordo com as medidas técnicas e
organizacionais adotadas pelo operador, de acordo
Art. 34. O nível de proteção de dados do país com o previsto nos §§ 1º e 2º do art. 46 desta Lei.
estrangeiro ou do organismo internacional
mencionado no inciso I do caput do art. 33 desta Lei Art. 36. As alterações nas garantias
será avaliado pela autoridade nacional, que levará em apresentadas como suficientes de observância dos
consideração: princípios gerais de proteção e dos direitos do titular
referidas no inciso II do art. 33 desta Lei deverão ser
I - as normas gerais e setoriais da legislação em comunicadas à autoridade nacional.
vigor no país de destino ou no organismo
internacional; CAPÍTULO VI
DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS
II - a natureza dos dados; PESSOAIS

III - a observância dos princípios gerais de Seção I


proteção de dados pessoais e direitos dos titulares Do Controlador e do Operador
previstos nesta Lei;
Art. 37. O controlador e o operador devem
IV - a adoção de medidas de segurança manter registro das operações de tratamento de
previstas em regulamento; dados pessoais que realizarem, especialmente
quando baseado no legítimo interesse.
V - a existência de garantias judiciais e
institucionais para o respeito aos direitos de proteção Art. 38. A autoridade nacional poderá determinar
de dados pessoais; e ao controlador que elabore relatório de impacto à
proteção de dados pessoais, inclusive de dados
VI - outras circunstâncias específicas relativas à sensíveis, referente a suas operações de tratamento
transferência. de dados, nos termos de regulamento, observados os
segredos comercial e industrial.
Parágrafo único. Observado o disposto Art. 42. O controlador ou o operador que, em
no caput deste artigo, o relatório deverá conter, no razão do exercício de atividade de tratamento de
mínimo, a descrição dos tipos de dados coletados, a dados pessoais, causar a outrem dano patrimonial,
metodologia utilizada para a coleta e para a garantia moral, individual ou coletivo, em violação à legislação
da segurança das informações e a análise do de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-
controlador com relação a medidas, salvaguardas e lo.
mecanismos de mitigação de risco adotados.
§ 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao
Art. 39. O operador deverá realizar o tratamento titular dos dados:
segundo as instruções fornecidas pelo controlador,
que verificará a observância das próprias instruções e I - o operador responde solidariamente pelos
das normas sobre a matéria. danos causados pelo tratamento quando descumprir
as obrigações da legislação de proteção de dados ou
Art. 40. A autoridade nacional poderá dispor quando não tiver seguido as instruções lícitas do
sobre padrões de interoperabilidade para fins de controlador, hipótese em que o operador equipara-se
portabilidade, livre acesso aos dados e segurança, ao controlador, salvo nos casos de exclusão previstos
assim como sobre o tempo de guarda dos registros, no art. 43 desta Lei;
tendo em vista especialmente a necessidade e a
transparência. II - os controladores que estiverem diretamente
envolvidos no tratamento do qual decorreram danos
Seção II ao titular dos dados respondem solidariamente, salvo
Do Encarregado pelo Tratamento de Dados nos casos de exclusão previstos no art. 43 desta Lei.
Pessoais
§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o
Art. 41. O controlador deverá indicar ônus da prova a favor do titular dos dados quando, a
encarregado pelo tratamento de dados pessoais. seu juízo, for verossímil a alegação, houver
hipossuficiência para fins de produção de prova ou
§ 1º A identidade e as informações de contato quando a produção de prova pelo titular resultar-lhe
do encarregado deverão ser divulgadas publicamente, excessivamente onerosa.
de forma clara e objetiva, preferencialmente no sítio
eletrônico do controlador. § 3º As ações de reparação por danos coletivos
que tenham por objeto a responsabilização nos termos
§ 2º As atividades do encarregado consistem do caput deste artigo podem ser exercidas
em: coletivamente em juízo, observado o disposto na
legislação pertinente.
I - aceitar reclamações e comunicações dos
titulares, prestar esclarecimentos e adotar § 4º Aquele que reparar o dano ao titular tem
providências; direito de regresso contra os demais responsáveis, na
medida de sua participação no evento danoso.
II - receber comunicações da autoridade
nacional e adotar providências; Art. 43. Os agentes de tratamento só não serão
responsabilizados quando provarem:
III - orientar os funcionários e os contratados da
entidade a respeito das práticas a serem tomadas em I - que não realizaram o tratamento de dados
relação à proteção de dados pessoais; e pessoais que lhes é atribuído;

IV - executar as demais atribuições II - que, embora tenham realizado o tratamento


determinadas pelo controlador ou estabelecidas em de dados pessoais que lhes é atribuído, não houve
normas complementares. violação à legislação de proteção de dados; ou

§ 3º A autoridade nacional poderá estabelecer III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva
normas complementares sobre a definição e as do titular dos dados ou de terceiro.
atribuições do encarregado, inclusive hipóteses de
dispensa da necessidade de sua indicação, conforme Art. 44. O tratamento de dados pessoais será
a natureza e o porte da entidade ou o volume de irregular quando deixar de observar a legislação ou
operações de tratamento de dados. quando não fornecer a segurança que o titular dele
pode esperar, consideradas as circunstâncias
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, relevantes, entre as quais:
de 2019) Vigência
I - o modo pelo qual é realizado;
Seção III
Da Responsabilidade e do Ressarcimento de II - o resultado e os riscos que razoavelmente
Danos dele se esperam;
III - as técnicas de tratamento de dados III - a indicação das medidas técnicas e de
pessoais disponíveis à época em que foi realizado. segurança utilizadas para a proteção dos dados,
observados os segredos comercial e industrial;
Parágrafo único. Responde pelos danos
decorrentes da violação da segurança dos dados o IV - os riscos relacionados ao incidente;
controlador ou o operador que, ao deixar de adotar as
medidas de segurança previstas no art. 46 desta Lei, V - os motivos da demora, no caso de a
der causa ao dano. comunicação não ter sido imediata; e

Art. 45. As hipóteses de violação do direito do VI - as medidas que foram ou que serão
titular no âmbito das relações de consumo adotadas para reverter ou mitigar os efeitos do
permanecem sujeitas às regras de responsabilidade prejuízo.
previstas na legislação pertinente.
§ 2º A autoridade nacional verificará a gravidade
CAPÍTULO VII do incidente e poderá, caso necessário para a
DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS salvaguarda dos direitos dos titulares, determinar ao
controlador a adoção de providências, tais como:
Seção I
Da Segurança e do Sigilo de Dados I - ampla divulgação do fato em meios de
comunicação; e
Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar
medidas de segurança, técnicas e administrativas II - medidas para reverter ou mitigar os efeitos
aptas a proteger os dados pessoais de acessos não do incidente.
autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de
destruição, perda, alteração, comunicação ou § 3º No juízo de gravidade do incidente, será
qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito. avaliada eventual comprovação de que foram
adotadas medidas técnicas adequadas que tornem os
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre dados pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e
padrões técnicos mínimos para tornar aplicável o nos limites técnicos de seus serviços, para terceiros
disposto no caput deste artigo, considerados a não autorizados a acessá-los.
natureza das informações tratadas, as características
específicas do tratamento e o estado atual da Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento
tecnologia, especialmente no caso de dados pessoais de dados pessoais devem ser estruturados de forma a
sensíveis, assim como os princípios previstos atender aos requisitos de segurança, aos padrões de
no caput do art. 6º desta Lei. boas práticas e de governança e aos princípios gerais
previstos nesta Lei e às demais normas
§ 2º As medidas de que trata o caput deste regulamentares.
artigo deverão ser observadas desde a fase de
concepção do produto ou do serviço até a sua Seção II
execução. Das Boas Práticas e da Governança

Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer Art. 50. Os controladores e operadores, no


outra pessoa que intervenha em uma das fases do âmbito de suas competências, pelo tratamento de
tratamento obriga-se a garantir a segurança da dados pessoais, individualmente ou por meio de
informação prevista nesta Lei em relação aos dados associações, poderão formular regras de boas
pessoais, mesmo após o seu término. práticas e de governança que estabeleçam as
condições de organização, o regime de
Art. 48. O controlador deverá comunicar à funcionamento, os procedimentos, incluindo
autoridade nacional e ao titular a ocorrência de reclamações e petições de titulares, as normas de
incidente de segurança que possa acarretar risco ou segurança, os padrões técnicos, as obrigações
dano relevante aos titulares. específicas para os diversos envolvidos no tratamento,
as ações educativas, os mecanismos internos de
§ 1º A comunicação será feita em prazo supervisão e de mitigação de riscos e outros aspectos
razoável, conforme definido pela autoridade nacional, relacionados ao tratamento de dados pessoais.
e deverá mencionar, no mínimo:
§ 1º Ao estabelecer regras de boas práticas, o
I - a descrição da natureza dos dados pessoais controlador e o operador levarão em consideração, em
afetados; relação ao tratamento e aos dados, a natureza, o
escopo, a finalidade e a probabilidade e a gravidade
II - as informações sobre os titulares envolvidos; dos riscos e dos benefícios decorrentes de tratamento
de dados do titular.

§ 2º Na aplicação dos princípios indicados nos


incisos VII e VIII do caput do art. 6º desta Lei, o
controlador, observados a estrutura, a escala e o Seção I
volume de suas operações, bem como a sensibilidade Das Sanções Administrativas
dos dados tratados e a probabilidade e a gravidade
dos danos para os titulares dos dados, poderá: Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em
razão das infrações cometidas às normas previstas
I - implementar programa de governança em nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções
privacidade que, no mínimo: administrativas aplicáveis pela autoridade
nacional: (Vigência)
a) demonstre o comprometimento do controlador
em adotar processos e políticas internas que I - advertência, com indicação de prazo para
assegurem o cumprimento, de forma abrangente, de adoção de medidas corretivas;
normas e boas práticas relativas à proteção de dados
pessoais; II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do
faturamento da pessoa jurídica de direito privado,
b) seja aplicável a todo o conjunto de dados grupo ou conglomerado no Brasil no seu último
pessoais que estejam sob seu controle, exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$
independentemente do modo como se realizou sua 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por
coleta; infração;

c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao III - multa diária, observado o limite total a que
volume de suas operações, bem como à sensibilidade se refere o inciso II;
dos dados tratados;
IV - publicização da infração após devidamente
d) estabeleça políticas e salvaguardas apurada e confirmada a sua ocorrência;
adequadas com base em processo de avaliação
sistemática de impactos e riscos à privacidade; V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere
a infração até a sua regularização;
e) tenha o objetivo de estabelecer relação de
confiança com o titular, por meio de atuação VI - eliminação dos dados pessoais a que se
transparente e que assegure mecanismos de refere a infração;
participação do titular;
VII - (VETADO);
f) esteja integrado a sua estrutura geral de
governança e estabeleça e aplique mecanismos de
supervisão internos e externos; VIII - (VETADO);

g) conte com planos de resposta a incidentes e IX - (VETADO).


remediação; e
X - suspensão parcial do funcionamento do
h) seja atualizado constantemente com base em banco de dados a que se refere a infração pelo
informações obtidas a partir de monitoramento período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por
contínuo e avaliações periódicas; igual período, até a regularização da atividade de
tratamento pelo controlador; (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019)
II - demonstrar a efetividade de seu programa de
governança em privacidade quando apropriado e, em
especial, a pedido da autoridade nacional ou de outra XI - suspensão do exercício da atividade de
entidade responsável por promover o cumprimento de tratamento dos dados pessoais a que se refere a
boas práticas ou códigos de conduta, os quais, de infração pelo período máximo de 6 (seis) meses,
forma independente, promovam o cumprimento desta prorrogável por igual período; (Incluído pela Lei nº
Lei. 13.853, de 2019)

§ 3º As regras de boas práticas e de governança XII - proibição parcial ou total do exercício de


deverão ser publicadas e atualizadas periodicamente atividades relacionadas a tratamento de
e poderão ser reconhecidas e divulgadas pela dados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
autoridade nacional.
§ 1º As sanções serão aplicadas após
Art. 51. A autoridade nacional estimulará a procedimento administrativo que possibilite a
adoção de padrões técnicos que facilitem o controle oportunidade da ampla defesa, de forma gradativa,
pelos titulares dos seus dados pessoais. isolada ou cumulativa, de acordo com as
peculiaridades do caso concreto e considerados os
seguintes parâmetros e critérios:
CAPÍTULO VIII
DA FISCALIZAÇÃO
I - a gravidade e a natureza das infrações e dos
direitos pessoais afetados;
II - a boa-fé do infrator; § 6º As sanções previstas nos incisos X, XI e XII
do caput deste artigo serão aplicadas: (Incluído
III - a vantagem auferida ou pretendida pelo pela Lei nº 13.853, de 2019)
infrator;
I - somente após já ter sido imposta ao menos 1
IV - a condição econômica do infrator; (uma) das sanções de que tratam os incisos II, III, IV,
V e VI do caput deste artigo para o mesmo caso
V - a reincidência; concreto; e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

VI - o grau do dano; II - em caso de controladores submetidos a


outros órgãos e entidades com competências
sancionatórias, ouvidos esses órgãos. (Incluído pela
VII - a cooperação do infrator;
Lei nº 13.853, de 2019)
VIII - a adoção reiterada e demonstrada de
mecanismos e procedimentos internos capazes de § 7º Os vazamentos individuais ou os acessos
minimizar o dano, voltados ao tratamento seguro e não autorizados de que trata o caput do art. 46 desta
adequado de dados, em consonância com o disposto Lei poderão ser objeto de conciliação direta entre
no inciso II do § 2º do art. 48 desta Lei; controlador e titular e, caso não haja acordo, o
controlador estará sujeito à aplicação das penalidades
de que trata este artigo. (Incluído pela Lei nº
IX - a adoção de política de boas práticas e 13.853, de 2019) Vigência
governança;
Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio
X - a pronta adoção de medidas corretivas; e
de regulamento próprio sobre sanções administrativas
a infrações a esta Lei, que deverá ser objeto de
XI - a proporcionalidade entre a gravidade da consulta pública, as metodologias que orientarão o
falta e a intensidade da sanção. cálculo do valor-base das sanções de
multa. (Vigência)
§ 2º O disposto neste artigo não substitui a
aplicação de sanções administrativas, civis ou penais § 1º As metodologias a que se refere
definidas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, o caput deste artigo devem ser previamente
e em legislação específica. (Redação dada pela Lei publicadas, para ciência dos agentes de tratamento, e
nº 13.853, de 2019) Vigência devem apresentar objetivamente as formas e
dosimetrias para o cálculo do valor-base das sanções
§ 3º O disposto nos incisos I, IV, V, VI, X, XI e de multa, que deverão conter fundamentação
XII do caput deste artigo poderá ser aplicado às detalhada de todos os seus elementos, demonstrando
entidades e aos órgãos públicos, sem prejuízo do a observância dos critérios previstos nesta Lei.
disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e na Lei nº § 2º O regulamento de sanções e metodologias
12.527, de 18 de novembro de 2011. (Redação
correspondentes deve estabelecer as circunstâncias e
dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
as condições para a adoção de multa simples ou
diária.
§ 4º No cálculo do valor da multa de que trata o
inciso II do caput deste artigo, a autoridade nacional
Art. 54. O valor da sanção de multa diária
poderá considerar o faturamento total da empresa ou
aplicável às infrações a esta Lei deve observar a
grupo de empresas, quando não dispuser do valor do
gravidade da falta e a extensão do dano ou prejuízo
faturamento no ramo de atividade empresarial em que
causado e ser fundamentado pela autoridade
ocorreu a infração, definido pela autoridade nacional,
nacional.
ou quando o valor for apresentado de forma
incompleta ou não for demonstrado de forma
inequívoca e idônea. Parágrafo único. A intimação da sanção de
multa diária deverá conter, no mínimo, a descrição da
obrigação imposta, o prazo razoável e estipulado pelo
§ 5º O produto da arrecadação das multas
órgão para o seu cumprimento e o valor da multa
aplicadas pela ANPD, inscritas ou não em dívida ativa,
diária a ser aplicada pelo seu
será destinado ao Fundo de Defesa de Direitos
descumprimento. (Vigência)
Difusos de que tratam o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24
de julho de 1985, e a Lei nº 9.008, de 21 de março de
1995. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) CAPÍTULO IX
DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE
DADOS (ANPD) E DO CONSELHO NACIONAL DE
§ 6º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853,
PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS E DA
de 2019) (Promulgação partes vetadas)
PRIVACIDADE
Seção I § 3º O mandato dos membros do Conselho
Da Autoridade Nacional de Proteção de Dados Diretor será de 4 (quatro) anos. (Incluído pela
(ANPD) Lei nº 13.853, de 2019)

Art. 55. (VETADO). § 4º Os mandatos dos primeiros membros do


Conselho Diretor nomeados serão de 2 (dois), de 3
Art. 55-A. Fica criada a Autoridade Nacional de (três), de 4 (quatro), de 5 (cinco) e de 6 (seis) anos,
Proteção de Dados conforme estabelecido no ato de
(ANPD), autarquia de natureza especial, dotada de aut nomeação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
onomia técnica e decisória, com patrimônio próprio e 2019)
com sede e foro no Distrito Federal. (Redação dada
pela Lei nº 14.460, de 2022) § 5º Na hipótese de vacância do cargo no curso
do mandato de membro do Conselho Diretor, o prazo
remanescente será completado pelo
Art. 55-C. A ANPD é composta de: (Incluído
sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
pela Lei nº 13.853, de 2019)
2019)
I - Conselho Diretor, órgão máximo de
Art. 55-E. Os membros do Conselho Diretor
direção; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
somente perderão seus cargos em virtude de
renúncia, condenação judicial transitada em julgado
II - Conselho Nacional de Proteção de Dados ou pena de demissão decorrente de processo
Pessoais e da Privacidade; (Incluído pela Lei nº administrativo disciplinar. (Incluído pela Lei
13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)

III - Corregedoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, § 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao
de 2019) Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência
da República instaurar o processo administrativo
IV - Ouvidoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de disciplinar, que será conduzido por comissão especial
2019). constituída por servidores públicos federais
estáveis. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

§ 2º Compete ao Presidente da República


V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº determinar o afastamento preventivo, somente quando
14.460, de 2022) assim recomendado pela comissão especial de que
trata o § 1º deste artigo, e proferir o
V-A - Procuradoria; e (Incluído pela Lei nº julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
14.460, de 2022) 2019)

VI - unidades administrativas e unidades Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho


especializadas necessárias à aplicação do disposto Diretor, após o exercício do cargo, o disposto no art.
nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 6º da Lei nº 12.813, de 16 de maio de
2019) 2013. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será Parágrafo único. A infração ao disposto
composto de 5 (cinco) diretores, incluído o Diretor- no caput deste artigo caracteriza ato de improbidade
Presidente. (Incluído pela Lei nº 13.853, de administrativa. (Incluído pela Lei nº 13.853,
2019) de 2019)

§ 1º Os membros do Conselho Diretor da ANPD Art. 55-G. Ato do Presidente da República


serão escolhidos pelo Presidente da República e por disporá sobre a estrutura regimental da
ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
nos termos da alínea ‘f’ do inciso III do art. 52 da
Constituição Federal, e ocuparão cargo em comissão § 1º Até a data de entrada em vigor de sua
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - estrutura regimental, a ANPD receberá o apoio técnico
DAS, no mínimo, de nível 5. (Incluído pela e administrativo da Casa Civil da Presidência da
Lei nº 13.853, de 2019) República para o exercício de suas
atividades. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
§ 2º Os membros do Conselho Diretor serão 2019)
escolhidos dentre brasileiros que tenham reputação
ilibada, nível superior de educação e elevado conceito § 2º O Conselho Diretor disporá sobre o
no campo de especialidade dos cargos para os quais regimento interno da ANPD. (Incluído pela
serão nomeados. (Incluído pela Lei nº 13.853, Lei nº 13.853, de 2019)
de 2019)
Art. 55-H. Os cargos em comissão e as funções IX - promover ações de cooperação com
de confiança da ANPD serão remanejados de outros autoridades de proteção de dados pessoais de outros
órgãos e entidades do Poder Executivo países, de natureza internacional ou
federal. (Incluído pela Lei nº 13.853, de transnacional; (Incluído pela Lei nº
2019) 13.853, de 2019)

Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão X - dispor sobre as formas de publicidade das
e das funções de confiança da ANPD serão indicados operações de tratamento de dados pessoais,
pelo Conselho Diretor e nomeados ou designados respeitados os segredos comercial e
pelo Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei nº industrial; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
13.853, de 2019) 2019)

Art. 55-J. Compete à XI - solicitar, a qualquer momento, às entidades


ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, de do poder público que realizem operações de
2019) tratamento de dados pessoais informe específico
sobre o âmbito, a natureza dos dados e os demais
I - zelar pela proteção dos dados pessoais, nos detalhes do tratamento realizado, com a possibilidade
termos da legislação; (Incluído pela Lei nº de emitir parecer técnico complementar para garantir o
13.853, de 2019) cumprimento desta Lei; (Incluído pela Lei
nº 13.853, de 2019)
II - zelar pela observância dos segredos
comercial e industrial, observada a proteção de dados XII - elaborar relatórios de gestão anuais acerca
pessoais e do sigilo das informações quando de suas atividades; (Incluído pela Lei nº
protegido por lei ou quando a quebra do sigilo violar os 13.853, de 2019)
fundamentos do art. 2º desta Lei; (Incluído
pela Lei nº 13.853, de 2019) XIII - editar regulamentos e procedimentos sobre
proteção de dados pessoais e privacidade, bem como
III - elaborar diretrizes para a Política Nacional sobre relatórios de impacto à proteção de dados
de Proteção de Dados Pessoais e da pessoais para os casos em que o tratamento
Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, representar alto risco à garantia dos princípios gerais
de 2019) de proteção de dados pessoais previstos nesta
Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
IV - fiscalizar e aplicar sanções em caso de
tratamento de dados realizado em descumprimento à XIV - ouvir os agentes de tratamento e a
legislação, mediante processo administrativo que sociedade em matérias de interesse relevante e
assegure o contraditório, a ampla defesa e o direito de prestar contas sobre suas atividades e
recurso; (Incluído pela Lei nº 13.853, de planejamento; (Incluído pela Lei nº 13.853,
2019) de 2019)

V - apreciar petições de titular contra controlador XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar,
após comprovada pelo titular a apresentação de no relatório de gestão a que se refere o inciso XII
reclamação ao controlador não solucionada no prazo do caput deste artigo, o detalhamento de suas receitas
estabelecido em regulamentação; (Incluído e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
pela Lei nº 13.853, de 2019) 2019)

VI - promover na população o conhecimento das XVI - realizar auditorias, ou determinar sua


normas e das políticas públicas sobre proteção de realização, no âmbito da atividade de fiscalização de
dados pessoais e das medidas de que trata o inciso IV e com a devida observância do
segurança; (Incluído pela Lei nº 13.853, de disposto no inciso II do caput deste artigo, sobre o
2019) tratamento de dados pessoais efetuado pelos agentes
de tratamento, incluído o poder
VII - promover e elaborar estudos sobre as público; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
práticas nacionais e internacionais de proteção de 2019)
dados pessoais e privacidade; (Incluído pela
Lei nº 13.853, de 2019) XVII - celebrar, a qualquer momento,
compromisso com agentes de tratamento para
VIII - estimular a adoção de padrões para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação
serviços e produtos que facilitem o exercício de contenciosa no âmbito de processos administrativos,
de acordo com o previsto no Decreto-Lei nº 4.657, de
controle dos titulares sobre seus dados pessoais, os
4 de setembro de 1942; (Incluído pela Lei nº
quais deverão levar em consideração as
13.853, de 2019)
especificidades das atividades e o porte dos
responsáveis; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
2019) XVIII - editar normas, orientações e
procedimentos simplificados e diferenciados, inclusive
quanto aos prazos, para que microempresas e eficiência e promover o adequado funcionamento dos
empresas de pequeno porte, bem como iniciativas setores regulados, conforme legislação específica, e o
empresariais de caráter incremental ou disruptivo que tratamento de dados pessoais, na forma desta
se autodeclarem startups ou empresas de inovação, Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
possam adequar-se a esta Lei; (Incluído
pela Lei nº 13.853, de 2019) § 4º A ANPD manterá fórum permanente de
comunicação, inclusive por meio de cooperação
XIX - garantir que o tratamento de dados de técnica, com órgãos e entidades da administração
idosos seja efetuado de maneira simples, clara, pública responsáveis pela regulação de setores
acessível e adequada ao seu entendimento, nos específicos da atividade econômica e governamental,
termos desta Lei e da Lei nº 10.741, de 1º de outubro a fim de facilitar as competências regulatória,
de 2003 (Estatuto do Idoso); (Incluído pela fiscalizatória e punitiva da ANPD. (Incluído
Lei nº 13.853, de 2019) pela Lei nº 13.853, de 2019)

XX - deliberar, na esfera administrativa, em § 5º No exercício das competências de que trata


caráter terminativo, sobre a interpretação desta Lei, as o caput deste artigo, a autoridade competente deverá
suas competências e os casos zelar pela preservação do segredo empresarial e do
omissos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de sigilo das informações, nos termos da
2019) lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

XXI - comunicar às autoridades competentes as § 6º As reclamações colhidas conforme o


infrações penais das quais tiver disposto no inciso V do caput deste artigo poderão ser
conhecimento; (Incluído pela Lei nº 13.853, analisadas de forma agregada, e as eventuais
de 2019) providências delas decorrentes poderão ser adotadas
de forma padronizada. (Incluído pela Lei nº
XXII - comunicar aos órgãos de controle interno 13.853, de 2019)
o descumprimento do disposto nesta Lei por órgãos e
entidades da administração pública Art. 55-K. A aplicação das sanções previstas
federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de nesta Lei compete exclusivamente à ANPD, e suas
2019) competências prevalecerão, no que se refere à
proteção de dados pessoais, sobre as competências
XXIII - articular-se com as autoridades correlatas de outras entidades ou órgãos da
reguladoras públicas para exercer suas competências administração pública. (Incluído pela Lei
em setores específicos de atividades econômicas e nº 13.853, de 2019)
governamentais sujeitas à regulação;
e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Parágrafo único. A ANPD articulará sua atuação
com outros órgãos e entidades com competências
XXIV - implementar mecanismos simplificados, sancionatórias e normativas afetas ao tema de
inclusive por meio eletrônico, para o registro de proteção de dados pessoais e será o órgão central de
reclamações sobre o tratamento de dados pessoais interpretação desta Lei e do estabelecimento de
em desconformidade com esta normas e diretrizes para a sua
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) implementação. (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019)
§ 1º Ao impor condicionantes administrativas ao
tratamento de dados pessoais por agente de Art. 55-L. Constituem receitas da
tratamento privado, sejam eles limites, encargos ou ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, de
sujeições, a ANPD deve observar a exigência de 2019)
mínima intervenção, assegurados os fundamentos, os
princípios e os direitos dos titulares previstos no art. I - as dotações, consignadas no orçamento geral
170 da Constituição Federal e nesta da União, os créditos especiais, os créditos adicionais,
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) as transferências e os repasses que lhe forem
conferidos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
§ 2º Os regulamentos e as normas editados pela 2019)
ANPD devem ser precedidos de consulta e audiência
públicas, bem como de análises de impacto II - as doações, os legados, as subvenções e
regulatório. (Incluído pela Lei nº 13.853, de outros recursos que lhe forem
2019) destinados; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
2019)
§ 3º A ANPD e os órgãos e entidades públicos
responsáveis pela regulação de setores específicos da III - os valores apurados na venda ou aluguel de
atividade econômica e governamental devem bens móveis e imóveis de sua
coordenar suas atividades, nas correspondentes propriedade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
esferas de atuação, com vistas a assegurar o 2019)
cumprimento de suas atribuições com a maior
IV - os valores apurados em aplicações no VI - 1 (um) do Comitê Gestor da Internet no
mercado financeiro das receitas previstas neste Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
2019) VII - 3 (três) de entidades da sociedade civil com
atuação relacionada a proteção de dados
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº pessoais; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
13.853, de 2019) 2019)

VI - os recursos provenientes de acordos, VIII - 3 (três) de instituições científicas,


convênios ou contratos celebrados com entidades, tecnológicas e de inovação; (Incluído pela
organismos ou empresas, públicos ou privados, Lei nº 13.853, de 2019)
nacionais ou internacionais; (Incluído pela
Lei nº 13.853, de 2019) IX - 3 (três) de confederações sindicais
representativas das categorias econômicas do setor
VII - o produto da venda de publicações, produtivo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
material técnico, dados e informações, inclusive para 2019)
fins de licitação pública. (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019) X - 2 (dois) de entidades representativas do
setor empresarial relacionado à área de tratamento de
Art. 55-M. Constituem o patrimônio da ANPD os dados pessoais; e (Incluído pela Lei nº
bens e os direitos: (Incluído pela Lei nº 14.460, de 13.853, de 2019)
2022)
XI - 2 (dois) de entidades representativas do
I - que lhe forem transferidos pelos órgãos da setor laboral. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
Presidência da República; e (Incluído pela Lei nº 2019)
14.460, de 2022)
§ 1º Os representantes serão designados por
II - que venha a adquirir ou a
ato do Presidente da República, permitida a
incorporar. (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022)
delegação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
2019)
Art. 56. (VETADO).
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos
Art. 5 7. (VETADO). I, II, III, IV, V e VI do caput deste artigo e seus
suplentes serão indicados pelos titulares dos
Seção II respectivos órgãos e entidades da administração
Do Conselho Nacional de Proteção de Dados pública. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Pessoais e da Privacidade
§ 3º Os representantes de que tratam os incisos
Art. 58. (VETADO). VII, VIII, IX, X e XI do caput deste artigo e seus
suplentes: (Incluído pela Lei nº 13.853, de
Art. 58-A. O Conselho Nacional de Proteção de 2019)
Dados Pessoais e da Privacidade será composto de
23 (vinte e três) representantes, titulares e suplentes, I - serão indicados na forma de
dos seguintes órgãos: (Incluído pela Lei regulamento; (Incluído pela Lei nº 13.853,
nº 13.853, de 2019) de 2019)

I - 5 (cinco) do Poder Executivo II - não poderão ser membros do Comitê Gestor


federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de da Internet no Brasil; (Incluído pela Lei nº
2019) 13.853, de 2019)

II - 1 (um) do Senado Federal; (Incluído III - terão mandato de 2 (dois) anos, permitida 1
pela Lei nº 13.853, de 2019) (uma) recondução. (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019)
III - 1 (um) da Câmara dos
Deputados; (Incluído pela Lei nº 13.853, de § 4º A participação no Conselho Nacional de
2019) Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade será
considerada prestação de serviço público relevante,
IV - 1 (um) do Conselho Nacional de não remunerada. (Incluído pela Lei nº
Justiça; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) 13.853, de 2019)

V - 1 (um) do Conselho Nacional do Ministério Art. 58-B. Compete ao Conselho Nacional de


Público; (Incluído pela Lei nº 13.853, de Proteção de Dados Pessoais e da
2019) Privacidade: (Incluído pela Lei nº 13.853, de
2019)
I - propor diretrizes estratégicas e fornecer Art. 62. A autoridade nacional e o Instituto
subsídios para a elaboração da Política Nacional de Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade e para Teixeira (Inep), no âmbito de suas competências,
a atuação da ANPD; (Incluído pela Lei nº editarão regulamentos específicos para o acesso a
13.853, de 2019) dados tratados pela União para o cumprimento do
disposto no § 2º do art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de
II - elaborar relatórios anuais de avaliação da dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
execução das ações da Política Nacional de Proteção Educação Nacional) , e aos referentes ao Sistema
de Dados Pessoais e da Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes),
Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de que trata a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 .
de 2019)
Art. 63. A autoridade nacional estabelecerá
III - sugerir ações a serem realizadas pela normas sobre a adequação progressiva de bancos de
ANPD; (Incluído pela Lei nº 13.853, de dados constituídos até a data de entrada em vigor
2019) desta Lei, consideradas a complexidade das
operações de tratamento e a natureza dos dados.
IV - elaborar estudos e realizar debates e
audiências públicas sobre a proteção de dados Art. 64. Os direitos e princípios expressos nesta
pessoais e da privacidade; e (Incluído Lei não excluem outros previstos no ordenamento
pela Lei nº 13.853, de 2019) jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados
internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte.
V - disseminar o conhecimento sobre a proteção
de dados pessoais e da privacidade à
população. (Incluído pela Lei nº 13.853, de Art. 65. Esta Lei entra em vigor: (Redação
2019) dada pela Lei nº 13.853, de 2019)

Art. 59. (VETADO). I - dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos arts.


55-A, 55-B, 55-C, 55-D, 55-E, 55-F, 55-G, 55-H, 55-I,
55-J, 55-K, 55-L, 58-A e 58-B; e (Incluído pela
CAPÍTULO X
Lei nº 13.853, de 2019)
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
I-A – dia 1º de agosto de 2021, quanto aos arts.
Art. 60. A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 52, 53 e 54; (Incluído pela Lei nº 14.010, de
(Marco Civil da Internet) , passa a vigorar com as 2020)
seguintes alterações: Vigência
II - 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua
“Art. 7º .................................................................. publicação, quanto aos demais artigos. (Incluído
pela Lei nº 13.853, de 2019)
X - exclusão definitiva dos dados pessoais que
tiver fornecido a determinada aplicação de internet, a
Brasília , 14 de agosto de 2018; 197º da
seu requerimento, ao término da relação entre as
Independência e 130º da República.
partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória
de registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre
a proteção de dados pessoais;

.............................................” (NR)

“Art. 16. ............................

II - de dados pessoais que sejam excessivos em


relação à finalidade para a qual foi dado
consentimento pelo seu titular, exceto nas hipóteses
previstas na Lei que dispõe sobre a proteção de dados
pessoais.” (NR)

Art. 61. A empresa estrangeira será notificada e


intimada de todos os atos processuais previstos nesta
Lei, independentemente de procuração ou de
disposição contratual ou estatutária, na pessoa do
agente ou representante ou pessoa responsável por
sua filial, agência, sucursal, estabelecimento ou
escritório instalado no Brasil.
LEI COMPLEMENTAR nº 65, de 16/01/2003 Da Finalidade, da Competência e da Autonomia

Texto Atualizado Art. 4º – À Defensoria Pública do Estado de Minas


Gerais incumbe, como expressão e instrumento do
Organiza a Defensoria Pública do Estado, define sua regime democrático, fundamentalmente, a orientação
competência e dispõe sobre a carreira de Defensor jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa
Público e dá outras providências. em todos os graus, judicial e extrajudicialmente, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e
gratuita, aos necessitados.
(Vide Lei Complementar nº 92, de 23/6/2006.)
§ 1º – Consideram-se necessitados os que
(Vide art. 4º da Lei nº 16.668, de 8/1/2007.) comprovarem insuficiência de recursos, na forma da
lei.
(Vide art. 2º e inciso II do art. 7º da Lei nº 19.973, de
27/12/2011.) § 2º – À Defensoria Pública compete apurar o estado
de carência de seus assistidos.
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus
representantes, decretou e eu, em seu nome, Art. 5º – São funções institucionais da Defensoria
sanciono a seguinte Lei: Pública:

I – prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos


necessitados, em todos os graus, judicial e
TÍTULO I
extrajudicialmente, e promover, prioritariamente, a
Disposições Preliminares solução extrajudicial dos litígios por meio de
mediação, conciliação, arbitragem e demais
Art. 1º – A organização da Defensoria Pública do mecanismos de composição e administração de
Estado de Minas Gerais, sua estrutura e competência conflitos;
e o regime jurídico dos Defensores Públicos passam a
reger-se pelas disposições desta lei complementar. II – patrocinar ação penal privada e a subsidiária da
pública;

III – patrocinar ação civil e ação civil “ex delicto”;


Art. 2º – A Defensoria Pública do Estado de Minas
Gerais é instituição permanente, essencial à função IV – patrocinar defesa em ação penal;
jurisdicional do Estado, dotada de autonomia funcional
V – patrocinar defesa em ação civil e reconvir;
administrativa, financeira e orçamentária, sem
subordinação nem vinculação a órgão da VI – patrocinar ação civil pública, nos termos da lei;
administração pública.
VII – patrocinar ação popular, mandado de injunção e
mandado de segurança, individual ou coletivo;
Art. 3º – São princípios institucionais da Defensoria (Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei
Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
funcional.
VIII – exercer a curadoria especial nos casos previstos
em lei;
Art. 3º-A – São objetivos da Defensoria Pública: (Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
I – promover a dignidade da pessoa humana e a
redução das desigualdades sociais;

II – afirmar o Estado Democrático de Direito; IX – exercer a defesa dos interesses individuais e


coletivos da criança e do adolescente, do idoso, da
III – garantir a efetividade dos direitos humanos;
pessoa com deficiência, da mulher vítima de violência
IV – garantir a efetividade dos princípios doméstica e familiar e de outros grupos sociais
constitucionais da ampla defesa, do contraditório, do vulneráveis que mereçam proteção especial do
acesso à ordem jurídica justa e do devido processo Estado;
legal.
X – atuar nos estabelecimentos policiais,
(Artigo acrescentado pelo art. 2º da Lei Complementar penitenciários e de internação de adolescentes,
nº 141, de 13/12/2016.) visando a assegurar à pessoa, sob quaisquer
circunstâncias, o exercício pleno de seus direitos e
garantias fundamentais;
TÍTULO II XI – exercer, assegurado o recebimento dos autos
com vista, a ampla defesa e o contraditório em favor
de pessoas naturais e jurídicas, em processos XXIII – representar aos sistemas internacionais de
administrativos e judiciais, perante todos os órgãos e proteção de direitos humanos, postulando perante
em todas as instâncias, ordinárias ou extraordinárias, seus órgãos;
utilizando todas as medidas capazes de propiciar a
adequada e efetiva defesa de seus interesses; XXIV – desempenhar outras atribuições que lhe sejam
expressamente conferidas por lei.
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) § 1º – As funções institucionais da Defensoria Pública
serão exercidas contra pessoa jurídica de direito
XII – patrocinar os direitos e interesses do consumidor público, inclusive.
lesado, individual ou coletivamente, nos termos da lei;
§ 2º – Defensores Públicos distintos poderão assistir
(Vide Lei Complementar nº 66, de 22/1/2003.) necessitados com interesses antagônicos.

(Vide Lei Complementar nº 119, de 13/1/2011.) § 3º – A assistência jurídica integral e gratuita


fornecida pelo Estado será exercida pela Defensoria
XIII – tomar dos interessados compromisso de Pública.
ajustamento de conduta às exigências legais, nele
estabelecida sanção para a hipótese de seu § 4º – A capacidade postulatória do Defensor Público
descumprimento, o qual terá eficácia de título decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no
executivo extrajudicial, nos termos da lei; cargo público.

XIV – atuar nos juizados especiais; § 5º – Aos membros da Defensoria Pública é garantido
sentar-se no mesmo plano do Ministério Público.
XV – atuar na preservação e reparação dos direitos de
pessoas vítimas de tortura, abuso sexual, § 6º – Se o Defensor Público entender inexistir
discriminação ou qualquer outra forma de opressão ou hipótese de atuação institucional, dará imediata
violência, propiciando o acompanhamento e o ciência ao Defensor Público-Geral, ou a quem este
atendimento interdisciplinar das vítimas; indicar, o qual decidirá a controvérsia, designando, se
for o caso, outro Defensor Público para atuar.
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) § 7º – A condição de Defensor Público é comprovada
mediante apresentação de carteira funcional expedida
XVI – acompanhar inquérito policial, sendo-lhe pela Defensoria Pública, conforme modelo previsto na
assegurado receber da autoridade policial a lei orgânica nacional, a qual vale como identidade e
comunicação imediata da prisão em flagrante, quando tem fé pública em todo o território nacional.
o preso não constituir advogado;

XVII – participar dos conselhos federais, estaduais e


municipais afetos às funções institucionais da § 8º – O exercício do cargo de Defensor Público é
Defensoria Pública, quando neles tiver assento; indelegável e privativo de membro da carreira.

XVIII – executar e receber os honorários § 9º – O instrumento de transação, mediação ou


sucumbenciais decorrentes de sua atuação, inclusive conciliação referendado pelo Defensor Público valerá
quando devidos por ente público, destinando-os a como título executivo extrajudicial, inclusive quando
fundos geridos pela Defensoria Pública e voltados, celebrado com pessoa jurídica de direito público.
exclusivamente, para o aparelhamento da instituição e
a capacitação profissional de seus membros e § 10 – Os estabelecimentos policiais, penitenciários e
servidores; de internação de adolescentes observarão as
seguintes prerrogativas institucionais de Defensoria
XIX – convocar audiências públicas para discutir Pública:
matérias relacionadas a suas funções institucionais;
I – reserva de instalações adequadas para
XX – impetrar habeas corpus, mandado de injunção, atendimento aos presos e internos, com fornecimento
habeas data e mandado de segurança individual ou de apoio administrativo;
coletivo e ajuizar ação em defesa das funções
institucionais e das prerrogativas de seus órgãos de II – recebimento das informações solicitadas;
execução; III – acesso à documentação dos presos e internos;
XXI – promover a difusão dos direitos humanos, da IV – direito de entrevista reservada com os presos e
cidadania e do ordenamento jurídico, bem como a internos, mesmo aqueles incomunicáveis,
conscientização sobre eles; independentemente de prévio agendamento.
XXII – prestar atendimento interdisciplinar, quando
necessário para o exercício de suas atribuições;
Art. 5º-A – À Defensoria Pública do Estado de Minas
Gerais é assegurada autonomia funcional e
administrativa, bem como a iniciativa de sua proposta § 5º – As decisões da Defensoria Pública, fundadas
orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na Lei em sua autonomia funcional e administrativa,
de Diretrizes Orçamentárias, cabendo-lhe obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena
especialmente: e executoriedade imediata, ressalvada a competência
constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal de
I – abrir concurso público e prover os cargos de suas Contas.
carreiras, os dos serviços auxiliares e os cargos em
comissão;

II – organizar e compor seus órgãos de administração § 6º – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


superior, de atuação e de apoio administrativo e operacional e patrimonial da Defensoria Pública,
serviços auxiliares; quanto à legalidade, à legitimidade, à aplicação de
dotações e recursos próprios e à renúncia de receitas,
III – praticar atos próprios de gestão e elaborar seu será exercida pelo Poder Legislativo, mediante
regulamento interno, dispondo sobre as atribuições e controle externo e pelo sistema de controle interno
o funcionamento dos respectivos órgãos estabelecido em lei.
administrativos e de atuação;

IV – elaborar suas folhas de pagamento e expedir os


respectivos demonstrativos; Art. 5º-C – São direitos dos assistidos pela Defensoria
Pública, além daqueles previstos em atos normativos
V – criar e extinguir cargos, bem como fixar os internos:
subsídios dos membros da carreira e a remuneração
de seus servidores. I – o acesso a informação sobre:

Parágrafo único – Os atos praticados pela Defensoria a) a localização e o horário de funcionamento dos
Pública no exercício de sua autonomia, inclusive no órgãos da Defensoria Pública;
tocante a convênios, contratações e aquisições de
bens e serviços, não estão condicionados à b) a tramitação dos processos e os procedimentos
apreciação prévia de nenhum órgão ou entidade. para a realização de exames, perícias e outras
providências necessárias à defesa de seus interesses;
Art. 5º-B – A Defensoria Pública elaborará sua
proposta orçamentária atendendo aos limites definidos II – o atendimento eficiente e de qualidade;
na Lei de Diretrizes Orçamentárias, encaminhando-a III – a revisão de sua pretensão no caso de recusa de
ao Governador do Estado, para consolidação e atuação pelo Defensor Público, nos termos desta lei
encaminhamento ao Poder Legislativo. complementar e do Regulamento Interno;
§ 1º – Se a Defensoria Pública não encaminhar sua IV – o patrocínio de seus direitos e interesses pelo
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido defensor natural;
na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo
considerará, para fins de consolidação da proposta V – a atuação de Defensores Públicos distintos,
orçamentária anual, os valores aprovados na lei quando verificada a existência de interesses
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os antagônicos entre assistidos;
limites a que se refere o caput.
VI – o acesso à Ouvidoria Geral.
§ 2º – Se a proposta orçamentária de que trata este
artigo for encaminhada em desacordo com os limites a
que se refere o caput, o Poder Executivo procederá TÍTULO III
aos ajustes necessários para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual. Da Organização da Defensoria Pública

§ 3º – Durante a execução orçamentária do exercício,


não poderá haver realização de despesas que
CAPÍTULO I
extrapolem os limites estabelecidos na Lei
Orçamentária Anual, exceto se previamente Da Estrutura
autorizadas mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais. Art. 6º – A Defensoria Pública do Estado de Minas
Gerais tem a seguinte estrutura orgânica:
§ 4º – Os recursos correspondentes a suas dotações
orçamentárias próprias e globais, compreendidos os I – órgãos da administração superior:
créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão
a) Defensoria Pública-Geral;
entregues, até o dia vinte de cada mês, em
duodécimos, na forma do art. 168 da Constituição da b) Subdefensoria Pública-Geral;
República.
c) Conselho Superior da Defensoria Pública; 1 – Diretoria de Desenvolvimento de Sistemas e
Projetos;
d) Corregedoria-Geral da Defensoria Pública;
2 – Diretoria de Suporte e Administração de Rede;
II – órgãos de atuação:
3 – Diretoria de Informação e Dados;
a) Defensorias Públicas do Estado nas Comarcas:

b) Núcleos da Defensoria Pública do Estado;


V – Órgãos auxiliares:
c) Coordenadorias Regionais de Defensoria Pública
do Estado, em número de quinze; a) Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública;

III – órgãos de execução, os Defensores Públicos; b) Escola Superior da Defensoria Pública;

IV – Órgãos de apoio administrativo e serviços c) Centro de Assistência Pericial e Multidisciplinar.


auxiliares:

a) Gabinete;
Parágrafo único – A organização da Defensoria
b) Centro de Desenvolvimento Institucional; Pública terá como diretriz a descentralização e sua
atuação incluirá atendimento interdisciplinar, bem
c) Coordenadoria de Projetos e Convênios; como a tutela dos direitos individuais, difusos,
d) Coordenadoria de Estágio e Serviço Voluntário; coletivos e individuais homogêneos.

e) Coordenadorias Regionais;

f) Assessoria Jurídica; CAPÍTULO II

g) Assessoria de Comunicação e Cerimonial; Dos Órgãos da Administração Superior

h) Assessoria de Administração Estratégica e Seção I


Inovação; Da Defensoria Pública Geral
i) Auditoria Interna; Art. 7º – A Defensoria Pública Geral tem como chefe o
j) Superintendência de Planejamento, Gestão e Defensor Público Geral, que é nomeado pelo
Finanças: Governador do Estado.

1 – Diretoria de Planejamento, Orçamento e § 1º – O Defensor Público Geral será escolhido entre


Modernização Administrativa; os Defensores Públicos de Classe Especial que
contem, pelo menos, cinco anos de carreira e tenham,
2 – Diretoria de Finanças, Pagamento e Contabilidade; no mínimo, trinta e cinco anos de idade, indicados em
lista tríplice pelos integrantes da carreira.

§ 2º – É de dois anos o mandato do Defensor Público


k) Superintendência de Recursos Logísticos e
Geral, permitida uma recondução por igual período,
Infraestrutura:
precedida de nova aprovação da classe.
1 – Diretoria de Transportes, Serviços Gerais e
§ 3º – A eleição para formação da lista tríplice far-se-á
Infraestrutura;
mediante voto plurinominal, direto e secreto de todos
2 – Diretoria de Compras e Contratos; os membros da Defensoria Pública em exercício.

3 – Diretoria de Patrimônio e Almoxarifado; § 4º – A eleição será regulamentada pelo Conselho


Superior da Defensoria Pública e ocorrerá trinta dias
antes do término do mandato vigente, vedado o voto
por procuração.
l) Superintendência de Gestão de Pessoas e Saúde
Ocupacional: § 5º – A comissão eleitoral será indicada pelo
Conselho Superior, cabendo-lhe encaminhar a lista
1 – Diretoria de Pagamentos;
tríplice ao Defensor Público Geral, logo que encerrada
2 – Diretoria de Desenvolvimento do Servidor e Saúde a apuração.
Ocupacional;
§ 6º – O Defensor Público Geral, o Subdefensor
3 – Diretoria de Direitos, Vantagens e Aposentadoria; Público Geral, o Corregedor-Geral e os ocupantes de
cargos de confiança da Administração Superior da
Defensoria Pública, para concorrerem à formação da
lista tríplice, devem renunciar aos respectivos cargos
m) Superintendência de Tecnologia da Informação:
até trinta dias antes da data fixada para a eleição.
§ 7º – Os cargos de que trata o § 6º serão ocupados, I – dirigir a Defensoria Pública do Estado,
interinamente, pelos membros eleitos do Conselho superintender e coordenar suas atividades e orientar
Superior, observado o número de votos obtidos na sua atuação;
eleição do Conselho Superior.
II – representar a Defensoria Pública judicial e
§ 8º – O Defensor Público Geral encaminhará ao extrajudicialmente;
Governador do Estado a lista tríplice, com a indicação
do número de votos obtidos, em ordem decrescente, III – velar pelo cumprimento das finalidades da
até o dia útil seguinte àquele em que a receber. instituição;

§ 9º – Os três candidatos mais votados figurarão em IV – integrar como membro nato e presidir o Conselho
lista na qual, em caso de empate, incluir-se-á o mais Superior da Defensoria Pública;
antigo da classe, observados os demais critérios de V – propor o regulamento interno da Defensoria
desempate previstos no art. 62 desta lei Pública e submetê-lo à aprovação do Conselho
complementar. Superior;
§ 10 – São inelegíveis para o cargo de Defensor VI – autorizar afastamento justificado de membro da
Público Geral os membros da Defensoria Pública que: Defensoria Pública, ouvido, quando for o caso, o
I – tenham-se afastado do exercício das funções em Conselho Superior;
razão de licença especial ou para tratar de assuntos VII – estabelecer a lotação e a distribuição dos
particulares, nos seis meses anteriores à data da membros e dos servidores da Defensoria Pública;
eleição;
VIII – dirimir conflitos de atribuições entre membros da
II – forem condenados por crimes dolosos, com Defensoria Pública, cabendo da decisão recurso para
decisão transitada em julgado, ressalvada a hipótese o Conselho Superior;
de reabilitação;
IX – proferir decisão em sindicâncias e em processos
III – não apresentarem, à data da eleição, certidão de administrativos disciplinares promovidos pela
regularidade dos serviços afetos a seu cargo, Corregedoria-Geral;
expedida pela Corregedoria-Geral;
X – representar ao Corregedor-Geral sobre a
IV – tenham sofrido penalidade disciplinar nos doze instauração de processo administrativo-disciplinar
meses anteriores à inscrição da candidatura; contra membros e servidores da Defensoria Pública;
V – mantenham conduta pública ou particular XI – propor a abertura de concurso para provimento
incompatível com a dignidade do cargo; dos cargos efetivos da Defensoria Pública, presidindo
VI – estiverem afastados do exercício do cargo para a Comissão de Concurso, bem como designar,
desempenho de função em associação de classe; mediante indicação do Conselho Superior, os
membros da Comissão de Concurso e seus
VII – estiverem inscritos ou integrarem as listas a que substitutos;
se referem os arts. 94, “caput”, e 104, parágrafo único,
inciso II, da Constituição da República, e o art. 78, § XII – praticar atos de gestão administrativa, financeira
3º, da Constituição do Estado. e de pessoal;

§ 11 – Qualquer membro da Defensoria Pública XIII – deferir o compromisso de posse dos membros
poderá representar à Comissão Eleitoral sobre as da Defensoria Pública e dos servidores do quadro
causas de inelegibilidade previstas neste artigo, administrativo;
cabendo da decisão recurso ao Conselho Superior, no XIV – determinar correições extraordinárias;
prazo de cinco dias.
XV – convocar reunião do Conselho Superior da
Defensoria Pública;
Art. 8º – O Defensor Público Geral tomará posse XVI – designar membro da Defensoria Pública para:
perante o Governador do Estado no prazo de cinco
dias úteis contados da nomeação e entrará em a) exercer, por ato excepcional e fundamentado, as
exercício em sessão solene do Conselho Superior até funções processuais afetas a outro membro da
o segundo dia útil seguinte. instituição, submetendo sua decisão, previamente, ao
Conselho Superior da Defensoria Pública;

a) (Vetado);
Art. 9º – Compete ao Defensor Público Geral, além de
outras atribuições que lhe sejam conferidas por lei ou c) colaborar com a Comissão de Concurso;
forem inerentes a seu cargo:
d) exercer as atribuições de Coordenador;

e) assegurar a continuidade dos serviços em caso de XXXIII – solicitar ao Conselho Superior manifestação
vacância, afastamento temporário, ausência, sobre matéria relativa à autonomia da Defensoria
impedimento ou suspeição de titular de cargo, ou com Pública, bem como sobre outras de interesse
o consentimento deste; institucional;

f) dar plantão em final de semana, feriado ou em razão XXXIV – decidir sobre as sugestões encaminhadas
de medidas urgentes; pelo Conselho Superior acerca da criação,
transformação e extinção de cargos e serviços
auxiliares e sobre providências relacionadas ao
XVII – requisitar de qualquer autoridade pública e de desempenho das funções institucionais;
seus agentes ou de entidade particular certidão, XXXV – sugerir ao Governador do Estado
exame, perícia, vistoria, diligência, processo, laudo e modificações na Lei Orgânica da Defensoria Pública;
parecer técnico, documento, informações,
esclarecimentos e demais providências indispensáveis XXXVI – decidir sobre a criação, modificação ou
à atuação da Defensoria Pública; extinção dos Núcleos da Defensoria Pública;

XVIII – delegar atribuição administrativa a quem lhe XXXVII – interromper, por conveniência do serviço,
seja subordinado, na forma da lei; férias ou licença de membro da Defensoria Pública e
de seus servidores, salvo por motivo de saúde;
XIX – encaminhar ao Conselho Superior expediente
para elaboração das listas de promoção e remoção no XXXVIII – autorizar membro da Defensoria Pública a
quadro da Defensoria Pública; ausentar-se da instituição, justificadamente, pelo
prazo máximo de cinco dias úteis;
XX – dar posse a membro e a servidor nomeado para
cargo efetivo e em comissão da Defensoria Pública, XXXIX – levantar as dotações orçamentárias
nos termos da lei; destinadas ao custeio das atividades da Defensoria
Pública, encaminhando ao Secretário de Estado da
XXI – conceder férias e licença aos membros e aos Justiça e de Direitos Humanos proposta para
servidores da Defensoria Pública; elaboração da lei orçamentária;
XXII – deferir benefício ou vantagem concedida em lei XL – fazer publicar, no órgão oficial dos Poderes do
aos membros da Defensoria Pública; Estado, nos meses de fevereiro e agosto de cada ano,
XXIII – determinar o apostilamento de títulos de a lista de antigüidade dos membros da instituição,
servidores da Defensoria Pública; tomando-se por base o último dia do mês anterior,
bem como a relação de vagas no quadro e os
XXIV – aplicar a pena de remoção compulsória, correspondentes critérios de provimento;
aprovada pelo voto de dois terços do Conselho
Superior da Defensoria Pública; XLI – aprovar formulários de petição, ofício,
designação e outros instrumentos jurídicos propostos
XXV – prover cargo nos casos de promoção, remoção, pela Corregedoria-Geral;
permuta e outras formas de provimento derivado
previstas em lei; XLII – (Vetado).

XXVI – decidir sobre a escala de férias e a atuação Parágrafo único – As funções indicadas nos incisos
em plantões forenses; XII, XIII, XXVI, XXIX a XXXI, XXXVII e XL poderão ser
delegadas.
XXVII – editar ato que importe movimentação,
progressão e demais formas de provimento derivado;

XXVIII – propor a verificação de incapacidade física ou Art. 10 – O Defensor Público Geral apresentará ao
mental de membro da Defensoria Pública; Conselho Superior, no mês de abril de cada ano, o
Plano Geral de Atuação da Defensoria Pública,
XXIX – (Vetado); destinado a viabilizar a consecução de metas
prioritárias nas diversas áreas de suas atribuições.
XXX – dispor sobre a movimentação de Defensor
Público Substituto no interesse do serviço; Parágrafo único – O Plano Geral de Atuação será
elaborado com a participação dos Coordenadores e
XXXI – propor a celebração de convênio com órgão
aprovado pelo Conselho Superior.
municipal, estadual ou federal, de interesse da
instituição, excluídas as atribuições institucionais e
ressalvadas as hipóteses legais;
Art. 11 – O Defensor Público Geral será substituído,
XXXII – designar estagiário, na forma do Regulamento em suas faltas, ausências, suspeições e
Interno; impedimentos, pelo Subdefensor Público Geral.
§ 1º – O Defensor Público Geral será cientificado de
sua destituição no prazo de cinco dias contados da
Parágrafo único – Em caso de suspeição do Defensor aprovação da proposta, podendo, em quinze dias,
Público Geral, o Conselho Superior escolherá, entre oferecer defesa escrita, pessoalmente ou por
seus membros, excluídos os membros natos, um procurador, e requerer produção de provas.
substituto, em sessão secreta e por maioria
qualificada. § 2º – Não sendo oferecida defesa, o Corregedor-
Geral da Defensoria Pública nomeará procurador para
fazê-lo em igual prazo.
Art. 12 – Ocorrendo a vacância do cargo de Defensor § 3º – Findo o prazo previsto no § 2º, o Corregedor-
Público Geral, assumirá interinamente o Subdefensor Geral da Defensoria Pública designará a data para
Público Geral, e será realizada nova eleição, em trinta instrução e julgamento nos dez dias subseqüentes.
dias, para o preenchimento do cargo, na forma do
respectivo edital. § 4º – Na sessão de instrução e julgamento, presidida
pelo membro do Conselho Superior mais antigo na
§ 1º – O cargo de Defensor Público-Geral será Classe Especial, após a leitura do relatório da
exercido pelo Subdefensor Público-Geral, se a comissão processante, o Defensor Público Geral,
vacância se der nos últimos seis meses do mandato. pessoalmente ou por procurador, terá trinta minutos
§ 2º – Na hipótese de vacância simultânea dos cargos para produzir defesa oral, deliberando, em seguida, o
de Defensor Público-Geral e de Subdefensor Público- Conselho Superior, pelo voto fundamentado de dois
Geral, o cargo de Defensor Público-Geral será terços de seus membros.
exercido pelo Defensor Público de Classe Especial § 5º – A presença à sessão de julgamento será
mais antigo na carreira e será promovida eleição no limitada aos membros do Conselho Superior, ao
prazo de trinta dias. Defensor Público Geral e a seu procurador.

§ 6º – A sessão poderá ser suspensa por uma vez,


Art. 13 – O Defensor Público Geral poderá ser pelo prazo máximo de dez dias, para a realização de
destituído do cargo, por deliberação do Conselho diligência requerida pelo Defensor Público Geral ou
Superior, nos casos de abuso de poder, conduta por qualquer membro do Conselho Superior, desde
incompatível com o cargo ou grave omissão no que reputada, por maioria de votos, imprescindível ao
cumprimento de seus deveres, assegurada ampla esclarecimento dos fatos.
defesa, ou de condenação por infração apenada com
reclusão, em decisão judicial transitada em julgado.
Art. 16 – Rejeitada a proposta de destituição ou não
atingida a votação prevista no § 4º do art. 15, o
Art. 14 – O Conselho Superior decidirá, por maioria Presidente da sessão determinará o arquivamento dos
absoluta, sobre a admissibilidade da representação autos do procedimento.
para a destituição do Defensor Público Geral, nos
casos previstos no art. 13 desta lei complementar,
desde que formulada por um terço de seus integrantes Art. 17 – Aprovada a destituição, o Presidente da
ou, no mínimo, por um quinto dos membros da sessão fará publicar, no órgão oficial dos Poderes do
Defensoria Pública em atividade. Estado, em quarenta e oito horas, o inteiro teor da
decisão proferida.
§ 1º – A sessão de admissibilidade da representação
será presidida pelo membro do Conselho Superior Parágrafo único – O Presidente da sessão, em cinco
mais antigo na Classe Especial. dias, encaminhará os autos ao Governador do Estado,
para que proceda à exoneração do Defensor Público
§ 2º – Admitida a representação, a deliberação sobre Geral no prazo de quinze dias contados de seu
destituição do Defensor Público Geral far-se-á na recebimento.
forma do disposto nos arts. 15 a 18.

Art. 18 – Destituído o Defensor Público Geral ou


Art. 15 – Autorizado o pedido de destituição do decorrido o prazo previsto no art. 17 sem deliberação
Defensor Público Geral, o Conselho Superior, em do Governador do Estado, ocorrerá a vacância e
sessão presidida pelo membro do Conselho Superior proceder-se-á de acordo com o determinado pelo art.
mais antigo na Classe Especial, constituirá, em 11.
votação secreta, comissão processante, integrada por
três Defensores Públicos e presidida pelo Corregedor-
Geral da Defensoria Pública.
Art. 19 – O Defensor Público Geral ficará afastado de
suas funções:
I – após o trânsito em julgado de decisão judicial em Art. 22 – O Conselho Superior é órgão da
caso de prática de infração penal cuja sanção Administração Superior, incumbindo-lhe zelar pela
cominada seja de reclusão; observância dos princípios institucionais da Defensoria
Pública.
II – no procedimento de destituição, desde a
aprovação do pedido de autorização pelo Conselho
Superior, na forma prevista no art. 14, até a decisão
final. Art. 23 – O Conselho Superior é composto pelo
Defensor Público Geral, pelo Subdefensor Público
Geral e pelo Corregedor-Geral, como membros natos,
por mais seis representantes que estejam há, no
§ 1º – O período de afastamento contará como de mínimo, cinco anos na carreira, eleitos pelo voto
exercício do mandato. obrigatório de todos os membros da instituição em
§ 2º – Nas hipóteses previstas neste artigo, assumirá exercício, e pelos três Defensores Públicos mais
a chefia da Defensoria Pública o Subdefensor Público- antigos da Classe Especial.
Geral.

§ 1º – O Conselho Superior é presidido pelo Defensor


Seção II Público Geral, respeitadas as exceções previstas
nesta lei complementar.
Da Subdefensoria Pública Geral
§ 2º – A eleição dos membros do Conselho Superior,
para mandato de dois anos, será realizada em
escrutínio secreto, votação obrigatória e plurinominal,
Art. 20 – O Subdefensor Público Geral será nomeado
na primeira quinzena do mês de novembro, devendo
pelo Governador do Estado, para mandato de dois
ser convocada com, pelo menos, trinta dias de
anos, permitida uma recondução, e escolhido entre os
antecedência.
integrantes que estejam na carreira há, no mínimo,
cinco anos, constantes em lista tríplice elaborada pelo § 3º – O Defensor Público que pretender integrar
Defensor Público Geral, observado o disposto no art. como membro eleito o Conselho Superior da
7º, §10, desta lei complementar, vedada a repetição Defensoria Pública deve manifestar-se, por escrito, ao
de nomes. Defensor Público Geral, no prazo de cinco dias
contados do primeiro dia útil subseqüente à
convocação da eleição.
Art. 21 – Ao Subdefensor Público Geral, na forma do
§ 4º – Os Defensores Públicos eleitos para integrar o
Regulamento Interno, compete:
Conselho Superior serão automaticamente
I – integrar, como membro nato, na função de Vice- substituídos, no caso de vacância, pelos suplentes,
Presidente, o Conselho Superior da Defensoria assim considerados os Defensores Públicos mais
Pública; votados, em ordem decrescente.

II – exercer a coordenação e a supervisão das § 5º – No caso de empate na votação para a eleição


atividades administrativas e de apoio técnico da dos membros do Conselho Superior, será considerado
Defensoria Pública; eleito o mais antigo na carreira.

III – assessorar o Defensor Público Geral no exercício § 6º – Se os inscritos na eleição não atingirem o
de suas atribuições; número de vagas, serão investidos no mandato tantos
Defensores Públicos mais antigos, integrantes da
IV – exercer, mediante delegação de competência, as classe mais elevada, quantos forem necessários para
atribuições que lhe forem conferidas pelo Defensor a composição do Conselho Superior.
Público Geral;

V – fazer publicar os atos pertinentes ao expediente


da Defensoria Pública; Art. 24 – O disposto no art. 7º, § 9º, desta lei
complementar aplica-se à eleição para o Conselho
VI – controlar, coordenar e zelar a execução dos Superior da Defensoria Pública.
convênios celebrados pela Defensoria Pública com
órgãos públicos ou entidades. § 1º – O membro eleito do Conselho Superior é
inelegível para o mandato subseqüente, salvo se, na
condição de suplente, tiver exercido a função por
prazo inferior a seis meses.
Seção III
§ 2º – Os membros natos do Conselho Superior que,
Do Conselho Superior da Defensoria Pública
por qualquer motivo, deixarem de integrá-lo nessa
condição são inelegíveis para o exercício de mandato
subseqüente.
V – recomendar ao Defensor Público Geral a
instauração de processo administrativo-disciplinar
contra Defensores Públicos e servidores auxiliares da
§ 3º – O exercício de cargo de confiança é Defensoria Pública;
incompatível com o de membro do Conselho Superior.
VI – conhecer e julgar recurso contra decisão em
§ 4º – Qualquer membro da Defensoria Pública poderá processo administrativo-disciplinar;
representar à Comissão Eleitoral sobre as causas de
inelegibilidade previstas neste artigo, cabendo da VII – decidir sobre pedido de revisão de processo
decisão recurso para o Conselho Superior, no prazo administrativo-disciplinar;
de cinco dias.
VIII – decidir sobre a remoção voluntária dos
integrantes da carreira de Defensor Público;

Art. 25 – A ausência injustificada de membro do IX – determinar, por voto de dois terços de seus
Conselho Superior a três reuniões solenes, ordinárias integrantes, a remoção ou disponibilidade compulsória
ou extraordinárias consecutivas, ou a cinco de membro da Defensoria Pública;
alternadas, implicará a perda automática do mandato.
X – decidir sobre a destituição do Corregedor-Geral,
§ 1º – O Conselho Superior apreciará, em cada por voto de dois terços de seus membros, assegurada
sessão, as justificativas de ausência apresentadas, ampla defesa;
deliberando, por maioria, sobre o acolhimento destas,
na forma do Regulamento Interno. XI – deliberar sobre a organização do concurso para
ingresso na carreira e designar os representantes da
§ 2º – Decretada a perda do mandato pelo Presidente Defensoria Pública que integrarão a Comissão de
do Conselho, será convocado o suplente imediato Concurso;
para preenchimento da vaga.
XII – recomendar correições extraordinárias;

XIII – aprovar o Plano Geral de Atuação;


Art. 26 – A posse e o exercício dos membros do
Conselho Superior efetivar-se-ão na segunda XIV – sugerir ao Defensor Público Geral a edição de
quinzena do mês da eleição, em sessão solene. recomendação, sem caráter vinculativo, aos órgãos de
execução, para o desempenho de suas funções;

XV – deliberar, atendida a necessidade do serviço,


Art. 27 – O Conselho Superior reunir-se-á sobre a licença de membro da Defensoria Pública
mensalmente, em sessão ordinária, por convocação para freqüentar curso ou seminário de
extraordinária de seu Presidente ou por proposta de aperfeiçoamento ou estudos, no País ou no exterior,
um terço de seus membros. evidenciado o interesse da instituição;

Parágrafo único – O Conselho Superior se instalará XVI – autorizar, em razão de ato excepcional e
com o mínimo de seis membros, e as deliberações fundamentado, pelo voto de dois terços de seus
serão tomadas por maioria simples, respeitadas as integrantes, o Defensor Público Geral a exercer,
exceções previstas nesta lei complementar. pessoalmente ou por designação, as funções
processuais afetas a outro membro da instituição;

XVII – representar ao Corregedor-Geral sobre a


Art. 28 – Ao Conselho Superior da Defensoria Pública instauração de processo administrativo-disciplinar
compete: contra membro da Defensoria Pública;
I – exercer o poder normativo no âmbito da Defensoria XVIII – opinar sobre o aproveitamento de membro da
Pública; Defensoria Pública em disponibilidade;
II – opinar, por solicitação do Defensor Público Geral, XIX – solicitar ao Corregedor-Geral da Defensoria
sobre matéria pertinente à independência funcional e Pública informações sobre a conduta e a atuação
à autonomia administrativa da Defensoria Pública do funcional de membro da instituição, determinando a
Estado; realização de visitas de inspeção para verificação de
III – indicar ao Defensor Público Geral, em lista irregularidade no serviço, especialmente no caso de
tríplice, os candidatos à promoção por merecimento; inscritos para a promoção ou remoção voluntária;

IV – aprovar a lista de antigüidade dos membros da XX – conhecer dos relatórios reservados elaborados
Defensoria Pública e decidir sobre reclamações a ela pela Corregedoria-Geral em inspeções e correições,
concernentes, no prazo de quinze dias; recomendando as providências cabíveis;
XXI – decidir, em sessão pública e pelo voto de dois III – houver motivo de foro íntimo.
terços de seus integrantes, sobre a avaliação e a
permanência na carreira dos membros da Defensoria
Pública em estágio probatório; Art. 31 – O impedimento ou a suspeição, salvo por
XXII – determinar a suspensão do exercício funcional motivo de foro íntimo, poderá ser argüido pelo
de membro da Defensoria Pública em caso de interessado ou por qualquer integrante do Conselho
verificação de incapacidade física ou mental; Superior, até o início do julgamento.

XXIII – aprovar o regulamento de estágio probatório § 1º – Argüido o impedimento ou a suspeição, o


elaborado pela Corregedoria-Geral; Conselho Superior, após a oitiva do integrante
imputado impedido ou suspeito, decidirá a questão de
XXIV – dar posse ao Defensor Público Geral, nos plano.
termos do art. 8º desta lei complementar;
§ 2º – O integrante do Conselho Superior poderá
XXV – aprovar o Regulamento Interno da Defensoria alegar o impedimento e a suspeição por motivo de
Pública; foro íntimo, no prazo previsto no “caput” deste artigo.

XXVI – exercer outras atribuições previstas em lei ou § 3º – Serão convocados os suplentes necessários se,
no Regulamento Interno. em razão de impedimento ou suspeição de integrante
do Conselho Superior, houver prejuízo, por falta de
§ 1º – Salvo disposição em contrário, as deliberações quórum legal, à apreciação de matéria em pauta,
do Conselho Superior serão tomadas por maioria de suspendendo-se, se for o caso, o julgamento.
votos abertos e nominais, presente a maioria de seus
membros, cabendo ao seu Presidente o voto de
qualidade.
Seção IV
§ 2º – As decisões do Conselho Superior da
Defensoria Pública serão fundamentadas e publicadas Da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública
no prazo de cinco dias, exceto nas hipóteses legais de Art. 32 – A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública
sigilo, sob forma de deliberação. é órgão de fiscalização e orientação da atividade
§ 3º – Na indicação à promoção por antigüidade, funcional e da conduta dos membros e dos servidores
observar-se-á o disposto no art. 61 desta lei da Defensoria Pública.
complementar. Art. 33 – A Corregedoria-Geral é exercida pelo
§ 4º – Na indicação à promoção por merecimento, o Corregedor-Geral, indicado entre os integrantes da
processo de votação será oral, atendidos os critérios classe mais elevada da carreira, em lista sêxtupla
estabelecidos no art. 63 desta lei complementar. elaborada pelo Conselho Superior, e nomeado pelo
Governador do Estado, para mandato de dois anos.

Art. 34 – Ao Corregedor-Geral da Defensoria Pública


Art. 29 – O integrante do Conselho Superior é compete:
considerado impedido nos seguintes casos:
I – realizar inspeções e correições funcionais nos
I – quando a deliberação envolver interesse de Núcleos e nos serviços da Defensoria Pública e
cônjuge, parente consangüíneo ou afim, em linha reta remeter relatório reservado ao Conselho Superior;
ou colateral, até o quarto grau, inclusive;
II – sugerir ao Defensor Público Geral,
II – quando for interessado no resultado do fundamentadamente, o afastamento do Defensor
julgamento; Público que esteja sendo submetido a correição,
sindicância ou processo administrativo-disciplinar;
III – quando não comparecer à sessão de leitura de
relatório ou de discussão de matéria em pauta. III – receber e processar representação contra
Defensor Público e encaminhá-la, com parecer, ao
Conselho Superior;
Art. 30 – Considera-se fundada a suspeição de IV – propor a instauração de processo administrativo-
parcialidade do integrante do Conselho Superior disciplinar contra Defensor Público e servidor
quando: administrativo auxiliar e encaminhar a proposição ao
I – houver notória inimizade com o interessado no Defensor Público Geral;
julgamento da matéria; V – propor ao Conselho Superior,
II – for parte em processo cível, criminal ou fundamentadamente, a suspensão do estágio
administrativo em que funcionou o interessado no probatório do Defensor Público;
julgamento da matéria;
VI – acompanhar a atuação do Defensor Público XIX – elaborar o regulamento do estágio probatório;
durante o estágio probatório, mediante avaliação
permanente de seu desempenho; XX – propor ao Defensor Público Geral e ao Conselho
Superior a expedição de instruções e outras normas
VII – propor ao Conselho Superior, administrativas, sempre que necessário ou
fundamentadamente, a confirmação do Defensor conveniente ao serviço;
Público no cargo, até sessenta dias antes do término
do estágio probatório; XXI – convocar Defensores Públicos para deliberação
sobre matéria administrativa ou de interesse da
VIII – propor, fundamentadamente, a exoneração do instituição;
Defensor Público em estágio probatório, com base em
avaliação especial, procedida por comissão XXII – desempenhar outras atribuições previstas em
constituída especificamente para esse fim; lei ou no Regulamento Interno da Defensoria Pública.

IX – representar sobre verificação de incapacidade Parágrafo único – As anotações que importem


física, mental ou moral de membros da Defensoria demérito serão lançadas no assentamento funcional,
Pública; após prévia ciência do interessado, permitindo-se a
retificação, na forma prevista no art. 124 desta lei
X – integrar como membro nato o Conselho Superior complementar.
da Defensoria Pública;

XI – baixar instruções, sem caráter vinculativo e no


limite de suas atribuições, visando à regularidade e ao Art. 35 – O Corregedor-Geral poderá ser destituído do
aperfeiçoamento das atividades da Defensoria cargo por deliberação do Conselho Superior, nos
Pública, bem como à independência funcional de seus casos de abuso de poder, conduta incompatível, grave
membros; omissão nos deveres do cargo, assegurada ampla
defesa, ou condenação por infração apenada com
XII – manter atualizados os assentamentos funcionais reclusão, em decisão judicial transitada em julgado.
e os registros estatísticos de atuação dos membros da
Defensoria Pública, especialmente para efeito de Parágrafo único – O Conselho Superior decidirá, por
aferição de merecimento, neles devendo constar: maioria de votos, pela admissibilidade da
representação para a destituição do Corregedor-Geral,
a) os pareceres da Corregedoria-Geral, inclusive o nos casos previstos no “caput” deste artigo, desde que
previsto no art. 52 desta lei complementar, e a decisão formulada pelo Defensor Público Geral, por um terço
do Conselho Superior sobre o estágio probatório; de seus integrantes ou por um décimo dos membros
da Defensoria Pública em atividade.
b) as observações feitas em inspeções e correições;

c) as penalidades disciplinares aplicadas;


Art. 36 – Autorizada a proposta de destituição do
XIII – oferecer ao Conselho Superior da Defensoria Corregedor-Geral, o Conselho Superior, em sessão
Pública, quando da composição de listas tríplices para presidida pelo Defensor Público Geral, constituirá, em
promoção, os assentamentos sobre a vida funcional votação secreta, comissão processante, integrada por
dos Defensores Públicos que satisfaçam o requisito de três Defensores Públicos de Classe Especial, cabendo
interstício, assim como outras informações a Presidência ao mais antigo nesta classe.
consideradas necessárias;
§ 1º – O Corregedor-Geral da Defensoria Pública será
XIV – exercer outras atribuições que lhe forem cientificado, no prazo de dez dias, da aprovação da
cometidas pelo Defensor Público Geral ou pelo proposta de destituição, podendo, em quinze dias,
Conselho Superior da Defensoria Pública; apresentar defesa por escrito, pessoalmente ou por
XV – encaminhar ao Defensor Público Geral o procurador, e requerer produção de provas.
processo administrativo-disciplinar afeto à decisão § 2º – Não sendo apresentada defesa, o Presidente da
deste; comissão processante nomeará procurador para fazê-
XVI – apresentar, quando requisitado pelo Defensor la no prazo de quinze dias.
Público Geral, relatório estatístico sobre as atividades § 3º – Findo o prazo concedido à defesa, o Presidente
dos órgãos de atuação; da comissão processante designará, nos dez dias
XVII – prestar ao Defensor Público informações de subseqüentes, a data para instrução e julgamento.
caráter pessoal e funcional, assegurando-lhe o direito § 4º – Na sessão de instrução e julgamento, presidida
de acesso, retificação e complementação dos dados; pelo Defensor Público Geral, após a leitura do relatório
XVIII – requisitar informações, exames, perícias, da comissão processante, o Corregedor-Geral,
documentos, diligências, certidões, pareceres técnicos pessoalmente ou por procurador, terá trinta minutos
e informações indispensáveis ao bom desempenho de para produzir defesa oral, deliberando, em seguida, o
suas funções;
Conselho Superior, pelo voto fundamentado de dois 40-B – O Centro de Desenvolvimento Institucional é
terços de seus membros. órgão de apoio da Defensoria Pública-Geral,
composto pelos serviços auxiliares necessários e por
§ 5º – A presença na sessão de instrução e Defensores Públicos das diversas áreas de atuação
julgamento será limitada aos membros do Conselho designados pelo Defensor Público-Geral, sendo um
Superior, ao Corregedor-Geral e ao seu procurador. deles coordenador do centro.
§ 6º – A sessão poderá ser suspensa por uma vez, Parágrafo único – São competências do Centro de
pelo prazo máximo de dez dias, para a realização de Desenvolvimento Institucional:
diligência requerida pelo Corregedor-Geral ou por seu
procurador, bem como por qualquer membro do I – estimular a integração e o intercâmbio entre
Conselho Superior, desde que reputada, por maioria Defensores Públicos que atuem na mesma área de
de votos, imprescindível ao esclarecimento dos fatos. atividade e que tenham atribuições comuns;

II – remeter informações técnico-jurídicas aos órgãos


ligados às atividades do centro;
Art. 37 – Rejeitada a proposta de destituição ou não
atingida a votação prevista no § 4º do art. 36 desta lei III – estabelecer intercâmbio permanente com órgãos
complementar, o Presidente da sessão determinará o públicos ou entidades públicas ou privadas;
arquivamento dos autos do procedimento.
IV – sistematizar as ações dos Defensores Públicos,
Art. 38 – Aprovada a destituição, o Defensor Público bem como integrar e uniformizar sua atuação;
Geral fará publicar, no órgão oficial dos Poderes do
Estado, em quarenta e oito horas, o inteiro teor da V – auxiliar na elaboração e execução de projetos e
decisão proferida, da qual não caberá recurso. convênios de interesse institucional da Defensoria
Pública;
Parágrafo único – O Presidente da sessão, em cinco
dias, encaminhará os autos ao Governador do Estado, VI – promover e coordenar a atuação de Defensoria
para que proceda à exoneração do Corregedor-Geral Pública perante os sistemas internacionais de
da Defensoria Pública, no prazo de quinze dias proteção dos direitos humanos;
contados de seu recebimento. VII – prestar auxílio técnico-operacional ao
Art. 39 – Destituído o Corregedor-Geral da Defensoria cumprimento das finalidades institucionais;
Pública, proceder-se-á na forma determinada no art. VIII – exercer outras funções compatíveis com suas
36 desta lei complementar. competências previstas em lei e atribuídas por ato do
Art. 40 – O Corregedor-Geral ficará afastado de suas Defensor Público-Geral.
funções:

I – após o trânsito em julgado da decisão judicial Seção II


condenatória em caso de prática de infração penal,
cuja sanção cominada seja de reclusão; Das Coordenadorias Regionais

II – no procedimento de destituição, desde a Art. 40-C – As Coordenadorias Regionais são órgãos


aprovação do pedido de autorização pelo Conselho de apoio às atividades das Defensorias Públicas em
Superior, na forma prevista no art. 35, parágrafo único, âmbito regional e agrupam Defensorias Públicas nas
desta lei complementar, até a decisão final. Comarcas por regiões ou por órgãos de atuação.

Parágrafo único – O período de afastamento contará § 1º – As Coordenadorias Regionais são compostas


como de exercício do mandato. por um Defensor Público, que exercerá a função de
Coordenador Regional da Defensoria Pública, e pelos
serviços auxiliares que se fizerem necessários.
CAPÍTULO II-A § 2º – A sede de cada Coordenadoria Regional será
Dos Órgãos de Apoio Administrativo e Serviços fixada por ato do Defensor Público-Geral.
Auxiliares § 3º – A constituição das Coordenadorias Regionais e
Art. 40-A – Lei específica definirá as atribuições dos as atribuições dos coordenadores regionais serão
órgãos de apoio administrativo e serviços auxiliares e disciplinadas no Regulamento Interno.
estabelecerá seu quadro de cargos, sob regime
estatuário.
CAPÍTULO II-B
Seção I
Dos Órgãos Auxiliares
Do Centro de Desenvolvimento Institucional
Seção I I – receber e encaminhar ao Corregedor-Geral
representação contra membros e servidores da
Da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública Defensoria Pública, assegurada ao representado a
Art. 40-D – A Ouvidoria-Geral é órgão auxiliar da defesa preliminar;
Defensoria Pública e tem como finalidade a promoção II – propor aos órgãos de administração superior da
da qualidade dos serviços prestados pela instituição. Defensoria Pública medidas e ações que visem ao
Parágrafo único – A Ouvidoria-Geral contará com aperfeiçoamento dos serviços prestados;
servidores da Defensoria Pública e terá sua estrutura III – elaborar e divulgar relatório semestral de suas
definida pelo Conselho Superior, a partir de proposta atividades, que conterá também as medidas propostas
do Ouvidor-Geral, observada a disponibilidade aos órgãos competentes e a descrição dos resultados
orçamentária e de pessoal para sua implementação. obtidos;
Art. 40-E – O Ouvidor-Geral será escolhido pelo IV – participar, com direito a voz, do Conselho
Conselho Superior dentre cidadãos de reputação Superior da Defensoria Pública;
ilibada, excetuados os membros da Defensoria
Pública e os integrantes do quadro administrativo, V – promover atividades de intercâmbio com a
ativos ou inativos, indicados em lista tríplice formada sociedade civil;
pela sociedade civil, para mandato de dois anos,
permitida uma recondução. VI – estabelecer meios de comunicação direta entre a
Defensoria Pública e a sociedade, para receber
§ 1º – O Conselho Superior editará normas sugestões e reclamações, adotando as providências
regulamentando os critérios e a forma de elaboração pertinentes e informando o resultado aos
da lista tríplice. interessados;

§ 2º – As indicações de candidatos a Ouvidor-Geral VII – contribuir para a disseminação das formas de


recairão sobre pessoas ou representantes de participação popular no acompanhamento e na
entidades notoriamente compromissadas com os fiscalização da prestação dos serviços realizados pela
princípios e atribuições da Defensoria Pública. Defensoria Pública;

§ 3º – É vedada a nomeação, para o cargo de VIII – manter contato com os vários órgãos da
Ouvidor-Geral, de cônjuge, companheiro ou parente Defensoria Pública, estimulando-os a atuar em
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro sintonia com os direitos dos assistidos;
grau, inclusive, dos membros e servidores, ativos ou
inativos, da Defensoria Pública. IX – coordenar a realização de pesquisas periódicas e
produzir estatísticas referentes ao índice de satisfação
§ 4º – O Ouvidor-Geral será indicado pelo Conselho dos assistidos, divulgando os resultados.
Superior no prazo de quinze dias, contados do
recebimento da lista tríplice, e nomeado pelo Defensor § 1º – A representação a que se refere o inciso l do
Público-Geral em igual prazo, contado da indicação caput poderá ser apresentada por qualquer pessoa,
pelo Conselho Superior. inclusive pelos próprios membros e servidores da
Defensoria Pública, por órgão público ou por entidade
§ 5º – Caso o Conselho Superior não efetive a pública ou privada.
indicação do Ouvidor-Geral nos quinze dias que se
seguirem ao recebimento da lista tríplice, será § 2º – A Ouvidoria-Geral preservará, sempre que
considerado escolhido automaticamente para o solicitado, o sigilo de identidade do autor da
exercício do mandato o mais votado da lista. representação, reclamação ou sugestão.

§ 6º – Caso o Defensor Público-Geral não efetive a


nomeação do Ouvidor-Geral nos quinze dias que se Art. 40-G – Aplica-se ao Ouvidor-Geral, em casos de
seguirem ao recebimento da indicação feita pelo abuso de poder, conduta incompatível e grave
Conselho Superior, será investido no cargo, para omissão nos deveres do cargo, o disposto nos arts. 35
exercício do mandato, o candidato indicado pelo a 38 desta lei.
Conselho Superior.

§ 7º – O Cargo de Ouvidor-Geral, a ser criado em lei


específica, será exercido em regime de dedicação Art. 40-H – Na hipótese de destituição do Ouvidor-
exclusiva e jornada de quarenta horas semanais, Geral, o Conselho Superior escolherá, no prazo de
vedada qualquer outra atividade remunerada, salvo quinze dias, um dentre os dois últimos integrantes da
uma de magistério. lista tríplice, para complementar o mandato.

Art. 40-F – À Ouvidoria-Geral compete:


Seção II

Da Escola Superior da Defensoria Pública Seção III

Art. 40-I – A Escola Superior é órgão auxiliar da Do Centro de Assistência Pericial e Multidisciplinar
Defensoria Pública e tem como competências:

Art. 40-J – O Centro de Assistência Pericial e


I – iniciar novos membros e servidores da Defensoria Multidisciplinar é órgão auxiliar da Defensoria Pública
Pública no desempenho de suas funções e tem por finalidade prestar-lhe apoio institucional em
institucionais; matéria ocupacional e para o exercício de suas
funções, por meio de exames, perícias, laudos e
II – aperfeiçoar e atualizar a capacitação técnico- outras providências necessárias ao desenvolvimento
profissional dos membros e servidores da Defensoria da saúde ocupacional de seu pessoal e à defesa dos
Pública; interesses dos assistidos, conforme dispuser o
Regulamento Interno da Defensoria Pública.

III – promover estudos, conferências, seminários,


debates e discussões de temas conexos à prestação (Capítulo acrescentado pelo art. 9º da Lei
da assistência jurídica pela Defensoria Pública; Complementar nº 141, de 13/12/2016.)

IV – desenvolver programas de pesquisa na área CAPÍTULO III


jurídica;
Dos Órgãos de Atuação

Seção I
V – organizar publicações com os resultados de suas
ações;

Das Defensorias Públicas do Estado

VI – zelar pelo reconhecimento e pela valorização da


Defensoria Pública como instituição essencial ao
exercício da função jurisdicional do Estado; Art. 41 – É obrigatória a instalação de Defensoria
Pública em todas as comarcas do Estado.

VII – manter intercâmbios com órgãos ou entidades


que atuem em áreas afins; Art. 42 – Nas Defensorias Públicas com mais de um
cargo de Defensor Público, haverá um Defensor
Público como Coordenador e seus substitutos,
designados pelo Defensor Público Geral, competindo-
VIII – outras estabelecidas no Regulamento Interno, lhes, sem prejuízo de suas funções institucionais e
desde que compatíveis com as competências outras fixadas pelo Conselho Superior, especialmente:
previstas em lei.

I – coordenar as atividades desenvolvidas pelos


§ 1º – A Escola Superior da Defensoria Pública será Defensores Públicos que atuem em sua área de
criada por ato do Defensor Público-Geral. competência;

§ 2º – O Coordenador da Escola Superior será II – sugerir ao Defensor Público Geral providências


designado pelo Defensor Público-Geral dentre os para o aperfeiçoamento das atividades institucionais
Defensores Públicos estáveis, com prejuízo de suas em sua área de competência;
atribuições funcionais.

III – remeter, semestralmente, ao Corregedor-Geral


§ 3º – O Conselho Superior editará normas que relatório das atividades desenvolvidas em sua área de
regulamentarão a estrutura e o funcionamento da competência;
Escola Superior.
IV – promover reuniões mensais internas para a XV – receber reclamações contra a atuação de
fixação de orientações, sem caráter vinculativo, e para Defensores Públicos e encaminhá-las à consideração
deliberação sobre matéria administrativa, com do Corregedor-Geral;
comparecimento obrigatório, salvo motivo justificado;

XVI – propor, fundamentadamente, e promover, se


V – dar posse e exercício aos auxiliares aprovada, a implantação de Núcleos da Defensoria
administrativos nomeados pelo Defensor Público Pública, mesmo em bairros ou regiões, visando à
Geral; desconcentração dos serviços da instituição;

VI – organizar os serviços auxiliares, distribuindo XVII – estabelecer relacionamento com os órgãos do


tarefas e fiscalizando os trabalhos executados; Ministério Público e do Poder Judiciário, com a
finalidade de solucionar casos que lhe estejam afetos;

VII – presidir, mediante designação do Defensor


Público Geral, processo administrativo-disciplinar XVIII – sugerir e encaminhar a celebração de convênio
relativo a infrações funcionais dos seus servidores; ou ajuste com entidade pública ou privada, visando à
melhoria e à expansão dos serviços da Defensoria
Pública e, se implantado, exercer a coordenação e o
VIII – fiscalizar a distribuição eqüitativa dos autos ou controle da sua execução na respectiva área de
outro expediente em que deva funcionar Defensor competência;
Público;

XIX – solicitar à Corregedoria-Geral da Defensoria


IX – representar a Defensoria Pública nas solenidades Pública a realização de correições extraordinárias,
oficiais, em sua área de atuação; sempre que necessário, dando-se delas ciência ao
Defensor Público Geral;

X – encaminhar aos órgãos da Administração Superior


da Defensoria Pública sugestões para o XX – elaborar boletim e mapas estatísticos de
aprimoramento dos serviços e solicitar os recursos processos, ações e atendimentos prestados, para
necessários ao desenvolvimento de suas atividades; efeito de relatórios periódicos;

XI – solicitar ao Defensor Público Geral a designação XXI – estimular a integração e o intercâmbio entre
de estagiários, mediante requerimento de qualquer de órgãos de execução que atuem na mesma área de
seus integrantes; atividade e tenham atribuições comuns;

XII – encaminhar à Defensoria Pública Geral XXII – remeter informações técnico-jurídicas aos
sugestões para a elaboração do Plano Geral de órgãos ligados à sua atividade;
Atuação da Defensoria Pública;

XXIII – estabelecer intercâmbio permanente com


XIII – redistribuir, em caso de afastamento, os pedidos entidades ou órgãos públicos ou privados que atuem
e os processos, modificando-lhes a orientação, se em áreas afins;
necessário;

XXIV – organizar a biblioteca e o arquivo geral da


XIV – prestar ao Defensor Público Geral e ao Defensoria Pública, recolhendo e classificando as
Corregedor-Geral todas as informações pertinentes às cópias de trabalhos elaborados pelos integrantes, bem
atividades da Defensoria Pública em sua área de como o material legislativo, doutrinário e
atuação; jurisprudencial de interesse;

XXV – exercer outras atribuições que lhe forem


delegadas pelo Defensor Público Geral.
§ 4º – Os Núcleos cuja natureza institucional justifique
sua continuidade serão incorporados à área de
§ 1º – O Coordenador exercerá suas atribuições pelo atuação permanente de alguma Defensoria
período de um ano, permitida uma recondução. Especializada, permitindo a continuidade do serviço.

§ 2º – As funções de Defensor Público Coordenador (Paragráfo com redação dada pelo art. 10 da Lei
serão consideradas para apuração de mérito na Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
ocasião da promoção.

Seção III
§ 3º – As funções de que trata este artigo poderão ser
delegadas a outro Defensor Público, mediante
comunicação ao Defensor Público Geral.
Das Defensorias Públicas Especializadas

Art. 43 – As Defensorias Públicas poderão ser


agrupadas em regiões, sob a coordenação de um Art. 44-A – As Defensorias Públicas Especializadas
Defensor Público, nos termos do Regulamento são órgãos de atuação permanente e de âmbito local
Interno. ou regional, coordenados por um Defensor Público
designado pelo Defensor Público-Geral dentre os seus
integrantes, e têm como competência a proteção, a
preservação e a reparação dos direitos fundamentais,
Seção II nestes compreendidos os direitos individuais,
coletivos, sociais, econômicos, culturais e ambientais.

Dos Núcleos da Defensoria Pública


Parágrafo único – Sem prejuízo de outras áreas de
atuação previstas no Regulamento Interno da
Art. 44 – Os Núcleos da Defensoria Pública são Defensoria Pública, as Defensorias Públicas
compostos de Defensores Públicos e dos serviços Especializadas atuarão nos estabelecimentos
auxiliares necessários ao desempenho das funções. policiais, penitenciários e de internação de
adolescentes, na proteção, preservação e reparação
dos direitos de grupos sociais vulneráveis e das
§ 1º – Em cada Núcleo, servirá pelo menos um pessoas vítimas de qualquer forma de opressão ou
membro da Defensoria Pública. violência e nos conflitos fundiários urbanos e agrários.

§ 2º – Os Núcleos serão criados para atender Art. 44-B – A criação, a modificação e a extinção de
necessidades conjunturais e poderão ser judiciais ou Defensorias Públicas Especializadas, bem como sua
extrajudiciais. estrutura e suas atribuições, serão fixadas pelo
Conselho Superior da Defensoria Pública, mediante
proposta do Defensor Público-Geral, observadas a
permanência e a prioridade de sua atuação.
(Paragráfo com redação dada pelo art. 10 da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)

Art. 44-C – A implantação das Defensorias Públicas


Especializadas será acompanhada da estrutura e dos
§ 3º – A criação, a modificação e a extinção de
serviços auxiliares necessários a seu funcionamento.
Núcleos, bem como suas atribuições, serão
determinadas pelo Conselho Superior da Defensoria
Pública, mediante proposta do Defensor Público-
Geral. (Sessão acrescentada pelo art. 11 da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)

(Paragráfo com redação dada pelo art. 10 da Lei


Complementar nº 141, de 13/12/2016.) Seção IV

Das Defensorias Públicas na Segunda Instância e nos


Tribunais Superiores.
Art. 44-D – As Defensorias Públicas na Segunda IV – defender, nos processos criminais, o réu que não
Instância e nos Tribunais Superiores atuarão em tenha defensor constituído, o revel inclusive;
segundo grau de jurisdição, nos tribunais superiores e
no Supremo Tribunal Federal.
V – patrocinar ação penal privada e a subsidiária da
pública;
§ 1º – As Defensorias Públicas na Segunda Instância
e nos Tribunais Superiores terão coordenação própria,
designada pelo Defensor Público-Geral dentre os seus VI – patrocinar ação civil e ação civil “ex delicto”;
integrantes, para exercício das funções previstas no
art. 42, contando com a estrutura e os serviços
auxiliares necessários a seu funcionamento.
VII – patrocinar defesa em ação penal;

§ 2º – Cabe ao Conselho Superior da Defensoria


VIII – patrocinar defesa em ação civil e reconvir;
Pública, a partir de proposta do Defensor Público-
Geral, determinar ou modificar as competências das
Defensorias Públicas na Segunda Instância e nos
Tribunais Superiores. IX – exercer a defesa da criança e do adolescente, em
especial nas hipóteses previstas no art. 227 da
Constituição da República;
(Sessão acrescentada pelo art. 11 da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
X – assegurar aos seus assistidos, em processo
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral o
contraditório e a ampla defesa, com recursos e meios
CAPÍTULO IV
a ela inerentes;

Dos Órgãos de Execução


XI – patrocinar os direitos e interesses do consumidor
lesado;

Seção Única
XII – atuar nos Juizados Especiais;

Dos Defensores Públicos


XIII – exercer a função de Curador de Ausentes e
Especial, salvo quando a lei a atribuir expressamente
Art. 45 – Aos Defensores Públicos do Estado incumbe a outrem;
o desempenho das funções de orientação, postulação
e defesa dos direitos e interesses dos necessitados,
cabendo-lhes especialmente:
XIV – representar ao Ministério Público em caso de
sevícias ou maus-tratos à pessoa do defendendo;

I – tentar a composição amigável das partes antes de


promover a ação, quando julgar conveniente;
XV – atuar nos estabelecimentos policiais e
penitenciários, visando a assegurar à pessoa, em
qualquer circunstância, o exercício dos direitos e das
II – postular a concessão de gratuidade de justiça para garantias individuais;
os necessitados, na forma da lei;

XVI – requerer a transferência de preso para local


III – praticar os atos inerentes à postulação e à defesa adequado, quando necessário;
dos direitos dos necessitados, providenciando para
que os feitos tenham normal tramitação e, quando
cabível, interpor recurso para qualquer grau de
jurisdição;
XVII – diligenciar as medidas necessárias ao compensação ou indenização pelos dias que servirem,
assentamento de registro civil de nascimento de conforme dispuser o respectivo regimento interno.
criança ou adolescente;

(Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar


XVIII – supervisionar e fiscalizar, sob a coordenação nº 161, de 4/8/2021.)
dos órgãos superiores, o desempenho do estagiário
designado para seu auxiliar nos serviços forenses,
avaliando-o, ao final do estágio, na forma do TÍTULO IV
regulamento;

Do Pessoal e da Carreira de Defensor Público


XIX – exercer, mediante designação do Defensor
Público Geral, a Coordenadoria de Núcleo da
Defensoria Pública e outros cargos de confiança da
CAPÍTULO I
instituição;

Do Pessoal e dos Cargos


XX – integrar comissão de processo administrativo-
disciplinar;

Art. 46 – O quadro de cargos da carreira de Defensor


Público, organizada em classes na forma do Anexo
XXI – requisitar a instauração de inquérito policial e
desta Lei Complementar, é integrado por mil e
diligências necessárias à apuração de crime de ação
duzentos cargos efetivos.
penal pública;

(Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei


(Expressão “a instauração de inquérito policial”
Complementar nº 101, de 23/11/2007.)
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal nos autos da ADI 4346. Acórdão publicado no
Diário da Justiça Eletrônico em 10/4/2023. Trânsito em
julgado em 18/4/2023.) Parágrafo único – O provimento dos cargos previstos
no “caput” deste artigo fica condicionado à
observância das condições estabelecidas pela Lei
Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000,
XXII – patrocinar ação civil pública, nos termos da lei;
e pela lei orçamentária anual.

XXIII – patrocinar ação popular, mandado de injunção


(Vide art. 41 da Lei nº 15.301, de 10/8/2004.)
e mandado de segurança;

Art. 47 – As promoções na carreira da Defensoria


XXIV – exercer outras atribuições definidas em lei ou
Pública serão precedidas da adequação da lista de
ato normativo, desde que afetas à sua área de
antigüidade aos critérios de desempate estabelecidos
atuação.
nesta lei complementar.

Parágrafo único – O Defensor Público Geral poderá


CAPÍTULO II
designar outro Defensor Público para atuar em feito
determinado de atribuição do titular, com a
concordância deste.
Do Ingresso na Carreira

Art. 45-A – Os Defensores Públicos e servidores


designados pelo Defensor Público-Geral para plantão Art. 48. O ingresso na carreira de Defensor Público
nos fins de semana, feriados ou em qualquer outro dia dar-se-á na Classe Inicial do cargo de Defensor
ou horário em que não houver expediente, bem como Público, com funções de Defensor Público Substituto,
para o exercício de outras atividades administrativas mediante aprovação em concurso público de provas e
ou finalísticas extraordinárias, terão direito a títulos, observada a ordem de classificação.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei § 5º – O candidato aprovado poderá renunciar à
Complementar nº 134, de 7/5/2014.) nomeação antecipadamente ou até o termo final do
prazo de posse, caso em que, optando, será
deslocado para o último lugar da lista de classificados.
Seção I

§ 6º – O Defensor Público em estágio probatório


Da Nomeação, da Posse e do Exercício exercerá suas funções em qualquer órgão de atuação
no Estado.

Art. 49 – O candidato aprovado no concurso de


ingresso na carreira será nomeado para o cargo de Seção II
Defensor Público de Classe Inicial, respeitada a ordem
de classificação e o número de vagas existentes, e
exercerá as funções de Defensor Público Substituto Do Estágio Probatório
até completar o estágio probatório.

Art. 51 – O Defensor Público Substituto, a contar da


Parágrafo único – O Defensor Público de Classe data em que entrar em exercício, submeter-se-á a
Inicial a que se refere o caput tem as mesmas estágio probatório pelo prazo de três anos, durante o
prerrogativas, vedações, impedimentos e vantagens qual será avaliada, em caráter permanente, pela
de caráter indenizatório dos demais membros da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública, a
carreira. conveniência da permanência e da confirmação na
carreira.

(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei


Complementar nº 134, de 7/5/2014.) § 1º – Na avaliação de que trata o “caput” deste artigo,
serão observadas:

Art. 50 – O candidato nomeado tomará posse, com


imediato exercício, no prazo de trinta dias contado da I – a idoneidade moral no âmbito pessoal, profissional
data da nomeação, prorrogável, por igual período, e familiar;
mediante requerimento dirigido ao Defensor Público
Geral.
II – a conduta compatível com a dignidade do cargo;

§ 1º – O candidato será empossado perante o


Conselho Superior, em sessão extraordinária. III – a dedicação e a exação no cumprimento dos
deveres e das funções do cargo;

§ 2º – O candidato nomeado apresentará declarações


de bens relativas aos dois últimos exercícios fiscais e, IV – a eficiência, a pontualidade e a assiduidade no
no ato da posse, prestará o compromisso de desempenho de suas funções;
desempenhar, com retidão, as funções do cargo e de
cumprir a Constituição e as leis.
V – a presteza e a segurança nas manifestações
processuais;
§ 3º – O candidato nomeado que não comparecer à
posse prevista no “caput” deste artigo será
empossado na forma disposta no art. 9º, XX, desta lei
VI – as referências em razão da atuação funcional;
complementar.

VII – a publicação de livros, teses, estudos e artigos


§ 4º – Caso a posse não ocorra no prazo previsto por
jurídicos, premiação obtida inclusive;
ausência do nomeado, a nomeação caducará
automaticamente, e será decretada a perda do cargo
em ato do Defensor Público Geral.
VIII – a atuação em órgão de atuação da Defensoria em estágio probatório cópias de trabalhos referidos
Pública que apresente dificuldade no exercício das nos relatórios trimestrais e não encaminhados.
atribuições;

Art. 53 – O Corregedor-Geral da Defensoria Pública


IX – a contribuição para a melhoria dos serviços da poderá, a qualquer tempo, de ofício ou mediante
instituição; provocação dos membros da comissão, impugnar,
fundamentadamente, a permanência do Defensor
Público na carreira.
X – a integração comunitária no que estiver afeto às
atribuições do cargo;
§ 1º – O interessado será intimado pessoalmente
para, em dez dias, oferecer alegações e produzir
XI – a freqüência a cursos de aperfeiçoamento. provas, observado o disposto nos arts. 28, inciso XXI,
54, parágrafo único, 55 e 57, §§ 1º, 2º e 3º, desta lei
complementar.
§ 2º – Durante o triênio a que se refere este artigo, a
atuação do membro da Defensoria Pública será,
ainda, acompanhada e avaliada pela Corregedoria- § 2º – Não sendo encontrado ou havendo fundada
Geral, por meio de inspeções, correições, análise de suspeita de ocultação, a intimação far-se-á por meio
trabalhos remetidos e outros meios a seu alcance. de publicação no órgão oficial dos Poderes do Estado.

§ 3º – A permanência na carreira e a confirmação § 3º – Acolhida a impugnação pelo Conselho Superior,


como membro da Defensoria Pública serão o Defensor Público será exonerado por ato do
deliberadas pelo Conselho Superior, na forma desta Defensor Público Geral, cabendo da decisão recurso
lei complementar. ao Conselho Superior, no prazo de cinco dias.

Art. 52 – O Corregedor-Geral da Defensoria Pública, § 4º – Rejeitada a impugnação, o membro da


para os fins do disposto no art. 28, inciso XXI, Defensoria Pública permanecerá em estágio
designará uma comissão para acompanhamento e probatório, na forma desta lei complementar.
avaliação individual de estágio probatório do membro
da Defensoria Pública.
§ 5º – Não sendo impugnado o estágio probatório, o
Corregedor-Geral designado para presidir a comissão
§ 1º – A comissão de que trata o “caput” será poderá sugerir ao Defensor Público Geral, até cento e
composta pelo Corregedor-Geral, que a presidirá, e vinte dias antes do término do estágio probatório, a
por, pelo menos, dois Defensores Públicos em confirmação do membro da Defensoria Pública na
exercício há mais de cinco anos. carreira, servindo a manifestação como subsídio ao
Conselheiro designado, nos termos do art. 55, § 2º,
desta lei complementar.
§ 2º – Durante o período de estágio probatório, será
aprofundada a investigação relativa aos aspectos
moral, pessoal, profissional e familiar do membro da Art. 54 – Fica suspenso, até o definitivo julgamento, o
Defensoria Pública, valendo as conclusões como período de estágio probatório do membro da
subsídio para a decisão do Conselho Superior da Defensoria Pública no caso de impugnação à sua
Defensoria Pública. permanência na carreira.

§ 3º – O membro da Defensoria Pública encaminhará Parágrafo único – O Defensor Público Substituto


à comissão relatórios trimestrais de atividades, somente poderá afastar-se do exercício do cargo por
instruídos com peças jurídicas, abrangendo as motivo de férias ou licença para tratamento de saúde,
diversas áreas de atuação, na forma que dispuser o caso em que o estágio não se suspende.
Regulamento Interno.

Seção III
§ 4º – O Corregedor-Geral e a comissão designada
poderão requisitar ao membro da Defensoria Pública
Da Confirmação na Carreira se, automaticamente, o período de estágio probatório,
até o definitivo julgamento pelo Conselho Superior da
Defensoria Pública.
Art. 55 – A conveniência da confirmação na carreira
do Defensor Público em estágio probatório será
examinada por integrante do Conselho Superior da § 2º – O tempo de suspensão do exercício funcional
Defensoria Pública, designado mediante a distribuição será contado para todos os efeitos legais, em caso de
dos relatórios. confirmação.

§ 1º – O Corregedor-Geral, até noventa dias antes do § 3º – Se a decisão for pela confirmação na carreira,
término do estágio probatório, apresentará ao compete ao Defensor Público-Geral expedir o
Conselho Superior relatório da atuação do Defensor respectivo ato declaratório, no qual constará a nova
Público Substituto, emitindo parecer sobre sua condição do servidor como Defensor Público estável e
confirmação. sua respectiva classe, além da titularidade no órgão
de atuação em que estiver exercendo as suas
atribuições, salvo se nesse órgão de atuação existir
§ 2º – O Conselheiro designado proporá a titular, ainda que licenciado ou afastado.
confirmação ou não do Defensor Público na carreira
até sessenta dias antes do término do estágio
probatório, em exposição fundamentada e instruída (Artigo com redação dada pelo art. 3º da Lei
com os documentos necessários. Complementar nº 134, de 7/5/2014.)

Art. 56 – Caso o Conselheiro designado, com base em § 4º – Caso o Defensor Público confirmado não puder
avaliação especial realizada pela comissão de que ser titularizado em seu órgão de atuação, será
trata o art. 52 desta lei complementar, proponha ao designado para exercer as suas atribuições em outro
Conselho Superior a exoneração do Defensor Público órgão.
em estágio probatório, terá este dez dias para oferecer
alegações e provas.
CAPÍTULO III

§ 1º – O interessado será intimado pessoalmente, e,


não sendo encontrado ou havendo fundada suspeita Da Carreira e dos Cargos
de ocultação, será a intimação efetivada por meio de
publicação no órgão oficial dos Poderes do Estado.
Art. 58 – A carreira de Defensor Público é constituída
das seguintes classes:
§ 2º – O Conselho Superior, na primeira reunião
subseqüente, decidirá sobre a proposta de
exoneração pelo voto de dois terços de seus
I – Defensor Público de Classe Inicial;
membros.

(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei


§ 3º – Quando o Conselho Superior decidir pela não-
Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
confirmação do Defensor Público no cargo, ou não
havendo defesa, o Defensor Público Geral procederá
a sua exoneração.
II – Defensor Público de Classe Intermediária;

Art. 57 – Ficam suspensos, automaticamente, até o


definitivo julgamento, o exercício funcional e o período (Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei
de estágio probatório do Defensor Público Substituto, Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
quando houver impugnação pelo Conselheiro
designado.
III – Defensor Público de Classe Final;

§ 1º – Propondo o Conselheiro a confirmação na


carreira do membro da Defensoria Pública, suspende-
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei
Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
Parágrafo único – O Regulamento Interno disciplinará
os requisitos do edital de promoção ou remoção e os
critérios de votação, observado o disposto nesta lei
IV – Defensor Público de Classe Especial. complementar.

(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei Seção II


Complementar nº 134, de 7/5/2014.)

Da Promoção
§ 1º – O quantitativo de cargos de Defensor Público e
sua distribuição nas classes da carreira são os
estabelecidos no Anexo desta lei complementar, já
considerados os cargos providos pelos membros da Art. 60 – A promoção na carreira de Defensor Público
Defensoria Pública que integram a carreira na data da será efetivada por ato do Defensor Público Geral,
publicação desta Lei Complementar. atendidos, alternadamente, os critérios de antigüidade
e merecimento, observando este a lista tríplice,
decorrido o interstício de três anos de efetivo exercício
na classe.
§ 2º – (Revogado pelo art. 7º da Lei Complementar nº
134, de 7/5/2014.)

§ 1º – Na promoção por merecimento de que trata o


“caput” deste artigo, o Defensor Público Geral levará
Dispositivo Revogado: em consideração a eficiência e a produtividade no
exercício das atribuições inerentes ao cargo.

“§ 2º – A Classe I da carreira de Defensor Público é


dividida em Níveis I e II.” § 2º – Dispensar-se-á o prazo de interstício previsto no
“caput” deste artigo se não houver quem preencha tal
requisito, ou se quem o preencher não se inscrever
(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei para a promoção.
Complementar nº 101, de 23/11/2007.)

Subseção I
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 101, de
23/11/2007.)
Da Antigüidade

(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 134, de


7/5/2014.) Art. 61 – A antigüidade, para efeito de promoção, será
determinada pelo tempo de efetivo exercício na
classe, independentemente de inscrição, importando
CAPÍTULO IV interrupção de contagem de tempo o afastamento ou a
licença do cargo, salvo por motivo de:

Da Vacância e das Formas de Provimento Derivado


I – férias;

Seção I
II – licença:

Disposições Preliminares
a) para tratamento de saúde;

Art. 59 – O Defensor Público Geral fará publicar, no


órgão oficial dos Poderes do Estado, edital para b) por motivo de doença em pessoa da família;
provimento de vaga existente.
c) à gestante;

Do Merecimento

d) paternidade;

Art. 63 – Poderá concorrer à promoção por


merecimento o membro da Defensoria Pública que:
e) em caráter especial;

I – requeira sua inscrição no prazo de quinze dias a


f) para casamento; contar da publicação, no órgão oficial dos Poderes do
Estado, do aviso de existência de vaga, constando no
requerimento estar com o serviço em dia;
g) por luto;

II – não esteja em disponibilidade cautelar ou


III – período de trânsito; decorrente de punição;

IV –prestação de serviço militar e outros obrigatórios III – não tenha sofrido penalidade disciplinar nos doze
por lei; meses anteriores à formação da lista nem esteja
submetido a processo disciplinar ou administrativo;

V – exercício de mandato eletivo ou da entidade de


classe; IV – não esteja respondendo a ação penal por infração
cuja sanção cominada seja de reclusão nem esteja
cumprindo pena;
VI – exercício, no âmbito da Defensoria Pública, de
cargos em comissão ou função de assessoria;
V – não se tenha afastado do exercício das funções
nos últimos dois anos, ou a ele retornado nos últimos
VII – outros casos previstos em lei. seis meses, ressalvadas as hipóteses relacionadas
nos incisos do art. 61 desta lei complementar;

Art. 62 – Ocorrendo empate na classificação por


antigüidade, terão preferência, sucessivamente: VI – não tenha dado causa, injustificadamente, a
adiamento de audiência, no período de doze meses
anteriores ao pedido, e assim o declarar
expressamente no requerimento de inscrição;
I – o que for mais antigo na carreira da Defensoria
Pública;

VII – não esteja em estágio probatório.


II – o que tiver mais tempo de serviço público
estadual;
Art. 64 – A promoção por merecimento dependerá de
lista tríplice para cada vaga, elaborada pelo Conselho
Superior da Defensoria Pública, em sessão aberta e
III – o que tiver mais tempo de serviço público;
com voto oral.

IV – o que tiver obtido melhor classificação no


§ 1º – Serão incluídos na lista tríplice os nomes
concurso para ingresso na carreira;
votados pela maioria absoluta, realizando-se tantos
escrutínios quantos necessários.

V – o que tiver mais idade.


§ 2º – A lista de promoção por merecimento poderá
conter menos de três nomes, se não houver
Subseção II remanescente da classe com o requisito do interstício.
IV – conceito atribuído aos assentamentos funcionais,
na forma do Regulamento Interno;
§ 3º – A lista tríplice será acompanhada do histórico
funcional dos candidatos, com a indicação dos votos
obtidos, o escrutínio e a menção de entradas em listas
anteriores. V – referências em razão da atuação funcional;

§ 4º – É obrigatória a promoção por merecimento do VI – publicação de livros, teses, estudos e artigos


membro da Defensoria Pública que figurar na lista jurídicos e premiação obtida;
pela terceira vez consecutiva ou pela quinta vez
alternada.
VII – atuação em Núcleo que apresente dificuldade ao
exercício das atribuições;
§ 5º – Em caso de haver mais de um candidato à
promoção compulsória, o desempate far-se-á pelo
critério estabelecido no art. 62 desta lei complementar. VIII – contribuição à melhoria dos serviços da
instituição e do Núcleo.

Art. 65 – O Conselho Superior fixará os critérios para


aferição do merecimento, considerando Art. 67 – O Defensor Público Geral promoverá, no
especialmente: prazo de quinze dias contados do recebimento do
expediente, os indicados à promoção por antigüidade
ou por merecimento.
I – o aprimoramento intelectual e cultural em cursos de
aperfeiçoamento de natureza jurídica, promovidos
pela Defensoria Pública ou por estabelecimento de Parágrafo único – A promoção realizada após o prazo
ensino superior oficialmente reconhecido, fixado neste artigo retroagirá ao dia seguinte de seu
compreendendo, necessariamente, as seguintes vencimento.
atividades:

CAPÍTULO V
a) apresentação de trabalho escrito sobre assunto de
relevância jurídica;
Da Inamovibilidade e da Remoção

b) defesa oral do trabalho que tenha sido aceito por


banca examinadora; Art. 68 – Os membros da Defensoria Pública são
inamovíveis, salvo se apenados com remoção
compulsória, na forma desta lei complementar.
II – a contribuição à organização e à melhoria dos
serviços da Defensoria Pública.
Art. 69 – A remoção será voluntária ou por permuta,
sempre entre membros da mesma classe.
Art. 66 – Serão observados, além dos requisitos legais
para a promoção, os seguintes critérios:
Art. 70 – A remoção compulsória somente será
aplicada com prévio parecer do Conselho Superior,
I – operosidade, assiduidade e dedicação ao exercício assegurada ampla defesa em processo administrativo-
do cargo; disciplinar.

II – presteza e segurança nas manifestações Art. 71 – A remoção voluntária far-se-á mediante


processuais; requerimento apresentado ao Defensor Público Geral
nos quinze dias seguintes à publicação, no órgão
oficial dos Poderes do Estado, do edital do aviso da
III – condutas pública e particular ilibadas; existência da vaga.
§ 1º – Findo o prazo fixado no “caput” deste artigo e
havendo mais de um candidato à remoção, será
removido o mais antigo na classe, e, ocorrendo I – independência funcional no desempenho de suas
empate, sucessivamente, o mais antigo na carreira, no atribuições;
serviço público do Estado, no serviço público em
geral, o mais idoso e o mais bem classificado no
concurso para ingresso na Defensoria Pública. II – inamovibilidade;

§ 2º – A remoção precederá o preenchimento da vaga III – irredutibilidade de subsídio, fixado nos termos da
por promoção. Constituição da República;

§ 3º – Dar-se-á a remoção voluntária, IV – estabilidade, nos termos desta lei complementar.


independentemente de vaga, para acompanhar
cônjuge ou companheiro ocupante de cargo público
efetivo, nos termos do Regulamento Interno. § 1º – O membro da Defensoria Pública confirmado no
cargo nos termos do art. 57, § 3º, desta lei
complementar somente poderá ser demitido em
Art. 72 – A remoção por permuta será concedida virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
mediante requerimento do interessado, atendida a em procedimento administrativo-disciplinar,
conveniência do serviço. assegurada a ampla defesa, em qualquer hipótese.

§ 1º – A remoção por permuta somente será deferida § 2º – Em caso de extinção do órgão de execução,
após um ano de exercício como Defensor Público de mudança da sede do Núcleo de atuação ou da
Primeira Classe. comarca, será facultada ao Defensor Público a
remoção para outro Núcleo ou comarca, ou obtenção
de disponibilidade com subsídio proporcional ao
§ 2º – Presume-se inconveniente ao serviço a tempo de serviço, até o seu adequado aproveitamento
remoção por permuta quando um dos Defensores em outro cargo, e a contagem do tempo de serviço
Públicos estiver às vésperas de aposentadoria ou de como se em exercício estivesse.
exoneração do cargo a pedido.

CAPÍTULO II
§ 3º – Na ocorrência do previsto no § 2º deste artigo, o
Conselho Superior revogará a remoção por permuta,
sem prejuízo de penalidade disciplinar. Das Prerrogativas

§ 4º – O ato de remoção é de competência do Art. 74 – São prerrogativas dos membros da


Defensor Público Geral. Defensoria Pública no exercício de suas atribuições:

TÍTULO V I – receber intimação pessoal em qualquer processo


ou grau de jurisdição, mediante entrega dos autos
com vista, contando-se-lhe em dobro todos os prazos;
Das Garantias e das Prerrogativas

II – não ser preso senão por ordem judicial escrita,


CAPÍTULO I salvo em flagrante, caso em que a autoridade fará
imediatamente comunicação oral ao Defensor Público;

Das Garantias
III – ser recolhido a prisão especial ou a sala especial
de Estado-Maior, com instalações e comodidades
condignas e com privacidade, e, após sentença
Art. 73 – O Defensor Público goza das seguintes condenatória transitada em julgado, ser recolhido em
garantias:
dependência separada no estabelecimento em que XIV – deixar de patrocinar ação quando ela for
tiver de ser cumprida a pena; manifestamente incabível ou inconveniente aos
interesses da parte sob seu patrocínio, comunicando o
fato ao Defensor Público Geral, com as razões de seu
IV – comunicar-se, pessoal e reservadamente, com procedimento;
seus assistidos, mesmo sem designação, quando
estes se acharem presos;
XV – receber o mesmo tratamento reservado aos
magistrados, aos membros do Ministério Público e aos
V – ter vista pessoal dos processos judiciais, em demais titulares de cargos das funções essenciais à
cartório ou na repartição competente, fora dos Justiça;
cartórios e das secretarias, ressalvadas as vedações
legais, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI – ser ouvido como testemunha em qualquer
processo ou procedimento, em dia, hora e local
VI – examinar autos de processos, em andamento ou previamente ajustados com a autoridade competente;
findos;

XVII – usar insígnias e vestes talares privativas da


VII – examinar, em qualquer repartição policial, Defensoria Pública, de acordo com os modelos oficiais
mesmo sem designação, autos de flagrante e de aprovados no Regulamento Interno;
inquérito, findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamentos; XVIII – ter carteira de identidade funcional, expedida
pela própria instituição, conforme modelo aprovado
pelo Defensor Público Geral, de uso obrigatório no
VIII – manifestar-se em autos administrativos ou exercício de suas atividades.
judiciais por meio de cota, com assinatura
devidamente identificada;
TÍTULO VI

IX – requisitar de autoridade pública ou de seus


agentes, civis e militares, exames, certidões, perícias, Do Subsídio e dos Outros Direitos.
vistorias, diligências, processos, documentos,
informações, esclarecimentos e providências;
(Título com redação dada pelo art. 12 da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
X – receber, no prazo de quarenta e oito horas, cópia
dos autos de prisão em flagrante ratificados, em que o
conduzido não tenha sido assistido por advogado; CAPÍTULO I

XI – representar a parte em feito administrativo ou Do Subsídio


judicial, independentemente de mandato, ressalvados
os casos para os quais a lei exija poderes especiais,
em qualquer grau de jurisdição;
(Título do capítulo com redação dada pelo art. 13 da
Lei Complementar nº 141, de 13/12/2016.)

XII – validar, para o efeito de instrução processual,


cópias de documentos originais devidamente
Seção Única
conferidos;

Dos Cargos de Provimento Efetivo da Carreira


XIII – expedir notificação para o fiel desempenho de
suas atribuições;

Art. 75 – O subsídio do membro da Defensoria Pública


é fixado nos termos dos arts. 39, § 4º, e 135 da
Constituição da República, mediante lei de iniciativa
do Defensor Público-Geral.
I – gratificação natalina, correspondente a 1/12 (um
doze avos) da remuneração a que fizer jus no mês de
dezembro por mês de efetivo exercício no respectivo
(Caput com redação dada pelo art. 10 da Lei ano, considerando-se como mês integral a fração igual
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) ou superior a quinze dias;

Parágrafo único – (Revogado pelo art. 16 da Lei II – gratificação de férias anuais, não inferior a 1/3 (um
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) terço) do valor do subsídio;

Dispositivo revogado: III – diárias, mediante comprovação, na forma de


deliberação do Conselho Superior da Defensoria
Pública;
“Parágrafo único – Até a publicação da lei de que trata
o “caput” deste artigo, fica mantida a remuneração
vigente do Defensor Público, constituída de IV – gratificação pela prestação de serviço especial,
vencimentos, adicionais e gratificações, previstos em na forma da lei;
leis específicas, e as seguintes vantagens:

V – gratificação pelo exercício de cargo em comissão


I – ajuda de custo para despesas de transporte e ou função de confiança, na forma da lei;
mudança;

VI – auxílio-alimentação, a ser implementado por


II – salário-família; resolução do Defensor Público-Geral, observada a
deliberação do Conselho Superior de Defensoria
Pública;
III – diárias;

VII – outras vantagens previstas em lei de iniciativa do


IV – representação; Defensor Público-Geral.

V – gratificação pela prestação de serviço especial; § 1º – As vantagens previstas neste artigo têm caráter
indenizatório e não se incorporam à remuneração do
membro da Defensoria Pública.
VI – gratificação pelo efetivo exercício em comarca de
difícil acesso, assim definido pela lei de organização
judiciária; § 2º – A implementação das vantagens a que se refere
o caput observará a disponibilidade orçamentária.

VII – gratificação especial de Natal;


(Artigo com redação acrescentada pelo art. 14 da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
VIII – um terço da remuneração, em razão de férias.”

CAPÍTULO II
(Vide Lei nº 17.162, de 26/11/2007.)

Dos Direitos
(Vide Lei nº 18.801, de 31/3/2010.)

Seção I
Art. 75-A – A remuneração por subsídio não exclui a
percepção das seguintes vantagens:
Disposições Preliminares VI – exercício de mandato eletivo de associação
representativa da classe.

Art. 76 – São assegurados aos membros da


Defensoria Pública, além do subsídio, os seguintes Parágrafo único – É assegurado o afastamento do
direitos: Defensor Público, sem prejuízo de subsídio, direitos e
vantagens, para exercer a Presidência da Associação
dos Defensores Públicos de Minas Gerais.
I – férias e férias-prêmio;

(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da Lei


II – licenças e afastamentos; Complementar nº 101, de 23/11/2007.)

III – aposentadoria; Seção II

IV – direito de petição; Das Férias

V – outros direitos previstos em lei. Art. 78 – O Defensor Público gozará de férias


individuais de vinte e cinco dias úteis por ano.

Parágrafo único – Sem prejuízo do disposto em


legislação específica, as condições para a concessão § 1º – As férias não gozadas por membro ou servidor
dos direitos previstos neste artigo serão definidas no da Defensoria Pública do Estado por conveniência do
Regulamento Interno. serviço poderão sê-lo, cumulativamente, em período
posterior, não excedendo cada etapa de gozo a dois
períodos de vinte e cinco dias úteis cada um, ou
convertidas em indenização, a requerimento do
(Artigo com redação dada pelo art. 10 da Lei
interessado e observada a disponibilidade
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
orçamentária, a critério do Defensor Público-Geral,
que regulamentará a conversão.

Art. 77 – São considerados como de efetivo exercício,


para todos os efeitos legais, os dias em que o membro
(Paragráfo com redação dada pelo art. 15 da Lei
da Defensoria Pública estiver afastado de suas
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
funções em razão de:

§ 2º – As férias poderão ser gozadas em dois


I – licença prevista nesta lei complementar;
períodos, um dos quais com duração mínima de dez
dias úteis, de acordo com o interesse do serviço.

II – férias;
§ 3º – Não poderá entrar em gozo de férias o Defensor
Público com autos em seu poder por tempo excedente
III – período de trânsito; ao prazo legal, ou em falta com tarefa que lhe tenha
sido previamente atribuída.

IV – disponibilidade remunerada, em caso de


afastamento decorrente de processo administrativo- TÍTULO VII
disciplinar, exceto para promoção;

Dos Deveres, das Proibições e dos Impedimentos


V – designação do Defensor Público Geral para a
realização de atividade de relevância para a
instituição;
CAPÍTULO I
XII – velar pela boa aplicação dos bens confiados à
sua guarda;
Dos Deveres

XIII – sugerir ao Defensor Público Geral providências


Art. 79 – São deveres do membro da Defensoria para a melhoria dos serviços no âmbito de sua
Pública: atuação;

I – residir na localidade onde exerce suas funções, XIV – interpor os recursos cabíveis para qualquer
salvo as exceções previstas nesta lei complementar; instância ou tribunal e promover revisão criminal,
sempre que encontrar fundamentos na lei,
jurisprudência ou prova dos autos;
II – comparecer diariamente, durante o horário regular
do expediente, à sede do órgão em que atue,
exercendo os atos do seu ofício; XV – apresentar relatório mensal das atividades
desenvolvidas, da tramitação dos processos e das
tarefas que lhe forem atribuídas, com sugestões para
III – ter irrepreensível conduta, pugnando pelo o aprimoramento dos serviços;
prestígio da justiça e velando pela dignidade de suas
funções;
XVI – exercer, mediante designação do Defensor
Público Geral, a coordenadoria de órgão de atuação
IV – desempenhar com zelo e presteza, dentro dos da Defensoria Pública e outros cargos de confiança da
prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da instituição;
lei, lhe sejam atribuídos pelo Defensor Público Geral;

XVII – integrar comissão de processo administrativo-


V – desempenhar com eficiência e produtividade as disciplinar;
atribuições inerentes ao cargo;

XVIII – permanecer no fórum ou nos locais destinados


VI – representar ao Defensor Público Geral sobre as aos órgãos de atuação, em horário necessário ou
irregularidades de que tiver ciência em razão de seu conveniente ao desempenho de sua função, salvo nos
cargo; casos de realização de diligência indispensável ao
exercício de atribuições;

VII – prestar as informações solicitadas pelos órgãos


da administração superior da Defensoria Pública; XIX – representar à autoridade competente quando,
no exercício de suas atribuições, tiver conhecimento
da prática de infração penal;
VIII – atender ao expediente forense e participar dos
atos judiciais, quando for obrigatória a sua presença;
XX – indicar seu nome e sua condição de Defensor
Público, bem como sua matrícula na instituição, em
IX – respeitar as partes e tratá-las com urbanidade; todos os documentos assinados por ele no exercício
de suas atribuições;

X – declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da


lei; XXI – manter arquivo com cópias de manifestações
processuais no órgão de atuação da Defensoria
Pública e de outros atos praticados no exercício do
cargo;
XI – manter sigilo funcional quanto à matéria dos
procedimentos em que atuar, especialmente nos que
tramitam em segredo de justiça;
XXII – obedecer aos atos normativos regularmente
expedidos.
CAPÍTULO II

Art. 81 – É defeso ao Defensor Público exercer as


suas funções em processo ou procedimento:
Das Proibições

I – em que seja parte ou, de qualquer forma,


Art. 80 – Além das proibições gerais decorrentes do interessado;
exercício de cargo público, ao membro da Defensoria
Pública é vedado especialmente:

II – em que haja atuado como advogado da parte,


perito, juiz, membro do Ministério Público, autoridade
I – exercer a advocacia fora de suas atribuições policial, escrivão de polícia, auxiliar de justiça ou
institucionais; testemunha;

II – aceitar cargo, exercer função pública ou mandato III – em que for interessado cônjuge ou companheiro,
não legalmente autorizado; parente consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na
colateral, até o terceiro grau;

III – requerer, advogar ou praticar, em juízo ou fora


dele, atos que colidam com as funções inerentes ao IV – no qual haja postulado como advogado de
seu cargo ou com os preceitos éticos de sua qualquer das pessoas mencionadas no inciso III deste
profissão; artigo;

IV – empregar, em qualquer expediente oficial, V – em que qualquer das pessoas mencionadas no


expressões ou termos injuriosos; inciso III deste artigo atue ou haja atuado como
magistrado, membro do Ministério Público, autoridade
policial, escrivão de polícia ou auxiliar de justiça;
V – adotar postura incompatível com a dignidade do
cargo;
VI – em que houver dado para a parte contrária
parecer verbal ou escrito sobre o objeto da demanda.
VI – valer-se da qualidade de Defensor Público para
obter vantagens indevidas;
Art. 82 – Os membros da Defensoria Pública não
podem participar de comissão, banca de concurso ou
VII – receber, a qualquer título e sob qualquer de qualquer decisão quando o julgamento ou a
pretexto, em razão de suas atribuições, custas votação disser respeito às pessoas mencionadas no
processuais, percentagens ou honorários, salvo os de inciso III do art. 81 desta lei complementar.
sucumbência;

TÍTULO VIII
VIII – exercer o comércio ou participar de sociedade
comercial, exceto como cotista ou acionista;
Da Responsabilidade Funcional

IX – revelar segredo que conheça em razão do cargo;


CAPÍTULO I

X – exercer atividade político-partidária enquanto atuar


na Justiça Eleitoral. Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO III Art. 83 – Pelo exercício irregular de suas funções, o


Defensor Público responde civil, penal e
administrativamente.
Dos Impedimentos
Parágrafo único – Qualquer pessoa pode representar III – ato de improbidade administrativa;
ao Corregedor-Geral sobre os abusos, os erros ou as
omissões de membro da Defensoria Pública.
IV – abandono de cargo.

Art. 84 – A apuração da responsabilidade de membro


da Defensoria Pública dar-se-á por meio de Parágrafo único – Considera-se abandono de cargo a
procedimento determinado pelo Defensor Público ausência do Defensor Público ao serviço, sem causa
Geral, na forma desta lei complementar. justificada, por mais de trinta dias consecutivos ou
noventa dias intercalados, no período de doze meses.

Art. 85 – A atividade funcional dos membros da


Defensoria Pública estará sujeita a inspeção Seção II
permanente, por meio de correição ordinária ou
extraordinária.
Das Penalidades

§ 1º – A correição ordinária será realizada anualmente


pelo Corregedor-Geral, para verificar a eficiência e a
Art. 88 – Os membros da Defensoria Pública estão
assiduidade no serviço.
sujeitos às seguintes penalidades, que constarão em
seus assentos profissionais:

§ 2º – A correição extraordinária será realizada pelo


Corregedor-Geral, visando ao fim específico de
I – advertência;
interesse do serviço.

II – suspensão por até noventa dias;


Art. 86 – Cabe ao Corregedor-Geral da Defensoria
Pública, concluídas as correições de que trata o art.
85, apresentar ao Defensor Público Geral o relatório
dos fatos apurados, com a indicação das providências III – remoção compulsória;
a serem adotadas.

IV – demissão;
CAPÍTULO II

V – cassação de aposentadoria.
Das Infrações, das Penalidades e da Prescrição

§ 1º – Aplica-se a pena de advertência às infrações


Seção I disciplinares previstas nesta lei complementar não
punidas com sanção específica.

Das Infrações
§ 2º – O membro da Defensoria Pública que praticar
infração punível com remoção compulsória ou
demissão não poderá aposentar-se até o trânsito em
Art. 87 – Constituem infrações disciplinares dos
julgado do procedimento administrativo-disciplinar,
membros da Defensoria Pública, além de outras
salvo por implemento de idade.
definidas em lei:

Art. 89 – Considera-se reincidência, para os efeitos


I – violação dos deveres funcionais e das vedações
desta lei complementar, a prática de nova infração na
previstas nos arts. 80, 81 e 82 desta lei complementar;
metade do prazo previsto no art. 97, incisos I e II,
contado da edição do ato que tenha imposto a pena
disciplinar.
II – prática de crime contra a administração pública;
Art. 90 – Na aplicação de pena disciplinar, considerar- § 1º – Enquanto durar, a suspensão importa na perda
se-ão os antecedentes do membro da Defensoria do subsídio inerente ao exercício do cargo.
Pública, a natureza e a gravidade da infração, as
circunstâncias em que foi praticada e os danos que
dela resultaram ao serviço e à dignidade da § 2º – Quando houver conveniência para o serviço, a
instituição. penalidade de suspensão poderá ser convertida em
multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) do
subsídio, correspondente ao número de dias, ficando
Art. 91 – São competentes para impor as penalidades o membro da Defensoria Pública obrigado a
de que trata esta seção: permanecer em serviço.

I – O Governador do Estado, nos casos de demissão e Subseção III


de cassação de aposentadoria;

Da Remoção Compulsória
II – O Defensor Público Geral, nos demais casos.

Art. 94 – A remoção compulsória será aplicada


§ 1º – Nenhuma penalidade será aplicada sem que se quando a infração praticada, por sua gravidade e
garanta o contraditório e a ampla defesa ao membro repercussão, tornar incompatível a permanência do
da Defensoria Pública, com os meios e recursos a ela membro da Defensoria Pública no órgão de atuação
inerentes, sendo obrigatória a instauração de em que está lotado.
processo administrativo-disciplinar.

Subseção IV
§ 2º – As penas disciplinares serão aplicadas
cumulativamente em caso de concurso de infrações,
salvo quando, em razão de reincidência, esta implicar Da Demissão
sanção mais grave.

Art. 95 – A pena de demissão será aplicada ao


Subseção I membro da Defensoria Pública quando houver
reincidência em falta punida com suspensão ou
remoção compulsória e nas seguintes hipóteses, entre
Da Advertência outras previstas em lei:

Art. 92 – A pena de advertência será aplicada I – lesão aos cofres públicos, dilapidação do
reservadamente e por escrito, nos casos de violação patrimônio estatal ou de bens e valores confiados a
dos deveres e das proibições funcionais e nos casos sua guarda;
de desempenho e produtividade insuficientes,
apurados nos termos do regulamento, quando o fato
não justificar a imposição de pena mais grave. II – improbidade administrativa, nos termos da lei;

Subseção II III – condenação por crime praticado com abuso de


poder ou violação de dever para com a administração
pública, quando a pena aplicada for igual ou superior a
Da Suspensão dois anos;

Art. 93 – A suspensão, por até noventa dias, será IV – incontinência pública escandalosa que
aplicada quando houver reincidência em falta punida comprometa gravemente, por sua habitualidade, a
com advertência ou quando a infração dos deveres e dignidade ou o decoro inerentes ao cargo e à
das proibições funcionais, por sua gravidade, justificar instituição;
a sua imposição.
V – abandono do cargo; § 4º – A prescrição não terá curso durante o período
de estágio probatório.

VI – revelação de assunto de caráter sigiloso que


conheça em razão do cargo; § 5º – A instauração de processo administrativo ou a
citação do infrator para a ação judicial interrompe a
prescrição.
VII – aceitação ilegal de cargo ou função pública.

CAPÍTULO III
Subseção V

Do Processo Administrativo
Da Cassação da Aposentadoria

Seção I
Art. 96 – A pena de cassação da aposentadoria será
aplicada nos casos de falta punível com demissão,
praticada no exercício do cargo. Disposições Preliminares

Seção III Art. 98 – Para efeito de apuração das infrações


disciplinares praticadas pelos membros da Defensoria
Pública, o processo administrativo-disciplinar será
Da Prescrição dividido em sindicância e procedimento administrativo-
disciplinar.

Art. 97 – A prescrição das faltas ocorrerá:


Art. 99 – O processo administrativo-disciplinar será
conduzido por uma comissão composta de três
membros, designados pelo Defensor Público Geral.
I – em dois anos, as puníveis com advertência e
suspensão;

§ 1º – A comissão será constituída por


Subcorregedores-Gerais da Defensoria Pública,
II – em quatro anos, as puníveis com demissão e
cabendo a presidência ao mais antigo na Classe
cassação da aposentadoria ou da disponibilidade.
Especial, em caso de processo administrativo-
disciplinar instaurado contra Defensor Público de
Classe Especial.
§ 1º – A infração disciplinar punida em lei como crime
terá o prazo de prescrição deste.
§ 2º – Serão assegurados à comissão, a qual atuará
com isenção e imparcialidade, todos os meios
§ 2º – A prescrição começa a correr: necessários ao desempenho de suas atribuições e,
especialmente, o exercício das prerrogativas previstas
no art. 74, incisos V, VI, VII e IX, desta lei
I – do dia em que a falta foi cometida; complementar.

II – do dia em que tenha cessado a continuação, no Art. 100 – Será determinada a suspensão do feito se,
caso de falta continuada. no curso do processo administrativo-disciplinar,
houver indícios de incapacidade mental do membro da
Defensoria Pública, observado o previsto no art. 97, §
3º, desta lei complementar.
§ 3º – A verificação de incapacidade mental, no curso
de processo administrativo-disciplinar, suspende a
prescrição.
Art. 101 – Das decisões condenatórias proferidas em
processo administrativo-disciplinar, caberá recurso ao
Conselho Superior no prazo de quinze dias contados publicado no órgão oficial dos Poderes do Estado,
da intimação pessoal do membro da Defensoria com o prazo de cinco dias, se ele estiver em lugar
Pública ou de seu procurador. incerto, ignorado, inacessível ou se furtar à realização
do ato.

Art. 102 – A Corregedoria-Geral regulamentará o


processo administrativo-disciplinar, atendido o Art. 107 – O Corregedor-Geral poderá determinar o
disposto nesta lei complementar. arquivamento da representação se desatendidos os
requisitos dos arts. 104, 105 e 106 desta lei
complementar ou se ela for manifestamente
Art. 103 – (Vetado). improcedente, dando-se ciência ao membro da
Defensoria Pública e ao Defensor Público Geral.

Seção II
Parágrafo único – O Defensor Público Geral, recebida
a representação, se considerar insubsistentes os
motivos do arquivamento previsto no “caput” deste
Da Sindicância
artigo, poderá determinar a instauração da
sindicância.

Art. 104 – A sindicância, de caráter sigiloso, tem por


finalidade a averiguação da conduta do membro da
Art. 108 – Encerrada a sindicância, a comissão
Defensoria Pública, podendo instruir, quando for o
sindicante encaminhará os autos ao Corregedor-
caso, o processo administrativo-disciplinar.
Geral, com relatório fundamentado, propondo as
medidas cabíveis, bem como, se for o caso, o
afastamento do sindicado até a decisão final do
Art. 105 – A Corregedoria-Geral, de ofício, por processo administrativo-disciplinar, sem prejuízo de
provocação dos órgãos da administração superior da seu subsídio.
Defensoria Pública, do Defensor Público Geral, bem
como por representação escrita ou reduzida a termo
de qualquer interessado, poderá instaurar sindicância,
Seção III
de caráter sigiloso e simplesmente investigatório,
quando não houver elementos suficientes para se
concluir pela existência de falta ou de sua autoria,
atendidos os seguintes requisitos: Do Processo Administrativo-Disciplinar

I – qualificação do representante; Art. 109 – O processo administrativo-disciplinar será


instaurado para a aplicação das penalidades previstas
nesta lei complementar, podendo ser instruído pelos
autos da sindicância ou por outros elementos que
II – exposição dos fatos e indicação das provas;
efetivamente comprovem a autoria e a materialidade
dos fatos.

III – notificação pessoal do membro da Defensoria


Pública sobre os fatos a ele imputados;
Parágrafo único – O processo administrativo-
disciplinar poderá ser instaurado para instruir a ação
de decretação da perda do cargo de membro da
IV – conclusão da sindicância no prazo máximo de Defensoria Pública.
trinta dias, admitida uma prorrogação por igual
período.
Art. 110 – O processo administrativo-disciplinar será
instaurado por ato:
Art. 106 – Na sindicância, será obrigatoriamente
ouvido o sindicado, sob pena de nulidade, o qual será
notificado pessoalmente dos fatos a ele imputados.
I – do Corregedor-Geral;

Parágrafo único – A notificação do membro da


II – do Defensor Público Geral, quando recomendado
Defensoria Pública será feita mediante edital
pelo Conselho Superior.
subseqüentes, poderá oferecer alegações finais por
escrito.
Art. 111 – Caso a infração seja punível com pena de
demissão, caberá ao Conselho Superior da Defensoria
Pública decidir sobre a matéria.
§ 3º – O processo administrativo-disciplinar será
concluído no prazo de até sessenta dias contados da
conclusão da instrução, admitida uma prorrogação por
Art. 112 – O processo administrativo-disciplinar poderá igual período, mediante motivação expressa.
ser confidencial, a critério da autoridade instauradora,
e as sanções disciplinares farão referência
exclusivamente ao número do processo, sem menção
ao fato que lhe deu origem. Art. 118 – A comissão, concluído o processo
administrativo-disciplinar, apresentará relatório e
encaminhará os autos ao Corregedor-Geral.

Art. 113 – O membro da Defensoria Pública será


notificado pessoalmente dos fatos a ele imputados,
para defesa em quinze dias contados do efetivo § 1º – O relatório será conclusivo quanto à inocência
recebimento da notificação. ou à responsabilidade do membro da Defensoria
Pública.

Parágrafo único – A notificação do membro da


Defensoria Pública será feita mediante edital § 2º – Reconhecida a responsabilidade do membro da
publicado no órgão oficial dos Poderes do Estado, Defensoria Pública, a comissão indicará o dispositivo
com prazo de cinco dias, se ele estiver em lugar legal ou regulamentar transgredido, bem como as
incerto, ignorado, inacessível ou se furtar à realização circunstâncias agravantes ou atenuantes.
do ato.

§ 3º – Recebido o relatório, o Corregedor-Geral, no


Art. 114 – A defesa poderá ser oferecida prazo de dez dias, o encaminhará ao Defensor Público
pessoalmente ou por intermédio de procurador Geral, com parecer conclusivo, propondo a pena
constituído. aplicável, se for o caso.

Art. 115 – Em caso de revelia, a defesa será § 4º – O Defensor Público Geral, em ato motivado,
apresentada por Defensor Público da Classe Especial, proferirá sua decisão no prazo de dez dias contados
mediante designação do presidente da comissão. do recebimento do processo.

Art. 116 – Em qualquer fase do processo Art. 119 – O membro da Defensoria Pública ou seu
administrativo-disciplinar, o membro da Defensoria defensor, no caso de revelia, será intimado
Pública considerado revel poderá constituir procurador pessoalmente da decisão proferida.
ou assumir pessoalmente a defesa.

Art. 120 – A Corregedoria-Geral fornecerá certidões


Art. 117 – A comissão, após colhidas as declarações relativas ao processo administrativo-disciplinar
do membro da Defensoria Pública, salvo na hipótese exclusivamente ao membro da Defensoria Pública, ao
prevista no art. 114 desta lei complementar, Defensor Público Geral, aos órgãos da administração
determinará a oitiva de testemunhas arroladas, a superior da Defensoria Pública ou, se for o caso,
juntada de documentos indicados e a realização de àquele que tenha representado sobre o fato.
outras provas, nos quinze dias subseqüentes à
apresentação da defesa.
Art. 121 – Aplicam-se subsidiariamente ao processo
administrativo-disciplinar as normas que forem
§ 1º – A comissão poderá indeferir as provas baixadas pelo Conselho Superior da Defensoria
reputadas impertinentes ou meramente protelatórias. Pública e as da legislação atinente aos servidores
públicos civis do Estado.

§ 2º – Concluída a instrução, o membro da Defensoria


Pública ou seu procurador, nos cinco dias Seção IV
Do Recurso Da Reabilitação

Art. 122 – Da decisão condenatória proferida pelo Art. 126 – Decorridos dois anos do trânsito em julgado
Defensor Público Geral, poderá o membro da da decisão que lhe houver imposto penalidade
Defensoria Pública ou seu procurador, no prazo de disciplinar de advertência ou suspensão, poderá o
dez dias contados da intimação, interpor recurso com membro da Defensoria Pública requerer ao Conselho
efeito suspensivo ao Conselho Superior da Defensoria Superior o cancelamento das suas notas nos assentos
Pública. funcionais, salvo se reincidente.

Art. 123 – A distribuição e o julgamento do recurso TÍTULO IX


pelo Conselho Superior será realizado de acordo com
as normas regimentais, intimando-se o recorrente da
decisão. Disposições Finais e Transitórias

Seção V Art. 127 – A primeira eleição para a escolha do


Defensor Público Geral, na forma prevista no art. 7º,
realizar-se-á no prazo de noventa dias contados da
Da Revisão data de publicação desta lei complementar.

Art. 124 – A revisão do processo administrativo-


disciplinar será admitida a qualquer tempo, sempre
que forem alegados vícios insanáveis no § 1º – A eleição a que se refere o “caput” deste artigo
procedimento ou quando se aduzirem fatos novos ou será organizada por uma comissão eleitoral instituída
circunstâncias suscetíveis de provar a inocência ou de por resolução do Procurador-Chefe em exercício e
justificar a imposição de pena mais branda. integrada por dois representantes de cada classe da
carreira.

§ 1º – A revisão poderá ser requerida pelo próprio


interessado ou, se falecido, pelo cônjuge ou § 2º – Até a posse do Defensor Público Geral, o
companheiro, ascendente, descendente ou irmão ou, Procurador-Chefe em exercício responderá pelas
se interdito, pelo curador. funções do cargo.

§ 2º – O pedido de revisão será dirigido à autoridade Art. 128 – O Dia do Defensor Público do Estado de
que houver aplicado a sanção, a qual, se o admitir, Minas Gerais será comemorado, anualmente, no dia
determinará o seu processamento em apenso aos 19 de maio.
autos originais e providenciará a designação de
comissão revisora, composta por três membros da
Defensoria Pública de Classe Especial não (Artigo com redação dada pelo art. 10 da Lei
participantes do processo administrativo-disciplinar. Complementar nº 141, de 13/12/2016.)

Art. 125 – Concluída a instrução no prazo de quinze Art. 129 – A Defensoria Pública publicará
dias, a comissão revisora relatará o processo em dez periodicamente a “Revista da Defensoria Pública de
dias e o encaminhará à autoridade competente, que Minas Gerais”, com a finalidade de divulgar trabalhos
sobre ele decidirá no prazo de trinta dias. jurídicos de interesse da instituição.

Parágrafo único – Julgada procedente a revisão, Art. 130 – Ao membro ou servidor da Defensoria
tornar-se-á sem efeito a penalidade imposta, Pública é vedado manter sob sua chefia imediata, em
restabelecendo-se os direitos por ela atingidos. cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro
ou parente, na linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive.
Seção VI
Parágrafo único – Considera-se chefia imediata, para normativos aos preceitos desta lei complementar no
os fins do “caput” deste artigo, a subordinação prazo de noventa dias contados da eleição de que
administrativa direta ao membro da Defensoria trata o art. 127 desta lei complementar.
Pública.

Art. 136 – O Governador do Estado encaminhará à


Art. 131 – A Defensoria Pública poderá firmar Assembléia Legislativa projeto de lei criando a
convênios com associações de classe ou entidades estrutura complementar da Defensoria Pública, com
congêneres e assemelhadas, objetivando a os cargos e funções necessários à aplicação do
manutenção de serviços assistenciais e culturais a disposto nesta lei complementar.
seus membros e servidores.

§ 1º – Até que se implemente a estrutura


Art. 132 – A Defensoria Pública, nos termos da lei, administrativa a que se refere o “caput” deste artigo,
poderá manter estágio profissional para acadêmico de fica mantida a estrutura vigente na data de publicação
Direito que esteja matriculado nos quatro últimos desta lei complementar.
semestres de cursos mantidos por estabelecimento de
ensino oficialmente reconhecido.
§ 2º – A Divisão de Apoio Administrativo prevista no
inciso II-C do Decreto nº 21.748, de 30 de novembro
§ 1º – Os estagiários serão designados pelo Defensor de 1981, passa a denominar-se Divisão de Apoio
Público Geral, pelo período de um ano, podendo este Administrativo e Financeiro.
prazo ser prorrogado por igual período;

Art. 137 – Aos membros da Defensoria Pública em


§ 2º – Os estagiários poderão ser dispensados do exercício quando da publicação desta lei
estágio antes de decorrido o prazo de sua duração complementar, não se aplica a proibição prevista no
nas seguintes hipóteses: art. 80, inciso I, até a fixação dos subsídios previstos
no art. 75.

I – a pedido;
(Artigo declarado inconstitucional em 26/4/2006 – ADI
3043 – Acórdão publicado no Diário da Justiça em
II – por prática de ato que justifique seu desligamento. 27/10/2006.)

§ 3º – O tempo de estágio será considerado serviço Art. 138 – Fica criado o Anexo II G do Decreto nº
público relevante e como de prática forense. 36.033, de 14 de setembro de 1994, que contém o
Quadro Especial de Pessoal da Defensoria Pública do
Estado de Minas Gerais.
Art. 133 – Fica criada a Medalha do Mérito da
Defensoria Pública, cuja concessão será
regulamentada em ato do Defensor Público Geral. Parágrafo único – A composição do Quadro Especial
de Pessoal da Defensoria Pública de que trata o
“caput” deste artigo dar-se-á por meio de
remanejamento de cargos de provimento efetivo e de
Art. 134 – Os prazos previstos nesta lei complementar
funções públicas a ser estabelecido pela Secretaria de
serão computados excluindo-se o dia do começo e
Estado de Recursos Humanos e Administração.
incluindo-se o do vencimento.

Art. 139 – Fica assegurado ao ocupante de cargo


Parágrafo único – Considera-se prorrogado o prazo
efetivo ou detentor de função pública lotado e com
até o primeiro dia útil subseqüente se o vencimento
exercício na Defensoria Pública, unidade
cair em sábado, domingo, feriado ou dia em que não
administrativa da Secretaria de Estado da Justiça e de
haja expediente na Defensoria Pública.
Direitos Humanos, o direito de manifestar, no prazo de
trinta dias contados da data de publicação desta lei
complementar, opção pelo remanejamento de que
Art. 135 – A Defensoria Pública Geral e os órgãos da trata o parágrafo único do art. 138.
administração superior adaptarão seus atos
§ 1º – A opção de que trata este artigo será Art. 142 – Aplicam-se ao Defensor Público,
manifestada em requerimento dirigido ao Secretário subsidiariamente, a Lei Complementar Federal nº 80,
de Estado de Recursos Humanos e Administração e de 12 de janeiro de 1994, e as normas atinentes aos
protocolizado na Diretoria de Pessoal da Secretaria de servidores públicos civis do Estado.
Estado da Justiça e de Direitos Humanos.

Art. 143 – Ficam criados os seguintes cargos de


§ 2º – O remanejamento de que trata o “caput” deste provimento em comissão e de recrutamento limitado:
artigo efetivar-se-á por ato do Governador do Estado.

I – um cargo de Subdefensor Público Geral, com a


(Vide art. 35 da Lei nº 15.301, de 10/8/2004.) remuneração correspondente a 80% (oitenta por
cento) da remuneração do Defensor Público Geral;

Art. 140 – Integram o Anexo de que trata o art. 46 os


servidores estaduais investidos na função de Defensor II – um cargo de Corregedor-Geral, com a
Público na data de publicação desta lei complementar. remuneração correspondente a 80% (oitenta por
cento) da remuneração do Defensor Público Geral.

(Caput declarado inconstitucional em 24/10/2007.


Declaração de inconstitucionalidade com eficácia a (Vide art. 5º da Lei Complementar nº 92, de
partir de seis meses, a contar da decisão tomada. ADI 23/6/2006.)
3819. Acórdão publicado no Diário da Justiça em
28/3/2008.)
Art. 144 – Fica transformado em Defensor Público
Geral o cargo de provimento em comissão de
Parágrafo único – A comprovação da investidura a Procurador-Chefe da Defensoria Pública, código
que se refere o “caput” deste artigo se fará mediante a DDP1, símbolo DP-6A, mantidos os mesmos código e
apresentação de documento oficial que comprove o símbolo.
exercício da função.

(Vide art. 5º da Lei Complementar nº 92, de


(Parágrafo declarado inconstitucional em 24/10/2007. 23/6/2006.)
Declaração de inconstitucionalidade com eficácia a
partir de seis meses, a contar da decisão tomada. ADI
3819. Acórdão publicado no Diário da Justiça em Art. 145 – Ficam transferidos para a Defensoria
28/3/2008.) Pública os contratos, convênios e outras modalidades
de ajuste celebrados pela Secretaria de Estado da
Justiça e de Direitos Humanos cujos objetivos se
Art. 141 – Aplica-se o disposto no art. 140 aos relacionam com a competência do órgão autônomo
cinqüenta servidores estaduais em exercício da instituído por esta lei complementar.
função de Assistente Jurídico de Penitenciária,
identificados nos termos do parágrafo único daquele
artigo. Art. 145-A – Considera-se também publicação oficial
aquela realizada pela Defensoria Pública em sítio
institucional próprio na internet, na forma
(Vide art. 55 da Lei nº 15.788, de 27/10/2005.) regulamentada por resolução do Defensor Público-
Geral.

(Vide art. 135 da Lei nº 15.961, de 30/12/2005.)


(Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar
nº 164, de 4/8/2021.)
(Artigo declarado inconstitucional em 24/10/2007.
Declaração de inconstitucionalidade com eficácia a
partir de seis meses, a contar da decisão tomada. ADI Art. 146 – (Revogado pelo art. 16 da Lei
3819. Acórdão publicado no Diário da Justiça em Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
28/3/2008.)
Dispositivo revogado:

(a que se refere o art. 46 da Lei Complementar nº 65,


de 16 de janeiro de 2003)
“Art. 146 – Os honorários de sucumbência devidos
aos Defensores Públicos, quando no exercício de
suas atribuições institucionais, serão partilhados
igualitariamente entre os membros da Defensoria Quadro de Cargos da Carreira de Defensor Público
Pública em atividade. Estadual

Parágrafo único – A regulamentação da distribuição Quantitativo e Distribuição por Classes


dos honorários de sucumbência será aprovada pelo (Anexo com redação dada pelo Anexo da Lei
Conselho Superior mediante proposição de comissão Complementar nº 164, de 4/8/2021.)
paritária para este fim designada, assegurada a
representação de membros da Defensoria Pública e
de todas as classes.”
(Vide art. 2º da Lei Complementar nº 164, de
4/8/2021.)

Art. 147 – Fica criada uma comissão composta pelos


Secretários-Adjuntos do Planejamento e Coordenação
=========================================
Geral, de Recursos Humanos e Administração, da
===================
Fazenda e da Justiça e de Direitos Humanos e pelo
Procurador-Chefe e o representante de classe, com a
incumbência de providenciar os atos necessários à
efetiva instalação da Defensoria Pública. Data da última atualização: 19/4/2023.

Art. 148 – No exercício de 2002, as despesas


decorrentes da aplicação desta lei complementar
correrão à conta das dotações próprias consignadas
no orçamento do Estado.

Art. 149 – Esta lei complementar entra em vigor na


data de sua publicação.

Art. 150 – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de


janeiro de 2003.

AÉCIO NEVES

Danilo de Castro

Antônio Augusto Junho Anastasia

Lúcio Urbano da Silva Martins

ANEXO

You might also like