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Lei Geral Proteção de Dados e Lei Dpemg
Lei Geral Proteção de Dados e Lei Dpemg
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de
dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por dados pessoais:
pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito
público ou privado, com o objetivo de proteger os
I - realizado por pessoa natural para fins
direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e
exclusivamente particulares e não econômicos;
o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa
natural.
II - realizado para fins exclusivamente:
Parágrafo único. As normas gerais contidas
nesta Lei são de interesse nacional e devem ser a) jornalístico e artísticos; ou
observadas pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.853, de b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os
2019) Vigência arts. 7º e 11 desta Lei;
Art. 2º A disciplina da proteção de dados III - realizado para fins exclusivos de:
pessoais tem como fundamentos:
a) segurança pública;
I - o respeito à privacidade;
b) defesa nacional;
II - a autodeterminação informativa;
c) segurança do Estado; ou
III - a liberdade de expressão, de informação, de
comunicação e de opinião; d) atividades de investigação e repressão de
infrações penais; ou
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e
da imagem; IV - provenientes de fora do território nacional e
que não sejam objeto de comunicação, uso
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico compartilhado de dados com agentes de tratamento
e a inovação; brasileiros ou objeto de transferência internacional de
dados com outro país que não o de proveniência,
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a desde que o país de proveniência proporcione grau de
defesa do consumidor; e proteção de dados pessoais adequado ao previsto
nesta Lei.
VII - os direitos humanos, o livre
desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o § 1º O tratamento de dados pessoais previsto no
exercício da cidadania pelas pessoas naturais. inciso III será regido por legislação específica, que
deverá prever medidas proporcionais e estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público,
Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de
observados o devido processo legal, os princípios
tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa
gerais de proteção e os direitos do titular previstos
jurídica de direito público ou privado,
nesta Lei.
independentemente do meio, do país de sua sede ou
do país onde estejam localizados os dados, desde
que: § 2º É vedado o tratamento dos dados a que se
refere o inciso III do caput deste artigo por pessoa de
direito privado, exceto em procedimentos sob tutela de
I - a operação de tratamento seja realizada no
pessoa jurídica de direito público, que serão objeto de
território nacional;
informe específico à autoridade nacional e que
deverão observar a limitação imposta no § 4º deste ou controle da informação, modificação, comunicação,
artigo. transferência, difusão ou extração;
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se: XIV - eliminação: exclusão de dado ou de
conjunto de dados armazenados em banco de dados,
I - dado pessoal: informação relacionada a independentemente do procedimento empregado;
pessoa natural identificada ou identificável;
XV - transferência internacional de dados:
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre transferência de dados pessoais para país estrangeiro
origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião ou organismo internacional do qual o país seja
política, filiação a sindicato ou a organização de membro;
caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à
saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, XVI - uso compartilhado de dados:
quando vinculado a uma pessoa natural; comunicação, difusão, transferência internacional,
interconexão de dados pessoais ou tratamento
III - dado anonimizado: dado relativo a titular que compartilhado de bancos de dados pessoais por
não possa ser identificado, considerando a utilização órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas
de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião competências legais, ou entre esses e entes privados,
de seu tratamento; reciprocamente, com autorização específica, para uma
ou mais modalidades de tratamento permitidas por
IV - banco de dados: conjunto estruturado de esses entes públicos, ou entre entes privados;
dados pessoais, estabelecido em um ou em vários
locais, em suporte eletrônico ou físico; XVII - relatório de impacto à proteção de dados
pessoais: documentação do controlador que contém a
V - titular: pessoa natural a quem se referem os descrição dos processos de tratamento de dados
dados pessoais que são objeto de tratamento; pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e
aos direitos fundamentais, bem como medidas,
VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco;
direito público ou privado, a quem competem as
decisões referentes ao tratamento de dados pessoais; XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da
administração pública direta ou indireta ou pessoa
VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de jurídica de direito privado sem fins lucrativos
direito público ou privado, que realiza o tratamento de legalmente constituída sob as leis brasileiras, com
sede e foro no País, que inclua em sua missão
dados pessoais em nome do controlador;
institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a
pesquisa básica ou aplicada de caráter histórico,
VIII - encarregado: pessoa indicada pelo científico, tecnológico ou estatístico; e (Redação
controlador e operador para atuar como canal de dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
comunicação entre o controlador, os titulares dos
dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
XIX - autoridade nacional: órgão da
(ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
administração pública responsável por zelar,
2019) Vigência
implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei em
todo o território nacional. (Redação dada pela Lei nº
IX - agentes de tratamento: o controlador e o 13.853, de 2019) Vigência
operador;
Art. 6º As atividades de tratamento de dados
X - tratamento: toda operação realizada com pessoais deverão observar a boa-fé e os seguintes
dados pessoais, como as que se referem a coleta, princípios:
produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
reprodução, transmissão, distribuição, processamento,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação
I - finalidade: realização do tratamento para I - mediante o fornecimento de consentimento
propósitos legítimos, específicos, explícitos e pelo titular;
informados ao titular, sem possibilidade de tratamento
posterior de forma incompatível com essas II - para o cumprimento de obrigação legal ou
finalidades; regulatória pelo controlador;
e) proteção da vida ou da incolumidade física do Art. 12. Os dados anonimizados não serão
titular ou de terceiro; considerados dados pessoais para os fins desta Lei,
salvo quando o processo de anonimização ao qual
f) tutela da saúde, exclusivamente, em foram submetidos for revertido, utilizando
procedimento realizado por profissionais de saúde, exclusivamente meios próprios, ou quando, com
serviços de saúde ou autoridade sanitária; esforços razoáveis, puder ser revertido.
ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
2019) Vigência § 1º A determinação do que seja razoável deve
levar em consideração fatores objetivos, tais como
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança custo e tempo necessários para reverter o processo
do titular, nos processos de identificação e de anonimização, de acordo com as tecnologias
autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, disponíveis, e a utilização exclusiva de meios próprios.
resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta
Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e § 2º Poderão ser igualmente considerados como
liberdades fundamentais do titular que exijam a dados pessoais, para os fins desta Lei, aqueles
proteção dos dados pessoais. utilizados para formação do perfil comportamental de
determinada pessoa natural, se identificada.
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer
tratamento de dados pessoais que revele dados § 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre
pessoais sensíveis e que possa causar dano ao titular, padrões e técnicas utilizados em processos de
ressalvado o disposto em legislação específica. anonimização e realizar verificações acerca de sua
segurança, ouvido o Conselho Nacional de Proteção
§ 2º Nos casos de aplicação do disposto nas de Dados Pessoais.
alíneas “a” e “b” do inciso II do caput deste artigo
pelos órgãos e pelas entidades públicas, será dada Art. 13. Na realização de estudos em saúde
pública, os órgãos de pesquisa poderão ter acesso a
bases de dados pessoais, que serão tratados artigo em jogos, aplicações de internet ou outras
exclusivamente dentro do órgão e estritamente para a atividades ao fornecimento de informações pessoais
finalidade de realização de estudos e pesquisas e além das estritamente necessárias à atividade.
mantidos em ambiente controlado e seguro, conforme
práticas de segurança previstas em regulamento § 5º O controlador deve realizar todos os
específico e que incluam, sempre que possível, a esforços razoáveis para verificar que o consentimento
anonimização ou pseudonimização dos dados, bem a que se refere o § 1º deste artigo foi dado pelo
como considerem os devidos padrões éticos responsável pela criança, consideradas as tecnologias
relacionados a estudos e pesquisas. disponíveis.
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor § 7º A portabilidade dos dados pessoais a que
se refere o inciso V do caput deste artigo não inclui
de serviço ou produto, mediante requisição expressa,
dados que já tenham sido anonimizados pelo
de acordo com a regulamentação da autoridade
controlador.
nacional, observados os segredos comercial e
industrial; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
2019) Vigência § 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo
também poderá ser exercido perante os organismos
de defesa do consumidor.
VI - eliminação dos dados pessoais tratados
com o consentimento do titular, exceto nas hipóteses
previstas no art. 16 desta Lei; Art. 19. A confirmação de existência ou o acesso
a dados pessoais serão providenciados, mediante
requisição do titular:
VII - informação das entidades públicas e
privadas com as quais o controlador realizou uso
compartilhado de dados; I - em formato simplificado, imediatamente; ou
VIII - informação sobre a possibilidade de não II - por meio de declaração clara e completa, que
fornecer consentimento e sobre as consequências da indique a origem dos dados, a inexistência de registro,
negativa; os critérios utilizados e a finalidade do tratamento,
observados os segredos comercial e industrial,
IX - revogação do consentimento, nos termos do fornecida no prazo de até 15 (quinze) dias, contado da
§ 5º do art. 8º desta Lei. data do requerimento do titular.
Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar III - seja indicado um encarregado quando
a revisão de decisões tomadas unicamente com base realizarem operações de tratamento de dados
em tratamento automatizado de dados pessoais que pessoais, nos termos do art. 39 desta Lei;
afetem seus interesses, incluídas as decisões e (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, 2019) Vigência
de consumo e de crédito ou os aspectos de sua
personalidade. (Redação dada pela Lei nº 13.853, IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853,
de 2019) Vigência de 2019) Vigência
Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste § 4º Os atos realizados por organismo de
certificação poderão ser revistos pela autoridade
artigo, as pessoas jurídicas de direito público referidas
nacional e, caso em desconformidade com esta Lei,
no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18
submetidos a revisão ou anulados.
de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ,
no âmbito de suas competências legais, e
responsáveis, no âmbito de suas atividades, poderão § 5º As garantias suficientes de observância dos
requerer à autoridade nacional a avaliação do nível de princípios gerais de proteção e dos direitos do titular
proteção a dados pessoais conferido por país ou referidas no caput deste artigo serão também
organismo internacional. analisadas de acordo com as medidas técnicas e
organizacionais adotadas pelo operador, de acordo
Art. 34. O nível de proteção de dados do país com o previsto nos §§ 1º e 2º do art. 46 desta Lei.
estrangeiro ou do organismo internacional
mencionado no inciso I do caput do art. 33 desta Lei Art. 36. As alterações nas garantias
será avaliado pela autoridade nacional, que levará em apresentadas como suficientes de observância dos
consideração: princípios gerais de proteção e dos direitos do titular
referidas no inciso II do art. 33 desta Lei deverão ser
I - as normas gerais e setoriais da legislação em comunicadas à autoridade nacional.
vigor no país de destino ou no organismo
internacional; CAPÍTULO VI
DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS
II - a natureza dos dados; PESSOAIS
§ 3º A autoridade nacional poderá estabelecer III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva
normas complementares sobre a definição e as do titular dos dados ou de terceiro.
atribuições do encarregado, inclusive hipóteses de
dispensa da necessidade de sua indicação, conforme Art. 44. O tratamento de dados pessoais será
a natureza e o porte da entidade ou o volume de irregular quando deixar de observar a legislação ou
operações de tratamento de dados. quando não fornecer a segurança que o titular dele
pode esperar, consideradas as circunstâncias
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, relevantes, entre as quais:
de 2019) Vigência
I - o modo pelo qual é realizado;
Seção III
Da Responsabilidade e do Ressarcimento de II - o resultado e os riscos que razoavelmente
Danos dele se esperam;
III - as técnicas de tratamento de dados III - a indicação das medidas técnicas e de
pessoais disponíveis à época em que foi realizado. segurança utilizadas para a proteção dos dados,
observados os segredos comercial e industrial;
Parágrafo único. Responde pelos danos
decorrentes da violação da segurança dos dados o IV - os riscos relacionados ao incidente;
controlador ou o operador que, ao deixar de adotar as
medidas de segurança previstas no art. 46 desta Lei, V - os motivos da demora, no caso de a
der causa ao dano. comunicação não ter sido imediata; e
Art. 45. As hipóteses de violação do direito do VI - as medidas que foram ou que serão
titular no âmbito das relações de consumo adotadas para reverter ou mitigar os efeitos do
permanecem sujeitas às regras de responsabilidade prejuízo.
previstas na legislação pertinente.
§ 2º A autoridade nacional verificará a gravidade
CAPÍTULO VII do incidente e poderá, caso necessário para a
DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS salvaguarda dos direitos dos titulares, determinar ao
controlador a adoção de providências, tais como:
Seção I
Da Segurança e do Sigilo de Dados I - ampla divulgação do fato em meios de
comunicação; e
Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar
medidas de segurança, técnicas e administrativas II - medidas para reverter ou mitigar os efeitos
aptas a proteger os dados pessoais de acessos não do incidente.
autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de
destruição, perda, alteração, comunicação ou § 3º No juízo de gravidade do incidente, será
qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito. avaliada eventual comprovação de que foram
adotadas medidas técnicas adequadas que tornem os
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre dados pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e
padrões técnicos mínimos para tornar aplicável o nos limites técnicos de seus serviços, para terceiros
disposto no caput deste artigo, considerados a não autorizados a acessá-los.
natureza das informações tratadas, as características
específicas do tratamento e o estado atual da Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento
tecnologia, especialmente no caso de dados pessoais de dados pessoais devem ser estruturados de forma a
sensíveis, assim como os princípios previstos atender aos requisitos de segurança, aos padrões de
no caput do art. 6º desta Lei. boas práticas e de governança e aos princípios gerais
previstos nesta Lei e às demais normas
§ 2º As medidas de que trata o caput deste regulamentares.
artigo deverão ser observadas desde a fase de
concepção do produto ou do serviço até a sua Seção II
execução. Das Boas Práticas e da Governança
c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao III - multa diária, observado o limite total a que
volume de suas operações, bem como à sensibilidade se refere o inciso II;
dos dados tratados;
IV - publicização da infração após devidamente
d) estabeleça políticas e salvaguardas apurada e confirmada a sua ocorrência;
adequadas com base em processo de avaliação
sistemática de impactos e riscos à privacidade; V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere
a infração até a sua regularização;
e) tenha o objetivo de estabelecer relação de
confiança com o titular, por meio de atuação VI - eliminação dos dados pessoais a que se
transparente e que assegure mecanismos de refere a infração;
participação do titular;
VII - (VETADO);
f) esteja integrado a sua estrutura geral de
governança e estabeleça e aplique mecanismos de
supervisão internos e externos; VIII - (VETADO);
III - Corregedoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, § 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao
de 2019) Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência
da República instaurar o processo administrativo
IV - Ouvidoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de disciplinar, que será conduzido por comissão especial
2019). constituída por servidores públicos federais
estáveis. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será Parágrafo único. A infração ao disposto
composto de 5 (cinco) diretores, incluído o Diretor- no caput deste artigo caracteriza ato de improbidade
Presidente. (Incluído pela Lei nº 13.853, de administrativa. (Incluído pela Lei nº 13.853,
2019) de 2019)
Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão X - dispor sobre as formas de publicidade das
e das funções de confiança da ANPD serão indicados operações de tratamento de dados pessoais,
pelo Conselho Diretor e nomeados ou designados respeitados os segredos comercial e
pelo Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei nº industrial; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
13.853, de 2019) 2019)
V - apreciar petições de titular contra controlador XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar,
após comprovada pelo titular a apresentação de no relatório de gestão a que se refere o inciso XII
reclamação ao controlador não solucionada no prazo do caput deste artigo, o detalhamento de suas receitas
estabelecido em regulamentação; (Incluído e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
pela Lei nº 13.853, de 2019) 2019)
II - 1 (um) do Senado Federal; (Incluído III - terão mandato de 2 (dois) anos, permitida 1
pela Lei nº 13.853, de 2019) (uma) recondução. (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019)
III - 1 (um) da Câmara dos
Deputados; (Incluído pela Lei nº 13.853, de § 4º A participação no Conselho Nacional de
2019) Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade será
considerada prestação de serviço público relevante,
IV - 1 (um) do Conselho Nacional de não remunerada. (Incluído pela Lei nº
Justiça; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) 13.853, de 2019)
.............................................” (NR)
XIV – atuar nos juizados especiais; § 5º – Aos membros da Defensoria Pública é garantido
sentar-se no mesmo plano do Ministério Público.
XV – atuar na preservação e reparação dos direitos de
pessoas vítimas de tortura, abuso sexual, § 6º – Se o Defensor Público entender inexistir
discriminação ou qualquer outra forma de opressão ou hipótese de atuação institucional, dará imediata
violência, propiciando o acompanhamento e o ciência ao Defensor Público-Geral, ou a quem este
atendimento interdisciplinar das vítimas; indicar, o qual decidirá a controvérsia, designando, se
for o caso, outro Defensor Público para atuar.
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) § 7º – A condição de Defensor Público é comprovada
mediante apresentação de carteira funcional expedida
XVI – acompanhar inquérito policial, sendo-lhe pela Defensoria Pública, conforme modelo previsto na
assegurado receber da autoridade policial a lei orgânica nacional, a qual vale como identidade e
comunicação imediata da prisão em flagrante, quando tem fé pública em todo o território nacional.
o preso não constituir advogado;
Parágrafo único – Os atos praticados pela Defensoria a) a localização e o horário de funcionamento dos
Pública no exercício de sua autonomia, inclusive no órgãos da Defensoria Pública;
tocante a convênios, contratações e aquisições de
bens e serviços, não estão condicionados à b) a tramitação dos processos e os procedimentos
apreciação prévia de nenhum órgão ou entidade. para a realização de exames, perícias e outras
providências necessárias à defesa de seus interesses;
Art. 5º-B – A Defensoria Pública elaborará sua
proposta orçamentária atendendo aos limites definidos II – o atendimento eficiente e de qualidade;
na Lei de Diretrizes Orçamentárias, encaminhando-a III – a revisão de sua pretensão no caso de recusa de
ao Governador do Estado, para consolidação e atuação pelo Defensor Público, nos termos desta lei
encaminhamento ao Poder Legislativo. complementar e do Regulamento Interno;
§ 1º – Se a Defensoria Pública não encaminhar sua IV – o patrocínio de seus direitos e interesses pelo
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido defensor natural;
na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo
considerará, para fins de consolidação da proposta V – a atuação de Defensores Públicos distintos,
orçamentária anual, os valores aprovados na lei quando verificada a existência de interesses
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os antagônicos entre assistidos;
limites a que se refere o caput.
VI – o acesso à Ouvidoria Geral.
§ 2º – Se a proposta orçamentária de que trata este
artigo for encaminhada em desacordo com os limites a
que se refere o caput, o Poder Executivo procederá TÍTULO III
aos ajustes necessários para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual. Da Organização da Defensoria Pública
a) Gabinete;
Parágrafo único – A organização da Defensoria
b) Centro de Desenvolvimento Institucional; Pública terá como diretriz a descentralização e sua
atuação incluirá atendimento interdisciplinar, bem
c) Coordenadoria de Projetos e Convênios; como a tutela dos direitos individuais, difusos,
d) Coordenadoria de Estágio e Serviço Voluntário; coletivos e individuais homogêneos.
e) Coordenadorias Regionais;
§ 9º – Os três candidatos mais votados figurarão em IV – integrar como membro nato e presidir o Conselho
lista na qual, em caso de empate, incluir-se-á o mais Superior da Defensoria Pública;
antigo da classe, observados os demais critérios de V – propor o regulamento interno da Defensoria
desempate previstos no art. 62 desta lei Pública e submetê-lo à aprovação do Conselho
complementar. Superior;
§ 10 – São inelegíveis para o cargo de Defensor VI – autorizar afastamento justificado de membro da
Público Geral os membros da Defensoria Pública que: Defensoria Pública, ouvido, quando for o caso, o
I – tenham-se afastado do exercício das funções em Conselho Superior;
razão de licença especial ou para tratar de assuntos VII – estabelecer a lotação e a distribuição dos
particulares, nos seis meses anteriores à data da membros e dos servidores da Defensoria Pública;
eleição;
VIII – dirimir conflitos de atribuições entre membros da
II – forem condenados por crimes dolosos, com Defensoria Pública, cabendo da decisão recurso para
decisão transitada em julgado, ressalvada a hipótese o Conselho Superior;
de reabilitação;
IX – proferir decisão em sindicâncias e em processos
III – não apresentarem, à data da eleição, certidão de administrativos disciplinares promovidos pela
regularidade dos serviços afetos a seu cargo, Corregedoria-Geral;
expedida pela Corregedoria-Geral;
X – representar ao Corregedor-Geral sobre a
IV – tenham sofrido penalidade disciplinar nos doze instauração de processo administrativo-disciplinar
meses anteriores à inscrição da candidatura; contra membros e servidores da Defensoria Pública;
V – mantenham conduta pública ou particular XI – propor a abertura de concurso para provimento
incompatível com a dignidade do cargo; dos cargos efetivos da Defensoria Pública, presidindo
VI – estiverem afastados do exercício do cargo para a Comissão de Concurso, bem como designar,
desempenho de função em associação de classe; mediante indicação do Conselho Superior, os
membros da Comissão de Concurso e seus
VII – estiverem inscritos ou integrarem as listas a que substitutos;
se referem os arts. 94, “caput”, e 104, parágrafo único,
inciso II, da Constituição da República, e o art. 78, § XII – praticar atos de gestão administrativa, financeira
3º, da Constituição do Estado. e de pessoal;
§ 11 – Qualquer membro da Defensoria Pública XIII – deferir o compromisso de posse dos membros
poderá representar à Comissão Eleitoral sobre as da Defensoria Pública e dos servidores do quadro
causas de inelegibilidade previstas neste artigo, administrativo;
cabendo da decisão recurso ao Conselho Superior, no XIV – determinar correições extraordinárias;
prazo de cinco dias.
XV – convocar reunião do Conselho Superior da
Defensoria Pública;
Art. 8º – O Defensor Público Geral tomará posse XVI – designar membro da Defensoria Pública para:
perante o Governador do Estado no prazo de cinco
dias úteis contados da nomeação e entrará em a) exercer, por ato excepcional e fundamentado, as
exercício em sessão solene do Conselho Superior até funções processuais afetas a outro membro da
o segundo dia útil seguinte. instituição, submetendo sua decisão, previamente, ao
Conselho Superior da Defensoria Pública;
a) (Vetado);
Art. 9º – Compete ao Defensor Público Geral, além de
outras atribuições que lhe sejam conferidas por lei ou c) colaborar com a Comissão de Concurso;
forem inerentes a seu cargo:
d) exercer as atribuições de Coordenador;
e) assegurar a continuidade dos serviços em caso de XXXIII – solicitar ao Conselho Superior manifestação
vacância, afastamento temporário, ausência, sobre matéria relativa à autonomia da Defensoria
impedimento ou suspeição de titular de cargo, ou com Pública, bem como sobre outras de interesse
o consentimento deste; institucional;
f) dar plantão em final de semana, feriado ou em razão XXXIV – decidir sobre as sugestões encaminhadas
de medidas urgentes; pelo Conselho Superior acerca da criação,
transformação e extinção de cargos e serviços
auxiliares e sobre providências relacionadas ao
XVII – requisitar de qualquer autoridade pública e de desempenho das funções institucionais;
seus agentes ou de entidade particular certidão, XXXV – sugerir ao Governador do Estado
exame, perícia, vistoria, diligência, processo, laudo e modificações na Lei Orgânica da Defensoria Pública;
parecer técnico, documento, informações,
esclarecimentos e demais providências indispensáveis XXXVI – decidir sobre a criação, modificação ou
à atuação da Defensoria Pública; extinção dos Núcleos da Defensoria Pública;
XVIII – delegar atribuição administrativa a quem lhe XXXVII – interromper, por conveniência do serviço,
seja subordinado, na forma da lei; férias ou licença de membro da Defensoria Pública e
de seus servidores, salvo por motivo de saúde;
XIX – encaminhar ao Conselho Superior expediente
para elaboração das listas de promoção e remoção no XXXVIII – autorizar membro da Defensoria Pública a
quadro da Defensoria Pública; ausentar-se da instituição, justificadamente, pelo
prazo máximo de cinco dias úteis;
XX – dar posse a membro e a servidor nomeado para
cargo efetivo e em comissão da Defensoria Pública, XXXIX – levantar as dotações orçamentárias
nos termos da lei; destinadas ao custeio das atividades da Defensoria
Pública, encaminhando ao Secretário de Estado da
XXI – conceder férias e licença aos membros e aos Justiça e de Direitos Humanos proposta para
servidores da Defensoria Pública; elaboração da lei orçamentária;
XXII – deferir benefício ou vantagem concedida em lei XL – fazer publicar, no órgão oficial dos Poderes do
aos membros da Defensoria Pública; Estado, nos meses de fevereiro e agosto de cada ano,
XXIII – determinar o apostilamento de títulos de a lista de antigüidade dos membros da instituição,
servidores da Defensoria Pública; tomando-se por base o último dia do mês anterior,
bem como a relação de vagas no quadro e os
XXIV – aplicar a pena de remoção compulsória, correspondentes critérios de provimento;
aprovada pelo voto de dois terços do Conselho
Superior da Defensoria Pública; XLI – aprovar formulários de petição, ofício,
designação e outros instrumentos jurídicos propostos
XXV – prover cargo nos casos de promoção, remoção, pela Corregedoria-Geral;
permuta e outras formas de provimento derivado
previstas em lei; XLII – (Vetado).
XXVI – decidir sobre a escala de férias e a atuação Parágrafo único – As funções indicadas nos incisos
em plantões forenses; XII, XIII, XXVI, XXIX a XXXI, XXXVII e XL poderão ser
delegadas.
XXVII – editar ato que importe movimentação,
progressão e demais formas de provimento derivado;
XXVIII – propor a verificação de incapacidade física ou Art. 10 – O Defensor Público Geral apresentará ao
mental de membro da Defensoria Pública; Conselho Superior, no mês de abril de cada ano, o
Plano Geral de Atuação da Defensoria Pública,
XXIX – (Vetado); destinado a viabilizar a consecução de metas
prioritárias nas diversas áreas de suas atribuições.
XXX – dispor sobre a movimentação de Defensor
Público Substituto no interesse do serviço; Parágrafo único – O Plano Geral de Atuação será
elaborado com a participação dos Coordenadores e
XXXI – propor a celebração de convênio com órgão
aprovado pelo Conselho Superior.
municipal, estadual ou federal, de interesse da
instituição, excluídas as atribuições institucionais e
ressalvadas as hipóteses legais;
Art. 11 – O Defensor Público Geral será substituído,
XXXII – designar estagiário, na forma do Regulamento em suas faltas, ausências, suspeições e
Interno; impedimentos, pelo Subdefensor Público Geral.
§ 1º – O Defensor Público Geral será cientificado de
sua destituição no prazo de cinco dias contados da
Parágrafo único – Em caso de suspeição do Defensor aprovação da proposta, podendo, em quinze dias,
Público Geral, o Conselho Superior escolherá, entre oferecer defesa escrita, pessoalmente ou por
seus membros, excluídos os membros natos, um procurador, e requerer produção de provas.
substituto, em sessão secreta e por maioria
qualificada. § 2º – Não sendo oferecida defesa, o Corregedor-
Geral da Defensoria Pública nomeará procurador para
fazê-lo em igual prazo.
Art. 12 – Ocorrendo a vacância do cargo de Defensor § 3º – Findo o prazo previsto no § 2º, o Corregedor-
Público Geral, assumirá interinamente o Subdefensor Geral da Defensoria Pública designará a data para
Público Geral, e será realizada nova eleição, em trinta instrução e julgamento nos dez dias subseqüentes.
dias, para o preenchimento do cargo, na forma do
respectivo edital. § 4º – Na sessão de instrução e julgamento, presidida
pelo membro do Conselho Superior mais antigo na
§ 1º – O cargo de Defensor Público-Geral será Classe Especial, após a leitura do relatório da
exercido pelo Subdefensor Público-Geral, se a comissão processante, o Defensor Público Geral,
vacância se der nos últimos seis meses do mandato. pessoalmente ou por procurador, terá trinta minutos
§ 2º – Na hipótese de vacância simultânea dos cargos para produzir defesa oral, deliberando, em seguida, o
de Defensor Público-Geral e de Subdefensor Público- Conselho Superior, pelo voto fundamentado de dois
Geral, o cargo de Defensor Público-Geral será terços de seus membros.
exercido pelo Defensor Público de Classe Especial § 5º – A presença à sessão de julgamento será
mais antigo na carreira e será promovida eleição no limitada aos membros do Conselho Superior, ao
prazo de trinta dias. Defensor Público Geral e a seu procurador.
III – assessorar o Defensor Público Geral no exercício § 6º – Se os inscritos na eleição não atingirem o
de suas atribuições; número de vagas, serão investidos no mandato tantos
Defensores Públicos mais antigos, integrantes da
IV – exercer, mediante delegação de competência, as classe mais elevada, quantos forem necessários para
atribuições que lhe forem conferidas pelo Defensor a composição do Conselho Superior.
Público Geral;
Art. 25 – A ausência injustificada de membro do IX – determinar, por voto de dois terços de seus
Conselho Superior a três reuniões solenes, ordinárias integrantes, a remoção ou disponibilidade compulsória
ou extraordinárias consecutivas, ou a cinco de membro da Defensoria Pública;
alternadas, implicará a perda automática do mandato.
X – decidir sobre a destituição do Corregedor-Geral,
§ 1º – O Conselho Superior apreciará, em cada por voto de dois terços de seus membros, assegurada
sessão, as justificativas de ausência apresentadas, ampla defesa;
deliberando, por maioria, sobre o acolhimento destas,
na forma do Regulamento Interno. XI – deliberar sobre a organização do concurso para
ingresso na carreira e designar os representantes da
§ 2º – Decretada a perda do mandato pelo Presidente Defensoria Pública que integrarão a Comissão de
do Conselho, será convocado o suplente imediato Concurso;
para preenchimento da vaga.
XII – recomendar correições extraordinárias;
Parágrafo único – O Conselho Superior se instalará XVI – autorizar, em razão de ato excepcional e
com o mínimo de seis membros, e as deliberações fundamentado, pelo voto de dois terços de seus
serão tomadas por maioria simples, respeitadas as integrantes, o Defensor Público Geral a exercer,
exceções previstas nesta lei complementar. pessoalmente ou por designação, as funções
processuais afetas a outro membro da instituição;
IV – aprovar a lista de antigüidade dos membros da XX – conhecer dos relatórios reservados elaborados
Defensoria Pública e decidir sobre reclamações a ela pela Corregedoria-Geral em inspeções e correições,
concernentes, no prazo de quinze dias; recomendando as providências cabíveis;
XXI – decidir, em sessão pública e pelo voto de dois III – houver motivo de foro íntimo.
terços de seus integrantes, sobre a avaliação e a
permanência na carreira dos membros da Defensoria
Pública em estágio probatório; Art. 31 – O impedimento ou a suspeição, salvo por
XXII – determinar a suspensão do exercício funcional motivo de foro íntimo, poderá ser argüido pelo
de membro da Defensoria Pública em caso de interessado ou por qualquer integrante do Conselho
verificação de incapacidade física ou mental; Superior, até o início do julgamento.
XXVI – exercer outras atribuições previstas em lei ou § 3º – Serão convocados os suplentes necessários se,
no Regulamento Interno. em razão de impedimento ou suspeição de integrante
do Conselho Superior, houver prejuízo, por falta de
§ 1º – Salvo disposição em contrário, as deliberações quórum legal, à apreciação de matéria em pauta,
do Conselho Superior serão tomadas por maioria de suspendendo-se, se for o caso, o julgamento.
votos abertos e nominais, presente a maioria de seus
membros, cabendo ao seu Presidente o voto de
qualidade.
Seção IV
§ 2º – As decisões do Conselho Superior da
Defensoria Pública serão fundamentadas e publicadas Da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública
no prazo de cinco dias, exceto nas hipóteses legais de Art. 32 – A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública
sigilo, sob forma de deliberação. é órgão de fiscalização e orientação da atividade
§ 3º – Na indicação à promoção por antigüidade, funcional e da conduta dos membros e dos servidores
observar-se-á o disposto no art. 61 desta lei da Defensoria Pública.
complementar. Art. 33 – A Corregedoria-Geral é exercida pelo
§ 4º – Na indicação à promoção por merecimento, o Corregedor-Geral, indicado entre os integrantes da
processo de votação será oral, atendidos os critérios classe mais elevada da carreira, em lista sêxtupla
estabelecidos no art. 63 desta lei complementar. elaborada pelo Conselho Superior, e nomeado pelo
Governador do Estado, para mandato de dois anos.
§ 3º – É vedada a nomeação, para o cargo de VIII – manter contato com os vários órgãos da
Ouvidor-Geral, de cônjuge, companheiro ou parente Defensoria Pública, estimulando-os a atuar em
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro sintonia com os direitos dos assistidos;
grau, inclusive, dos membros e servidores, ativos ou
inativos, da Defensoria Pública. IX – coordenar a realização de pesquisas periódicas e
produzir estatísticas referentes ao índice de satisfação
§ 4º – O Ouvidor-Geral será indicado pelo Conselho dos assistidos, divulgando os resultados.
Superior no prazo de quinze dias, contados do
recebimento da lista tríplice, e nomeado pelo Defensor § 1º – A representação a que se refere o inciso l do
Público-Geral em igual prazo, contado da indicação caput poderá ser apresentada por qualquer pessoa,
pelo Conselho Superior. inclusive pelos próprios membros e servidores da
Defensoria Pública, por órgão público ou por entidade
§ 5º – Caso o Conselho Superior não efetive a pública ou privada.
indicação do Ouvidor-Geral nos quinze dias que se
seguirem ao recebimento da lista tríplice, será § 2º – A Ouvidoria-Geral preservará, sempre que
considerado escolhido automaticamente para o solicitado, o sigilo de identidade do autor da
exercício do mandato o mais votado da lista. representação, reclamação ou sugestão.
Art. 40-I – A Escola Superior é órgão auxiliar da Do Centro de Assistência Pericial e Multidisciplinar
Defensoria Pública e tem como competências:
Seção I
V – organizar publicações com os resultados de suas
ações;
XI – solicitar ao Defensor Público Geral a designação XXI – estimular a integração e o intercâmbio entre
de estagiários, mediante requerimento de qualquer de órgãos de execução que atuem na mesma área de
seus integrantes; atividade e tenham atribuições comuns;
XII – encaminhar à Defensoria Pública Geral XXII – remeter informações técnico-jurídicas aos
sugestões para a elaboração do Plano Geral de órgãos ligados à sua atividade;
Atuação da Defensoria Pública;
§ 2º – As funções de Defensor Público Coordenador (Paragráfo com redação dada pelo art. 10 da Lei
serão consideradas para apuração de mérito na Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
ocasião da promoção.
Seção III
§ 3º – As funções de que trata este artigo poderão ser
delegadas a outro Defensor Público, mediante
comunicação ao Defensor Público Geral.
Das Defensorias Públicas Especializadas
§ 2º – Os Núcleos serão criados para atender Art. 44-B – A criação, a modificação e a extinção de
necessidades conjunturais e poderão ser judiciais ou Defensorias Públicas Especializadas, bem como sua
extrajudiciais. estrutura e suas atribuições, serão fixadas pelo
Conselho Superior da Defensoria Pública, mediante
proposta do Defensor Público-Geral, observadas a
permanência e a prioridade de sua atuação.
(Paragráfo com redação dada pelo art. 10 da Lei
Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
Seção Única
XII – atuar nos Juizados Especiais;
Seção III
§ 4º – O Corregedor-Geral e a comissão designada
poderão requisitar ao membro da Defensoria Pública
Da Confirmação na Carreira se, automaticamente, o período de estágio probatório,
até o definitivo julgamento pelo Conselho Superior da
Defensoria Pública.
Art. 55 – A conveniência da confirmação na carreira
do Defensor Público em estágio probatório será
examinada por integrante do Conselho Superior da § 2º – O tempo de suspensão do exercício funcional
Defensoria Pública, designado mediante a distribuição será contado para todos os efeitos legais, em caso de
dos relatórios. confirmação.
§ 1º – O Corregedor-Geral, até noventa dias antes do § 3º – Se a decisão for pela confirmação na carreira,
término do estágio probatório, apresentará ao compete ao Defensor Público-Geral expedir o
Conselho Superior relatório da atuação do Defensor respectivo ato declaratório, no qual constará a nova
Público Substituto, emitindo parecer sobre sua condição do servidor como Defensor Público estável e
confirmação. sua respectiva classe, além da titularidade no órgão
de atuação em que estiver exercendo as suas
atribuições, salvo se nesse órgão de atuação existir
§ 2º – O Conselheiro designado proporá a titular, ainda que licenciado ou afastado.
confirmação ou não do Defensor Público na carreira
até sessenta dias antes do término do estágio
probatório, em exposição fundamentada e instruída (Artigo com redação dada pelo art. 3º da Lei
com os documentos necessários. Complementar nº 134, de 7/5/2014.)
Art. 56 – Caso o Conselheiro designado, com base em § 4º – Caso o Defensor Público confirmado não puder
avaliação especial realizada pela comissão de que ser titularizado em seu órgão de atuação, será
trata o art. 52 desta lei complementar, proponha ao designado para exercer as suas atribuições em outro
Conselho Superior a exoneração do Defensor Público órgão.
em estágio probatório, terá este dez dias para oferecer
alegações e provas.
CAPÍTULO III
Da Promoção
§ 1º – O quantitativo de cargos de Defensor Público e
sua distribuição nas classes da carreira são os
estabelecidos no Anexo desta lei complementar, já
considerados os cargos providos pelos membros da Art. 60 – A promoção na carreira de Defensor Público
Defensoria Pública que integram a carreira na data da será efetivada por ato do Defensor Público Geral,
publicação desta Lei Complementar. atendidos, alternadamente, os critérios de antigüidade
e merecimento, observando este a lista tríplice,
decorrido o interstício de três anos de efetivo exercício
na classe.
§ 2º – (Revogado pelo art. 7º da Lei Complementar nº
134, de 7/5/2014.)
Subseção I
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 101, de
23/11/2007.)
Da Antigüidade
Seção I
II – licença:
Disposições Preliminares
a) para tratamento de saúde;
Do Merecimento
d) paternidade;
IV –prestação de serviço militar e outros obrigatórios III – não tenha sofrido penalidade disciplinar nos doze
por lei; meses anteriores à formação da lista nem esteja
submetido a processo disciplinar ou administrativo;
CAPÍTULO V
a) apresentação de trabalho escrito sobre assunto de
relevância jurídica;
Da Inamovibilidade e da Remoção
§ 2º – A remoção precederá o preenchimento da vaga III – irredutibilidade de subsídio, fixado nos termos da
por promoção. Constituição da República;
§ 1º – A remoção por permuta somente será deferida § 2º – Em caso de extinção do órgão de execução,
após um ano de exercício como Defensor Público de mudança da sede do Núcleo de atuação ou da
Primeira Classe. comarca, será facultada ao Defensor Público a
remoção para outro Núcleo ou comarca, ou obtenção
de disponibilidade com subsídio proporcional ao
§ 2º – Presume-se inconveniente ao serviço a tempo de serviço, até o seu adequado aproveitamento
remoção por permuta quando um dos Defensores em outro cargo, e a contagem do tempo de serviço
Públicos estiver às vésperas de aposentadoria ou de como se em exercício estivesse.
exoneração do cargo a pedido.
CAPÍTULO II
§ 3º – Na ocorrência do previsto no § 2º deste artigo, o
Conselho Superior revogará a remoção por permuta,
sem prejuízo de penalidade disciplinar. Das Prerrogativas
Das Garantias
III – ser recolhido a prisão especial ou a sala especial
de Estado-Maior, com instalações e comodidades
condignas e com privacidade, e, após sentença
Art. 73 – O Defensor Público goza das seguintes condenatória transitada em julgado, ser recolhido em
garantias:
dependência separada no estabelecimento em que XIV – deixar de patrocinar ação quando ela for
tiver de ser cumprida a pena; manifestamente incabível ou inconveniente aos
interesses da parte sob seu patrocínio, comunicando o
fato ao Defensor Público Geral, com as razões de seu
IV – comunicar-se, pessoal e reservadamente, com procedimento;
seus assistidos, mesmo sem designação, quando
estes se acharem presos;
XV – receber o mesmo tratamento reservado aos
magistrados, aos membros do Ministério Público e aos
V – ter vista pessoal dos processos judiciais, em demais titulares de cargos das funções essenciais à
cartório ou na repartição competente, fora dos Justiça;
cartórios e das secretarias, ressalvadas as vedações
legais, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI – ser ouvido como testemunha em qualquer
processo ou procedimento, em dia, hora e local
VI – examinar autos de processos, em andamento ou previamente ajustados com a autoridade competente;
findos;
Parágrafo único – (Revogado pelo art. 16 da Lei II – gratificação de férias anuais, não inferior a 1/3 (um
Complementar nº 141, de 13/12/2016.) terço) do valor do subsídio;
V – gratificação pela prestação de serviço especial; § 1º – As vantagens previstas neste artigo têm caráter
indenizatório e não se incorporam à remuneração do
membro da Defensoria Pública.
VI – gratificação pelo efetivo exercício em comarca de
difícil acesso, assim definido pela lei de organização
judiciária; § 2º – A implementação das vantagens a que se refere
o caput observará a disponibilidade orçamentária.
CAPÍTULO II
(Vide Lei nº 17.162, de 26/11/2007.)
Dos Direitos
(Vide Lei nº 18.801, de 31/3/2010.)
Seção I
Art. 75-A – A remuneração por subsídio não exclui a
percepção das seguintes vantagens:
Disposições Preliminares VI – exercício de mandato eletivo de associação
representativa da classe.
II – férias;
§ 3º – Não poderá entrar em gozo de férias o Defensor
Público com autos em seu poder por tempo excedente
III – período de trânsito; ao prazo legal, ou em falta com tarefa que lhe tenha
sido previamente atribuída.
I – residir na localidade onde exerce suas funções, XIV – interpor os recursos cabíveis para qualquer
salvo as exceções previstas nesta lei complementar; instância ou tribunal e promover revisão criminal,
sempre que encontrar fundamentos na lei,
jurisprudência ou prova dos autos;
II – comparecer diariamente, durante o horário regular
do expediente, à sede do órgão em que atue,
exercendo os atos do seu ofício; XV – apresentar relatório mensal das atividades
desenvolvidas, da tramitação dos processos e das
tarefas que lhe forem atribuídas, com sugestões para
III – ter irrepreensível conduta, pugnando pelo o aprimoramento dos serviços;
prestígio da justiça e velando pela dignidade de suas
funções;
XVI – exercer, mediante designação do Defensor
Público Geral, a coordenadoria de órgão de atuação
IV – desempenhar com zelo e presteza, dentro dos da Defensoria Pública e outros cargos de confiança da
prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da instituição;
lei, lhe sejam atribuídos pelo Defensor Público Geral;
II – aceitar cargo, exercer função pública ou mandato III – em que for interessado cônjuge ou companheiro,
não legalmente autorizado; parente consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na
colateral, até o terceiro grau;
TÍTULO VIII
VIII – exercer o comércio ou participar de sociedade
comercial, exceto como cotista ou acionista;
Da Responsabilidade Funcional
IV – demissão;
CAPÍTULO II
V – cassação de aposentadoria.
Das Infrações, das Penalidades e da Prescrição
Das Infrações
§ 2º – O membro da Defensoria Pública que praticar
infração punível com remoção compulsória ou
demissão não poderá aposentar-se até o trânsito em
Art. 87 – Constituem infrações disciplinares dos
julgado do procedimento administrativo-disciplinar,
membros da Defensoria Pública, além de outras
salvo por implemento de idade.
definidas em lei:
Da Remoção Compulsória
II – O Defensor Público Geral, nos demais casos.
Subseção IV
§ 2º – As penas disciplinares serão aplicadas
cumulativamente em caso de concurso de infrações,
salvo quando, em razão de reincidência, esta implicar Da Demissão
sanção mais grave.
Art. 92 – A pena de advertência será aplicada I – lesão aos cofres públicos, dilapidação do
reservadamente e por escrito, nos casos de violação patrimônio estatal ou de bens e valores confiados a
dos deveres e das proibições funcionais e nos casos sua guarda;
de desempenho e produtividade insuficientes,
apurados nos termos do regulamento, quando o fato
não justificar a imposição de pena mais grave. II – improbidade administrativa, nos termos da lei;
Art. 93 – A suspensão, por até noventa dias, será IV – incontinência pública escandalosa que
aplicada quando houver reincidência em falta punida comprometa gravemente, por sua habitualidade, a
com advertência ou quando a infração dos deveres e dignidade ou o decoro inerentes ao cargo e à
das proibições funcionais, por sua gravidade, justificar instituição;
a sua imposição.
V – abandono do cargo; § 4º – A prescrição não terá curso durante o período
de estágio probatório.
CAPÍTULO III
Subseção V
Do Processo Administrativo
Da Cassação da Aposentadoria
Seção I
Art. 96 – A pena de cassação da aposentadoria será
aplicada nos casos de falta punível com demissão,
praticada no exercício do cargo. Disposições Preliminares
II – do dia em que tenha cessado a continuação, no Art. 100 – Será determinada a suspensão do feito se,
caso de falta continuada. no curso do processo administrativo-disciplinar,
houver indícios de incapacidade mental do membro da
Defensoria Pública, observado o previsto no art. 97, §
3º, desta lei complementar.
§ 3º – A verificação de incapacidade mental, no curso
de processo administrativo-disciplinar, suspende a
prescrição.
Art. 101 – Das decisões condenatórias proferidas em
processo administrativo-disciplinar, caberá recurso ao
Conselho Superior no prazo de quinze dias contados publicado no órgão oficial dos Poderes do Estado,
da intimação pessoal do membro da Defensoria com o prazo de cinco dias, se ele estiver em lugar
Pública ou de seu procurador. incerto, ignorado, inacessível ou se furtar à realização
do ato.
Seção II
Parágrafo único – O Defensor Público Geral, recebida
a representação, se considerar insubsistentes os
motivos do arquivamento previsto no “caput” deste
Da Sindicância
artigo, poderá determinar a instauração da
sindicância.
Art. 115 – Em caso de revelia, a defesa será § 4º – O Defensor Público Geral, em ato motivado,
apresentada por Defensor Público da Classe Especial, proferirá sua decisão no prazo de dez dias contados
mediante designação do presidente da comissão. do recebimento do processo.
Art. 116 – Em qualquer fase do processo Art. 119 – O membro da Defensoria Pública ou seu
administrativo-disciplinar, o membro da Defensoria defensor, no caso de revelia, será intimado
Pública considerado revel poderá constituir procurador pessoalmente da decisão proferida.
ou assumir pessoalmente a defesa.
Art. 122 – Da decisão condenatória proferida pelo Art. 126 – Decorridos dois anos do trânsito em julgado
Defensor Público Geral, poderá o membro da da decisão que lhe houver imposto penalidade
Defensoria Pública ou seu procurador, no prazo de disciplinar de advertência ou suspensão, poderá o
dez dias contados da intimação, interpor recurso com membro da Defensoria Pública requerer ao Conselho
efeito suspensivo ao Conselho Superior da Defensoria Superior o cancelamento das suas notas nos assentos
Pública. funcionais, salvo se reincidente.
§ 2º – O pedido de revisão será dirigido à autoridade Art. 128 – O Dia do Defensor Público do Estado de
que houver aplicado a sanção, a qual, se o admitir, Minas Gerais será comemorado, anualmente, no dia
determinará o seu processamento em apenso aos 19 de maio.
autos originais e providenciará a designação de
comissão revisora, composta por três membros da
Defensoria Pública de Classe Especial não (Artigo com redação dada pelo art. 10 da Lei
participantes do processo administrativo-disciplinar. Complementar nº 141, de 13/12/2016.)
Art. 125 – Concluída a instrução no prazo de quinze Art. 129 – A Defensoria Pública publicará
dias, a comissão revisora relatará o processo em dez periodicamente a “Revista da Defensoria Pública de
dias e o encaminhará à autoridade competente, que Minas Gerais”, com a finalidade de divulgar trabalhos
sobre ele decidirá no prazo de trinta dias. jurídicos de interesse da instituição.
Parágrafo único – Julgada procedente a revisão, Art. 130 – Ao membro ou servidor da Defensoria
tornar-se-á sem efeito a penalidade imposta, Pública é vedado manter sob sua chefia imediata, em
restabelecendo-se os direitos por ela atingidos. cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro
ou parente, na linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive.
Seção VI
Parágrafo único – Considera-se chefia imediata, para normativos aos preceitos desta lei complementar no
os fins do “caput” deste artigo, a subordinação prazo de noventa dias contados da eleição de que
administrativa direta ao membro da Defensoria trata o art. 127 desta lei complementar.
Pública.
I – a pedido;
(Artigo declarado inconstitucional em 26/4/2006 – ADI
3043 – Acórdão publicado no Diário da Justiça em
II – por prática de ato que justifique seu desligamento. 27/10/2006.)
§ 3º – O tempo de estágio será considerado serviço Art. 138 – Fica criado o Anexo II G do Decreto nº
público relevante e como de prática forense. 36.033, de 14 de setembro de 1994, que contém o
Quadro Especial de Pessoal da Defensoria Pública do
Estado de Minas Gerais.
Art. 133 – Fica criada a Medalha do Mérito da
Defensoria Pública, cuja concessão será
regulamentada em ato do Defensor Público Geral. Parágrafo único – A composição do Quadro Especial
de Pessoal da Defensoria Pública de que trata o
“caput” deste artigo dar-se-á por meio de
remanejamento de cargos de provimento efetivo e de
Art. 134 – Os prazos previstos nesta lei complementar
funções públicas a ser estabelecido pela Secretaria de
serão computados excluindo-se o dia do começo e
Estado de Recursos Humanos e Administração.
incluindo-se o do vencimento.
AÉCIO NEVES
Danilo de Castro
ANEXO