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Quarta-feira, 12 de Agosto de 2020 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série — 2123 Preco deste mimero - Kz: 1.360,00 Toda = carepondinin, quer cial qua SSINATORA ‘prev de cada Ta pico nos Deion relaiva a anuncio © asimaras do. «Disio ano | da Repblce1%62* sei € de Kz: 75.00 e pra da Republican, deve ser diigida & tmprensa | te sries Kx. 73415940 | 2 34 séie Kz: 95.0, acrercido do respective ‘Nacional - EP, em Landa, Rua Henrique de Couks isa cake Aisles Rod oe | ALoaie Ke 43352400 | imposto do seo, dependendo a publicasdo da ‘woinprensimcional sora - End. teleg: | A2* see Ke: 22699000 | série de depoito previo fete natexarcn dngeensy AB sie x 18013820 | da tmprensa Nacional -E P SUMARIO LEI QUE ALTERA A LEI N2 17/16, DE 7 DE OUTUBRO — LEI DE BASES Assembleia Nacional DO SISTEMA DE EDUCACAO E ENSINO- 17/6, de7 de Outro — Li de Base do Sister de AETIGO} aveogo e Enso. Revoga aLein® 1301, de 31 de Dezembro, (Atteraeao e revonaeao) Seu eae cSempaearmsiaia Ste allrados of wtgoe 1 1 188 160,178 198, 20°, 235, 27°, 298, 31°, 32°, 33°, 35°, 36°, 38°, 40°, 41°, 42°, Banco Nacional de Angola 4A, 50°, 51°, 552, 58°, 59°, 64S, 65°, 66°, 68°, 69°, Aviso n 1828: 70S, 72°, 73°, TAS, 80., 83°, 84°, 85°, 99°, 102°, 105°. Altera © n° 1 do ago 2° do Aviso n° 8118, de 29 de Novembro. — Revoan o disposo non” I do artigo 2° do Avisom® 818, de29 de Novem, ASSEMBLEIA NACIONAL Lein.* 3220 de 12de Agosto Considerando que foram aprovadas, através da Lei n& 17/16, de 7 de Outubro, as Bases do Sistema de Educagao e Ensino; Havendo necessidade de se alterar algumas dispos da referida Lei, no sentido de melhor clarficar a tipologia e a desianagao das instituigdes de cada Subsistema de Ensino, reafirmar o papel nuclear do Professor ¢ oreforgo do rigor € experiéncia para acesso a classe, bem como anatureza termi- nal do Ensino Secundario e a natureza binéria do Subsistema de Ensino Superior, que inchii o Ensino Universitario e 0 Ensino Politécnico, extinguir a monodocéncia na 5. © 6* Classes, extinguir os cursos de Bacharelato ¢ considerar 1 perspectiva de extensio da Estratégia 2025 para 2050 € do papel omnipresente da 4* Revolugao Industrial € das Tecnologias, A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, ‘nos termos da alinea i) don.* 1 do artigo 165.° ¢ da alinea c) don® 2 do artigo 166.°, ambos da Constituigio da Republica de Angola, a seguinte 107°, 109°, 10°, 1189, 119° 124°, todos da Lein’ 17/16, de 7 de Outubro, Lei de Bases do Sistema de Educagao ¢ Ensino, que passam a ter a seguinte redaceao «ARTIGO 11 (Gratultidade) 1. A gratuitidade no Sistema de Educagao e Ensino traduz-se na isengao de qualquer pagamento pela ins- crigio, assisténcia as aulas, material escolar e apoio social, para todos os alunos que frequentam 0 Ensino Primério nas instituigdes ptblicas de ensino. 2. Sem prejuizo do disposto no niimero anterior, © Estado deve criar condigdes para que os alunos que frequentam o Ensino Primério, nas instituigoes publico-privadas e privadas, tenham acesso ao mate- rial escolar, designadamente os manuais escolares em. regime de gratuitidade. 3. 0 Estado deve garantir e promover as condigbes necessérias para tomar gratuita a frequéncia da classe de iniciagaio ¢ 0 I Ciclo do Ensino Secundario, bem como o transporte, a satide € a merenda escolar nas instituigdes piblicas de ensino. 4, © pagamento da inscrigio, da assisténcia as aulas, do material escolar © de outros encargos, no Ensino Secundario e Ensino Superior, constituem res- ponsabilidade dos Pais, Encarregados de Educagao ou dos préprios alunos, em caso de maioridade. 4424 DIARIO DA REPUBLICA 5. Para efeitos do disposto non.° 3, o Estadoregula as condigoes e os requisitos de apoio social, nos domi- niios dos transportes escolar, satide escolar € merenda escolar, sendo prioritérios os alunos cujas familias se encontrem em situagao de maior vulnerabilidade, podendo os alunos que retinam os requisitos candida- tar-se, nos termos da lei. 6.0 disposto nos nimeros anteriores nao prejudica recurso abolsas de estudo cujo regime é estabelecido em diploma proprio. ARTIGO 1S (Baucacso« promogao dos valores morals, O Sistema de Educagio Ensino promove 0 res: peito pelos simbolos nacionais © a valorizayio da historia, da cultura nacional, da identidade nacional, da umidade e integridadeteviterial, da preservagio da soberania, da paz ¢ do Estado democratico de direito, bem como dos valores morsis, dos bons costumes e da cidadania, ARTIGO 16° (Cingtn de esi) LEd 2 EI 3. Sem prejuizo do previsto no n° 1, podem ser utilizadas as demais linguas de Angola, nos diferentes ‘Subsistemas de Ensino, nos termos a regulamentar em. diploma préprio. 4. O Estado promove politicas publicas para a insergao € a massificagao do ensino das principais linguas de comunicagio intemacional, em todos os Subsistemas de Ensino, com prioridade para o ensino do inglés edo francés. 5. As escolas consulares, como instituigées de 10 pertencentes a Estados estrangeiros ministram aulas na lingua oficial dos seus respectivos Paises, sem prejuizo de Ensino da Lingua Portuguesa Literatura Angolana, Histéria de Angola e Geografia de Angola, contribuindo para a integragao sociocultural dos seus alunos, cujos programas curriculares sdo aprovados pelo Ministerio da Educasio. ARTIGO 17° (Gsratra do Subsea de Edna Ensin) Ltd 2b alk Ue ) Subsistema de Ensino Sccundirio Técnico- -Profissinal; aud old Dhol 3 Ll ald Dhak OL ob ARTIGO 19° (Artes ente os Subsstemnas de nino eo Sistema ‘Nadinal de Formagt Profisional) 1. A atticulagdo entre os niveis de conhecimen- tos, habilidades, atitudes, valores e etica garantidos pelos diferentes Subsistemas de Ensino ¢ o Sistema ‘Nacional de Formagao Profissional € assewurada pelo Sistema Nacional de Qualificagdes, sendo objecto de regulamentagao em diploma préprio. 2b ARTIGO 20° {dade minimas de referéncla no Stem de Educa e Enno) 1. [.J.respeitado os limites estabelecidos nos ati- 05 23° € 27° 24 3 Lod 4. Os casos excepcionais de adiantamento esco- lar por alunos ou estudantes sobredotados,talentosos € autistas s20 regulados em diploma proprio pelos Titulares dos Sectores da Educagio € Ensino Superior ARTIGO 28° (stratra do Subsistema de Eacopao Pre Eseear) 1. Educagdo Pré-Escolarestratura-se an 2 (duas) tapas: [1 }) Jardins de Infincia, Centros Infantis Comunitarios/Centros de Educagdo Comun tiria, dos 3 aos 5 anos de idade no ano de _matricula, compreendendo a Classe de niciag0 dos 5 a6 anos de idade. 2A Classe de Iniciagdo pode serministrada, iual- mente, em excolas do Ensino Primitio, as criangas com 5 a 6 anos de idade no ano de mairicula, ARTIGO 27° ensine rina LL 2. O Ensino Primario tem a duragio de 6 anos ¢ a cletém acesso as criangas que completem, pelomenos, 6 aos de idadeno ano de matricula 3. O Ensino Primario éfeito nas seguintes condi goes: @ Da 1" a4. Classes, em regime de monodo- eta, b) Da 5." 4 6.* Classes, nos termos a regulamen- tar em diploma proprio. AKTIG0 23° (Otjecve espe de East vimiro) Os objectivos especificos do Ensino Primario sao: @) Desenvolver a capacidade de aprendize gem, tendo como meios bésicos 0 deminio da leitura,esrite, do célculoe das bases das ciéncias € tecnologias, OLK Old OL I SERIE -N° 123 DE 12 DE AGOSTO DE 2020 ¢) Educar as criangas, os jovens € os cidadaos adultos para adquirirem conhecimentos, habilidades, atitudes, valores ¢ éti sérios ao seu desenvolvimento, Pld anrigo 3° (onpnizaae de sine Secunia Geral) Ltd @) 0 I Ciclo do Ensino Secundirio Geral com- preandeas7*,8%¢9! Classes e¢ frequentado por alunos que completem, pelo. meno, 12 anos no ano de matricula; }) © Tt Ciclo do Ensino Secundario Geral compreende as 10", 11. ¢ 12* Classes e € frequentado por alunos que completem, pelo menos, 15 anos no ano de matricula. 2 Ld antigo 32° (Obinciveremecites dol Cio “do isino Seaman Gera) (4 ) Parmitir a aquisigfo dos fimdamentos das ciencias e tecnologins © de conhecimentos necessarios ao prosseguimento dos estudos em niveis de ensinoe reas subsequentes, OLR Ceo ¢) Aprofindara formato técnica, cultural, atis- tica e das principais linguas de comunicago intemacional, que constitu suport cosnitivo «emetodoléaico aproprindo para o prossesui- mento de estudos, Dlok g) Promover o empreendedorismo, desenvol- vendo conhecimentos, hablidades, atudes, valores patridticos € éticos para a vida activa € 0 cspirito de iniciativa, criatividade © autonomia ARTIGO 33° (Objectives espeitics dot Cielo ‘do Ensino Secundario Geral) Os objectivos especificos do If Ciclo do Ensino Secundario Geral s20: 4@) Assegurar uma formagao sélida ¢ aprofundada numa determinada area de conhecimento € ‘numa das prineipais linguas de comunicagao internacional; +b) Preparar o aluno de modo a permitir que, loxo apés a conclusdo do ciclo, esteja qualificado ¢ capacitado para ingressar directamente no Ensino Superior, OLE cee oOLk ALK 'g) Favorecer a orientagio e formago profissio- nal dos jovens, através da preparagao técnica € tecnolégica, com vista a entrada no mer cado de trabalho. ARTIGO 35° (Objecivosgeras do Subststema do Ensino Seeundario Téenico Profsional) LLL 2. Os Departamentos Ministeriais que tutelam a Educagao e o Trabalho promovem a articulagao entre os Subsistemas de Ensino Técnico-Profissional € 0 Sistema Nacional de Formagao Profissional a partir do curiculo, 3. A articulagio prevista no niimero anterior per~ mite a atribuigao de graus académicos no Sistema de Formagio Profissional, a regulamentar em diploma proprio. ARTIGO 36° (Estrutura do Subsstema de Ensino Secundéio ‘Teenkco Protistonal) 4 alk +b) Formagao Média Técnica, ARTIGO 38° (Organizagio da Formacio Profesional Basiea) LED 2. A Formagao Profissional Basica compreende a 72, 82 € 92 Classes e é frequentada por alunos com, pelo menos, 12 anos de idade no ano de matricu ARTIGO 40° (Formacso Média Téentea) A Formagio Média Técnica ¢ 0 processo através do qual se adquirem € desenvolvem conhecimentos c habilidades gerais, técnicos ¢ tecnolégicos para os diferentes ramos de actividade econdmica e social do pemnitindo-Ihes a insergao na vida laboral e © cexercicio de uma actividade profissional e, mediante criterios, o acesso ao Ensino Superior. ARTIGO 41 (Organizacao da Formacio Média Téeniea) 1. A Formagio Média Témnica comesponde ao Ciclo do Ensino Secundatio Técnico e realiza-se apés a con- clusio da 9.* Classe com uma duragio de 4 anos em escolas do Ensino Secundirio Técnico-Profissional ¢ nos Centros de Formagao Profissional, com curriculo cequiparado. 2L-1 3, Os alunos a partir dos 15 anos de idade tém acesso a Formagiio Média Técnica, ARTIGO 42° (Objectives especitics da Formarao Média Teena) ‘os da Formagao Média Os objectivos espé ‘Técnica sio os seguintes: 4) Ampliar, aprofundar e consolidar os conheci- ‘mentos, as capacidades, os habitos culturais, as atitudes, aptidees e as habilidades adqui- ridas no I Ciclo do Ensino Secundério ‘Técnico-Profissional, comespondentes a Formagao Profissional Basi wLA 4226 DIARIO DA REPUBLICA OF OL ARTIGO.A: (Objectivosespeciices do Subsistema de Formacto de Professares) Os objectivos gerais do Subsistema de Formagao de Professores sto of segnintes: a1 +b) Fommar professores e demais agentes de edu- cago com sélidos conhecimentos cientificos, pedagézicos, metodoloaicos, linguisticos, culturais,técnicos e humanos, OLE LE otk IL-1 ARTIGO 50° (Organizasio do Ensine Superior Pedagéhca) Led 2.0 Ensino Superier Pedagogico pode ser de gradiaso, outergando o grau de licenciado. 3. O Ensino Superior Pedagéaico pode ser de pés-ara duagao, outorgando os graus de Mestre e Doutor. 4. O Ensino Superior Pedagdaico pode ser de pés- -graduagao, no conferente de grau académico, sob a forma de agrega¢ao pedagéaica, outorgando o diploma de especializagio. 5.[-}. 6 [1 ARTIGO SI (Objectives especitcos do Easine Superior Pedagéghco) (I ) Assegurar a formagio de individuos, habili tando-os para o exercicio do servigo docente de apoio a docéncia, a0 nivel de sradua- 0 © pés-araduaglo, utorgando os graus de Licenciado, Mestre e Doutor b) Garantir o Ensino Superior Pedagégico ao nivel de pos-graduagao, nao conferente de grau académico, sob a forma de agrega- gio pedagégica, conferindo o diploma de especializagio: obk Al) e) (Revogado); P Revogado). ARTIGO 5° (Oreaizagio de Sussema de Educa de Adan) 1, O Ensino Primario de Adultos divide-se em dois modulos ¢ organiza-se da seguinte forma: at [1 2Lb als Dhak ¢) 0 I Cielo do Ensino Secundério Técnico, com cursos de Formagao Profissional Basica, que compreende as 7.', 8" € 9." Classes @ 0 Il Ciclo do Ensino Secundério Técnico -Profissional com cursos de Formagiio Média ‘Técnica, compreende as 10°, 11, 12* € 13" Classes. 3.Le1 4, Os Departamentos Ministeriais que ttelam a Educagio € 0 Trabalho estabelecem os mecanismos de implementagio da formagio técnico-profissional de base, dos individuos carentes de adequada forma- ho escolar e seu alinhamento com o Subsistema de Educagao de Adultos. ARTIGO S82 (Cipologia de Institalgoes de Educagto Pré Escolar, de Ens Primaio de Ensino Secandirio) LLL a) Creches; ) Jardins-de-infancia e Centros Infantis Comuni- tarios/Centros de Educagtio Comunitiios. 2L-d a1 ey cL} 3-1 [1 dL] 4b SAscacee ARTIGO 59° (Designagi das ings de Facog Pré Fada, de Tae Prime de Enno Secendiio) Lb ald: ) Jardins-de-infancia, Centros Infantis Comuni- tirios/Centros de Educago Comunitiri, dos 3 08 5 anos deidnde no ano de matricula. 2b 3. As Instituigées de Ensino Secundario desi snam-se ald DK ©) Escolas Técnicas, sempre que ministrem cursos de Formapao Profissional_Bisica, correspondente ao I Ciclo do Ensino Técnico- -Profissonal numa area de formagio, @ Escolas Politécnicas, sempre que ministrem cursos de Formagao Profissional Basica, correspondente a0 I Ciclo do Ensino Técnico- -Profissional em viriaséreas de formas, I SERIE -N° 123 DE 12 DE AGOSTO DE 2020 44027 ) Instititos Técnicos, sempre que minis- trem cursos de Formagio Média Téenic comrespondente 90 Il Ciclo do Ensino “Téenico-Profissional numa érea de formasao, Pi Insttutos Politéenicos, sempre que minis trem cursos de Formagio Média Técnica, comrespondente 20 Il Ciclo do Ensino ‘Ténico-Profssional em virias reas de formasio: en [1 4. As instituigdes do Ensino Secundario publicas gozam de autonomia pedagogica, financeira, adminis- trativa epatrimonial, que se traduz na preogativa de tomar devises sobre diferentes matériae relativas & sua organizasao e funcionamento, nos termos a regu Jmentar em diploma préprio. ARTIGO 6t* (store binds do Subsea de Laine Sapir) 1. O Subsistema de Ensino Superior tem natureza biniria, coractrizada pela integragio, no set scio, de Instituiges de Ensino Universitrio e de Ensino Superior Politécnica 2d 3. A organizagao auténoma consiste na implanta- 0 de um regime orginico em que as Insttuigdes de Ensino Universitrio e Ensino Superior Poitéenico nifo dependem unas das outas. 4Ld ARTIGO 68° (Eine Universiti) 1. OEnsino Universitiio ¢ vocacionado para afore magao cientific slide, nmaperspeciva de realizagao de actividades de investigagto cientfica fundamental, aplicada e de desenvolvimento experimental, visando assegurar uma formagao cientifico-técnica que habilite para o exercicio de actividades profissionais ¢ cultu- nis, participando naresolugao dos diversos problemas da sociedade. 2 © Ensino Universitario € ministrado nas Academias de Altos Estos, Universdades,Instiitos ‘Superiores Universitarios ¢ Escolas Superiores Univer- sitrias 3. O Ensino Universtirio hublita a obtensio dos graus académicos de Licenciado, Mestre e Doutor. ARTIGO 66° (Eine Saperier Pate) 1. © Ensino Superior Politéenico ¢ vocacionado para a formago técnica avancada, orientada profissio- nalmente, numa perspectiva de investigag8o aplicada ¢€ de desenvolvimento experimental, dirigido & com- preensio ¢ solugdo de problemas concretos, visando proporcionar uma solida formagao cultural ¢ téenica denivel superior 2. O Ensino Superior Politéenico é ministrado em Institutos Supetiores Técnicos e Politécnicos € em. Escolas Superiores Técnicas 3. O Ensino Superior Politécnico habilita a obten- ¢80 dos graus académicos de Licenciado, Mestre € Doutor: 4, Revogado). ARTIOO 68° (Graduacio) 1 Agraduagio compreende onivel de Licenciatura 2 (Revogado) 3. A Licenciatura corresponde a cursos com a duracao de quatro a seis anos € tem como objectivo permitir, a0 candidato que tenha conchido 0 II Ciclo «do Ensino Secunditio, a aquisigo de conhecimentos, habilidades, valores e priticas fundamentais dentro de um ramo do conhecimento especifico e a subsequente formagao profissional ou académica especifica ARTIGO 69° (ee Gradua) 1, (Revogado). 2. A Pés-Graduagao tem dois niveis: 0 Mestrado € © Doutoramento. 3. O Mestrado, com a duragao de dois a trés anos, tem como objectivo essencial o aprofundamento da competéncia cientifica dos licenciados. 4.4 5. As Instituigées de Ensino Superior podem ofere- cer programas de P6s-Doutoramento, nao conferente de grau académico, que visam o aprofundamento, por parte dos candidatos, de competéncias de realizacgao de investiangHo cientifica autonoma, 6. APés-Graduagio, nfo conferente de grau acadé- mico, tem como objectivo o aperfeigoamento técnico do individuo que tenha concluido um dos niveis da for- magi graduada e compreende @) A capacitagto profisional, com cursos de dhuragso variada; D) A especializagio, com cursos de durago ‘minima de um ano, em fang das éreas do conhecimento ARTIGO 70° Cantu de Eto Superior) 1. As Instituigdes de Ensino Superior so centros ‘vocacionados para a promogao da formagao académica ¢ profissional, da investigacao cientifica ¢ da extensio universitaria, com personalidade juridica propria, nos termos da presente Lei e demais legislagao aplicive 2. O modo de criagao, estruturagao, funciona- mento ¢ extingao das Insttuigbes de Ensino Superior referidas no mimero anterior obedece a legislagio do Subsistema de Ensino Superior DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 72° (Pipos de Insttusoes de Enso Superior) 1. As Instituigdes de Ensino Superior, em fisngo 4a natureza universtéria ou politéenica, © das parti- cularidades das suas actividades nos dominios do ensino, da investigaglo cientifica ¢ da extensio uni- versitéria, constituem-se em: @) Academias de Altos Estudos, sempre que se dediquem especificamente 4 formagao pos- -aracuada do mais elevado padrao cientifico ‘ou tecnolégico numa tinica area do saber, orientadas para a criagdo, transmissio ¢ divulgagao do conhecimento e da tecnologia, assentes na investigagio cientfica fimda- mental ¢ aplicada © no desenvotvimento experimental; 'b) Universidades, sempre que se dediquem a for- magao graduada ¢ a formagao pés-sraduada, ‘am mais de trés areas do saber, orientadas para a criagio, transmissio © divulgagio do conhecimento, assentes na investizagao cientifica finndamental ¢ aplicada, no desen- volvimento experimental € na extensdo uuniverstéria; ¢)Institutos Superiores, sempre que se dediquem ‘ formagio graduada e & formagao pés-gra- dduada, a investigagio cientifica e a exten Uuniversitéria em dtuas ou mais areas do saber, ) Escolas Supetiores, sempre que se dediquem 4 formagao graduada, a investigagao cient fica € 4 extensto universitaia, numa area do saber 2 Os Institutos Superiores constituem-se em: @) Institutos Superiores Universitrios, sem- pre que se dediquem a formagio sraduada € pés-araduada académica € profissional, orientadas profissionalmente e vocacionadas para a transmissio do conhecimento, a inves tigagdo cientfica fundamental aplicada e extensio universitéria, em até 3 Areas do saber, com particular incidéncia nas Ciéncias Exactas ¢ da Natureza, Cigncias Médicas da Satide, Cigncias Agririas ¢ Veterinarias, Ciencias Sociais e Humanidades; ') Institutos. Superiores Politécnicos, sempre que se dediquem a formagio graduada © a formagao pés-graduada, orientadas_profis- sionalmente, em duis ou mais éreas do saber, vocacionadas para a transmisséo do conhe- mento, a investigagio cientfica aplicada € 4 extensio universitaria, com incidéncia nas Engenharias e Teenologias, ©) Institutos Superiores Técnicos, sempre que se dediquem a formagao graduada e pos-ara- duada, orientadas profissionalmente, numa fea do saber, vocacionadas para a transmis- saodoconhecimento,a investigagao cientifica aplicada e a extensio universitéria, com inci- déncia nas Engenharias e Tecnologias. 3. As Escolas Superiores constituem-se em: @ Escolas Superiores Universitarias, sem- pre que se dediquem a formagao graduada, orientadas profissionalmente © vocaciona- das para a transmissa0 do conhecimento, & investigagao cientifica fundamental ¢ apli- cada e a extensio universitria, numa area do saber, com incidéncia nas Ciéncias Exactas € da Natureza, Ciéncias Médicas ¢ da Sande, Ciencias Agrérias e Veterinérias, Ciéncias Sociais e Humanidades; 5) Escolas Superiores Técnicas, sempre que se dediquem a formagao graduada numa area do saber, orientadas profissionalmente © vocacionadas para a transmissio do conhe- cimento, investigaeao cientifica aplicada © 4 extensio universitaria, com incidéncia nas Engenharias e Tecnologias. 4 A utilizagao da designagio dos tipos de institui- ‘96es de ensino previstas no presente artigo € reservada cexclusivamente as Institigdes de Ensino Superior. 5. As Instituiges de Ensino Superior organizam-se en diferentes unidades organicas, cuja denominacao depende da sua especificidade © complexidade, nos termos definidos em regulamento préprio, 6 As designages das unidades organicas mencio- nadas no niimero anterior nao se devem confundir com as designagées das Instituigdes de Ensino Superior, mencionadas nos n.* 1, 2€ 3. ARTIGO 73° (reas do Saber nas Institulges de Ensino Superior) 1, As reas do saber a considerar no Ensino Universitario ¢ no Ensino Superior Politécnico sa0 definidas em regulamento proprio. 2L-1 3.L-1 4. Cabe as Instituigoes de Ensino Superior propor as respectivas areas, tendo em conta as concep¢oes cientificas previstas no seu Plano Estratégico de Desenvolvimento, bem como as necessidades € as prioridades de desenvolvimento local ¢ nacional, nos termos do n° 1 do presente artigo, ARTIGO 74° (Comes asociados nos tps de Instituibes de Ensino Superior) 1, Na designagao de Instituigdes de Ensino Superior podem ser adoptados nomes com referéncias de heréis nacionais © personalidades que se destacaram, no desenvolvimento das ciéncias e da cultura, sempre com a denominagdo da localidade em que se insere a instituigao de ensino. 2. As Instituigdes de Ensino Superior adoptam nomes diferentes da respectiva Entidade Promotora das demais instituigbes da vida nacional, devendo enaltecer, a ciéncia, a cultura, o patriotismo e a moral ¢ distanciar-se da vulgaridade, da banalizagao € de coutras representagdes ofensivas aos valores nacionsi I SERIE -N° 123 DE 12 DE AGOSTO DE 2020 4429 3. A determinagao dos nomes astociados as Instituigdes de Ensino Superior ¢ efectrada em fu ‘¢80 do disposto na presente Lei e demais legislaao aplicivel anmigos* (Orgatagt de nctnaes Je lnvegngt leis) 1. As Instituigdes de Ensino Superior devem estru- turar-se € assegurar as condi¢Ses minimas necessérias a reaizagto de actividades de investigagto cientifica desenvolvimento experimental, transferéncia de tecnologia e inovagao, em conformidade com as res pectivaséreas do saber. 2A carga horéria dos docentes nivesitirios deve ser esruturada de forma a garantise a oxe- cujto de actividades de investizagio fundamental ot basica, aplicada e/ou desenvolvimento experimental, por serem inerentes a actividade docente no ensino superior. anrigo8 eamcagte Rape) A Educagio Especial € uma modalidade de ensino transversal a todos os Subsistemas de Ensino eé dst- nada is pessoas com deficiénciase aos educandos com alls habildades, sobredotados ¢ autistas, visando a sua integrago séci-educativa antigo st* (objectvsespeias da Modaldade de Educa Eye) 1. Os objectivos espeificos da Modalidade de Educagao Especial sao os seguintes: a5 wLL OLR @[; Pia DUI g) Criar condigdes para o desenvolvimento das habilidedes, capacidades e potencialidades dos alunos com altas habilidades, sobredota- dos, talentosos ¢ autistas, antigoss- (Orpantart da Modahade de Lacage Bela Lid ZL ald: bb ob] BE 4. As formas de orgmizagto do procesto de ensino € aprendizagem dos alunos com altas habilidades, sobredotados,talentosos ¢autstas sto reguladas em diploma proprio. ARTIGO 99° (Propinas,taxas ¢ emoluments) 4. 0 valor das propinas ¢ dos emolumentos prati- «ados nas Instituigdes Privadas ¢ Publico-Privadas de Ensino € determinado por crtérios de qualidade, recur- 50s educativos, tipo e regime dos agentes de educagdo € ensino, empresabilidade das formagses, excelén- cia dos trabahos de pesquisa publicagio de trabalhos cientificos em fungio da classificagao obtida no processo de avaliaglo, devendo as institugdes ser agrupadas por categorias, nos termos a regulamentar «m diploma proprio. ARTIGO 102" (Nives de administracao do Sistema de Eduearao ¢ Ensino) LLL 2Le1 3. A nivel da Administragio Central do Estado € criado um Conselho Nacional de Educagao e Ensino, como espago de concertagao alarzada sobre matérias inerentes ao desenvolvimento do Sistema de Educagao ¢ Ensino, sob dependéncia orginica do Titular do Poder Executivo, cujo regime € estabelecido em diploma proprio. 4. ARTIGO 105° (Curries) 1. Os eurriculos para a Educagao Pré-Escoar, 0 Ensino Primirio e 0 Ensino Secundario tém carécter nacional € sto de cumprimento obrigatério, devendo propiciar 0 dialogo efectivo entre os saberes locais € universais, nos termos a aprovar pelo Titular do Poder Executivo 2 Paraa execugio do que se estabelece no mimero anterior, 20% dos contetidos curriculares para a Esiucagaio Pré-Escolar, Ensino Primério e Ensino ‘Secundario so de responsabilidade local, nos termos a regulamentar em diploma préprio. 3. Os curriculos para o Ensino Superior [...} 4b 5. Os curriculos das escolas consulares ¢ interna- cionais sedeadas em Angola. ARTIGO 107 (Resim de equine transcto) 1, O acesso e frequéncia do Ensino Superior por qualquer candidstosupde compatibilidade entre a for- magio realizada no Ensino Secundario e a formagao. pretendida, sem prejuizo do dsposto no n° 3 do ati 13062° da presente Lei 2 bol BL ARTIGO 109° nur nos diferentes Nves de Ensino) 4430 DIARIO DA REPUBLICA otk Dl ‘g) (Revogada), WL dU Dlok BL ARTIGO 110° (Gaus trib nos diferentes Nive de Ensno) Ld alk DL ©) (Revogado), @[. ol Plo 2L4 ARTIGO 118° (vag do Sistema de Eda Ensno) 1. A avaliaga0 do Sistema de Educagao e Ensino consiste na aferi¢do da qualidade do desempenho € dos resultados alcangados pelas Instituigbes de Educagao € Ensino e demais estruturas do sistema nos domi nios da organizaco, administracao e gestao do ensino, formagto e investizagao com vista a assegurar a sua eficiéncia € eficacia. 2 A aferigao da qualidade do desempenho e dos resultados alcangados pelas Instituigbes de Educagao « Ensino deve ter como base um conjunto de normas, mecanismos € procedimentos coerentes € articula- dos que asseguram a eficacia € eficiéncia do Sistema ‘Nacional de Educagao e Ensino, expresso no Sistema ‘Nacional de Avaliacao e Garantia de Qualidade. 3. A avaliagao do Sistema de Educagéo e Ensino processa-se nas seauintes modalidades: 4) Avaliagto Interna; (b) Avaliagao Externa. 4. 0 Sistema Nacional de Avaliaga0 e Garantia de Qualidade aplicavel a cada Subsistema de Ensino é cstabelecido em diploma proprio. gTiGo 119° (Cctagt de natn de sin) L bol alk DLE OL Od 2 bol 3. O regime de criagao, organizaga0 e fincio- nhamento das Instituigdes de Ensino Militares © Para-Militares ¢estabelecido em diploma préprio, cujo teor deve, entre outros, prevera identificagao das éreas de conhecimento em que devem promover o ensino, a investigagio cientifica ea extenso universitaria.» aKrIGo2° atament) «ARTIGO 1242-8 (Transtoriedade do Ensin Secundri Pedagogio) (© Ensino Secundirio Pedageéaico da progressiva- mente lugar ao Ensino Superior Pedag6gico, de acordo com um plano e prazos articulados entre os sectores que tutelam a Educagao eo Ensino Superior, nos ter- mos do artigo 49. e seguintes da presente Lei. ARTIGO 1200-8 (Regne Tramsitre dos cursos de Bachar elato par cursos de Lcenlatura) 1. As Instituigoes de Ensino Superior que a data dda publicagto da presente Lei ministrem cursos de Bacharelato devem descontinuar 0 seu funcionamento, eixando de os ministrar logo que os mesmos sejam coneluidos 2. As Insttuigdes de Ensino Superior interessadas ‘mm manter os referidos cursos ao nivel da Licenciatura devem reformularo projecto pedag6aico erespectivos planos curiculares, de acordo com a legistagdo apli- cavel, de modo que a sua conclusio passe a ocorrer 20 nivel de Licenciatura 3. As propostas de reformulagio dos cursos de Bacharelato para cwsos de Licenciatura devem ser submetidas & aprovagio do Departamento Ministerial responsivel pela Gestio do Subsistema de Ensino Superior, nos termos da lei. 4, Para efeitos do disposto do nimero anterior, 0 Departamento Ministerial responsavel pela Gestio do Subsistema de Ensino Superior deve defini um prazo para a reformulagio dos cursos de Bacharelato para cursos de Licenciatura ARTIGO 124°-C (equa) As instituigdes de ensino em funcionamento que no estejam em conformidade com 0 disposto na pre- sente Lei devem conformar-se is referidas disposigbes no prazo de 24 meses, contados a partir da data de entrada em vigor da presente Lei, apresentando, para 0 feito, um Plano Expecifico de Adequagao a entidade competente pela supervisio ou licenciamento da sua actividade, ARTIGO 3° ‘eepubiieagao) E aprovada a republicagio da Lei n° 17/16, de 7 de ‘Outubro — Lei de Bases do Sistema de Educagao e Ensino, ‘anexa a presente Lei e que dela é parte intearante. ARTIGO4? (Divides e omissoes) As diividas e as omissdes resultantes da interpretagao € dda aplicagio da presente Lei sto resolvidas pela Assembleia Nacional I SERIE -N° 123 DE 12 DE AGOSTO DE 2020 4431 ARTIGO 5° (Entrada em vigor) A presente Lei entra em vigor data da sua publicagao, ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Landa, ‘0s 20 de Maio de 2020. © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedad Dias dos Santos. Promulgada aos [..] de [...] de 2020. Publique-se. Luanda, aos 23 de Julho de 2020, (© Presidente da Repiblica, Joxo Manuet. Goncatves Lounenco. Anexo a que se refere 0 artigo 3.° da Lei que Altera aLeins 17/16 REPUBLICACAO DA LEI DE BASES DO SISTEMA DE EDUCACAO E ENSINO — LEI N2 17/16, DE 7DE OUTUBRO CAPITULO I Disposicoes Gerais ARTIGO 1° (Object) A presente Lei estabelece os principios ¢ as bases gerais| do Sistema de Educagao e Ensino. ARTIGO 2° (Educagio Sistema de Educacto ¢ Ens) 1. A Edducagao € um processo planificado e sistemati- zado de ensino ¢ aprendizagem, que visa preparar de forma integral o individuo para as exigéncias da vida individual € colectiva e se desenvolve na convivéncia humana, a fim de ser capaz de enfientar os principais desafios da sociedade, especialmente na consolidago da paz ¢ da unidade nacional, € na promosao € proteccao dos direitos da pessoa humana € do ambiente, bem como no processo de desenvolvimento Cientifico, técnico, tecnolégico, econsmico, social e cultu- ral do Pais. 2. O Sistema de Educagao ¢ Ensino € o conjunto de estru- turas, modalidades ¢ instituigdes de ensino, por meio das quais se realiza 0 processo educativo, tendente a formaga0, harmoniosa e integral do individuo, com vista a construgao de uma sociedade livre, democritica, de direito, de paz € progresso social. __ARTIGO 3" (Ame de aplicagao da Let) Appresente Lei aplica-se ao conjunto de estruturas, moda- lidades e instituigées que constituem o Sistema de Educagao, € Ensino em todo 0 territério nacional ¢ tem por base a Constituigao da Repiblica de Angola, a Estratégia Nacional, de Desenvolvimento e as Politicas Nacionais de Educagio. ARTIGO4* (Pins do Sistema de Educapoe Enso) O Sistema de Educasdo e Ensino tem os seauintes fins «@) Desenvolver harmoniosamente as capacidades inte lectus, lborais, civicas, morais, cas, estéticas « fisicas © 0 sentimento patristico dos cidadios, ‘especialmente os jovens, de maneira continua ¢ sistematica eelevaro seu nivel cientifico,técnico « tecnoloaico, a fim de contribuir para © desen- volvimento socioeconémico do pais +) Assegurar a aquisi¢fo de conhecimentes e com peténcias necessérias a uma adequada ¢ eficaz participagio na vida individual ecolectiva, ©) Formar um individuo capaz. de compreender os problemas nacionais, regionais ¢ intemacionais de forma critica, consrutiva e inovadora para a sa partiipagdo activa na sociedade, a luz dos prineipios democrticos; a) Promover o desenvolvimento da consciéncia indi- vidual ecolectiva, em particular orespeito pelos valores ¢ simbolos nacionais, pela dianidade Jnumana, a toleréncia e cultura de paz, a unidade nacional, a preservagio do meio ambiente € a continua melhoria da qualidade de vida, ¢) Fomentar o respeito mituo e os superiores interes- ses da nagao angolana na promogio do direito Cerespeito a vida ea dignidade humana, a liber- dade e&intesridade pessoal e colectiva, J Desenvolver espitto de soldariedade entre os povos ‘em attude de respeito pela diferenga, permitindo uma saudavel integragio regional eintemacional; g) Garantir a exceléncia, © empreendedorismo, a cficincia e a eficdcia do processo de formagao integral do individu. CAPITULO I Principios Gerais do Sistema de Educagao e Ensino ARTIGO 5 (Principiosgeras) © Sistema de Educagio e Ensino rege-se pelos prin- cipios da legalidade, da integralidade, da laicidade, da tniversalidade, da democraticidade, da gratuitidade, da obrigatoriedade, da intervengio do Estado, da qualidade de servigos, da educagao e promogdo dos valores morais, civi- cos € patrioticos e da lingua de ensino. ‘ARTIGO 6° (Legaidade) ‘Todas as instituigdes de ensino e os diferentes actores « parceiros do Sistema de Educagio ¢ Ensino devem pau- tar a sua actuago em conformidade com a Constituigao da Republica de Angola e lei. ARTIGO 7 integral) © Sistema de Educagio e Ensino assegura a cor respondéncia entre os objectives da formagio © os de desenvolvimento do Pais, que se materializam através da midade dos objectivos e conteudos de formagao, garantindo 2 atticulagao horizontal ¢ vertical permanente dos subsiste- mas, niveis e modalidades de ensino. 4432 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 8° (Latcidade) © Estado assegura, independentemente da confissao religiosa, a primazia da prossecugao dos fins do Sistema de Educagao e Ensino e dos objectivos estabelecidos para cada Subsistema de Ensino, o acesso aos diferentes niveis de ensino desde que estejam preenchidos os requisitos estabe- lecidos ¢ a nao exaltagao dos ideais de qualquer religiao nas instituigdes de ensino, ARTIGO 9° Cniversaidade) (Sistema de Educago e Ensino tem caracter universal, pelo que, todos os individuos tém iguais direitos no acesso, na frequéncia € no sucesso escolar nos diversos niveis de ensino, desde que sejam observados 0s criterios de cada Subsistema de Fnsino, assegurando a inclusto social, a igualdade de oportunidades ¢ a equidade bem como a proi- bigdo de qualquer forma de diseriminagao. ARTIGO 10° (enmocratieidade) Sistema de Educagao ¢ Ensino tem caracter democr’- tico, pelo que, sem qualquer distingao, todos os individuos directamente envolvidos no processo de ensino e aprendi- zagem, na qualidade de agente da educagao ou de parceiro, tém direito de participar na organizagao e gestao das estru- turas, modalidades ¢ instituiges afectas Educagao, nos termos a regulamentar para cada Subsistema de Ensino. ARTIGO 11° (eratitidade) 1. A gratuitidade no Sistema de Educagio € Ensino tra- duz-se na isengto de qualquer pagamento pela inscrigto, assisténcia as aulas, material escolar e apoio social, para todos o$ alunos que frequentam o Ensino Primario nas insti- tuigdes piblicas de ensino! 2. Sem prejuizo do disposto no niimero anterior, o Estado deve criar condigdes para que os alunos que frequentam 0 Ensino Primério nas instituigoes piblico-privadas e priva- das tenham 0 acesso a0 material escolar, designadamente os, ‘manuais escolares em regime de gratuitidade” 3. © Estado deve garantir € promover as condigoes necessirias para tomar gratuita a frequéncia da Classe de Iniciag4o € © I Ciclo do Ensino Secundario, bem como 0 transporte escolar, a satide escolar e a merenda escolar nas instituigdes piblicas de ensino, 4.0 pagamento da inscrigfo, da assisténcia ds aulas, do ‘material escolar e de outros encargos, no Ensino Secundario € Ensino Superior, constituem responsabilidade dos Pais, Encarregados de Educago ou dos préprios alunos, em caso de maioridade. "rao pelo aan 1 da Lei n®32— Lei que Aba 8 Let a” 1716 de 7 de ‘Otro La de Bes do Sits de iris Enno, bla pele Dro ‘Repub 133, de 12 de Ago, Se Aneta pelo atigo 1 da Lei? 32 — Lei que Ab a Le n° 1716, de 7 de (CutbroLa denws do Stet de gas ino,pblcade plo Dro ‘Republican 125, de 2 de Asoo, Sie 5. Para efeitos do disposto no n° 3 do presente artigo, 0 Estado regula as condigdes © 0s requisitos de apoio social, nos dominios dos transportes escolar, satide escolar ‘e merenda escolar, sendo prioritirios os alunos cujas fami- lias se encontrem em situagao de maior vulnerabilidade, podendo os alunos que retinam os requisitos candidatasse, nos termos da le 6. O disposto nos nimeros anteriores nto prejudica 0 recurso a bolsas de estudo cujo regime é estabelecido em diploma prépro. ARTIGO 12. (Obrigateriedadey 1. A obrigatoriedade da Educagao traduz-seno dever do Estado, da sociedade, das familias ¢ das empresas de asse- gurar e promover 0 acesso e a frequéncia ao Sistema de Educagdo ¢ Ensino a todos os individuos em idade escolar. 2. A obrigatoriedade da Educagio abrange a Classe dda Iniciaga0, 0 Ensino Primério € 0 I Ciclo do Ensino Secundirio, ARTIGO 13° atervencao do Estado) 1. Ao Estado através do Titular do Poder Executive incumbe as atribuigdes de desenvolvimento, regulagao, coordenagao, supervisio, fiscalizagao, controlo e avaliaga0 do Sistema de Educagio e Ensino. 2.A iniciativa de desenvolvimento da educaglo é uma responsabilidade do Estado, complementada pela iniciativa ‘empreendedora de entidades privadas ou piblico-privadas, ‘nos termos a regulamentar em diploma préprio, 3. No exercicio do poder regulamentar, 0 Titular do Poder Executivo aprova ¢ implementa politicas ¢ normas sobre a organizagio, fincionamento e desenvolvimento do Sistema de Educagio e Ensino, nos seus diferentes sub- sistemas € niveis, independentemente da natureza publica, privada e pibblico-privada que as instituigSes de ensino pos- ‘sam revestir, 4. 0 Estado pode apoiar iniciativas para 0 desenvol- vimento de Instituigdes Privadas © Publico-Privadas de Ensino no desempenho efectivo de uma fingao de interesse ppablico, desde que integradas no Plano de Desenvolvimento dda Educagio, ARTIGO 14: (Qualidade de servicos) No exercicio da actividade educativa, as instituigdes de ‘ensino devem observar elevados padres de desempenho ¢ alcangar os melhores resultados no dominio cientifico, téenico, tecnolégico e cultural € na promogao do sucesso ‘escolar, da qualidade, da exceléncia, do meérito ¢ dainovagao. ARTIGO 15° (CEeducagao ¢ promosae dos valores moras, civicos« patréticos) Sistema de Educagao ¢ Ensino promove o respeito pelos simbolos nacionais € a valorizagao da histéria, da cultura nacional, da identidade nacional, da unidade e inte- Alun plo atin Lda Us n* 32 — Lal que Ara a Lei n® 176, de 7 de Ciro Lede Hae o Sitana de Eaucaqsoe Boao pblicts ple Eo dt eptcan” 13, de 12d Aso See I SERIE -N° 123 DE 12 DE AGOSTO DE 2020 4433, sgridade territorial, da preservagao da soberania, da paz € do Estado democritico de direito, bem como dos valores ‘meorais, dos bons costumes e da cidadania’ ARTIGO 16° (Lingua de ensino) 1. O ensino deve ser ministrado em portugues, 2.0 Estado promove e assegura as condigdes humanas, cientifico-téenicas, materiais ¢ financeiras para a expan- sio € generalizagao da utilizagao no ensino, das linguas de Angola, bem como da lingua gestual para os individuos com deficiéncia auditiva 3. Sem prejuizo do previsto non. 1 do presente artigo, podem ser utilizadas as demais linguas de Angola, nos dife- rentes Subsistemas de Ensino, nos termos a regulamentar em diploma proprio’. 4. 0 Estado promove politcas piblicas para a inserg0 € a massificago do ensino das principais linguas de comu- nicagao intemacional, em todos os Suisistemas de Ensino, com prioridade para o ensino do inglés e do francés" 5. As escolas consulares, como instituigdes de ensino pettencentes a Estados estrangeiros ministram aulas na lin- ‘au oficial dos seus respectivos Paises, sem prejuizo do Ensino da Lingua Portuguesa, Literatura Angolana, Historia de Angola ¢ Geosrafia de Angola, contribuindo para a inte- ‘zragiio sociocultural dos seus alunos, cujos programas curriculares, sto aprovados pelo Ministério da Educagao” CAPITULO II Organizagao do Sistema de Educagao ¢ Ensino SECCAOT strutura do Sistema de Bducagao ¢ Ensino ARTIGO 17° (Estruturay 1. 0 Sistema de Educagio € Ensino € unificado ¢ esta constituido por seis Subsistemas de Ensino e quatro Niveis, de Ensino, 2. Os Subsistemas de Ensino s80 os seguintes: 4) Subsistema de Educagao Pré-Escolar; +) Subsistema de Ensino Geral, ) Subsistema de Ensino Secundério Técnico-Profis- sionals, ) Subsistema de Formagao de Professores, 4 Auer plo artigo 1° da Lain 32 — Lei qe Abra aL n° 176, de 7 de ‘miro dented Stet de Ea ein, blade pele Dro ‘Republican 125, de 2 de Agosto, Sie ‘Oumbro — Le de Bases Sistema de Eucagtoe Enso, pb ica pelo Diario ‘Replica 133 de de Ago, 86 6 wad plo ago 1° Len" 32 — Lal que Alea Lei n° 1716 de 7 e ‘rmbro— Le de Bes Sister de Bincoaoe Ein pblcaa pelo Dio Republi” 123, de Ide Agosto, See 7 Ando plo atign 1° a Lein* 32 — Lei que Aer a Lein® 1716. de 7 de ‘miro de Bases Sits de cao «Enno, pblcaapele Duro ‘Repub 133, de 1 de Ago, Se ® nardo peo ogo 1° do Lei n® 32 — Le que Abe a Le n? 1716, de 7 de ‘mba Le dents d Site de Eaton, blade pele Dro ‘Republican 123, de de Asoo, Sie ¢) Subsistema de Educagao de Adultos; J Suisistema de Ensino Superior: 3. Os Niveis de Ensino so os sezuintes

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