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Fisiologia da Visão

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INTRODUÇÃO

• Espectro de visão humana: 400 – 750 nm;


• Fotorreceptores: cones e bastonetes;
• Bastonetes: responsáveis pela visão, preto, branco, cinza; são mais numerosos que os cones
na proporção de 20:1.
• Cones: responsáveis pelas demais cores, pois tem pigmentos – FOTOPSINAS – azul,
vermelho e verde. Obs.: ausência de pigmento nos cones causa Daltonismo.

TRANSDUÇÃO DO SINAL

Quando a luz incide no olho, passa através da córnea, pupila e cristalino até chegar à retina
onde a cena visual é focada formando uma imagem invertida. A retina é uma camada de tecido
neuronal especializado, contendo diversas células como mostra a figura abaixo, inclusive os
fotorreceptores bastonetes e cones. Na sua região central (fóvea), só existem cones que necessitam
de maior quantidade de luz para gerar sinal, logo, funcionam melhor de dia e são responsáveis pela
acuidade visual, além da relação com as cores. Nas zonas periféricas da retina existe uma maior
densidade de bastonetes, maior sensibilidade ao contraste, respondem a baixos níveis de luz, e tem
papel preponderante na visão periférica. NÃO FUNCIONAM sob luz intensa.

FONTE:
http://www.iog.net.br/site/saude-
oftalmica.php?sc=16&id=126&pg=0
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Vamos pegar os bastonetes para explicar, incialmente, como ocorre essa conversão do
estímulo luminosa em sinal neural. Quando há estimulação luminosa de um bastonete
(fotorreceptor), o fotopigmento (imagine como se esse fotopigmento fosse um receptor na
membrana plasmática) ativa proteínas G e essas ativam enzimas que irão alterar a concentração de
segundo mensageiros no meio intracelular. Esse fenômeno culmina no fechamento de canais
iônicos na membrana e o potencial de ação é modificado.

Como sabemos, o potencial de repouso de um neurônio típico é de, aproximadamente, -


65mV a – 70mV (isso é próximo ao potencial de equilíbrio do K+). Em ambientes escuros o potencial
de membrana do segmento externo dos bastonetes é cerca de -30mV a -40mV, isto é, os
fotorreceptores (aqui, os bastonetes) estão despolarizados, uma vez que seu potencial de ação
normal é de -65mV a -70mV. Esse fato ocorre pela corrente de sódio constante que entra na célula,
através de canais de Na+/Ca2+, corrente essa que é chamada de corrente de escuro. Esses canais
de sódio tem sua abertura mantida pelo segundo mensageiro GMPc (guanosina monofosfato
cíclico). Logo, é isso que explica o porquê de os bastonetes serem os fotorreceptores que
contribuem para a visão em ambientes escuros, pois, além de possuírem maior número de discos
em sua estrutura e maior número de fotopigmentos, eles se despolarizam em ambientes com
iluminação noturna, sendo, portanto, mais sensíveis à luz e permitindo uma maior aporte de energia
luminosa em locais poucos iluminados.

Quando estamos em locais com iluminação diurna (sol, por exemplo), essa radiação
eletromagnética é absorvida pela proteína rodopsina, que é uma proteína que pode ser entendida
como tendo um receptor que possui um agonista ligado. O “receptor” é chamada de opsina e o
agonista ligado é denominado de retinal (deriva-se da vitamina A). Essa absorção da luz leva a
desagregação da rodopsina o que resulta em redução do GMPc, fechamento dos canais de Na+ e
hiperpolarização da membrana. Dessa forma os fotorreceptores são hiperpolarizados em resposta
a luz. A implicação prática disso é que, em ambientes
com iluminação diurna, os cones é que contribuem de
forma mais relevante para a transdução do sinal visual.
O processo de fototransdução nos cones é
praticamente o mesmo, o que muda são as opsinas que
fazem parte do processo.

Fonte: https://pt.khanacademy.org/
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FONTE: http://arquivobioqui.blogspot.com/2015/11/as-fototransducao-nos-bastonetes-usa-
o.html

Uma vez que os fotorreceptores foram despolarizados, eles liberam um neurotransmissor,


que é o glutamato. Os fotorreceptores liberam menos neurotransmissores na presença de luz do
que no escuro, isso porque, são os ambientes escuros, e não os claros, o estímulo preferido pelo
fotorreceptor. Existem dois tipos de células bipolares: as tipo ON e tipo OFF. Observe que esses
nomes “ON” e “OFF” se referem ao fato das células bipolares se despolarizarem em resposta a luz
sendo desligada “OFF” (off, quando há mais glutamato) ou ligada (on, quando há menos
glutamato). Essas células enviam eferências para células ganglionares com respectivos nomes, isto
é, células ganglionares “ON” e “OFF”, que geram diversos potenciais de ação e propagam o impulso
para o nervo óptico, levando sinal para o encéfalo, onde será traduzido e percebido por nós.
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Os receptores de glutamato na célula bipolar são do tipo metabotrópicos e inibitórios. Dessa


forma, com a hiperpolarização do fotorreceptor pelo estímulo fótico, o conteúdo de glutamato
diminui na fenda sináptica e a célula bipolar deixa de ser inibida pelo glutamato e despolariza.
Neste caso, a célula bipolar, por estar sendo despolarizada na presença do estímulo fótico,
devido a presença de receptores glutamatérgicos inibitórios, compõem o circuito centro-ON.

A retina possui células ganglionares do tipo: P: pequeno parvi celular --> responsável por
fornecer detalhes finos, cujo campo receptivo é pequeno. Células tipo M: grande magno celular
--> detectam movimento, profundidade, aspectos mais grosseiros da visão- campo receptivo
grande.

As células da retina estão organizadas em dois circuitos: Vertical (fotorreceptores, células


bipolares e ganglionares). Horizontal - modulador (células horizontais e amácrinas).

Fonte: http://www.eyedesignbook.com/ch3/fig3-56aBGre.gif.
Observe a organização em circuitos verticais e horizontal
que foi citado acima!
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OBS: Quando a luz chega na retina, ela atravessa todas as camadas até alcançar os fotorreceptores
sem, no entanto, sofrer desvios significativos, uma vez que as células ganglionares e bipolares são
bastantes transparentes e não causam desvios na luz. Lembre-se que somente os fotorreceptores
são capazes de responder a estímulos luminosos!

NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Os neurônios ganglionares fazem sinapse com os neurônios córtico-talâmicos no núcleo


geniculado lateral do tálamo. E destes neurônios, parte o impulso para o córtex visual primário,
localizado no lobo occipital. – V1. Em V1, a estimulação dos neurônios uniloculares (imagem de 1
dos olhos) estimula e converge para os neurônios binoculares que iniciam o processo de fusão das
imagens. Ou seja, há a visão de um objeto pelos 2 olhos, superpõe-se e aumenta a noção de
profundidade.

FONTE: Sistema sensorial típico: o


sistema visual, ilustrado pela figura
clássica de Gray 722
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Parte das informações também vai para o colículo superior – responsável pelo reflexo vestíbulo –
ocular e para o trato retino-hipotalâmico que vai para os núcleos supraquiasmátcos levando a
informação se está claro ou escuro para o nosso relógio biológico – ciclo circadiano.

REFERÊNCIAS

1. Angelo machado. Neuroanatomia funcional. 3ªedição. Atheneu.


2. Lent,Roberto, Cem Bilhões de Neurônios – Fundamentos da neurociência. 2ª Ed, ATHENEU.
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