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Decreto 1.262-2017
Decreto 1.262-2017
ICMS
Ato: Decreto
Número/Complemento Assinatura Publicação Pág. D.O. Início da Vigência Início dos Efeitos
1262/2017 17-11-2017 17-11-2017 1 17/11/2017 17/11/2017
Nota Explicativa:
Nota: " Os documentos contidos nesta base de dados têm caráter meramente informativo. Somente os
textos publicados no Diário Oficial estão aptos à produção de efeitos legais."
Texto:
DECRETO N° 1.262, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2017.
. Consolidado até o Decreto 720/2020.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 66, inciso III, da Constituição Estadual, e
D E C R E T A:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este decreto dispõe sobre obrigações a serem cumpridas por estabelecimentos
localizados no território mato-grossense que realizarem as seguintes operações:
I - saídas com o fim específico de exportação para o exterior do País, amparadas pela
não incidência, destinadas a:
a) empresa comercial exportadora, inclusive trading;
b) outro estabelecimento do próprio contribuinte remetente, pelo qual a exportação deverá
ser efetuada;
c) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro;
II - remessas destinadas à formação de lote em porto de embarque localizado neste ou
em outro Estado, com suspensão da cobrança do imposto, para o fim específico de
exportação para o exterior do País;
III - saídas decorrentes de exportação realizada diretamente pelo remetente, incluídas as
que ocorrerem por divisas internacionais de outras unidades da Federação.
IV - feijão;
V - madeira em tora e madeira serrada; (Nova redação dada pelo Dec. 54/19)
Redação original.
V - madeira em bruto ou simplesmente serrada;
VI - ouro, em qualquer forma de apresentação, exceto quando definido em lei como ativo
financeiro ou instrumento cambial.
VII - gado em pé; (Acrescentado pelo Dec. 54/19)
VIII - carnes e miudezas comestíveis das espécies bovina e bufalina. (Acrescentado pelo Dec.
54/19)
CAPÍTULO II
REGIME ESPECIAL DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
Seção I
Instituição e Objetivo do Regime Especial
Art. 2º Fica instituído o Regime Especial de Controle e Fiscalização das Operações com
Fins de Exportação, consistente na permissão para a realização, bem como no controle
fiscal e específico, das operações a que se refere o art. 1°, com o objetivo de acompanhar
a movimentação das respectivas mercadorias até a sua efetiva exportação e de verificar o
cumprimento das correspondentes obrigações tributárias.
Redação original.
§ 3° O termo de início da vigência do credenciamento será a data da inserção da informação de
"Contribuinte credenciado para realização de operações com fins de exportação" no Sistema de
Credenciamento Especial - CREDESP, efetuada pela Gerência de Apoio à Fiscalização sobre
Comércio Exterior da Superintendência de Fiscalização - GFEX/SUFIS.
Seção II
Requisitos para Obtenção do Regime Especial
Redação original.
III - Certidão Negativa da Dívida Ativa, expedida pela Procuradoria Geral do Estado de Mato
Grosso, relativa a cada estabelecimento;
§ 5° Não se exigirá o credenciamento de que trata este artigo para operação com fins de
exportação de mercadorias quando o respectivo desembaraço aduaneiro for processado
em recinto de Estação Aduaneira Interior - EADI, localizada no território mato-grossense,
instalada nos termos da legislação federal que rege a matéria.
§ 5°-A Em relação às hipóteses arroladas nos incisos I, II, III, V, VII e VIII do § 3° do artigo
1°, a concessão do credenciamento de que trata este artigo fica, ainda, condicionada à
formalização da opção pelo recolhimento da contribuição ao Fundo de Transporte e
Habitação - FETHAB, nas hipóteses previstas na Lei n° 7.263, de 27 de março de 2000,
bem como, conforme for o caso, ao Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte - FABOV ou
à entidade pertinente indicada nocaput do artigo 7° da referida Lei. (Acrescentado pelo Dec.
54/19)
§ 5°-B Nas hipóteses arroladas no § 5°-A deste artigo, não se aplica a dispensa prevista
no § 5°, também deste preceito. (Acrescentado pelo Dec. 54/19)
§ 5°-C Para fins do disposto no § 5°-A deste artigo, incumbe ao contribuinte interessado
na obtenção do credenciamento previsto neste artigo juntar ao respectivo pedido o termo
de opção pela efetivação das contribuições exigidas. (Acrescentado pelo Dec. 54/19)
§ 8° Substitui a CND referida neste decreto a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa
de Débitos relativos a Créditos Tributários e Não Tributários Geridos pela Procuradoria-
Geral do Estado e pela Secretaria de Estado de Fazenda - CPEND, também obtida
eletronicamente no mesmo sítio da Secretaria de Estado de Fazenda ou da Procuradoria-
Geral do Estado de Mato Grosso. (Acrescentado pelo Dec. 720/2020)
Seção III
Processamento do Pedido de Credenciamento no Regime Especial
Redação original.
Art. 4° O requerimento de credenciamento no regime especial, protocolado na forma do art. 3°,
será analisado no âmbito da GFEX/SUFIS.
Redação original.
§ 1° Para fins de análise do pedido, a GFEX/SUFIS deverá examinar:
Redação original.
Art. 5° Efetuada a análise do requerimento, a GFEX/SUFIS deverá, conforme o caso:
I - na hipótese de deferimento:
a) (revogada) (Revogada pelo Dec. 211/19)
Redação original.
a) publicar no Diário Oficial do Estado o Comunicado de concessão do credenciamento;
Redação original.
§ 1° No caso do inciso II do caput deste artigo, o requerente poderá, dentro do prazo de 30
(trinta) dias, contados da data da comunicação do indeferimento, apresentar pedido
fundamentado de reconsideração, o qual será analisado pela GFEX/SUFIS, no prazo de 30
(trinta) dias.
Seção IV
Hipóteses de Suspensão e/ou Cancelamento do Credenciamento no Regime
Especial
Art. 7° O credenciamento no regime especial de que trata este decreto será suspenso, de
ofício, na verificação de qualquer das seguintes ocorrências:
I - falta de comprovação da efetiva exportação, em conformidade com as disposições
deste decreto e demais normas complementares aplicáveis à espécie;
II - falta de recolhimento do imposto pertinente à exportação não efetivada;
III - quando o estabelecimento credenciado não estiver apto a obter Certidão Negativa de
Débitos relativos a Créditos Tributários e Não Tributários Estaduais Geridos pela
Procuradoria-Geral do Estado e pela Secretaria de Estado de Fazenda - CND, expedida
pela Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso; (Nova redação dada pelo Dec. 211/19)
Redação original.
III - quando o estabelecimento credenciado não estiver apto a obter Certidão Negativa de
Débitos e Outras Irregularidades Fiscais - CNDI, expedida pela Secretaria de Estado de Fazenda
de Mato Grosso;
Seção V
Sujeição ao Recolhimento do Imposto
Art. 10 A falta de credenciamento do remetente para o regime especial de que trata este
decreto sujeita o estabelecimento que realizar operação descrita no art. 1° ao
recolhimento do ICMS no momento da saída das mercadorias.
CAPÍTULO III
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS DESTINADAS AO CONTROLE E À FISCALIZAÇÃO
DAS OPERAÇÕES
Seção I
Disposições Gerais
Art. 11 As operações de que trata o art. 1° deverão ser acobertadas por Nota Fiscal,
observado o modelo adequado à operação realizada, nos termos da legislação vigente.
§ 1° Nas Notas Fiscais que emitir para acobertar operações previstas no art. 1°, o
estabelecimento credenciado no regime especial de que trata este decreto deverá indicar
o número do processo pelo qual foi deferido o respectivo credenciamento.
Art. 12 Os estabelecimentos que realizarem operações previstas no art. 1°, sempre que
solicitado pelo fisco, deverão apresentar, conforme o caso:
I - cópia do contrato de compra e venda, celebrado com o exportador, relativamente às
mercadorias objeto das referidas operações, constando como seu destino o respectivo
porto de embarque;
II - certificado expedido pela Receita Federal do Brasil, comprovando a condição de
armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro do destinatário;
III - comprovação de recebimento dos recursos ou dos respectivos títulos de crédito,
relativos à venda das mercadorias objeto das operações, inclusive quando efetuada por
outro estabelecimento do contribuinte remetente;
IV - comprovação da exportação, por meio de apresentação dos documentos hábeis.
Art. 13 Sem prejuízo do disposto neste decreto, o remetente deverá ainda submeter as
mercadorias a serem exportadas à vistoria fiscal, a critério da Secretaria de Estado de
Fazenda, conforme dispuser legislação complementar.
Seção II
Operações de Saída com o Fim Específico de Exportação para o Exterior
Subseção I
Estabelecimento Remetente
Art. 14 Sem prejuízo dos demais requisitos exigidos na legislação, nas Notas Fiscais
emitidas para acobertar saídas com o fim específico de exportação, o remetente deverá
indicar o Código Fiscal de Operação e Prestação (CFOP) específico para a
correspondente natureza da operação.
Subseção II
Estabelecimento Destinatário
Art. 18-A Nas exportações arroladas no inciso I do artigo 1° deste decreto, quando o
despacho aduaneiro de exportação for processado por meio de Declaração Única de
Exportação (DU-E), nos termos da legislação federal, o exportador deve informar na DU-
E nos campos específicos: (Acrescentado pelo Dec. 1.564/18, efeitos a partir de 1°.07.18)
I - a chave de acesso da(s) Nota(s) Fiscal(is) Eletrônica(s) ou os dados relativos à Nota
Fiscal Formulário correspondentes à remessa com fim específico de exportação;
II - a quantidade na unidade de medida tributável do item efetivamente exportado.
Art. 18-B Na hipótese de que trata o artigo 18-A, e desde que a operação de exportação
e a remessa com fim específico de exportação estejam amparadas por Nota Fiscal
Eletrônica, não se aplicam os seguintes dispositivos: (Acrescentado pelo Dec. 1.564/18, efeitos a
partir de 1°.07.18)
I - alínea a do inciso II do caput do artigo 15;
II - o artigo 16;
III - o artigo 17;
IV - o artigo 18;
V - o § 7° do artigo 20.
Parágrafo único Para fins fiscais, nas operações de que trata o caput deste artigo,
considera-se como não efetivada a exportação pela falta de registro do evento de
averbação na Nota Fiscal Eletrônica de remessa com fim específico, após o prazo de 180
(cento e oitenta) dias contados da data da saída, observando-se no que couber o
disposto no artigo 20.
Art. 18-D Incumbe ao destinatário das operações com fim específico de exportação,
desta e de outras unidades federadas, a adoção de medidas de conformidade que
contribuam para a mitigação de condutas lesivas ao Erário, decorrentes da violação de
normas que disciplinam a habilitação para operar no mercado exterior, tais como:
(Acrescentado pelo Dec. 1.600/18)
I - a observação de práticas sonegatórias que levam ao desequilíbrio concorrencial;
II - a constatação de divergências de informações relativas ao fornecedor, incluídas em
documentos fiscais, que possam gerar incerteza quanto à existência de fato do operador
de exportação;
III - qualquer suspeição quanto à licitude e/ou legalidade dos produtos e/ou mercadorias
adquiridos.
Subseção III
Sujeição ao Recolhimento do Imposto
Art. 19 O descumprimento das exigências previstas no art. 12, incisos I e II, sujeita o
remetente ao pagamento do imposto, que será devido desde o momento da saída das
mercadorias do seu estabelecimento neste Estado.
§ 2° Ficam prorrogados, uma única vez, por igual período, os prazos estabelecidos no
inciso I do caput e no § 1° deste artigo, independentemente de requerimento do
contribuinte.
§ 4° A devolução de que trata o § 3° deste artigo deverá ser comprovada pelo efetivo
ingresso da mercadoria no território mato-grossense, por meio dos registros pertinentes
aos respectivos controles fiscais de trânsito, exceto se a devolução for de forma
simbólica, hipótese em que deverá ser observado o disposto no § 5° deste artigo. (Nova
redação dada pelo Dec. 1.600/18)
Redação original.
§ 4º A devolução da mercadoria de que trata o § 3º deste artigo deverá ser comprovada pelo
extrato do contrato de câmbio cancelado, pela fatura comercial cancelada e pela comprovação
do efetivo ingresso da mercadoria no território mato-grossense por meio dos registros
pertinentes aos respectivos controles fiscais de trânsito.
§ 5° A devolução nos prazos fixados neste artigo somente será admitida de forma
simbólica nos casos em que ocorrerem, simultaneamente, com a mesma mercadoria:
I - a operação de devolução simbólica, do estabelecimento destinatário para o
estabelecimento remetente, acobertada por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, que conterá,
nos campos próprios, o referenciamento da Nota Fiscal pela qual ocorreu a operação de
remessa com o fim específico de exportação, mediante o registro da respectiva chave de
acesso;
II - nova operação de saída do estabelecimento remetente localizado neste Estado, desde
que não seja com o fim de exportação para o mesmo estabelecimento destinatário da
remessa anterior, hipótese em que deverá, ainda, ser observado o que segue:
a) quando acobertada por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e: deverá ser efetuado, nos campos
próprios, o referenciamento da NF-e pela qual ocorreu a devolução simbólica, mediante o
registro da respectiva chave de acesso;
b) quando acobertada por Nota Fiscal, Modelo 1 ou 1-A, deverá ser informado, no campo
"Informações Complementares", a chave de acesso da NF-e pela qual ocorreu a
devolução simbólica.
§ 10 O disposto nos incisos II e III do caput deste artigo aplica-se também em relação às
operações a que se refere o inciso III do caput do art. 1º, nos casos em que não se
efetivar a exportação das mercadorias.
Art. 21 Nos casos previstos no art. 20, o depositário da mercadoria recebida com o fim
específico de exportação deverá exigir a apresentação do comprovante do recolhimento
do imposto efetuado para a liberação da mercadoria.
Art. 23 O estabelecimento remetente, observado o disposto no art. 20, fica sujeito ainda
ao pagamento do imposto devido, monetariamente corrigido, e dos acréscimos legais,
inclusive multa de mora ou de ofício, conforme o caso, quando a exportação dos produtos
remetidos sem a incidência do imposto não for comprovada.
Seção III
Operações de Remessa Destinadas à Formação de Lote
Subseção I
Formação de Lotes em Recintos Alfandegados
Art. 27 Por ocasião da remessa para formação de lotes em recintos alfandegados para
posterior exportação, o estabelecimento remetente deve emitir Nota Fiscal em seu próprio
nome, sem destaque do valor do imposto, indicando como natureza da operação remessa
para formação de lote para posterior exportação, conforme definido na legislação.
Parágrafo único Além dos demais requisitos exigidos, inclusive a indicação prevista no §
1° do art. 11, na Nota Fiscal de que trata o caput deste artigo deverão ser consignadas:
I - a indicação de não incidência do imposto, por se tratar de saída de mercadoria com
destino ao exterior, sem prejuízo da aplicação, se for o caso, do disposto no art. 10;
II - a identificação e o endereço do recinto alfandegado onde serão formados os lotes
para posterior exportação.
Subseção II
Operações de Remessa Destinadas à Formação de Lote em Porto de Embarque
Redação original.
Art. 30 A suspensão da cobrança do imposto na remessa para formação de lote em porto de
embarque localizado em outro Estado, quando o objetivo for a exportação, observadas as regras
de controle das saídas e da efetiva exportação das respectivas mercadorias, fica condicionada a
que os estabelecimentos remetente e destinatário sejam detentores do regime especial previsto
no art. 2°.
Seção IV
Fiscalização
§ 1º Para efeito deste artigo, o Registro de Exportação (RE) a ser apresentado deverá ser
preparado com a observância do que segue:
I - deverão ser preenchidos todos os seus campos;
II - deverá ser averbado nos termos da legislação federal pertinente;
III - deverão nele ser consignadas todas as informações exigidas no art. 18, sem prejuízo
da aplicação do disposto no art. 24, no caso de retificação após a data da averbação.
Art. 37 Este decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.