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Legislação Tributária

ICMS

Ato: Decreto

Número/Complemento Assinatura Publicação Pág. D.O. Início da Vigência Início dos Efeitos
1262/2017 17-11-2017 17-11-2017 1 17/11/2017 17/11/2017

Ementa: Dispõe sobre o Regime Especial de Controle e Fiscalização, relativo às


operações de exportação e de saídas com o fim específico de
exportação, incluídas as remessas destinadas à formação de lote, e dá
outras providências.
Assunto: Exportação-MT
Regime Especial de Fiscalização
Fiscalização
Alterou/Revogou:
Alterado por/Revogado por: - Alterado pelo Decreto 1.325/2017
- Alterado pelo Decreto 1.421/2018
- Alterado pelo Decreto 1.520/2018
- Alterado pelo Decreto 1.564/2018
- Alterado pelo Decreto 1.600/2018
- Alterado pelo Decreto 1.638/2018 (revogado, mesmo teor do Dec.
1.600/2018)
- Alterado pelo Decreto 1.660/2018
- Alterado pelo Decreto 12/2019
- Alterado pelo Decreto 54/2019
- Alterado pelo Decreto 168/2019
- Alterado pelo Decreto 211/2019
- Alterado pelo Decreto 720/2020
Observações:

Nota Explicativa:
Nota: " Os documentos contidos nesta base de dados têm caráter meramente informativo. Somente os
textos publicados no Diário Oficial estão aptos à produção de efeitos legais."

Texto:
DECRETO N° 1.262, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2017.
. Consolidado até o Decreto 720/2020.

Dispõe sobre o Regime Especial de Controle e Fiscalização,


relativo às operações de exportação e de saídas com o fim
específico de exportação, incluídas as remessas destinadas à
formação de lote, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 66, inciso III, da Constituição Estadual, e

CONSIDERANDO o disposto no Convênio ICMS 83, de 6 de outubro de 2006, e no


Convênio ICMS 84, de 25 de setembro de 2009;

CONSIDERANDO a necessidade de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle nas


remessas de mercadorias destinadas à exportação, a fim de coibir a evasão do ICMS;

D E C R E T A:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este decreto dispõe sobre obrigações a serem cumpridas por estabelecimentos
localizados no território mato-grossense que realizarem as seguintes operações:
I - saídas com o fim específico de exportação para o exterior do País, amparadas pela
não incidência, destinadas a:
a) empresa comercial exportadora, inclusive trading;
b) outro estabelecimento do próprio contribuinte remetente, pelo qual a exportação deverá
ser efetuada;
c) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro;
II - remessas destinadas à formação de lote em porto de embarque localizado neste ou
em outro Estado, com suspensão da cobrança do imposto, para o fim específico de
exportação para o exterior do País;
III - saídas decorrentes de exportação realizada diretamente pelo remetente, incluídas as
que ocorrerem por divisas internacionais de outras unidades da Federação.

§ 1° Para os efeitos deste decreto, entende-se como empresa comercial exportadora a


empresa comercial que realizar operações mercantis de exportação, inscrita no Cadastro
de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

§ 2° Ficam também sujeitos às disposições deste decreto os destinatários das operações,


com fins de exportação, arroladas na alínea a do inciso I do caput deste artigo, inclusive
quando localizados fora do território mato-grossense. (Nova redação dada pelo Dec. 1.600/18)
Redação original.
§ 2° Ficam também sujeitos às disposições deste decreto os destinatários das operações, com
fins de exportação, arroladas nos incisos do caput deste artigo, inclusive quando localizados fora
do território mato-grossense.

§ 3° As obrigações dispostas neste decreto serão exigidas, exclusivamente, quando o


objeto das operações previstas nos incisos I a III do caput deste artigo for: (Acrescentado pelo
Dec. 1.600/18)
I - soja em grão;
II - milho em grão;
III - algodão em pluma e algodão em caroço; (Nova redação dada pelo Dec. 54/19)
Redação original.
III - algodão em pluma;

IV - feijão;
V - madeira em tora e madeira serrada; (Nova redação dada pelo Dec. 54/19)
Redação original.
V - madeira em bruto ou simplesmente serrada;

VI - ouro, em qualquer forma de apresentação, exceto quando definido em lei como ativo
financeiro ou instrumento cambial.
VII - gado em pé; (Acrescentado pelo Dec. 54/19)
VIII - carnes e miudezas comestíveis das espécies bovina e bufalina. (Acrescentado pelo Dec.
54/19)

CAPÍTULO II
REGIME ESPECIAL DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

Seção I
Instituição e Objetivo do Regime Especial

Art. 2º Fica instituído o Regime Especial de Controle e Fiscalização das Operações com
Fins de Exportação, consistente na permissão para a realização, bem como no controle
fiscal e específico, das operações a que se refere o art. 1°, com o objetivo de acompanhar
a movimentação das respectivas mercadorias até a sua efetiva exportação e de verificar o
cumprimento das correspondentes obrigações tributárias.

§ 1° Para obtenção da permissão exigida no caput deste artigo, o interessado deverá


credenciar-se junto à Secretaria de Estado de Fazenda, mediante atendimento às
disposições deste decreto, em especial, às do art. 3°.

§ 2° (revogado) (Revogado pelo Dec. 720/2020)


Redação original.
§ 2° A vigência do credenciamento do estabelecimento será fixada com observância dos prazos
adiante arrolados, conforme a hipótese em que se enquadrar o estabelecimento:

I -(revogado) (Revogado pelo Dec. 720/2020)


Redação original.
I - último dia útil do 24° (vigésimo quarto) mês subsequente ao do início da vigência do
credenciamento, exceto na hipótese prevista no inciso III deste parágrafo;

II - (revogado) (Revogado pelo Dec. 720/2020)


Redação original.
II - último dia útil do 36° (trigésimo sexto) mês subsequente ao da renovação do credenciamento,
exceto na hipótese prevista no inciso III deste parágrafo;

III - (revogado) (Revogado pelo Dec. 720/2020)


Redação original.
III - quando se tratar de credenciamento de estabelecimento pertencente a empresa que possua
outro estabelecimento já detentor de credenciamento vigente para efetuar as operações de que
trata este decreto: até a data fixada para expiração do credenciamento concedido aos demais
estabelecimentos da empresa.

§ 3° O termo de início da vigência do credenciamento será a data da inserção da


informação de "Contribuinte credenciado para realização de operações com fins de
exportação" no Sistema de Credenciamento Especial - CREDESP, efetuada pela
Coordenadoria de Cadastro e Domicílio Tributário Eletrônico da Superintendência de
Informações da Receita Pública - CCAD/SUIRP. (Substituída a remissão feita à unidade fazendária
pelo Dec. 211/19)

Redação original.
§ 3° O termo de início da vigência do credenciamento será a data da inserção da informação de
"Contribuinte credenciado para realização de operações com fins de exportação" no Sistema de
Credenciamento Especial - CREDESP, efetuada pela Gerência de Apoio à Fiscalização sobre
Comércio Exterior da Superintendência de Fiscalização - GFEX/SUFIS.

§ 4° (revogado) (Revogado pelo Dec. 720/2020)


Redação original.
§ 4° A suspensão temporária do credenciamento não modifica a data fixada para a expiração da
respectiva vigência, nos termos do § 2° deste artigo.

Seção II
Requisitos para Obtenção do Regime Especial

Art. 3° O estabelecimento deste Estado interessado na obtenção do regime especial,


para realizar remessas das mercadorias arroladas no § 3° do artigo 1°, em hipótese
descrita nos incisos do caput do referido artigo, deverá apresentar requerimento, via e-
Process, encaminhado à CCAD/SUIRP, com a descrição das operações que pretende
realizar e respectivas mercadorias. (Substituída a remissão feita à unidade fazendária pelo Dec. 211/19,
com a redação dada pelo Dec. 1.600/18)
Redação anterior dada ao caput pelo Dec. 1.600/18.
Art. 3° O estabelecimento deste Estado interessado na obtenção do regime especial, para
realizar remessas das mercadorias arroladas no § 3° do artigo 1°, em hipótese descrita nos
incisos do caput do referido artigo, deverá apresentar requerimento, via e-Process, encaminhado
à GFEX/SUFIS, com a descrição das operações que pretende realizar e respectivas
mercadorias.
Redação original.
Art. 3° O estabelecimento deste Estado interessado na obtenção do regime especial, para
realizar remessas de mercadorias, em hipótese descrita nos incisos do caput do art. 1°, deverá
apresentar requerimento, via e-Process, encaminhado à GFEX/SUFIS, com a descrição das
operações que pretende realizar e respectivas mercadorias.

§ 1° O pedido, contendo a identificação do requerente, bem como de todos os


estabelecimentos deste Estado, matriz e/ou filial(is), que deverão ser beneficiados pelo
tratamento disciplinado neste decreto, será instruído com os seguintes documentos:

I - (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
I - cópias das declarações de rendas da empresa, apresentadas à Receita Federal do Brasil,
acompanhadas dos respectivos recibos de entrega, referentes ao último ano-base
imediatamente anterior ao do pedido, com prazo de entrega expirado:
a) da empresa;
b) bem como do titular ou dos sócios, conforme o caso;

II - (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
II - cópia de comprovante de residência do titular, dos sócios ou dos diretores, conforme o caso;

III - Certidão Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários e Não Tributários


Estaduais Geridos pela Procuradoria-Geral do Estado e pela Secretaria de Estado de
Fazenda - CND, emitida eletronicamente no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda ou
da Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso, relativa a cada estabelecimento; (Nova
redação dada pelo Dec. 211/19)

Redação original.
III - Certidão Negativa da Dívida Ativa, expedida pela Procuradoria Geral do Estado de Mato
Grosso, relativa a cada estabelecimento;

IV - (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
IV - Certidão Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União,
expedida pelo Ministério da Fazenda;

V - comprovante de registro no Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX,


quando obrigado ao referido registro, relativo a cada estabelecimento;
VI - (revogado) (Revogado pelo Dec. 1.600/18)
Redação original.
VI - comprovação de propriedade de estrutura de armazenagem com capacidades estática e
dinâmica compatíveis com o montante e com o fluxo das operações com fins de exportação a
serem realizadas pelo contribuinte, atestada mediante laudo lavrado por técnico legalmente
habilitado, relativa a cada estabelecimento.

§ 2°(revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
§ 2° O disposto na alínea b do inciso I do § 1° deste artigo não se aplica quando a empresa for
constituída na forma de sociedade por ações.

§ 3°(revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
§ 3° Quando houver participação de pessoa jurídica no quadro social da empresa, será também
apresentada cópia da declaração de rendas do estabelecimento, entregue à Receita Federal do
Brasil, acompanhada do respectivo recibo de entrega, referente ao último ano-base
imediatamente anterior ao do pedido, bem como do Balanço Patrimonial, referente ao último
exercício financeiro, mantida a exigência prevista no inciso I do § 1° deste artigo em relação ao
requerente e aos demais sócios.

§ 4° (revogado) (Revogado pelo Dec. 1.600/18)


Redação original.
§ 4° Em substituição ao requisito previsto no inciso VI do § 1° deste artigo, o estabelecimento
interessado deverá comprovar a disponibilidade de estrutura de armazenagem de propriedade
de terceiros, ajustada mediante contrato de aluguel, arrendamento ou outra modalidade
contratual, apresentando cópia do instrumento correspondente e o laudo referido no citado
inciso.

§ 5° Não se exigirá o credenciamento de que trata este artigo para operação com fins de
exportação de mercadorias quando o respectivo desembaraço aduaneiro for processado
em recinto de Estação Aduaneira Interior - EADI, localizada no território mato-grossense,
instalada nos termos da legislação federal que rege a matéria.

§ 5°-A Em relação às hipóteses arroladas nos incisos I, II, III, V, VII e VIII do § 3° do artigo
1°, a concessão do credenciamento de que trata este artigo fica, ainda, condicionada à
formalização da opção pelo recolhimento da contribuição ao Fundo de Transporte e
Habitação - FETHAB, nas hipóteses previstas na Lei n° 7.263, de 27 de março de 2000,
bem como, conforme for o caso, ao Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte - FABOV ou
à entidade pertinente indicada nocaput do artigo 7° da referida Lei. (Acrescentado pelo Dec.
54/19)

§ 5°-B Nas hipóteses arroladas no § 5°-A deste artigo, não se aplica a dispensa prevista
no § 5°, também deste preceito. (Acrescentado pelo Dec. 54/19)

§ 5°-C Para fins do disposto no § 5°-A deste artigo, incumbe ao contribuinte interessado
na obtenção do credenciamento previsto neste artigo juntar ao respectivo pedido o termo
de opção pela efetivação das contribuições exigidas. (Acrescentado pelo Dec. 54/19)

§ 5°-D A interrupção da efetivação das contribuições mencionadas no § 5°-A deste artigo


implica a imediata suspensão do credenciamento concedido, ficando o contribuinte
obrigado à efetivação do recolhimento do ICMS a cada operação e/ou prestação,
ressalvada a possibilidade de restituição ou compensação do valor recolhido, na hipótese
de comprovação da efetiva exportação. (Acrescentado pelo Dec. 54/19)

§ 6° As disposições deste artigo, com exceção do disposto no § 5°-A, aplicam-se,


também, à comercial exportadora outrading localizados fora do território mato-grossense,
quando destinatários de mercadoria arrolada nos incisos do § 3° do artigo 1°. (Nova redação
dada pelo Dec. 211/19)

Redação anterior dada pelo Dec. 1.600/18.


§ 6° As disposições deste artigo aplicam-se, também, aos destinatários de mercadoria arrolada
nos incisos do § 3° do artigo 1°, em relação às operações descritas na alínea a do inciso I do
caput do referido artigo 1°, ainda que localizados fora do território mato-grossense.
Redação original.
§ 6° As disposições deste artigo aplicam-se, também, aos destinatários das mercadorias, em
relação às operações descritas nos incisos do caput do art. 1°, ainda que localizados fora do
território mato-grossense.

§ 7° Quando o interessado na obtenção do regime especial de que trata o art. 2° estiver


localizado fora do território mato-grossense, além dos documentos arrolados nos incisos
do § 1° deste artigo, deverá, também:
I - requerer a respectiva inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de
Mato Grosso, com fins de adquirir e/ou receber mercadoria arrolada nos incisos do § 3°
do artigo 1°, em operações descritas na alínea a do inciso I do caput do citado artigo 1°,
com não incidência do imposto; (Nova redação dada pelo Dec. 1.600/18)
Redação original, retificada pelo Dec. 1.325/17, com efeitos retroativos a 17.11.17.
I - promover a respectiva inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de Mato
Grosso, com fins de adquirir e/ou receber mercadorias em operações descritas nos incisos I e II
do caput do art. 1°, com suspensão e/ou não incidência do imposto;
Redação original. Não produziu efeitos.
I - promover a respectiva inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de Mato
Grosso, com fins de adquirir e/ou receber mercadorias em operações descritas nos incisos I e II
do art. 2°, com suspensão e/ou não incidência do imposto;

II - apresentar Certidão Negativa de Débitos expedida pela Secretaria de Estado de


Fazenda ou Finanças da respectiva unidade federada.

§ 8° Substitui a CND referida neste decreto a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa
de Débitos relativos a Créditos Tributários e Não Tributários Geridos pela Procuradoria-
Geral do Estado e pela Secretaria de Estado de Fazenda - CPEND, também obtida
eletronicamente no mesmo sítio da Secretaria de Estado de Fazenda ou da Procuradoria-
Geral do Estado de Mato Grosso. (Acrescentado pelo Dec. 720/2020)

§ 9° Será, também, admitida a Certidão positiva com efeitos de negativa na hipótese


prevista no inciso II do § 7° deste artigo. (Acrescentado pelo Dec. 720/2020)

Art. 3°-A (revogado) (Revogado pelo Dec. 54/19)


Redação original, acrescentado pelo Dec. 12/19, efeitos a partir de 01/02/2019.
Art. 3°-A O credenciamento de que trata o artigo 3° deste decreto será obrigatório, não se
aplicando o disposto no § 5° daquele artigo, nas operações adiante arroladas, quando realizadas
com os produtos indicados no § 1° deste artigo: (
I - operações de exportação em que o estabelecimento exportador estiver localizado no território
mato-grossense;
II - operações de remessas com o fim específico de exportação, previstas no § 3° do artigo 5°
das disposições permanentes do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n° 2.212, de 20
de março de 2014, destinadas a empresa comercial exportadora, inclusive trading, ou a outro
estabelecimento do próprio remetente;
III - operações de remessa para formação de lote em recintos alfandegados;
IV - operações de remessa, mediante suspensão do pagamento do imposto, para formação de
lote em porto de embarque, para posterior exportação.
§ 1° O disposto neste capítulo aplica-se às operações arroladas nos incisos do caput deste
preceito, com as seguintes mercadorias:
I - soja e os produtos e subprodutos resultantes do respectivo processo industrial, em qualquer
dos seus estágios;
II - gado em pé;
III - carnes e miudezas comestíveis das espécies bovina e bufalina;
IV - madeira e os produtos e subprodutos resultantes do respectivo processo industrial, em
qualquer dos seus estágios;
V - milho e os produtos e subprodutos resultantes do respectivo processo industrial, em qualquer
dos seus estágios;
VI - algodão e os produtos e subprodutos resultantes do respectivo processo industrial, em
qualquer dos seus estágios.
§ 2° Sem prejuízo do atendimento ao disposto nos incisos do § 1° e no § 3° do artigo 3°,
respeitada a dispensa autorizada no respectivo § 2°, a concessão do credenciamento na forma
deste artigo fica condicionada à formalização da opção pelo recolhimento da contribuição ao
Fundo de Transporte e Habitação - FETHAB, nas hipóteses previstas na Lei n° 7.263, de 27 de
março de 2000, bem como, conforme for o caso, ao Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte -
FABOV ou à entidade pertinente indicada no caput do artigo 7° da referida Lei.
§ 3° Para atendimento ao disposto no § 2° deste artigo, incumbe ao contribuinte interessado na
obtenção do credenciamento previsto neste artigo juntar ao respectivo pedido o termo de opção
pela efetivação das contribuições exigidas.
§ 4° A interrupção da efetivação das contribuições mencionadas no § 2° deste artigo implica a
imediata suspensão do credenciamento concedido, ficando o contribuinte obrigado à efetivação
do recolhimento do ICMS a cada operação e/ou prestação, ressalvada a possibilidade de
restituição ou compensação do valor recolhido, na hipótese de comprovação da efetiva
exportação.

Seção III
Processamento do Pedido de Credenciamento no Regime Especial

Art. 4° O requerimento de credenciamento no regime especial, protocolado na forma do


art. 3°, será analisado no âmbito da CCAD/SUIRP. (Substituída a remissão feita à unidade fazendária
pelo Dec. 211/19)

Redação original.
Art. 4° O requerimento de credenciamento no regime especial, protocolado na forma do art. 3°,
será analisado no âmbito da GFEX/SUFIS.

§ 1° Para fins de análise do pedido, a CCAD/SUIRP deverá examinar: (Substituída a remissão


feita à unidade fazendária pelo Dec. 211/19)

Redação original.
§ 1° Para fins de análise do pedido, a GFEX/SUFIS deverá examinar:

I - a regularidade fiscal do requerente, mediante a obtenção, nos sistemas eletrônicos


fazendários de Certidão Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários e Não
Tributários Estaduais Geridos pela Procuradoria-Geral do Estado e pela Secretaria de
Estado de Fazenda - CND, expedida pela Secretaria de Estado de Fazenda de Mato
Grosso; (Nova redação dada pelo Dec. 211/19)
Redação original.
I - a regularidade fiscal do requerente, mediante a obtenção, nos sistemas eletrônicos
fazendários de Certidão Negativa de Débitos e Outras Irregularidades Fiscais - CNDI, expedida
pela Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso, para fins gerais;

II - (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação anterior dada pelo Dec. 1.600/18.
II - os atos constitutivos da empresa, verificando a identificação, o domicílio e o período de
atividade no Estado de Mato Grosso;
Redação original.
II - os atos constitutivos da empresa, verificando a identificação, o domicílio e, conforme o caso,
o percentual de participação de cada sócio no respectivo capital social;

III - (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
III - a capacidade financeira de cada sócio, em relação à respectiva participação no capital da
empresa, mediante a aferição das disponibilidades, bens e rendas declarados à Receita Federal
do Brasil, conforme documentos apresentados nos termos das alíneas do inciso I do § 1° do art.
3°.

§ 2° A critério do fisco, na análise do pedido de credenciamento no regime especial de


que trata este decreto, poderão ser exigidos outros documentos que entender
necessários. (Nova redação dada pelo Dec. 211/19)
Redação original.
§ 2° No caso de necessidade de complementação da documentação exigida, conforme o
disposto no art. 3º, será concedido o prazo de 15 (quinze) dias para a análise pela GFEX/SUFIS,
a cada evento de juntada adicional de documentos.

§ 3° Não se concederá o credenciamento de que trata este artigo quando:


I - respeitado o disposto no § 2° deste artigo, o contribuinte não apresentar os
documentos exigidos nos incisos do § 1° do art. 3° e/ou, se for o caso, nos parágrafos
também do art. 3°;
II - consultados os sistemas fazendários, for constatada a impossibilidade de geração de
CND ou de CPEND, para o requerente ou para o(s) titular(es), sócio(s) ou diretor(es),
conforme o caso, exceto na hipótese de existir CND ou CPEND válida no período, juntada
ao processo, na forma do inciso III do § 1° ou do § 8° do artigo 3°. (Nova redação dada pelo Dec.
720/2020)
Redação original.
II - consultados os sistemas fazendários, for constatada a impossibilidade de geração de
Certidão Negativa de Débitos e Outras Irregularidades Fiscais - CNDI, para o requerente ou para
o(s) titular(es), sócio(s) ou diretor(es), conforme o caso;

III - (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
III - for constatada que a participação de sócio no respectivo quadro social não é compatível com
as respectivas disponibilidades financeiras e patrimoniais constantes da declaração de bens e
rendas apresentada.

IV - o interessado não comprovar que há histórico de registros nos sistemas eletrônicos


fazendários de realização de operações de exportação e/ou equiparadas de mercadoria
arrolada nos incisos do § 3° do artigo 1°, para a respectiva inscrição estadual, nos 12
(doze) meses-calendário, imediatamente anteriores ao mês do requerimento. (Acrescentado
pelo Dec. 1.600/18)

§ 4° Na hipótese em que o interessado não dispuser de histórico de operações de


exportações, na forma do prevista no inciso IV do § 3° deste artigo, deverá apresentar
recolhimento de ICMS nos últimos 12 (doze) meses-calendário, imediatamente anteriores
ao do pedido, com média mensal de 400 (quatrocentas) UPF/MT, considerando o valor
vigente na data do requerimento. (Acrescentado pelo Dec. 1.600/18)

§ 5° O disposto no inciso IV do § 3° deste artigo não se aplica em relação ao destinatário


estabelecido em outra unidade federada. (Acrescentado pelo Dec. 1.600/18)

§ 6° O requisito de que tratam o inciso IV do § 3° e o § 4° deste artigo será verificado em


relação a qualquer dos estabelecimentos do interessado, desde que seja localizado no
território mato-grossense e também esteja arrolado entre os interessados no
credenciamento de que trata este decreto. (Acrescentado pelo Dec 1.660/18, efeitos retroativos a
31.08.18)

§ 7° O disposto no inciso IV do § 3° e no § 4° deste artigo não se aplica aos contribuintes


arrolados nos incisos deste artigo, hipóteses em que a exportação deverá ser efetivada e
comprovada no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados da data da saída da
mercadoria do estabelecimento remetente: (Acrescentado pelo Dec. 168/19)
I - empresa optante pelo Simples Nacional;
II - microprodutor rural;
III - produtor rural com faturamento no ano civil imediatamente anterior de até
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

§ 7°-A Ficam dispensados da exigência prevista no inciso IV do § 3° e no § 4°deste artigo:


(Acrescentado pelo Dec. 211/19)
I - empresa mato-grossense pertencente a grupo nacional que possua histórico de
exportação;
II - empresa cuja atividade seja cíclica e que o referido ciclo seja superior a 12 meses.

§ 8° Para fins de aplicação do disposto no inciso III do § 7° deste artigo, na hipótese em


que a abertura da inscrição estadual do produtor rural houver ocorrido no curso do ano
civil imediatamente anterior, desde que em período não inferior a 6 (seis) meses, será
aplicada a proporcionalidade no faturamento em relação aos meses faltantes. (Acrescentado
pelo Dec. 168/19)

§ 9° Em caráter excepcional, mediante despacho fundamentado, o Secretário de Estado


de Fazenda, para fins de concessão de credenciamento ao regime especial de que trata
este decreto, poderá dispensar as exigências previstas no inciso IV do § 3° e no § 4°
deste artigo. (Acrescentado pelo Dec. 211/19)
§ 10 Na hipótese do disposto no § 9° deste artigo, a exportação deverá ser efetivada e
comprovada no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados da data da saída da
mercadoria do estabelecimento remetente. (Acrescentado pelo Dec. 211/19)

Art. 5° Efetuada a análise do requerimento, a CCAD/SUIRP deverá, conforme o caso:


(Substituída a remissão feita à unidade fazendária pelo Dec. 211/19)

Redação original.
Art. 5° Efetuada a análise do requerimento, a GFEX/SUFIS deverá, conforme o caso:

I - na hipótese de deferimento:
a) (revogada) (Revogada pelo Dec. 211/19)
Redação original.
a) publicar no Diário Oficial do Estado o Comunicado de concessão do credenciamento;

b) efetuar o registro correspondente no CREDESP, anotando as circunstâncias relevantes


aos controles fiscais pertinentes;
c) aprovar a inscrição estadual solicitada nos termos do inciso I do § 7° do artigo 3°,
quando o interessado na obtenção do credenciamento estiver localizado fora do território
mato-grossense e não for inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Mato
Grosso. (Acrescentada pelo Dec. 1.600/18)
II - na hipótese de indeferimento, comunicar a circunstância ao requerente, no próprio
processo, via sistema e-Process, informando os fundamentos de fato e de direito que
determinaram a decisão.

§ 1° No caso do inciso II do caput deste artigo, o requerente poderá apresentar novo


processo, desde que sanado(s) o(s) motivos do indeferimento. (Nova redação dada pelo Dec.
211/19)

Redação original.
§ 1° No caso do inciso II do caput deste artigo, o requerente poderá, dentro do prazo de 30
(trinta) dias, contados da data da comunicação do indeferimento, apresentar pedido
fundamentado de reconsideração, o qual será analisado pela GFEX/SUFIS, no prazo de 30
(trinta) dias.

§ 2° (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
§ 2° Sendo deferido o pedido de reconsideração, a GFEX/SUFIS adotará os procedimentos
previstos no inciso I do caput deste preceito.

§ 3° (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
§ 3° Na hipótese de indeferimento do pedido de reconsideração, a GFEX/SUFIS adotará o
procedimento de que trata o inciso II do caput deste artigo e providenciará o encerramento do
processo.

Art. 6° (revogado) (Revogado pelo Dec 720/2020)


Redação original.
Art. 6° Para formalização do pedido de renovação do credenciamento deverão ser observadas
as mesmas condições e procedimentos exigidos para o credenciamento inicial, previstos nos
artigos 3° a 5°.

Seção IV
Hipóteses de Suspensão e/ou Cancelamento do Credenciamento no Regime
Especial

Art. 7° O credenciamento no regime especial de que trata este decreto será suspenso, de
ofício, na verificação de qualquer das seguintes ocorrências:
I - falta de comprovação da efetiva exportação, em conformidade com as disposições
deste decreto e demais normas complementares aplicáveis à espécie;
II - falta de recolhimento do imposto pertinente à exportação não efetivada;
III - quando o estabelecimento credenciado não estiver apto a obter Certidão Negativa de
Débitos relativos a Créditos Tributários e Não Tributários Estaduais Geridos pela
Procuradoria-Geral do Estado e pela Secretaria de Estado de Fazenda - CND, expedida
pela Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso; (Nova redação dada pelo Dec. 211/19)
Redação original.
III - quando o estabelecimento credenciado não estiver apto a obter Certidão Negativa de
Débitos e Outras Irregularidades Fiscais - CNDI, expedida pela Secretaria de Estado de Fazenda
de Mato Grosso;

IV - falta de transmissão dos arquivos eletrônicos da Escrituração Fiscal Digital - EFD ou


da GIA-ICMS Eletrônica, quando obrigado.

§ 1° Nas hipóteses previstas nos incisos I e IV do caput deste artigo, a suspensão do


credenciamento deverá ser precedida de notificação ao contribuinte, na qual constarão os
motivos que ensejaram a medida, concedendo o prazo de 10 (dez) dias, contados da
respectiva ciência, para sanar as irregularidades apontadas ou justificar,
comprovadamente, que não ocorreram.

§ 2° Transcorrido o prazo fixado no § 1° deste artigo e não tendo sido efetuada a


regularização e/ou apresentada a comprovação de que não ocorreu a irregularidade
apontada, o credenciamento será suspenso.

§ 3° Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, a Superintendência de


Controle e Monitoramento - SUCOM, através de suas Coordenadorias, identificará,
periodicamente, os contribuintes credenciados no regime especial de que trata este
decreto impedidos de obter a CND, promovendo a suspensão do respectivo
credenciamento, mediante prévia comunicação, exceto na hipótese de existir CND válida
para o período. (Nova redação dada pelo Dec. 211/19)
Redação anterior dada pelo Dec. 1.600/18.
§ 3° Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, a GFEX/SUFIS identificará, no
último dia útil de cada trimestre civil, os contribuintes credenciados no regime especial de que
trata este decreto impedidos de obter a CNDI, promovendo a suspensão do respectivo
credenciamento, independentemente de qualquer comunicação, exceto na hipótese de existir
CNDI válida para o período.
Redação original.
§ 3° Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, a GFEX/SUFIS identificará, no
último dia útil de cada trimestre civil, os contribuintes credenciados no regime especial de que
trata este decreto impedidos de obter a CNDI, promovendo a suspensão do respectivo
credenciamento, independentemente de qualquer comunicação.

§ 4° (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação original.
§ 4° O disposto no § 3° deste artigo não impede que a GFEX/SUFIS identifique, a qualquer
tempo, o impedimento de obtenção da CNDI, promovendo a suspensão do credenciamento,
mediante prévia comunicação e concedendo o prazo de 10 (dez) dias, contados da respectiva
ciência, para regularização.

§ 5° Será cancelado, independentemente de qualquer notificação, o credenciamento


suspenso por mais de 180 (cento e oitenta) dias ininterruptos.

§ 6° No interesse da Administração Tributária, as Superintendências da Secretaria


Adjunta da Receita Pública poderão, a qualquer tempo, suspender ou cancelar o
credenciamento concedido no regime especial de que trata este decreto. (Acrescentado pelo
Decreto 720/2020)
Art. 8° O credenciamento será cancelado, de ofício, independentemente de qualquer
notificação ao contribuinte, sempre que for determinada a aplicação de medida cautelar
administrativa ao estabelecimento.

Art. 9° O estabelecimento credenciado poderá, a qualquer tempo, apresentar pedido de


cancelamento do respectivo credenciamento, ressalvadas ao fisco, no período
decadencial e/ou prescricional, a apuração de eventuais irregularidades e a exigibilidade
do imposto devido.

Seção V
Sujeição ao Recolhimento do Imposto

Art. 10 A falta de credenciamento do remetente para o regime especial de que trata este
decreto sujeita o estabelecimento que realizar operação descrita no art. 1° ao
recolhimento do ICMS no momento da saída das mercadorias.

§ 1° O disposto neste artigo aplica-se, também, nas remessas de mercadorias, arroladas


nos incisos do § 3° do artigo 1°, em operações descritas na alínea a do inciso I do caput
do artigo 1°, para destinatário localizado em outra unidade federada, não credenciado no
regime especial de que trata este decreto, ainda que o remetente esteja regularmente
credenciado. (Nova redação dada pelo Dec. 1.600/18)
Redação original.
§ 1° O disposto neste artigo aplica-se, também, nas remessas de mercadorias, em operações
descritas nos incisos do caput do art. 1°, para destinatário localizado em outra unidade federada,
não credenciado no regime especial de que trata este decreto, ainda que o remetente esteja
regularmente credenciado.

§ 2° Na hipótese deste artigo:


I - o recolhimento deverá ser feito no valor apurado mediante emprego da alíquota
correspondente à operação interestadual;
II - o comprovante do recolhimento deverá acompanhar o documento fiscal que acobertar
a operação;
III - comprovada posteriormente a efetiva exportação das mercadorias, por meio da
apresentação dos documentos exigidos, o estabelecimento poderá requerer a restituição
do respectivo valor, comprovadamente recolhido.

§ 3° Ficam também sujeitos às disposições deste artigo os estabelecimentos, remetentes


ou destinatários, cujos credenciamentos estiverem suspensos.

§ 4° Na hipótese deste artigo, constatando-se posteriormente que a mercadoria não foi


exportada para o exterior e não sendo comprovada a efetiva saída para outra unidade da
Federação, o estabelecimento deverá recolher a diferença entre o valor resultante da
aplicação da alíquota interna fixada para a respectiva operação e o efetivamente
recolhido em conformidade com o disposto no inciso I do § 1° deste preceito.

§ 5° Responde solidariamente com o remetente deste Estado pelo pagamento do imposto


e acréscimos legais, inclusive multas, o destinatário localizado em outra unidade federada
que receber mercadoria em operação descrita nos incisos do caput do art. 1° com
suspensão e/ou não incidência do ICMS, quando não comprovada a posterior exportação.

CAPÍTULO III
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS DESTINADAS AO CONTROLE E À FISCALIZAÇÃO
DAS OPERAÇÕES

Seção I
Disposições Gerais

Art. 11 As operações de que trata o art. 1° deverão ser acobertadas por Nota Fiscal,
observado o modelo adequado à operação realizada, nos termos da legislação vigente.

§ 1° Nas Notas Fiscais que emitir para acobertar operações previstas no art. 1°, o
estabelecimento credenciado no regime especial de que trata este decreto deverá indicar
o número do processo pelo qual foi deferido o respectivo credenciamento.

§ 2° Nas operações de saída de que trata a alínea a do inciso I do caput do artigo 1°


deste decreto, com mercadoria arrolada nos incisos do § 3° do mesmo artigo 1°,
acobertadas por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, é obrigação do destinatário confirmar que
a operação descrita no correspondente documento fiscal ocorreu exatamente como foi
informado na referida NF-e, mediante registro do evento "Confirmação da Operação", na
forma disciplinada na legislação específica, não dispensando sua escrituração e as
demais obrigações previstas na legislação tributária, inclusive as pertinentes à prestação
de informações, mediante registros eletrônicos em sistemas de controle, conforme exigido
pelo fisco. (Nova redação dada pelo Dec. 1.600/18)
Redação original.
§ 2° Sempre que a operação de saída for acobertada por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, é
obrigação do destinatário confirmar que a operação descrita no correspondente documento fiscal
ocorreu exatamente como foi informado na referida NF-e, mediante registro do evento
"Confirmação da Operação", na forma disciplinada na legislação específica.

§ 3° O disposto no § 2° deste artigo deverá ser observado em relação a todas as


operações em que os contribuintes desta e de outra unidade federada, credenciados no
regime especial de que trata este decreto, figurarem como destinatários de operação
realizada nos termos desta seção.

Art. 12 Os estabelecimentos que realizarem operações previstas no art. 1°, sempre que
solicitado pelo fisco, deverão apresentar, conforme o caso:
I - cópia do contrato de compra e venda, celebrado com o exportador, relativamente às
mercadorias objeto das referidas operações, constando como seu destino o respectivo
porto de embarque;
II - certificado expedido pela Receita Federal do Brasil, comprovando a condição de
armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro do destinatário;
III - comprovação de recebimento dos recursos ou dos respectivos títulos de crédito,
relativos à venda das mercadorias objeto das operações, inclusive quando efetuada por
outro estabelecimento do contribuinte remetente;
IV - comprovação da exportação, por meio de apresentação dos documentos hábeis.

Art. 13 Sem prejuízo do disposto neste decreto, o remetente deverá ainda submeter as
mercadorias a serem exportadas à vistoria fiscal, a critério da Secretaria de Estado de
Fazenda, conforme dispuser legislação complementar.

Seção II
Operações de Saída com o Fim Específico de Exportação para o Exterior

Subseção I
Estabelecimento Remetente

Art. 14 Sem prejuízo dos demais requisitos exigidos na legislação, nas Notas Fiscais
emitidas para acobertar saídas com o fim específico de exportação, o remetente deverá
indicar o Código Fiscal de Operação e Prestação (CFOP) específico para a
correspondente natureza da operação.

Subseção II
Estabelecimento Destinatário

Art. 15 Em relação às operações a que se refere o inciso I do art. 1º, o estabelecimento


destinatário exportador, ao emitir a(s) Nota(s) Fiscal(is) com a(s) qual(is) as mercadorias
serão remetidas, total ou parcialmente, para o exterior, deverá informar:
I - nos campos da Nota Fiscal, relativos ao item correspondente:
a) o CFOP referente à operação de exportação de mercadoria adquirida com o fim
específico de exportação;
b) a mesma classificação tarifária na NCM/SH constante na Nota Fiscal emitida pelo
estabelecimento remetente;
c) a mesma unidade de medida constante na Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento
remetente;
II - no grupo de controle de exportação, por item da Nota Fiscal:
a) o número do Registro de Exportação;
b) a chave de acesso da NF-e relativa às mercadorias recebidas para exportação, quando
a operação de entrada for acobertada por NF-e;
c) a quantidade do item efetivamente exportado.

Art. 16 Relativamente às operações de que trata o inciso I do art. 1°, o estabelecimento


destinatário, além dos procedimentos a que estiver sujeito, nos termos da legislação de
sua unidade federada, deverá emitir o documento denominado "Memorando-Exportação",
conforme modelo constante do Anexo Único ao Convênio ICMS 84, de 25 de setembro de
2009, contendo, no mínimo, as seguintes indicações:
I - a denominação: "Memorando-Exportação";
II - o número de ordem;
III - a data da emissão;
IV - o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do
estabelecimento emitente;
V - o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ ou no CPF, do
estabelecimento remetente da mercadoria;
VI - o número e a data das Notas Fiscais de remessa com fim específico de exportação,
bem como a chave de acesso da NF-e, quando a operação de entrada for acobertada por
esse documento;
VII - a chave de acesso, o número e a data das Notas Fiscais de exportação;
VIII - o número da Declaração de Exportação;
IX - o número do Registro de Exportação;
X - o número do Conhecimento de Embarque e a data do respectivo embarque;
XI - a mesma classificação tarifária na NCM/SH e a quantidade da mercadoria exportada;
XII - a assinatura do emitente ou do seu representante legal e a data em que ela ocorrer.

§ 1º Até o último dia do mês subsequente ao do embarque da mercadoria para o exterior,


o estabelecimento exportador deverá encaminhar ao estabelecimento remetente o
"Memorando-Exportação", acompanhado de cópia dos seguintes documentos:
I - comprovante de exportação;
II - registro de exportação averbado.

§ 2º O Memorando-Exportação pode ser emitido em meio digital, observado o formato


definido pela unidade federada do exportador.
Art. 17 Nas saídas para feiras ou exposições no exterior, bem como nas exportações em
consignação, o memorando previsto no art. 16 somente deverá ser emitido após a efetiva
contratação cambial.

Parágrafo único Até o último dia do mês subsequente ao da contratação cambial, o


estabelecimento que promover a exportação deverá emitir o "Memorando-Exportação",
conservando os comprovantes da venda durante o prazo decadencial.

Art. 18 O estabelecimento destinatário, ainda que da mesma empresa, por ocasião da


operação da exportação, deverá registrar no SISCOMEX, para comprovação da
exportação da mercadoria adquirida com o fim específico de exportação, o Registro de
Exportação (RE), com as seguintes informações:
I - no quadro "Dados da Mercadoria":
a) o código da NCM/SH da mercadoria, idêntico ao que constar na Nota Fiscal de
remessa com o fim específico de exportação;
b) a unidade de medida de comercialização da mercadoria, idêntica à que constar na
Nota Fiscal de remessa com o fim específico de exportação;
c) a resposta "NÃO" à pergunta "O exportador é o único fabricante?";
d) no campo "Observação do Exportador": O CNPJ ou o CPF do remetente e o número
das Notas Fiscais do remetente da mercadoria adquirida com o fim específico de
exportação;
II - no quadro "Unidade da Federação Produtora":
a) a identificação do remetente mato-grossense, mediante a informação do CNPJ/CPF do
produtor, e a indicação da sigla "MT" como a respectiva unidade federada;
b) a quantidade de mercadoria efetivamente exportada.

Art. 18-A Nas exportações arroladas no inciso I do artigo 1° deste decreto, quando o
despacho aduaneiro de exportação for processado por meio de Declaração Única de
Exportação (DU-E), nos termos da legislação federal, o exportador deve informar na DU-
E nos campos específicos: (Acrescentado pelo Dec. 1.564/18, efeitos a partir de 1°.07.18)
I - a chave de acesso da(s) Nota(s) Fiscal(is) Eletrônica(s) ou os dados relativos à Nota
Fiscal Formulário correspondentes à remessa com fim específico de exportação;
II - a quantidade na unidade de medida tributável do item efetivamente exportado.

Art. 18-B Na hipótese de que trata o artigo 18-A, e desde que a operação de exportação
e a remessa com fim específico de exportação estejam amparadas por Nota Fiscal
Eletrônica, não se aplicam os seguintes dispositivos: (Acrescentado pelo Dec. 1.564/18, efeitos a
partir de 1°.07.18)
I - alínea a do inciso II do caput do artigo 15;
II - o artigo 16;
III - o artigo 17;
IV - o artigo 18;
V - o § 7° do artigo 20.

Parágrafo único Para fins fiscais, nas operações de que trata o caput deste artigo,
considera-se como não efetivada a exportação pela falta de registro do evento de
averbação na Nota Fiscal Eletrônica de remessa com fim específico, após o prazo de 180
(cento e oitenta) dias contados da data da saída, observando-se no que couber o
disposto no artigo 20.

Art. 18-C Não se exigirá do credenciado localizado fora do território mato-grossense,


inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Mato Grosso, unicamente, para fins
do credenciamento no regime especial de que trata o art. 2°, a transmissão à Secretaria
de Estado de Fazenda de Mato Grosso de arquivos eletrônicos da Escrituração Fiscal
Digital - EFD ou da GIA-ICMS Eletrônica relativos às respectivas operações. (Acrescentado
pelo Dec. 1.600/18)

Art. 18-D Incumbe ao destinatário das operações com fim específico de exportação,
desta e de outras unidades federadas, a adoção de medidas de conformidade que
contribuam para a mitigação de condutas lesivas ao Erário, decorrentes da violação de
normas que disciplinam a habilitação para operar no mercado exterior, tais como:
(Acrescentado pelo Dec. 1.600/18)
I - a observação de práticas sonegatórias que levam ao desequilíbrio concorrencial;
II - a constatação de divergências de informações relativas ao fornecedor, incluídas em
documentos fiscais, que possam gerar incerteza quanto à existência de fato do operador
de exportação;
III - qualquer suspeição quanto à licitude e/ou legalidade dos produtos e/ou mercadorias
adquiridos.

§ 1° Para os fins do disposto neste artigo, a Secretaria de Estado de Fazenda


disponibilizará acesso via web, no site www.sefaz.mt.gov.br, para que o destinatário das
operações possa fazer verificação da regularidade do remetente exportador, quanto à sua
aptidão para operar com exportação nos termos desse decreto. (Acrescentado pelo Dec.
1.600/18)

§ 2° As informações disponibilizadas nos termos do § 1° deste artigo ficam restritas à


existência de credenciamento do remetente para efetuar operações de que trata este
decreto, ficando resguardada a verificação de regularidade e idoneidade das operações
realizadas. (Acrescentado pelo Dec. 1.600/18)

Subseção III
Sujeição ao Recolhimento do Imposto

Art. 19 O descumprimento das exigências previstas no art. 12, incisos I e II, sujeita o
remetente ao pagamento do imposto, que será devido desde o momento da saída das
mercadorias do seu estabelecimento neste Estado.

§ 1° O recolhimento do imposto deverá ser efetuado com correção monetária e demais


acréscimos legais, inclusive multas, conforme o caso, que serão devidos a partir da data
da saída da mercadoria.

§ 2° Responde solidariamente com o remetente deste Estado pelo pagamento do imposto


e acréscimos legais, inclusive multas, o destinatário localizado em outra unidade federada
que receber mercadoria em operação descrita nos incisos do caput do art. 1° com
suspensão e/ou não incidência do ICMS, quando descumprida exigência prevista no art.
12, incisos I e II.

Art. 20 O estabelecimento remetente fica obrigado ao recolhimento do imposto devido,


inclusive o relativo à prestação de serviço de transporte quando for o caso,
monetariamente corrigido, sujeitando-se aos acréscimos legais, inclusive multa, nos
termos da legislação estadual, em qualquer dos seguintes casos em que não se efetivar a
exportação:
I - no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da saída da mercadoria do
seu estabelecimento;
II - em razão de perda, furto, roubo, incêndio, calamidade, perecimento, sinistro da
mercadoria, ou qualquer outra causa;
III - em virtude de reintrodução da mercadoria no mercado interno;
IV - em razão de descaracterização da mercadoria remetida, seja por beneficiamento,
rebeneficiamento ou industrialização.

§ 1° Em relação a produtos primários e semielaborados, o prazo de que trata o inciso I do


caput deste artigo é de 90 (noventa) dias, exceto quanto aos produtos classificados no
código 2401 da NCM/SH em que se aplica o prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 2° Ficam prorrogados, uma única vez, por igual período, os prazos estabelecidos no
inciso I do caput e no § 1° deste artigo, independentemente de requerimento do
contribuinte.

§ 3° O recolhimento do imposto não será exigido na devolução da mercadoria, ao


estabelecimento remetente, nos prazos fixados neste artigo.

§ 4° A devolução de que trata o § 3° deste artigo deverá ser comprovada pelo efetivo
ingresso da mercadoria no território mato-grossense, por meio dos registros pertinentes
aos respectivos controles fiscais de trânsito, exceto se a devolução for de forma
simbólica, hipótese em que deverá ser observado o disposto no § 5° deste artigo. (Nova
redação dada pelo Dec. 1.600/18)

Redação original.
§ 4º A devolução da mercadoria de que trata o § 3º deste artigo deverá ser comprovada pelo
extrato do contrato de câmbio cancelado, pela fatura comercial cancelada e pela comprovação
do efetivo ingresso da mercadoria no território mato-grossense por meio dos registros
pertinentes aos respectivos controles fiscais de trânsito.

§ 5° A devolução nos prazos fixados neste artigo somente será admitida de forma
simbólica nos casos em que ocorrerem, simultaneamente, com a mesma mercadoria:
I - a operação de devolução simbólica, do estabelecimento destinatário para o
estabelecimento remetente, acobertada por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, que conterá,
nos campos próprios, o referenciamento da Nota Fiscal pela qual ocorreu a operação de
remessa com o fim específico de exportação, mediante o registro da respectiva chave de
acesso;
II - nova operação de saída do estabelecimento remetente localizado neste Estado, desde
que não seja com o fim de exportação para o mesmo estabelecimento destinatário da
remessa anterior, hipótese em que deverá, ainda, ser observado o que segue:
a) quando acobertada por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e: deverá ser efetuado, nos campos
próprios, o referenciamento da NF-e pela qual ocorreu a devolução simbólica, mediante o
registro da respectiva chave de acesso;
b) quando acobertada por Nota Fiscal, Modelo 1 ou 1-A, deverá ser informado, no campo
"Informações Complementares", a chave de acesso da NF-e pela qual ocorreu a
devolução simbólica.

§ 6° (revogado) (Revogado pelo Dec. 1.600/18)


Redação original.
§ 6° A devolução da mercadoria de que tratam os §§ 4° e 5° deste artigo deve ser comprovada
pelo extrato do contrato de câmbio cancelado e pela fatura comercial cancelada.

§ 7º As alterações dos registros de exportação, após a data da averbação do embarque,


somente serão admitidas mediante anuência formal de um dos gestores do SISCOMEX,
autorizada em processo administrativo específico, independentemente de alterações
eletrônicas automáticas.

§ 8º O disposto no caput deste artigo aplica-se também no caso de descumprimento da


solicitação a que se refere o art. 12, inciso IV.
§ 9° Para fins da aplicação da não incidência do ICMS, somente será considerada
exportada a mercadoria cujo despacho de exportação esteja regularmente averbado.

§ 10 O disposto nos incisos II e III do caput deste artigo aplica-se também em relação às
operações a que se refere o inciso III do caput do art. 1º, nos casos em que não se
efetivar a exportação das mercadorias.

§ 11 O destinatário localizado em outra unidade federada, que receber mercadoria em


operação descrita nos incisos do caput do art. 1° com suspensão e/ou não incidência do
ICMS, responde solidariamente com o remetente deste Estado pelo recolhimento do
imposto e acréscimos legais, inclusive multas, nas hipóteses tratadas neste artigo.

Art. 21 Nos casos previstos no art. 20, o depositário da mercadoria recebida com o fim
específico de exportação deverá exigir a apresentação do comprovante do recolhimento
do imposto efetuado para a liberação da mercadoria.

Art. 22 O estabelecimento remetente fica exonerado do cumprimento da obrigação


prevista no art. 20, se o pagamento do imposto e acréscimos legais pertinentes houver
sido efetuado em favor deste Estado pelo adquirente.

Art. 23 O estabelecimento remetente, observado o disposto no art. 20, fica sujeito ainda
ao pagamento do imposto devido, monetariamente corrigido, e dos acréscimos legais,
inclusive multa de mora ou de ofício, conforme o caso, quando a exportação dos produtos
remetidos sem a incidência do imposto não for comprovada.

§ 1° O Registro de Exportação somente será admitido como elemento de comprovação


da exportação se for emitido nos termos deste decreto e do Convênio ICMS 84, de 25 de
setembro de 2009.

§ 2° O destinatário localizado em outra unidade federada, que receber mercadoria em


operação descrita nos incisos do caput do art. 1° com suspensão e/ou não incidência do
ICMS, responde solidariamente com o remetente deste Estado pelo recolhimento do
imposto e acréscimos legais, inclusive multas, nas hipóteses tratadas neste artigo.

Art. 24 O estabelecimento remetente fica também sujeito ao pagamento do imposto


devido, monetariamente corrigido, e dos acréscimos legais, inclusive multa, nos casos em
que seja:
I - realizada outra operação pelo estabelecimento destinatário que não seja a de
exportação, com os produtos remetidos sem a incidência do imposto;
II - retificado o Registro de Exportação (RE), após a data de sua averbação, ressalvado o
disposto no § 7° do art. 20.

Parágrafo único O destinatário localizado em outra unidade federada, que receber


mercadoria em operação descrita nos incisos do caput do art. 1° com suspensão e/ou não
incidência do ICMS, responde solidariamente com o remetente deste Estado pelo
recolhimento do imposto e acréscimos legais, inclusive multas, nas hipóteses tratadas
neste artigo.

Art. 25 A empresa comercial exportadora ou outro estabelecimento da mesma empresa


que houver adquirido mercadorias de empresa optante pelo Simples Nacional localizada
neste Estado, com o fim específico de exportação para o exterior, que, no prazo de 180
(cento e oitenta dias), contados da data da emissão da Nota Fiscal pela vendedora, não
efetivar a exportação, nos termos do § 9º do art. 20, fica sujeita ao pagamento do imposto
que deixou de ser pago pela empresa vendedora, corrigido monetariamente e acrescido
dos juros de mora e da multa de mora ou punitiva, calculados na forma da legislação
relativa à cobrança do tributo não pago, aplicável à própria comercial exportadora ou
outro estabelecimento da mesma empresa.

Seção III
Operações de Remessa Destinadas à Formação de Lote

Subseção I
Formação de Lotes em Recintos Alfandegados

Art. 26 Na hipótese da alínea c do inciso I do caput do art. 1°, tratando-se de remessas


para formação de lotes em recintos alfandegados, devem ser adotados os procedimentos
previstos nesta subseção.

Art. 27 Por ocasião da remessa para formação de lotes em recintos alfandegados para
posterior exportação, o estabelecimento remetente deve emitir Nota Fiscal em seu próprio
nome, sem destaque do valor do imposto, indicando como natureza da operação remessa
para formação de lote para posterior exportação, conforme definido na legislação.

Parágrafo único Além dos demais requisitos exigidos, inclusive a indicação prevista no §
1° do art. 11, na Nota Fiscal de que trata o caput deste artigo deverão ser consignadas:
I - a indicação de não incidência do imposto, por se tratar de saída de mercadoria com
destino ao exterior, sem prejuízo da aplicação, se for o caso, do disposto no art. 10;
II - a identificação e o endereço do recinto alfandegado onde serão formados os lotes
para posterior exportação.

Art. 28 Por ocasião da exportação da mercadoria, o estabelecimento remetente deverá:


I - emitir Nota Fiscal relativa à entrada em seu próprio nome, sem destaque do valor do
imposto, indicando como natureza da operação retorno simbólico de mercadoria remetida
para formação de lote e posterior exportação, conforme definido na legislação;
II - emitir Nota Fiscal de saída para o exterior, nela fazendo constar, além dos requisitos
previstos na legislação aplicável:
a) a indicação de não incidência do imposto, por se tratar de saída de mercadoria com
destino ao exterior;
b) a indicação do local de onde sairão fisicamente as mercadorias;
c) informações sobre as Notas Fiscais emitidas na forma estabelecida no art. 27,
correspondentes às saídas para formação do lote:
1) quando se tratar de NF-e, nos campos próprios, mediante referenciamento da chave
de acesso das NF-e emitidas na forma estabelecida no artigo 27;
2) quando acobertada por Nota Fiscal, Modelo 1 ou 1-A, mediante consignação, no
campo "Informações Complementares" do número das Notas Fiscais emitidas na forma
estabelecida no artigo 27.

Art. 29 O estabelecimento remetente fica obrigado ao recolhimento do imposto devido,


monetariamente corrigido, sujeitando-se aos acréscimos legais, inclusive multa, nos
termos da legislação aplicável, nos casos em que não se efetivar a exportação das
mercadorias remetidas para formação de lote:
I - após decorrido o prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da primeira Nota Fiscal
de remessa para formação de lote;
II - em razão de perda, extravio, perecimento, sinistro, furto da mercadoria, ou qualquer
evento que dê causa a dano ou avaria;
III - em virtude de reintrodução da mercadoria no mercado interno.
§ 1° Fica prorrogado, uma única vez, por igual período, o prazo estabelecido no inciso I
do caput deste artigo, independentemente de requerimento do contribuinte.

§ 2° O destinatário localizado em outra unidade federada, que receber mercadoria em


operação descrita na alínea c do inciso I do caput do art. 1° com suspensão e/ou não
incidência do ICMS, responde solidariamente com o remetente deste Estado pelo
recolhimento do imposto e acréscimos legais, inclusive multas, nas hipóteses tratadas
neste artigo.

Subseção II
Operações de Remessa Destinadas à Formação de Lote em Porto de Embarque

Art. 30 A suspensão da cobrança do imposto na remessa para formação de lote em porto


de embarque localizado em outro Estado, quando o objetivo for a exportação, observadas
as regras de controle das saídas e da efetiva exportação das respectivas mercadorias,
nas hipóteses arroladas nos incisos do § 3° do artigo 1°, fica condicionada a que o
estabelecimento remetente seja detentor do regime especial previsto no artigo 2°. (Nova
redação dada pelo Dec. 1.600/18)

Redação original.
Art. 30 A suspensão da cobrança do imposto na remessa para formação de lote em porto de
embarque localizado em outro Estado, quando o objetivo for a exportação, observadas as regras
de controle das saídas e da efetiva exportação das respectivas mercadorias, fica condicionada a
que os estabelecimentos remetente e destinatário sejam detentores do regime especial previsto
no art. 2°.

Art. 31 No caso de formação de lotes em porto de embarque localizado em outro Estado,


com suspensão da cobrança do imposto, para o fim específico de exportação para o
exterior, a remessa e o retorno, ainda que simbólicos, bem como a alienação ou o
embarque para o exterior, conforme o caso, deverão ser acobertados por Notas Fiscais
pertinentes e indicativas da situação fiscal a que corresponderem.

§ 1° Por ocasião da remessa para a formação de lotes, o estabelecimento remetente


deverá emitir Nota Fiscal sem destaque do valor do imposto, indicando, como natureza da
operação, remessa para formação de lote para posterior exportação, conforme definido
na legislação.

§ 2° Além dos demais requisitos exigidos, inclusive da indicação prevista no § 1° do art.


11, na Nota Fiscal de que trata o § 1° deste artigo deverá ser consignada, no quadro
"Cálculo do Imposto", no campo destinado ao valor do ICMS, a expressão "Suspensão",
ou, quando for o caso, deverá ser efetuado o registro correspondente nos campos
próprios da NF-e.

§ 3° (revogado) (Revogado pelo Dec. 1.600/18)


Redação original.
§ 3° Sempre que a operação de saída for acobertada por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, é
obrigação do destinatário confirmar que a operação descrita no correspondente documento fiscal
ocorreu exatamente como foi informada na referida NF-e, mediante registro do evento
"Confirmação da Operação", na forma disciplinada na legislação específica.

§ 4° (revogado) (Revogado pelo Dec. 1.600/18)


Redação original.
§ 4° O disposto no § 3° deste artigo deverá ser observado em relação a todas as operações em
que os contribuintes desta e de outra unidade federada, credenciados no regime especial de que
trata este decreto, figurarem como destinatários de operação realizada nos termos desta seção.
§ 5° Por ocasião da exportação da mercadoria, após receber em devolução simbólica as
mercadorias remetidas para formação de lote, o estabelecimento remetente deverá emitir
Nota Fiscal de saída para o exterior, contendo, sem prejuízo do cumprimento dos demais
requisitos regulamentares:
I - no quadro "Cálculo do Imposto", no campo destinado ao valor do ICMS, a expressão
"Não Incidência", ou, quando for o caso, deverá ser efetuado o registro correspondente
nos campos próprios da NF-e;
II - quando a exportação for acobertada por NF-e, nos campos próprios, mediante
referenciamento:
a) a indicação do local de onde sairão fisicamente as mercadorias;
b) o registro da chave de acesso das NF-e emitidas na forma do § 1° deste artigo,
relativas às saídas para formação do lote;
III - quando a exportação for acobertada por Nota Fiscal, Modelo 1 ou 1-A, no quadro
"Dados Adicionais", no campo "Informações Complementares":
a) a indicação do local de onde sairão fisicamente as mercadorias;
b) os números das Notas Fiscais referidas no § 1° deste artigo, relativas às saídas para
formação do lote.

§ 6° Na hipótese deste artigo, o benefício da suspensão fica condicionado a que a


exportação ocorra nos prazos previstos na legislação tributária e encerra-se sempre que:
I - o embarque para o exterior não ocorrer dentro do prazo correspondente;
II - houver a comercialização da mercadoria no mercado interno;
III - ocorrer perda, extravio, perecimento, sinistro, furto ou qualquer evento que dê causa
a dano ou avaria.

§ 7° O encerramento da suspensão enseja a cobrança imediata do imposto, corrigido


monetariamente e acrescido de juros de mora, bem como da multa aplicável, de mora ou
punitiva, desde a data da respectiva remessa.

§ 8° O destinatário localizado em outra unidade federada, que receber mercadoria em


operação descrita no art. 1° com suspensão e/ou não incidência do ICMS, responde
solidariamente com o remetente deste Estado pelo recolhimento do imposto e acréscimos
legais, inclusive multas, nas hipóteses tratadas neste artigo.

Art. 32 Os estabelecimentos que realizarem operações de remessas destinadas à


formação de lote em porto de embarque localizado em outro Estado, para o fim específico
de exportação, devem manter, nos próprios estabelecimentos, à disposição do fisco, os
documentos emitidos ou visados pelos órgãos competentes da Receita Federal,
comprobatórios da exportação.

Seção IV
Fiscalização

Art. 33 Os estabelecimentos localizados neste Estado, que realizarem operações que se


enquadrem nas disposições deste decreto, sem prejuízo da apresentação dos
documentos exigidos e das vistorias fiscais nos estabelecimentos e/ou por ocasião do
trânsito das respectivas mercadorias, são obrigados a apresentar ao fisco, quando
intimados, para efeito de fiscalização e comprovação da exportação, além de outros que
venham a ser requeridos, os seguintes documentos, relativos à exportação:
I - no caso de saídas com o fim específico de exportação para o exterior, destinadas a
empresa comercial exportadora, pelo qual se promova a exportação:
a) a Nota Fiscal relativa à remessa realizada para o fim específico de exportação;
b) o correspondente Registro de Exportação (RE), realizado no SISCOMEX pelo
destinatário;
c) o correspondente "Memorando-Exportação", emitido pelo destinatário;
d) cópia do correspondente Conhecimento de Embarque, que lhe foi fornecido pelo
destinatário;
e) o correspondente comprovante de exportação, emitido pelo órgão competente;
f) cópia da Nota Fiscal correspondente, emitida pelo destinatário;
g) a correspondente Declaração de Exportação;
II - no caso de saídas destinadas a recintos alfandegados:
a) a Nota Fiscal relativa à remessa destinada ao recinto alfandegado;
b) a correspondente Nota Fiscal relativa à entrada, em seu próprio nome, emitida em
atendimento ao disposto no inciso I do caput do art. 28;
c) a Nota Fiscal de saída para o exterior, relativa à operação de exportação dos
respectivos produtos;
d) o correspondente Registro de Exportação (RE), realizado no SISCOMEX;
e) cópia do correspondente Conhecimento de Embarque;
f) o correspondente comprovante de exportação, emitido pelo órgão competente;
g) a correspondente Declaração de Exportação;
III - no caso de remessas destinadas à formação de lote em porto de embarque, mediante
a suspensão da cobrança do imposto:
a) a Nota Fiscal relativa à remessa para formação de lote;
b) a correspondente Nota Fiscal relativa à devolução simbólica dos respectivos produtos,
emitida pelo destinatário das remessas;
c) a Nota Fiscal relativa à operação de exportação dos respectivos produtos, emitida em
atendimento ao disposto no § 5° do art. 31;
d) o correspondente Registro de Exportação (RE), realizado no SISCOMEX;
e) cópia do correspondente Conhecimento de Embarque;
f) o correspondente comprovante de exportação, emitido pelo órgão competente;
g) a correspondente Declaração de Exportação;
IV - no caso de operações de exportação realizadas diretamente pelo remetente:
a) a Nota Fiscal de saída para o exterior, relativa à operação de exportação dos
respectivos produtos;
b) o correspondente Registro de Exportação (RE), realizado no SISCOMEX;
c) a cópia do correspondente Conhecimento de Embarque;
d) o correspondente comprovante de exportação, emitido pelo órgão competente;
e) a correspondente Declaração de Exportação.

§ 1º Para efeito deste artigo, o Registro de Exportação (RE) a ser apresentado deverá ser
preparado com a observância do que segue:
I - deverão ser preenchidos todos os seus campos;
II - deverá ser averbado nos termos da legislação federal pertinente;
III - deverão nele ser consignadas todas as informações exigidas no art. 18, sem prejuízo
da aplicação do disposto no art. 24, no caso de retificação após a data da averbação.

§ 2º O disposto neste artigo não desobriga os estabelecimentos da apresentação de


outros documentos que o fisco entender necessários para o controle e fiscalização das
operações nele referidas.

§ 3° O disposto neste artigo aplica-se, também, em relação ao estabelecimento


destinatário, localizado em outra unidade federada, credenciado no regime especial de
que trata este decreto, que receber mercadoria em operação descrita nos incisos do
caput do art. 1°, com suspensão e/ou não incidência do imposto.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34 A Secretaria de Estado da Fazenda, por ato da Secretaria Adjunta da Receita


Pública, poderá editar normas complementares para disciplinar o regime especial de que
trata este decreto.

Art. 35 (revogado) (Revogado pelo Dec. 211/19)


Redação anterior dada pelo Dec. 1.660/18, efeitos retroativos a 31.08.18.
Art. 35 Os contribuintes exportadores deste Estado deverão solicitar o regime especial de que
trata este decreto até o dia 30 de novembro de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.600/18.
Art. 35 Os contribuintes exportadores deste Estado deverão solicitar o regime especial de que
trata este decreto até o dia 31 de agosto de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.520/18.
Art. 35 Os contribuintes exportadores deste Estado deverão solicitar o regime especial de que
trata este decreto até o dia 31 de julho de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.421/18.
Art. 35 Os contribuintes exportadores deste Estado deverão solicitar o regime especial de que
trata este decreto até o dia 30 de maio de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.325/17.
Art. 35 Os contribuintes exportadores deste Estado deverão solicitar o regime especial de que
trata este decreto até o dia 31 de março de 2018.
Redação original.
Art. 35 Os contribuintes exportadores deste Estado deverão solicitar o regime especial de que
trata este decreto até o último dia útil do mês subsequente ao da publicação deste ato.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.660/18, efeitos retroativos a 31.08.18.
§ 1° Em relação ao destinatário localizado em outra unidade da Federação, o regime especial de
que trata este decreto deverá ser solicitado até o dia 10 de dezembro de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.600/18.
§ 1° Em relação ao destinatário localizado em outra unidade da Federação, o regime especial de
que trata este decreto deverá ser solicitado até o dia 28 de setembro de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.520/18.
§ 1° Em relação ao destinatário localizado em outra unidade da Federação, o regime especial de
que trata este decreto deverá ser solicitado até o dia 31 de agosto de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.421/18.
§ 1° Em relação ao destinatário localizado em outra unidade da Federação, o regime especial de
que trata este decreto deverá ser solicitado até o dia 29 de junho de 2018.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.325/17.
§ 1° Em relação ao destinatário localizado em outra unidade da Federação, o regime especial de
que trata este decreto deverá ser solicitado até o dia 27 de abril de 2018.
Redação original.
§ 1° Em relação ao destinatário localizado em outra unidade da Federação, o regime especial de
que trata este decreto deverá ser solicitado até o último dia útil do segundo mês subsequente ao
da publicação deste ato.
Redação anterior dada pelo Dec. 1.600/18.
§ 2° Não se exigirá o credenciamento definitivo para realização das operações de que trata o art.
1°:
Redação original.
§ 2° Não se exigirá o credenciamento para realização das operações de que trata o art. 1°:
Redação original.
I - durante o transcurso do prazo fixado no caput e no § 1° deste artigo, respectivamente, do
contribuinte deste Estado e/ou do destinatário localizado em outra unidade da Federação;
II - enquanto na concluída a análise do requerimento de credenciamento formalizado por
contribuinte deste Estado e/ou por destinatário localizado em outra unidade da Federação,
respectivamente, dentro dos prazos fixados no caput e no § 1° deste artigo.
Redação original, acrescentado pelo Dec. 1.600/18.
§ 3° Aos interessados na obtenção do credenciamento de que trata este Decreto, nos casos em
que o requerimento foi efetuado até o prazo previsto no caput e no § 1° deste artigo, desde que
atendido, pelo menos, o disposto no inciso V do § 3° ou no § 4° do artigo 4°, será concedido
credenciamento provisório que terá validade até a conclusão da análise dos demais requisitos.
Redação original, acrescentado pelo Dec. 1.600/18.
§ 4° As solicitações de credenciamento efetuadas após o prazo previsto neste artigo somente
autorizarão a realização das operações de exportação, após a análise e deferimento do
credenciamento.

Art. 36 A Secretaria de Estado de Fazenda poderá:


I - com base em convênio de mútua colaboração com a Receita Federal do Brasil, manter
intercâmbio com aquele Órgão, com o objetivo de verificar a efetividade da exportação;
II - prestar a assistência mútua para a fiscalização e/ou para designação de servidores,
nos moldes previstos no Convênio ICMS 83, de 6 de outubro de 2006, e no Convênio
ICMS 84, de 25 de setembro de 2009;
III - celebrar acordo prévio com outras unidades da Federação, conforme disposto no
Convênio ICMS 83/2006 e no Convênio ICMS 84/2009.

Art. 37 Este decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá - MT, 17 de novembro de 2017, 196° da Independência e


129° da República.

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