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Artigo 22
Artigo 22
caminhos mínimos
Autora: Criseida Toledo de Paula
Professor Orientador: Ms. Gerson Pastre de Oliveira
Faculdade Politécnica de Jundiaí
Resumo
Introdução
A Teoria dos Grafos pode representar um dados, além de algoritmos, e que sua aplicação
ponto comum entre assuntos oriundos das mais vem permitir e facilitar a implementação de
diversas áreas profissionais e acadêmicas. Isto soluções para problemas das mais variadas áreas
porque a mesma pode ser aplicada à do conhecimento, decidi, então, investigar o
representação de quaisquer conjuntos finitos de assunto a fim de conhecer e entender um pouco
elementos, abrangendo situações que vão desde mais a respeito.
mapas de rotas de transporte ou distribuição de Uma das primeiras abordagens ao assunto
produtos, diagramas elétricos, pesquisa que hoje é conhecido como “Teoria dos Grafos”
operacional, arquitetura, geografia, e muitos se deu, provavelmente, pelo matemático suíço
outros. Leonhard Euler, no século XVIII, que desejou
Meu interesse pelo assunto surgiu em sala encontrar uma solução para o problema das
de aula a partir de uma breve explicação do pontes de Konigsberg; (Oliveira, 2003): “Há um
Professor Gerson Pastre de Oliveira, enquanto rio atravessando a cidade, com uma bifurcação
ministrava aula de Estruturas de Dados, e embora em determinado ponto, em torno de uma ilha.
o escopo do curso não contemplasse uma Diversas pontes atravessam o rio (...). A questão
abordagem completa da matéria, a curiosidade é saber se uma pessoa poderia passar por todas
foi aguçada pela minha afinidade com as matérias as regiões da cidade cruzando cada ponte apenas
lógicas, matemáticas e, principalmente, linguagens uma vez”.
de programação. Sabendo, então, que os grafos
podem ser representados por estruturas de
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Muitos cenários podem ser encontrados no
mundo real, como por exemplo, um mapa de
ruas de um bairro qualquer, que pode ser
perfeitamente representado por um grafo com
as características desejadas. Um algoritmo
eficiente para realizar essa busca é conhecido
como algoritmo de Dijkstra, e será utilizado para
demonstrar a aplicação deste estudo.
Procura-se, assim, estabelecer exemplos
práticos de utilização do algoritmo do caminho
mínimo de Dijkstra para solucionar problemas
reais. Para tanto foi efetuada negociação com a
Prefeitura Municipal de Várzea Paulista, que
gentilmente cedeu o mapa digitalizado da cidade.
O exemplo a ser utilizado supõe a existência de
Segundo Gersting (2001, p. 230) “Grafos
um ponto de táxi em determinada rua da região
ou árvores podem representar um número
escolhida.
surpreendente de situações reais - organogramas,
mapas rodoviários, redes de transporte e
Definições e Revisão Teórica
comunicação, e assim por diante”.
Objetivos
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arco conecta dois nós”.
Alguns grafos podem apresentar mais de
uma aresta conectando o mesmo par de vértices,
e estas então são chamadas arestas paralelas.
De modo semelhante, um determinado nó pode
ser ao mesmo tempo o ponto inicial e final de
uma aresta, e neste caso ela é chamada de laço.
O grau de um vértice corresponde ao
número de arestas que partem de um
determinado nó. Dessa forma, o nó R da figura
5 tem grau 3, enquanto o nó T tem grau 4.
Um grafo simples é aquele que não
apresenta arestas paralelas e nem laços. Ainda
se tratando de arestas, aqueles nós que ela
conecta são chamados de vértices adjacentes,
ou seja, os nós nos quais a aresta tem seus pontos
inicial e final.
Alguns grafos podem apresentar alguns
Ambas as situações acima passam a ser conjuntos de nós (ou um único nó) que não tem
representadas utilizando-se pontos e linhas em conexão com os demais. Um exemplo:
uma diagrama, “... os pontos são chamados
vértices, as linhas são chamadas arestas, e todo
o diagrama é chamado grafo. Note que a
interseção das linhas PS e QT não é um vértice,
já que ela não corresponde a um cruzamento da
estrada ou um encontro de dois fios elétricos”
(Wilson, 1996, p.2). A figura 4 mostra o grafo
que representa essas situações.
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figura 6 também é conexo. Estruturas que são iguais exceto por
De acordo com Wilson (1996, p.2), outra uma mudança de nomes são ditas
forma de representar o grafo da figura 4 é isomorfas. Para mostrar que duas
remover o cruzamento das linhas PS e QT, estruturas são isomorfas, precisamos
obter uma mudança de nomes (uma
desenhando a linha PS por fora do retângulo
bijeção entre os elementos das duas
PQST. O grafo resultante ainda nos diz quais
estruturas) e depois mostrar que as
nós a aresta PS conecta. propriedades importantes das
Um grafo que pode ser redesenhado sem estruturas são “preservadas”
cruzamentos é chamado de grafo planar. (mantidas) sob essa mudança de
nomes. No caso de grafos, os
elementos são os nós e os arcos. A
“propriedade importante” em um
grafo é quais arcos conectam que nós.
(op. cit., p. 236)
Metodologia
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Existem grafos em que as arestas possuem é atribuído como peso às arestas. Um dos
um sentido obrigatório, como se fossem ruas de algoritmos para se encontrar o caminho mínimo
mão única. Nesse caso o grafo é chamado de em um grafo foi desenvolvido por Dijkstra. De
direcionado, ou digrafo. acordo com Oliveira (2003),
Algumas estruturas de dados podem ser
utilizadas para representação de grafos como, Se G é um grafo simples e conexo -
por exemplo, uma matriz de adjacência, onde o com pesos positivos - pode-se afirmar
número de linhas e de colunas corresponde ao que existe pelo menos um caminho
entre dois vértices quaisquer. O mais
número de vértices do grafo. De acordo com
freqüente é que existam vários
Gersting (2001, p.230), “Para representar um
caminhos e então surge o problema
grafo ou uma árvore na memória do computador, que consiste em determinar quais são
os dados precisam ser arrumados de forma que os caminhos de peso mínimo (pode
se preserve toda a informação contida na haver apenas um, também). O peso
representação visual”. pode ser encarado como distância
Para cada aresta do grafo é acrescentado entre dois pontos, daí chamar-se tal
o valor ‘1’ na linha/coluna correspondente. Dessa problema de” problema do caminho
forma, numerando-se os vértices (apenas por mínimo “. Sua solução pode trazer
uma questão de ordenação), substituindo-se as múltiplas vantagens em redes de
letras u, v, w e z por números de 1 a 4, computadores, por exemplo, no envio
de informações entre os pontos de
respectivamente, o grafo conexo e não
maneira mais eficiente quanto
direcionado da figura 6 teria a seguinte matriz de
possível. A área de logística também
adjacência: pode perceber benefícios associados
à solução de semelhante questão.
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da Vila Popular), conforme figura 10.
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Selecionados os pontos para compor os Para apurar as distâncias, percorremos
vértices do grafo, o próximo passo foi levantar uma linha imaginária através do centro do leito
todas as distâncias referentes a cada par de das ruas, dobrando as esquinas necessárias,
vértices conectados por arestas. Para este como mostra a figura 11. Por exemplo, para
trabalho foram consideradas apenas as distâncias descobrir a distância real entre os dois pontos
lineares entre os pontos, sem considerar algumas das ruas Amambaí e Ibirá, iniciamos a medida a
variáveis complicadoras, como obstáculos ou partir do ponto “a” localizado sobre o vértice
relevo das ruas, por tratar-se de estudo 37, e seguimos em linha reta até o ponto “b”
experimental baseado apenas nas distancias. localizado na esquina das ruas Ibirá com
Contudo essas variáveis seriam de grande Amambaí, perfazendo 135 metros; em seguida,
importância em determinadas situações, como dobramos a esquina e seguimos a nossa linha
logística, por exemplo, onde o relevo influencia pela rua Amambaí, percorrendo mais 136 metros
diretamente o consumo de combustível. até chegar ao ponto “c” que se encontra sobre o
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vértice 38, totalizando assim 271 metros. Feito
isto, as distâncias apuradas foram atribuídas ao
grafo como peso da aresta em questão. E assim,
sucessivamente com as demais arestas do grafo.
Resultados
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Conclusão
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conhecimento através de uma experiência de incentivo
à autonomia dos estudantes no aprendizado de
matemática discreta. Anais do VII Encontro Paulista
de Educação Matemática, 2004.
__________. Matemática Discreta: notas de aula.
Jundiaí, 2003. (mimeo).
WILSON, Robin J. Introduction do Graph Theory. 4.
ed. Prentice Hall. 1996.
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