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Greice Mara Monteiro da Silva

DESEMPENHO ESCOLAR: um estudo avaliativo

Dissertação apresentada ao Programa de


Pós-Graduação da Faculdade Cesgranrio
como requisito para a obtenção do título de
Mestre em Avaliação.

Orientadora: Profª Drª Suely da Silva Rodrigues

Rio de Janeiro
2019
S586d Silva, Greice Mara Monteiro da.
Desempenho escolar: um estudo avaliativo / Greice
Mara Monteiro da Silva. - 2019.
119 f.; 30 cm.

Orientadora: Profª Drª Suely da Silva Rodrigues.


Dissertação (Mestrado Profissional em Avaliação) -
Faculdade Cesgranrio, Rio de Janeiro, 2019.
Bibliografia: f. 97-100.

1. Teste e Avaliações em Classe – Desempenho


Escolar. 2. Estudo Avaliativo – Ensino Fundamental. I.
Rodrigues, Suely da Silva. II. Título.

CDD 371.27

Ficha catalográfica elaborada por Anna Karla S. da Silva (CRB7/6298)

Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial


desta dissertação.

Assinatura Data
Dedico este trabalho aos meus filhos e
esposo. À minha mãe – exemplo de uma
grande mulher. Fontes de inspiração da
minha vida.
AGRADECIMENTOS

À Prof.a Dr.a Suely da Silva Rodrigues, pela dedicação, profissionalismo, incentivo e


compreensão em todo esse processo de orientação da minha dissertação. Uma
pessoa que será sempre lembrada e que tenho um carinho especial.

Aos membros da banca examinadora, Prof.a Dr.a Suely da Silva Rodrigues,


Prof.a Dr.a Ligia Gomes Elliot e Prof.a Dr.a Alícia Maria Catalano Bonamino, por
atenderem gentilmente ao convite de comporem a mesma.

Às Prof.a Dr.a Ligia Gomes Elliot, Prof.a Dr.a Lúcia Regina Goulart Vilarinho e
Prof.a Dr.a Lucí Mary Araujo Hildenbrand pela sua disponibilidade e contribuições
pertinentes para conclusão de minha dissertação.

Ao corpo docente do Mestrado Profissional em Avaliação da Faculdade Cesgranrio


pelo profissionalismo, pelos momentos de troca de conhecimento, exemplos de
docentes.

A todos os funcionários da Faculdade Cesgranrio, pelo pronto atendimento, sempre


que necessitei.

Aos amigos da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha, minha eterna gratidão pelo
companheirismo e pelo aprendizado.

À Fundação Municipal de Educação de Niterói, por compartilhar momentos


inesquecíveis da minha jornada profissional.

Aos meus amigos, parceiros no Mestrado em Avaliação, na carona e nos grupos de


trabalho, que com amizade e companheirismo ajudaram que essa caminhada se
tornasse realidade.

A minha família que sempre me motivou e deu força para concluir este Mestrado.

E por fim, agradeço a Deus, que me proporcionou força, saúde e determinação para
realizar esse sonho.
RESUMO

O presente estudo consistiu em avaliar o desempenho escolar dos alunos do 5º ano


do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professora Lúcia Maria Silveira Rocha,
considerando as edições do Saeb, o impacto do Ideb e as dimensões dos Indicadores
da Qualidade na Educação, no contexto escolar, na visão do corpo docente e da
equipe de articulação pedagógica da escola. A necessidade de melhorar a educação
no País levou o Ministério da Educação a criar o Sistema Nacional da Avaliação da
Educação Básica (SAEB) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB),
Indicador de Qualidade Educacional que considera a média de proficiência em Língua
Portuguesa e Matemática no Saeb e o fluxo escolar identificado pelo Censo Escolar,
possibilitando um diagnóstico da situação educacional e estabelecendo metas
individuais para as Unidades Escolares, Municípios e Estado para potencializar e
estimular o aprendizado. O estudo envolveu 28 respondentes, professores e equipe
de articulação pedagógica da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha que
responderam ao Questionário de Avaliação Institucional. Esse instrumento procurou
avaliar os fatores intervenientes (Ambiente educativo; Prática pedagógica e avaliação;
Ensino e Aprendizagem da Leitura e a escrita; Gestão escolar democrática; Formação
e condições de trabalhos dos profissionais da escola; Acesso e permanência dos
alunos na escola e ambiente físico escolar). O estudo avaliativo mostrou que os
resultados alcançados no Saeb e no Ideb são apresentados a toda comunidade
escolar, porém, não há registros significativos de implementações de mudanças
pedagógicas e que os fatores intervenientes apontados nos Indicadores da Qualidade
na Educação, impactam diretamente no desempenho escolar e dificultam que a escola
consiga atingir as metas estipuladas pelo Ideb. O estudo pretende contribuir,
fornecendo subsídios aos profissionais da escola e outras Unidades Escolares, no
sentido de recomendar algumas práticas que conduzam à melhoria da qualidade da
educação, bem como auxiliar na promoção de políticas públicas para as redes de
ensino.
Palavras-chave: Avaliação. Desempenho Escolar. Indicadores.
ABSTRACT

The present study consisted of evaluating the school performance of the students of
the 5th grade of the Elementary School of the Professor Lúcia Maria Silveira Rocha
Municipal School, considering the Saeb editions, the impact of the Ideb and the
dimensions of the Quality Indicators in Education, in the school context. in the view of
the teaching staff and the pedagogical articulation team of the school. The need to
improve education in the country led the Ministry of Education to create the National
Basic Education Assessment System (SAEB) and the Basic Education Development
Index (IDEB), an Educational Quality Indicator that considers the average language
proficiency. Saeb and Mathematics and the school flow identified by the School
Census, allowing a diagnosis of the educational situation and setting individual goals
for the School Units, Municipalities and State to enhance and stimulate learning. The
study involved 28 respondents, teachers and pedagogical articulation team of EM
Professor Lúcia Maria Silveira Rocha who answered the Institutional Evaluation
Questionnaire. This instrument sought to assess the intervening factors (Educational
Environment; Pedagogical Practice and Assessment; Reading and Writing Teaching
and Learning; Democratic School Management; Training and Working Conditions of
School Professionals; Student Access and Permanence in School ePhysical
Environment) . The evaluative study showed that the results achieved in Saeb and
Ideb are presented to the entire school community, however, there are no significant
records of pedagogical change implementations and that the intervening factors
pointed out in the Education Quality Indicators directly impact the school performance
and make it difficult. that the school can achieve the goals set by Ideb. The study aims
to contribute by providing subsidies to school professionals and other School Units, in
order to recommend some practices that lead to the improvement of the quality of
education, as well as assist in the promotion of public policies for the education
networks. The present study consisted of evaluating the school performance of the
students of the 5th grade of the Elementary School of the Professor Lúcia Maria
Silveira Rocha Municipal School, considering the Saeb editions, the impact of the Ideb
and the dimensions of the Quality Indicators in Education, in the school context. in the
view of the teaching staff and the pedagogical articulation team of the school. The need
to improve education in the country led the Ministry of Education to create the National
Basic Education Assessment System (SAEB) and the Basic Education Development
Index (IDEB), an Educational Quality Indicator that considers the average language
proficiency. Saeb and Mathematics and the school flow identified by the School
Census, allowing a diagnosis of the educational situation and setting individual goals
for the School Units, Municipalities and State to enhance and stimulate learning. The
study involved 28 respondents, teachers and pedagogical articulation team of EM
Professor Lúcia Maria Silveira Rocha who answered the Institutional Evaluation
Questionnaire. This instrument sought to assess the intervening factors (Educational
Environment; Pedagogical Practice and Assessment; Reading and Writing Teaching
and Learning; Democratic School Management; Training and Working Conditions of
School Professionals; Student Access and Permanence in School ePhysical
Environment). The evaluative study showed that the results achieved in Saeb and Ideb
are presented to the entire school community, however, there are no significant
records of pedagogical change implementations and that the intervening factors
pointed out in the Education Quality Indicators directly impact the school performance
and make it difficult. that the school can achieve the goals set by Ideb. The study aims
to contribute by providing subsidies to school professionals and other School Units, in
order to recommend some practices that lead to the improvement of the quality of
education, as well as assist in the promotion of public policies for the education
networks.
Keywords: Evaluation. School performance. Indicators.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 Evolução do Saeb....................................................................... 19


Figura 1 Escala numérica de desempenho em Língua Portuguesa
(Leitura).......................................................................................... 34
Figura 2 Escala numérica de desempenho em Matemática...................... 34
Gráfico 1 Ideb da E. M. Professora Lúcia Maria Silveira Rocha................. 41
Gráfico 2 Ideb do município de Niterói........................................................ 42
Gráfico 3 Comparativo do Ideb................................................................... 42
Quadro 2 Categorias de Avaliação e seus indicadores.............................. 47
Quadro 3 Critérios de julgamento das afirmações........................................ 51
Gráfico 4 Distribuição das respostas no indicador Projeto político-
58
pedagógico definido e conhecido por todos.................................
Gráfico 5 Distribuição das respostas das questões 2.2.4. e 2.2.5............... 59
Gráfico 6 Distribuição das respostas da questão 2.2.6................................ 59
Gráfico 7 Distribuição do indicador contextualização.................................. 60
Gráfico 8 Distribuição das respostas da questão 2.5.2................................ 62
Gráfico 9 Distribuição das respostas da questão 2.6.4................................ 64
Gráfico 10 Distribuição das respostas na questão 3.3.4................................ 68
Gráfico 11 Distribuição das respostas na questão 3.4.3............................... 69
Gráfico 12 Distribuição das respostas na questão 4.1.5................................ 72
Gráfico 13 Distribuição das respostas na questão 4.3.1............................... 74
Gráfico 14 Distribuição das respostas na questão 4.3.2................................ 75
Gráfico 15 Distribuição das respostas na questão 4.3.3................................ 75
Gráfico 16 Distribuição das respostas na questão 5.2.1............................... 80
Gráfico 17 Distribuição das respostas na questão 5.2.2............................... 80
Gráfico 18 Distribuição das respostas na questão 5.2.3............................... 81
Gráfico 19 Distribuição das respostas na questão 5.2.4............................... 81
Gráfico 20 Distribuição das respostas na questão 7.2.1............................... 89
Gráfico 21 Distribuição das respostas na questão 7.2.3............................... 89
Gráfico 22 Distribuição das respostas na questão 7.2.7............................... 90
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Grupos de referência e quantitativo das turmas por turno em


2019........................................................................................... 30
Tabela 2 Corpo docente da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha por
turno e carga horária................................................................... 32
Tabela 3 Equipe de Apoio......................................................................... 32
Tabela 4 Média das Proficiências no Saeb............................................... 35
Tabela 5 Proficiência Padronizada............................................................ 36
Tabela 6 Nível de Desempenho na Escala do SAEB................................ 36
Tabela 7 Taxa de aprovação.................................................................... 38
Tabela 8 Taxa de reprovação.................................................................... 38
Tabela 9 Taxa de abandono...................................................................... 40
Tabela 10 Ideb observado........................................................................... 42
Tabela 11 Amizade e solidariedade............................................................. 53
Tabela 12 Alegria......................................................................................... 53
Tabela 13 Respeito ao outro........................................................................ 54
Tabela 14 Combate à discriminação............................................................ 54
Tabela 15 Disciplina e tratamento adequado aos conflitos que ocorrem no
dia a dia da escola...................................................................... 55
Tabela 16 Respeito aos direitos da criança e dos adolescentes................. 56
Tabela 17 Projeto político-pedagógico definido e conhecido por todos....... 57
Tabela 18 Planejamento.............................................................................. 58
Tabela 19 Contextualização......................................................................... 60
Tabela 20 Prática pedagógica inclusiva...................................................... 61
Tabela 21 Formas variadas e transparentes de avaliação.......................... 62
Tabela 22 Monitoramento da prática pedagógica e da aprendizagem do
aluno........................................................................................... 63
Tabela 23 Orientações para a alfabetização inicial implementada.............. 66
Tabela 24 Concordância do indicador existência de práticas
alfabetizadoras na escola........................................................... 67
Tabela 25 Concordância do indicador atenção ao processo de
alfabetização de cada criança.................................................... 67
Tabela 26 Acesso e bom aproveitamento da biblioteca, salas de leitura e
sala de aula, dos equipamentos de informática e da internet....... 69
Tabela 27 Existência de ações integradas entre a escola e toda a rede de
ensino para favorecer a aprendizagem da leitura e da
escrita.......................................................................................... 70
Tabela 28 Informação democratizada......................................................... 72
Tabela 29 Concordância do indicador Conselhos escolares atuantes 73
Tabela 30 Participação efetiva de estudantes, pais, mães e comunidade
74
em geral......................................................................................
Tabela 31 Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de
76
avaliação da escola e das redes de ensino................................
Tabela 32 Participação na gestão financeira da escola............................... 76
Tabela 33 Formação inicial e continuada.................................................... 79
Tabela 34 Suficiência e estabilidade da equipe escolar.............................. 80
Tabela 35 Assiduidade da equipe escolar................................................... 81
Tabela 36 Atenção especial aos alunos que faltam.................................... 85
Tabela 37 Preocupação com o abandono e com a evasão........................ 85
Tabela 38 Atenção especial aos alunos com alguma defasagem de
86
aprendizagem.............................................................................
Tabela 39 Suficiência do ambiente físico escolar........................................ 87
Tabela 40 Qualidade do ambiente físico escolar......................................... 88
Tabela 41 Bom aproveitamento do ambiente físico escolar........................ 90
Tabela 42 Pontos fortes da E.M. Professora Lúcia Maria Silveira Rocha..... 92
Tabela 43 Pontos fracos da E.M. Professora Lúcia Maria Silveira
93
Rocha...........................................................................................
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AEE Atendimento Educacional Especializado


ANA Avaliação Nacional da Alfabetização
ANEB Avaliação Nacional da Educação Básica
ANRESC Avaliação Nacional do Rendimento Escolar
CEC Conselho Escola Comunidade
EAP Equipe de Articulação Pedagógica
EI Educação Infantil
EF Ensino Fundamental
EJA Educação de Jovens e Adultos
EM Escola Municipal
ENEN Exame Nacional do Ensino Médio
FME Fundação Municipal de Educação de Niterói
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira
LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC Ministério da Educação e Cultura
PISA Programa Internacional de Avaliação de Estudantes
PNAIC Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
PNE Planos Nacionais de Educação
PPP Projeto Político-Pedagógico
SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica
TRI Teoria de Resposta ao Item
SUMÁRIO

1 A AVALIAÇÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA....................... 15


1.1 SISTEMA NACIONAL DA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E
OS FATORES INTERVENIENTES À QUALIDADE DA EDUCAÇÃO. 17
1.1.1 Ambiente educativo.......................................................................... 22
1.1.2 Prática pedagógica e avaliação...................................................... 23
1.1.3 Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.............................. 24
1.1.4 Gestão escolar democrática........................................................... 25
1.1.5 Formação e condições de trabalhos dos profissionais da
escola.................................................................................................. 25
1.1.6 Acesso e permanência dos alunos na escola................................ 26
1.1.7 Ambiente físico escolar.................................................................... 27
1.2 JUSTIFICATIVA, OBJETIVO E QUESTÕES AVALIATIVAS............. 28

2 DESEMPENHO ESCOLAR................................................................. 30
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA............................................................ 30
2.2 A TRAJETÓRIA DO DESEMPENHO ESCOLAR NA ESCALA DO
SAEB................................................................................................... 33
2.3 O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA........ 37

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................ 44
3.1 ABORDAGEM DA AVALIAÇÃO......................................................... 44
3.2 CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO AVALIATIVO............................ 44
3.2.1 Respondentes do estudo.................................................................. 45
3.2.2 Base da construção do instrumento avaliativo.............................. 45
3.2.3 Validação do questionário................................................................ 48
3.3 COLETA DE DADOS.......................................................................... 50
3.4 ANÁLISE DOS DADOS....................................................................... 51
4 RESULTADOS.................................................................................... 52
4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTAS.............................................................. 52
4.1.1 Ambiente educativo na visão dos respondentes........................... 52
4.1.2 Prática pedagógica e avaliação na visão dos respondentes......... 57
4.1.3 Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita na visão dos
respondentes..................................................................................... 66
4.1.4 Gestão escolar democrática na visão dos respondentes............. 71
4.1.5 Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola
na visão dos respondentes............................................................... 78
4.1.6 Acesso e permanência dos alunos na escola................................. 84
4.1.7 Ambiente físico escolar..................................................................... 87
4.2 SÍNTESE DOS DADOS....................................................................... 92
4.3 CONCLUSÕES.................................................................................... 94
4.4 RECOMENDAÇÕES...........................................................................
96
REFERÊNCIAS...................................................................................
97
APÊNDICE A – Questionário de Avaliação Institucional...............
102
ANEXO A - Escala de Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano
do Ensino Fundamental....................................................................
112
ANEXO B - Escala de Proficiência em Matemática - 5º ano do
Ensino Fundamental.........................................................................
114
15

1 A AVALIAÇÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

A escola é uma instituição que tem sua função pautada no desenvolvimento


físico, cognitivo e afetivo do aluno, trabalhando as suas várias potencialidades, como
conhecimento, valores, procedimentos, habilidades e atitudes que, juntas e
contextualizadas, possibilitam desenvolvimento das capacidades, favorecendo a
socialização e a formação de um cidadão mais participativo. Nesse contexto, é
importante que as práticas pedagógicas sejam significativas, favoreçam a experiência
do aluno e o conhecimento espontâneo. A socialização e a interação entre professores
e alunos proporcionam a troca de experiências e vivências, facilitando o processo de
ensino-aprendizagem. Segundo Vygotsky (1991), é na troca com outros sujeitos e
consigo próprio que as crianças vão internalizando informações, experiências, papéis
e funções sociais, permitindo a construção do conhecimento e da sua consciência.
Nesse sentido, o professor assume um papel fundamental no processo, que é o de
mediar a aprendizagem, redefinir suas práticas pedagógicas, para que tragam
contribuições significativas, evidenciando a criança como sujeito da sua
aprendizagem.
De acordo com Padilha (2006, p. 65) na autonomia da escola cidadã:

A educação enquanto processo de conscientização (desalienação)


tem tudo a ver com a própria autonomia e, como está se fundamenta
no pluralismo político-pedagógico, garante a mudança possível no
próprio sistema educacional e nos próprios elementos que o integram.
Assim, podemos afirmar que os direitos dos alunos serão ampliados e
respeitados na medida em que, no interior da escola, garantirmos a
possibilidade de um trabalho voltado para a autonomia pessoal e para
a educação cidadã.

Neste sentido, refletindo sobre o papel político-pedagógico Romão e Gadotti


(1994, p. 42) explicam que:

É preciso entender o projeto político–pedagógico da escola como um


situar-se num horizonte de possibilidades na caminhada, no cotidiano,
imprimindo uma direção que se deriva de respostas a um feixe de
indagações tais como: que educação se quer e que tipo de cidadão se
deseja, para que projeto de sociedade? A direção se fará ao se
entender e propor uma organização que se funda no entendimento
compartilhado aos professores, dos alunos e demais interessados em
educação.
16

No que se refere ao papel social da escola, percebe-se que a pedagogia da


autonomia tem como meta a “construção da autonomia e da solidariedade, e a
avaliação passa a ser uma referência para a própria criança, no sentido de superação
das dificuldades que venha encontrando.” (VASCONCELLOS, 2014, p. 47). Ainda de
acordo com Vasconcellos (2014, p. 47),

Enquanto instituição, o papel que se espera da escola é que possa


colaborar na formação do cidadão (objetivo de que participam outras
instâncias sociais) pela mediação do conhecimento científico estético,
filosófico (especificidade). O conhecimento não tem sentido em si
mesmo: deve ajudar a compreender o mundo, e a nele intervir. Assim
sendo, entendemos que a principal finalidade da avaliação no
processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito,
pela mediação da efetiva construção do conhecimento, a
aprendizagem por parte de todos os alunos.

Percebe-se que a avaliação atua como uma ferramenta fundamental para a


garantia do processo de aprendizagem. O professor e a equipe pedagógica poderão
utilizar a avaliação no planejamento das aulas de forma intencional atendendo as
necessidades dos alunos, a fim de promover o avanço do aprendizado.
Perrenoud (1999, p. 13) reafirma que a “avaliação não é um fim em si. É uma
engrenagem no funcionamento didático e, mais globalmente, na seleção e na
orientação escolar. Ela serve para controlar o trabalho dos alunos e, simultaneamente,
para gerir os fluxos”.

O processo de aprendizagem é uma experiência individual, particular


e diferente entre as pessoas e para cada uma, a avaliação também o
é e, por isso, o planejamento precisa ser plural para atender as
distintas e diversas demandas de cada indivíduo. Para tal, a avaliação
é imprescindível, pois ela vai mostrar a situação pedagógica dos
alunos de forma clara e objetiva, auxiliando na construção desse
planejamento. (LINO, 2015, p. 12).

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000, p. 12), a


avaliação:
 É parte integrante e instrumento de auto-regulação do processo de
ensino-aprendizagem.
 Diz respeito não só ao aluno, mas também ao profissional e ao
próprio sistema escolar.
 É um conjunto de atuações que tem a função de alimentar,
sustentar e orientar a intervenção pedagógica.
 É um processo compreensivo, sistemático contínuo e abrangente
que visa à melhoria do processo ensino-aprendizagem e, portanto,
17

ao máximo rendimento do aluno, ou seja, à consecução integral dos


objetivos educacionais.

Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000, p.


14), são finalidades da avaliação:

 Fornecer subsídios para um planejamento adequado.


 Contribuir com os dados para o professor, quanto à sua atuação
(métodos, técnicas e procedimentos).
 Proporcionar ao professor informações sobre cada aluno para
direcionar o processo de aprendizagem de maneira heterogênea.
 Orientar o processo ensino-aprendizagem.
 Ser diagnóstica do processo de aprendizagem do aluno, pois é um
processo global onde a prova (exame formal) é um instrumento e
não o único.

Em suma, por meio da avaliação será possível diagnosticar avanços e entraves


do processo ensino-aprendizagem. A avaliação fornecerá subsídios ao professor para
a construção de um planejamento adequado às demandas apresentadas, tendo como
uma das finalidades medir o desempenho escolar dos alunos, auxiliando na tomada
de decisão e contribuindo para a função social da escola.

1.1 SISTEMA NACIONAL DA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E OS


FATORES INTERVENIENTES À QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

As discussões sobre a qualidade da Educação no Brasil suscitam questões


sobre ambiente escolar, práticas pedagógicas, avaliação, formação docente,
ambiente físico e gestão escolar, considerados fundamentais e determinantes na
qualidade de ensino ofertado por uma escola. No foco das discussões estão as
avaliações em larga escala como forma de qualificar as Unidades Escolares e o
sistema de ensino no país.
Demo (1994) define qualidade como uma dimensão de intensidade, ligando
diretamente as questões como perfeição, competência humana e profundidade, no
sentido de mobilizar a capacidade de construir, agir e participar. O autor afirma que:

Educação passa a ser o espaço e o indicador crucial de qualidade,


porque representa a estratégia básica da formação humana.
Educação não será, em hipótese nenhuma, apenas ensino,
treinamento, instrução, mas especificamente formação, apreender a
18

aprender, saber pensar, para poder melhor intervir, inovar.


(DEMO,1994, p. 20).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB nº 9394/96 (BRASIL, 1996), no


artigo 9º, inciso VI, salienta a responsabilidade da União, em parceria com Estado,
Distrito Federal e Municípios, de assegurar o processo nacional de avaliações,
regulamentando assim, a realização das avaliações externas no espaço escolar.
Segundo Klein (2013), os testes de uma avaliação externa têm a finalidade de
aferir o conhecimento, seus resultados devem revelar o que os alunos sabem e são
capazes de fazer por meio da interpretação de uma escala apropriada.
Os dados obtidos a partir dessas avaliações em larga escala têm um caráter
diagnóstico, servindo de instrumento de gestão e políticas públicas para melhoria da
qualidade do ensino.
De acordo com Klein e Fontanive (1995, p. 29):

A avaliação educacional em larga escala é um sistema de informações


que tem como objetivo fornecer diagnóstico e subsídios para a
implantação ou manutenção de políticas educacionais. Ela deve ser
concebida também, para promover um contínuo monitoramento do
sistema educacional com vistas a detectar os efeitos positivos ou
negativos das políticas adotadas.

Neste cenário, o Ministério da Educação implementou o Sistema Nacional da


Avaliação da Educação Básica (SAEB) tendo sua composição por um conjunto de
avaliações em larga escala. Com a finalidade de realizar um diagnóstico do sistema
educacional.

O objetivo do Saeb é realizar um diagnóstico do sistema educacional


brasileiro e de alguns fatores que possam interferir no desempenho do
estudante, fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino
ofertado. As informações produzidas visam subsidiar a formulação,
reformulação e o monitoramento das políticas educacionais em esfera
municipal, estadual e federal, contribuindo para a melhoria da
qualidade, equidade e eficiência do ensino. (INEP, 2019c, p. 2).

O Quadro 1 mostra a evolução história das aplicações do Saeb.


19

Quadro 1 - Evolução do Saeb


A primeira aplicação do Saeb aconteceu em 1990 com a participação
amostral de escolas que ofertavam as 1ª, 3ª, 5ª e 7ª séries do Ensino
Fundamental em escolas públicas da rede urbana. Os estudantes
1990 foram avaliados em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências. As
5ª e 7ª séries também foram avaliadas em redação e este formato
se manteve na edição de 1993.
A partir de 1995 foi adotada uma nova metodologia de construção
do teste e análise de resultados: a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Dessa forma, a comparabilidade entre os resultados das avaliações
ao longo do tempo se tornou possível. Neste ano foi decidido que o
público avaliado se restringiria às etapas finais dos ciclos de
1995
escolarização: 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental (que
correspondem ao 5º e 9º anos atualmente) e 3º ano do Ensino
Médio. Além da amostra da rede pública, em 1995 foi acrescentada
uma amostra da rede privada. Neste ano não foram aplicados testes
de Ciências.
Nas edições de 1997 e 1999, os estudantes matriculados nas 4ª e
8ª séries foram avaliados em Língua Portuguesa, Matemática e
Ciências e os estudantes de 3º ano do Ensino Médio em Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia.
1997
Nas edições de 1990 e 2003 as provas foram aplicadas a um grupo
de escolas sorteadas em caráter amostral – o que possibilitou a
geração de resultados para unidades da federação, regiões e Brasil
em diferentes escalas.
É importante ressaltar que a partir da edição de 2001, o Saeb passou
2001 a avaliar apenas as áreas de Língua Portuguesa e Matemática. Tal
formato se manteve nas edições de 2003, 2005, 2007, 2009 e 2011.
Em 2005 o Saeb foi reestruturado pela Portaria Ministerial nº 931, de
21 de março de 2005. O sistema passou a ser composto por duas
avaliações: Avaliação Nacional da Educação Básica
(Aneb) e Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc),
conhecida como Prova Brasil.
A Aneb manteve os procedimentos da avaliação amostral
(atendendo aos critérios estatísticos de no mínimo 10 estudantes por
turma) das redes públicas e privadas, com foco na gestão da
educação básica que até então vinha sendo realizada no Saeb. A
Anresc (Prova Brasil), por sua vez, passou a avaliar de forma
2005 censitária as escolas que atendessem a critérios de quantidade
mínima de estudantes nas séries avaliadas, permitindo gerar
resultados por escola.
A Anresc (Prova Brasil) foi idealizada para atender a demanda dos
gestores públicos, educadores, pesquisadores e da sociedade em
geral por informações sobre o ensino oferecido em cada município e
escola. O objetivo da avaliação é auxiliar os governantes nas
decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros,
assim como a comunidade escolar, no estabelecimento de metas e
na implantação de ações pedagógicas e administrativas – visando
melhorar a qualidade do ensino.
(Continua)
20

(Continuação)
Na edição de 2005, o público-alvo da Anresc (Prova Brasil) se
consolidou nas escolas públicas com no mínimo 30 estudantes
matriculados na última etapa dos anos iniciais (4ªsérie/5º ano) ou
2005 dos anos finais (8ªsérie/9º ano) do Ensino Fundamental. A
metodologia utilizada nessa avaliação foi similar à utilizada na
avaliação amostral, com testes de Língua Portuguesa e Matemática.
O foco era, respectivamente, em leitura e resolução de problemas.
Em 2007 passaram a participar da Anresc (Prova Brasil) as escolas
públicas rurais que ofertavam os anos iniciais (4ª série/5º ano) do
Ensino Fundamental e que tinham um mínimo de 20 estudantes
2007 matriculados nessa série. A partir dessa edição, a Anresc (Prova
Brasil) passou a ser realizada em conjunto com a aplicação da Aneb
– a aplicação amostral do Saeb –, utilizando os mesmos
instrumentos.
Na edição de 2009, os anos finais (8ª série/9º ano) do Ensino
2009 Fundamental de escolas públicas rurais que atendiam ao mínimo de
alunos matriculados também passaram a ser avaliados.
Em 2011, cerca de 55.924 escolas públicas participaram da parte
censitária e 3.392 escolas públicas e particulares participaram da
2011
parte amostral. Os resultados estão disponíveis em "Saeb/Prova
Brasil 2011: primeiros resultados".
Na edição de 2013 a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA),
prevista no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
(PNAIC), passou a compor o Saeb a partir da divulgação da portaria
2013 nº 482, de 7 de junho de 2013. Outra inovação desta edição foi a
inclusão em caráter experimental da avaliação de Ciências, a ser
realizada com os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e do
3º ano do Ensino Médio.
A segunda edição da ANA foi aplicada para os alunos do 3º ano do
2014
Ensino Fundamental de todas as escolas da rede pública.
É disponibilizada a Plataforma Devolutivas Pedagógicas, que
aproxima as avaliações externas de larga escala e o contexto
escolar, tornando os dados coletados mais relevantes para o
aprendizado dos alunos. A partir da disponibilização dos itens
2015
utilizados na Prova Brasil, descritos e comentados por especialistas,
a plataforma traz diversas funcionalidades para ajudar professores e
gestores a planejar ações e aprimorar o aprendizado dos
estudantes.
Alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas
participaram, de forma censitária, da Avaliação Nacional da
Alfabetização (ANA). Foram avaliados os níveis de alfabetização e
2016
letramento em Língua Portuguesa e em Matemática, e também as
condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas. A
ANA 2016 foi a primeira a oferecer instrumentos de inclusão.
A avaliação torna-se censitária para a 3ª série do Ensino Médio e é
aberta a possibilidade de adesão das escolas privadas com oferta
da última série do ensino médio. Assim, não só as escolas públicas
2017 do ensino fundamental, mas também as de ensino médio, públicas
e privadas, passaram a ter resultados no Saeb e,
consequentemente, no Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb).
(Continua)
21

(Conclusão)
Às vésperas de completar três décadas de realização, o Saeb passa
por uma nova reestruturação para se adequar à Base Nacional
Comum Curricular (BNCC). A BNCC torna-se a referência na
formulação dos itens do 2º ano (língua portuguesa e matemática) e
do 9º ano do ensino fundamental, no caso dos testes de ciências da
natureza e ciências humanas, aplicados de forma amostral.
As siglas ANA, Aneb e Anresc deixam de existir e todas as
avaliações passam a ser identificadas pelo nome Saeb,
2019
acompanhado das etapas, áreas de conhecimento e tipos de
instrumentos envolvidos.
A avaliação da alfabetização passa a ser realizada no 2º ano do
ensino fundamental, primeiramente de forma amostral. Começa a
avaliação da educação infantil, em caráter de estudo-piloto, com
aplicação de questionários eletrônicos exclusivamente para
professores e diretores. Secretários municipais e estaduais também
passam a responder questionários eletrônicos.
Fonte: INEP (2019c).

Segundo o Inep (2019b), as médias de desempenho do Saeb, juntamente com


os dados sobre aprovação fornecidos pelo Censo Escolar, compõem o Índice de
Desenvolvimento da Educação (Ideb). As médias de desempenho alcançadas pelo
SAEB são compostas por avaliações externas em larga escala que permitem realizar
um diagnóstico da educação no país e de alguns fatores que possam interferir no
desempenho do educando, fornecendo dados sobre a qualidade da educação.
De acordo com Fontanive (2013), o Ideb tem o objetivo de medir a qualidade
da escola e das redes de ensino. Para garantir o crescimento deste índice é preciso
que o aluno frequente a aula, aprenda e não seja reprovado.
No entanto, a gestão escolar, as práticas pedagógicas, os ambientes físicos,
entre outras dimensões, não são considerados no momento de aferir o IDEB.
Contudo, são fundamentais para garantir a qualidade da educação, na medida que
estão articuladas em prol de uma melhoria do desempenho escolar.
Em 2004, com o propósito de melhorar a qualidade da Educação, realizar um
diagnóstico da situação educacional no país e apoiar na construção dos Planos
Nacionais de Educação (PNE), Ongs, organismos internacionais, Secretarias de
Educação, órgãos do Ministério da Educação (MEC) e profissionais de escolas
desenvolveram os Indicadores da Qualidade na Educação, a partir de uma
metodologia participativa com oficinas e pré-testes do instrumento em unidades de
ensino, constituindo uma proposta metodológica de autoavaliação participativa
envolvendo pais, funcionários, gestores, alunos, professores entre outros sujeitos da
22

educação. Nos anos de 2007 e 2013 foram realizadas atualizações na coleção


Indicadores que abordam o Ensino Fundamental.
Os Indicadores da Qualidade na Educação (2013) foram elaborados com a
proposta de fazer com que a escola, de forma coletiva, reflita sobre seus processos
pedagógicos e a partir desta reflexão realize uma avaliação, de forma a interferir na
busca da qualidade da escola.
Os Indicadores de Qualidade na Educação (2013) são compostos por sete
elementos chamados de dimensões:
1. ambiente educativo;
2. prática pedagógica e avaliação;
3. ensino e aprendizagem da leitura e da escrita;
4. gestão escolar democrática;
5. formação e condições de trabalhos dos profissionais da escola;
6. acesso e permanência dos alunos na escola;
7. ambiente físico escolar.
Segundo os autores, não existe uma única forma para o uso dos Indicadores
da Qualidade na Educação. Este instrumento pode ser adaptado de acordo com a
criatividade, tendo um caráter flexível de acordo com a necessidade da avaliação.
Cada uma dessas dimensões será discutida a seguir.

1.1.1 Ambiente educativo

Pensar sobre o ambiente educativo, é considerar as relações de socialização e


convivência entre alunos, professores, comunidade escolar e funcionários. Galardini
e Giovannini (2002) defendem que os espaços escolares são grandes parceiros no
processo de ensino-aprendizagem, ao afirmarem que:

A qualidade e a organização do espaço e do tempo dentro do cenário


educacional podem estimular a investigação, incentivar o
desenvolvimento das capacidades de cada criança, ajudar a manter a
concentração, fazê-la sentir-se parte integrante do ambiente e dar-lhe
uma sensação de bem-estar. (GALARDINI; GIOVANNINI, 2002, p.
118).
23

Nesse sentido, é preciso enfatizar a importância da qualidade do ambiente


educativo, pois promover a socialização entre alunos e professores favorece na troca
de ideias e opiniões e fortalece o exercício da cidadania.
Sendo assim, os Indicadores (2004, p. 19), considera que

No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a


solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício
dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a
convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de
igualdade entre todos.

Logo, pode-se pensar que o ambiente educativo potencializa a aprendizagem


e as relações entre os sujeitos da educação. Considera-se, portanto, que a qualidade
dos espaços, das relações sociais desenvolvidas em seu interior e do uso pedagógico
adequado dos recursos à disposição dos atores envolvidos no processo ensino-
aprendizagem são de grande importância para a aprendizagem escolar.

1.1.2 Prática pedagógica e avaliação

O desempenho escolar dos alunos está ligado à ação planejada e refletida do


professor e da equipe que auxilia na prática pedagógica no dia-a-dia da escola. Neste
contexto, os Indicadores de Qualidade da Educação (2013, p. 27) afirmam que a
escola deve:

Fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender


cada vez mais e com autonomia. Para atingir essa meta, é preciso
focar a prática pedagogia no desenvolvimento dos alunos, o que
significa observá-los de perto, conhecê-los, compreender suas
diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas dificuldades
e incentivá-los em suas potencialidades. Crianças, adolescentes,
jovens e adultos vivem num mundo cheio de informação, o que reforça
a necessidade de planejar as aulas com base em um conhecimento
sobre o que eles já sabem e o que precisam e desejam saber.

Nesse sentido, pode-se constatar que o planejamento e os projetos


pedagógicos são ferramentas fundamentais para garantir a qualidade da educação.
Sendo assim, a avaliação é parte complementar desse processo ensino-
aprendizagem, por meio dela será possível mensurar o aprendizado.
24

A avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo.


Por meio dela, o professor fica sabendo como está a aprendizagem
dos alunos e obtém indícios para refletir e melhorar a sua própria
prática pedagógica. Um bom processo de ensino-aprendizagem na
escola inclui uma avaliação inicial, para o planejamento do professor,
e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho, seja ela um tópico
da matéria, um bimestre ou um ciclo.
Quando falamos de avaliação, estamos falando de algo muito mais
completo que uma prova. A avaliação deve ser um processo, ou seja,
deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas
formas. (INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO, 2013, p.
27).

A escola precisa se organizar para garantir a aprendizagem de todos. Porém,


ao analisar os resultados do desempenho escolar apontados pelo Saeb, percebe-se
que a escola está organizada para “parecer que funciona e nem tanto para produzir a
efetiva construção do conhecimento e do desenvolvimento humano.”
(VASCONCELLOS, 2014. p. 20).

1.1.3 Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita

Segundo Soares (2001) não basta aprender a ler e escrever. A pessoa sem o
letramento se alfabetiza, porém não adquiri competências para usar essa ferramenta
que lhe foi ensinada, uma vez que:

Não leem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, um


requerimento, uma declaração, não sabem preencher um formulário,
sentem dificuldades para escrever um simples telegrama, uma carta,
não conseguem encontrar informações num catálogo telefônico, num
contrato de trabalho, numa conta de luz, numa bula de remédio... Esse
novo fenômeno só ganha visibilidade depois que é minimamente
resolvido o problema do analfabetismo e que o desenvolvimento
social, cultural, econômico e político traz novas, intensas e variadas
práticas de leitura e de escrita, fazendo emergirem novas
necessidades, além de novas alternativas de lazer. Aflorando o novo
fenômeno, foi preciso dar um nome a ele: quando uma nova palavra
surge na língua, é que um novo fenômeno surgiu e teve de ser
nomeado. Por isso, e para nomear esse fenômeno, surgiu a palavra
letramento. (SOARES, 1998, p. 45-46).

Para avaliar o desempenho escolar de uma Unidade de Educação,


necessariamente precisa-se pensar no ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.
Essa dimensão é a base para o exercício da cidadania e a entrada para a descoberta
do conhecimento.
25

Segundo os Indicadores da Qualidade na Educação (2013), para potencializar


a leitura e a escrita, a Unidade Escolar necessita de uma proposta pedagógica que
contemple a oferta das diferentes tipologias textuais, promovendo um ambiente de
alfabetização e letramento desde as séries iniciais, a fim de consolidar o processo
ensino-aprendizagem.

1.1.4 Gestão escolar democrática

De acordo com a LDB (BRASIL, 1996) as instituições públicas que ofertam a


Educação Básica devem ser administradas com base no princípio da Gestão
Democrática. Os professores, alunos, pais, Equipe de Articulação Pedagógica e
demais funcionários, ou seja, toda a comunidade escolar são os sujeitos do processo
de gestão, participando de todas as decisões da escola.
Segundo os Indicadores de Qualidade da Educação (2013, p. 51),

Algumas características da gestão escolar democrática são: o


compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a
qualidade da educação e com a relação custo-benefício, a
transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade como
são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).

Ainda sobre Gestão Escolar Democrática, pode-se afirmar que,

Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores,


funcionários e outras pessoas da comunidade na administração
escolar. Quando as decisões são tomadas pelos principais
interessados na qualidade da escola a chance de que deem certo é
bem maior. Os conselhos escolares, como mecanismos de
participação da comunidade, já estão presentes em muitas escolas do
país. (INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO, 2013, p. 51).

Percebe-se que dialogar com os que pensam diferente dos outros é promover
a democracia, transformando todos os envolvidos em cidadãos mais conscientes dos
seus direitos e deveres, atestando que democracia também se aprende na escola.
26

1.1.5 Formação e condições de trabalhos dos profissionais da escola

As relações entre desempenho escolar e qualidade da educação estão


diretamente ligados a formação docente e as condições de trabalhos dos profissionais
da educação.
A LDB (BRASIL, 1996), recomenda que a formação continuada para os
profissionais da Educação deva ocorrer no local de trabalho dos profissionais. Para
tanto, as Unidades Escolares devem garantir a formação, para que os docentes se
apropriem das competências e habilidades para o exercício da docência. A troca com
os colegas na formação em serviço, potencializa o conhecimento e o
compartilhamento de experiências. Considerando o aspecto da formação docente, a
LDB (BRASIL, 1996, p. 8) estabelece, ainda, no art. 62, que:

A formação dos profissionais a que se refere o inciso (I) do art.61 far-


se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível
médio ou superior, incluindo habitações tecnológicas.
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os
profissionais que se refere o caput, no local de trabalho ou em
instituições de educação básica e superior, incluindo cursos de
educação profissional cursos superiores de graduação plena ou
tecnológica e de pós-graduação.

Os Indicadores (2013, p. 59), afirmam que,

Para tanto, é importante que se garanta a formação continuada aos


profissionais e também outras condições, tais como estabilidade do
corpo docente, o que incide sobre a consolidação dos vínculos e dos
processos de aprendizagem, uma adequada relação entre os números
de professores e o número de alunos, salários condizentes com a
importância do trabalho etc.

Logo, ao analisar a qualidade da aprendizagem oferecida aos alunos, é


importante considerar as variáveis que impactam nessa dimensão.

1.1.6 Acesso e permanência dos alunos na escola

Segundo a LDB (BRASIL, 1996) no art. 3º parágrafo I estabelece garantia da


igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Ainda assim, torna-
se um dos principais desafios da escola garantir a permanência do aluno até a
conclusão dos níveis de ensino em idade adequada.
27

Essa dimensão indica que para uma boa gestão escolar é necessário identificar
os alunos com dificuldades de aprendizado, a fim de diminuir o número de
infrequentes e, posteriormente, os evadidos.
Percebe-se a necessidade de traçar estratégias para estimular e trazer esse
aluno de volta às aulas. Conhecer a realidade e entender os motivos pelos quais
deixaram de frequentar ou abandonaram a escola servirão de apoio e orientação na
promoção de ações pedagógicas para minimizar este problema.

1.1.7 Ambiente físico escolar

A escola é entendida como um ambiente social. Como tal, não se pode deixar
de pensar no ambiente físico escolar. Os alunos estão em um contínuo processo de
ensino-aprendizagem, e o ambiente físico escolar é um dos fatores determinantes
para garantia da qualidade do ensino.
Segundo Smith e Kearny (1994) deve-se prestar maior atenção como o
ambiente interfere de maneira negativa ou positiva, especialmente nas atividades que
demandam concentração ou trabalho mental.

Ambiente é o espaço físico criado e organizado para abrigar as mais


diversas atividades de indivíduos e grupos. Os ambientes escolares
são, pois, os espaços educativos organizados, com móveis e
equipamentos, para permitir a realização das atividades que dão
conteúdo às funções que, por sua vez, viabilizam a oferta dos serviços.
(MORAES, 2006, p. 7).

De acordo com Rinaldi (2002, p. 77) o ambiente escolar:

Deve ser um lugar que acolha o indivíduo e o grupo, que propicie a


ação e a reflexão. Uma escola ou uma creche é antes de tudo, um
sistema de relações em que as crianças e os adultos não são apenas
formalmente apresentados a organizações, que são uma forma da
nossa cultura, mas também a possibilidade de criar uma cultura. [...] é
essencial criar uma escola ou creche em que todos os integrantes
sintam-se acolhidos, um lugar que abra espaço às relações.

Percebe-se que o ambiente físico escolar limpo, arejado, com móveis e


equipamentos didáticos adequados às demandas das unidades escolares são
determinantes para potencializar e estimular o aluno e garantir a qualidade do ensino.
28

Sendo assim, as sete dimensões: ambiente educativo, prática pedagógica e


avaliação, ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, gestão escolar democrática,
formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, acesso e permanência
dos alunos na escola e, por fim, espaço físico escolar são fatores intervenientes que
contribuem para garantir a qualidade da escola, impactando diretamente no
desempenho escolar. Nesse sentido, será possível identificar com este estudo
avaliativo indicadores que contribuíram para que a Escola Municipal Professora Lúcia
Maria Silveira Rocha tenha alcançado resultados oscilantes em todas as edições do
Saeb e venha apontar caminhos para a melhora do desempenho escolar, a partir da
análise dos resultados obtidos no instrumento avaliativo deste estudo.
Neste contexto, este estudo avaliativo será realizado em uma escola municipal
da rede de Niterói, localizada no bairro de Jurujuba, identificada como EM Professora
Lúcia Maria Silveira Rocha que possui um índice elevado de reprovações, onde os
alunos são avaliados ao longo do processo de aprendizagem, por meio de
observações e registros individuais, realizados pelos docentes, mediante atividades e
trabalhos realizados em sala de aula e demais ambientes de aprendizagem e em
vários momentos do cotidiano escolar. Não há um instrumento de avaliação formal
para medir o grau dessa aprendizagem e, esse fato, por si só, já justificaria a
avaliação.
Os exames externos do Saeb, aplicados pelo INEP, apontaram fragilidades nas
aprendizagens dos alunos do Ensino Fundamental da EM Professora Lúcia Maria
Silveira Rocha, direcionando o olhar de seus profissionais da Educação e a
preocupação em buscar melhorias na qualidade do ensino oferecido pela Unidade
Escolar.

1.2 JUSTIFICATIVA, OBJETIVO E QUESTÕES AVALIATIVAS

O aspecto relevante que justifica este estudo avaliativo é a necessidade de


diagnosticar as fragilidades no processo ensino-aprendizagem que levaram ao baixo
desempenho escolar dos alunos da Escola Municipal Professora Lúcia Maria Silveira
Rocha nas edições do Saeb e, portanto, nos resultados do Ideb, diante das dimensões
dos Indicadores da Qualidade da Educação (2013).
29

A divulgação dos resultados de avaliações (Saeb, Ideb, Pisa, Enem,


Enade) tem trazido dados muito preocupantes sobre a qualidade do
ensino no país. Comumente, quando são divulgados estes índices, há
algumas reações mais ou menos inflamadas, mas são apenas
espasmos: logo depois, tudo parece voltar ao “normal”. Aos poucos,
no entanto, parcelas cada vez maiores da sociedade vão tomando
consciência de que não deve ser assim: a preocupação, como a
qualidade da educação deve ser uma constante. (VASCONCELLOS,
2014, p. 18).

A relevância deste estudo reside também nas contribuições e recomendações


que poderão acarretar na melhoria da qualidade da Educação que servirão para
minimizar a fragilidade do ensino.
Neste contexto, o objetivo deste estudo é avaliar o desempenho escolar dos
alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da EM Professora Lúcia Maria Silveira
Rocha, considerando as edições do Saeb, o impacto do Ideb e as dimensões dos
Indicadores da Qualidade na Educação, no contexto escolar, na visão do corpo
docente e da equipe de articulação pedagógica da escola.
Segundo Soares (2002), o Sistema de Avaliação da Educação tem a função
pedagógica que trata do uso da avaliação como instrumento para melhoria da
qualidade da educação.
Penna Firme (1994) ressalta a importância dos estudos avaliativos que poderão
fornecer insumos para uma tomada de decisão mais próxima da realidade do público-
alvo. Assim sendo, a partir do objetivo formulado para este estudo, foram elaboradas
as seguintes questões avaliativas:
1) Até que ponto os resultados obtidos no Saeb e no Ideb concorrem para a
discussão e implementação de mudanças pedagógicas na EM Professora Lúcia Maria
Silveira Rocha?
2) Quais dimensões dos Indicadores da Qualidade na Educação estão
relacionados com o desempenho escolar dos alunos do 5º ano do Ensino
Fundamental da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha, dificultando à escola de
atingir a meta estipulada pelo Ideb?
30

2 DESEMPENHO ESCOLAR

2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

A EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha foi fundada no dia 15 de agosto


de 2005. A solenidade de inauguração contou com a presença do Exmo. Prefeito Sr.
Godofredo S.S. Pinto, o Exmo Secretário de Educação de Niterói e Presidente da
Fundação Municipal de Educação de Niterói, Professor Waldeck Carneiro da Silva, a
antiga Secretária de Educação de Niterói Professora Maria Felisberta B. da Trindade,
que foi uma das responsáveis pela construção da Unidade Escolar, equipe docente,
equipe articulação pedagógica, funcionários de apoio administrativo, alunos e a
comunidade escolar.
A unidade de ensino é uma instituição da Fundação Municipal de Educação de
Niterói, situada no estado do Rio de Janeiro, município de Niterói localizada no bairro
de Jurujuba, que oferece Educação Infantil em horário integral e Ensino Fundamental
em horário parcial, variando periodicamente o atendimento da Educação Infantil e do
Ensino Fundamental. Atende crianças de 4 a 12 anos do próprio bairro e de bairros
vizinhos ao referido município. Os alunos estão organizados por Ciclo de
Aprendizagem em 15 grupos.

Tabela 1 - Grupos de referência e quantitativo das turmas por turno em 2019


Total de
Grupo de referência Matutino Vespertino Integral alunos
matriculados
GREI5A EI 1 20
GR1
2 46
1º ano do E F 1º Ciclo
GR2
2 48
2º ano do E F 1º Ciclo
GR3
3 75
3º ano do E F 1º Ciclo
GR4
4 73
4º ano do E F 2º Ciclo
GR5
3 79
5º ano do E F 2º Ciclo
Legenda: EI = Educação Infantil e EF= Ensino Fundamental.
Fonte: A autora (2019).

O ingresso de novos alunos é feito todo final de ano, por meio de cadastro, em
site e atendimento presencial na Fundação Municipal de Educação de Niterói.
As vagas ociosas podem ser preenchidas pela Unidade Escolar ao longo do ano.
31

Atualmente, o registro de desempenho escolar dos alunos da EM Professora


Lúcia Maria Silveira Rocha é realizado através de uma ficha, que lista competências
e habilidades que devem ser atingidas ao longo de cada trimestre, não havendo
nenhuma avaliação formativa que venha medir tais competências e habilidades
propostas em todos os anos de escolaridade.
“A avaliação, portanto, é uma forma básica de comportamento humano.”
(WORTHEN; SANDERS; FITZPATRICK, 2004, p. 38). Segundo esses autores, a
avaliação informal ocorre sempre que uma pessoa opta por uma entre várias
alternativas existentes sem antes ter coletado evidência formal do mérito relativo
dessas alternativas.
O acesso à EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha se faz por uma Praça
Pública, com entrada por um portão social e acesso externo por uma garagem,
constituída de dois prédios, o principal que atende ao Ensino Fundamental, e o anexo,
que atende a Educação Infantil. O prédio principal é constituído por sete salas de aula,
uma sala de recurso, uma sala de informática, um refeitório, uma cozinha, uma
despensa, um almoxarifado, uma sala de atendimento da Equipe de Articulação
Pedagógica, uma sala de professores, um banheiro para os professores, um banheiro
para a equipe de apoio de limpeza, um banheiro para os merendeiros, uma secretaria
compartilhada com a direção da Unidade Escolar com banheiro, um pátio coberto,
banheiros para o Ensino Fundamental e Educação Infantil (masculino e feminino). O
prédio anexo é constituído por uma sala de aula da Educação Infantil, uma sala de
leitura compartilhada com uma sala de estudo que atende a Educação Infantil e ao
Ensino Fundamental, e um pátio coberto com brinquedos.
A Equipe de Articulação Pedagógica é composta por Diretor, Diretor Adjunto,
Pedagoga, Coordenadora de turno e Secretária. A Equipe de Articulação Pedagógica,
responsável pela parte pedagógica, realiza semanalmente reuniões de planejamento
com os professores, conversa com os responsáveis para ciência e compartilhamento
das responsabilidades sócio educativa, além de atender aos alunos encaminhados
pelos professores por questões de aprendizagem e necessidades educacionais
especiais. Neste contexto, a autora deste estudo avaliativo é professora estatutária do
1º segmento do Ensino Fundamental, ocupando a função desde 2006 de diretora da
Unidade Escolar.
A Unidade Escolar possui um Conselho Escola Comunidade (CEC) que atua
na gestão compartilhada por meio de um conselho deliberativo e um conselho fiscal.
32

Sua composição é constituída de dois responsáveis, dois funcionários administrativos,


dois professores e um membro da associação de moradores do bairro.
O corpo docente é composto por professores que atuam no 1º segmento do
Ensino Fundamental e na Educação Infantil, professores de apoio especializado que
atendem aos grupos que possuem crianças com necessidades educacionais
especializadas e sala de recurso e professores de Educação Física e Inglês.

Tabela 2 - Corpo docente da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha por turno e carga
horária
Nº de professores Nº turnos de trabalho Total de horas
8 1 24h
7 2 48h
1* 1 12h
1** 1 24h
1** 1 48h
2*** 2 16h
1**** 1 16h
Total 21 - -
Legenda: * =carga horária reduzida
** =apoio especializado
*** =professor de Educação Física
****= professor de Inglês
Fonte: A autora (2019).

Tabela 3 - Equipe de Apoio


Total de horas
Função Nº de funcionários
de trabalho
Agente administrativo 1 40h
Merendeira 3 40h
Porteiro* 1 20h
Limpeza 3 40h
Legenda: * =carga horária reduzida
Fonte: A autora (2019).

Até o ano de 2018, a Unidade Escolar contava com profissionais concursados


pelo regime estatutário e profissionais contratados em caráter temporário pela
Fundação Municipal de Educação de Niterói para atender as demandas locais,
havendo uma grande rotatividade dos profissionais contratados. No ano de 2019,
todos os contratos temporários mantidos pela Fundação Municipal de Educação de
Niterói foram cancelados e as Unidades ficaram com os servidores estatutários para
compor a equipe, exceto a equipe de limpeza que atende por uma firma que presta
serviço.
33

A EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha formulou, com a participação de


todos os segmentos, os eixos norteadores para o Projeto Político-Pedagógico (PPP).

É preciso entender o Projeto político-pedagógico da escola como um


situar-se num horizonte de possibilidades na caminhada, no cotidiano,
imprimindo uma direção que se deriva de respostas a um feixe de
indagações tais como: que educação se quer e que tipo de cidadão se
deseja, para que projeto de sociedade? A direção se fará ao se
entender e propor uma organização que se funde no entendimento
compartilhado dos professores, dos alunos e demais interessados em
educação. (ROMÃO; GADOTTI, 1994, p. 42).

O Projeto Político-Pedagógico da Escola Municipal Professora Lúcia Maria


Silveira Rocha, tem como objetivo principal proporcionar ao educando ser agente da
sua própria realização integral como pessoa humana, hábil e enfrentar todas as
barreiras que a vida oferece, comprometido com a igualdade, participativo, que saiba
dar valor a sua história, consciente, livre, sensível as transformações sociais, inserido
na luta pela valorização de seus princípios e promotor da renovação e da modificação
da sociedade.

2.2 A TRAJETÓRIA DO DESEMPENHO ESCOLAR NA ESCALA DO SAEB

Nesta seção será apresentado o desempenho escolar dos alunos do 5º ano do


Ensino Fundamental da Escola Municipal Professora Lúcia Maria Silveira Rocha,
considerando as escalas de proficiência do Saeb e os resultados obtidos pelo Ideb.
Segundo Klein (2013), no Saeb, o emprego da Teoria de Resposta ao Item
(TRI) permite a elaboração de escalas de proficiências comuns a todas as séries e na
mesma escala obtida em anos anteriores, permitindo a comparação e
acompanhamento da evolução do sistema de ensino tanto entre séries como ao longo
dos anos.

A escala pode ser visualizada como uma régua construída com base
nos parâmetros estabelecidos para os itens aplicados nas edições do
teste. Em cada ciclo da avaliação, o conjunto de itens aplicados nos
testes de desempenho é posicionado na escala de proficiência a partir
dos parâmetros calculados com base na TRI. Após a aplicação do
teste, a descrição dos itens da escala oferece uma explicação
probabilística sobre as habilidades demonstradas em cada intervalo
da escala. (INEP, 2019b, p. 2).
34

Figura 1 – Escala numérica de desempenho em Língua Portuguesa (Leitura)


_________________________________________________________

0 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 50
Fonte: A autora (2019) adaptado de FONTANIVE; KLEIN (2010).

Figura 2– Escala numérica de desempenho em Matemática


____________________________________________________

0 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 50
Fonte: A autora (2019) adaptado de FONTANIVE; KLEIN (2010).

A escala do Saeb é organizada por disciplina de forma numérica entre séries e


anos. Nos exemplos das escalas de desempenho acima, os pontos assinalados por
cores, são considerados adequados pelo Movimento Todos pela Educação de acordo
com os anos de escolaridade, a saber: o ponto azul é considerado adequado para o
5º ano do Ensino Fundamental; o ponto amarelo é considerado adequado para o 9º
ano do Ensino Fundamental e o ponto verde é considerado adequado para o 3º ano
do Ensino Médio.

Os números100,125,150, 250, sozinhos, não possuem qualquer


significado, da mesma forma que a nota 7 ou o conceito B só fazem
sentido para o professor que elaborou as questões, aplicou-as e
corrigiu as provas. Entretanto, como a avaliação em larga escala utiliza
uma quantidade considerável de itens par avaliar o desempenho dos
alunos em cada componente curricular e série, torna-se pouco
adequado apresentá-los um a um para explicar os resultados obtidos.
Com o propósito de facilitar a compreensão da escala, foi
desenvolvida uma metodologia de interpretação dos níveis utilizando
a descrição dos conteúdos e habilidade que os alunos demonstraram
possuir, quando acertaram determinados itens aplicados.
(FONTANIVE; KLEIN, 2010, p. 27).

De acordo com (KLEIN; FONTANIVE, 2009) em 1995, o Saeb se reestruturou


com a incorporação da Teoria de Resposta ao item (TRI), uma nova metodologia para
construção das avaliações e análise destes resultados. A partir dessa metodologia foi
possível colocar o desempenho dos alunos em escalas de proficiências, permitindo a
comparabilidade entre as séries escolares e anos ao longo do tempo, ficando como
unidade de análise o item da prova e não mais o aluno ou a totalidade da prova.
35

Sendo assim, pode-se afirmar que uma escala é uma maneira de medir
resultados ordenadamente. A escala de proficiência tem o objetivo de ordenar os
desempenhos dos alunos do menor para o maior de forma contínua. Os pontos da
escala não informam o que os alunos sabem e são capazes de fazer, é necessário
fazer a interpretação, a partir da descrição de cada nível da escala.
Na trajetória do Saeb 2005 a 2017, a EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha
não participou do exame em 2005, pois não atendia ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Em 2009, por questões administrativas da Fundação Municipal de Educação de
Niterói, relacionadas a oferta de vagas por ano de escolaridade, a EM Professora
Lúcia Maria Silveira Rocha recebeu uma demanda maior para o 1º ano. Neste
contexto, os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental foram alocados em escolas da
redondeza para que a Unidade Escolar conseguisse atender ao quantitativo de
crianças em fila de espera para o 1º ano do Ensino Fundamental na região.
Como 2007 foi o primeiro ano de participação da EM Professora Lúcia Maria
Silveira Rocha no exame do Saeb (Prova Brasil), o INEP não lançou uma meta a ser
alcançada.
O Tabela 4 mostra a médias das proficiências da EM Prof.ª Lúcia Maria Silveira
Rocha atingidas nas edições do Saeb.

Tabela4 - Média das Proficiências no Saeb


Proficiênciaem Total de alunos
Proficiênciaem
Ano Língua do 5ºanoque
Matemática
Portuguesa participaram do Saeb
2005 - - -
2007 177,5 176,0 17
2009 - - -
2011 178,2 167,2 41
2013 218,7 194,1 43
2015 223,1 217,0 48
2017 225,2 211,6 51
Fonte: INEP (2019c).

O Movimento Todos pela Educação considera adequado para o 5° ano que


pelo menos 70% dos alunos apresentem proficiência igual ou maior que 225 na
disciplina de Matemática e de 200 na disciplina de Língua Portuguesa. Sendo assim,
nos anos de 2007, 2011 e 2013, a EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha
apresentou média de desempenho de seus alunos abaixo do nível considerado
adequado nas duas disciplinas. No ano de 2015, a Unidade Escolar apresentou um
36

salto de desempenho dos alunos em Língua Portuguesa, exibindo média de


proficiência de seus alunos superior em aproximadamente 23 pontos ao ano anterior.
Em 2017, a média de Língua Portuguesa ficou abaixo da média alcançada pela escola
na edição de 2015 e a de Matemática obteve um crescimento mínimo, menor do que
ano anterior.
A Tabela 5 apresenta a proficiência padronizada em Matemática e Língua
Portuguesa e a média obtida pela EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha.

Tabela 5 – Proficiência Padronizada


Ano Matemática Língua Portuguesa Média do Indicador de0 a10
2005 - - -
2007 4,5 4,6 4,55
2009 - - -
2011 5 4,3 4,40
2013 6,1 5,3 5,67
2015 6,2 6,1 6,17
2017 6,3 5,9 6,11
Fonte: INEP (2019c).

Segundo Fontanive (2013), a interpretação dos níveis das escalas é uma das
atividades mais importantes na avaliação em larga escala, para que todos os
interessados entendam os resultados da avaliação “Se o professor não tem o
conhecimento conceitual para interpretar a avaliação ele é incapaz de determinar
como aquela avaliação pode ajudar o aluno a aprender”.
O Tabela 6 apresenta o nível de desempenho em Matemática e Português da
EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha na Escala do SAEB.

Tabela 6 – Nível de Desempenho na Escala do SAEB


Ano Matemática Língua Portuguesa
2005 - -
2007 Nível 3 Nível 3
2009 - -
2011 Nível 3 Nível 2
2013 Nível 4 Nível 3
2015 Nível 4 Nível 4
2017 Nível 5 Nível 4
Fonte: A autora (2019) adaptado de INEP (2019c).

Nesse contexto, seria necessário que o professor e a EAP fizessem a


interpretação da descrição dos níveis de desempenho da escala do Saeb. Para Klein
e Fontanive (2009), a descrição dos níveis expressa as habilidades e competências e
37

precisam ser interpretados para obter um significado pedagógico. A partir desta


análise o docente poderá reavaliar suas práticas e elaborar um planejamento que
contemple as demandas esperadas para aquele ano de escolaridade.

2.3 O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

O Ideb é um Indicador de Qualidade Educacional que considera a média de


proficiência em Língua Portuguesa e Matemática no exame do Saeb e o fluxo escolar
identificado pelo Censo Escolar, possibilitando um diagnóstico da situação
educacional e estabelecendo metas individuais para as Unidades Escolares,
Municípios e Estado para potencializar e estimular o aprendizado. Sua forma geral é
dada por:

IDEBji = NjiPji
i = ano do exame (Saeb e Prova Brasil) e do Censo Escolar;
Nji = média da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática,
padronizada para um indicador entre 0 e 10, dos alunos da unidade j,
obtida em determinada edição do exame realizado ao final da etapa
de ensino;
Pji = indicador de rendimento baseado na taxa de aprovação da etapa
de ensino dos alunos da unidade j. (INEP, 2007, p. 2).

Como o Ideb é resultado do produto entre o desempenho e o


rendimento escolar (ou o inverso do tempo médio de conclusão de
uma série) então ele pode ser interpretado da seguinte maneira: para
uma escola A cuja média padronizada da Prova Brasil, 4ª série, é 5,0
e o tempo médio de conclusão de cada série é de 2 anos, a rede/
escola terá o Ideb igual a 5,0 multiplicado por 1/2, ou seja, Ideb = 2,5.
Já uma escola B com média padronizada da Prova Brasil, 4ª série,
igual a 5,0 e tempo médio para conclusão igual a 1 ano, terá Ideb =
5,0. (QEDUC, 2019a, p. 4).

Logo, para a melhoria da qualidade da educação é necessário um estudo


avaliativo sobre o indicador de rendimento da taxa de aprovação, bem como os
possíveis motivos das reprovações e ou abandono escolar.
Nesse sentido, este estudo avaliativo apresentará alguns quadros referentes
às taxas de aprovação e taxas de rendimento dos anos de participação da Escola
Municipal Professora Lúcia Maria Silveira Rocha no Saeb.
A Tabela 7 reúne a taxa de aprovação por ano de escolaridade do Ensino
Fundamental em que a Unidade Escolar participou das edições do Saeb, o percentual
38

de alunos aprovados, o quantitativo total de alunos matriculados e o indicador de


rendimento.

Tabela 7 – Taxa de Aprovação


Indica-
Quantita-
% total dor de
Ano 1ºano 2ºano 3ºano 4ºano 5ºano tivo de
deaprovados rendi-
aprovados
mento
2007 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0% 283 1,00
2011 93,6 91,0 79,1 98,1 100,0 91,4% 258 0,92
2013 93,8 89,4 88,7 97,1 91,8 92,4% 259 0,92
2015 94,9 89,9 89,9 100,0 96,2 93,6% 300 0,94
2017 94,0 98,4 80,4 93,8 98,2 91,5% 303 0,92
Fontes: INEP (2019b).

A Tabela 8 apresenta as taxas de rendimento e a relação de reprovação por


ano de escolaridade do Ensino Fundamental em que a Unidade Escolar participou das
edições Saeb.

Tabela 8 – Taxa de Reprovação


Percentual Quantitativo
Ano 1º ano 2º ano 3ºano 4º ano 5º ano total de de
reprovados reprovados
2007 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -
2011 6,4% 9,0% 20,9% 1,9% 0,0% 8,6% 25
2013 6,2% 10,6% 11,3% 2,9% 8,2% 7,6% 22
2015 5,1% 7,6% 10,1% 0,0% 8,2% 5,8% 19
2017 6,0% 1,6% 18,6% 6,2% 1,8% 8,2% 27
Fonte: A autora (2019) adaptado de QEDUC (2019a).

Em 2007 não houve reprovação em nenhum ano de escolaridade, tendo uma


aprovação de 100% do total de alunos. No ano de 2011, ocorreu um percentual maior
de reprovação, concentrando um maior número de retidos no 3°ano do Ensino
Fundamental, evidenciando um quantitativo inferior a 80% de aprovados neste ano de
escolaridade.
Em 2013 ocorreu um menor número de reprovações no 3°ano do Ensino
Fundamental comparado ao ano de 2011, acarretando uma melhora em relação à
taxa de aprovação. No ano de 2015 ocorreu um percentual menor de reprovação,
tendo apresentado uma melhora em relação aos anos de 2011 e 2013.
Em 2017 observou-se um percentual maior de reprovação no 3°ano do Ensino
Fundamental, tendo o indicador de rendimento inferior ao da edição do Saeb 2015.
39

A Portaria da Fundação Municipal de Educação de Niterói 087 (FUNDAÇÃO


MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2011, p. 14) caracteriza a frequência mínima no Art. 48,
como:

O Ensino Fundamental Regular é presencial sendo exigida a


frequência mínima de 75% do total de dias letivos computados ao final
do período letivo.
§1º O percentual de frequência do aluno será utilizado como
condicionante ao prosseguimento do seu processo de escolarização
ao final de cada período letivo do ciclo;
§2º Se ao final de cada período letivo do ciclo o percentual de
frequência for inferior a 75% o aluno poderá permanecer naquele
período do ciclo ou prosseguir seus estudos, caso apresente
possibilidade cognitiva e sócio afetiva, cabendo ao Conselho de
Avaliação e Planejamento do Ciclo (CAP-CI) a indicação do aluno ao
Processo de Reclassificação.

Logo, as reprovações dos alunos da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha


do 1° ano e 2° ano do 1°Ciclo e do 4° ano do 2°Ciclo estão inseridas no Art. 48.
Neste contexto, a Portaria da Fundação Municipal de Educação de Niterói 087
(FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2011, p. 9) caracteriza a reprovação no
Art.31, como:

A promoção e a classificação no ensino fundamental, da Rede


Municipal de Ensino preveem:
I – Progressão Continuada durante os anos de um mesmo Ciclo do
Ensino Fundamental Regular e durante os semestres de cada
ciclo da EJA, não havendo permanência dos alunos nos anos e/ou
semestres do respectivo ciclo, excetuando-se casos de
infrequência;
II– Possibilidade de permanência, ao final de cada Ciclo, por
insatisfatório aproveitamento escolar.

Assim sendo, as reprovações dos alunos da EM Professora Lúcia Maria Silveira


Rocha nas etapas finais do 3° ano do 1°Ciclo e do 5° ano do 2°Ciclo estão inseridas
nos Artigos 48 e 31, que lhe dá a oportunidade de permanecer no ano escolar para
atingir os objetivos do Ciclo.
A Tabela 9 apresenta as taxas de rendimento e a relação de abandono por ano
de escolaridade do Ensino Fundamental em que a Unidade Escolar participou das
edições Saeb.
40

Tabela 9 – Taxa de abandono


Percentual Quantitativo de

Ano 1º ano 2º ano 4º ano 5º ano total de alunosque
ano
abandono abandonaram
2007 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -
2011 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -
2013 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -
2015 0,0% 2,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 2
2017 0,0% 0,0% 1,0% 0,0% 0,0% 0,3% 1
Fonte: A autora (2019) adaptado de QEDUC (2019a).

Em 2015, o 2° ano do Ensino Fundamental apresentou abandono escolar. Em


2017, houve uma melhora do 2° ano em relação ao ano de 2015, e uma piora em
relação ao 3° ano do Ensino Fundamental.
Entretanto, para se obter melhores efeitos sobre o desempenho escolar, Klein
(2006, p.158) afirma a necessidade de “baixar as taxas de repetência e evasão para
valores menores que 5% e 1% em cada série”.
Da mesma forma, para garantir a qualidade da educação deve-se levar em
conta o indicador da média da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática no
Saeb.

Indicadores educacionais como o Ideb são desejáveis por permitirem


o monitoramento do sistema de ensino do País. Sua importância, em
termos de diagnóstico e norteamento de ações políticas focalizadas
na melhoria do sistema educacional, está em:
a) detectar escolas e/ou redes de ensino cujos alunos apresentem
baixa performance em termos de rendimento e proficiência;
b) monitorar a evolução temporal do desempenho dos alunos dessas
escolas e/ou redes de ensino.
(INEP, 2007a, p. 1-2).

O Gráfico 1 refere-se ao Ideb da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha ao


longo da sua participação nas edições do Saeb e das metas estabelecidas pelo MEC.
41

Gráfico 1- Ideb da E. M. Professora Lúcia Maria Silveira Rocha

Fonte: A autora (2019) adaptado de INEP (2019a).

No Gráfico 1, observou-se uma queda do Ideb em 2011 comparado ao ano de


2007. Em 2013 o Ideb aumentou em relação ao ano de 2011. No ano de 2015, o Ideb
apresentou uma evolução comparado aos anos anteriores, tendo ultrapassado a meta
estabelecida pelo MEC. Em 2017, houve uma involução do Ideb em relação à edição
de 2015.
O Gráfico 2 refere-se ao resultado alcançado no Ideb do município de Niterói
ao longo da sua participação nas edições do Saeb e das metas do município
estabelecidas pelo MEC.

Gráfico 2 - Ideb do município de Niterói

Fonte: A autora (2019) adaptado de INEP (2019a).


42

Percebe-se que, nos anos de 2007 e 2009, o município ultrapassou a meta


estabelecida pelo MEC.
As metas da escola são maiores que as do município e que, portanto, cabe
comparar os resultados da unidade escolar com a da rede municipal de Niterói.
O Gráfico 3 refere-se ao Ideb da escola comparado ao Ideb do município de
Niterói para o 5°ano do Ensino Fundamental ao longo da sua participação nas edições
do Saeb.

Gráfico 3 - Comparativo do Ideb

Fonte: A autora (2019) adaptado de INEP (2019a).

Na comparação do Ideb da escola em relação ao Ideb do município de Niterói,


observou-se que apenas na edição de 2011 a unidade escolar obteve resultado pior
que o do município.
A Tabela 10 apresenta o comparativo entre as escolas estaduais, municipais,
privadas, públicas de todas as esferas e a Escola Municipal Professora Lúcia Maria
Silveira Rocha em relação ao resultado do Ideb.

Tabela 10 - Ideb observado


Dependência
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
Administrativa
Estadual 3,9 4,3 4,9 5,1 5,4 5,8 6,0
Municipal 3,4 4,0 4,4 4,7 4,9 5,3 5,6
Privadas 5,9 6,0 6,4 6,5 6,7 6,8 7,1
Públicas 3,6 4,0 4,4 4,7 4,9 5,3 5,5
Escola - 4,6 - 4,0 5,2 5,8 5,6
Fonte: A autora (2019) adaptado de INEP (2019a).
43

Observou-se que, no ano de 2007 a EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha


obteve um resultado melhor em relação às médias das escolas estaduais, municipais
e públicas em todas as esferas, ficando abaixo das unidades privadas.
Em 2011, as médias das escolas do Estado, Município, privadas e públicas
superam o Ideb alcançado pela EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha,
destacando ainda uma queda do Ideb da escola comparado ao Ideb no de 2007.
No ano de 2013 houve uma superação da escola em relação às escolas
municipais e as escolas públicas.
Em 2015, a escola atingiu a mesma média do estado, ficando abaixo apenas
das escolas privadas. No ano de 2017, a média alcançada pela escola ficou acima da
média das escolas públicas, igualou a média com as escolas municipais, obtendo um
resultado menor comparado a média do Estado e das unidades privadas.
Percebe-se que a EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha ao longo das
edições do Saeb apresenta resultados oscilantes.
44

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo são apresentados a abordagem avaliativa; o quadro de critérios;


os procedimentos para coleta dos dados e análise; a identificação dos respondentes
deste estudo; o instrumento e sua validação.
Nesse sentido, Worthen, Sanders e Fitzpatrick (2004, p. 35) explica que,

A avaliação é um processo que ocorre em múltiplas instâncias e se


caracteriza pela identificação, esclarecimento e aplicação de critérios
defensáveis para determinar o valor (valor ou mérito), a qualidade, a
utilidade, a eficiência ou a importância do objeto avaliado em relação
a esses critérios.

3.1 ABORDAGEM DA AVALIAÇÃO

Um dos elementos centrais da metodologia da avaliação é a abordagem


avaliativa. A literatura dispõe de vários tipos de abordagem, cabendo ao autor do
estudo selecionar, para cada caso, o(s) mais adequado(s) a serem aplicados. Nesta
perspectiva, optou-se por utilizar a abordagem centrada nos especialistas.

A abordagem da avaliação centrada em especialistas, talvez a mais


antiga e a mais usada, depende basicamente dos conhecimentos
específicos de um profissional para julgar uma instituição, um
programa, um produto ou uma atividade. (WORTHEN; SANDERS;
FITZPATRICK, 2004, p. 179).

Avaliações que fazem uso desse tipo de abordagem, devem considerar número
ímpar de profissionais, pois favorece ao avaliador conhecer a opinião da maioria dos
especialistas.

3.2 CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO AVALIATIVO

Para a construção do instrumento avaliativo foram estabelecidos três


procedimentos. O primeiro foi a definição dos especialistas, respondentes deste
estudo. O segundo referiu-se à adequação do instrumento avaliativo e o terceiro à
validação do instrumento.
45

3.2.1 Respondentes do estudo

Uma vez definido o objetivo, as questões avaliativas e a abordagem centrada


nos especialistas, partiu-se para a escolha dos especialistas. Professores e EAP que
trabalham na EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha nos anos de 2018 e 2019.
Optou-se neste estudo avaliativo, situar os especialistas como respondentes. Sendo
este universo composto por 31 professores e Equipe de Articulação Pedagógica,
convidados a participarem deste estudo avaliativo.

3.2.2 Base da construção do instrumento avaliativo

Inicialmente, realizou-se um estudo teórico sobre os fatores intervenientes que


podem impactar no desempenho escolar dos alunos. Na literatura, identificou-se os
Indicadores de Qualidade na Educação (2013), que têm a finalidade de servir como
uma avaliação diagnóstica da Instituição Educacional, bem como uma autoavaliação
que permitirá aos professores, diretores e equipe de apoio pedagógico diagnosticar
pontos fortes e fracos ou que precisem de melhor atenção, com o propósito de apontar
caminhos para a melhoria da qualidade da educação. Tendo em vista, que o
instrumento considera as dimensões, neste estudo denominadas como categorias.
Sendo assim, a autora deste estudo avaliativo fez adaptações e adequações, a fim de
responder às questões avaliativas. Em seguida, refletiu sobre o tipo de instrumento
que melhor atenderia este estudo avaliativo e posteriormente a construção do quadro
de critérios.
Optou-se por utilizar o questionário com procedimentos quantitativos e
qualitativos. Segundo Giglione e Mantalon (2005) este instrumento possibilita
generalizar a informação de um conjunto de respondentes, por meio de análise e
interpretação dos dados, permitindo medir, ou seja, quantificar as variáveis em estudo
através de diferentes questões.
Nesse mesmo sentido, a escolha do questionário baseou-se nos seguintes
motivos:

Além de ampla utilização em pesquisa social e a seguir, em outras


áreas de investigação como também na avaliação, os questionários
possuem características de elaboração e de aplicação que
representam vantagens para o uso do instrumento. As perguntas
tecnicamente elaboradas, favorecem a obtenção de respostas mais
precisas. Os respondentes encontram maior liberdade e segurança na
46

apresentação de suas respostas por que, em geral, são informados


que têm o anonimato preservado [...]. Economizam tempo do
pesquisador ou do avaliador em relação ao período de coleta e
também o tempo dos respondentes quanto à duração da aplicação.
Se forem auto-administrados, dispensam treinamento de aplicadores,
o que representa certa economia para o estudo. (SELLTIZ;
WRIGHTSMANZ; COOK, 1987 apud ELLIOT; HILDENBRAND;
BERENGER, 2012, p. 26).

O questionário aplicado neste estudo avaliativo foi constituído por um conjunto


de questões fechadas com base nas categorias e nos indicadores estabelecidos para
sua construção no quadro de critérios e duas questões abertas. As respostas das
questões fechadas foram apresentadas em uma escala de 1 a 5. Segundo Tuckman
(1994), as escalas são utilizadas para registrar o grau de concordância ou
discordância, estabelecendo um juízo de valor. Para as questões abertas foi utilizada
uma análise descritiva.
A avaliação necessita ser objetiva e de fácil entendimento, para tal, é
necessário estabelecer previamente os critérios, os quais norteiam o estudo avaliativo.
Nesse sentido, buscou-se estabelecer um Quadro de Critérios que identificasse as
categorias da avaliação, os indicadores e a quantidade de itens para cada indicador.
No presente estudo avaliativo, foram abordadas sete dimensões, também
identificadas como categorias avaliativas, que se refere aos aspectos que se deseja
avaliar: ambiente Educativo; prática pedagógica e avaliação; ensino e aprendizagem
da leitura e da escrita; gestão escolar democrática; formação e condições de trabalho
dos profissionais da escola; acesso e permanência dos alunos na escola; ambiente
físico escolar estabelecido nos Indicadores de Qualidade na Educação (2013). Os
indicadores correspondem ao desdobramento das categorias, que estão presentes no
objeto em avaliação. Os itens têm a função de formar os constructos e os constructos
formarão o instrumento.
47

Quadro 2 – Categorias de Avaliação e seus indicadores


Categorias Indicadores Itens
1.1. Amizade e solidariedade 1.1.1. a 1.1.2.
1.2. Alegria 1.2.1. a 1.2.2.
1.3. Respeito ao outro 1.3.1. a 1.3.4.
1.4. Combate à discriminação 1.4.1. a 1.4.3.
1. Ambiente Educativo
1.5. Disciplina e tratamento adequado
(2, 4)
aos conflitos que ocorrem no dia a dia 1.5.1. a 1.5.3.
da escola
1.6. Respeito aos direitos da criança e
1.6.1
dos adolescentes
2.1.Projeto político-pedagógico (PPP) 2.1.1. a 2.1.2.
definido e conhecido por todos
2.2. Planejamento 2.2.1. a 2.2.6.
2. Prática pedagógica e 2.3. Contextualização 2.3.1. a 2.3.2.
avaliação 2.4.Prática pedagógica inclusiva 2.4.1. a 2.4.2.
(4, 7) 2.5.Formas variadas e transparentes de 2.5.1. a 2.5.4.
avaliação
2.6.Monitoramento da prática pedagógica
2.6.1. a 2.6.4.
e da aprendizagem do aluno
3.1.Orientações para a alfabetização 3.1.1 a 3.1.3.
inicial implementada
3.2.Existência de práticas alfabetizadoras 3,2.1. a 3.2.3.
na escola
3.3.Atenção ao processo de 3.3.1. a 3.3.4.
alfabetização de cada criança
3. Ensinoe aprendizagem
3.4.Acesso e bom aproveitamento da
da leitura e da escrita
biblioteca, salas de leitura e sala de
(4, 6) 3.4.1. a 3.4.3.
aula, dos equipamentos de
informática e da internet
3.5.Existência de ações integradas entre
a escola e toda a rede de ensino para
3.5.1. a 3.5.2.
favorecer a aprendizagem da leitura
e da escrita
4.1.Informação democratizada 4.1.1. a 4.1.5.
4.2.Conselhos escolares atuantes 4.2.1. a 4.2.3.
4.3.Participação efetiva de estudantes,
4.3.1. a 4.3.3.
pais, mães e comunidade em geral
4. Gestão escolar e
4.4.Acesso, compreensão e uso dos
democrática
indicadores oficiais de avaliação da 4.4.1. a 4.4.3.
(1, 4)
escola e das redes de ensino
4.5-Participação na gestão financeira da
4.5.1. a 4.5.2.
escola
5.1.Formação inicial e continuada 5.1.1. a 5.1.4.
5. Formação e condições
de trabalho dos 5.2.Suficiência e estabilidade da equipe
5.2.1. a 5.2.4.
profissionais da escola escolar
(1, 4) 5.3.Assiduidade da equipe escolar 5.3.1. a 5.3.4.
(Continua)
48

(Conclusão)
Categorias Indicadores Itens
6.1.Atenção especial aos alunos que
6.1.1. a. 6.1.3.
faltam
6. Acesso e permanência
6.2.Preocupação com o abandono e a
dos alunos na escola 6.2.1. a. 6.2.3.
evasão
(1, 4)
6.3.Atenção especial aos alunos com
6.3.1. a. 6.3.4.
alguma defasagem de aprendizagem
7.1.Suficiência do ambiente físico escolar 7.1.1. a. 7.1.9.
7. Ambiente físico escolar 7.2.Qualidade do ambiente físico escolar 7.2.1. a. 7.2.8.
(3, 4, 5) 7.3.Bom aproveitamento do ambiente
7.3.1. a. 7.3.2.
físico escolar
Legenda: 1- BRASIL (1996);
2- GALARDINI; GIOVANNINI (2002);
3- SMITH; KEARNY (1994);
4- INDICADORES (2013)
5- RINALDI (2002);
6- SOARES (2001);
7- VASCONCELLOS (2014).
Fonte: A autora (2019).

3.2.3 Validação do questionário

Antes das adaptações e da adequação do questionário realizada neste estudo


avaliativo, a publicação dos Indicadores da Qualidade na Educação (2013) realizou a
validação por meio de três processos: o primeiro foi conduzido por uma metodologia
participativa com oficinas em Unidades Escolares, onde especialistas fizeram
validação dos conteúdos. O segundo foi realizado pré-testes em escolas e em terceiro
foi realizado ajustes, fruto de consenso entre as instituições onde foi realizado a pré-
testagem. Sendo assim, depois dos ajustes realizados para atender às necessidades
deste estudo avaliativo, solicitou-se a especialistas da Faculdade Cesgranrio que
respondessem à pergunta: As adaptações do instrumento abarcam o conteúdo
esperado?
Quatro especialistas doutores participaram da validação do conteúdo do
questionário. Buscou-se determinar essa validade, no sentido de verificar se de fato o
instrumento mede aquilo que se propõe medir (MARTINS, 2006). Os especialistas
doutores receberam, da autora deste estudo, o Questionário de Avaliação
Institucional, recortes do estudo referentes aos elementos: objetivo, questões
avaliativas e o quadro de critérios.
Desta validação surgiu alguns comentários relacionados aos aspectos positivos
e negativos:
49

Aspectos positivos: “o instrumento abrange todas as categorias estabelecidas


no quadro de critérios e é fácil de ser respondido.” (D1).

Aspectos positivos: “relevância dos objetivos e do quadro de critérios


para elaboração do instrumento. Em relação aos aspectos negativos,
foi sugerido a retirada de um item que estava em duplicidade, não se
trata de um aspecto negativo, mas uma ressalva quanto a extensão
do instrumento, é necessário um período de aplicação maior para que
não haja perda de dados importantes.” (D2).

Aspectos positivos: “O instrumento está adequado ao quadro de critério e


abarca o conteúdo esperado.” (D3).
Aspectos positivos: “O instrumento atende ao que se propõe com objetividade
e clareza nos itens.” (D4).
Aspectos negativos: Foi sugerido algumas adequações na linguagem do
instrumento, a fim de facilitar o entendimento dos respondentes e a retirada de dois
itens que estavam contemplados em itens anteriores. Inclusão de um dado na
segunda questão avaliativa. (D3).
Por fim, conforme orientações dos doutores que julgaram o instrumento, foi
realizado no indicador 5.2 e no indicador 7.1 a retirada de um item que já haviam sido
contemplado em itens anteriores e no indicador 7.3 a retirada de um item que estava
em duplicidade.
Com relação à adequação na linguagem, foi substituído o padrão de resposta
de neutro para não observado e realizado ajustes na linguagem dos itens do indicador
1.2.
Conforme sugestão do D3 a segunda questão avaliativa sofreu um acréscimo:
2) Quais dimensões dos Indicadores da Qualidade na Educação estão
relacionados com o desempenho escolar dos alunos do 5º ano do Ensino
Fundamental da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha, dificultando à escola de
atingir a meta estipulada pelo Ideb?
A partir destas considerações, o instrumento foi para a segunda etapa de
validação que objetivou testar a validade prática do instrumento, em relação à
congruência entre os indicadores e itens. O pré-teste foi realizado com 10 professores
que lecionam na Educação Infantil, nas duas etapas do Ensino Fundamental e no
Ensino Médio e que já trabalharam na escola no período compreendido entre 2007 a
2017.
50

Foi encaminhado por e-mail no dia 01/07/2019 o instrumento aos respondentes


do pré-teste, sendo solicitado a devolução do questionário respondido até o dia
05/07/2019, com a inclusão de comentários positivos ou negativos a respeito da
clareza e facilidade de responder ao instrumento.
Após a coleta dos dados, foi realizada uma análise descritiva das respostas
recebidas com objetivo de identificar respostas similares ou diferentes entre os
grupos.
Todos os respondentes do pré-teste, responderam a todos os itens fechados
do questionário. Nesse mesmo contexto, apenas dois não identificaram aspectos
negativos na escola.
Os participantes do pré-teste de número 2 e 10 não responderam as
considerações finais.
Foram identificadas algumas situações similares em sete respondentes:
 Não foram identificados problemas na hora do preenchimento;
 As informações estão claras e objetivas;
 O questionário é de fácil compreensão.
Com relação a resposta diferente entre os respondentes do pré-teste:
 “O questionário é bastante longo, porém abrange todos os setores da escola.
Considero que o tamanho não inviabilize o seu preenchimento pois está bem claro e
objetivo”.
A partir dessas considerações, o instrumento não necessitou de ajustes.
Finalizada estas etapas, o instrumento chegou à versão final para aplicação aos
respondentes deste estudo avaliativo (APÊNDICE A).

3.3 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada no período de 8 de julho a 30 de julho de 2019.


O questionário foi aplicado a professores e Equipe de Articulação Pedagógica que
trabalharam no período compreendido de 2018 a 2019, totalizando 31instrumentos,
tendo sido auto administrado pelos respondentes.
No contato inicial com os respondentes, foi entregue uma carta de
esclarecimento sobre o estudo avaliativo, de modo a conhecer os objetivos e poder
se manifestar se deseja, ou não, dele participar, o instrumento foi disponibilizado na
versão impressa e na versão on-line para os que desejaram. Os questionários
51

respondidos na versão impressa foram entregues a autora do estudo, e o da versão


on-line foi encaminhado por e-mail.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

Este estudo avaliativo compreendeu análises quantitativas e qualitativas, com


base nos 28 questionários respondidos. Suas respostas compuseram os dados
necessários para responder as questões avaliativas deste estudo.
Os resultados foram apresentados em tabelas de modo a expressar a opinião
dos respondentes e possibilitar a análise dos dados.
Foi utilizada a estatística descritiva para permitir a análise dos dados coletados
a partir das questões respondidas.
Os padrões aplicados foram: Concordo plenamente, Concordo parcialmente,
Não observado, Discordo parcialmente e Discordo totalmente, sendo os quantificados
em 5 e 4 de natureza positiva e os de 2 e 1 de natureza negativa. Diante disso, esta
autora definiu três faixas de respostas, a fim de medir o grau de concordância das
questões quantitativas com a finalidade de adoção de critérios de julgamento para
esta avaliação, conforme o estabelecido no Quadro 3.

Quadro 3 - Critérios de julgamento das afirmações


Quantitativo de respostas Critério de Julgamento
28 a 18 alta concordância
17 a 9 média concordância
8a0 baixa concordância
Fonte: A autora (2019).

A geração dos dados nas questões abertas que solicitavam a opinião dos
respondentes sobre aspectos positivos e negativos encontrados na unidade escolar,
foram fundamentais para a análise e interpretação, tratadas qualitativamente e
distribuídas pelo Quadro de Categorias deste estudo avaliativo.
52

4 RESULTADOS

Neste capítulo, são apresentados os resultados obtidos com o Questionário de


Avaliação Institucional entregue a 31 respondentes da Equipe de Articulação
Pedagógica e professores da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha. Como já
informado, o estudo avaliativo abrangeu o total de 28 questionários respondidos.
Os resultados são apresentados em duas etapas: análise quantitativa das respostas
a partir do Quadro de Categorias, indicadores e padrões quantificados e análise
qualitativa de duas perguntas abertas.

4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTAS

Os resultados foram analisados a partir do Quadro de Categorias e dos níveis


de concordância com o propósito de responder as duas questões avaliativas deste
estudo, considerando sete categorias: Ambiente educativo, Práticas pedagógicas e
avaliação, Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, Gestão escolar democrática,
Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, Acesso e permanência
dos alunos na escola e Ambiente físico escolar.
Os padrões Concordo plenamente, Concordo parcialmente, Não observado,
Discordo parcialmente e Discordo totalmente foram utilizados na análise das
respostas, sendo que os que alcançaram 5 e 4 foram considerados como positivos, e
os 2 e 1, negativos. Três faixas de concordância – alta, média e baixa – foram
aplicadas no julgamento do total de respostas, por padrão quantificado.
São apresentadas as categorias com tabelas por indicadores discriminados e
padrões quantificados. As análises qualitativas foram realizadas a partir das respostas
abertas no Questionário de Avaliação Institucional que forneceram dados valiosos
para este estudo avaliativo. Ao final deste capítulo, é apresentada uma síntese dos
dados, as conclusões e recomendações deste estudo avaliativo.

4.1.1 Ambiente educativo na visão dos respondentes

A Tabela 11 mostra a concordância dos professores e da Equipe de Articulação


Pedagógica referente às afirmações relacionadas ao indicador amizade e
solidariedade.
53

Tabela 11 - Amizade e solidariedade


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Quando alguém (professor, funcionário ou aluno)
1.1.1 chega à escola com algum problema pessoal 18 7 3 - -
encontra pessoas dispostas a conversar.
O ambiente da escola favorece a amizade entre
1.1.2 alunos; entre professores e alunos e entre 25 3 - - -
professores.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

A partir dos resultados apresentados na Tabela 11 é possível observar na


questão 1.1.1 há um alto grau de concordância, 0,64 concordo plenamente, 0,25 com
concordando parcialmente. Sobre amizade e solidariedade na escola houve um baixo
grau de não observado e nenhum grau de discordância. Na questão 1.1.2, o alto grau
de concordância plena atinge 0,89 dos respondentes, uma resposta bastante positiva.
A Tabela 12 busca verificar a concordância dos professores e da Equipe de
Articulação Pedagógica referente às afirmações relacionadas ao indicador alegria.

Tabela 12 - Alegria
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
1.2.1 Os alunos gostam de frequentar a escola. 19 9 - - -
As pessoas que trabalham na escola gostam do
1.2.2 21 7 - - -
trabalho que desenvolvem.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

A partir dos resultados apresentados na Tabela 12 é possível observar na


questão 1.2.1 que há uma concentração no grau de alta concordância, estando 0,67
dos respondentes concordando plenamente e 0,32 parcialmente. Na questão 1.2.2
0,75 dos respondentes concordaram plenamente, apresentando um alto grau de
concordância e 0,25 concordaram parcialmente.
A Tabela 13 indica a concordância dos especialistas referente às afirmações
relacionadas ao indicador respeito ao outro.
54

Tabela 13 - Respeito ao outro


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Os alunos respeitam os professores e
1.3.1 16 12 - - -
funcionários da escola.
Os professores, respeitam e são afetuosos com
1.3.2 23 5 - - -
os alunos.
Professores, diretores e funcionários se
1.3.3 25 3 - - -
respeitam.
Os pais ou representantes da família são
1.3.4 28 - - - -
atendidos com atenção e respeito na escola.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Com os resultados apresentados na Tabela 13 é possível observar que há uma


concentração do grau alto de concordância, exceto na primeira afirmação. Na questão
1.3.1, 0,57 dos respondentes assinalaram concordo plenamente e 0,42 com concordo
parcialmente. Nas demais questões, foram registradas alta concordância
respectivamente 0,82 – 0,89 e 1, ou seja, todos os respondentes concordaram
plenamente com a afirmação 1.3.4.
A Tabela14 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador combate à discriminação.

Tabela 14 - Combate à discriminação


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Na escola, todos são tratados com respeito e
mantêm laços de amizade, não importando se
são negros, brancos, amarelos, indígenas,
1.4.1 23 5 - - -
pessoas com deficiência, ricos ou pobres,
homens ou mulheres, homossexuais, bissexuais
etc.
Quando os alunos têm atitudes preconceituosas
ou discriminatórias, tais como promover
brincadeiras ou usar apelidos que humilham seus
1.4.2 27 1 - - -
colegas, é realizada uma conversa em sala de
aula ou em outro espaço da escola para que não
aconteça mais.
A discriminação (atos preconceitos contra
pessoas com deficiência, povos indígenas,
mulheres, negros, homossexuais e outros) é
1.4.3. 26 1 1 - -
assunto abordado durante as aulas como algo
que causa sofrimento, prejudica as relações entre
as pessoas e é crime.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).
55

Os resultados apresentados na Tabela 14 mostram alta concordância com o


combate à discriminação. É possível observar na questão 1.4.1, 0,82 dos
respondentes assinalaram concordo plenamente. Na questão 1.4.2, 0,96 registraram
concordo plenamente. Na questão 1.4.3, 0,92 dos especialistas registraram a opção
concordo plenamente e apenas um respondente assinalou não observado.
A Tabela15 busca verificar a concordância dos respondentes referente às
afirmações relacionadas ao indicador disciplina e tratamento adequado aos conflitos
que ocorrem no dia a dia da escola.

Tabela 15 - Disciplina e tratamento adequado aos conflitos que ocorrem no dia a dia da
escola
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
As regras de convivência adotadas pela escola
1.5.1 são claras, conhecidas e respeitadas por toda a 23 5 - - -
comunidade escolar.
Os profissionais da escola procuram resolver os
conflitos que surgem entre as pessoas no
1.5.2 ambiente escolar, tais como brigas, discussões, 27 1 - - -
entre outros, com base no diálogo e na
negociação.
Os professores desenvolvem atividades para que
1.5.3 23 5 - - -
os alunos aprendam a dialogar e negociar.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado. 2- Discordo
parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Também em relação à disciplina e ao tratamento dos conflitos na escola, os


resultados apresentados na Tabela 15 revelaram alta concordância. Nas três
questões, respectivamente, 0,82 respondentes, 0,96 e 0,82 assinalaram concordo
plenamente.
A Tabela16 busca verificar a concordância dos respondentes referente às
afirmações relacionadas ao indicador respeito aos direitos da criança e dos
adolescentes.
56

Tabela 16 - Respeito aos direitos da criança e dos adolescentes


Questão
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Os profissionais da escola conhecem os
comportamentos ou sinais que uma criança
1.6.1 10 14 4 - -
vítima de trabalho infantil e/ou abusos físicos ou
sexuais pode vir a manifestar.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

O indicador focalizado gerou certa discordância entre os respondentes. Os


resultados apresentados na Tabela 16 indicaram 0,35 respondentes concordando
plenamente, 0,50 concordando parcialmente e 0,14 como não observado.
Percebe-se que os resultados obtidos na categoria ambiente educativo, de um
modo geral, possuem um alto grau de concordância, nenhum grau de discordância e
poucas sinalizações de não observado. Vale destacar que os dados refletem um
ambiente educativo de respeito, cooperação, participação e motivação.
Por fim, foi realizada a segunda etapa com um levantamento das questões
qualitativas referentes aos aspectos positivos e negativos identificados na Unidade
Escolar, com base na categoria Ambiente educativo. A letra R representa a palavra
respondente e o número, a identificação de cada um.

 Aspectos positivos

 “Respeito e bom relacionamento entre os funcionários.” (R1).


 “Respeito a diversidade e espaço para o diálogo com os alunos.” (R2).
 “Há muito acolhimento, diálogo e respeito entre todos os profissionais da
escola, alunos e comunidade escolar.” (R6).
 “É uma escola que busca sempre a harmonia. A direção sempre muito clara
e transparente com todos os profissionais, além de ser sempre ágil na resolução de
conflitos internos. Além da harmonia observo que os profissionais também são
motivados a cumprir o seu papel da melhor maneira possível, respeitando-os, dando
autonomia e valorizando o seu trabalho.” (R14).
 “Ambiente organizacional harmônico e colaborativo.” (R16).
 “O ambiente de trabalho é agradável, há uma preocupação real com o bem
estar dos alunos.” (R20).
57

 “O ambiente escolar é harmônico. Direção, professores, funcionários e


alunos mantêm uma relação respeitosa.” (R24).
Nesta categoria não foi identificado nenhuma resposta referente aos aspectos
negativos.
Os resultados das respostas qualitativas confirmam as análises quantitativas e
indicam que o Ambiente educativo da escola é visto como adequado e que estabelece
uma relação social de respeito e amizade entre os sujeitos da educação,
potencializando a qualidade da educação e impactando no desempenho escolar.
Segundo os Indicadores (2004), a formação de um cidadão consciente é reflexo
de um ambiente educativo de respeito, amizade e igualdade, fatores que garantem o
exercício de direitos e deveres que potencializam o desempenho escolar adequado.

4.1.2 Prática pedagógica e avaliação na visão dos respondentes

Uma das funções da escola é garantir a aprendizagem do aluno com autonomia


e motivação. Para a realização desta função, é necessário promover práticas
pedagógicas que potencializem a aprendizagem, necessitando de planejamento e
avaliação de procedimentos e atividades que propiciem um desempenho escolar
favorável.
A Tabela 17 busca verificar a concordância dos respondentes referente às
afirmações relacionadas a definição e conhecimento do indicador projeto político-
pedagógico.

Tabela 17 - Projeto político-pedagógico definido e conhecido por todos


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola possui um projeto político-pedagógico
2.1.1 17 9 2 - -
definido e conhecido por todos.
O PPP leva em consideração as especificidades
2.1.2 22 3 3 - -
da escola e da comunidade.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Nesse sentido, pode-se dizer que os especialistas apresentaram um alto grau


de concordância e um baixo grau de não observado. Como identificação no Gráfico 4.
58

Gráfico 4 – Distribuição das respostas no indicador Projeto político-pedagógico definido e


conhecido por todos
0,78
0,60 2.1.1.
2.1.2.
0,32
0,10 0,07 0,10

Concordo plenamente Concordo parcialmente Não observado


Fonte: A autora (2019).

Dessa resposta, pode-se dizer que a avaliação do projeto político-pedagógico


da escola possui um grau alto de concordância de que ele reconhece e transmite a
identidade da escola de acordo com a realidade e necessidades locais. Sua
construção coletiva estabelece metas comuns dando uma unidade ao processo de
ensino.
A Tabela 18 busca verificar a concordância dos respondentes referente às
afirmações relacionadas ao indicador planejamento.

Tabela 18 - Planejamento
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Os professores discutem com a Equipe de
Articulação Pedagógica (EAP) e com outros
2.2.1 22 4 2 - -
professores seus planos de aula durante o
horário da reunião pedagógica.
O planejamento prevê o uso de diferentes
2.2.2 22 5 1 - -
recursos didáticos em sala de aula.
Os professores procuram saber o que os alunos
2.2.3 já sabem para planejar suas aulas ou ajustar seu 22 5 1 - -
planejamento.
Os níveis de conhecimento dos alunos
alcançados no Sistema de Avaliação da
2.2.4 20 2 3 3 -
Educação Básica (Saeb) são discutidos nas
reuniões de planejamento.
Os resultados obtidos no Índice de
2.2.5 Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) são 20 2 3 3 -
discutidos nas reuniões de planejamento.
Os resultados do Ideb impactam a construção do
2.2.6 15 6 4 3 -
planejamento.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente
Fonte: A autora (2019).
59

Na visão dos especialistas, foi apresentada uma alta concordância em todas as


afirmações de natureza positiva, porém na afirmação 2.2.6 foi identificado uma
distribuição maior das respostas no grau de concordância e uma baixa concordância
nos padrões de não observado e de discordo parcialmente.
Os dados sugerem uma atenção maior nas questões 2.2.4, 2.2.5 e 2.2.6,
conforme os Gráficos 5 e 6.

Gráfico 5 – Distribuição do percentual de respostas das questões 2.2.4 e 2.2.5

0,10
Concordo plenamente
0,10
Concordo parcialmente
0,07
Não observado
0,71 Discordo parcialmente

Fonte: A autora (2019).

Gráfico 6 – Distribuição do percentual de respostas da questão 2.2.6

0,10
Concordo plenamente
0,14
Concordo parcialmente
0,53 Não observado
0,21 Discordo parcialmente

Fonte: A autora (2019).

Neste contexto, diante das respostas das questões 2.2.1, 2.2.2, e 2.2.3, pode-
se afirmar que a maioria dos professores procura fazer uma avaliação diagnóstica dos
alunos para a construção de um plano de aula mais eficaz, garantindo um
planejamento que contemple diferentes recursos adequados às especificidades,
sendo discutido coletivamente com a equipe de articulação pedagógica e com os
demais professores.
No entanto, nas questões 2.2.4, 2.2.5 e na 2.2.6 foram identificados entraves
que podem afetar o desempenho escolar. Discordâncias e falta de identificação dos
respondentes sinalizam falta de discussões em reuniões pedagógicas sobre os níveis
de proficiência alcançados no Saeb e aos resultados obtidos no Ideb. A ausência de
esclarecimentos dos resultados obtidos nas avaliações externas pode efetivamente
60

impactar o planejamento e as ações pedagógicas que visam a melhoria do processo


ensino-aprendizagem.
A Tabela 19 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador contextualização.

Tabela 19 - Contextualização
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola promove visitas no bairro e na cidade
2.3.1 para que os alunos conheçam e aprendam a usar 7 9 8 4 -
os equipamentos públicos da região.
Temáticas importantes para o processo
2.3.2 educativo (Temas transversais) são tratadas na 19 6 3 - -
escola com os alunos.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado. 2- Discordo
parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Na visão dos especialistas, na questão 2.3.1 foi identificado um médio grau de


concordância de natureza positiva e na 2.3.2 um grau de alta concordância de
natureza positiva, apresentando um aumento no grau de não observado e um baixo
grau de discordância, como identificado no Gráfico 7.

Gráfico 7 – Distribuição do indicador contextualização

0,67 2.3.2
2.3.1

0,21
0,10
0,32
0,25 0,28
0,14

Concordo Concordo Não observado Discordo


plenamente parcialmente parcialmente

Fonte: A autora (2019).


61

Os resultados obtidos na contextualização, sinaliza que a escola necessita de


uma atenção maior na questão 2.3.1 que apresentou um grau médio de concordância
e baixa concordância nos padrões não observado e discordo parcialmente.
A Tabela 20 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador prática pedagógica inclusiva.

Tabela 20 - Prática pedagógica inclusiva


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Alunos com deficiência recebem Atendimento
2.4.1 23 5 - - -
Educacional Especializado (AEE).
No dia a dia da sala de aula, respeita-se o fato de
2.4.2 que cada aluno precisa de um tempo diferente 23 5 - - -
para aprender.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

A partir dos resultados apresentados na Tabela 20 é possível observar que na


prática pedagógica inclusiva todos respondentes apresentaram um grau alto de
concordância de natureza positiva. Nas questões 2.4.1 e 2.4.2, foi registrado 0,82 em
ambas as respostas no padrão concordo plenamente.
Nesse sentido, o atendimento educacional especializado realizado pela EM
Professora Lúcia Maria Silveira Rocha atende às especificidades da lei promovendo
uma Educação Especial destinada a alunos com deficiência física ou mental, alunos
com cegueira ou baixa visão, surdo cegueira, surdez, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades.
A Tabela 21 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador formas variadas e transparentes de avaliação.
62

Tabela 21 - Formas variadas e transparentes de avaliação


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Os professores fazem uso de diferentes
2.5.1. atividades para avaliar os alunos, considerando 20 5 1 2 -
as especificidades de cada faixa etária.
A escola possui uma prova única por ano de
2.5.2. escolaridade, a fim de medir o conhecimento dos 4 5 7 2 10
alunos.
As avaliações externas são amplamente
2.5.3. divulgadas e discutidas por todos os professores 16 5 3 4 -
e pela EAP.
Os professores observam a progressão dos
2.5.4. 22 6 - - -
alunos e quais as dificuldades de cada um deles.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Na visão dos especialistas, foi identificado uma alta concordância nas questões
2.5.1, 2.5.3, 2.5.4 quantificadas nos padrões 5 e 4 de natureza positiva. A afirmação
2.5.2 apresentou um grau médio de concordância, uma baixa de concordância no
padrão de não observado e obteve uma média concordância nos padrões de
discordância.
Os dados sugerem uma atenção maior na questão 2.5.2, em virtude de o critério
de julgamento identificar uma média concordância nos padrões de natureza negativa,
conforme registrado no Gráfico 8.

Gráfico 8 – Distribuição de respostas da questão 2.5.2


0,14 Concordo plenamente

0,35 Concordo parcialmente


0,17 Não observado
Discordo parcialmente
0,07 Discordo totalmente
0,25

Fonte: A autora (2019).

No indicador formas variadas e transparentes de avaliação, é possível


identificar na questão 2.5.1 que a maioria dos professores faz uso de diferentes
atividades para avaliar seus alunos. A questão 2.5.2 evidencia que a escola não
dispõe de uma prova única por ano de escolaridade que vise medir aquisição de
competências e de habilidades em uma determinada área do conhecimento conforme
63

estabelecido pelo currículo. Outro ponto de destaque é a questão 2.5.3, que apresenta
uma baixa concordância no padrão de discordo parcialmente quanto à divulgação e
discussões referentes as avaliações externas.
A Tabela 22 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador monitoramento da prática pedagógica e da
aprendizagem do aluno.

Tabela 22 - Monitoramento da prática pedagógica e da aprendizagem do aluno


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola promove reuniões periódicas para
2.6.1 discutir sobre práticas de ensino e desempenho 24 4 - - -
escolar.
As decisões sobre a reprovação ou o
reagrupamento de alunos são discutidos por
2.6.2 20 3 1 3 1
todos os professores e pela Equipe de
Articulação Pedagógica (EAP).
Os professores utilizam instrumentos (relatórios,
ficha avaliativas) que permitem registrar o
2.6.3 27 1 - - -
desenvolvimento de cada aluno em relação aos
objetivos de aprendizagem.
Existe algum procedimento formalizado para
2.6.4 avaliar o resultado do trabalho de todos os 5 6 13 - 4
profissionais da escola.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente
Fonte: A autora (2019).

Na visão dos especialistas, foi identificado uma alta concordância nas questões
2.6.1, 2.6.2 e 2.6.3. A questão 2.6.4 apresentou uma média concordância nos padrões
quantificados em 5 e 4 de natureza positiva e não observado, obtendo uma baixa
concordância nos critérios de julgamento em relação aos padrões de discordância.
Nesse contexto, pode-se registrar uma preocupação quanto ao fluxo escolar que será
afetado diretamente com as reprovações da escola.
Os dados sugerem uma atenção maior na questão 2.6.4, em virtude dos
resultados dos critérios de julgamento dos padrões de concordância e de não
observado, conforme registrado no Gráfico 9.
64

Gráfico 9 – Distribuição das respostas da questão 2.6.4

0,14 0,17

Concordo plenamente
Concordo parcialmente

0,21 Não observado


Discordo totalmente
0,46

Fonte: A autora (2019).

Percebe-se uma concentração maior de respostas no padrão não observado,


obtendo o critério de julgamento em média concordância na questão 2.6.4. Este fato
sugere que a escola não tem a prática de realizar auto avaliação. A ausência de desse
resultado dificulta em realizar estratégias de melhorias e tomada de decisões que
possibilitem avanços.
Por fim, foi realizada a segunda etapa com um levantamento das questões
qualitativas referentes aos aspectos positivos e negativos identificados na Unidade
Escolar, com base na categoria Práticas Pedagógicas e Avaliação. Nesse sentido, a
letra R representa a palavra respondente, e o número, a identificação de cada um.

 Aspectos positivos

 “Professores e Equipe de Articulação Pedagógica dedicadas e


comprometidos”. (R1).
 “A equipe é comprometida com o trabalho e com a aprendizagem das
crianças.” (R2).
 “Estrutura para os professores prepararem seus planejamentos.” (R3).
 “ Incentivo da EAP e da gestão para com o Projeto da Sala de Recursos.”
(R16).
 “Parceria dos pais nas atividades da sala de Recursos junto aos alunos com
deficiência.” (R16).
 “Inclusão de alunos especiais, apesar da pouca quantidade de professores
de apoio.” (R18).
65

 “A inclusão ocorre de maneira bastante positiva. Alunos com necessidades


especiais são acolhidos com carinho tanto pela equipe quanto pelos colegas, com o
envolvimento dos professores e da direção com a proposta.” (R24).
 “ A possibilidade de utilizar vários mecanismo de avaliação, facilita na
elaboração do relatório avaliativo.” (R25).

 Aspectos negativos

 “Falta de uma avaliação única por ano de escolaridade.” (R20).


 “Não há aulas extras para os alunos com dificuldades de aprendizagem.”
(R20).
 “Atividades fora da escola contemplando todas as turmas não costumam
acontecer (visitas a museus, parques, teatros, excursões pelo bairro, etc), pois faltam
recursos.” (R24).
 “As resultados das provas do Saeb são repassados pela Equipe de
Articulação Pedagógica, porém, um quantitativo grande de colegas não consegue
interpretar os dados das avaliações externas, não servindo para ajustar as práticas a
fim de melhorar os resultados.” (R26).
Na análise das respostas qualitativas é possível esclarecer alguns pontos que
comprometem a qualidade da educação, identificados nas questões fechadas.
A LDB 9.394/96, no artigo 28º, indica que “os sistemas de ensino promoverão
as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada
região, especialmente.” (BRASIL, 1996). Nesse contexto, pode-se afirmar que a
escola necessita levar em conta a realidade de cada região e as experiências vividas
pelos discentes. E participar da vida da comunidade, conhecendo os espaços e
orientando como se deve atuar como cidadão é que o aprendizado ganhará um
significado real.
Percebe-se que a contextualização da escola com a comunidade está
comprometida, e a ausência de experiências impactam diretamente no desempenho
escolar.
Pode-se destacar que a necessidade de mensurar o aprendizado, a partir de
uma mesma escala é fundamental para identificar como está o desempenho de cada
grupo. Nesse sentido, é importante desenvolver uma prova que deverá ser aplicada
para os mesmos anos de escolaridade.
66

Nesse contexto, é necessário saber identificar as escalas de proficiência para


fazer a leitura dos resultados e adequar os planejamentos as necessidades reais de
cada grupo.
Segundo Fontanive (2013), a falta de conhecimento para interpretar uma
avaliação compromete a utilização dos resultados, inviabilizando o aproveitamento
dos dados para melhorar o aprendizado do aluno.

4.1.3 Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita na visão dos respondentes

A Tabela 23 busca verificar a concordância dos especialistas referente às


afirmações relacionadas ao indicador orientações para a alfabetização inicial
implementada.

Tabela 23 - Orientações para a alfabetização inicial implementada


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
O professor e a EAP possuem uma proposta
pedagógica na qual estão descritas as
3.1.1 aprendizagens escolares esperadas para cada 16 6 5 - 1
ano, os tipos de atividades a serem realizadas
durante as aulas e as estratégias de avaliação.
Os pais ou representantes da família recebem
orientações dos professores ou da EAP sobre
3.1.2 16 7 5 - -
como auxiliar as crianças a fazer suas atividades
de casa.
A escola promove situações para incentivar a
leitura na comunidade, tais como, criar rodas de
3.1.3 20 7 1 - -
leitura, emprestar livros para que as crianças os
levem para casa, promover feiras de leitura etc.).
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente
Fonte: A autora (2019).

As questões 3.1.1, 3.1.2 e 3.1.3 apresentaram como julgamento uma alta


concordância de natureza positiva, exceto a afirmação 3.1.1 que apresentou um
respondente no padrão de discordância. Nas questões 3.1.1 e 3.1.2 foi identificado o
percentual de 0,17 não observado e na questão 3.1.3, um respondente registrou o
padrão não observado.
Nesse cenário, é importante que a escola possa mobilizar os responsáveis a
participar da vida escolar dos seus filhos e oportunizar momentos onde a comunidade
esteja inserida na vida escolar.
67

A Tabela 24 busca verificar a concordância dos especialistas referente às


afirmações relacionadas ao indicador existência de práticas alfabetizadoras na escola.

Tabela 24 - Concordância do indicador existência de práticas alfabetizadoras na escola


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Os alunos usam diariamente materiais de leitura
3.2.1. 22 5 1 - -
disponibilizados nas salas de aula.
O professor lê livros para as crianças pelo menos
3.2.2. 15 8 4 - -
uma vez por dia.
As crianças participam diariamente de atividades
3.2.3. planejadas para a aprendizagem contínua do 21 5 2 - -
funcionamento do sistema da escrita.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado. 2- Discordo
parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Conforme as respostas dadas nas questões 3.2.1 a 3.2.3, a EM Professora


Lúcia Maria Silveira Rocha possui uma alta concordância de natureza positiva no
indicador práticas alfabetizadoras na escola. Nesse sentido, Soares (1997) afirma que
não basta saber ler e escrever, é necessário saber fazer uso, respondendo as
exigências que a sociedade faz continuamente da leitura e da escrita.
Sendo assim, a escola tem um importante papel de inserir o aluno em um
mundo letrado. A leitura de livros e o acesso a matérias de leitura e escrita no
ambiente da sala de aula potencializa e estimula o aluno a buscar conhecimento,
garantindo a melhoria da aprendizagem.
A Tabela 25 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador atenção ao processo de alfabetização de cada
criança.

Tabela 25 - Concordância do indicador atenção ao processo de alfabetização de cada


criança
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola utiliza modelos da Provinha Brasil e
3.3.1 outros tipos de instrumento para avaliar os 22 4 1 - -
alunos.
A escola faz uma avaliação diagnóstica de todos
3.3.2 os alunos logo que começam o primeiro ano do 17 4 7 - -
Ensino Fundamental.
(Continua)
68

(Conclusão)
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Esta avaliação permite que o professor planeje
3.3.3 20 2 6 - -
mais adequadamente suas aulas.
A prática pedagógica da escola garante que
todas as crianças tenham o domínio básico da
3.3.4 8 13 1 1 5
leitura e da escrita até o terceiro ano do Ensino
Fundamental.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado. 2- Discordo
parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Nas questões 3.3.1 a 3.3.4, pode-se perceber uma alta concordância


distribuída nos padrões de concordo plenamente e concordo parcialmente. Porém, na
questão 3.3.4 foi identificado como julgamento uma baixa concordância distribuída
nos padrões de discordo parcialmente e concordo totalmente, conforme o Gráfico 10.

Gráfico 10 – Distribuição das respostas na questão 3.3.4

0,17
0,28 Concordo plenamente
0,03 Concordo parcialmente
0,03
Não observado
Discordo parcialmente
Discordo totalmente

0,46
Fonte: A autora (2019).

A partir da análise do gráfico 10 é possível identificar que na visão dos


respondentes, a prática pedagógica da escola não garante que todas as crianças
tenham o domínio básico da leitura e da escrita até o terceiro ano do Ensino
Fundamental. Neste contexto, é necessário reavaliar as práticas e elaborar um
planejamento que contemple as especificidades dos alunos e o currículo esperado
para aquela etapa.
A Tabela 26 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador acesso e bom aproveitamento da biblioteca,
salas de leitura e sala de aula, dos equipamentos de informática e da internet.
69

Tabela 26 - Acesso e bom aproveitamento da biblioteca, salas de leitura e sala de aula, dos
equipamentos de informática e da internet
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola tem uma biblioteca ou sala de leitura
3.4.1 com bom acervo de livros, adequados a faixa 24 4 - - -
etária dos alunos.
Os professores utilizam com seus alunos o
3.4.2 10 12 3 3 -
acervo da sala de leitura.
Os alunos usam computadores e a internet para
3.4.3 aprimorar a leitura e a escrita pelo menos uma - 2 10 7 9
vez por semana, durante o horário das aulas.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Percebe-se na questão 3.4.3, quase que a totalidade dos respondentes


registram não usar computadores e internet como recurso pedagógico no processo
ensino-aprendizagem, conforme o registro do Gráfico 11.

Gráfico 11 – Distribuição das respostas na questão 3.4.3

0,07

0,32 Concordo parcialmente


Não observado
0,35
Discordo parcialmente
Discordo totalmente

0,25
Fonte: A autora (2019).

De acordo com os critérios de julgamento deste estudo avaliativo, os dados


referentes ao Gráfico 11 correspondem a uma média concordância nos padrões de
não observado e de discordância na utilização de computadores e internet com os
alunos.
A Tabela 27 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador existência de ações integradas entre a escola e
toda a rede de ensino para favorecer a aprendizagem da leitura e da escrita.
70

Tabela 27 - Existência de ações integradas entre a escola e toda a rede de ensino para
favorecer a aprendizagem da leitura e da escrita
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola implanta novas propostas, em acordo
com a Fundação Municipal de Educação de
3.5.1 Niterói (FME), para solucionar problemas 12 10 4 1 1
detectados quando as metas de aprendizagem
não são alcançadas.
Para analisar seus resultados de alfabetização,
leitura e escrita, a escola e a FME consideram os
3.5.2 14 9 5 - -
indicadores de avaliação externa disponíveis em
âmbito nacional, como, por exemplo o Saeb.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Percebe-se que os dados das questões 3.5.1 e 3.5.2 apresentam uma alta
concordância de natureza positiva. Conforme registro anterior, Fontanive (2013)
aponta que se não houver um conhecimento conceitual para interpretar os níveis das
escalas, o professor será incapaz de determinar como aquela avaliação poderá
auxiliar a sua prática.
Por fim, foi realizada a segunda etapa com um levantamento das questões
qualitativas referentes aos aspectos positivos e negativos identificados na Unidade
Escolar, com base na categoria Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita. Nesse
sentido, a letra R representa a palavra respondente, e o número, a identificação de
cada um.

 Aspectos positivos

 “ Recursos tecnológicos disponíveis para as aulas.” (R1).


 “O computador e a impressora na sala de aula, entre outros recursos,
auxiliam o professor na elaboração de atividades pedagógicas voltadas para
potencializar o ensino e a aprendizagem da leitura e escrita dos alunos.” (R28).

 Aspectos negativos

 “ A escola não possui muitos computadores para o uso com os alunos.” (R13)
 “O quantitativo pequeno de computadores na sala de informática e a falta de
manutenção das máquinas acabam dificultando o acesso das turmas, prejudicando a
aprendizagem.”(R28).
71

 “A escola tem o hábito de informar os resultados obtidos no Saeb, inclusive


no mural para todos olharem. Contudo, essa ação torna-se irrelevante, pois poucos
são os que conseguem interpretar e utilizar aquilo a seu favor.” (R28).
Como aspecto positivo é importante ofertar ao professor recursos para
execução de um planejamento mais eficaz. A possibilidade de o professor acessar
constantemente o computador em sala de aula para esta elaboração, é um ganho de
tempo e de qualidade nas atividades a serem utilizadas pelo grupo. Contudo, esses
recursos não devem ser somente de uso do professor. A sala de informática necessita
de máquinas suficientes e com qualidade para dinamizar o processo de
aprendizagem.
Leffa (2005) aponta que o professor não é o centro do processo ensino-
aprendizagem, o detentor de saberes e não pode ignorar as transformações
educacionais decorrentes do uso das tecnologias. Nesse sentido, o professor precisa
usar a tecnologia com o propósito de uma educação dinâmica, deve repensar sua
prática pedagógica e entender o seu papel de mediador, orientador e motivador da
aprendizagem.
Percebe-se que a escola necessita interpretar os resultados do Saeb, informar
a toda comunidade escolar e o mais importante, esclarecer e orientar os professores
sobre como aqueles dados poderão ser utilizados para melhorar a qualidade da
educação e o desempenho escolar.

4.1.4 Gestão escolar democrática na visão dos respondentes

A Tabela 28 busca verificar a concordância dos especialistas referente às


afirmações relacionadas ao indicador Informação democratizada.
72

Tabela 28 - Informação democratizada


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A direção consegue informar toda a comunidade
4.1.1 escolar sobre os principais acontecimentos da 23 4 1 - -
escola.
As informações circulam de maneira rápida e
4.1.2 precisa a todos os funcionários, responsáveis e 23 4 1 - -
alunos.
A direção faz prestação de contas ao Conselho
4.1.3 24 1 3 - -
Escola Comunidade, dos orçamentos e gastos.
Há um mural em local visível contendo as
4.1.4 principais informações relacionadas às 15 5 5 3 -
atividades da escola.
Há ambientes virtuais nos quais a comunidade
escolar possa colaborar e disseminar
4.1.5 9 7 6 4 2
informações sobre a escola, como blog, site,
portal etc..
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

As questões 4.1.1 a 4.1.4 concentram a maioria das respostas com uma alta
concordância de natureza positiva. A questão 4.1.5 necessita uma atenção maior, pois
os respondentes deste estudo avaliativo registraram média concordância distribuída
nos padrões de natureza positiva e uma baixa concordância nos padrões de não
observado e de discordo parcialmente, conforme identificação no Gráfico 12.

Gráfico 12 – Distribuição das respostas na questão 4.1.5

0,07
0,14 Concordo plenamente
0,32
Concordo parcialmente
Não observado
Discordo parcialmente
0,21
Discordo totalmente
0,25
Fonte: A autora (2019).

Percebe-se que totalizando os padrões de não observado, 0,42 dos


respondentes não concordam que os ambientes virtuais da EM Professora Lúcia Maria
Silveira Rocha disseminam informações de forma satisfatória. Nesse sentido a escola
inviabiliza a participação da comunidade, mostrando-se inacessível na prestação das
informações.
73

A Tabela 29 busca verificar a concordância dos especialistas referente às


afirmações relacionadas ao indicador Conselhos escolares atuantes.

Tabela 29 - Concordância do indicador Conselhos escolares atuantes


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
O Conselho Escolar é formado por
representantes de toda a comunidade escolar e
4.2.1 sua composição é paritária, ou seja, possui o 18 4 6 - -
mesmo número de pessoas entre funcionários
(incluindo professores) e não funcionários.
O Conselho Escolar tem normas de
4.2.2 19 4 5 - -
funcionamento conhecidas por todos.
O Conselho Escolar tem à sua disposição
informações sobre a escola em quantidade e
4.2.3 19 4 5 - -
qualidade suficientes para que possa tomar as
decisões necessárias.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Na opinião dos respondentes, o resultado de não observado, respectivamente


0,21 – 0,17 e 0,17, pode sugerir que as informações não são repassadas a todos com
a mesma clareza.
Assim sendo, a Gestão da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha necessita
informar com maior clareza a composição e função do Conselho Escolar e suas
normas de funcionamento, a fim de garantir uma gestão democrática onde as
informações circulem de forma rápida e que garanta e fortaleça a participação de
todos nas tomadas de decisões, para que tomem ciência dos seus direitos e deveres.
A Tabela 30 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Participação efetiva de estudantes, pais, mães
e comunidade em geral.
74

Tabela 30 - Participação efetiva de estudantes, pais, mães e comunidade em geral

Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Os pais ou representantes da família participam
4.3.1 ativamente das reuniões sobre a vida escolar dos 1 18 2 5 2
alunos.
A escola mantêm-se aberta aos fins de semana
para que a comunidade possa usufruir do seu
4.3.2 - 1 5 - 22
espaço (salas, pátio, quadras de esporte,
biblioteca etc.).
A escola disponibiliza recursos tecnológicos
como computador, impressora, projetor
4.3.3 multimídia, acesso à internet etc., para a 2 1 5 3 17
comunidade escolar durante a semana ou aos
fins de semana.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Percebe-se que na questão 4.3.1, 0,34 dos respondentes não concordaram que
ocorra a participação efetiva de estudantes, pais, mães e comunidade em geral,
conforme sinaliza o Gráfico 13.

Gráfico 13 – Distribuição das respostas na questão 4.3.1


0,07 0,03

0,17 Concordo plenamente


Concordo parcialmente
Não observado

0,07 Discordo parcialmente


Discordo totalmente
0,64

Fonte: A autora (2019).

Na questão 4.3.2, de acordo com níveis de julgamento estabelecidos neste


estudo avaliativo, foi identificado uma alta concordância dos respondentes distribuída
nos padrões de discordância, registrando que os respondentes não concordaram que
a escola se mantem aberta aos fins de semana para que a comunidade possa usufruir
dos seus espaços, conforme sinaliza o Gráfico 14.
75

Gráfico 14 – Distribuição das respostas na questão 4.3.2


0,03

0,17

Concordo parcialmente
Não observado
Discordo totalmente

0,78

Fonte: A autora (2019).

No Gráfico 15, foi registrado uma alta concordância dos respondentes


distribuídas nos padrões de discordo parcialmente e discordo totalmente e uma baixa
concordância dos padrões de não observado e de concordância. Nesse sentido, a
maioria dos respondentes afirma que a escola não disponibiliza recursos tecnológicos
à comunidade escolar.

Gráfico 15 – Distribuição das respostas na questão 4.3.3


0,07
0,03

Concordo plenamente
0,17 Concordo parcialmente
Não observado

0,60 Discordo parcialmente


0,10 Discordo totalmente

Fonte: A autora (2019).

O acesso às informações, a participação ativa dos pais na vida escolar do aluno


e a presença da comunidade no espaço da escola, é essencial para garantir uma
gestão transparente e democrática. Das respostas às questões 4.3.1 a 4.3.3, fica
registrado que a comunidade não utiliza do equipamento público, promovendo um
distanciamento da escola com as pessoas da localidade.
A Tabela 31 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Acesso, compreensão e uso dos indicadores
oficiais de avaliação da escola e das redes de ensino.
76

Tabela 31 - Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação da escola e


das redes de ensino
Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A comunidade é informada sobre as estatísticas
educacionais (taxas de evasão, abandono,
distorção idade-série, avaliações de
aprendizagem etc.) produzidas pelo Instituto
4.4.1 Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 12 8 7 1 -
Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação
(MEC) ou pelas Secretarias de Educação sobre o
desempenho da escola e da rede escolar da qual
faz parte.
Os indicadores oficiais de avaliação são
4.4.2 utilizados como subsídio para a promoção de 10 10 6 - -
intervenções na gestão da escola.
São realizadas estratégias de intervenção
pedagógica para sanar problemas de
4.4.3 16 6 4 - 2
aprendizagem detectados por meio dos
resultados das avaliações externas.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

A Tabela 31 permite analisar que a maioria dos respondentes apresenta um


grau de alta concordância nos padrões de concordo plenamente e concordo
parcialmente. Cabe destacar que o padrão de não observado requer uma atenção
maior por parte da gestão escolar, tendo como registro nas questões 4.4.1, 4.4.2 e
4.4.3, respectivamente 0,25 - 0,21 e 0,14 dos respondentes. Outro fator importante é
o registro de discordância.
A Tabela 32 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Participação na gestão financeira da escola.

Tabela 32 - Participação na gestão financeira da escola


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola recebe repasses financeiros da
prefeitura, do governo estadual ou do Fundo
4.5.1 Nacional para o Desenvolvimento da Educação 21 2 5 - -
(FNDE), do MEC, para pequenas despesas na
escola.
O Conselho Escolar é quem decide o que deve
4.5.2 ser comprado com os recursos que a escola 22 2 3 - 1
administra.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).
77

Neste indicador o grau alto concordância ficou distribuído em 0,82 na questão


4.5.1 e 0,85 na questão 4.4.2 de natureza positiva. E as respostas no padrão não
observado e de natureza negativa parecem revelar a preocupação de alguns
respondentes com aspectos relacionados à autonomia da escola como um todo, fica
evidenciado a necessidade de repassar as informações e dividir as decisões com o
colegiado.
Por fim, foi realizada a segunda etapa com um levantamento das questões
qualitativas referentes aos aspectos positivos e negativos identificados na Unidade
Escolar, com base na categoria Gestão escolar democrática. Nesse sentido, a letra R
representa a palavra respondente, e o número a identificação de cada um.

Aspectos positivos

 “Diálogo fácil com a gestão”. (R1).


 “Diálogo da direção com os profissionais da unidade.” (R3).
 “Reuniões pedagógicas produtivas, com aprendizado e reflexões sobre a
prática docente.” (R3).
 “Algumas pessoas da comunidade escolar participam das decisões da
escola, o que é muito importante.” (R6).
 “Os aspectos positivos que observo, durante esse período que trabalho na
Unidade Escolar são: o comprometimento, seriedade e parceria da gestão escolar
com a equipe de professores/as, a transparência das reuniões do Conselho Escolar,
das metas e resultados obtidos.” (R8).
 “A Unidade Escolar tem uma gestão participativa, democrática, que é aberta
a análise e escuta do cotidiano escolar. No meu ponto de vista esse aspecto é
fundamental para o processo contínuo e de melhoria da escola. O apoio a equipe
pedagógica e a liberdade de ação no trabalho responsável auxilia na seriedade e no
comprometimento da equipe.” (R9).
 “Equipe pedagógica e administrativa comprometida e transparente no que
diz respeito aos gastos da escola.” (R11).
 “Visão humanística do trabalho pedagógico por parte da Equipe de
Articulação Pedagógica e da Gestão Escolar.” (R16).
 “Atendimento as solicitações de materiais por parte da equipe de
professores.” (R16).
78

 “Há um esforço para atender as solicitações dos professores e funcionários


em relação a materiais solicitados para a realização de atividades.” (R20).

 Aspectos negativos

 “Baixa participação dos responsáveis em reuniões e/ ou atividades.” (R1).


 “A participação efetiva da família no aprendizado da criança é algo que
deveria ocorrer mais. Entrosamento escola/família é fundamental!” (R2).
 “Alguns responsáveis e membros da comunidade escolar não participam das
reuniões de pais e reuniões coletivas, o que dificulta o apoio e acompanhamento das
necessidades dos alunos e necessidades da escola de forma geral.” (R6).
 “Falta de recursos necessários para o dia a dia da escola por questões de
repasse de gêneros e materiais oriundos da FME (alimentação mais variada para os
alunos, recursos multimídias, brinquedos e etc.).” (R12).
 “Pouco envolvimento das famílias em relação à educação escolar.” (R24).
Na análise qualitativa, pôde-se fazer uma relação direta com as respostas
quantitativas. Nesta categoria Gestão escolar democrática, os respondentes deram
contribuições significativas para a referida análise.
De acordo com a LDB (BRASIL, 1996) as escolas devem ser administradas
com base no princípio da Gestão Democrática. Nesse sentido, as informações em
murais ou ambientes virtuais, garantem a transparência, deixando claro para a
comunidade como são usados os recursos a fim de garantir uma melhor qualidade na
educação.
Percebe-se que informar sobre o andamento da escola é de suma importância.
Nesse contexto é necessário usar a tecnologia a favor da escola, para estimular,
mobilizar e tornar a escola mais próxima da família e do aluno. A importância da escola
está aberta para a família, é garantir que a comunidade tenha uma relação afetuosa
e de pertencimento em relação aquele espaço como um agente de transformação.
Garantindo assim, uma aproximação dos responsáveis com a vida escolar do aluno.

4.1.5 Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola na visão


dos respondentes

A Tabela 33 busca verificar a concordância dos especialistas com as


afirmações relacionadas ao indicador Formação inicial e continuada.
79

Tabela 33 – Formação inicial e continuada


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Todos os profissionais da escola têm habilitação
5.1.1 (formação inicial) necessária para o exercício de 28 - - - -
sua função.
A escola ou a Secretaria da Educação oferecem
permanentemente cursos ou ações de formação
5.1.2 17 9 - 1 1
para professores e demais funcionários da
escola.
As reuniões pedagógicas ajudam a melhorar a
5.1.3 25 2 1 - -
prática pedagógica.
Professores e demais funcionários da escola
5.1.4 participam de formações que os ajudam a 7 12 3 4 2
trabalhar com alunos com deficiência.
A escola utiliza portais educacionais (como
EducaRede, Portal do Professor do MEC, entre
5.1.5 7 5 10 1 5
outros) para subsidiar a formação dos seus
professores.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado. 2-
Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Na análise deste indicador percebe-se que a totalidade dos respondentes


registra ter formação para exercer a função. Na questão 5.1.2, 0,92 afirmam que a
escola e a Secretaria de Educação fazem a oferta de cursos para formação
profissional. Na questão 5.1.4, 0,32 dos respondentes não concordam com a
afirmação de participar de formações que os ajudem a trabalhar com alunos com
deficiência. Este dado revela que as formações precisam ser dirigidas às demandas
específicas de cada escola e levanta um questionamento se o acesso às formações
é garantido a todos os profissionais da unidade escolar. Na questão 5.1.5., evidencia-
se a necessidade de inserção de tecnologias como um recurso pedagógico para a
formação profissional.
Segundo Castells (2000), as tecnologias da informação integram o mundo de
forma global, ou seja, experiências e conhecimentos são compartilhados e
transformados, garantindo um constante aprendizado.
A Tabela 34 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Suficiência e estabilidade da equipe escolar.
80

Tabela 34 – Suficiência e estabilidade da equipe escolar


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola dispõe da quantidade de professores de
5.2.1 3 6 2 6 11
que necessita.
O número de funcionários é suficiente para o bom
5.2.2 2 5 1 5 15
funcionamento da escola.
A escola possui profissionais de apoio
pedagógico (exemplos: coordenador, supervisor,
5.2.3 - 5 1 9 13
psicopedagogo, técnicos das áreas de ensino)
em quantidade suficiente.
Mudanças e substituições de professores e
5.2.4 demais profissionais da escola é fato constante 5 6 5 4 8
na Unidade Escolar.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Neste indicador é possível observar que os dados são bem alarmantes,


registrando a carência e substituições de profissionais, impactando na qualidade da
educação e no desempenho escolar, conforme registros dos Gráficos 16, 17, 18 e 19.

Gráfico 16 – Distribuição das respostas na questão 5.2.1


0,10
Concordo plenamente

0,21 Concordo parcialmente


0,39
Não observado
Discordo parcialmente
0,07 Discordo totalmente
0,21
Fonte: A autora (2019).

Gráfico 17 – Distribuição das respostas na questão 5.2.2


0,07
Concordo plenamente
0,17
Concordo parcialmente
0,53 0,03 Não observado
Discordo parcialmente
0,17 Discordo totalmente

Fonte: A autora (2019).


81

Gráfico 18 – Distribuição das respostas na questão 5.2.3

0,17
Concordo parcialmente
0,03
0,46 Não observado
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
0,32

Fonte: A autora (2019).

Gráfico 19 –Distribuição das respostas na questão 5.2.4

0,17
0,28 Concordo plenamente
Concordo parcialmente
Não observado
0,21
Discordo parcialmente
0,14 Discordo totalmente
0,17

Fonte: A autora (2019).

A Tabela 35 busca verificar a concordância dos especialistas referente às


afirmações relacionadas ao indicador Assiduidade da equipe escolar.

Tabela 35 – Assiduidade da equipe escolar


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
As faltas de diretor, professores ou funcionários
são um problema discutido por toda a
5.3.1 comunidade escolar, incluindo pais e alunos, 9 8 4 - 7
quando dificultam o aprendizado e o andamento
das atividades educativas.
Os professores começam e terminam as aulas
5.3.2 22 6 - - -
pontualmente.
Os demais profissionais da escola também
5.3.3 21 5 2 - -
cumprem sua jornada com pontualidade.
As reuniões pedagógicas começam e terminam
5.3.4 26 2 - - -
na hora marcada.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).
82

Na análise da Tabela 35 é possível identificar que a única questão que clama


por atenção é a 5.3.1 que apresenta um indicativo de discordância de 0,25 e de não
observado com 0,14.
Por fim, foi realizada a segunda etapa com um levantamento das questões
qualitativas referentes aos aspectos positivos e negativos identificados na Unidade
Escolar, com base na categoria Formação e condições de trabalho dos profissionais
da escola. Nesse sentido, a letra R representa a palavra respondente, e o número, a
identificação de cada um.

 Aspectos positivos

 “A minha contribuição para com o grupo de trabalho é estar sempre em


atualização constante, cursos, formações para a melhoria da aprendizagem dos/as
alunos/as e a crítica da minha prática pedagógica, a saber se estou no caminho certo,
compromisso e seriedade com meu trabalho”. (R8).
 “Estímulo da Equipe de Articulação Pedagógica e da Gestão para o
aperfeiçoamento e aprimoramento profissional de seus professores.” (R16).
 “As reuniões pedagógicas são realizadas sempre com o objetivo de
enriquecer a prática pedagógica.” (R20).
 “Os horários de planejamentos de todos os funcionários são devidamente
respeitados mesmo havendo carência de profissionais.” (R20).

 Aspectos negativos

 “Falta de professores regentes e de apoio.” (R1).


 “Falta de funcionários em alguns setores.” (R3).
 “Ainda falta funcionários como porteiro, pedagogo, etc o que atrapalha o
melhor andamento das atividades da escola e acompanhamento do trabalho
pedagógico.” (R6).
 “A Falta de profissionais para a limpeza da escola, resulta na sobrecarga de
trabalho dos profissionais que já estão na escola.” (R8).
 “Não há serviço de portaria/porteiro suficiente na escola. A direção, é que
necessita desviar alguns funcionários, para executar tal função. Já foi feito concurso
83

para esse cargo, e a FME não disponibilizou/liberou as vagas para o preenchimento


da mesma na escola.” (R8).
 “A escola sofre com o não recebimento de professores para acompanhar os
alunos com necessidades especiais. Falta professores de apoio. Falta porteiro e
equipe auxiliar.” (R9).
 “Equipe de limpeza (CLIN) reduzida e com pouco treinamento e falta de
segurança.” (R11).
 “A escola não possui professores de apoio. Também não possui professores
Inglês que atenda a demanda da escola. Não possui professores de Artes, professor
articulador no período da tarde nem porteiro. Para garantir um bom funcionamento da
escola é necessário que tenha profissionais em todas as áreas. Mesmo porque
quando falta professor de disciplinas específicas, deixa de ser oferecido o
conhecimento que o profissional capacitado para tal tem.” (R13).
 “Falta de profissionais em algumas áreas, como artes, bem como
profissionais de limpeza.” (R14).
 “A escola está localizada em uma área de difícil acesso por ter apenas uma
entrada e uma saída com somente uma linha de ônibus. Esse fator acaba
prejudicando a escola, pois gera uma rotatividade maior de profissionais, e quando a
FME disponibiliza suas vagas, a nossa escola só é escolhida quando todas as outras
opções já foram preenchidas. Isto acaba prejudicando a sequência de trabalho com
as turmas.” (R15).
 “Quadro deficitário de profissionais na escola, tais como: porteiros,
professores (de apoio e articulação), sobrecarregando os demais professores que
atuam na Unidade Escolar.” (R16).
 “Carência de professor de apoio, especialmente no turno da tarde, para
acompanhar com mais proximidade os alunos com deficiência matriculados
regularmente na Unidade Escolar. Cabe ressaltar que tal quadro deficitário, não é de
responsabilidade da escola, visto que a Unidade Escolar está inserida na Fundação
Municipal de Educação de Niterói, pertencendo à Rede de Ensino Municipal.” (R16).
 “Embora a FME ofereça vários cursos para formação profissional, por falta
de funcionários suficientes fica inviável um professor que atenda aos dois turnos
comparecer a estas formações. Não é possível uma logística que viabilize essa
participação, pois os alunos não podem ser prejudicados com a ausência do professor
84

na escola e a gestão já se organizou para cobrir todos os horários de planejamento


dos professores e não poderia ocupar mais estas faltas. Enquanto não for entendido
que o material humano é fundamental para o bom andamento da escola, ficará difícil
o professor estudar em serviço e promover uma educação melhor para o aluno.”
(R28).
Embora a escola utilize os horários de reuniões pedagógicas para realizar uma
formação em serviço, conforme determina a LDB no art. 61, parágrafo único, percebe-
se por meio da análise da resposta qualitativa do respondente 28, que a escola não
consegue garantir a formação continuada em outros espaços, por conta da carência
de profissionais gerando uma dificuldade de organizar a escola sem prejudicar o
andamento das aulas. Um total de 12 respondentes sinalizaram a falta de profissionais
para ocupar diversos cargos na escola e alguns reforçaram que essa ausência
sobrecarregada a todos e prejudica do desempenho escolar.
Outro ponto relevante foi a resposta do respondente 15 que sinaliza que a
escola está em uma área de difícil acesso e que por conta disto, existe uma grande
rotatividade de profissionais. Nesse sentido, pode-se dizer que além da falta de
profissionais a sequência do trabalho também acaba sendo comprometida.

4.1.6 Acesso e permanência dos alunos na escola

A categoria de Acesso e permanência dos alunos na escola é fundamental para


garantir a melhoria da educação, impactando diretamente no resultado do Ideb, que
utiliza como cálculo dois fatores: desempenho escolar mensurados no exame do Saeb
e o fluxo escolar registrados no Censo Escolar. Segundo Klein (2006) baixar as taxas
de repetência e de evasão torna-se um desafio para as escolas que desejam melhorar
seu desempenho escolar.
A Tabela 36 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Atenção especial aos alunos que faltam.
85

Tabela 36 – Atenção especial aos alunos que faltam


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
A escola calcula o número total de faltas de cada
6.1.1 27 - 1 - -
aluno.
A escola convoca os responsáveis para falar
6.1.2 27 - 1 - -
sobre as faltas.
A escola possui algum procedimento que
6.1.3 contribua para resolver o problema dos alunos 20 7 1 - -
com maior número de faltas.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Neste indicador percebe-se que a EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha


alcançou em todas as questões 0,96 de concordância dos respondentes.
A Tabela 37 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Preocupação com o abandono e com a evasão.

Tabela 37 – Preocupação com o abandono e com a evasão


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Todas as crianças em idade escolar do entorno
6.2.1 5 10 10 2 1
frequentam a escola regularmente.
A comunidade escolar tem informações sobre a
6.2.2 quantidade de alunos que se evadem ou 11 8 7 1 1
abandonam a escola.
A escola adota alguma medida para trazer de
6.2.3 volta alunos que se evadiram ou abandonaram a 10 8 9 1 -
escola.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente
Fonte: A autora (2019).

De acordo com a LDB (BRASIL, 1996), nos Art. 4º e Art. 6º é dever do Estado
de oferecer de forma obrigatória e gratuita, a educação escolar, e dever dos
responsáveis efetuar a matrícula dos menores. Sendo assim, conforme respostas das
questões 6.2.1 a 6.2.3, a escola precisa dedicar uma atenção maior a comunidade, a
fim de sanar qualquer problema referente a oferta de vaga, abandono e evasão
escolar, conforme dados da Tabela 9.
A Tabela 38 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Atenção especial aos alunos com alguma
defasagem de aprendizagem.
86

Tabela 38 – Atenção especial aos alunos com alguma defasagem de aprendizagem


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
No dia a dia, os professores dão atenção
6.3.1 individual àqueles alunos que apresentam 13 14 1 - -
dificuldades de aprendizagem.
A escola desenvolve projetos de
6.3.2 acompanhamento junto aos alunos que têm 8 15 3 2 -
dificuldades de aprendizagem.
Ao diagnosticar alguma dificuldade do aluno, a
6.3.3 equipe escolar reconhece e valoriza também 16 10 2 - -
suas habilidades.
A escola oferece, utilizando as tecnologias,
6.3.4 oportunidades diferenciadas para alunos com 14 8 3 1 2
dificuldade de aprendizagem.
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Atender as especificidades de cada aluno é uma tarefa necessária para garantir


a melhoria da educação. Nesse sentido, ao analisar a Tabela 38 é possível perceber
que a maioria das respostas está concentrada nos padrões positivos de concordância,
estabelecendo segundo os critérios de julgamento deste estudo avaliativo uma alta
concordância neste padrão. Nas questões 6.3.2 e 6.3.4 foi identificado uma baixa
concordância dos padrões de não observados e de discordância.
Por fim, foi realizada a segunda etapa com um levantamento das questões
qualitativas referentes aos aspectos positivos e negativos identificados na Unidade
Escolar, com base na categoria Acesso e permanência dos alunos na escola. Nesse
sentido, a letra R representa a palavra respondente, e o número, a identificação de
cada um.

 Aspectos positivos

 “A escola se preocupa com as faltas dos alunos e sempre notifica os


responsáveis.” (R21).

 Aspectos negativos

“Mesmo notificando os responsáveis e o Conselho Tutelar percebe-se que o


quantitativo de faltas ainda permanece elevado, principalmente na quarta-feira, dia em
que toda rede possui um horário reduzido dos alunos, a fim de garantir a reunião
pedagógica dos professores.” (R21).
87

 “ Por conta do quantitativo de faltas, a escola apresenta algumas retenções


que acaba comprometendo o aprendizado dos alunos e o desempenho escolar.”
(R21).
A partir do resultado do desempenho escolar no Saeb e do rendimento escolar,
que está relacionado as taxas de reprovações, abandono e evasão escolar, é
calculado o Ideb da escola. Nesse contexto, é necessário uma ação mais efetiva da
EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha, a fim de diminuir as taxas de reprovação.
A partir destes dados, é possível pensar em ações que venham a diminuir a
defasagem da aprendizagem, como: intervenções pontuais; conversar com os
responsáveis; encaminhar para o Atendimento Educacional Especializado ou realizar
agrupamentos.

4.1.7 Ambiente físico escolar

A Tabela 39 busca verificar a concordância dos especialistas referente às


afirmações relacionadas ao indicador Suficiência do ambiente físico escolar.

Tabela 39 – Suficiência do ambiente físico escolar


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Há banheiros suficientes, acessíveis e
7.1.1 adequados para o uso de todos, inclusive 14 10 1 3 -
crianças pequenas e/ou com deficiência.
Há pátio escolar no qual alunos de diferentes
7.1.2 19 8 - 1 -
faixas etárias possam brincar.
7.1.3 Há espaço para o ensino e a prática de esportes. 11 11 - 5 1
Há mesas e cadeiras disponíveis e adequadas
7.1.4 10 7 1 6 4
para as diversas faixas etárias.
Todos os alunos possuem material didático para
participar das atividades educativas (caderno,
7.1.5 17 9 - 2 -
material para pintar, desenhar, modelar, escrever
...).
Há materiais lúdicos na escola e nas salas de
7.1.6 aula como brinquedos, jogos, utensílios para 13 13 - 1 1
teatro e faz de conta.
Há televisão, computador, DVD, aparelho de
7.1.7 24 4 - - -
som, entre outros recursos na sala de aula.
7.1.8 A escola está conectada à internet. 16 8 2 2 -
7.1.9 É possível preparar a merenda na própria escola. 27 1 - -
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).
88

Percebe-se que as questões 7.1.3 e 7.1.4 obtiveram o quantitativo de


discordância um pouco mais elevado em relação às demais questões, registrando na
questão 7.1.3, 0,21 das respostas com baixa concordância no padrão negativo e na
questão 7.1.4, 0,35 das respostas com média concordância no padrão negativo,
ambos quantificados na tabela 39 em 2 e 1. Nas demais questões, o grau de
concordância foi igual ou superior a 0,85, estabelecendo uma alta concordância.
A Tabela 40 busca verificar a concordância dos especialistas referente às
afirmações relacionadas ao indicador Qualidade do ambiente físico escolar.

Tabela 40 – Qualidade do ambiente físico escolar


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
Os computadores estão em boas condições de
7.2.1 5 9 - 5 9
uso.
A biblioteca, salas ou cantos de leitura contam
7.2.2 com acervo organizado, ambiente agradável, 11 13 - 4 -
arejado e iluminado.
O pátio escolar conta com brinquedos adequados
7.2.3 1 8 1 9 9
à faixa etária.
O conteúdo dos vídeos, músicas e tevê utilizados
na escola respeita a diversidade humana e a
7.2.4 igualdade entre todos (negros, brancos, 24 3 1 - -
amarelos, indígenas, pobres, ricos, homens,
mulheres, homossexuais e bissexuais).
As lixeiras estão espalhadas em toda a escola
7.2.5 25 3 - - -
para facilitar seu uso.
Há iniciativas para preservar e/ou melhorar a
7.2.6 20 7 1 - -
aparência da escola.
Os filtros ou bebedouros estão em boas
7.2.7 4 11 - 10 3
condições de uso.
7.2.8 Os banheiros estão em boas condições de uso. 8 17 - 2 1
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado.
2- Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

No indicador Qualidade do ambiente físico escolar foi identificado em várias


questões um indicativo elevado de discordância. Nesse sentido, pode-se dizer que
este indicador precisa de uma análise especial, conforme detalhado nos Gráficos 20,
21 e 22.
89

Gráfico 20 – Distribuição das respostas na questão 7.2.1

0,17
0,32 Concordo plenamente
Concordo parcialmente
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
0,32
0,17
Fonte: A autora (2019).

Na análise do Gráfico 20 percebe-se que a ocorre uma grande concentração


das respostas no padrão de discordância, gerando um indicativo que pode
comprometer o desempenho escolar da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha.
Moraes (2006) reforça que os equipamentos no ambiente físico escolar,
potencializam atividades que dão significados aos conteúdos, favorecendo a oferta
dos serviços com qualidade. Nesse sentido, os computadores utilizados pelos alunos
devem estar em boas condições de uso, a fim de promover o acesso as informações
e as atividades de forma adequada.

Gráfico 21 – Distribuição das respostas na questão 7.2.3

0,03
Concordo plenamente
0,32
0,28
Concordo parcialmente
Não observado
Discordo parcialmente
0,03 Discordo totalmente

0,32

Fonte: A autora (2019).

Nesta questão foi identificada 0,64 de respostas com um grau de discordância.


Nesse sentido, a questão 7.2.3 aborda se o pátio escolar conta com brinquedos
adequados à faixa etária é considerada a mais comprometedora no indicador
qualidade do ambiente físico escolar.
Vygotsky (1991) afirma que os brinquedos potencializam a relação entre
situações reais e situações do pensamento, influenciando a visão de mundo e ações
90

futuras. Nesse sentido, o acesso aos brinquedos adequados à faixa etária é


fundamental para estimular o desenvolvimento do aluno.

Gráfico 22 – Distribuição das respostas na questão 7.2.7

0,10 0,14

Concordo plenamente
Concordo parcialmente

0,35 Discordo parcialmente

0,39 Discordo totalmente

Fonte: A autora (2019).

Na análise do Gráfico 22 percebe-se que ocorre uma alta concordância das


respostas estão concentradas no grau de discordância, gerando um indicativo de que
os filtros ou bebedouros não estão em boas condições de uso, comprometendo a
qualidade da água oferecida aos alunos da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha.
A Tabela 41 busca verificar a concordância dos especialistas referente as
afirmações relacionadas ao indicador Bom aproveitamento do ambiente físico escolar.

Tabela 41 – Bom aproveitamento do ambiente físico escolar


Padrões quantificados
Questão Afirmações
5 4 3 2 1
O pátio é aproveitado para atividades recreativas
7.3.1 19 9 - - -
e pedagógicas.
As salas de aula são organizadas de acordo com
7.3.2 a diversidade das atividades realizadas em 13 9 1 5 -
rodas, trabalhos em grupo etc..
Legenda: 5- Concordo plenamente. 4- Concordo parcialmente. 3- Não observado. 2-
Discordo parcialmente. 1- Discordo totalmente.
Fonte: A autora (2019).

Na análise da Tabela 41 percebe-se que a questão 7.3.1, a totalidade das


respostas estão concentradas com alta concordância no padrão positivo quantificados
em 5 e 4 e na questão 7.3.2, 0,78 das respostas estão concentradas com alta
concordância no padrão positivo e 0,17 das respostas com baixa concordância no
padrão negativo quantificado em 2. Nesse sentido, a questão 7.3.2 possui um
indicativo que pode comprometer a rotina pedagógica e afetar a aprendizagem dos
alunos.
91

Por fim, foi realizada a segunda etapa com um levantamento das questões
qualitativas referentes aos aspectos positivos e negativos identificados na Unidade
Escolar, com base na categoria Ambiente físico escolar. Nesse sentido, a letra R
representa a palavra respondente e o número a identificação de cada um.

 Aspectos positivos

 “Há material suficiente para o dia a dia escolar, o que facilita na organização
das tarefas.” (R3).
 “As salas de aula são equipadas com ar condicionado, TV, DVD e
computadores.” (R20)
 “O pátio central é bem amplo e acessível aos alunos especiais, facilitando
na utilização para algumas atividades pedagógicas e esportivas ”. (R27).

 Aspectos negativos

 “Ausência de quadra poliesportiva.” (R1).


 “Brinquedos no pátio, respeitando a faixa etária dos alunos.” (R3).
 “Sala de informática inativa.” (R3).
 “ A quadra não é coberta, por isso em dia de chuva não é possível aula em
quadra.” (R4).
 “A manutenção dos aparelhos tecnológicos, assim como dos aparelhos de
ar condicionado e a limpeza da escola é sofrível.” (R9).
 “Falta de manutenção em equipamentos, estrutura e mobiliário (pintura,
limpeza, troca de móveis, manutenção de ar condicionado e equipamento eletrônicos.”
(R20).
 “Falta de manutenção nos computadores utilizados pelos alunos,
comprometendo a usabilidade de uma grande parte dos equipamentos.” (R22).
 “Limpeza do espaço físico comprometida.” (R27).
 “ As carteiras universitárias utilizada pelos alunos não são adequadas a faixa
etária dos mesmos, alguns alunos não conseguem sentar e apoiar os pés no chão.”
(R27).
Nas análises qualitativas da categoria Ambiente físico, percebe-se que a escola
disponibiliza para os professores vários materiais e investe nos recursos para auxiliar
na prática do professor. Contudo, os equipamentos utilizados pelos alunos como
92

computadores, não contam com uma manutenção e substituição necessária, a fim de


garantir uma aprendizagem satisfatória.
O reflexo da ausência de profissionais reflete diretamente na manutenção dos
equipamentos eletrônicos e na limpeza da escola.
É importante que na compra de brinquedos de pátio e das carteiras dos alunos,
seja levada em consideração a faixa etária e o espaço físico, garantindo um conforto
maior e facilidade de locomoção e de agrupamentos, a fim de potencializar o
aprendizado e a socialização dos alunos.

4.2 SÍNTESE DOS DADOS

A Tabela 42 apresenta os 10 principais pontos fortes, identificados no estudo e


agrupados segundo o Quadro de Categorias.

Tabela 42 – Pontos fortes da E.M. Professora Lúcia Maria Silveira Rocha


Categorias Qualificações atribuídas
Ambiente harmônico, colaborativo e propício
Ambiente educativo
ao diálogo.
Equipe comprometida com o trabalho e com
Práticas pedagógicas e avaliação o aprendizado dos alunos.
Avaliação contínua.
Recursos tecnológicos disponíveis para os
Ensino e aprendizagem da leitura e da
professores utilizarem para realização dos
escrita
planejamentos e das aulas.
Gestão participativa e democrática.
Gestão escolar democrática Transparência e tomada de decisões
coletivas.
Reuniões que contribuem para aprimorar as
Formação e condições de trabalho dos práticas pedagógicas.
profissionais da escola Assegurar 1/3 do horário do professor para
planejamento.
Acesso e permanência dos alunos na Atenção aos alunos que apresentam
escola dificuldades dentro de sala.
Material pedagógico suficiente para o
Ambiente físico escolar
desenvolvimento da rotina escolar.
Fonte: A autora (2019).

A partir da Tabela 42, constata-se que os 10 pontos fortes listados pelos


respondentes dizem respeito a sete categorias considerados na avaliação: Ambiente
educativo, Práticas pedagógicas e avaliação, Ensino e aprendizagem da leitura e da
escrita, Gestão escolar democrática, Formação e condições de trabalho dos
profissionais da escola, Acesso e permanência dos alunos na escola e Ambiente físico
escolar, citados com maior frequência nas questões abertas e fechadas.
93

A seguir, na Tabela 43 acham-se discriminados os 10 principais pontos fracos,


identificados no estudo e agrupados segundo o Quadro de Categorias.

Tabela 43 – Pontos fracos da E.M. Professora Lúcia Maria Silveira Rocha


Categorias Qualificações atribuídas
Ambiente educativo
Ausência de uma avaliação única por ano
de escolaridade.
Práticas pedagógicas e avaliação
Falha na interpretação dos resultados das
avaliações externas.
Poucos computadores na sala de
informática para uso dos alunos.
Ensino e aprendizagem da leitura e da Ausência de esclarecimento sobre como
escrita interpretar as avaliações externas e suas
escalas de proficiências, compromete a
utilização da prova a favor da escola.
Pouco entrosamento da comunidade com a
escola.
Gestão escolar democrática Baixa frequência dos pais em reuniões e
pouco envolvimento com aprendizagem dos
alunos.
Quadro de funcionário deficitário.
Formação e condições de trabalho dos
Pouca frequência nas formações externas.
profissionais da escola
Rotatividade de funcionários.
Acesso e permanência dos alunos na
Número elevado de reprovações.
escola
Falta de manutenção de equipamentos e
Ambiente físico escolar
limpeza da escola.
Fonte: A autora (2019).

A partir da Tabela 43, constata-se que os 10 pontos fracos listados pelos


respondentes dizem respeito a seis categorias considerados na avaliação: Práticas
pedagógicas e avaliação, Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, Gestão
escolar democrática, Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola,
Acesso e permanência dos alunos na escola e Ambiente físico escolar, citados com
maior frequência nas questões abertas e fechadas.
Destaca-se que o Ambiente educativo não apresentou registros de pontos
fracos nas questões qualitativas e quantitativas.
Com base no Questionário de Avaliação Institucional, comparando as
respostas quantitativas e qualitativas, é possível observar que alguns dados sofrem
uma maior concentração das respostas em algumas alternativas, bem como nas
respostas abertas, entretanto, alguns itens mostram algumas diferenças
interessantes, que possibilitou uma análise diferenciada.
94

O clima escolar é desejável e promove a socialização e uma convivência


harmônica, desenvolvendo a cidadania e garantindo uma qualidade melhor no
aprendizado. No sentido de reforçar a boa convivência entre todos, as respostas dos
questionários não fizeram referência a situações de violência escolar.

4.3 CONCLUSÕES

O objetivo deste estudo é foi avaliar o desempenho escolar dos alunos do 5º


ano do Ensino Fundamental da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha,
considerando as edições do Saeb, o impacto do Ideb e as dimensões dos Indicadores
da Qualidade da Educação, no contexto escolar, na visão do corpo docente e da
equipe de articulação pedagógica da escola. Nesse sentido, para responder à primeira
questão avaliativa, buscou-se evidências de que os resultados alcançados no Saeb e
no Ideb são apresentados a toda comunidade escolar, porém, não há registros
significativos de implementações de mudanças pedagógicas por ausência de uma
interpretação dos resultados. Cabe ressaltar, que para interpretar os resultados do
Saeb é preciso entender que a escala de proficiência serve para medir de forma
ordenada os resultados do desempenho dos alunos, a partir disto, é necessário a
análise da descrição de cada nível para se fazer ajustes no processo ensino-
aprendizagem. Neste mesmo contexto, é preciso entender como se alcança a nota do
Ideb e buscar sanar questões referentes ao fluxo escolar, implementando ações e
projetos que motive o aluno a frequentar as aulas, diminuindo o índice de reprovação,
abandono e evasão escolar.
Para responder à segunda questão avaliativa, as evidências coletadas no
Questionário de Avaliação Institucional apresentaram fragilidades em seis categorias:
Práticas pedagógicas e avaliação, Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita,
Gestão escolar democrática, Formação e condições de trabalho dos profissionais da
escola, Acesso e permanência dos alunos na escola e Ambiente físico escolar. Nesse
sentido, os fatores intervenientes apontados, impactam diretamente no desempenho
escolar e dificultam que a escola consiga atingir as metas estipuladas pelo Ideb,
comprometendo a qualidade da Educação oferecida pela EM Professora Lúcia Maria
Silveira Rocha. Nesse contexto, pode-se destacar que a Formação e condições de
trabalho dos profissionais da escola, ganharam destaque, pois, a ausência de
95

profissionais e a rotatividade dos funcionários acaba gerando um impacto direto em


outras categorias, alcançando um efeito dominó.
Neste mesmo contexto, as Práticas pedagogias e a avaliação apresentaram
evidências que a escola necessita de uma avaliação única para cada ano de
escolaridade, a fim de garantir que os alunos sejam avaliados em uma mesma escala,
facilitando a análise dos dados e auxiliando no planejamento e nas ações futuras.
Como destaque, pode-se reforçar que as avaliações externas para ganharem sentido,
precisam ser analisadas de acordo com as escalas, a fim de melhorar a qualidade da
educação.
Como destaque da categoria Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, os
respondentes apresentaram evidências que a EM Professora Lúcia Maria Silveira
Rocha não está garantindo ao discente o acesso a novas tecnologias, como
computadores, dificultando a inserção do aluno no mundo digital. Nesse sentido,
pode-se sugerir que a ausência do aluno está atrelada a falta de motivação e de
dinamismo das aulas.
A falta de oferta de projetos e atividades que tragam a comunidade para a
escola acaba afetando no entrosamento e no envolvimento de todos. Sendo assim, a
escola compromete a sua função de servir como agente de transformação do cidadão.
Nesse contexto, a Gestão escolar democrática deverá proporcionar o acesso da
comunidade e dos responsáveis a eventos e atividades dentro da escola, a fim de
transmitir a sensação de pertencimento e de mudanças para a comunidade.
O acesso e permanência dos alunos na escola é fundamental para que a escola
alcance as metas do Ideb. Para tal, motivar o aluno a frequentar a escola e promover
atividades e aulas dinâmicas e estimulantes, torna-se uma estratégia de resgate
desse aluno, e uma alternativa que poderá recuperar defasagens na aprendizagem.
Neste contexto, pensar em uma escola agradável e estimulante, exige esforços
quanto ao Ambiente físico escolar, que deverá ser pensando para a faixa etária dos
alunos, com a garantia da manutenção de equipamentos e limpeza em geral.
A avaliação desses fatores intervenientes à qualidade da educação, gera uma
avaliação de impacto como um instrumento que servirá a realização da accountability.
Este termo é usado para o sentido de “responsabilização” e de “prestação de contas”
a comunidade.
A partir dos resultados observados, este estudo avaliativo aponta algumas
recomendações.
96

4.4 RECOMENDAÇÕES

1) Implantar uma prova única para cada ano de escolaridade.


2) Investir em formações continuadas que garantam ao corpo docente, o
conhecimento necessário para interpretar uma escala de proficiência.
3) Prover a compra de computadores para utilização dos alunos.
4) Implantar projetos em parceria com Ongs ou associações privadas, a fim
de utilizar o espaço público nos finais de semana com a comunidade.
5) Estreitar as relações com os responsáveis.
6) Criar um reforço escolar no contra turno com parceria de Universidades
conveniadas a Fundação Municipal de Educação de Niterói.
7) Realizar um estudo específico, junto aos responsáveis, para verificar os
fatores que impactam nas faltas dos alunos.
8) Promover ações que resgatem os faltosos.
9) Cobrar da Fundação Municipal de Educação de Niterói a responsabilidade
de encaminhar profissionais que completem o quadro de funcionários da Unidade
Escolar.
10) Criar mecanismos para garantir o acesso dos profissionais as formações
continuadas que são ofertadas pela Rede Municipal.
11) Realizar um estudo específico, junto aos funcionários, e encaminhar para
FME, a fim de ser pensar em uma política pública que estimule o profissional a ficar
em escolas com difícil acesso, com o propósito de diminuir a rotatividade de
funcionários.
12) Criar uma parceria com empresas privadas e com Universidades
conveniadas a Fundação Municipal de Educação de Niterói para realização de
manutenção dos equipamentos eletrônicos.
13) Realizar parcerias com empresas de transporte, a fim de garantir
atividades externas para os alunos.
14) Contextualizar as aulas com passeios na comunidade, museus e teatros.
Essas recomendações serão propostas para os professores e equipe de
articulação pedagógica e espera-se com isso alcançar uma melhoria no desempenho
escolar e na qualidade da educação oferecida pela EM Professora Lúcia Maria Silveira
Rocha.
97

REFERÊNCIAS

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programas: concepções e práticas. São Paulo: Gente, 2004.
APÊNDICE
102

APÊNDICE A - Questionário de Avaliação Institucional

Prezados Professores e Equipe de Articulação Pedagógica,

O Ministério da Educação, em 2007, instituiu o Índice de Desenvolvimento da


Educação Básica (IDEB), calculado com base nas informações sobre o rendimento
escolar declaradas no Censo Escolar e as informações sobre o desempenho dos
estudantes resultantes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(SAEB). Que tem como objetivo principal oferecer subsídios para formular, reformular
e monitorar ações de políticas públicas de educação no Brasil. Nesse Sistema, busca-
se identificar os níveis de qualidade da educação por meio da avaliação do
desempenho dos alunos, ao mesmo tempo contextualizar, por meio de estratégias
que incluem a aplicação de questionários, as condições em que o ensino acontece.

O IDEB reúne num só indicador dois conceitos importantes, desempenho e


fluxo escolar, permitindo o seu controle por cada instituição. Sua lógica norteia e
desafia a escola para melhoria da qualidade da educação, definindo objetivos e
buscando o conhecimento sobre onde atuar, a partir de problemas evidenciados.

O presente instrumento, parte de um estudo avaliativo, tem como objetivo


coletar dados que possam avaliar o desempenho escolar dos alunos do 5º ano do
Ensino Fundamental da EM Professora Lúcia Maria Silveira Rocha, considerando as
edições do Saeb, o impacto do Ideb e as dimensões dos Indicadores da Qualidade na
Educação no contexto escolar na visão do corpo docente e da equipe de articulação
pedagógica da escola.

Para cada aspecto avaliado, preencha o campo correspondente à resposta que


você considera mais adequada. O instrumento será disponibilizado na versão
impressa e por e-mail. Caso deseje entregar o questionário impresso, utilize caneta
de tinta azul ou preta e entregue na secretaria da Unidade Escolar ou envie por e-
mail (greicemonteiro1976@gmail.com).

A sua colaboração, ao preencher este questionário, será de grande valia para


a conclusão da minha dissertação de Mestrado. Aproveito para esclarecer que o
questionário não terá identificação do respondente, interessando apenas as
informações prestadas.

Atenciosamente,

Profa. Greice Mara Monteiro da Silva


103

Com base nas afirmações do questionário, posicione na escala de 1 a 5 a sua opção


de resposta, sendo:
5- Concordo plenamente
4- Concordo parcialmente
3- Não observado
2- Discordo parcialmente
1-Discordo totalmente

CATEGORIA – 1. AMBIENTE EDUCATIVO


1.1.Amizade e solidariedade
Itens 5 4 3 2 1
1.1.1. Quando alguém (professor, funcionário ou aluno) chega à
escola com algum problema pessoal encontra pessoas dispostas a
conversar.
1.1.2. O ambiente da escola favorece a amizade entre alunos; entre
professores e alunos e entre professores.
1.2.Alegria
Itens 5 4 3 2 1
1.2.1. Os alunos gostam de frequentar a escola.
1.2.2. As pessoas que trabalham na escola gostam do trabalho que
desenvolvem.
1.3.Respeito ao outro
Itens 5 4 3 2 1
1.3.1. Os alunos respeitam os professores e funcionários da escola.
1.3.2. Os professores, respeitam e são afetuosos com os alunos.
1.3.3. Professores, diretores e funcionários se respeitam.
1.3.4. Os pais ou representantes da família são atendidos com
atenção e respeito na escola.
1.4.Combate à discriminação
Itens 5 4 3 2 1
1.4.1. Na escola, todos são tratados com respeito e mantêm laços
de amizade, não importando se são negros, brancos, amarelos,
indígenas, pessoas com deficiência, ricos ou pobres, homens ou
mulheres, homossexuais, bissexuais etc..
1.4.2. Quando os alunos têm atitudes preconceituosas ou
discriminatórias, tais como promover brincadeiras ou usar apelidos
que humilham seus colegas, é realizada uma conversa em sala de
aula ou em outro espaço da escola para que não aconteça mais.
1.4.3. A discriminação (atos preconceitos contra pessoas com
deficiência, povos indígenas, mulheres, negros, homossexuais e
outros) é assunto abordado durante as aulas como algo que causa
sofrimento, prejudica as relações entre as pessoas e é crime.
1.5.Disciplina e tratamento adequado aos conflitos que ocorrem n dia a dia da escola
Itens 5 4 3 2 1
1.5.1. As regras de convivência adotadas pela escola são claras,
conhecidas e respeitadas por toda a comunidade escolar.
1.5.2. Os profissionais da escola procuram resolver os conflitos que
surgem entre as pessoas no ambiente escolar, tais como brigas,
discussões, entre outros, com base no diálogo e na negociação.
1.5.3. Os professores desenvolvem atividades para que os alunos
aprendam a dialogar e negociar.
104

1.6. Respeito aos direitos das crianças e adolescentes


Itens 5 4 3 2 1
1.6.1. Os profissionais da escola conhecem os comportamentos ou
sinais que uma criança vítima de trabalho infantil e/ou abusos físicos
ou sexuais pode vir a manifestar.
CATEGORIA – 2. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E AVALIAÇÃO
2.1. Projeto político-pedagógico (PPP) definido e conhecido por todos
Itens 5 4 3 2 1
2.1.1.A escola possui um projeto político-pedagógico definido e
conhecido por todos.
2.1.2. O PPP leva em consideração as especificidades da escola e
da comunidade.
2.2. Planejamento
Itens 5 4 3 2 1
2.2.1. Os professores discutem com a Equipe de Articulação
Pedagógica (EAP) e com outros professores seus planos de aula
durante o horário da reunião pedagógica.
2.2.2. O planejamento prevê o uso de diferentes recursos didáticos
em sala de aula.
2.2.3. Os professores procuram saber o que os alunos já sabem
para planejar suas aulas ou ajustar seu planejamento.
2.2.4. Os níveis de conhecimento dos alunos alcançados no
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são discutidos
nas reuniões de planejamento.
2.2.5. Os resultados obtidos no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) são discutidos nas reuniões de
planejamento.
2.2.6. Os resultados do Ideb impactam a construção do
planejamento.
2.3. Contextualização
Itens 5 4 3 2 1
2.3.1. A escola promove visitas no bairro e na cidade para que os
alunos conheçam e aprendam a usar os equipamentos públicos da
região.
2.3.2. Temáticas importantes para o processo educativo (Temas
transversais) são tratadas na escola com os alunos.
2.4. Prática pedagógica inclusiva
Itens 5 4 3 2 1
2.4.1. Alunos com deficiência recebem Atendimento Educacional
Especializado (AEE).
2.4.2. No dia a dia da sala de aula, respeita-se o fato de que cada
aluno precisa de um tempo diferente para aprender.
2.5 .Formas variadas e transparentes de avaliação
Itens 5 4 3 2 1
2.5.1. Os professores fazem uso de diferentes atividades para
avaliar os alunos, considerando as especificidades de cada faixa
etária.
2.5.2. A escola possui uma prova única por ano de escolaridade, a
fim de medir o conhecimento dos alunos.
2.5.3. As avaliações externas são amplamente divulgadas e
discutidas por todos os professores e pela EAP.
2.5.4. Os professores observam a progressão dos alunos e quais
as dificuldades de cada um deles.
105

2.6. Monitoramento da prática pedagógica e da aprendizagem dos alunos


Itens 5 4 3 2 1
2.6.1. A escola promove reuniões periódicas para discutir sobre
práticas de ensino e desempenho escolar.
2.6.2. As decisões sobre a reprovação ou o reagrupamento de
alunos são discutidos por todos os professores e pela Equipe de
Articulação Pedagógica (EAP).
2.6.3. Os professores utilizam instrumentos (relatórios, ficha
avaliativas) que permitem registrar o desenvolvimento de cada
aluno em relação aos objetivos de aprendizagem.
2.6.4. Existe algum procedimento formalizado para avaliar o
resultado do trabalho de todos os profissionais da escola.
CATEGORIA – 3. ENSINO E APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA
3.1. Orientações para a alfabetização inicial implementadas
Itens 5 4 3 2 1
3.1.1. O professor e a EAP possuem uma proposta pedagógica na
qual estão descritas as aprendizagens escolares esperadas para
cada ano, os tipos de atividades a serem realizadas durante as
aulas e as estratégias de avaliação.
3.1.2. Os pais ou representantes da família recebem orientações
dos professores ou da EAP sobre como auxiliar as crianças a fazer
suas atividades de casa.
3.1.3. A escola promove situações para incentivar a leitura na
comunidade, tais como, criar rodas de leitura, emprestar livros para
que as crianças os levem para casa, promover feiras de leitura etc.).
3.2. Existência de práticas alfabetizadoras na escola
Itens 5 4 3 2 1
3.2.1. Os alunos usam diariamente materiais de leitura
disponibilizados nas salas de aula.
3.2.2. O professor lê livros para as crianças pelo menos uma vez
por dia.
3.2.3. As crianças participam diariamente de atividades planejadas
para a aprendizagem contínua do funcionamento do sistema da
escrita.
3.3. Atenção ao processo de alfabetização de cada criança
Itens 5 4 3 2 1
3.3.1. A escola utiliza modelos da Provinha Brasil e outros tipos de
instrumento para avaliar os alunos.
3.3.2. A escola faz uma avaliação diagnóstica de todos os alunos
logo que começam o primeiro ano do Ensino Fundamental.
3.3.3. Esta avaliação permite que o professor planeje mais
adequadamente suas aulas.
3.3.4. A prática pedagógica da escola garante que todas as crianças
tenham o domínio básico da leitura e da escrita até o terceiro ano
do Ensino Fundamental.
3.4. Acesso e bom aproveitamento de biblioteca, salas de leituras e sala de aula, dos
equipamentos de informática e da internet
Itens 5 4 3 2 1
3.4.1. A escola tem uma biblioteca ou sala de leitura com bom
acervo de livros, adequados a faixa etária dos alunos.
3.4.2. Os professores utilizam com seus alunos o acervo da sala de
leitura.
106

3.4.3. Os alunos usam computadores e a internet para aprimorar a


leitura e a escrita pelo menos uma vez por semana, durante o
horário das aulas.
3.5. Existências de ações integradas entre a escola e toda a rede de ensino para
favorecer a aprendizagem da leitura e da escrita
Itens 5 4 3 2 1
3.5.1. A escola implanta novas propostas, em acordo com a
Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), para solucionar
problemas detectados quando as metas de aprendizagem não são
alcançadas.
3.5.2. Para analisar seus resultados de alfabetização, leitura e
escrita, a escola e a FME consideram os indicadores de avaliação
externa disponíveis em âmbito nacional, como, por exemplo o Saeb.
CATEGORIA – 4. GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
4.1. Informação democratizada
Itens 5 4 3 2 1
4.1.1. A direção consegue informar toda a comunidade escolar
sobre os principais acontecimentos da escola.
4.1.2. As informações circulam de maneira rápida e precisa a todos
os funcionários, responsáveis e alunos.
4.1.3. A direção faz prestação de contas ao Conselho Escola
Comunidade, dos orçamentos e gastos.
4.1.4. Há um mural em local visível contendo as principais
informações relacionadas às atividades da escola.
4.1.5. Há ambientes virtuais nos quais a comunidade escolar possa
colaborar e disseminar informações sobre a escola, como blog, site,
portal etc..
4.2. Conselhos escolares atuantes
Itens 5 4 3 2 1
4.2.1. O Conselho Escolar é formado por representantes de toda a
comunidade escolar e sua composição é paritária, ou seja, possui o
mesmo número de pessoas entre funcionários (incluindo
professores) e não funcionários.
4.2.2. O Conselho Escolar tem normas de funcionamento
conhecidas por todos.
4.2.3. O Conselho Escolar tem à sua disposição informações sobre
a escola em quantidade e qualidade suficientes para que possa
tomar as decisões necessárias.
4.3. Participação efetiva de estudantes, pais, mães e comunidade em geral
Itens 5 4 3 2 1
4.3.1. Os pais ou representantes da família participam ativamente
das reuniões sobre a vida escolar dos alunos.
4.3.2. A escola mantêm-se aberta aos fins de semana para que a
comunidade possa usufruir do seu espaço (salas, pátio, quadras de
esporte, biblioteca etc.).
4.3.3. A escola disponibiliza recursos tecnológicos como
computador, impressora, projetor multimídia, acesso à internet etc.,
para a comunidade escolar durante a semana ou aos fins de
semana.
107

4.4. Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação da escola e das
redes de ensino
Itens 5 4 3 2 1
4.4.1. A comunidade é informada sobre as estatísticas educacionais
(taxas de evasão, abandono, distorção idade-série, avaliações de
aprendizagem etc.) produzidas pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da
Educação (MEC) ou pelas Secretarias de Educação sobre o
desempenho da escola e da rede escolar da qual faz parte.
4.4.2. Os indicadores oficiais de avaliação são utilizados como
subsídio para a promoção de intervenções na gestão da escola.
4.4.3. São realizadas estratégias de intervenção pedagógica para
sanar problemas de aprendizagem detectados por meio dos
resultados das avaliações externas.
4.5. Participação na gestão financeira da escola
Itens 5 4 3 2 1
4.5.1. A escola recebe repasses financeiros da prefeitura, do
governo estadual ou do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da
Educação (FNDE), do MEC, para pequenas despesas na escola.
4.5.2. O Conselho Escolar é quem decide o que deve ser comprado
com os recursos que a escola administra.
CATEGORIA – 5. FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS
DA ESCOLA
5.1. Formação inicial e continuada
Itens 5 4 3 2 1
5.1.1. Todos os profissionais da escola têm habilitação (formação
inicial) necessária para o exercício de sua função.
5.1.2. A escola ou a Secretaria da Educação oferecem
permanentemente cursos ou ações de formação para professores e
demais funcionários da escola.
5.1.3. As reuniões pedagógicas ajudam a melhorar a prática
pedagógica.
5.1.4. Professores e demais funcionários da escola participam de
formações que os ajudam a trabalhar com alunos com deficiência.
5.1.5. A escola utiliza portais educacionais (como Educa Rede,
Portal do Professor do MEC, entre outros) para subsidiar a formação
dos seus professores.
5.2. Suficiência e estabilidade da equipe escolar
Itens 5 4 3 2 1
5.2.1. A escola dispõe da quantidade de professores de que
necessita.
5.2.2. O número de funcionários é suficiente para o bom
funcionamento da escola.
5.2.3. A escola possui profissionais de apoio pedagógico (exemplos:
coordenador, supervisor, psicopedagogo, técnicos das áreas de
ensino) em quantidade suficiente.
5.2.4. Mudanças e substituições de professores e demais
profissionais da escola é fato constante na Unidade Escolar.
108

5.3. Assiduidade da equipe escolar


Itens 5 4 3 2 1
5.3.1. As faltas de diretor, professores ou funcionários são um
problema discutido por toda a comunidade escolar, incluindo pais e
alunos, quando dificultam o aprendizado e o andamento das
atividades educativas.
5.3.2. Os professores começam e terminam as aulas pontualmente.
5.3.3. Os demais profissionais da escola também cumprem sua
jornada com pontualidade.
5.3.4. As reuniões pedagógicas começam e terminam na hora
marcada.
CATEGORIA – 6. ACESSO E PERMANÊNCIA DOS ALUNOS NA ESCOLA
6.1. Atenção especial aos alunos que faltam
Itens 5 4 3 2 1
6.1.1. A escola calcula o número total de faltas de cada aluno.
6.1.2. A escola convoca os responsáveis para falar sobre as faltas.
6.1.3. A escola possui algum procedimento que contribua para
resolver o problema dos alunos com maior número de faltas.
6.2. Preocupação com o abandono e com a evasão
Itens 5 4 3 2 1
6.2.1. Todas as crianças em idade escolar do entorno frequentam a
escola regularmente.
6.2.2. A comunidade escolar tem informações sobre a quantidade
de alunos que se evadem ou abandonam a escola.
6.2.3. A escola adota alguma medida para trazer de volta alunos
que se evadiram ou abandonaram a escola.
6.3. Atenção especial aos alunos com alguma defasagem de aprendizagem
Itens 5 4 3 2 1
6.3.1. No dia a dia, os professores dão atenção individual àqueles
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.
6.3.2. A escola desenvolve projetos de acompanhamento junto aos
alunos que têm dificuldades de aprendizagem.
6.3.3. Ao diagnosticar alguma dificuldade do aluno, a equipe escolar
reconhece e valoriza também suas habilidades.
6.3.4. A escola oferece, utilizando as tecnologias, oportunidades
diferenciadas para alunos com dificuldade de aprendizagem.
CATEGORIA – 7. AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR
7.1. Suficiência do ambiente físico escolar
Itens 5 4 3 2 1
7.1.1. Há banheiros suficientes, acessíveis e adequados para o uso
de todos, inclusive crianças pequenas e/ou com deficiência.
7.1.2. Há pátio escolar no qual alunos de diferentes faixas etárias
possam brincar.
7.1.3. Há espaço para o ensino e a prática de esportes.
7.1.4. Há mesas e cadeiras disponíveis e adequadas para as
diversas faixas etárias.
7.1.5. Todos os alunos possuem material didático para participar
das atividades educativas (caderno, material para pintar, desenhar,
modelar, escrever ...).
7.1.6. Há materiais lúdicos na escola e nas salas de aula como
brinquedos, jogos, utensílios para teatro e faz de conta.
7.1.7. Há televisão, computador, DVD, aparelho de som, entre
outros recursos na sala de aula.
109

7.1.8. A escola está conectada à internet.


7.1.9. É possível preparar a merenda na própria escola.
7.2. Qualidade do ambiente físico escolar
Itens 5 4 3 2 1
7.2.1. Os computadores estão em boas condições de uso.
7.2.2. A biblioteca, salas ou cantos de leitura contam com acervo
organizado, ambiente agradável, arejado e iluminado.
7.2.3. O pátio escolar conta com brinquedos adequados à faixa
etária.
7.2.4. O conteúdo dos vídeos, músicas e tevê utilizados na escola
respeita a diversidade humana e a igualdade entre todos (negros,
brancos, amarelos, indígenas, pobres, ricos, homens, mulheres,
homossexuais e bissexuais).
7.2.5. As lixeiras estão espalhadas em toda a escola para facilitar
seu uso.
7.2.6. Há iniciativas para preservar e/ou melhorar a aparência da
escola.
7.2.7. Os filtros ou bebedouros estão em boas condições de uso.
7.2.8. Os banheiros estão em boas condições de uso.
7.3. Bom aproveitamento do ambiente físico escolar
Itens 5 4 3 2 1
7.3.1. O pátio é aproveitado para atividades recreativas e
pedagógicas.
7.3.2. As salas de aula são organizadas de acordo com a
diversidade das atividades realizadas em rodas, trabalhos em grupo
etc..
Com base nas categorias deste instrumento, apresente suas contribuições referentes a
aspectos positivos e/ou negativos identificados na Unidade Escolar.
ASPECTOS POSITIVOS
110

ASPECTOS NEGATIVOS
ANEXOS
112

ANEXO A - Escala de Proficiência em Língua Portuguesa -


5º ano do Ensino Fundamental
Nível Descrição do Nível
A Prova Brasil não utilizou itens que avaliam as habilidades deste
Nível 0
nível.
Desempenho
Os estudantes localizados abaixo do nível 125 requerem atenção
menor que 125
especial, pois não demonstram habilidades muito elementares.
Os estudantes provavelmente são capazes de:
 Localizar informações explícitas em textos narrativos curtos,
Nível 1
informativos e anúncios.
Desempenho maior
 Identificar o tema de um texto.
ou igual a 125 e
menor que 150  Localizar elementos como o personagem principal.
 Estabelecer relação entre partes do texto: personagem e ação;
ação e tempo; ação e lugar.
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:
Nível 2  Localizar informações explícitas em contos.
Desempenho maior  Identificar o assunto principal e a personagem principal em
ou igual a 150 e reportagem e em fábulas.
menor que 175  Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e regulamentos.
 Inferir características de personagens em fábulas.
 Interpretar linguagem verbal e não-verbal em tirinhas.
Além das habilidades anteriormente citados, os estudantes
provavelmente são capazes de:
 Localizar informação explícita em contos e reportagens.
Nível 3  Localizar informação explícita em propagandas com ou sem
Desempenho maior apoio de recursos gráficos.
ou igual a 175 e  Reconhecer relação de causa e consequência em poemas,
menor que 200 contos e tirinhas.
 Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto
em cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos com o apoio
de linguagem verbal e não verbal.
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:
 Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.
 Identificar assunto principal e personagem em contos e letras de
música.
 Identificar formas de representação de medida de tempo em
reportagens.
Nível 4  Identificar o efeito de humor em piadas.
Desempenho maior  Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e
ou igual a 200 e opinião em reportagens, contos e poemas.
menor que 225  Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre
pronomes e seus referentes em fábulas, poemas contos e
tirinhas.
 Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e
sentido de expressões em poemas, fábulas e contos.
 Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e
sentido de expressões em poemas, fábulas e contos.
 Inferir efeito de humor em tirinhas e histórias em quadrinhos.
113

Nível Descrição do Nível


Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:
 Identificar assunto e opinião em reportagens e contos.
 Identificar assunto comum a cartas e poemas.
 Identificar informação explícita em letras de música e contos.
 Reconhecer assunto em poemas e tirinhas.
 Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em
Nível 5 verbetes, lendas e contos.
Desempenho maior  Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.
ou igual a 225 e  Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre
menor que 250 pronome e seu referente em tirinhas, contos e reportagens.
 Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.
 Inferir finalidade e feito de sentido decorrente do uso de
pontuação e assunto em fábulas.
 Inferir informação em poemas, reportagens e cartas.
 Diferenciar opinião de fato em reportagens.
 Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e
tirinhas
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:
 Identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos,
crônicas e reportagens.
 Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o
Nível 6 auxílio de recurso gráficos.
Desempenho maior  Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges e
ou igual a 250 e reportagens.
menor que 275  Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre
pronomes e seus referentes em poemas, fábulas e contos.
 Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas,
fábulas contos, crônicas, reportagens e tirinhas.
 Inferir informação em contos e reportagens.
 Inferir efeito de humor em moral em piadas e fábulas.
Além das habilidades anteriores citas, os estudantes provavelmente
são capazes de:
 Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas,
fábulas e letras de música.
 Identificar opinião em poemas e crônicas.
 Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos
Nível 7
e assunto comum a duas reportagens.
Desempenho maior
 Reconhecer elementos da narrativa em fábulas.
ou igual a 275 e
menor que 300  Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre
pronomes e seus referentes em fábulas, contos e crônicas.
 Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais
gráficos em reportagens e em letras de música.
 Interpretar efeito de humor em piadas e contos.
 Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em
quadrinhos
Fonte: SAEB (2019).
114

ANEXO B - Escala de Proficiência em Matemática - 5º ano do Ensino


Fundamental
Nível Descrição do Nível
A Prova Brasil não utilizou itens que avaliam as habilidades deste
Nível 0
nível.
Desempenho
Os estudantes localizados abaixo do nível 125 requerem atenção
menor que 125
especial, pois não demonstram habilidades muito elementares.
Os estudantes provavelmente são capazes de:
Nível 1
Desempenho maior
GRANDEZES E MEDIDAS
ou igual a 125 e
 Determinar a área de figuras desenhadas em malhas
menor que 150
quadriculadas por meio de contagem.
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:

Nível 2 NÚMEROS E OPERAÇÕES; ÁLGEBRA E FUNÇÕES


Desempenho maior  Resolver problemas do cotidiano envolvendo adição de pequenas
ou igual a 150 e quantias de dinheiro.
menor que 175
TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES
 Localizar informações, relativas ao maior ou menor elemento, em
tabelas ou gráficos.
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:

Nível 3 ESPAÇO E FORMA


Desempenho maior  Localizar um ponto ou objeto em uma malha quadriculada ou
ou igual a 175 e croqui, a partir de duas coordenadas ou duas ou mais referências.
menor que 200  Reconhecer dentre um conjunto de polígonos, aquele que possui
o maior número de ângulos.
 Associar figuras geométricas elementares (quadrado, triângulo e
círculo) a seus respectivos nomes.
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:

ESPAÇO E FORMA
 Reconhecer retângulo em meio a outros quadriláteros.
 Reconhecer a planificação de uma pirâmide dentre um conjunto
de planificações.

GRANDEZAS E MEDIDAS
Nível 4
 Determinar o total de uma quantia a partir da quantidade de
Desempenho maior
moedas de 25 e/ou 50 centavos que a compõe, ou vice-versa.
ou igual a 200 e
 Determinar a duração de um evento cujos horários inicial e final
menor que 225
acontecem em uns minutos diferentes de uma mesma hora dada.
 Converter uma hora em minutos.
 Converter mais de uma semana inteira em dias.
 Interpretar horas em relógios de ponteiros.

NÚMEROS E OPERAÇÕES, ÁLGEBRA E FUNÇÕES


 Determinar o resultado da multiplicação de números naturais por
valores do sistema monetário nacional, expressos em números de
até duas ordens e posterior a adição.
115

 Determinar os termos desconhecidos em uma sequência


numérica de múltiplos de cinco.
 Determinar a adição, com reserva, de até três números naturais
com até quatro ordens.
 Determinar a subtração de números naturais usando a noção de
completar.
 Determinar a multiplicação de um número natural de até três
ordens por cinco, com reserva.
 Determinar a divisão exata por números de um algarismo.
 Reconhecer o princípio do valor posicional do Sistema de
Numeração Decimal.
 Reconhecer uma fração como representação da relação parte-
todo, com o apoio de um conjunto de até cinco figuras.
 Associar a metade de um total ao seu equivalente em
porcentagem.
 Associar um número natural à sua decomposição expressa por
extenso.
 Localizar um número em uma reta numérica graduada onde estão
expressos números naturais consecutivos e uma subdivisão
equivalente à metade do intervalo entre eles.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES
 Reconhecer o maior valor em uma tabela cujos dados possuem
até oito ordens.
 Localizar um dado em tabelas de dupla entrada.
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes
provavelmente são capazes de:

ESPAÇO E FORMA
 Localizar um ponto entre outros dois fixados, apresentados em
uma figura composta por vários outros pontos.
 Reconhecer a planificação de um cubo dentre um conjunto de
planificações apresentadas.

GRANDEZAS E MEDIDAS
 Determinar a área de um terreno retangular representado em uma
malha quadriculada.
Nível 5  Determinar o horário final de um evento a partir do horário de
Desempenho maior início, dado em horas e minutos, e de um intervalo dado em
ou igual a 225 e quantidade de minutos superior a uma hora.
menor que 250  Converter mais de uma hora inteira em minutos.
 Converter uma quantia dada em moedas de 5, 25 e 50 centavos
e 1 real em cédulas de real.
 Estimar a altura de um determinado objeto com referência aos
dados fornecidos por uma régua graduada em centímetros.

NÚMEROS E OPERAÇÕES; ALGEBRA E FUNÇÕES


 Determinar o resultado da subtração, com recursos à ordem
superior, entre números naturais de até cinco ordens, utilizando as
ideias de retirar e comparar.
 Determinar o resultado da multiplicação de um número inteiro por
um número representado na forma decimal, em contexto
envolvendo o sistema monetário.
116

 Determinar o resultado da divisão de números naturais, com resto,


por um número de uma ordem, usando noção de agrupamento.
 Resolver problemas envolvendo a análise do algarismo da adição
de dois números naturais.
 Resolver problemas, no sistema monetário nacional, envolvendo
adição e subtração de cédulas e moedas.
 Resolver problemas que envolvam a metade e o triplo de números
naturais.
 Localizar um número em uma reta numérica graduada onde estão
expressos o primeiro e o último número representando um
intervalo de tempo de dez anos, com dez subdivisões entre eles.
 Localizar um número racional dado em sua forma decimal em uma
reta numérica graduada onde estão expressos diversos números
naturais consecutivos, com dez subdivisões entre eles.
 Reconhecer o valor posicional do algarismo localizado na 4ª
ordem de um número natural.
 Reconhecer uma fração como representação da relação parte-
todo, com apoio de um polígono dividido em oito partes ou mais.
 Associar um número natural às suas ordens e vice-versa.
Além das habilidades anteriormente citados, os estudantes
provavelmente são capazes de:

ESPAÇO E FORMA
 Reconhecer polígonos presentes em um mosaico composto por
diversas formas geométricas.

GRANDEZAS E MEDIDAS
 Determinar a duração de um evento a partir dos horários de início,
informando em horas e minutos, e de término, também informado
em horas e minutos, sem coincidência nas horas ou nos minutos
dos dois horários informados.
 Converter a duração de um intervalo de tempo, dado em horas e
minutos para minutos.
 Resolver problemas envolvendo intervalos de tempo em meses,
Nível 6 inclusive passando pelo final do ano (outubro e janeiro).
Desempenho maior  Reconhecer que entre quatro ladrilhos apresentados, quanto
ou igual a 250 e maior o ladrilho, menor a quantidade necessária para cobrir uma
menor que 275 dada região.
 Reconhecer o m² como unidade de medida de área.

NÚMEROS E OPERAÇÕES; ÁLGEBRA E FUNÇÕES


 Determinar o resultado da diferença entre dois números racionais
representados na forma decimal.
 Determinar o resultado da multiplicação de um número natural de
uma ordem por outro de até três ordens, em contexto que envolve
o conceito de proporcionalidade.
 Determinar o resultado da divisão exata entre dois números
naturais, com divisor até quatro, e dividendo com até quatro
ordens.
 Determinar 50% de um número natural com até três ordens.
 Determinar porcentagens simples (25%, 50%).
 Associar a metade de um total a algum equivalente, apresentado
como fração ou porcentagem.
117

 Associar números naturais à quantidade de agrupamento de 1000.


 Reconhecer uma fração como representação da relação parte-
todo, sem apoio de figuras.
 Localizar números em uma reta numérica graduada onde estão
expressos diversos números, naturais não consecutivos e
crescentes, com uma subdivisão entre eles.
 Resolver problemas por meio da realização de subtrações e
divisões, para determinar o valor das prestações de uma compra
a prazo (sem incidência de juros).
 Resolver problemas que envolvam soma e subtração de valores
monetários.
 Resolver problemas que envolvam a composição e a
decomposição polinomial de números naturais de até cinco
ordens.
 Resolver problemas que utilizam a multiplicação envolvendo a
noção de proporcionalidade.
 Reconhecer a modificação sofrida no valor de um número quando
um algarismo é alterado.
 Reconhecer que um número não se altera ao multiplicá-lo por 1.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES
 Interpretar dados em uma tabela simples.
 Comparar dados representados pelas alturas de colunas
presentes em um gráfico.
Além das habilidades anteriormente citados, os estudantes
provavelmente são capazes de:

ESPAÇO E FORMA
 Interpretar a movimentação de um objeto utilizando referencial
diferente do seu.
 Reconhecer um cubo a partir de uma de suas planificações
desenhadas em uma malha quadriculada.

GRANDEZA E MEDIDAS
 Determinar o perímetro de um retângulo desenhado em malha
quadriculada, com as medidas de comprimento e largura
explicitados.
Nível 7  Converter medidas dadas em toneladas para quilogramas.
Desempenho maior
 Converter uma quantia, dada na ordem das dezenas de real, em
ou igual a 275 e
moedas de 50 centavos.
menor que 300
 Estimar o comprimento de um objeto a partir de outro, dado como
unidade padrão de medida.
 Resolver problemas envolvendo conversão de quilograma para
grama.
 Resolver problemas envolvendo conversão de litro para mililitro.
 Resolver problemas sobre intervalos de tempos envolvendo
adição e subtração e com intervalo de tempo passando pela
meia noite.

NÚMEROS E OPERAÇÕES; ÁLGEBRA E FUNÇÕES


 Determinar 25% de um número de quatro.
 Determinar a quantidade de dezenas presentes em um número
de quatro ordens.
118

 Resolver problemas que envolvem a divisão exata ou a


multiplicação de números naturais.
 Associar números naturais à quantidade de agrupamentos menos
usuais, como 300 dezenas.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES
 Interpretar dados em gráficos de setores.
Além das habilidades anteriormente citados, os estudantes
provavelmente são capazes de:

ESPAÇO E FORMA
 Reconhecer uma linha paralela a outra dada como referência em
um mapa.
 Reconhecer os lados paralelos de um trapézio expressos em
forma de segmentos de retas.
 Reconhecer objetos com a forma esférica dentre uma lista de
objetos do cotidiano.

GRANDEZAS E MEDIDAS
 Determinar a área de um retângulo desenhado numa malha
quadriculada, após a modificação de uma de suas dimensões.
 Determinar a razão entre as áreas de duas figuras desenhadas
numa malha quadriculada.
Nível 8  Determinar a área de uma figura poligonal não conexa desenhada
Desempenho maior sobre uma malha quadriculada.
ou igual a 300 e  Estimar a diferença de altura entre dois objetos, a partir da altura
menor que 325 de um deles.
 Converter medidas lineares de comprimento (m/cm).
 Resolver problemas que envolvem a conversão entre diferentes
unidades de medida de massa.

NÚMEROS E OPERAÇÕES; ÁLGEBRA E FUNÇÕES


 Resolver problemas que envolvem grandezas diretamente
proporcionais requerendo mais de uma operação.
 Resolver problemas envolvendo divisão de números naturais com
resto.
 Associar a fração 1/2 à sua representação na forma decimal.
 Associar 50% à sua representação na forma de fração.
 Associar um número natural de seis ordens à sua forma
polinomial.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES
 Interpretar dados em um gráfico de colunas duplas.
Além das habilidades anteriormente citados, os estudantes
provavelmente são capazes de:
Nível 9
ESPAÇO E FORMA
Desempenho maior
 Reconhecer a planificação de uma caixa cilíndrica.
ou igual a 325 e
menor que 350
GRANDEZAS E MEDIDAS
 Determinar o perímetro de um polígono não convexo desenhado
sobre as linhas de uma malha quadriculada.
119

 Resolver problemas que envolvem a conversão entre unidades de


medida de tempo (minutos em horas, meses em anos).
 Resolver problemas que envolvem a conversão entre unidades de
medidas de comprimento (metros em centímetros).

NÚMEROS E OPERAÇÕES, ÁLGEBRA E FUNÇÕES


 Determinar o minuendo de uma subtração entre números naturais,
de três ordens, a partir do conhecimento do subtraendo e da
diferença.
 Determinar o resultado da multiplicação entre o número oito e um
número de quatro ordens com reserva.
 Reconhecer frações equivalentes.
 Resolver problemas envolvendo multiplicação com significado de
combinatória.
 Comparar números racionais com quantidades diferentes de
casas decimais.

TRATAMETO DE INFORMAÇÕES
 Reconhecer o gráfico de linhas correspondente a uma sequência
de valores ao longo do tempo (com valores positivos e negativos).
Além das habilidades anteriormente citados, os estudantes
provavelmente são capazes de:

ESPAÇO E FORMA
Nível 10
 Reconhecer dentre um conjunto de quadriláteros, aquele que
Desempenho maior
possui lados perpendiculares e com a mesma medida.
ou igual a 350
GRANDEZAS E MEDIDAS
 Converter uma medida de comprimento, expressando decímetros
e centímetros, para milímetros.
Fonte: SAEB (2019).

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